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Paper - Efeitos da Gestão Tributária e de Custos na Continuidade das Empresas (3)

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EFEITOS DA GESTÃO TRIBUTÁRIA E DE CUSTOS NA CONTINUIDADE DAS EMPRESAS 
 Elen Danzberg
 Jennifer Gisele da Silva
Sabrina Andrieli de Ávila
 Tutor Externo: Ane Caroline
	
RESUMO 
Este Paper objetiva proporcionar aos leitores a necessidade de se implantar uma gestão tributaria e de custos a fim de que mantenha a continuidade do negócio ou empresa. Diante de um mercado competitivo, alta carga tributária e eficácia nos órgãos governamentais que fiscalizam e aplicam tributos às empresas, cabe aos gestores e contadores aplicar de forma planejada e organizada a gestão tributaria e de custos para que se controle e administre seus gastos, despesas e receitas, prosperando assim um lucro satisfatório no futuro. Na gestão tributária quando aplicada por profissionais capacitados e de forma sucinta, responsável e detalhada permite o alcance de seus resultados mais rápido possível. Apresentamos através de pesquisas, a maneira de como se chegar ao resultado esperado diante da elaboração e prática dessa gestão. A pergunta é: Que efeitos trazem uma boa gestão tributaria e de custos na continuidade das empresas? E a resposta apresentaremos neste Paper. Utilizando recursos como livros, artigos e demais publicações sobre o assunto, sempre relacionando com citações dos respectivos autores para na sua totalidade, este Paper alcançar seu objetivo. 
Palavras-chave: Paper. Contabilidade de custos. Gestão Tributária. Continuidade. Empresas.
1. INTRODUÇÃO
Muito se pronuncia sobre custos, despesas, gastos, etc., afinal o que vem a ser isto e como podemos controlar em nossas vidas esses conceitos? Passamos por uma conjuntura econômica incerta, de dúvidas e incertezas sobre o futuro em que exige das empresas e organizações atuais que se planeje m nos mínimos detalhe s seus custos, despesas e gastos para que se possa prever um lucro almejado. 
O custo está atado na vida de todo indivíduo, desde o seu nascimento até a sua morte, uma vez que todos os bens necessários ao seu consumo ou à sua utilização têm um custo monetário, o que leva em consideração que uma boa gestão e controle traga efeitos benéficos a quem c om controle e direção elenca seus custos.
Objetivando aprofundar -se sobre o tema já relacionado, buscam os fundamentar teoricamente através de pesquisas e leituras em livros, artigos e periódicos já publicados, correlacionando ideias de diferentes autores. Tendo como foco apresentar a consequência de uma boa gestão de custos e tributos para que a empresa tenha bons resultados que permitam uma longa vi vencia no mercado. 
Formandos na área contábil conhecedores de que o profissional contabilista, juntamente com advogados e administradores tem a obrigação de planejar e pôr em prática a gestão tributaria, queremos estar preparados profissionalmente para esse exercício e competência. 
O desígnio deste trabalho é despertar no leitor a situação atual da carga tributária no Brasil e os efeitos que uma boa gestão de custos e tributaria pode fazer na continuidade da s empresas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Diante de um mercado tão competitivo as empresas s têm buscado continuamente reduzir seus custos, que são influência dos por fatores internos e externos e devem ser geridos, objetivando aumentar sua margem de lucro, já que o preço de venda é determinado por esse mercado. 
Segundo Pinto (2012, p.13), “ a carga tributária, sem dúvida, atrapalha a competitividade das empresas brasileiras. Tributos tão altos, que atingem as empresas e os consumidores, impõem um limite de consumo, de crescimento para as empresas e desenvolvi mento para o nosso país”. 
Sabedores de que o custo de um produto é o preço pago por ele, acrescido dos gastos para coloca -lo em condições de uso, subtraído dos tributos recuperáveis. Por isso o conhecimento da opção tributária dos fornecedores é de extrema importância, já que nessa possibilidade de crédito deve -se levar em conta um tributo (ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias) que representa em média 12% do valor da aquisição de uma matéria-prima ou mercadoria, devendo essa análise também ser realizada pelo cliente dessa empresa. 
A contabilidade surgiu da necessidade de se conhecer e controlar os elementos e as variações do patrimônio das entidades, ou seja, controlar as riquezas da coletividade, para assim atender as necessidades individuais e coletivas. 
Segundo Santos (2011, p.1): A contabilidade é um sistema de contas composto por normas, regras e princípios para a acumulação, geração e análise de dados para atender a necessidades internas e externas de uma empresa [...]. É ramo do conhecimento necessário como eficiente instrumento de controle, planejamento e gestão de um negócio com ou sem finalidades lucrativas. 
Para Leone (2010) a contabilidade de custos olha os custos de maneira diferente para produzir informações diferentes que atendam às necessidades gerenciais, estabelece vários sistemas de custos e a dota diferentes critérios de avaliação, cálculo e alocação para fornecer informações especificas exigidas por ambientes de produção e de administração em constante mutação. 
Para o sucesso empresarial e preciso que os gestores, analisem a s melhores formas de alocar os custos a fim de determinar uma política sólida e satisfatória, para desta forma, obter informações precisas da contabilidade de custos a fim de auxiliar na gestão bem como trazer benefícios na administração da entidade (LEONE E LEONE, 2010). 
Deste modo, a contabilidade de custos a além de ser especializada em divulgar os custos dos produtos, tem a competência de gerar informações para tomada de decisões, sobretudo para os usuários internos. 
Em síntese, a contabilidade de custos originou -se da necessidade e obrigação por parte dos gestores das empresas em conhecer e evidenciar dados para a tomada de decisões dos respectivos usuários, utilizando-a para o controle de cunho gerencial. 
De acordo com o portal da contabilidade: Contabilidade Tributária é uma expressão utilizada para designar o conjunto de ações e procedimentos visando apura reconciliar a geração de tributos de uma entidade. Também chamada de "Contabilidade Fiscal”. A escrituração contábil regular propicia informações importantes para a apuração de tributos. 
Dessa forma, um confiável sistema de informações contábeis combinado com sólidos conhecimentos sobre a legislação tributária e uma contínua atualização são inerentes para que um contador/controller possa acompanhar a evolução dos tributos que incidem sobre as atividades de uma empresa, procurando sujeitá-la a possíveis infrações fiscais ou penais. Portanto, esse ramo da contabilidade exige do contador um profundo conhecimento em relação à os tributos incidentes sobre as operações da empresa, bem como sobre a s opções tributárias permitidas, para que possa auxiliar na escolha daquela que possibilite um a batimento da sua carga tributária e junta mente com a contabilidade de custos traga uma redução dos seus custos, visando sempre t ornar a em presa mais competitiva no mercado. 
O Sistema Tributário Nacional l é um conjunto de regras jurídicas que disciplina o exercício
do poder impositivo pelos diversos órgãos públicos, aos quais a Constituição Federal atribui competência tributária. A expressão STN serve para designar o conjunto de todos os tributos cobrado s no País, sem distinguir os da competência Federal, estadual ou municipal, e, bem assim, todas as regras jurídicas com relações entre si que disciplinam a arrecadação desses tributos. 
O STN é regido pelo disposto na Emenda Constitucional nº 18 de 01/12/65 , em Leis Complementares, em Resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências em Leis Federais, Lei s Estaduais e Leis Municipais. STN – Lei 5172 de 25/10/66, Código Tributário Nacional e previsto nos artigos 145 e 162 da Constituição Federal de 1988. 
Segundo Pêgas (2011) as em presas são enquadradas
pela legislação tributária em cinco diferentes formas: Simples Nacional, Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Imune/Isentas. 
Regime de tributação é o enquadramento da empresa de acordo com a legislação tributária vigente, no que diz respeito a tributação sobre o resultado. (PÊGAS, 2011). 
Simples Nacional Essa é uma forma de tratamento tributário diferenciado dedicado às micro e pequenas empresas, conforme determina a Lei Complementar nº 123/2006, Lei Complementar que estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado à s microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Pode res da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios Presentemente as empresas com receita bruta no ano calendários anteriores até R$ 3.600.000,00 podem optar por essa forma de tributação. As empresas optantes por esse regime de tributação recolhem seus tributos de forma unificada, abrangendo os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, CPP, IPI, ICM S e ISS. Esses tributos são calculados através da aplicação das alíquotas constantes nos anexos I a V da referida Lei. 
Para localizar a alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo, o sujeito passivo utilizará a receita bruta a cumulada nos 12 (doze) meses anteriores a o do período de apuração. Após esse procedimento é em pregada a alíquota sobre a receita bruta do mês, assim é encontrado o valor devido pela empresa.
2.1 LUCRO REAL
O Lucro Real consiste no resultado contábil, antes do IRPJ (Imposto de Renda Pessoas Jurídicas) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), do período de apuração a justado pelo Regime Tributário de Transição (RTT), pelas adições, exclusões ou compensações definidas no Decreto Lei nº 1.598/1977. 
De acordo com Pêgas (2011), resultado contábil consiste no valor apurado pela contabilidade através confrontação de receitas e despesas no regime de competência. Este resultado pode ser Lucro, receitas superiores as despesas, ou Prejuízo, despesas superiores a receitas. A Lei 11.638 /2007 instituiu novos métodos e critérios para contabilidade societária, através harmonização da s normas contábeis nacionais com as internacionais. 
Para fins tributários houve uma neutralidade instituída pela Lei 23 11.941/2009, que cria o RTT que consiste em manter, para fins tributários, os critérios contábeis de 2007, sem que esses sejam alterados pela Lei 11.638/2007. Segundo Pêgas (2011) são considerada s adições as despesas que não são essenciais para a manutenção da atividade fim da empresa. 
São consideradas exclusões na de terminação do Lucro Real:
 a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do exercício; b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no lucro real; c) os prejuízos de exercícios anteriores [...] (ART. 6º, § 3º , DECRET O Nº 1.598/1977). 
Conforme o Decreto nº 3000/1999, Art. 250, inciso III, as empresas tributadas pela sistemática do Lucro Real quando apuram um resultado negativo este é denominado prejuízo fiscal, quando se trata de IRPJ, e base de cálculo negativa quando se trata da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Es se prejuízo pode ser compensado e m períodos subsequentes, contudo ressalva -se que só é permitido que até 30% (trinta por cento) seja com pensado do Lucro Real nos exercícios seguintes. O mesmo se aplica a base de cálculo negativa da CSLL. 
2.2 LUCRO PRESUMIDO
O regime de tributação sob o lucro presumido vem a ser, de acordo com a Receita Federal do Brasil conceitua, sendo “[...] uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL d as pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano calendário, à apuração do lucro real”, e ainda adiciona que o imposto de renda é recolhido trimestralmente. 
Diferentemente do regime lucro real, essa opção de tributação não pode ser exercida por todas a empresas, sendo aceita opção somente para aquelas empresas que não estão obrigadas a optar pelo Lucro Real. A metódica de tributação para encontrar o Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos 516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda, Decreto 3000 de 1999, onde determinam que serão aplicados o percentual de 8% - oito por cento - sobre a receita bruta auferida durante o período de apuração, no caso do IRPJ. Para a determinação da base de cálculo da CSLL esse percentual é de 12%. 
O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base cálculo para IRPJ e CSLL das pessoas jurídica s que não estiverem obrigadas à apuração com base no Lucro Real, assim definido por Oliveira, L. et a l (2009). Para Pêgas (2011, p. 497) “o Lucro Presumido é uma forma de tributação que utiliza apenas as receitas da empresa para apuração do resultado tributável. ” 3.4.2.1. Presunção do Lucro Presumi do A cada trimestre, o Lucro Presumido será determinado a plicando-se sobre a receita do tri mestre o percentual de presunção do lucro conforme lei 9.249/1995:
Apuração do IRPJ e da CSLL no Lucro Presumido Segundo Oliveira, Letal (2009) o resultado da multiplicação dos percentuais de presunção do Lucro Presumido pela receita bruta auferida no tri mestre, resultará na base de cálculo para apuração do IRPJ e da CSLL. 28 De acordo com o Decreto nº 3000/1999, o IRPJ a pagar será calculado aplicando a alíquota de 15% (quinze por cento) sobre sua base de cálculo. E se, a base de cálculo do IRPJ for maior que R$ 60.000 (sessenta mil reais) ao trimestre será aplicado o adicional de 10% (dez por cento) sobre a diferença entre a base de cálculo e os R$ 60,000,00 (sessenta mil reais). 
A CSLL também será apurada multiplicando pela base de cálculo a alíquota que é de 9% (nove por cento) para pessoas jurídicas em geral e de 15% (quinze por cento) para as pessoas jurídicas consideradas instituições financeiras, como estabelece o Art. 17 da Lei nº 11.727/2008. 
2.3 LUCRO ARBITRADO
O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda empregada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte. É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso. Por exemplo: quando o contribuinte optante pelo lucro real não tem o livro diário ou razão, quando deixa de escriturar o livro inventário, etc. 
Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado. A partir de 01.01.1997, a tributação com base no lucro arbitrado ocorrerá trimestralmente, em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano -calendário. A partir de 01.01.1995, ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbitramento de lucro, previstas na legislação fiscal, poderá o arbitramento: 
I) ser aplicado pela autoridade fiscal, em qual quer dos casos previstos na legislação do imposto de renda. 
II) ser adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta; A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada me diante o pagamento da primeira quota ou da quota única do imposto devido, correspondente ao período de apuração trimestral em que o contribuinte, pelas razões determinantes na legislação, se encontrar em condições de proceder o arbitramento do seu lucro. O imposto de renda devido trimestralmente será determinado c om base nos critérios do lucro arbitrado quando: 
I) a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou determinar o lucro real;
II) o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou deixar de apresentar o Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando optar pelo lucro presumido e não mantiver escrituração contábil regular; 
III) o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido; 
IV) o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente, residente ou domiciliado no exterior; 
V) o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas uti lizadas para resumir, totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário; 
VI) o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos casos em que o mesmo se encontre obrigado ao lucro real. 
A partir de 01.01.1997, a tributação com base no lucro arbitrado ocorrerá trimestralmente, em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário. 
Quais consequências a Gestão Tributária e de Custos podem trazer na continuidade das empresas? 
Apesar de já termos visto as formas que as empresas têm melhor gerir os gastos com custos tributários, ainda tem os a percepção de que a carga tributária no Brasil a inda afoga muito empresários e empresas. A complexidade da legislação tributária brasileira é pior do que o valor d os impostos que pagamos, principalmente para as empresas, pois mesmo que o empresário deseje pagar o tributo corretamente, não consegue devido ao emaranhado de leis que regulam a arrecadação. Diante disso, o empresário tem um custo a mais, para contratar pessoas especializadas no cálculo do imposto. Além disso, perde-se tempo demais para conseguir destacar o imposto. 
Os recentes aumentos na carga tributária estão provocando inflação no Brasil. Isso se dá, com maior ênfase, por causa de tributos indiretos que afetam as relações de consumo, nas quais a lei designa o contribuinte de direito para recolher os valores a os cofres públicos (industriais e comerciantes), mas quem realmente suporta o ônus financeiro é o contribuinte de fato, ou seja, aquele que compra os produtos e mercadorias. 
Um dos benefícios que uma boa gestão tributaria traz é evitar que essa empresa tenha débitos tributários, evitando assim pagamento de juros e multa, cobranças judiciais e até mesmo execução fiscal por parte da Receita Federal. A empresa que t em os tributos bem planejados não deixa de apurar corretamente os impostos e paga -los dentro dos prazos. Então, não a arca com multas e juros e assegura a manutenção de suas Certidões Negativas de Débitos (CNDs), emitidas pelos órgãos públicos. 
Além disso, o planejamento tributário, como abrange totalmente o regime da empresa, garante o cumprimento das obrigações acessórias — declarações e transmissões — em dia e corretamente. E vale lembrar que descumprir tais obrigações rendem penalizações mais caras do que aquelas geradas quando se ignora ou atrasa pagamento de impostos. 
Outro benefício diante da gestão tributaria é o aumento da lucratividade e competitividade, pois seja m tributos apurados sobre o lucro ou sobre o faturamento bruto, e lesão despesas e entram na precificação dos serviços ou produtos. 
Contudo, se a empresa encontrar uma forma de legalmente pagar menos impostos pode ao mesmo tempo elevar a lucratividade e reduzir seus preços. Basta calcular a economia tributária possível e aplica r somente um a parte dela como redução de preço. Assim, o negócio aumenta seu lucro ao mesmo tempo em que se torna mais competitivo cobrando valores mais baixos. Ainda é possível que a previsibilidade do planejamento tributário para as startups em suas apurações de impostos auxilia no controle de suas contas. Exemplificando, o plano orçamentário e a projeção do fluxo de caixa, que consideram os tributos, tornam-se ferramentas mais exatas. Por conseguinte, passam a ser mais confiáveis para o responsável utiliza -las nas tarefas de avaliar as finanças e tomar decisões. 
Possibilita recuperar pagamentos indevidos: A legislação assegura o direito da recuperação de impostos às empresas que no passado pagaram tributos que não precisavam ou em valor maior do que seria devido. Portanto, caso o planejamento não seja prática mantida desde o início do empreendimento, o primeiro passo pode ser rever o que ocorreu anteriormente no momento em que ele for iniciado; assim, se qualquer pagamento for constatado como indevido, é possível solicitar sua recuperação. 
Em geral, o que ocorre é o recebimento de crédito tributário para compensação de imposto que será apurado à frente, e não a devolução do dinheiro. Mas o resultado é o mesmo, pois deixa-se de gastar ou economiza-se para cumprir a s obrigações do presente ou do futuro próximo. Como apresentado são diversos fatores positivos que possibilitam bem-estar fiscal, financeiro e contábil quando a empresa opta por gerir uma gestão tributaria e de custos eficiente e eficaz. 
Reduz custos nas compras de materiais ou mercadoria seja para aplicar em prestação de serviços ou para vender, a maioria da s empresas tem de adquirir produtos. Porém, as aquisições compreendem mais do que os valores c obrados pelos fornecedores. Uma compra de fornecedor de outro estado pode exigir o pagamento da diferença de alíquota de ICMS entre regiões, o que citamos acima. Mas há outros custos nesse tipo de operação, como o frete. E se a empresa não for do Simples e tiver possibilidade de aproveitar créditos de ICMS, o frete da mercadoria pode gerar vantagem.
3. METODOLOGIA
Na confecção deste artigo valeu-se da pesquisa através de artigos, periódicos e livros que contribuíram, mediante leitura, análise e discursões em grupo, chegaram a fundamentação concluindo sua temática e abordagem. Leituras, vídeos e pesquisas auxiliaram para que chegasse ao objetivo de demonstrar neste artigo o tema proposto de forma clara e que seus leitores absorvam de forma significativa o que se deseja expressar.
Com a atual crise que o país vem enfrentando, diversos empresários fecharam suas empresas e vários outros estão fechando as suas contas no vermelho todo mês, todavia podemos observar que alguns empreendimentos se sobressaem e crescem na avalanche de competitividade instalada em nosso mercado; pressuposto a esse quadro atual, o trabalho proposto vem apresentar a importância dos efeitos da gestão tributária e de custos na continuidade das empresas, item indispensável para a majoração do lucro da mesma, visando a saúde financeira da organização.
 Serão analisados o lucro real, presumido e arbitrado identificados como os principais tipos de tributação a serem utilizados na gestão tributária de uma empresa, com o objetivo de determinar a forma tributária mais adequado para cada tipo de organização, visando a gestão mais eficiente e de menor impacto nas finanças da instituição, fator determinante para o sucesso da empresa em um mercado competitivo. 
Os objetivos específicos previstos para esse estudo são: Explanar sobre as diferenças de cada regime de tributação, as quais as empresas necessitam se enquadrar, demonstrar a forma mais ajustada e que proporcione menor impacto na sustentabilidade da organização, apontar a importância de uma gestão tributária eficiente e o impacto que ela gera na formação dos custos. 
Com o intuito de alcançar esses objetivos, a metodologia utilizada neste artigo é a pesquisa bibliográfica. Para um melhor entendimento de como a gestão tributária pode interferir nos custos, será resolvido um exemplo hipotético simples, utilizando-se de algumas maneiras capazes de demonstrar o melhor regime tributário a ser adotado pela instituição, analisaremos o impacto da gestão tributária nos custos, para entender melhor a importância de uma gestão eficiente na geração da sustentabilidade da empresa
devido ao impacto financeiro que ela sofre com estes regimes de tributação.
4. DISCUSSÃO DOS DADOS
Neste estudo será apresentado o resultado baseados nos dados coletados da empresa Alpha Cosméticos Ltda-ME, constituída em dezembro de 2016, empresa de pequeno porte que exerce a atividade de Comércio Varejista, seu faturamento no ano de 2017 não ultrapassou R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), limite permitido na Lei Complementar nº 155/2016, e não foram encontrados débitos fiscais e patronais que a impedisse para enquadramento no Simples Nacional.
Portanto, faz-se necessário relembrar que o objetivo geral deste estudo é identificar se a forma de tributação que a empresa está usando, é a mais adequada para o seu ramo de atividade. As grandes empresas, em sua maioria, possuem um comitê de Planejamento e Legislação Tributário, composto por uma equipe de profissionais com conhecimentos específicos em contabilidade, direito, administração de empresas e economia. Sendo assim, esta equipe procura formas de sobrevivência aos altos custos existentes.
Por outro lado, nas pequenas empresas, os proprietários, que na maioria das vezes, não possuem uma gestão tributária para a tomada de decisão, acabam desistindo dos seus negócios e recorrendo à informalidade, ou por desconhecerem a legislação sofrem com as consequências de uma má opção no Regime tributário adequado ao tipo de sua empresa, seja pelo porte, ou pela atividade econômica.
Vale ressaltar, que o estudo realizado na Alpha Cosméticos foi de grande importância para os proprietários da empresa. Com a análise efetiva de seus tributos, foi possível realizar uma tomada de decisão de qual melhor tributação escolher e com isso possibilitou também a retomada do seu crescimento, tornando a empresa mais competitiva.
O quadro 3 mostra a DRE da empresa, com as informações do 4º trimestre de 2017, que foi utilizada como base para calcular o IRPJ e a CSSL para cada Regime Tributário Brasileiro. O quadro 4 apresenta os valores do IRPJ e da CSLL pelo Lucro Presumido, atual regime tributário da empresa Alpha Cosméticos Ltda-ME. Já no Simples Nacional, após análises dos valores informados pela empresa, chegou-se ao valor devido no trimestre de R$ 2.259,56, quando no antigo regime foi de R$ 11.163,90, houve nesse caso, uma Economia Fiscal de 20,23%, em relação ao Lucro Presumido.
Quadro 3 – Demonstração do Resultado do Exercício
Fonte: Empresa Alpha Cosméticos Ltda-ME (2017).
Quadro 4 – Demonstração do Cálculo do IRPJ e CSLL Lucro Presumido
Fonte: extraído e elaborado por Sabrina,Elen,Jhennifer da Empresa Alpha Cosméticos Ltda-ME (2017)
Para calcular o IRPJ e CSLL com base no Lucro Real, existem ajustes (adições e exclusões) a serem feitos, nas adições multas de trânsito, despesas com brindes, já nas exclusões se existem vendas de bem de ativo permanente, entre outros. A partir do resultado antes da CSLL e o IRPJ, extraído da DRE do quarto trimestre de 2017, foram adicionadas multas de trânsito no valor $ 850,00 e despesas com brindes que corresponde ao valor de R$ 744,58, não houve nenhuma exclusão. Após isso, obteve-se a base de cálculos dos impostos, e em seguida foram aplicadas as alíquotas de 15% para IRPJ e 9% para CSLL, determinando os valores devidos no quarto trimestre, que neste caso, foram R$ 49.662,88 e R$ 29.797,73 respectivamente. Somando o valor do IRPJ e da CSLL, a empresa teria que pagar no quarto trimestre de 2017 o valor total
R$79.460,61, conforme quadro 5.
Quadro 5- Demonstração do Cálculo do IRPJ e CSLL Lucro Real
Fonte: extraído e elaborado por Sabrina,Elen,Jhennifer da Empresa Alpha Cosméticos Ltda-ME (2017)
Logo, o que diferencia o Lucro Presumido do Simples Nacional, é que o Simples Nacional altera a alíquota sempre que aumenta a receita e ultrapassa a faixa, de acordo com atividade, e ainda são incorporados uns tributos em uma única guia de arrecadação como: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição à Previdência Social(CPP), para o Lucro Presumido, mesmo com aumento de receita, o percentual para o cálculo do imposto continua o mesmo desde o início da constituição.
Portanto, no regime tributário do Simples Nacional, a empresa precisa observar algumas particularidades desta tributação e em termos práticos o quadro 6 representa a composição de cada imposto dentro do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). Neste caso, o que interessa é a participação no Simples do IRPJ e CSLL, feita à repartição de tributos, cada tributo ficaria assim representado: IRPJ = R$ 1.808,62 e a CSLL = R$ 1.150,94. Porém, o valor a ser pago do imposto no Simples seria de R$ 2.959,56, no quadro 7, pode-se observar que a empresa só no 4º trimestre de 2017, se estivesse sob o Regime Tributário do SIMPLES teria uma economia financeira de R$ 8.228,35.
Quadro 6- Percentual de participação de tributos do Simples Nacional
Fonte: extraído e elaborado por Sabrina,Elen,Jhennifer da Empresa Alpha Cosméticos Ltda-ME (2017)
Quadro 7- Comparativo entre os Regimes de Tributação
Fonte: extraído e elaborado por Sabrina,Elen,Jhennifer da Empresa Alpha Cosméticos Ltda-ME (2017)
Após a análise dos Demonstrativos Tributários, baseados em cada regime, foram obtidas as despesas com esses tipos de tributos que seriam: no regime pelo Lucro Presumido de R$ 11.163,90, no Regime do lucro Real de R$ 79.490,61, e no Simples Nacional de R$ 2.959,56. Portanto, em percentual de participação em cada Regime, a Receita Bruta representou 2,27% da despesa comprometida no primeiro regime tributário, ou seja, no Lucro Presumido, já no Lucro Real o comprometimento da Receita ficou em 16% e por fim 0,60% foi o comprometimento da receita Bruta no Regime do Simples Nacional.
Por fim, torna-se evidente que a melhor alternativa para a Empresa é migrar para o Simples Nacional, pois, assim terá uma despesa tributária menor com os impostos. Com base no trimestre analisado, ficou evidenciado que a modalidade de regime de tributação empregada não é a mais vantajosa para a organização. Por conta disso, recomenda-se uma análise de cada exercício social.
É importante salientar que os dados coletados ficam restritos à empresa analisada, pois sendo um estudo de caso, a entidade forneceu informações relevantes que possibilitaram a análise de seu faturamento e a mudança do seu regime de tributação, não podendo outras entidades fazer a mesma comparação quando existem particularidades que talvez possam modificar o resultado esperado.
Em suma, pela falta de uma gestão tributária no ato da sua constituição em 2016, a empresa optou erroneamente pelo Lucro Presumido, quando na verdade o regime no qual melhor se enquadra é o Simples Nacional. Levando em consideração o trimestre analisado, é relevante continuar fazendo estudos de cada exercício, visto que auxilia os gestores na tomada de decisões para evitar escolhas e onerações que modificam seu quadro tributário.
E no caso visto nesta pesquisa, a empresa analisada optou de forma incorreta pelo regime do Lucro Presumido, uma vez que não foi o mais vantajoso para a empresa. Foi proposta à empresa Alpha Cosméticos Ltda- ME, a alteração de regime tributário, com a adoção do Simples Nacional. Vale lembrar que até o final de 2018, a empresa deverá ser tributada pelo lucro presumido, pois a opção pelo Simples Nacional só será feita em janeiro/2019 até o último dia 30/01/2019, se deferida, retroagirá a 01/01/2019.
4. CONCLUSÃO 
Sendo assim, abordamos uma dentre outras tantas possibilidades de planejamento tributário que pode ser utilizado pelos gestores com o intuito de elevar sua competitividade através da redução do desembolso de tributos e, especialmente obedecendo a legislação em vigor. 
Considerando que nosso sistema tributário é galgado em uma legislação que nem sempre leva em consideração a capacidade contributiva dos setores econômicos, importante que as empresas se adéquem a esta realidade utilizando -se dos meios que lhes são alcançáveis e cabíveis. 
Formas foram apresentadas em que o gestor tributário pode diminuir
ou compactar a enorme carga tributária, elencando custos e despesas, e aumentando o ativo e liquidez nos balanços de exercícios. 
Diversos benefícios podem ser conquistados pelas empresas quando se busca realizar uma gestão tributária e de custos como: manter um a saúde tributária; reduzir custos nas compras de produtos e mercadorias; recuperar pagamentos indevidos; aumentar a lucratividade são apenas alguns dos benefícios vistos neste Paper quando se aplica a gestão tributária, e para que isso ocorra é obvio que a certificação de um bom profissional contábil é fundamental. 
O desafio é cada vez maior do profissional contábil em gerir e administrar custos e tributos nas organizações, identificamos que com uma gestão tributaria eficiente pode-se levar as empresas a saúde financeira e fiscal, consequentemente fazendo-a participar do crescimento econômico, aumentando renda, emprego, circulação da moeda e desenvolvimento no país. 
5. REFERÊNCIAS
CASTRO, Flávia de O. Gestão e Planejamento de Tributos. 2ª e dição. São Paulo. Editora FGV, 2014. 
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FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo: Atlas, v. 5, 2011. 
LEONE, G. S G; LEONE, R. J. G. Curso de Contabilidade de Custo. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
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PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed. 
Intersaberes, 2016. 
PINTO, Edemir. A carga tributária, sem dúvida, atrapalha a competitividade das empresas 
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SANTOS, Joel José. Contabilidade e análise de custos: modelo contábil, Métodos de depreciação, ABC-Custei o Baseado em Atividades, Análise atualizada de encargos sociais sobre salários, custos de tributos sobre compras e vendas. 6ª ed.–São Paulo: Atlas,2011. 
TEIXEIRA, Elizabeth. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. 
VELOSO, Waldir de Pinho. Metodologia do trabalho científico: norma s técnicas para redação de trabalho científico. 2 ed. Ver. E atual. Curitiba: Juruá, 2011. 
PORTAL DA CONTABILIDADE. História da Contabilidade. [S.I.]. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm acesso em 10 de setembro de 2020. 
https://www.normaseregras.com /normas-abnt/ Acesso em 10 de setembro de 2020.
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/pequenas-empresas acesso em 10 de setembro de 2020.
1Acadêmicos: Élen Danzberg
 Jennifer Gisele da Silva
 Sabrina Andrieli de Ávila
2 Nome do Professor: Ane Caroline
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - de Ciências Contábeis (CTB0848) – Seminário Interdisciplinar – Efeito da Gestão Tributária e de Custos na Continuidade das Empresas

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