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Trab Física 2015 Os efeitos biológicos das radiações ionizantes

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Física
“Efeitos Biológicos das Radiações Ionizantes”
Autora: 
Turma: 
Santiago, 19 de Janeiro de 2015.
Radiação é a propagação de energia de um ponto ao outro a partir de uma fonte emissora através de qualquer meio. Pode ser de natureza particulada ou ondulatória. A radiação de natureza particulada tem como características a carga, massa e velocidade. E é a massa que a diferencia da radiação eletromagnética, que é constituída por campos elétricos e magnéticos que variam no espaço e no tempo e tem como característica o tamanho, frequência e oscilação.
As radiações podem ser ionizantes ou não ionizantes. A radiação ionizante é definida quando sua energia é suficiente para fazer com que os elétrons se desprendam dos átomos e moléculas, alterando sua estrutura, processo conhecido como ionização. Radiação dita não ionizante é exatamente ao contrário, ou seja, a energia é menor, que não é suficiente para arrancar os elétrons dos átomos.
A radiação ionizante tem inúmeras aplicações na vida humana, como: exames de diagnósticos por imagem (raio x), medicina nuclear (radioterapia), indústria bélica, agricultura, entre outras. Em pequenas doses, a radiação ajuda a diagnosticar e tratar doenças, porém, qualquer radiação pode ser prejudicial à saúde, se expor o paciente a muito tempo com uma intensidade muita alta, causando graves danos. 
Portanto, neste trabalho será abordado o tema sobre os “Efeitos Biológicos das Radiações Ionizantes”.
Os efeitos biológicos são resultados de diversas células afetadas pela radiação ionizante e embora bem estudados, ainda são poucos conhecidos pela população em geral. Podem ocorrer após exposição do corpo inteiro ou de partes do corpo a doses de radiação não necessariamente muito altas. Por isso, é necessário ter cuidados mesmo com níveis baixos de radiação.
Esses efeitos dividem-se em: somáticos e hereditários.
Efeitos Somáticos: Surgem apenas na pessoa que sofreu exposição à radiação. A gravidade dos efeitos dependem da dose recebida e da região atingida, com sintomas como: vômitos, queimaduras, diarréia, anemia, infecções, cefaleia, perda de apetite, obstruções de vasos, hemorragias dispersas, entre outras a curto prazo ou agudos. Em casos mais graves, a longo prazo ou tardios: mutações genéticas nas células reprodutoras, anomalidade no desenvolvimento do embrião, morte celular e aumento na incidência do câncer.
Efeitos Hereditários: São resultados de danos (mutações) em células de órgãos reprodutores e atingem as futuras gerações do paciente que sofreu a irradiação. 
Algumas características dos efeitos biológicos das radiações ionizantes: 
Especificidade: Não existe um efeito específico das radiações ionizantes, ou seja, outros agentes, tanto químicos, físicos ou biológicos podem causar o mesmo efeito. Portanto, é impossível ter certeza de que alguem efeito realmente ocorreu devido a exposição.
Tempo de Latência: Há um tempo entre o momento da irradiação e o aparecimento do efeito biológico. Isso ocorre ao longo processo através do qual a dose absorvida se transforma em dano biológico. Somente quando as células danificadas abrangem parte significativa do corpo ou tecido surgirá um efeito notável.
Reversibilidade: Algumas vezes o efeito biológico causado pela radiação pode ser reversível. Isto depende da dose, taxa de dose, tipo de tecido afetado e a capacidade do corpo se regenerar. Entretanto, a morte celular é um dano irreversível, assim como o caso de uma célula cancerígena.
Transmissibilidade: A maior parte das alterações causadas no organismo pelas radiações não são transmissíveis. Somente se haver mutações cromossômicas nas células que contém o patrimônio hereditário, os efeitos poderão aparecer nos descendentes do indivíduo irradiado.
Dose Limiar: Alguns efeitos ocorrem apenas a partir de certa dose. São os chamados efeitos determinísticos, cuja gravidade aumenta com a dose. Outros efeito não apresentam dose limiar e por isso são chamados de estocásticos, ou probabilísticos. Neste caso a probabilidade de aparecimento do efeito aumenta com a dose.
Radiosensibilidade: Cada célula responde de forma diferente à radiação. As células mais sensíveis são as da gônadas e da medula óssea.
Nosso corpo produz diariamente novas células assim como outras morrem na mesma proporção, criando um ciclo constante de renovação celular. Quando uma célula recebe dose em tempo prolongado e intenso de radiação, pode sofrer danos devido à ação de eventos físicos, químicos e biológicos. A ionização dos átomos afetam as moléculas, que poderão causar dano às células e , consequentemente, aos tecidos e órgãos, que em questão de tempo afeta o funcionamento de todo o corpo.
Os eventos físicos são sofridos pelos átomos e incluem ionização e excitação. Esses eventos podem levar à ruptura de ligações moleculares e formação de radicais livres, que são os eventos químicos. Tanto os eventos físicos quanto os químicos podem levar aos efeitos biológicos. Entretanto, alguns eventos não prejudiciais podem ocorrer, como: a radiação atravessa o corpo do paciente sem sofrer interações ou causar danos; a radiação danifica a célula, mas é reparada adequadamente; a radiação mata a célula ou impede que ela se reproduza, mas sem provocar maiores danos aos tecidos. O problema maior acontece quando os eventos físicos e químicos provocam a reprodução errada das células, podendo causar aberrações ou mutações celulares, que podem levar à carcinogênese, por exemplo. 
Nesse contexto, há a radiobiologia, que é o estudo dos efeitos da radiação ionizante no tecido biológico. Seu objetivo é descrever com maior precisão os efeitos da radiação nos seres humanos para que ela possa ser usada com mais segurança para o diagnóstico e com mais eficiência para a terapia. Para isso, estuda-se a interação da radiação com as células, tecidos e órgãos através da análise de DNA e RNA, sobrevivência celular, cinética do ciclo celular, aberrações e rearranjos cromossômicos e indução de morte celular.
Portanto, é perceptível a importância das aplicações das radiações ionizantes na nossa vida, em termos de medicina, onde podem salvar vidas através do radiodiagnóstico e radioteria, porém seu uso deve ser feito de forma criteriosa, fazendo um levantamento de riscos e benefícios. 
Não podendo deixar de salientar a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Indivídual (EPI’s) que oferecem condições de trabalhos seguros aos técnicos de Raio-X, também podendo ser usado por pacientes e seus acompanhantes. Conscientizá-los a necessidade de utilizar técnicas radiográficas que permitam uma redução na dose de radiação nos pacientes e impedir, através de atenuadores, o escape de radiação para as vizinhanças do setor de Radiologia, assim sendo, diminuindo os efeitos das radiações, que embora não possam ser evitados, podem ser controladas e minimizados com devidos cuidados.
Referências:
http://www.infoescola.com/cancer/carcinogenese/
http://www.prorad.com.br/blog/?p=45
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142013000100014
http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/36124/efeitos-biologicos-da-radiacao-ionizante
http://www.mundoeducacao.com/quimica/radiacoes.htm

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