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Princípios gerais 1 Objetivos do capitulo ....................................................................................... 1 1.1 Mccâtlica ............................................................................................ I 1.2 Concei tos fundamcntais ........................................................................... 2 1.3 Unidades de medida ........................................................................... 4 1.4 Sistema internacional de unidades...................................................... .5 1.5 Cálculos numéricos ................................................................................ 6 1.6 Procedimentos gerais para análise ...................................................... 7 11 Vetores de força 11 Objetivos do capítulo. .. . ........................................................................... 11 2.1 Escalares c vetores. . ...................................... ................................. li 2.2 2.3 2.4 Operações vetoriais Adição vetorial de forças . ······························································· I~ . ... .... ... ... ... . ..............•....•....•....... 13 Adição de um sistema de forças coplanares .................................. .. 22 2.5 Vetores canesianos . .... ........... ...................................................... 30 2.6 Adição de vetores canesianos ......................................................... ... 33 2.7 Vetores posição ......... ...................... .................. ....................... ....... .. 40 2.8 Vetor de força orientado ao longo de uma reta .................................... 42 2.9 Produto escalar ..................................................................................... 49 D Equilíbrio de uma partícula 61 Objetivos do capítulo . ... . . ...................... .... ........ .............................. 61 3.1 Condição de equilíbrio de uma partícula ......................................... 61 3.2 O diagrama de corpo livre ............................................................... .61 3.3 Sistemas de forças coplanares ......................................................... 64 3.4 Sistemas de força tridimensionais................................................... 75 D Resultantes de um sistema de forças 8S Objetivos do capítulo . . . ... .... ............................................................. . 85 4.1 Momento de uma força - formulação escalar ................................... 85 4.2 Produto vetoria l .........................................................•.••.••••.•• 4.3 Momento de uma fo rça - formulação vetorial . ..........•....•.•..•.•..•. 88 .. 90 4.4 O princípio dos momentos............................................................... .. 93 vm Estático 4.S Momento de uma força em relação a um eixo especificado ................ I O I 4.6 Momento de um binário ...................................................................... 1 08 4.7 Simplificação de um sistema de forças e binários ............................... 117 4.8 Simplificações adicionais de um sistema de forças e binários ............ 124 4. 9 Redução de um carregamento distribuído simples .............................. 133 D Equilíbrio de um corpo rígido 145 Objetivos do capíttl lo .................................................................................... l45 S.1 Condjçôes de equilíbrio do corpo rígido ............................................. 145 S.2 Diagramas de corpo livre ..................................................................... l46 S.3 Equações de equilíbrio ........................................................................ I 57 S.4 Membros de duas e três forças ............................................................ I 64 S.S Diagramas de corpo livre ..................................................................... I 74 S.6 Equações de equilíbrio ........................................................................ 177 S.7 Restrições e determinação estática ...................................................... 178 11 Análise estrutural 195 Objetivos do capítu lo .................................................................................... l 95 6.1 Treliças simples ................................................................................... I 95 6.2 O método dos nós ................................................................................ I 97 6.3 Membros de força zero ........................................................................ 202 6.4 O método das seções ........................................................................... 209 6.S Treliças espaciais ................................................................................. 217 6.6 Estruturas c máquinas .......................................................................... 220 Forcas internas 249 ' Objetivos do capíttllo .................................................................................... 249 7.1 Forças internas desenvolvidas em membros estmturais ....................... 249 7.2 Equações e diagramas de esforço cortante e momento ftetor. .............. 261 7.3 Relações entre carga distribuída, esforço cortante e momento ftetor ... 267 7.4 Cabos ................................................................................................... 275 11 Atrito 290 Objetivos do capítulo .................................................................................... 290 8.1 Características do atrito seco ............................................................... 290 8.2 Problemas envolvendo atrito seco ....................................................... 293 8.3 Calços .................................................................................................. 309 8.4 Forças de atrito em parafusos .............................................................. 311 8.S Forças de atrito em correias ................................................................. 317 8.6 Forças de atrito em mancais de escora, mancais axiais e discos ......... 323 8.7 Forças de atrito em mancais radiais ..................................................... 326 8.8 Resistência ao ro lamento ..................................................................... 327 11 Centro de gravidade e centroide 337 Objetivos do capítulo . .. .. . •......•...........•.. .... .. 9.1 Centro de gravidade, centro de massa e centroide de um corpo 9.2 Corpos compostos . .. . . . .................................................. . 9.3 Teoremas de Pappus e Guldinus .. . . •••••••••••••••••••••• 337 337 355 366 9.4 Resultante de um carregamento distribuído geral . ...................... 3 73 9.5 Pressão de fluidos .. ...... ···•••······ ·······• ... .. . -~·························· . 373 II!J Momentos de inércia 387 Objetivos do capítulo ..... .............................................................................. 387 10.1 Definição de momentos de inércia para áreas .................................... 387 10.2 Teorema dos eixos paralelos para uma área ....................................... 388 10.3 Raio de geração de uma área ............................................................... 388 10.4 Momentos de inércia para áreas compostas ...... ....................... ..... . .. 394 10.5 Produto de inércia para uma área ................................................. 40 I 10.6 Momentos de inércia para uma área relação aos eixos inclinados . 404 10.7 Circulo de Mohr para momentos de inércia .. .............................. 407 10.8 Momento de inércia da mas a .... ...................... ............................. 41 3 m Trabalho virtual 4 25 Objetivos do capitulo ...•..•.•..•............•....•..•.. ·········•····•····•········· 11.1 Definição de trabalho .......................................•....•....•.... 11.2 Principiodo trabalho virtual. •• ••••• • •• o o ••••••••••••••••••••••••••• 11.3 Principio do trabalho virtual para um sistema . 425 425 426 de corpos rígidos conectados .................... ......... .......................... .. 428 11.4 Forças conservativas . .................................................................. . 438 11.5 Energia potencial .............................................................................. 438 11.6 Critério de energia potencial para o equilíbrio ................................... .440 11.7 Estabilidade da configuração de equilibrio ......................................... .440 Apêndices 4S4 A Revisão e expressões matemáticas .................................................... .454 B Equações fundamentais da estática ..................................................... 457 C Tabelas de conversão . ........................................ ............................. .458 Soluções e respostas parciais dos problemas fundamentais 461 Respostas dos problemas selecionados 476 • lndice remissivo 508 Sumário lX Princípios gerais Obietivos do capítulo • Fornecer uma introdução às quantidades básicos e idealizações do mecânico. • Apresentar o enunciado dos leis de Newton do movimento e do gravitação. • Revisor os princípios poro o aplicação do Sistema Internacional de Unidades (SI). • Examinar os procedimentos padrão de execução dos cálculos numéricos. • Apresentar uma orientação geral para o resolução de problemas. Mecânica A mecânica é um ramo das ciências fisicas que trata do estado de repouso ou movimento de corpos sujeitos à ação das forças. Em geral, esse assunto é subdividido em três áreas: mecânica dos corpos rígidos, mecânica dos corpos deformáveis e mecânica dos fluidos. Neste livro, estudaremos a mecânica dos corpos rígidos, uma vez que este é um requisito básico para o estudo das outras áreas. Além disso, ela é essencial para o projeto e a análise de muitos tipos de membros estruturais, compo- nentes mecânicos ou dispositivos elétricos encontrados na engenharia. A mecânica dos corpos rígidos divide-se em duas áreas: estática e dinâmica. A estática trata do equilíbrio dos corpos, ou seja, aqueles que estão em repouso ou em movimento, com velocidade constante; enquanto a dinâmica preocupa-se com o movimento acelerado dos corpos. Podemos considerar a estática um caso especial da dinâmica em que a aceleração é zero; entretanto, a estática merece um tratamento distinto na aprendizagem da engenharia, uma vez que muitos objetos são projetados com a intenção de permanecerem em equilíbrio. Desenvolvimento histórico Os princípios da estática desenvolveram-se na história há muito tempo, porque podiam ser formulados simplesmente a partir das medições da geometria e da força. Por exemplo, os escritos de Arquimedes (287-2 12 a.C.) tratam do princípio da alavanca. Os estudos sobre polia, plano inclinado e torção também aparecem registrados em escritos antigos, da época em que as necessidades da engenharia limitavam-se principalmente à construção de edificios. I 2 I Estático Como os princípios da dinâmica dependem de lllna medição precisa do tempo, esse assunto se desenvolvelll bem mais tarde. Galileu Galilei (1564-1642) foi um dos primeiros grandes colaboradores desse campo. Seu trabalho consistiu de experimentos usando pêndulos e corpos em queda livre. As contribuições mais significativas na dinâmica, no entanto, foram feitas por Isaac ewton ( 1642-1727), que é conhecido por sua formulação das três leis fundamentais do movimento e a lei universal da atração gravitacional. Logo após essas leis terem sido postuladas, importantes técnicas para a aplicação delas foram desenvolvidas por Euler, D' Alembert, Lagrange e outros. Conceitos fundamentais Antes de começarmos o nosso estudo da mecânica para engenharia é importante entender o significado de al.guns conceitos e princípios fundamentais. Quantidades básicas As quatro quantidades que se seguem são usadas em toda a mecânica. Comprimento O comprimento é usado para localizar a posição de um ponto no espaço e, portanto, descrever o tamanho de um sistema fisico. Uma vez definida a unidade padrão do comprimento, pode-se definir distâncias e propriedades geométricas de um corpo como múltiplos da un idade de comprimento. Tempo O tempo é concebido como uma sucessão de eventos. Embora os princípios da estática sejam independentes do tempo, essa quantidade desempenha um importante papel no estudo da djnâmica. Massa A massa é uma medida da quantidade de matéria que é usada para comparar a ação de um corpo com a de outro. Essa propriedade se manifesta como uma atração da gravidade entre dois corpos e fornece uma medida da resistência da matéria à mudança de velocidade. Forca • Em geral, a força é considerada um 'empurrão' ou 'puxão' exercido por um corpo sobre outro. Essa interação pode ocorrer quando existe contato direto entre dois corpos, tal como quando uma pessoa empurra uma parede; ou pode ocorrer à distância, quando os corpos estão fisicamente separados. Exemplos do último tipo incluem as forças da gravidade, elétrica e magnética. Em qualquer caso, uma força é completamente caracterizada pela sua intensidade, direção e ponto de aplicação. Modelos Os modelos ou idealizações são usados na mecânica para simplificar a aplicação da teoria. Vamos definir a seguir três modelos importantes. Partícula Uma partícula possui massa, mas em um tamanho que pode ser desprezado. Por exemplo, o tamanho da Terra é insignificante quando comparado com o tamanho de sua órbita e, portanto, ela pode ser modelada como uma partícula no estudo de seu movimento orbital. Quando um corpo é modelado como uma particula, os princípios da mecânica reduzem-se a uma fonna muito simplificada, uma vez que a geometria do corpo não estará envolvida na análise do problema. Capítulo 1 Corpo rígido Um corpo rígido pode ser considerado a combinação de um grande número de partículas que permanecem a uma distância fiXa umas das outras. tanto antes como depois da aplicação de uma carga. Esse modelo é importante porque as propriedades materiais de qualquer corpo assumido como rígido não precisam ser consideradas quando se estudam os efeitos das forças atuando sobre o corpo. a maioria dos ca os, as dcformaçõc reais que ocorrem em estruturas, máquinas, mecani mos c simi lares são relativamente pequenas, c a hipótese de corpo rígido é adequada para a análise. Forca concentrada • Umaforça concemrada representa o efeito de uma carga que supostamente age em um ponto do corpo. Podemos representar uma carga por uma força concentrada, desde que a área sobre a qual ela é aplicada seja pequena, comparada com o tamanho total do corpo. Um exemplo seria a força de contato entre uma roda e o solo. As três leis do movimento de Newton A mecânica para engenharia é fonnulada com base nas três leis do movimento de Newton, cuja validade é baseada na observação experimental. Essas leis se aplicam ao movimento de uma particula quando medido a partir de um sistema de referência não acelerado. Elas podem ser postuladas resumjdamente como a segui r. Primeira lei Uma partícula originalmente em repouso ou movendo-se em linha reta, com velocidade constante, tende a permanecer nesse estado, desde que não seja submetida a uma força em desequilíbrio (Figura l.la). Segunda lei Uma partícula sob a ação de umaforça em desequilíbrio F sofre uma aceleração a que po sui a mesma direção da força e intensidade diretamente proporcional à força (Figura 1.1 b). • Se F é aplicada a uma partícula de massa m, essa lei pode ser expressa matematicamente como: F = ma ( 1.1 ) Terceira lei As forças mútuas de ação c reação entre duas partículas são iguais, opostas e colincares (Figura 1.1 c). Lei de Newton da atra~ão gravitacional Depois de explicar suas três leis do movimento, Newton postulou a lei que govcma a atração gravitacional entrequaisquer duas partículas. Expressa matematicamente, onde: F= Gm,m2 1.). F = força da gravidade entre duas partículas ( 1.2) G = con tante univcr ai da gravitação; de acordo com evidência experimental, G = 66, 73( I O 11) m3 I (kg. s2) m" m2 = mas a de cada uma das duas partículas r = distância entre as duas partículas • Enunciado de outnl forma, a força em desequilibrio que atua sobre a partícula é proporcional :\ taxa de variação da quant idade de movimento linear da partícula. F Princípios gerais I 3 I Fl Equilíbrio (a) ,. a Movimento acelerado (b) (/orça de A sobre 8 ~ F A 8 \.força de 8 sobre A Ação - reação (c) Figura 1.1 I 4 I Estático Peso Segundo a Equação 1.2, quaisquer duas partículas ou corpos possuem uma força de atração mútua (gravitacional) agindo entre eles. Entretanto, no caso de uma partícula localizada sobre ou próxima à superficie da Terra, a única força da gravidade com intensidade considerável é aquela entre a Terra e a partícula. Consequentemente, essa força, denominada peso, será a única força da gravidade considerada em nosso estudo da mecânica. Pela Equação 1.2, podemos desenvolver uma expressão aproximada para encontrar o peso W de uma partícula com uma massa m1 = m. Se considerarmos a Terra uma esfera sem rotação de densidade constante e tendo uma massa m2 = M., e se r é a distância entre o centro da Terra e a partícula, temos: Adotando g = GMj ?, resulta: W=GmU ,.2 (1.3) Por comparação com F = ma, podemos ver que g é a aceleração devido à gravidade. Como ela depende de r, então o peso de um corpo não é uma quantidade absoluta. Em vez disso, sua intensidade é detenninada onde a medição foi feita. Para a maioria dos cálculos de engenharia, no entanto, g é detenninada ao nível do mar e na latitude de 45°, que é considerado o ' local padrão'. m Unidades de medida As quatro quantidades básicas - comprimento, tempo, massa e força - não são todas independentes umas das outras; na verdade, elas estão relacionadas pela segunda lei do movimento de Newton, F = ma. Por essa razão, as unidades usadas para medir essas quantidades não podem ser todas selecionadas arbitrariamente. A igualdade F = ma é mantida apenas se três das quatro unidades, chamadas unidades básicas, estiverem definidas e a quarta unidade for, então, derivada da equação. Unidades SI O Sistema Internacional de Unidades, abreviado como SI, do francês Systeme lnternational d'Unités, é uma versão moderna do sistema métrico, que recebeu aceitação mundial. Como mostra a Tabela 1.1 , o sistema SI define o comprimento em metros (m), o tempo em segundos (s) e a massa em quilof,rramas (kg). A unidade de força, chamada 'newton' (N), é derivada de F = ma. Portanto, I newton é igual à força necessária para fornecer I quilograma de massa a uma aceleração de I m/s2 (N = kg · m/s~. TABELA 1.1 Sistemas de unidades Nome Distância Tempo Massa Força Sistema Internacional Metro Segundo Quilograma Newton* de Unidades (SI) (m) (s) (kg) (N) ( kgs~ m ) *Unidade derivada. Capítulo 1 Se o peso de um corpo localizado no 'local padrão' for determinado em newtons, então, a Equação 1.3 deve ser aplicada. Nessa equação, as medidas fornecem g = 9,80665 rnls2; entretanto, para cálculos, será usado o valo r g = 9,81 rnls2• Assim, W = mg (g = 9.81 rnls2) (1 .4) Logo, um corpo de massa I kg possuí um peso de 9,81 N, um corpo de 2 kg pe a 19,62 c assim por diante (Figura 1.2). Sistema internacional de unidades O Sistema Internacional de Unidades (SI) será bastante usado neste livro, visto que ele deve se tornar o padrão de medida mundial. Portanto, apresentaremo agora algumas das regras para o seu uso e tenninologias relevantes a mecânica para engenharia. Prefixos Quando uma quantidade numérica é muito grande ou muito pequena, as unidades usadas para definir seu tamanho podem ser modificadas usando um prefixo. Alguns dos prefixos usados no SI são mostrados na Tabela 1.2. Cada um representa um múltiplo ou submúltiplo de uma unidade que, se aplicado sucessivamente. move o ponto decimal de uma quantidade numérica a cada três casas decímai . • Por exemplo, 4000000 N = 4000 kN (quilonewtons) = 4 MN (meganewtons), ou 0,005 m = 5 mm (milímetro ). Observe que o sistema SI não inclui o múltiplo deca ( I O) ou o submúltiplo centi (0,0 I), que fazem pane do sistema métrico. Exceto para algumas medidas de volume e área, o uso desses prefixos deve ser evitado na ciência e na engenharia. TABELA 1.2 Prefixos Forma exponencial Prefi xo lmbolo SI Múltiplos I 000000000 I 09 g•ga G I 000000 I 06 mega M I 000 I 03 qui lo k Submúltiplos 0,001 I O 3 mil i m 0,000001 lO~ . rmcro Jl 0,00000000 I lO 9 nano n Regras para uso As regras imponantes a seguir descrevem o uso apropriado dos vários símbolos do SI: • Quantidades definidas por diversas unidades que são múltiplas umas das outras são separadas por um ponto para evitar confusão com a notação do • O quilograma é a única unidade básica que é definida com prefixo. Princípios gerais I 5 I 9,8t Figura 1.2 I kg I 6 I Estático prefixo, como indicado por N = kg · m/s2 = kg · m · s 2• Também é o caso de m·s (metro-segundo) e ms (milissegundo). • A potência exponencial de uma unidade tendo um prefLXo se refere a ambos: a unidade e seu prefixo. Por exemplo, pN2 = <PNY = J1 • pN. Da mesma forma, nun2 representa (mmY = mm·mm. • Com a exceção da unidade básica quilograma, em geral, evite o uso de prefLXo no denominador das unidades compostas. Por exemplo, não escreva N/mm, mas sim kN/m; também m/mg deve ser escrito como Mm/kg. • Ao realizar cálculos, represente os números em tennos de suas unidades básicas ou derivadas convertendo todos os prefixos para potências de I O. O resultado final deve então ser expresso usando-se um prefixo simples. Também, após o cálculo, é melhor manter os valores numéricos entre O, I e I 000; caso contrário, um prefixo adequado deve ser escolhido. Por exemplo, (50 kN)(60 nm) = [50(103) N][60(10-9)m] = 3000(10 6) N · m = 3(10 3) N·m = 3mN·m Cálculos numéricos O trabalho numérico na prática da engenharia é quase sempre realizado usando calculadoras e computadores. Entretanto, é importante que as respostas de qualquer problema sejam apresentadas com precisão justificável de algarismos significativos apropriados. Nesta seção, discutiremos esses tópicos juntamente com outros aspectos importantes envolvidos em todos os cálculos de engenharia. Homogeneidade dimensional Os termos de qualquer equação usada para descrever um processo fisico devem ser dimensiono/mente homogêneos; isto é, cada termo deve ser expresso nas mesmas unidades. Nesse caso, todos os termos de uma equação podem ser combinados se os valores numéricos forem substituídos nas variáveis. Considere, por exemplo, a equação s = vt + tat2 , onde, no SI, s é a posição em metros, m, t é o tempo em segundos, s, v é a velocidade em m/s e a é a aceleração em mls2• Independentemente de como a equação seja calculada, ela mantém sua homogeneidade dimensional. Na forma descrita, cada um dos três termos é expresso em metros [m, (mls)s, (mll)s'] ou resolvendo para a, a = 2slf - 2vlt, os termos são expressos em unidades de m/s2 [m/s2, m/s2, (m/s)/s]. Observe com atenção que os problemas na mecânica sempre envolvem a solução de equações dimensionalmente homogêneas e, portanto, esse fato pode ser usado como uma verificação pardal para manipulações algébricas de uma equação. Algarismos significativos O número de algarismos significativos contidos em qualquer número detcm1ina a precisão dele. Por exemplo, o número 4981 contém quatro algarismos significativos. Entretanto, se zeros ocorrerem no final de um número, pode não ficar claro quantos algarismos significativos o número representa. Por exemplo, 23400 pode ter três (234), quatro (2340) ou cinco (23400) algarismos significativos. Para evitar essas ambiguidades, usaremos a notaçãode engenharia para expressar um resultado. Isso exige que os números sejam arredondados para a quantidade adequada de algarismos significativos e, em seguida, expressos em múltiplos de (103), tais como: (103), (106) Capítulo 1 ou (lO 9). Por exemplo, se 23400 tiver cinco algarismos significativo, ele é escrito como 23,400( I 03), mas se tiver apenas três algarismos significativos, ele é escrito como 23,4( I 03). Se zeros ocorrerem no início de um número menor que um, então não serão significativo . Por exemplo, 0,00821 possui três algarismo significativos. Usando a notação de engenharia, esse número é expresso como 8,21 (I O 3). Da mesma forma, 0,000582 pode ser expresso como 0,582( I O 3) ou 582( I O 6). Arredondamento de números Arredondar um número é necessário para que a precisão do resultado seja a mesma dos dados do problema. Como regra geral, quaJquer algarismo numérico terminado em cinco ou mais é arredondado para cima e um número menor que cinco é arredondado para baixo. As regras do arredondamento de números são mais bem ilustradas através de exemplos. Suponha que o número 3,5587 precise ser arredondado para três algarismos signi ficalivos. Como o quarto algarismo (8) é maior que 5, o terceiro número é arredondado para 3,56. De igual modo, 0,5896 se torna 0,590 c 9,3866 se torna 9,39. Se arredondarmos I ,34 1 para três algarismos significativos, como o quarto algarismo ( I) é menor que 5, então teremos I ,34. Semelhantemente, 0,3762 se torna 0,376 c 9,871 se toma 9,87. Existe um caso especial para qualquer número que tenha um 5 com zeros em seguida. Como regra geral, se o algarismo precedendo o 5 for um número par, então esse algarismo não é arredondado para cima. Se o algarismo precedendo o 5 for um número impar, então ele é arredondado para cima. Por exemplo, 75,25 arredondado para rrês algarismos significativos se torna 75,2; O, 1275 se toma O, 128; e 0,2555 se toma 0,256. Cál,ulos Quando uma sequência de cálculos é realizada, é melhor armazenar os resultados intennediários na calculadora. Em outras palavras, não arredonde os cálculos até expressar o resultado final. Esse procedimento mantém a preci ão por toda a série de etapas até a solução final. este texto, normalmente arredondamos as respostas para três algarismos significativos, já que a maioria dos dados na mecânica para engenharia, como geometria c cargas, podem ser medidos de maneira confiável nesse nível de precisão. I" Procedimentos gerais para análise A maneira mais eficaz de aprender os princípios da mecânica para engenharia é resolver problemas. Para obter sucesso nessa empreitada, é importante sempre apresentar o trabalho de uma maneira lógica e organi=ada. como sugerido na seguinte sequência de pas os: • Leia o problema cuidadosamente e tente correlacionar a situação fisica real com a teoria estudada. • Tabule os dados do problema e desenhe os diagramas necessários. • Aplique os princípios relevantes, geralmente na forma matemática. Ao escrever quaisquer equações, certifique-se de que sejam dimensional mente homogêneas. • Resolva as equações necessárias e expresse a resposta com até três algarismos significativos. • Estude a resposta com julgamento técnico c bom senso para determinar se ela parece ou não razoável. Princípios gerais I 7 I I 8 I Estático Pontos importantes • Estática é o estudo dos corpos que estão em repouso ou se movendo com velocidade constante. • Uma partícula possui massa, mas sua dimensão pode ser desprezada. • Um corpo rígido não se deforma sob a ação de uma carga. • Forças concentradas são aquelas que atuam em um único ponto sobre um corpo. • As três leis de movimento de Newton devem ser memorizadas. • Massa é a medida de uma quantidade de matéria que não muda de um local para outro. • Peso refere-se à atração da gravidade da Terra sobre um corpo ou quantidade de massa. Sua intensidade depende da elevação em que a massa está localizada. • No SI, a unidade de força, o newton, é uma unidade derivada. O metro, o segundo e o quilograma são unidades básicas. • Os prefixos G, M, k, m, J1 e n são usados para representar quantidades numéricas grandes e pequenas. A expressão exponencial deve ser conhecida, bem como as regras para usar unidades do SI. • Realize cálculos numéricos com vários algarismos significativos e, depois, expresse a resposta com três algarismos significativos. • Manipulações algébricas de uma equação podem ser verificadas em parte conferindo se a equaçãio permanece dimensionalmente homogênea. • Conheça as regras de arredondamento de números. Exemplo 1.1 Converta 2 km/h em m/s. -SOLUCAO • Como I km = I 000 m e l h = 3600 s, os fatores de conversão são organizados na seguinte ordem, de modo que possa ser aplicado um cancelamento das unidades: 2 km/h = 2 jg11 ( 1 000 m ) ( l }Í ) )< jg11 3600 s = 2000 m = O 556 m/s 3600 s , NOTA: Lembre-se de arredondar a resposta para três algarismos significativos. Exemplo 1.2 Calcule numericamente cada uma das expressões e escreva cada resposta em unidades SI usando um prefixo apropriado: (a) (50 mN)(6 GN); (b) (400 mm) (0,6 M )2; (c) 45 MN3/900 Gg. -SOLUCAO • Primeiro, converta cada número em unidades básicas, efetue as operações indicadas e depois escolha um prefixo apropriado. Capítulo 1 Princípios gerais I 9 I Porte (o) (50 mN)(6 GN) = [50(10-3) N)[6(109) N) = 300(106) w = 300(106)-....t( 1kN )( 1kN ) Y' I 03 }( I 03 }( =300 kN2 NOTA: Observe com atenção a conversão kN2 = (kN)2 = 10•6 N2. Porte (b) (400 mm){0,6 MN)2 = [400(10-3) m][0,6 (106) N)2 = [400(10-3) m][0,36 (1012) N]2 = 144( I 09) m · N2 = 144 Gm · N2 Podemos escrever também: 144(109)m · N2 = 144(109)m · -....t'( IMN )( IMN ) Y' I 06 }( 1 06 }( Porte (c) I Problemas 45MW 900Gg = O 144m · MN2 ' 45 (I 06N)3 900(106) kg = 50(10\~f/kg 50(109) pr( lkN )3 j_ J03N kg =50 kN3/kg 1.1. Arredonde os seguintes nllmeros para três algarismos significativos: (a) 4,65735 m, (b) 55,578 s, (c) 4555 N e (d) 2768 kg. 1.2. Represente cada uma das seguintes combinações de unidades na forma do Sl correta usando o prefixo apropriado: (a) ,uMN, (b) N/,urn, (c) MN!ks2 e (d) kN/ms. 1.3. Represente cada uma das seguintes quantidades na forma SI correta usando um prefixo apropriado: (a) 0,000431 kg, (b) 35,3(103) N e (c) 0,00532 km. *1.4. Represente cada uma das seguintes quantidades na forma do SI correta usando um prefixo apropriado: (a) Mglms, (b) N/mm e (c) mN/(kg.,us). 1.5. Represente cada uma das seguintes quantidades tla forma do S I correta us ando um prefixo apropriado: (a) kN/,us, (b) MglmN e (c) MN/(kg. ms). 1.6. Represente cada uma das seguintes expressões com três algarismos significativos e expresse cada resu ltado em unidades SI usando um prefixo apropriado: (a) 45320 kN, (b) 568(10s) mm e (c) 0,00563 mg. 1.7. Um foguete possui uma massa de 3,65(106) kg na Terra. Especifique seu peso em unidades do SI. Se o foguete estiver na Lua, onde a aceleração devido à gravidade é g"' = I ,62 m/ s2, detennine com três algarismos significativos seu peso e sua massa em unidades do SI. *1.8. Se um carro está viajando a 88 km/h, determine sua velocidade em metros por segundo. 1.9. O pascal (Pa) é uma unidade de pressão muito pequena. Dado que l Pa = I N/m2 e a pressão atmosférica no nível do mar é I O 1,325 kN/m2, quantos pascais vale essa quantidade? 1.10. Qual é o peso em newtons de um objeto que tenha a massa de: (a) 10 kg, (b) 0,5 g e (c) 4,50 Mg? Expresse o resultado com três algarismos significativos. Use o prefixo apropriado. 1.11. Reso lva cada uma das seguintes expressões com três algarismos significativos e expresse cada resultado em unidad es SI usa ndo um prefixo apropriado: (a) 354 mg(45 km)/0,0356 kN), (b) 0,00453 Mg)(20 I ms) e (c) 435 MN/23,2 mm. *1.12. O peso específico (peso/volume) do bronze é 85 kN/m3 • Determine sua densidade (massa/volume) em unidades do SI.Use um prefixo apropriado. *1.13. Duas partículas possuem uma massa de 8 kg e 12 kg, respectivamente. Se elas estão a 800 mm uma da outra, determine a força da gravidade agindo entre elas. Compare esse resultado com o peso de cada partícula. 10 I Estático 1.14. Determine a massa em quilogramas de um objeto que tem um peso de (a) 20m , (b) ISO kN c (c) 60 MN. Expresse o resultado com três algarismos significativos. 1.15. Resolva cada uma das seguintes expressões com três algarismos significativos e expresse cada resposta em uni- dades do SI usando um prefixo apropriado: (a) (200 kN)2, (b) (0,005 mm)2 e (c) (400 m)1• 1.16. Usando as unidades básicas do SI, mostre que a Equação 1.2 é uma equação dimensional mente homogênea que resulta F em newtons. Determine com três algarismos significativos a força gravitacional agindo entre duas esferas que estão se tocando. A massa de cada esfera é 200 kg e o raio é 300 mm. •1.11. Resolva cada uma das seguintes expressões com três algarismos significativos e expresse cada resposta em unidades do SI usando um prefixo apropriado: (a) (0,631 Mm)/(8,60 kg)2 c (b) (35 mm)2(48 kg)l. 1.18. Resolva (204 mm)(0,00457 kg)/(34,6 N) com três algarismos significativos c expresse o resultado em unidades do SI usando um prefixo apropriado. Vetores de forca I Objetivos do capítulo • Mostrar como adicionar forças e decompô-las em componentes usando a lei do paralelogramo. • Expressar a força e sua posição na forma de um vetor cartesiano e explicar como determinar a intensidade e a direção do vetor. • Introduzir o produto escalar para determinar o ângulo entre dois vetores ou a projeção de um vetor sobre outro. Escalares e vetores Todas as quantidades fisicas na mecânica para engenharia são medidas usando escalares ou vetores. Escalar Um escalar é qualquer quantidade fisica positiva Olll negativa que pode ser completamente especificada por sua intensidade. Exemplos de quantidades escalares incluem comprimento, massa e tempo. Vetor Um vetor é qualquer quantidade fisica que requer uma intensidade e uma direção para sua completa descrição. Exemplos de vetores encontrados na estática são força, posição e momento. Um vetor é representado graficamente por uma seta. O comprimento da seta representa a intensidade do vetor, e o ângulo e entre o vetor e um eixo fixo determina a direção de sua linha de ação. A ponta da seta indica o sentido da direção do vetor (Figura 2.1 ). Neste livro, as quantidades vetoriais são representadas por letras em negrito, como A, e sua intensidade aparece em itálico, como A. Para manuscritos, em geral, é conveniente indicar uma quantidade vetorial simplesmente desenhando uma seta -acima dela, como A . Intensidade Sentido ~ __.- A \ ~ Direção Figura 2.1 12 I Estática -O;Y Multiplicação e divisão escalares figura 2.2 (a) (a) Operações vetoriais Multiplica~ão e divisão de um vetor por um escalar Se um vetor é multiplicado por um escalar positivo, sua intensidade é aumentada por essa quantidade. Quando multiplicado por um escalar negativo, ele também mudará o sentido direcional do vetor. Exemplos gráficos são mostrados na Figura 2.2. Adicão de vetores ' Todas as quantidades vetoriais obedecem à lei do paralelogramo da adição. Para ilustrar, os dois velares 'componentes ' A e B na Figura 2.3a são somados para formar um vetor 'resultanle' R = A + B usando o seguinte procedimento: • Primeiro, una as origens dos vetores componentes em um ponto de modo que se tornem concon·entes (Figura 2.3b). • A partir da extremidade de B, desenhe uma linha paralela a A. Desenhe outra linha a partiir da extremidade de A que seja paralela a B. Essas duas linhas se interceptam no ponto P para formar os lados adjacentes de um paralelogramo. • A diagonal desse paralelogramo que se estende até P forma R, que então representa o vetoT resultante R = A + B (Figura 2.3c). R = A + B Lei do paralelogramo (b) (c) figura 2.3 Também podemos somar B a A (Figura 2.4a) usando a regra do triângulo, que é um caso especial da lei do paralelogramo, em que o vetor B é somado ao vetor A da forma 'extremidade-para-origem', ou seja, conectando a extremidade de A com a origem de B (Figura 2.4b). O R resultante se estende da origem de A à extremidade de B. De modo semelhante, R também pode ser obtido somando A a B (Figura 2.4c). Por comparação, vemos que a adição de vetores é comutativa; em outras palavras, os vetores podem ser somados em qualquer ordem, ou seja, R = A + B = B + A. R R R = A + B R = B + A Regra do triângulo Regra do triângulo (b) (c) figura 2.4 Capítulo 2 Vetores de força 13 I No caso especial em que os dois vetores A e B são colineares, ou eja, ambos possuem a mesma linha de ação, a lei do paralelogramo reduz-se a uma adição algébrica ou escalar R - A + 8, como mostra a Figura 2.5. Subtracão de vetores • - A resultante da diferença entre dois vetores A e B do mesmo tipo pode cr expressa como: R' = A - B = A + ( - B) Essa soma de vetores é mostrada graficamente na Figura 2.6. A subtração é definida, portanto, como um caso especial da adição, de modo que as regras da adição vetorial também se aplicam à subtração de vetores. B Adicão vetorial de forcas , , -B Lei do paralclogr:uno Subtração de vetores Figura 2.6 ou Segundo experimentos, uma força é uma quantidade vetorial, pois possui intensidade, direção e sentido especificados, e sua soma é feita de acordo com a lei do paralelogramo. Dois problemas comuns em estática envolvem determinar a força resultante, conhecendo-se suas componentes ou decompor uma força conhecida em dua componentes. De crcvcrcmo agora como cada um desses problemas é resolvido usando a lei do paralelogramo. Determinando uma forca resultante • As duas forças componentes, F1 e F2, agindo sobre o pino da Figura 2.7a podem ser somadas para formar a força resultante FR = F 1 + F2, como mostra a Figura 2.7b. A partir dessa construção, ou usando a regra do triângulo (Figura 2.7c), podemos aplicar a lei dos cossenos ou a lei dos senos para o triângulo a fim de obter a intensidade da força resultante e sua direção. (a) (b) Figura 2.7 Determinando as componentes de uma força Algumas vezes é necessário decompor uma força em duas componentes para estudar seu efeito de 'empurrão' ou 'puxão' em duas direções especificas. Por exemplo, na Figura 2.8a, F deve ser decomposta em duas componentes ao longo dos R C· ==::::;;::====:::· A 8 R=A + B Adição de \'etorcs colincarcs figura 2.5 - B Construção do triângulo A lei do porolelogromo é usodo poro determinar o resultante dos duas forços ogindo sobre o goncho. v (c) 14 I Estática Usando o lei do porolelogromo, o forço F' cousodo pelo membro vertical pode ser decomposto nos componentes que ogem oo longo dos cobos de suspensão 11 e v. I I I I I I I FJ Figura 2.9 A forço resultante FR sobre o gancho requer o odiçõo de FI + F2. Depois o resultante é somado o F3. (a) ---- 11 Figura 2.1 O dois membros, definidos pelos eixos u e v. Para determinar a intensidade de cada componente, um paralelogramo é construído primeiro, desenhando linhas iniciando na extremidade de F, uma linha paralela a u e a outra linha paralela a v. Essas linhas então se interceptam com os eixos v eu, fonnando um paralelogramo. As componentes da força F" e F. são estabelecidas simplesmente unindo a origem de F com os pontos de interseção nos eixos u e v (Figura 2.8b). Esse paralelogramo pode então ser reduzido a um triângulo, que representa a regra do triângulo (Figura 2.8c). A partir disso, a lei dos senos pode ser aplicada para determinar as intensidades desconhecidas das componentes. v F 11 11 "'" "'" (a) (b) (c) Figura 2.8 Adicão de várias forcas ' . Se mais de duas forças precisam ser somadas, aplicações sucessivas da lei do paralelogramo podem ser realizadas para obter a força resultante.Por exemplo, se três forças, F 1, F2 e F3 atuam em um ponto O (Figura 2.9), a resultante de quaisquer duas das forças (digamos, F 1 + F2) é encontrada e, depois, essa resultante é somada à terceira força, produzindo a resultante das três forças, ou seja, FR = (F1 + F2) + F3. O uso da lei do paralelogramo para adicionar mais de duas forças, como mostrado, normalmente requer cálculos extensos de geometria e trigonometria para determinar os valores numéricos da intensidade e direção da resultante. Em vez disso, problemas desse tipo podem ser facilmente resolvidos usando o ' método das componentes retangulares', que será expl:icado na Seção 2.4. Procedimento para análise Problemas que envolvem a soma de duas forças podem ser resolvidos da seguinte . manetra: lei do paralelogramo • Duas forças 'componentes', F1 e F2 na Figura 2.1 Oa se somam confonne a lei do paralelogramo, dando uma força resultante F R que forma a diagonal do paralelogramo. • Se uma força F precisar ser decomposta em componentes ao longo de dois eixos u e v (Figura 2.1 Oh), então, iniciando na extrem idade da força F, construa linhas paralelas aos eixos, formando, assim, o paralelogramo. Os lados do paralelogramo represen tam as componentes, F" e F, .. • Rotule todas as intensidades das forças conhecidas e desconhecidas e os ângulos no esquema e identifique as duas forças desconhecidas quanto à intensidade e à direção de F R ou às intensidades de suas componentes. Trigonometria • Redescnhe metade do paralelogramo para ilustrar a adição triangular 'extremidade-para-origem' das componentes. Capítulo 2 Vetores de força 15 I • Por esse triângulo, a intensidade da força resultante é determinada pela lei dos cossenos, c sua direção, pela lei dos senos. As intensidades das duas componentes de força são detenninadas pela lei dos seno . As fónnulas são mostradas na Figura 2. 1 Oc. Pontos importantes • Escalar é um número positivo ou negativo. • Vetor é uma quantidade que possui intensidade, direção e sentido. • A multiplicação ou divisão de um vetor por um escalar muda a intensidade do vetor. O sentido dele mudará se o escalar for negativo. • Como um caso especial, se os vetores forem colineares, a resultante será formada pela adição algébrica ou escalar. Exemplo 2.1 O gancho na Figura 2.1 1 a está sujeito a duas forças, F 1 e F 2• Oetenninc a intensidade e a direção da força resultante. F1- IOO 10° 15° FR c Lei dos cossenos: C \A· _._ 8 2 - 2A8 cos c Lei dos senos: A _ 8 _ C seno- scnb - scnc I (c) Figura 2.1 O A 65° 360 - 2(65°) 2 = 115° )~~ IOON ~( J50 90°- 25° = 65° (a) -SOLUCAO • lei do paralelogramo O paralelogramo é formado por uma linha a partir da extremidade de F1 que seja paralela a F2 c outra linha a partir da extremidade de F2 que seja paralela a F1• A força resultante F R estende-se para onde essas linhas se interceptam no ponto A (Figura 2.11 b). As dua incógnita ão a intensidade de F R e o ângulo O (teta). Trigonometria A partir do paralelogramo, o triângulo vetorial é construído (Figura 2.1lc). Usando a lei dos cossenos FR = J( IOO N? + (150 N?- 2{100 N)(l50 N) cos 11 5° = J IO 000 + 22 500-30 000(-0,4226 ) = 2 12,6 N = 213 N (b) / 115° o~ ~~JSO .oo ! (c) Figura 2.11 150 16 I Estática 11 600 N v (a) Aplicando a lei dos senos para determinar 8, 150 N _ 212,6 N sen 0 = 150 N (sen 115o) sen e sen il 5° 212,6 N e= 39,8° Logo, a direção (J (fi) de F R• medida a partir da horizontal, é: "' = 39 8° + 15 0° =54 8° 'f' ' ' ' NOTA: Os resultados parecem razoáveis, visto que a Figura 2.1 1 b mostra que F R possui uma intensidade maior que suas componentes e uma direção que está entre elas. Exemplo 2.2 Decomponha a força horizontal de 600 N da Figura 2.12a nas componentes que atuam ao longo dos eixos u e v e determine as intensidades dessas componentes. 600 N c I v (b) (c) Figura 2.12 -SOLUCAO • O paralelogramo é construído estendendo-se uma linha da extremidade da força de 600 N paralela ao eixo v até que ela intercepte o eixo u no ponto B (Figura 2. 12b). A seta de A para B representa F". Da mesma forma, a linha estendida da extremidade da força de 600 N paralelamente ao eixo 11 intercepta o eixo v no ponto C, que resulta em F,. A adição de vetores usando a regra do triângulo é mostrada na Figura 2.12c. As duas incógnitas são as intensidades de F, e F,,. Aplicando a lei dos senos, F. _ 600 N sen 120° sen 30° F,,= 1039N F. _ 600 N sen 30° sen 30° F,.= 600 N NOTA: O resultado para F,. mostra que algumas vezes uma componente pode ter uma intensidade maior do que a resultante. Capítulo 2 Vetores de força 17 I Exemplo 2.3 Determine a intensidade da força componente F na Figura 2.13a c a intensidade da força resultante se F R c tiver direcionada ao longo do eixo y positivo . .1' (a) (b) -SOLUCAO • Figura 2.13 A lei do paralelogramo da adição é mostrada na Figura 2.13b e a regra do triângulo é mostrada na Figura 2.13c. As intensidades de F R e F são as duas incógnitas. Elas podem ser determinadas aplicando-se a lei dos senos. F _ 200 sen 60° sen 45° F= 245 N FR 200N sen 75° sen 45° FR = 273 N Exemplo 2.4 • E necessário que a força resultante que age sobre a argola na Figura 2.14a seja direcionada ao longo do eixo x positivo e que F2 tenha uma intensidade mínima. Determine essa intensidade, o ângulo (}e a força resultante correspondente. F, R 800 N F, - (a) (b) -SOLUCAO Figura 2.14 • A regra do triângulo para F R = F1 + F2 é mostrada na Figura 2.14b. Como as intensidades (comprimento) de F11 e F2 não são especificadas, então F2 pode ser (c) F 800 I 0= 9W (c) 18 I Estática qualquer vetor que tenha s·ua extremidade tocando a linha de ação de F R (Figura 2. 14c). Entretanto, como mostra a figura, a intensidade de F2 é uma distância mínima, ou a mais curta, quando sua linha de ação é pe1pendicular à linha de ação de F R• ou seja, quando e== 90° Como a adição vetorial fonna agora um triângulo reto, as duas intensidades desconhecidas podem ser obtidas pela trigonometria. Problemas fundamentais* 2.1. Determine a intensidade da força resultante que atua sobre a argola e sua direção, medida no sentido horário a partir do eixo x. Problema 2.1 2.2. Duas forças atuam sobre o gancho. Detennine a intensidade da força resultante. I 30° I h 2oo 40° / SOON Problema 2.2 2.3. Detennine a intensidade da força resultante c sua direção, medida no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo. y I 800N Problema 2.3 FR == (800 N)cos 60° == 400 N F2 == (800 N)sen 60° == 693 N *Soluções parciais e respostas poro todos os problemas fundamentais são fornecidos no final do livro. 2.4. Decomponha a força de 300 N nas componentes ao longo dos eixos u e v, e detennine a intensidade de cada uma dessas componentes. v Problema 2.4 2.5 . A força F== 900 N atua sobre a estrutura. Decomponha essa força nas componentes que atuam ao longo dos membros AB e AC, e determine a intensidade de cada componente. Ayoo c o 900N Problema 2.5 2.6. Se a força F precisa ter uma componente ao longo do eixo u com Fu == 6 kN, determine a intensidade de F e de sua componente F. ao longo do eixo v. u Problema 2.6 •2.1. Se e = 30° e T = 6 kN, determine a intensidade da força resultante que atua sobre a argola e sua direção, medida no sentido horário a partir do eixo x positivo. 2.2. Se O= 60° e T = 5 kN, determine a intensidade da força resultante que atua sobre a argola e sua direção, medida no sentido horário a partir do eixo x positivo. 2.3. Se a intensidade da força resultante deve ser 9 kN direcionada ao longo do eixox positivo, determine a intensidade da força T que atua sobre a argola e seu ângulo e. y T 8k Problemas 2.1 /2/3 •2.4. Determine a intensidade da força resultante que atua sobre o suporte e sua direção, medida no sentido anti-horárioa partir do eixo u positivo. •2.5. Decomponha F 1 em componentes ao longo dos eixos u e v, e determine suas intensidades. 2.6. Decomponha F2 em componentes ao longo dos eixos u c v, c determine suas intensidades. li Problemas 2.4/S/6 2.7. Se F8 = 2 kN e a força resultante atua ao longo do eixo u positivo, determine a intensidade da força resultante e o ângulo e. •2.8. Se a força resultante precisa atuar ao longo do eixo u positivo e ter uma intensidade de 5 kN, determine a intensidade necessária de F 8 e sua direção e. r:o~o~~;~R3~~F,.~- 3 kNx 00 00 00 Fn Problemas 2.7/8 Capítulo 2 Vetores de força 19 I •2.9. A chapa está submetida a duas forças em A e B, como mostrado na figura. Se e = 60°, detennine a intensidade da resultante das duas forças e sua direção medida no sentido horário a partir da horizontal. 2.10. Determine o ângu lo de (J para conectar o membro A à chapa de modo que a força resultante de FA e F8 seja direcionada horizontalmente para a direita. Além disso, infonne qual é a intensidade da força resultante. fà & 8 kN Problemas 2. 9/ 1 O 2.11. Se a tração no cabo é 400 N, determine a intensidade e a direção da força resultante que atua sobre a polia. Esse ângulo é o mesmo ângulo f) da linha AB no bloco do carretel. 400N Y 30° Problema 2.11 •2.12. O dispositivo é usado para a substituição cirúrgica da articulação do joelho. Se a força que atua ao longo da perna é 360 N, determine suas componentes ao longo dos eixos x e y'. 2.13. O dispositivo é usado para a substituição cirúrgica da articulação do joelho. Se a força que atua ao longo da perna é 360 N, detennine suas componentes ao longo dos eixos x' e y. y' y 360 N Problemas 2.12/13 I 20 I Estático 2.14. Detennine o ângulo O (0° :;: O:;: 90°) para o tirante A 8, de modo que a força horizontal de 800 N tenha uma componente de I 000 N direcionado de A até C. Qual é a componente da força que atua ao longo do membro AB? Considere; = 40°. 2.15. Determine o ângulo ; (0° < ; < 90°) entre os tirantes A8 e AC, de modo que a força horizontal de 800 tenha uma componente de 1200 que atue para a esquerda, na direção de 8 para A. Considere O= 30°. 800 A 8 Problemas 2.14 I 1 S •2.16. Decomponha F1 nas componentes que atuam ao longo dos eixos LI e v e determine suas intensidades. •2.17. Decomponha F2 nas componentes que atuam ao longo dos eixos LI e v e determine suas intensidades. 11 11 Problemas 2.16 I 17 2.18. A caminhonete precisa ser rcbocada usando duas cordas. Detennine as intensidades das forças F,. e F8 que atuam em cada corda para produzir uma força resultante de 950 N, orientada ao longo do eixo x positivo. Considere O = 50°. 2.19. A caminhonete precisa ser rcbocada usando duas cordas. Se a força resultante deve ser de 950 , orientada ao longo do eixox positivo, determine as intensidades das forças F~ e F 8 que atuam sobre cada corda e o ângulo (} de F 8. de modo que a inten idade de F8 seja mínima. F,. atua a 20° do eixo x, como mostra a figura. Problemas 2.18 I 19 •2.20. Se; = 45°, F1 = 5 k c a força resultante é de 6 k , orientada ao longo do eixo y positivo, determine a intensidade necessária de F2 e sua direção O. •2.21. Se ; = 30° e a força resultante deve ser de 6 kN, orientada ao longo do eixo y positivo, determine as intensidade de F1 e F2, e o ângulo O, se F2 necessita ser • • mtmma. 2.22. Se ; = 30°, F, = 5 kN e a força resultante deve ser orientada ao longo do eixo y positivo, detcnnine a intensidade da força resultante, se F2 necessita ser mínima. Além disso, quais os valores de F2 c do ângulo (}? Problemas 2.20121 122 2.23. Se O = 30° e F2 = 6 k , determine a intensidade da força resultante que atua obre a chapa e sua direção, medida no sentido horário a partir do eixo x positivo. •2.24. Se a força resultante FR está orientada ao longo da linha a 75° no sentido horário a partir do eixo x positivo e a intensidade de F2 deve ser mínima, determine as intensidades de FR e F2, c o ângulo O:;: 90°. Problemas 2.23124 •2.25. Duas forças F1 c F2 atuem sobre o gancho. Se suas linhas de ação formam um ângulo (}c a intensidade de cada força é F 1 = F2 = F, determine a intensidade da força resultante F R e o ângulo entre F R e F1. Problema 2.25 2.26. A tora deve ser rebocada por dois tratores A e B. Detennine as intensidades das duas forças de reboque FA e F 8. levando-se em conta que a força resultante tenha uma intensidade FR = I O kN e seja orientada ao longo o eixo x. Considere 8 = 15°. 2.21. A resultante F R das duas forças que atuam sobre a tora deve estar orientada ao longo do eixo x positivo e ter uma intensidade de I O kN. Determine o ângulo O do cabo acoplado a B para que a intensidade da força F 8 nesse cabo seja mínima. Qual é a intensidade da força em cada cabo, nessa situação? y 8 Problemas 2.26/ 27 *2.28. A viga deve ser içada usando-se duas correntes. Detennine as intensidades das forças FA e F 8 que atuam em cada corrente, a fim de obter uma força resultante de 600 N orientada ao longo do eixo y positivo. Considere O = 45°. •2.29. A viga deve ser içada usando-se duas correntes. Se a força resultante for de 600 N, orientada ao longo do eixo y positivo, detennine as intensidades das forças FA e F8 que atuam em cada corrente e o ângulo O de F8 . para que a intensidade de F8 seja mínima. FA atua a 30° do eixo y, como mostra a figura. y ------x Problemas 2.28/ 29 Capítulo 2 Vetores de força I 21 2.30. Três correntes atuam sobre o suporte, de modo a criarem uma força resultante com intensidade de I 000 N. Se duas das correntes estão submetidas a forças conhecidas, como mostra a figura , determine o ângulo e da terceira corrente, medida no sentido horário a partir do eixo x positivo, de modo que a intensidade da força F nessa corrente seja mínima. Todas as forças estão localizadas no plano x- y. Qual é a intensidade de F? Dica: Detennine primeiro a resultante das duas forças conhecidas. A força F atua nessa direção. y I 400 N Problema 2.30 2.31. Três cabos puxam um tubo de tal modo que geram uma força resultante com intensidade de 1800 N. Se dois dos cabos estiverem submetidos a forças conhecidas, como mostra a figura, detennine o ângulo e do terceiro cabo, de modo que a intensidade da força F neste cabo seja mínima. Todas as forças estão localizadas no plano x- y. Qual é a intensidade de F? Dica: Determine primeiro a resultante das duas forças conhecidas. F Problema 2.31 I 22 I Estática y (a) y F,, F (b) Figura 2.1 S y jt Te-----~ F "; l ~=::-==:!::-----==-~:-X 1---Fx ----l Figura 2.16 Adição de um sistema de forças coplanares Quando uma força é dec·omposta em duas componentes ao longo dos eixos x e y, as componentes são, então, chamadas de componentes retangulares. Para um trabalho analítico, podemos representar essas componentes de duas maneiras, usando a notação escalar ou a notação de vetor cartesiano. Notacão escalar , As componentes retangulares da força F mostrados na Figura 2. 15a são determinadas usando a lei do paralelogramo, de modo que F = F,. + Fr Como essas componentes formam um triângulo retângulo, suas intensidades podem ser determinadas por: F.. = F cos fJ e F,. = F scn f) No entanto, em vez de usar o ângulo (), a direção de F também pode ser definida por um pequeno triângulo '.da inclinação', como mostra a Figura 2. 15b. Como esse triângulo e o triângulo maior sombreado são semelhantes, o comprimento proporcional dos lados fomece: ou e ou Fx a y=-c F, b y=-; A componente y é um escalar negativo, já que F,. está orientada ao longo do eixo y negativo. É importante lembrar que a notação escalar positiva e negativa deve ser usada apenas para fins de cálculos, não para representações gráficas em figuras. Neste livro, a ponta (extremidade) de uma seta do vetor em qualquer figura representa o sentido do vetor graficamente; sinaisalgébricos não são usados para esse propósito. Portanto, os vetores nas figuras 2.15a e 2. 15b são representados em negrito (vetor).* Sempre que forem escritos símbolos em itálico próximo das setas dos vetores nas figUJas, eles indicam a intensidade do vetor, que é sempre uma quantidade positiva. Notacão vetorial cartesiana , Também é possível representar as componentes x e y de uma força em termos de vetores cartesianos unitários i e j . Cada um desses vetores unitários possui intensidade adimensional igual a um e, portanto, pode ser usado para designar as direções dos eixos x e y, respectivamente (Figura 2.1 6). ** • Sinais negativos são usados em figuras com notação em negri to apenas quando mostram pares de vetores iguais, mas opostos, como na Figura 2.2. •• Em tr.1balhos manuscritos, os vetores unitários normalmente são indicados por acento circunflexo, por exemplo, 1 c j'. Esses vetores têm intensidade adimcnsional unitária, c seu sentido (ou ponta de seta) será descri to analiticamente por um sinal de mais ou de menos, se apontarem para o sentido positivo ou negativo do eixo x ou y . Capítulo 2 Vetores de forço I 23 I Como a intensidade de cada componente de F é sempre uma quantidade positi1•a, representada pelos escalares (positivos) F, e F}~ então, podemos expressar F como um vetor cartesiano. F = F) ... ~.j Resultante de for~as coplanares Qualquer um dos dois métodos descritos pode ser usado para determinar a re ultantc de várias forças coplanares. Para tanto, cada força é decomposta em suas componentes x c y; depois, as respectivas componentes são somadas usando-se álgebra escalar, uma vez que são colineares. A força resultante é então composta adicionando-se as componentes por meio da lei do paralelogramo. Por exemplo, considere as três forças concorrentes na Figura 2.17a, que têm as componentes x e Jl, como mostra a Fib'11111 2. 17b. Usando a notação vetorial cartesiana, cada força é representada como um vetor cartesiano, ou seja, F1 = F"í + F1, j F2 = - Fl ) + F2,j F3 = F3 ) - F3_.j O vetor resultante é, portanto, FR = F,+ F2+ FJ = F ... i + F" j - Fü:i + F2j + F3) - F 3.j = (F,x- F ü: + FJr) i + (F,_, + F2,.- F ,,.) j = (F R.r) i + (F ll)·)j Se for usada a notação escalar, temos então, (±) (+I) Esses são os mesmos resultados das componentes i e j de F R determinados anteriormente. As componentes da força resultante de qualquer número de forças coplanares podem ser representadas simbolicamente pela soma algébrica das componentes x c y de todas as forças, ou seja, FR.r = 'f.F, F ='LF (2.1) Uma vez que estas componentes são determinadas, elas podem ser esquematizadas ao longo dos eixos x e y com seus sentidos de direção apropriados, e a força resultante pode ser determinada pela adição vetorial, como mostra a Figura 2.17. Pelo esquema, a intensidade de F R é determinada pelo teorema de Pitágoras, ou seja, FR= / Fi.+ F~ Além disso, o ângulo(), que especifica a direção da força resultante, é determinado por meio da trigonometria: Os conceitos anteriores são ilustrados numericamente nos exemplos que se seguem. .... y (a) (b) y (c) ftgura 2.17 I 24 I Estática A forço resultante dos quatro forças dos cabos que atuam sobre o suporte de ancoragem pode ser determinado somond~se algebricamente os componentes x e y do forço de cada cabo. Essa resultante F0 produz o mesmo efeito de puxão no suporte que todos os quatro cabos. y (a) )' ' \ 30c \':"" ' ' F1x = 200 sen 30°N (b) y (c) Figura 2.18 Pontos importantes • A resultante de várias forças coplanares pode ser detcnuinada facilmente se for estabelecido um sistema de coordenadasx c y e as forças forem decompostas ao longo dos eixos. • A direção de cada força é especificada pelo ângulo que sua linha de ação fonna com um dos eixos, ou por um triângulo da inclinação. • A orientação dos eixos x e y é arbitrária e sua direção positiva pode ser especificada pelos vetores cartesianos unitários i e j . • As componentes x e y da força resultante são simplesmente a soma algébrica das componentes de todas as forças coplanares. • A intensidade da força resultante é detenninada pelo teorema de Pitágoras e, quando as componentes são esquematizadas nos eixos x e y, a direção é detenninada por meio da trigonometria. Exemplo 2.5 Determine as componentes x e y de F 1 e F 2 que atuam sobre a lança mostrada na Figura 2.18a. Expresse cada força como um vetor cartesiano. -SOLUCAO • Notocão escolar • Pela lei do paralelogramo, F 1 é decomposta nas componentes x e y (Figura 2. 18b). Como F 1 .. atua na direção - -r e F 1y. na direção +y, temos: F 1x = -200 sen 30° N = - 100 N = 100 N - F1>, = 200 cos 30° = I 73 N = 173 N 1 A força F2 é decomposta em suas componentes x e y, como mostra a Figura 2. 18c. Nesse caso, a inclinação da linha de ação da força é indicada. A partir desse ' triângulo da inclinação', podemos obter o ângulo e, ou seja, e = tg-l ( 152 ). e detenuinar as intensidades das componentes da mesma maneira que fizemos para F 1• O método mais fácil, entretanto, consiste em usar partes proporcionais de triângulos semelhantes, OU Seja, Fl, 260N Da mesma forma, F2x = 260 N ( : ~ ) = 240 N Observe que a intensidade da componente horizontal, F 2., foi obtida multiplicando a intensidade da força pela relação entre o lado horizontal do triângulo da inclinação dividido pela hipotenusa; enquanto a intensidade da componente vertical, F21, foi obtida multiplicando a intens idade da força pela relação entre o lado vertical dividido pela hipotenusa. Então, F 2x = 240 N = 240 N - F2y = - I 00 N = I 00 N I I 26 I Estática 383,2 N y f: = 250 N 450 2 (a) (b) y I 296,8 N (c) Figura 2.20 Exemplo 2.7 A ponta de uma lança O na Figura 2.20a está submetida a três forças coplanares c concorrentes. Determine a intensidade e a direção da força resultante. -SOLUCAO • Cada força é decomposta em suas componentes x e y (Figura 2.206). Somando as componentes x, temos: .!'. FRx = L.Fx; FRx = -400 N + 250 sen 45° N - 200( ~ ) N = -383 ,2 N = 383,2 N - O sinal negativo indjca que F R.r atua para a esquerda, ou seja, na direção x negativa, como observamos pela pequena seta. Obviamente, isso ocorre porque F , e F3 na Figura 2.20b contribuem com um puxão maior para a esquerda do que F2, que puxa para a direita. Somando as componentes de y, temos: . r FRy = L.F, ; FRy = 250cos 45° N + 200( ~) N = 296,8N I A força resultante, mostrada na Figura 2.20c, possui a seguinte intensidade: FR = / ( - 383,2 N)2 + (296,8 N? = 485N Da adição de vetores na Figura 2.20c, o ângulo de direção ()é: B = t - I ( 296,8) = 37 80 g 383 2 , , NOTA: A aplicação desse método é mais conveniente quando comparado às duas aplicações da lei do paralelogramo, primeiro para somar F, e F2, depois para somar F3 a essa resultante. Problemas fundamentais 2.1. Decomponha cada força que atua sobre o poste em 2.8.. Determine a intensidade e a direção da força resultante. suas componentes x e y. 250 N y F1 = 300N Problema 2.7 y . . . . ~ • • • • . . .. .•. Problema 2.8 400 N 300N 2.9. Determine a intensidade da força resultante que atua sobre a cantoneira c sua direção O, medida no sentido anti- -horário a partir do eixo x. y Problema 2. 9 2.10. Se a força resultante que atua sobre o suporte for 750 N direcionada ao longo do eixo x positivo, determine a intensidade de F e sua direção O. y 325 N Problema 2.1 O I Problemas •2.32. Determine a intensidade da força resultante que atua sobre o pino e sua direção, medida no sentido horário a partir do eixo x positivo. F 1 = 150N Problema 2.32 •2.33. Se F1 = 600 N e~ = 30°, determine a intensidade da força resultante que atua sobre a argola e sua direção, medida no sentido horário a partir do eixo x positivo. Capítulo 2 Vetores de forço I 27 I 2.11. Se a intensidade da força resultante queatua sobre o suporte for 400 N direcionada ao longo do eixo u, determine a intensidade de F e sua direção O. y 250 450 11 Problema 2.11 2.12. Determine a intensidade da força resultante e sua direção e, medida no sentido anti-horário a partir do eixo x. y F 1 = 15 kN F3 = 15 kN 3 -----x Problema 2.12 2.34. Se a intensidade da força resultante que atua sobre a argola é 600 N e sua direção no sentido horário do eixo x positivo é O= 30°, determine a intensidade de F1 e o ângulo~- y F3 = 450N Problemas 2.33/ 34 I 28 I Estático 2.35. O ponto de contato entre o fêmur c a tíbia está em A. Se uma força vertical de 875 N é aplicada nesse ponto, detenninc as componentes ao longo dos eixos x e y. Observe que a componente y representa a força nonnal na região da carga de rolamento dos ossos. As componentes x e y dessa força fazem com que o nuido sinovial seja comprimido para fora do espaço de rolamento. )' 875 N X Problema 2.35 ' 2.36. Se ; = 30° c F2 = 3 k , dctcnninc a intensidade da força resultante que atua sobre a chapa e sua direção 8, medida no sentido horário a partir do eixo x positivo. •2.37. Se a intensidade da força resultante que atua sobre a chapa preci a ser 6 kN c sua direção no sentido borãrio do eixo x positivo é O = 30°, dctennine a intensidade de F2 e sua direção ;. 2.38. Se ; = 30° e a força resultante que atua sobre a placa de ligação é direcionada ao longo do eixo x positivo, determine as intensidades de F2 c da força resultante. SkN Problemas 2.36/ 37/ 38 2.39. Detennine a intensidade de F1 e sua direção e. de modo que a força resultante seja direcionada verticalmente para cima e tenha a intensidade de 800 N. ' 2.40. Dctcnninc a intensidade e a direção, medida no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo, da força resultante das três forças que atuam sobre o anel A. Considere F 1 = 500 N c O = 20°. Problemas 2.39 I 40 •2.41. Determine a intensidade e a direção e de F B• de modo que a força resultante seja direcionada ao longo do eixo y positivo c tenha uma intensidade de 1500 N. 2.42. Determine a intensidade e o ângulo medido no sentido antit-horário a partir do eixo y positivo da força resultante que atua no suporte se F8 = 600 N e e = 20°. y Ff 700 Problemas 2.41 / 42 2.43 . Se ~ = 30° e F 1 = 1,25 kN, determine a intensidade da força resultante que atua sobre o suporte e sua direção, medida no sentido horário a partir do eixo x positivo. *2.44. Se a intensidade da força resultante que atua sobre o suporte é 2 kN direcionada ao longo do eixo x positivo, determine a intensidade de F1 c sua direção ~· •2.4 5. Se a força resultante que atua sobre o suporte precisa ser direcionada ao longo do eixo x positivo e a intensidade de F 1 precisa ser mínima, detennine as intensidades da força resultante e de F1• )' Fz- 1,5 kN Problemas 2.43/ 44/ 45 2.46. As três forças concorrentes que atuam sobre o olhai produzem uma força resultante FR =O. Se F2 = ~ F 1 e F 11 precisa estar a 90° de F2, como mostra a figura, determine a intensidade necessária de F3 expressa em função de F1 e o ângulo e. Problema 2.46 2.47. Detem1jne a intensidade de FA e sua direção e, de modo que a força resultante seja direcionada ao longo do eixo x positivo e tenha uma intensidade de 1250 N. *2.48. Determine a intensidade e a direção medjda no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo da força resultante que atua sobre o anel em O se F,. = 750 N e e = 45° . Problemas 2.47/ 48 •2.49. Determine a intensidade da força resultante e sua direção, medida no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo. y -------(.;~__;~-'-~--X @ @ F2 = 350N F3 = 250 N Problema 2.49 Capítulo 2 Vetores de força I 29 I 2.50. As três forças são aplicadas no suporte. Determine a faixa de valores para a intensidade da força P, de modo que a resultante das três forças não exceda 2400 N. 800 N p Problema 2.50 2.51. Se F1 = 150 N e t/J = 30°, detennine a intensidade da força resultante que atua sobre o suporte e sua direção, medida no sentido horário a partir do eixo positivo x. *2.52. Se a intensidade da força resultante que atua sobre o suporte deve ser 450 N direcionada ao longo do eixo u positivo, determine a intensidade de F1 e sua direção 1/J. •2.53. Se a força resultante que atua sobre o suporte precisa ser mínima, determ ine as intensidades de F1 e da força resultante. Considere t/J = 30°. y 11 30° ----..L.l ...., ..... --X k~~~1 F2 = 200 N Problemas 2.51 / 52/ 53 2.54. Três forças atuam sobre o suporte. Determine a intensidade e a direção e de F 2• de modo que a força resultante seja direcionada ao longo do eixo u positivo e tenha uma intensidade de 250 N. 2.55. Se F2 = 750 N e O= 55°, determine a intensidade e a direção medida no sentido horário a partir do eixo x positivo da força resultante das três forças que atuam sobre o suporte. y Problemas 2.54/ 55 I 30 I Estática •2.56. As três forças concorrentes que atuam sobre o poste produzem uma força resultante F R= O. Se F2 = ~ F1 e F1 estiver a 90° de F2, como mostra a figura, detem1ine a intensidade necessária de F3 expressa em timção de F1 e do ângulo 8. 2.58. Expresse cada uma das três forças que atuam sobre o suporte na forma vetorial cartesiana com relação aos eixos x e y . Detem1ine a intensidade e direção () de F1• de modo que a força resultante seja direcionada ao longo do eixo x' positivo e tenha uma intensidade FR = 600 N. y ~I d I 1111" Problema 2.56 •2.57. Determine a intensidade da força F, de modo que a força resultante das três forças seja a menor possível. Qual é a intensidade dessa força resultante mínima? x-- 14 kN F Problema 2.57 Figura 2.21 z I A -• A,, · - y Figura 2.22 Problema 2.58 Vetores cartesianos As operações da álgebra vetorial, quando aplicadas para resolver problemas em três dimensões, são enormemente simplificadas se os vetores forem primeiro representados na forma de rum vetor ca11esiano. Nesta seção, vamos apresentar um método geral para fazer isso; na seção seguinte usaremos esse método para determinar a força resultante de um sis tema de forças concorrentes. Sistema de coordenadas destro Usaremos um sistema de coordenadas destro para desenvolver a teoria da álgebra vetorial que se segue. Dizemos que um sistema de coordenadas retangular é destro desde que o polegar da mão direita aponte na direção positiva do eixo z, quando os dedos da mão direita estão curvados em relação a esse eixo e direcionados do eixo x positivo para o eixo y positivo (Figura 2.2 1 ). Componentes retangulares de um vetor Um vetor A pode ter uma, duas ou três componentes retangulares ao longo dos eixos coordenados x, y, z, dependendo de como o vetor está orientado em relação aos eixos. Em geral, quando A está direcionado dentro de um octante do sistema x, y, z (Figura 2.22), com duas aplicações sucessivas da lei do paralelogramo pode-se Capítulo 2 Vetores de força I 31 decompô-lo em componentes, como A = A ' + A. e depois A '= A,+ A,. Combinando - . essas equações, para eliminar A', A é representado pela soma vetorial de sua três componente retangulares, A = A,. + A,. + A. . - (2.2) Vetores cartesianos unitários Em três dimensões, os vetores cartesianos unitários i, j , k são u ados para de ignar as direções dos eixos x, y, z, respectivamente. Como vimos na Seção 2.4, o sentido (ou a ponta de seta) desses vetores será descrito analiticamente por um sinal positivo ou negativo, dependendo se indicam o sentido positivo ou negativo dos e ixos x, y ou =· Os vetores cartesianos unitários são mostrados na figura 2.23. Representa~ão de um vetor cartesiano Como as três componentes de A na Equação 2.2 atuam nas d ireções positivas de i, j e k (Figura 2.24), pode-se escrever A na forma de um vetor cartesiano como: (2.3) Há uma vantagem em escrever vetores dessa maneira. Separando-se a intensidadee a direção de cada vetor componente, simplificam-se as operações da álgebra vetorial, particularmente em três dimensões. Intensidade de um vetor cartesiano É sempre po sivel obter a intensidade de A, desde que ele seja expres o sob a fom1a de um vetor cartesiano. Como mostra a Figura 2.25, do triângulo retângulo cinza claro, A = j A'2 +A; e do triângulo retângulo cinza escuro, A' = j A; + A ~ . Combinando-se essas equações para eliminar A', temos: (2.4) Logo, a imensidade de A é igual à raiz quadrada positiva da soma dos quadrados de suas componentes. Direcão de um vetor cartesiano , A direção de A é definida pelos ângulos de direção coordenados a (alfa), fJ (beta) c y (gama), medidos entre a origem de A e os eixos x, y, z positivos, desde que estejam localizados na origem de A (Figura 2.26). Note que, independentemente da direção de A, cada um desses ângulos estará entre 0° c 180°. Para determinarmos a, fJ c y, vamos considerar as projeções de A sobre os eixos x, y, z (Figura 2.27). Com referência aos triângulos sombreados de cinza claro mostrados em cada figura, temos: I cosa= A~ A P A, cos = -· co r= A (2.5) Es es números ão conhecidos como os cossenos diretores de A. Uma vcL: obtidos, os ângulos de direção coordenados a, fJ e y são determinados pelo inverso dos cossenos. Um modo fácil de obter os cossenos diretores é criar um vetor unitário u~ na direção de A (Figura 2.26). Se A for expresso sob a forma de um vetor cartesiano, -- Í/ J---=~-y Jl'/ j X Figura 2.23 , I -y Figura 2.24 ff x ~-~(L fo--AJ ( Figura 2.25 A k , Figura 2.26 I 32 I Estática / X • . z Figura 2.28 ----y . . :z r--1 ....... ~---y / / X X Figura 2.27 A = Axi + A>j + A=k , então uA terá uma intensidade de um e será adimensional, desde que A seja dividido pela sua iDtensidade, ou seja, UA =A= A .. i + A_, j + A: k A A A A (2.6) onde A =/Ai + A; + A; . Comparando-se com as equações 2.5, vemos que as componentes i, j , k de u,~ representam os cossenos diretores de A, ou seja, UA = COS a i + COS pj + COS yk (2.7) Como a intensidade do vetor é igual à raiz quadrada positiva da soma dos quadrados das intensidades de suas componentes e uA possui uma intensidade de um, então, pode-se estabelecer uma relação importante entre os cossenos diretores como: I cos2 a + cos2 p + cos2 y = I I (2.8) Podemos ver que, se apenas dois dos ângulos coordenados forem conhecidos, o terceiro pode ser encontrado usando essa equação. Finalmente, se a intensidade e os ângulos de direção coordenados de A são dados, A pode ser expresso sob a forma de vetor cartesiano como: A =Au,~ A = A cos a i + A cos pj + A cos yk A =A) + A,j + A:k (2.9) Algumas vezes, a direçã.o de A pode ser especificada usando dois ângulos, (}e rp (fi), como mostra a Figura 2.28. As componentes de A podem, então, ser detenninadas aplicando trigonometria, primeiro ao triângulo retângulo cinza claro, o que resulta: A" = A cos rp e A 1 = A sen rp Agora, aplicando a trigonometria no triângulo cinza escuro, A, = A I c os O = A sen rp c os O Ay = A ' sen f) = A sen rp sen 8 Logo, A escrito na forma de um vetor cartesiano se toma: A = A sen rp cos Oi + A sen rp sen Oj + A cos 1/Jk Você não precisa memorizar essa equação; em vez disso, é importante entender como as componentes foram determinadas usando a trigonometria. Capítulo 2 Vetores de forço I 33 I Adicão de vetores cartesianos , A adição (ou subtração) de dois ou mais vetores é bastante simplificada se os vetores forem expresso em função de suas componentes cartesianas. Por exemplo, c A = A,i + A,j + A:k c B = B,i + B,j + B;k (Figura 2.29), então o vetor resultante R tem componentes que representam as sornas escalares das componentes i, j , k de A e B, ou seja, R = A + B =(A~+ B.)i + (A,. + B,.)j +(A=+ B:)k . . Se este conceito for generalizado c aplicado em um sistema de várias forças concorrentes, então a força resultante será o vetor soma de todas as forças do sistema e poderá ser escrita como: I FR = LF = LF,i + r.p;,j + LF:k I (2. 1 O) Nesse caso, LF., .EF,. e 'f.F= representam as somas algébricas dos respectivos vetores componentes x, y, z ou i, j , k de cada força do sistema. Pontos importantes • A análise vetorial cartesiana é usada frequentemente para resolver problemas em trê dimcnsõc . • As direções positivas dos eixos x, y, z são definida pelo vetores cartesianos unitários i, j , k, respectivamente. • A intensidade de um vetor cartesiano é dada por A = /A; .... A ~ + A}. • A direção de um vetor cartesiano é definida pelos ângulos de direção coordenados a,p, y que a origem do vetor forma com os eixosx,y, z po i ti vos, respectivamente. As componentes do vetor unitário u4 = AIA representam o cossenos diretores de a, p, y. Apenas dois dos ângulos a, p, y precisam ser especificados. O terceiro ângulo é calculado pela relação cos2 a + cos2 p + cos2 y = I. • Algumas ve7es, a direção de um vetor é definida usando os dois ânbrulos O e (>, como na Figura 2.28. Nesse caso, as componentes vetoriais são obtidas por decomposição vetorial usando trigonometria. • Para determinar a resultante de um sistema de forças concorrentes, expresse cada força como um vetor cartesiano e adicione as componentes i, j , k de todas as forças do sistema. Exemplo 2.8 Expresse a força F, mostrada na Figura 2.30, como um vetor cartesiano. -SOLUCAO • Como apenas dois ângulos de direção coordenados são dados, o terceiro ângulo a deve ser calculado pela Equação 2.8; ou seja, cos2 a+ cos2 P + cos2r = I cos2 a+ cos260° + cos245° = I cosa= / 1-(0,5[ - (0,707)2 =± 0,5 / X - I (A: - 8:)k (A ,+ B,)j Figura 2.29 F= 200 Figura 2.30 -- I' • I 34 I Estática F2 = {SOi - IOOj + IOOk} kN X Portanto, existem duas possibilidades, a saber: a = cos-1(0,5) = 60° ou a = coÇ1 (-0,5) = 120° Da Figura 2.30, é necessário que a = 60°, visto que F .• está na direção +x. Usando-se a Equação 2.9, com F = 200 N, temos: F = F cos a i + F cos fJj + F cos yk = (200 cos 60° N)i + (200 cos 60° N)j + (200 cos 45° N)k = {JOO,Oi + LOO,Oj + 141 ,4k} N Mostramos que realmente a intensidade de F= 200 N. Exemplo 2.9 Determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força resultante que atua sobre o anel da Figura 2.3la. z FR = {50i - 40j + 180k} kN z F1 = {60j + 80k } kN a = 74,8° (a) (b) Figura 2.31 -SOLUCAO • Uma vez que cada força está representada na forma vetorial cartesiana, a força resultante, mostrada na Figura 2.3lb, é: FR = LF = F. + F2 = {60j + 80k} kN + {50i - lOOj + lOOk} kN = {50i - 40j + 180k} kN A intensidade de F R é: FR =/(50 kN t + (- 40 kN f + (180 kN f = 191,0 kN = 191 kN Os ângulos de direção coordenados a, fJ, y são determinados pelas componentes do vetor unitário que atuam na direção de F R de modo que: FR 50 . 40 . 180 k UfA = FR = 191 ,0 I - 191,0 1 + 19 1,0 = 0 ,2617i - 0,2094j + 0,9422k cos a= 0,2617 cos fJ = -0,2094 cos y = 0,9422 a= 74 8° ' Esses ângulos são mostrados na Figura 2.3lb. NOTA: Em especial, observe que fJ > 90°, uma vez que a componente j de uF. é negativa. Isso se torna claro quando vemos que F1 e F2 se somam de acordo com a lei do paralelogramo. Capítulo 2 Vetores de forço I 35 I Exemplo 2.10 Expresse a força F, mostrada na Figura 2.32a como um vetor cartesiano. -SOLUCAO • Os ângulos de 60° e 45° que definem a direção de F não são ângulos de direção coordenados. As duas aplicações sucessivas da lei do paralelogramo são neces árias para decompor F em suas componentes x, y, =· Primeiro F = F' + F:, em seguida F'= F_..+ F, (Figura 2.32b). Pela trigonometria, as intensidades das componentes ão: F:= 100 sen 60° k = 86,6 kN F' = 100 cos 60° kN =50 kN F = F' cos 45° = 50 cos 45° kN = 35 4 kN f ' F = F' sen 45° = 50 sen 45° kN = 35 4 kN f ' Constatando-se que F> possui uma direção definida por - j , tem-se: F = {35,4i - 35,4j + 86,6k} kNPara mostrar que a intensidade desse vetor é na verdade I 00 kN, aplique a Equação 2.4. F= j F,2 + F,2 + F} = / {35,4f +{-35, 4f + (86,6f = lOOkN Se neces á rio, os ângulos de direção coordenados de F podem ser determinados pelas componentes do vetor unitário que atuam na direção de F. Logo, de modo que, F F.,. . F., . F. k u = - = - I + - J + ---"- F F F F 35,4 . 35,4 . 86,6 k 1oo ' - 1oo J + 100 = 0,354i - 0,354j + 0,866k a = cos 1 (0,354) = 69,3° fJ =COSI (- 0,354) = 111 ° y = cos· • (0,866) = 30,0° Esses resultados são mostrados na Figura 2.32c. Exemplo 2.11 Duas forças atuam sobre o gancho mostrado na Figura 2.33a. Especi li que a intensidade de F2 c seus ângulos de direção coordenados, de modo que a força resultante F R atue ao longo do eixo y positivo e tenha intensidade de 800 -- F, - 700 X F1 300 N (a) X (b) Figura 2.33 (a) -- (b) -- (d Figura 2.32 I 36 I Estático -SOLUCAO • Para resolver este problema, a força resultante F R c suas duas componentes, F 1 e F2, serão expressas na forma de um vetor cartc iano. Depois, como mostra a Figura 2.33a, é necessário que FR = F1 + F2• Aplicando a Equação 2.9. F1 = F1 cos a 1i + F 1 cos {J.j + F1 cos y1k = 300 COS 45°i + 300 COS 60°j + 300 eos 120°k = {212, 1i + 150j - 150k } N F2 = F2., i + F2-' j + F2: k Como FR tem intensidade de 800 e atua na direção de +j, FR = (800 N) (+j ) = {800j} N Pede-se: FR = F. + F2 800j =212,1i + 150j - 150k + F2xi + F2J + F2:k 800j = (212, 1 + F2x)i + (150 + F2,)j + (- 150 + F2:)k Para satisfazer essa equação, as componentes i, j , k de F R devem ser iguais as componentes i, j , k correspondentes de (F1 + F2) . Então, 0=212, 1 + Fu F2, = - 212,1N 800 = 150 + F2,. F2, = 650 N O = - 150 + F,. F 2: = 150 N A intensidade de F2, portanto, é: ~------~------~------~ r; =/(- 212, 1Nt +<65o t+< lso r = 700 Podemos usar a Equação 2. 9 para determinar a2, {J2 e y2• - 2 12, I cos a2 = 700 · ; a2 = I 08° cos/32 = ~Õ~ ; /J2 = 21 ,8° cos Y2 = ~~~ ; ?'2 = 77,6° Esses resultados são mostrados na Figura 2.33b. Problemas fundamentais 2.13. Determine os ângulos de direção coordenados da força. 2.14. Expresse a força como um vetor cartesiano. F = 500 y F 75 kN Problema 2.13 Problema 2.14 2.15. Expresse a força como um vetor cartesiano. z F = 500N y Problema 2.1 5 2.16. Expresse a força como um vetor cartesiano. z Problema 2.16 2.59. Detennine o ângulo coordenado y para F2 e depois expresse cada força que atua sobre o suporte como um vetor cartesiano. •2.60. Determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força resultante que atua sobre o suporte. -- ~- 450 y • 600 Problemas 2.59/ 60 •2.61. Expresse cada força que atua sobre o encanamento na forma de vetor cartesiano. 2.62. Determine a intensidade e a direção da força resultante que atua sobre o encanamento. Problemas 2.61/62 Capítulo 2 Vetores de forço I 37 I 2.17. Expresse a força como um vetor cartesiano. -F = 750N - y Problema 2.17 2.18. Determine a força resultante que atua sobre o gancho. z Problema 2.18 2.63. A força F atua sobre o suporte dentro do octante mostrado. Se F = 400 N, fJ = 60° e y = 45°, determine as componentes x, y, z de F. •2.64. A força F atua sobre o suporte dentro do octante mostrado. Se as intensidades das componentes x e z de F são F, = 300 N e F: = 600 N, respectivamente, e fJ = 60°, determine a intensidade de F e de sua componente y. Além disso, encontre os ângulos de direção coordenados a e y. z F X Problemas 2.63 I 64 •2.65. As duas forças F1 e F2 que atuam em A possuem uma força resultante FR = {-IOOk} N. Detennine a intensidade e os ângulos de direção coordenados de F2. 2.66. Determine os ângulos de direção coordenados da força F 1 e os indique na figura. z 8 X Problemas 2.65/ 66 I 38 I Estática 2.67. A engrenagem está submetida ãs duas forças causadas pelo contato com outras engrenagens. Expresse cada força como um vetor cartesiano. •2.68. A engrenagem está submetida ãs duas forças causa- das pelo contato com outras engrenagens. Determine a resultante das duas forças e expresse o resultado como um vetor cartesiano. -- y ~ 250N Problemas 2.67/ 68 •2.69. Se a força resu ltante que atua sobre o suporte é F R = {-300i + 650j + 250k} N, determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados de F. 2.70. Se a força resultante atua sobre o suporte precisa ser FR = {800j } N, determine a intensidade c os ângulos de direção coordenados de F. z X Fj = 750 N Problemas 2.69/ 70 2.71. Se a = 120°, .P < 90°, y = 60° e F = 400 N, determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força resultante que atua sobre o gancho. •2.12. Se a força resultante que atua sobre o gancho é F R = {- 200i + 800j + 150k} N, detennine a intensidade e os ângulos de direção coordenados de F. z y Problemas 2.71 / 72 •2.73. O eixo S exerce três componentes de força sobre a ferramen ta D. Encontre a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força resultante. A força F2 atua dentro do octante mostrado. z ~ 300N Problema 2.73 2.74. O mastro está submetido às três forças mostradas. Determine os ângulos de direção coordenados a" ,P1, y1 de F1• de modo que a força resultante que atua no mastro seja FR = {350i} N. 2.75. O mastro está submetido ãs três forças mostradas. Detennine os ângulos de direção coordenados a 1, {J1, y1 de F1• de modo que a força resultante que atua no mastro seja zero. -- X F2 - 200 N Problemas 2.74/ 75 •2.16. Determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados de F2, de modo que a resultante das duas forças atue ao longo do eixo x positivo e tenha uma intensidade de 500 . •2.77. Determine a intensidade c os ângulos de direção coordenados de F2, de modo que a resultante das duas forças . SeJa zero. X Problemas 2.76/ 77 2.78. Se a força resultante que atua sobre o suporte é direcionada ao longo do eixo y positivo, determine a intensidade da força resultante e os ângulos de direção coordenados de F, de modo que (3 < 90°. z X Problema 2.78 2.79. Especifique a intensidade de F3 e seus ângulos de direção coordenados a3, (33, y3 de modo que a força resultante seja FR = {9j} kN. -- F 1 = 12 kN Problema 2.79 •2.80. Se F3 = 9 kN, e = 30° e ~ = 45°, determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força resultante que atua sobre a junta esférica. z F2 = 8 kN rF' = IOkN 60° --(i?o' ~~~ .--t.::--~ X Problema 2.80 y Capítulo 2 Vetores de força I 39 I •2.81. O poste está submetido à força F, que tem componentes atuando ao longo dos eixos x, y, z, como mostra a figura. Se a intensidade de F é 3 kN, (3 = 30° e y = 75°, determine as intensidades de suas três componentes. 2.82. O poste está submetido à força .F, que tem componentes Fx = 1,5 kN e F: = 1,25 kN. Se (3 = 75°, determine as intensidades de F e Fr F. F, X Problemas 2.81 / 82 2.83. Três forças atuam sobre o olhai. Se a força resultante F R tiver intensidade e direção como mostrado na figura , determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força F3. •2.84. Detennine os ângulos de direção coordenados de F, e FR. -- Problemas 2.83/ 84 •2.85. Duas forças F1 e F2 atuam sobre o olhai. Se a força resultante F R tiver intensidade de 50 N e ângulos de direção coordenados a = 110° e (3 = 80°, como mostrado, determine a intensidade de F2 e seus ângulos de direção coordenados. z 1- X Problema 2.85 I 40 I Estática -- 8 ( 4m 6m X 1 A Figura 2.34 X Vetores posi~ão Nesta seção será introduzido o conceito de vetor posição veremos que esse vetor é importante na formulação do vetor força cartesiano direcionado entre dois pontos no espaço. Coordenadas x, ~ z Ao longo do livro, será empregado o sistema de coordenadas destro como referência à localização de pontos no espaço. Tambémusaremos a convenção adotada em muitos livros técnicos que exige que o eixo positivo z esteja direcionado para cima (direção do zênite), de modo que esse seja o sentido para medir a altura de um objeto ou a altitude de um ponto. Assim, os eixos x e y ficam no plano horizontal (Figura 2.34). Os pontos no espaço estão localizados em relação à origem das coordenadas, O, por meio de medidas sucessivas ao longo dos eixos x, y, z. Por exemplo, as coordenadas do ponto A são obtidas a partir de O e medindo-se x, = +4 m ao longo do eixo x, depois y, = +2 m ao longo do eixo y e, finalmente, z, = - 6 m ao longo do eixo z. Portanto, A (4 m; 2m; -6 m). De modo semelhante, medidas ao longo dos eixos x, y, z de O para B resulta nas coordenadas de B, ou seja, B (6 m; - 1 m; 4 m). Vetor posição Um vetor posição r é definido como um vetor fixo que posiciona um ponto no espaço em relação a outro. Por exemplo, se r estende-se da origem de coordenadas, O, para o ponto P (x, y, z) (Figura 2.35a), então r pode ser expresso na fonna de um vetor cartesiano como: r = xi + yj + zk Observe como a adição vetorial 'extremidade para origem' das três componentes produz o vetor r (Figura 2.35b). Começando na origem O, x 'desloca-se' na direção de +i, depois y na direção de +j e, finalmente, z na direção de +k para atingir o ponto P (x, y, z). z z / X / yj (a) (b) Figura 2.35 Na maioria dos casos, o vetor posição pode ser direcionado de um ponto A para um ponto B no espaço (Figura 2.36a). Esse vetor também é designado pelo símbolo r . Por questão de convenção, vamos nos referir algumas vezes a esse vetor com dois subscritos para indicar o ponto de origem e o ponto para qual está direcionado. Assim, r também pode ser designado como r, 8 . Além disso, observe que r,~ e r8 na Figura 2.36a são escritos com apemas um índice, visto que se estendem a partir da origem das coordenadas. De acordo com a Figura 2.36a, pela adição vetorial ' extremidade para origem', usando a regra do triângulo, é necessário que: r,+ r = r8 Capítulo 2 Vetores de força I 41 ou Resolvendo-se para r c expressando-se r, e r8 na fonna vetorial cartesiana tem-se: r = r8 r, = (x8i + y~ + z8 k) - (x) + y/J + =,k) (2.11) Portanto, as componentes i , j , k do 1•etor posição r são formadas tomando-se as coordenadas da origem do l'etor A (x,, y,, =, ), e subtraindo-as da correspondentes coordenadas da extremidade 8 (x 8 • y8 , =8). Também podemos fonnar essas componentes diretamente (Figura 2.36b) começando em A e movendo por uma distância de (x8 - x 4) ao longo do eixo x positivo (+i), depois Ú's - y~) ao longo do eixo y positivo (+j ) e, fmalmente, (z8 z,.) ao longo do eixo z positivo (+k) para chegar a 8 . ---- Se um sistema de coordenados .-(z 8 - :A )k .r, y, .: é estabelecido, então os ' coordenados dos pontos A e 8 podem ser determinados. A portir (xs- x,) i ~--:±==r====~-- daí, o posição do vetor r que atuo JIG---- ----y Y ao longo do cabo pode ser Ú'B - Yi )j formulado. Suo intensidade X X (a) (b) Figura 2.36 Exemplo 2.12 Uma tira de borracha está presa em dois pontos A e B, como mostra a Figura 2.37a. Determine seu comprimento e sua direção, medidos de A para 8. -SOLUCAO • Primeiro se estabelece um vetor posição de A para 8 (Figura 2.37b). De acordo com a Equação 2.11, as coordenadas da origem A (I m; O; - 3 m) são subtraídas das coordenadas da extremidade B (- 2 m; 2 m; 3 m), o que resulta: r = [- 2 m I m]i + [2 m - O]j + [3 m - (- 3 m]k = {- 3i + 2j + 6k} m Essas componentes de r também podem ser determinadas diretamente observando-se que elas representam a direção e a distância que deve ser percorrida ao longo de cada eixo a fim de mover-se de A para B, ou seja, ao longo do eixo x {- 3i} m, ao longo do eixo y {2j} m c, finalmente, ao longo do eixo z {6k} m. Logo, o comprimento da tira de borracha é: r= J(-3 mJ + {2 m)2 + (6 mt = 7 m Formulando um vetor unitário na direção de r , temos: u =r..= _.J_ i + l.j + .Q. k r 7 7 7 As componentes desse vetor unitário dão os ângulos de direção coordenados: a=cos- •(-f) = 115° /J = cos- • ( ~) = 73,4° r = c os -• ( ~ ) = 3 1 , o o NOTA: Esses ângulos são medidos a partir dos eixos positivos de um sistema de coordenadas localizado na origem de r, como mostra a Figura 2.37c. represento o comprimento do cabo e o seu vetor unitário, u = rir, fornece o direção definido por a, p, y. X lm (a) -- B • '/ (6 k } X A (b) B -- y = 31,0° x' (c) Figura 2.37 I 42 I Estática z F Vetor de força orientado ao longo de uma reta Muitas vezes, em problemas de estática tridimensionais, a direção de uma força é definida por dois pontos pelos quais passa sua linha de ação. Essa situação é mostrada na Figura 2.38, na qual a força F é direcionada ao longo da corda AB. Pode-se definir F como um vetor cartesiano pressupondo que ele tenha a mesma direção c sentido que o vetor posição r direcionado do ponto A ao ponto B da corda. Essa direção em comum é especificada pelo vetor unitário u = rir. Então, /--------------- y F = Fu = F (.!..) = F( (xB -xA) i + (YB- YA)j + (zB- zA) k ) X X x' ·o Figura 2.38 z' z (a) (b) Figura 2.39 r /(xB- XAt + (ys- YAt + (zs- ZAl Apesar de termos representado F simbolicamente na Figura 2.38, note que ele tem unidades de força, diferentemente de r, que tem unidades de comprimento. Pontos importantes • Um vetor posição localiza um ponto no espaço em relação a outro ponto. • A maneira mais simples de definir as componentes de um vetor posição é detem1inar a distância e a direção que devem ser percorridas ao longo das direções x, y, z, indo da origem para a extremidade do vetor. • Uma força F que atua na direção de um vetor posição r pode ser representada na forma cartesiana se o vetor unitário u do vetor posição for determinado e multiplicado pela intensidade da força, ou seja, F = Fu = F(rlr). Exemplo 2.13 7,5 m O homem mostrado na Figura 2.39a puxa a corda com uma força de 350 N. Represente essa força, que atua sobre o suporte A, como um vetor cartesiano e determine sua direção. -SOLUÇAO A força F é mostrada na Figura 2.39b. A direção desse vetor, u, é detenninada pelo vetor posição r, que se estende de A a B. Em vez de usar as coordenadas das extremidades da corda, r pode ser obtido diretamente pela Figura 2.39a, notando-se que é necessário ir de A {- 6k} m, depois {- 2j } me finalmente {3 i} m para atingir B. Portanto, r = {3i - 2j - 6k} m A intensidade de r, que representa o comprimento da corda AB, é: r=/(3m)1 +(-2 mt+(-6m)1 =7m Definindo-se o vetor unitárüo que determina a direção e o sentido de r e F, temos: u = .!.. = l. j _1.j - -º- k r 7 7 7 Como F tem intensidade de 350 N e direção especificada por u, então, F = Fu = 350 N( ~ i - ~ j - ~ k) = {150i - IOOj - 300k } N Capítulo 2 Vetores de forço I 43 I O ângulos de direção coordenados são medidos entre r (ou F) c os ei.ws positil•os de um sistema de coordenadas com origem em A (Figura 2.39b). A partir das componentes do vetor unitário: a = cos-• ( ~) = 64,6° /3 = coÇ1 ( /) = 107° r=coç' ( 7 6 )= 149° NOTA: Os resultados fazem sentido quando comparados com os ângulos mostrados na Figura 2.39b. Exemplo 2.14 A força na Figura 2.40a atua sobre o gancho. Expresse-a como um vetor cartesiano . -- <txs m) A (2m: 0: 2m} 2m ( ~xs m} X )' X (a) Figura 2.40 -SOLUÇAO Como mostra a Figura 2.40b, as coordenadas dos pontos A e 8 são: A (2 m; O; 2m) e 8l-( f )s scn 30° m; ( 1 )s cos 30°m; ( ~ )s m] ou 8 (- 2 m; 3,464 m; 3 m) • - Portanto, para ir de A a 8, é necessário deslocar {4i} m, depois {3,464j } me final- mente {I k } m. Logo, ( r8 ) {-4i + 3,464j + l k }m us - - -.,._.;~====;.....~=~"---~ - 1'8 - ) (-4 mr + (3,464 mr +(I mr = - 0, 7428i + 0,6433j + 0.1857k A força F 8 expressa como um vetor cartesiano se toma: F8 = F8 u8 = (750 N) (-0,7428i + 0,6433j + 0,1857k) = { 557i + 482j + 139k}B(-2 m; 3,464 m: 3m) y (b) I 44 I Estática X (a) z A (b) Figura 2.41 4 Exemplo 2.15 A cobertura é suportada por cabos, como mostra a foto. Se os cabos exercem as forças ~8 = I 00 N e ~c = 120 N no gancho da parede em A, como mostTa a Figura 2.4la, determine a força resultante que atua em A. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. -SOLUCAO • A força resultante F 11 é mostrada graficamente na Figura 2.4 1 b. Pode-se expressar essa força como um vetor cartesiano definindo antes FA8 e F,c como vetores cartesianos e depois adicionando suas componentes. As direções de FA8 e F,c são especificadas definindo-se os vetores unitários u, 8 e uAc ao longo dos cabos. Esses vetores unitários são obtidos dos vetores posição associados rA8 e r,c. Com referência à Figura 2.41a, para ir de A a B, precisamos deslocar {-4k} me depois {-4i} m. Portanto, rAa ={4i - 4k}m l "Aa = /(4 m? + (-4 m)2 = 5,66 m FAB = FAa ( ~~; ) = (100 N)( 5,~6 i - S ,~6 k) FAB = {70, 7i - 70, 7k} N Para ir de A a C, precisamos deslocar {- 4k} m, depois {2j } m e finalmente {4i}. Temos, r AC = { 4i + 2j - 4k} m 1Ãc =/(4m? +(2mf+ (-4mf =6m FAc = FAc ( ~;~ )= (120 N)(: i + ~ j- : k) = {80i + 40j - 80k} N A força resultante, portanto, é: FR = F,B + FAC = {70,7i - 70,7k} N + {80i + 40j - 80k} N = {- 151 i + 40j - 151 k} N Problemas fundamentais 2.19. Expresse o vetor posição r, 8 na forma de um vetor cartesiano; depois determine sua intensidade e seus ângulos de direção coordenados. 2.20. Oetennine o comprimento da barra e o vetor posição direcionado de A a B. Qual é o ângulo f!? -- z B I 3 m r---7) 3m --------~-~------~-L/ ____ y 3 r/ ~-4 m----/ L .,:;---r Ar-- .-r X Problema 2.19 X y Problema 2.20 2.21. Expresse a força como um vetor cartesiano. -- 2m X y 4m 8 Problema 2.21 2.22. Expresse a força como um vetor cartesiano. -- 4m Problema 2.22 Problemas 2.86. Detennine o vetor posição r direcionado do ponto A ao ponto 8 c o comprimento da corda AB. Considere z = 4 m. 2.87. Se a corda AB possui 7,5 m de comprimento, detem1ine a posição da coordenada +: do ponto 8. -- ..._,_ - X Problemas 2.86/ 87 Capítulo 2 Vetores de forço I 45 2.23. Determine a intensidade da força resultante em A. -- 6m I Fc = 420 1 Problema 2.23 2.24. Determine a força resultante em A. -- lm 1 3 m X y Problema 2.24 •2.88. Determine a distância entre as extremidades A e 8 do arame definindo primeiro um vetor posição de A a 8 e depois detcnninando sua intensidade. I 50mm X I 8 Problema 2.88 I 46 I Estático •2.89. Detennine a intensidade c os ângulos de direção coordenado da força rcsu ltantc em A. 1,2 m F c= 3,75 k 1,2 m Yc Problema 2.89 2.90. Determine a intensidade c os ângulos de direção coordenados da força resultante. -- 2 m I 4m 600 X Problema 2. 90 2.91. Dctcnninc a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força resultante que age em A. • - 6 m )' Problema 2.91 *2.92. Dctcnninc a intensidade c os ângulos de direção coordenados da força resultante. -- ~2m y Problema 2. 92 •2.93. O lustre é sustentado por três correntes que são concorrentes no ponto O. Se a força em cada corrente possui uma intensidade de 300 N, expresse cada força como um vetor cartesiano c detcnninc a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força resultante. 2.94. O lustre é sustentado por três correntes que são concorrentes no ponto O. Se a força resultante em O possui uma intensidade de 650 N e é direcionada ao longo do eixo :;: positivo, detennine a força em cada corrente. -- I m .v Problemas 2.93/ 94 2.95. Expresse a força F como um vetor cartesiano; depois. determine seus ângulos de direção coordenados. -- X Problema 2.9S *2.96. A torre é mantida no lugar pelos três cabos. As forças em cada cabo que atuam sobre a torre estão indicadas na figura. Determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados a., (J, y da força resultante. Considere x ; 20 m, y ; 15 m. z Problema 2. 96 •2.97. A porta é mantida aberta por duas correntes. Se as trações em AB e em CD são F,. ; 300 N e Fc ; 250 N, respectivamente, expresse cada uma dessas forças na forma de um vetor cartesiano. -- / 2,5 m X Problema 2.97 2.98. Os cabos de tração são usados para suportar o poste telefônico. Represente a força em cada cabo na forma de um vetor cartesiano. Despreze o diâmetro do poste. Problema 2. 98 Capítulo 2 Vetores de força I 47 I 2.99. Dois cabos são usados para segurar a barra suspensa na posição e sustentar a carga de 1500 N. Se a força resultante é direcionada ao longo da barra do ponto A para O, determine as intensidades da força resultante e das forças F 8 e F c· Considere x ; 3 m e z ; 2 m. *2.100. Dois cabos são usados para segurar o mastro do guincho na posição e sustentar a carga de 1500 N. Se a força resultante é direcionada ao longo do mastro do ponto A para O, detennine os valores de x e z para as coordenadas do ponto C e a intensidade da força resultante. Considere F8 ; 1610 N e F c ; 2400 N. z X 1500 N Problemas 2. 99 f 1 00 •2.101. O cabo AO exerce uma força sobre o topo do poste de F = {- 120i - 90j - 80k} N. Se o cabo possui um comprimento de I ,02 m, determine a altura z do poste e a posição (x, y) de sua base. z A z X Problema 2.1 O 1 2.102. Se a força em cada corrente possui uma intensidade de 2,25 kN, determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força resultante. 2.103. Se a resultante das três forças é FR = {-4,5k} kN, detennine a intensidade da força em cada corrente. z lm X y Problemas 2.102/ 103 I 48 I Estático *2.104. A torre de antena é sustentada por três cabos. Se as forças des cs cabos que atuam sobre a antena são F8 = 520 N, F c = 680 N c F0 = 560 N, determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força resultante que atua em A. 24m • . Problema 2.1 04 •2.105. Se a força em cada cabo preso ao caixote é 350 , detennine a intensidade e os ângulos de direção coordenados da força resultante. 2.106. Se a resultante da quatro forças é F R = {- 1 ,8k} kN, determine a tração desenvolvida em cada cabo. Devido à simetria, a tração nos quatro cabos é a mesma . 0,6 X . - 1 m J Problemas 2.1 OS I 1 06 2.107. O tubo é suportado em sua extremidade por uma corda AB. Se a corda exerce uma força de F= 60 no tubo em A, expresse essa força como um vetor cartesiano . • )' Problema 2.107 *2.108. A carga em A cria uma força de 200 N no arame AB. Expresse c sa força como um vetor cartesiano, agindo sobre A c direcionada para 8. I 2m • 200 N Problema 2.1 08 •2.109. A chapa cilíndrica está submetida às três forças dos cabos que são concorrentes no ponto D. Expresse cada força que os cabos exercem na chapa como um vetor cartesiano e determjoe a inten idade c os ângulos de direção coordenados da força resultante. 3 m Fa = 8 k ' Problema 2.1 09 2.110. O cabo conectado aos mastros de uma grua exerce uma força sobre a grua de F = I, 7 5 kN. Expresse essa força como um vetor cartesiano. y Problema 2.11 O Capítulo 2 Vetores de forço I 49 I Produto escalar Ocasionalmente, na estática, é preciso calcular o ângulo entre duas linhas ou as componentes de uma força paralela c perpendicular a uma linha. Em duas dimensões, esses problemas são resolvidos facilmente pela trigonometria, uma vez que a geometria é fácil de vi ualizar. Em três dimensões, entretanto, é dificil c toma-se necessário empregar métodos vetoriais para a solução. O produto e calar define um método particular para 'multiplicar' dois vetores e será usado para resolver os problemas mencionados anteriormente. O produto escalar dos vetores A e B, escrito A · B e lido 'A escalar B', é definido como o produto das intensidades de A e B e do cosseno do ângulo O entre uas origens (Figura 2.42). Expresso na formade equação, r A . B = AB cos o 1 (2.12) onde 0° < 8 ~ 180°. O produto escalar é assim chamado visto que o resu ltado é um escalar c não um vetor. Leis das opera~ões I. Lei comutativa: A · B = B · A 2. Multiplicação por c calar: a{A · B) = {aA) · B = A · (aB) 3. Lei distributiva: A · (B + D) = {A · B) + {A · D) A primeira c a segunda leis são fáceis de ser provadas usando-se a Equação 2.12. No caso da lei distributiva, a prova será feita por você, como um exercício (veja o Problema 2.111 ). Formulacão do vetor cartesiano • A Equação 2.12 deve ser usada para determinar o produto escalar de quaisquer dois vetores unitários cartesianos. Por exemplo, i · i = (I)( I) cos 0° = I e i · j = (I) (I) cos 90° = O. Se quisermos determinar o produto escalar de dois vetores A e B expressos na forma de um vetor cartesiano, teremos: A · B = (A~i + A>j + A=k) · (B,i + B)j + B=k) = A.B,,(i · i) + A . .fiy(i · j) + Afi=(i · k) + A.,.B.U · i) + A>B1(j · j) + ~.B:U · k) + A;Bx(k · i) + A;D,.{k · j) + A:B:( k · k) Efetuando as operações do produto escalar, obtemos o resultado final: I A . B = A.fi. + A_,.B_. + Afi: I (2. 13) Portanto, para calcular o prodwo escalar de dois vetores cartesianos, multiplicam-se suas componentes x. y, z correspondellles e somam-se esses produtos algebricamente. Observe que o resultado será um escalar negativo ou positivo. Aplica~ões O produto e calar tem duas aplicações importantes na mecânica. • O ângulo formado entre dois vetores ou finitas que se interceptam. O ângulo O entre as origens dos vetores A e B ma Figura 2.42 pode ser determinado pela Equação 2.12 e escrito como: 0 = COS I ( ~·: ) Ü0 < 8 < (80° figura 2.42 O õngulo O entre o corda e o viga pode ser determinado formulondc>se vetores unitários oo longo do viga e do corda poro depois usar o produto escolar u, · u, • (I )(I) cos O. I 50 I Estática A projeção do forço do cabo F oo longo do viga pode ser determinado calculando-se primeiro o vetor unitário ub que define esta direção. Em seguido, aplico-se o produto escolar F•= F · u• a Figuro 2.43 v F = 100 N Figuro 2.44 Nesse caso, A · B é calculado pela Equação 2.13. Em especial, observe que, se A · B = O, fJ = cos-1 O = 90°, de modo que A será perpendicular a B. • A s componentes de um vetor paralelo e perpendicular a uma linha. A componente do vetor A paralela a ou co linear com a linha a a' na Figura 2.43 é definida por A •. onde A. = A cos B. Essa componente é algumas vezes referida como a projeção de A sobre a linha, visto que se forma um ângulo reto na construção. Se a direção da linha é especificada pelo vetor unitário um então, como u,. = I, podemos determinar a intensidade de A. diretamente do produto escalar (Equação 2.12); ou seja, A a = A cos 8 = A · u. Portanto, a projeção escalar de A ao longo de uma linha é determinada pelo produto escalar de A e o vetor unitário u,, que define a direção da linha. Observe que, se esse resultado for positivo, então A. possui o mesmo sentido de direção de u., enquanto, se A" for um escalar negativo, então, A. tem o sentido de direção oposto a u.,. A componente A. representada como um vetor é, portanto: A.= A. u. A componente de A que é perpendicular à linba aa também pode ser obtido (Figura 2.43). Como A = A. + A ... , então A ... = A - A •. Há duas maneiras de obter a A .... Uma delas é determinar (:) a partir do produto escalar, (:) = cos-1 (A · u,/A), então A ... = A sen e. Alternativamente, se A. for conhecido, então, pelo teorema de Pitágoras, podemos também escrever A1 = J A2 - A; . Pontos importantes • O produto escalar é usado para determinar o ângulo entre dois vetores ou a projeção de um vetor em uma direção especifi cada. • Se os vetores A e B são expressos na forma de vetores cartesianos, o produto escalar será determinado multiplicando-se as respectivas componentes esca- lares x, y, z e adicionando-se algebricamente os resultados, ou seja, A · B = A/3x + A,B) + A,B=. • Da definição do produto escalar, o ângulo fonnado entre as origens dos vetores A e B é e = cos 1 (A · BIAB). • A intensidade da projeção do vetor A ao longo de uma linha aa, cuja direção é especificada por u. , é determinada pelo produto escalar A., = A · u, . Exemplo 2.16 Determine as intensidades das projeções da força F, na Figura 2.44, sobre os etxos u e v. -SOLUCAO • Projeções do força A representação gráfica das projeções é mostrada na Figura 2.44. A partir dessa figura, as intensidades das projeções de F sobre os eixos u e v podem ser obtidas pela trigonometria: (F,)proj = ( I 00 N) cos 45° = 70,7 N (F,.)proj = ( I 00 N) cos !5° = 96,6 N Capítulo 2 Vetores de força I 51 I NOTA: Essas projeções não são iguais às intensidades das componentes da força F ao longo dos eixos 11 c v encontradas pela lei do paralelogramo. Elas somente ser-âo iguais se os eixos 11 c v forem perpendiculares . Exemplo 2.17 A estrutura mostrada na Figura 2.45a está submetida a uma força horizontal F = {300j }. Dctcnninc a intensidade das componentes dessa força paralelas c perpendiculares ao membro AB. 6 m X (a) -SOLUCAO • 8 F • {300j} T 3 m ~..,.- -Y X Figura 2.45 -- (b) A intensidade da componente de F ao longo de AB é igual ao produto escalar de F c o vetor unitário u8, que define a direção de AB (Figura 2.44b). Como então, U B = r8 = 2i + 6j + J k O 286' O 857' O 429k .; ' ' .=, •+. J +. n, (2)- + (6r + (3 r F',.8 = F cos O = F · u8 = (300j ) · (0,286i + 0,857j + 0,429k) = (O) (0,286) + (300) (0,857) + (O) (0,429) = 257,1 N Visto que o resultado é um escalar positivo, F A8 tem o mesmo sentido de direção de u8 (Figura 2.45/J). Expressando F,,8 na forma de um vetor cartesiano, temos: F ~8 = f'..8 u8 = (257, I N) (0,286i + 0,857j + 0,429k) = {73,5i} + 220j + IIOk} N A componente perpendicular (Figura 2.45b), portamo, é: F~= F - F 18 = 300j - (73,5i + 220j + l lOk) = {- 73,5i + 80j - llOk} Sua intensidade pode ser detenninada por meio desse vetor ou usando o teorema de Pitágoras (Figura 2.45b): FJ. = ./ F2 - Fia = ./(300 f - (257, I f = 155 I 52 I Estático X X -- Exemplo 2.18 O tubo da Figura 2.46a está sujeito à força de F = 800 N. Determine o ângulo f) entre F c o segmento BA do tubo c a projeção de F ao longo desse segmento. rt--:----7"'7- y (a) (b) -SOLUÇAO Ângulo O Primeiro estabeleceremos os vetores posição de B para A e de B para C (Figura 2.46b). Em seguida, calcularemos o ângulo O entre as origens desses dois vetores. r8.~ = {-2i - 2j + lk} m, r8•1 = 3m r8c = {- 3j + I k} ft, l"sc = /iO m Logo, cosfJ= rsA· rsc = (- 2)(0)+(- 2)(-3) + (1)( 1) = 0, 7379 rsA rsc 3/iO o= 42,5° Componentes de F A componente de F ao longo de BA é mostrada na Figura 2.46c. Devemos primeiro definir o vetor unitário ao longo de BA e a força F como vetores cartesianos. Us~ = r 8A = ( - 2i - 2j + I k) = _7 i _ 2 j + _I k • l iJA 3 3 3 3 F = 8oo N{ ~;~ ) = 8oo( - 3~1 k ) = (- 758,9j + 253,0k ) Portanto, FsA = F · u8.~ = (- 758,9j + 253, 0k ) · (- ~ i - ~ j + ~ k ) =o(-~) + (- 758,9 )( - f )+ {253,o)( t) (c) Figuras 2.46 = 590N NOTA: Como e é conhecido, então, também F8.1 = F cose= 800 N cos 42,5° = 590 N. Problemas fundamentais 2.25. Determine o ângulo O entre a força e a linha AO. 2.26. Determine o ângulo O entre a força e a linha AB. - -- - F = ( 6i + 9j + 3k f kN 4m 2 m y X Problema 2.25 Problema 2.26 2.21. Determine o ângulo 8 entre a força e a linha OA. 2.28. Determine a componente da projeção da força ao longo da linha OA . y I A F = 650 N t 13 ----......_0 ~ ~ Q X Problemas 2.27/ 28 2.29. Encontre a intensidade da componente da força projetada ao longo do tubo. z 4m A F = 400N 6m X y Problema 2.29 2.111. Dados os três vetores A, B e D, mostre que A · (B + O) = {A · 8 ) + {A · 0 ). •2.112. Determine a componente projetada da força F,..8 = 560 N que atua ao longo do tubo AC. Expresse o resultadocomo um vetor cartesiano. z 3m X 3m Problemas 2.111 / 112 Capítulo 2 Vetores de força I 53 I 2.30. Determine as componentes da força que atuam paralela c perpendicular ao eixo da barra. -- F a JkN X )' Problema 2.30 •2.113. Determine as intensidades das componentes da força F = 56 N que atuam ao longo e perpendicular à linha AO. -r- Im F = 56N y X > 1,5 m Problema 2.113 I 54 I Estático 2.114. Determine o comprimento do lado BC da chapa triangular. Resolva o problema calculando a intensidade de r se· Depois, vcri fique o resultado calculando primeiro O, r A8 c rK; c em seguida usando a lei dos cossenos. -- X Problema 2.114 2.115. Determine as intensidades das componentes da força F = 600 N que atuam ao longo c perpendicular ao segmento DE do encanamento. -- l ' F = 600 Problema 2.11 S •2.116. Duas forças atuam sobre o gancho. Determine o àngulo O entre elas. Além disso, quais são as projeções de F, e F2 ao longo do eixo y? •2.117. Duas forças atuam sobre o gancho. Determine a intensidade da projeção de F2 ao longo de F1• -- y X F, 11201 + 90j 80k }N • Problemas 2.116/ 117 2.118. Determine a projeção da força F = 80 N ao longo da linha BC. Expre se o resultado como um vetor cartesiano. X Problema 2.118 2.119. O grampo é usado em uma matriz. Se a força vertical que atua sobre o parafuso é F = {- 500k} N, determine as intensidades de suas componentes F, e F2 que atuam ao longo do eixo OA e perpendicular a ele. : A 40 m l F l 500k } Problema 2.119 40mm I )' /ío ii:"m •2.120. Determine a intensidade da componente projetada da força FA8 que atua ao longo do eixo z. •2.121. Determine a intensidade da componente projetada da força FAc que atua ao longo do eixo z. -- 9m FAB = 3,5 k 4,5 m < 8 3 m l ' Problemas 2.120/ 121 2.122. Determine a projeção da força F = 400 N que atua ao longo da linha AC do encanamento. Expresse o resultado como um vetor ca11csiano. 2.123. Determine as intensidades das componentes da força F = 400 N que atuam na paralela e na perpendicular ao segmento BC do encanamento. F = 400 Problemas 2.122/ 123 •2.124. O cabo OA é usado para suportar a coluna 08. Determine o ângulo 8 que ele fonna com a viga OC. •2.125. O cabo OA é usado para suportar a coluna 08. Determine o ângulo ~ que ele forma com a viga OD. 8 • • Sm Problemas 2.124/ 125 2.126. Cada cabo exerce uma força de 400 N sobre o poste. Determine a intensidade da componente projetada de F 1 ao longo da linha de ação de F2. 2.127. Determine o ângulo e entre os dois cabos presos ao poste. • - FI = 400 N Problemas 2.126/ 127 Capítulo 2 Vetores de forço I 55 I •2.128. Uma força de F = 80 é aplicada no cabo da chave. Determine o ângulo O entre a origem da força e o cabo da chave A8. 300mm • - 500mm Problema 2.128 F = 80 ; y •2.129. Determine o ângulo e entre os cabos AB e A C. 2.130. Se F possui uma intensidade de 250 N, determine a intensidade de uas componentes projetadas que atuam ao longo do eixo x c do cabo AC. z B m T 2.4 lU X Problemas 2.129/ 130 2.131. Determine as intensidades das componentes projetadas da força F = 300 N que atuam ao longo dos eixos x e y . •2.132. Determine a intensidade da componente projetada da força F = 300 que atua ao longo da linha OA . X Problemas 2.131 / 132 I 56 I Estática •2.133. Dois cabos exercem forças sobre o tubo. Determine a intensidade da componente projetada de F, ao longo da linha de ação de F2 . 2.134. Determine o ângulo e entre os dois cabos conectados ao tubo. - , REVISAO DO CAPITULO Um escalar é um número positivo ou negativo; são exemplos massa e tempe- ratura. Um vetor possui uma intensidade e uma direção, onde a ponta da seta (extremi- dade) representa o sentido do vetor. A multiplicação ou divisão de um vetor por um escalar mudará apenas a inten- sidade do vetor. Se o escalar for negativo, o sentido do vetor mudará para que ele atue no sentido oposto. Se os vetores forem colineares, a resul- tante é simplesmente a adição algébrica ou escalar. Lei do paralelogramo Dois vetores são adicionados de acordo com a lei do paralelogramo. As compo- nentes formam os lados do paralelogramo e a resultante é a diagonal. Para encontrar as componentes de uma força ao longo de quaisquer dois eixos, estenda linhas da extremidade da força , paralelas aos eixos, para formar as com- ponentes. Para obter as componentes ou a resul- tante, mostre como as forças se somam indo da 'origem para extremidade' usando a regra do triângulo e, em se- guida, use a lei dos cossenos e dos senos para calcular seus valores. Fi sen 8, R = A+B X z Problemas 2.133 I 134 R • • A B 0 Resultante \ c------ --=-- Componentes Componentes retangulares: duas dimensões Os vetores F_.. e FY são componentes retangulares de F. A força resultante é determinada pela soma algébrica de suas componentes. FRx = 'iFx Ffô. = 'iFy FR = / 17( F,-::-R--:-:..-1....-+-(:--::F,::-R)'=t 8 = tg-' FRy F~t< Vetores cartesianos O vetor unitário u tem comprimento de um, sem unidades, e aponta na direção do vetor F. Uma força pode ser decomposta em suas componentes cartesianas ao longo dos eixos x, y, z, de modo que: F = Fx i + F,. j + F: k . A intensidade de F é detenninada pela raiz quadrada positiva da soma dos qua- drados de suas componentes. Os ângulos de direção coordenados a, fJ, y são determinados formulando-se um vetor unitário na direção de F . As componentes x, y, z de u representam cos a, cos {J, cos y. Os ângulos de direção coordenados estão relacionados, de modo que apenas dois dos três ângulos são independentes um do outro. Para determinar a resultante de um sistema de forças concorrentes, expresse cada força como um vetor cartesiano c adicione as componentes i , j , k de todas as forças no sistema. Capítulo 2 Vetores de forço I 57 I y F ~--------~~--------x y ' u = ..E. = F, i + Fy j + F. k F F F F ' '~ u = cos a i + cos /3 j + cos r k y F z I F. k ~ F ut/ y a 1/ p ~,. j -y F ... . / ~v / X I 58 I Estática Vetores posição c de força Um vetor posição localiza um ponto no espaço em relação a outro. A maneira maissimplesde formularas componentes r = (xa - xA)i + CYn - YA)j + (zn - z, )k de um vetor posição é determinar a distância e a direção, ao longo das direções x, y e z, entre a extremidade do vetor. . ongem e a Se a linha de ação de uma força passa pelos pontos A e 8 , logo a força atua na mesma direção do vetor posição r, que é definido pelo vetor unitário u. A força pode então ser expressa como um vetor cartesiano. Produto escalar O produto escalar entre dois vetores A e B produz um escalar. Se A e B são expressos na forma de vetor ca11esiano, então o produto escalar é a soma dos produtos de suas componentes x, y e z. O produto escalar pode ser usado para calcular o ângulo entre A e B. O produto escalar também é usado para determinar a projeção da componente de um vetor A sobre um eixo a a definido por seu vetor unitário uw A · B = AB cos 8 = Afi .. + A>BY + A:ft: A. = A cos fJ u. = (A · u. )u. z (:n- z,)k F r------.v A.t u - 0 A a = A cos 0 u0 2.135. Determine as componentes x c y da força de 700 N. 700 N y / 60° 1_ X Problema 2.135 *2.136. Determine a intensidade da componente projetada da força de 500 N que atua ao longo do eixo BC do tubo. •2.137. Determine o ân&>ulo 8 entre os segmentos de tubo BA e BC. z X F = 500N y Problemas 2.136/ 137 2.138. Determine a intensidade e a direção da resultante FR = F1 + F2 + F3 das três forças encontrando primeiro a resultante F'= F1 + F3 e, depois, formando FR = F' + F2• Especifique sua direção medida no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo. y F1 = 80 N Problema 2.138 Capítulo 2 Vetores de força I 59 I 2.139. Detcnnine o ângulo de projeto 8 (8 <90°) entre as duas barras de modo que a força horizontal de 500 N tenha uma componente de 600 N direcionada de A para C. Qual é a componente da força que atua ao longo do membro BA? 500 N A Problema 2.139 *2.140. Determine a intensidade mini ma c a direção da força F3 de modo que a resultante de todas as três forças tenha uma intensidade de I 00 N. F, = 25 N Problema 2.140 •2.141. Decomponha a força de 250 N nas componentes que atuam ao longo dos eixos u e v e dctennine as intensidades dessas componentes. 250 N 40° u Problema 2.141 I 60 I Estático 2.142. O cabo AB exerce uma força de 80 N sobre a extremidade da barra de 3 m de comprimento OA. Determine a intensidade da projeção dessa força ao longo da barra. 4m X Problema 2.14 2 2.143. Os três cabos de suporte exercem as forças mostradas na fi gura. Represente cada força como um vetor cartesiano. Fc= 400 X • . Problema 2.143 3m y Equilíbrio de uma partícula Obietivos do capítulo • Introduzir o conceito do diagrama de corpo livre (DCL) para uma partícula. • Mostrar como resolver problemas de equilíbrio de uma partícula usando as equações de equilíbrio. m Condisão de equilíbrio de uma partícula Dizemos que uma partícula está em equilíbrio quando está em repouso se origi- nalmente se achava em repouso, ou quando tem velocidade constante se originalmente estava em movimento. Muitas vezes, no entanto, o termo 'equilíbrio' ou, mais especificamente, 'equilíbrio estático' é usado para descrever um objeto em repouso. Para manter o equilíbrio, é necessário satisfazer a prime~ra lei do movimento de Newton, segundo a qual a força resultante que atua sobre uma partícula deve ser igual a zero. Essa condição é expressa matematicamente como: l:F = O (3. 1) onde l:F é a soma vetorial de todas as forças que atuam sobre a partícula. A Equação 3.1 não é apenas uma condição necessária do equilíbrio, é também uma condição suficiente. isso decorre da segunda lei do movimento de Newton, a qual pode ser escrita como l:F =ma. Como o s istema de forças satisfaz a Equação 3.1, então, ma = O e, portanto, a aceleração da partícula a = O. Consequentemente, a partícula move-se com velocidade constante ou pennanece em repouso. O diagrama de corpo livre Para aplicar a equação de equilíbrio, devemos considerar todas as forças conhecidas e desconhecidas (l:F) que atuam sobre a partícula. A melhor maneira de fazer isso é pensar na partícula de forma isolada e ' livre' de seu entorno. Um esboço mostrando a partícula com 1odas as forças que atuam sobre ela é chamado diagrama de c01po livre (DCL) da partícula. Antes de apresentarmos o procedimento fonnal para traçar o diagrama de corpo livre, vamos considerar dois tipos de conexão encontrados frequentemente nos problemas de equilíbrio de uma partícula. I 62 I Estática I F Figura 3.1 T O cabo está em tensão Figura 3.2 Molas Se uma mola (ou fio) linearmente elástica, de comprimento não defonnado I<" é usada para sustentar uma partícula, o comprimento da mola varia em proporção direta à força F que atua sobre ela (Figura 3.1). Uma característica que define a 'elasticidade' de uma mola é a constante da mola ou rigidez k. A intensidade da força exercida sobre uma mola lineannente elástica que tem uma rigidez k e é defonnada (alongada ou comprimida) de uma distância s = 1- 10 , medida a partir de sua posição sem carga, é: I F ks I (3.2) Se s for positivo, causa111do um alongamento, então F 'puxa' a mola; enquanto, se s for negativo, causando um encurtamento, então F a 'empurra '. Por exemplo, a mola mostrada na Figura 3. I tem comprimento sem esticar de 0,8 m e uma rigidez k = 500 /m e ela é esticada para um comprimento de J m, de modo que s = 1- 10 = I m- 0,8 m = 0,2 m, então é necessária uma força F= ks = 500 N/m(0,2 m) = 100 N. Cabos e polias Salvo disposição em contrário, ao longo deste livro, exceto na Seção 7.4, será considerado que todos os cabos (ou fios) têm peso desprezível e não podem esticar. Além disso, um cabo pode supottar apenas uma força de tração ou ' puxão', que atua sempre na direção do cabo. No Capítulo 5 veremos que a força de tração sobre um cabo contínuo que passa por uma polia sem atrito deve ter uma intensidade constante para manter o cabo em equilíbrio. Portanto, para qualquer ângulo (} mostrado na Figura 3.2, o cabo está submetido a uma tração constante T ao longo de todo o seu comprimento. Pro,edimento para trasar um diagrama de (Orpo livre Como devemos considerar todas as forças que atuam sobre a partícula quando aplicamos as e,quações de equilíbrio, a importância excessiva dada ao traçar um diagrama de corpo livre não pode ser rão enfatizada. Para construir um diagrama de corpo livre, é necessário o seguinte procedimento. Desenhe o contorno do partícula o ser estudado Imagine a partícula a ser isolada ou ' recortada' de seu entorno, e desenhe o contorno de sua forma. Mostre todos os forças Indique nesse esboço todas as forças que atuam sobre a partícula. Essas forças podem ser ativas, as quais tendem a pôr a partícula em movimento, ou reativas, que são o resultado das restrições ou apoios que tendem a impedir o movimento. Para levar em conta todas estas forças , pode ser útil traçar o contorno da partícula, observando cuidadosamente cada força que age sobre ela. Identifique cada forço As forças conhecidas devem ser marcadas com suas respectivas intensidades e direções. As letras são usadas para representar as intensidades e direções das forças desconhecidas. Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 63 I T A coçombo é mantido em equilíbrio pelo cabo e, instintivamente, sabemos que o forço no cabo deve ser igual ao peso da coçombo. Desenhando o diagramo de corpo livre do caçombo, podemos compreender porque isso ocorre. Esse diagramo mostro que há apenas duas forças atuando sobre o caçamba, ou seja, seu peso W e o forço T do cabo. Poro o equilíbrio, o resultante dessas forças deve ser igual a zero e, assim, T = W. A bobina tem um peso W e está suspensa pelo lanço do guindaste. Se quisermos obter os forças nos cobos AB e AC, devemos considerar o diagrama de corpo livre do anel em A. Nesse coso, os cabos AO exercem uma forço resultante de W sobre o anel e o condição de equilíbrio é usada poro obter T 6 e Te. Exemplo 3.1 A esfera na Figura 3.3a tem massa de 6 kg e está apoiada como mostrado. Desenhe o diagrama de corpo livre da esfera, da corda CE e do nó em C. -SOLUCAO • Esfera (a) F'cE(Força da corda CE .que age sobre a esfera) 58,9 N (Peso ou gravidade .que age sobre a esfera) (b) Verifica-se que há apenas duas forças atuando sobre a esfera, nominalmente, seu peso, 6 kg (9,81 m/s2) = 58,9 N, e a força da corda CE. O diagrama de corpo livre é mostrado na Figura 3.3b. Corda CE Quando a corda CE é isolada de seu entorno, seu diagrama de corpo livre mostra apenas duas forças atuando sobre ela, nominalmente, a força da esfera e a força do nó (Figura 3.3c). Observe que Fcc mostrada nessa figura é igual, mas oposta à mostrada na Figura 3.3b, uma consequência da terceira lei da ação e reação de Newton. Além disso, Fcc e FEc puxam a corda e a mantêm sob tração de modo que não se rompa. Para o equilíbrio, Fcc = F1.;c. Nó O nó em C está sujeito a três forças (Figura 3.3d). Elas são causadas pelas cordas CBA e CE e pela mola CD. Como solicitado, o diagrama de· corpo livre mostra todas as forças identificadas por suas intensidades e direções. É importante observar que o peso da esfera não atua diretamente sobre o nó. Em vez disso, é a corda CE que submete o nó a essa Força. F IX (Força do nó que age sobre a corda C E) F CE (Força da esfera que age sobre a corda C E) (c) F CBA (Força da corda CBA que age sobre o uó) c -'--- 111---... F co (Força da mola que age sobre o nó) FCE(Força da corda CE que age sobre o nó) (d) Figura 3.3 I 64 I Estática y figura 3.4 ----=--0--...,.,~---x F ION figura 3.5 y I To A - x T s Te As correntes exercem três forças sobre o onel em A, como mostro o seu diogromo de corpo livre. O onel - . . noo se movera, ou se movera com velocidade constante, desde que o somo dessas forças ao longo dos eixos x e y seja zero. Se uma dos três forças for conhecida, as intensidades dos outros duas forças poderão ser obtidos o portir dos duas equações de equilíbrio. Sistemas de forsas coplanares Se uma partícula estiver submetida a um sistema de forças coplanares localizadas no plano x- y, como mostra a Figura 3.4, então cada força poderá ser decomposta em suas componentes i c j . Para o equilíbrio, essas forças precisam ser somadas para produzir uma força resultante zero, ou seja, 1:F = O 1:F) + 1:F,.j = O Para que essa equação vetorial seja satisfeita, as componentes x e y da força devem ser iguais a zero. Portanto, 1:F =O • (3.3) Essas duas equações podem ser resolvidas, no máximo, para duas incógnitas, geralmente representadas como ângulos e intensidades das forças mostradas no diagrama de corpo livre da partícula. Quando aplicamos cada uma das duas equações de equilíbrio, precisamos levar em conta o sentido da direção de qualquer componente usando um sinal algébrico que corresponda à direção da seta da componente ao longo do eixo x ou y. É importante notar que se a força tiver intensidade desconhecida, o sentido da seta da força no diagrama de corpo livre poderá ser assumido. Portanto, se a solução resultar um escalar negativo, isso indicará que o sentido da força atua no sentido oposto ao assumido. Por exemplo, considere o diagrama de corpo livre da partícula submetida às duas forças mostradas na figura 3.5. Nesse caso, é assumido que a força incógnita F atua para a direita a flm de manter o equilíbrio. Aplicando a equação do equilíbrio ao longo do eixo x, temos: +F + lO =O Os dois termos são 'positivos' , uma vez que ambas as forças atuam na direção positiva x. Quando essa equação é resolvida, F = - I O N. Nesse caso, o sinal negativo indica que F deve atuar para a esquerda a fim de manter a partícula em equilíbrio (Figura 3.5). Observe que, se o eixo +x na Figura 3.5 fosse direcionado para a esquerda, ambos os termos da equação seriam negativos, mas, novamente, após a resolução, F = - I O N, indicando que F deveria ser direcionado para a esquerda. Procedimento para análise Os problemas de equilíbrio de forças coplanares para uma partícula podem ser resolvidos usando-se o seguinte procedimento. Diagramo de corpo livre • Estabeleça os eixos x, y com qualquer orientação adequada. • Identifique todas as intensidades e direções das forças conhecidas e desconhecidas no diagrama. • O sentido de uma força que tenha intensidade desconhecida é assumido. Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 65 I Equações de equilíbrio • Aplique as equações de equilíbrio 'LF .. = O e l.F, =O. • As componentes serão positivas se forem direcionadas ao longo de um eixo positivo c negativas se forem direcionadas ao longo de um eixo negativo. • Se exi tirem mais de duas incógnitas e o problema envolver mola, deve-se aplicar F = ks para relacionar a força da mola à dcfonnaçào s da mola. • Como a intensidade de uma força é sempre uma quantidade positiva, então, se a solução produzir um resultado negativo, isso indica que o entido da força é oposto ao mostrado no diagrama de corpo livre (que foi assumido). Exemplo 3.2 Determine a tração nos cabos BA e BC necessária para sustentar o cilindro de 60 kg na Figura 3.6a. D (a) -SOLUCAO • Diagrama de carpa livre T80 60(9,81) 60(9,81) (b) Figura 3.6 Devido ao equillbrio, o peso do cilindro faz com que a tração no cabo BD seja T80 = 60(9,81) N, como mostra a Figura 3.66. As forças nos cabos BA e BC podem ser determinadas examinando-se o equilíbrio do anel 8. Seu diagrama de corpo livre é mostrado na Figura 3.6c. As intensidades de T, e Te são desconhecidas, mas suas direções são conhecidas. Equasões de equilíbrio Aplicando-se as equações de equilíbrio ao longo dos eixos x e y, temos: .:!. l.F. = O; Tc·cos 45°- ( T )r,. = O ( I) +I'LF, =O; Tc· sen 45° +(~)r~ - 60(9,81) N =O (2) A Equação pode ser escrita como T, = 0,8839T c- Substituindo r, na Equação 2 resulta: Te en45° +(~)(0,8839Tc)-60(9,8l)N =0 De modo que: Te = 475,66 N = 476 N y T80 - 60(9.81) N (c) I 66 I Estática (a) y F0 = 1962 N (b) Figura 3.7 r-------2 m--------~ kAs= 300 N/m (a) Figura 3.8 Substituindo esse resultado na Equação l ou na Equação 2, obtemos: TA= 420 N NOTA: É claro que a precisão desses resultados depende da exatidão dos dados, isto é, medições da geometria c cargas. Para muitos trabalhos de engenharia envolvendo problemas como esse, os dados medidos com três algarismos significati vos seriam suficientes. Exemplo 3.3 A caixa de 200 kg da Figura 3.7a é suspensa usando as cordas AB e A C. Cada corda pode suportar uma força máxima de 1 O kN antes de se romper. Se AB sempre permanece horizontal, detennine o menor ângulo e para o qual a caixa pode ser suspensa antes que uma das cordas se rompa. -SOLUCAO • Diagrama de corpo livre Estudaremos o equilíbrio do anel A . Existem três forças atuando nele (Figura 3.7b). A intensidade de F0 é igual ao peso da caixa, ou seja, F0 = 200(9,81) N = 1962 N < 1 O kN. Equações de equilíbrio Aplicando as equações de equilíbrio ao longo dos eixos x e y, ..:!:. 'LFx = O; - Fc c os e+ Fs = O; Fc = Fs e c os (I) +I 'Lf;. =O; Fc sen ()- 1962 N =O (2) Da Equação 1, F c é sempre maior que F8 , uma vez que cos () < I. Portanto, a corda AC atingirá a força de tração máxima de 10 kN antes da corda AB. Substituindo F c = I O kN na Equação 2, obtemos: [I O( I 03) N] sen O- 1962 N = O e = sen-1(0,1962) = li ,3 1 o A força desenvolvida na corda AB pode ser obtida substituindo os valores para 0 e F c na Equação 1. Exemplo 3.4 10(103) N = cos ~n,31 o Fo= 9,8lk Determine o comprimento da corda AC na Figura 3.8a, de modo que a luminária de 8 kg seja suspensa na posição mostrada. O comprimento não deformando da mola AB é I'An = 0,4 m c a mola tem uma rigidez kA8 = 300 N/m. -SOLUCAO • Se a força na mola A 8 for conhecida, o alongamento da mola será determinando usando F= ks. Da geometria do problema é possível então calcular o comprimento de AC. Diagrama de corpo livre A luminária tem peso W = 8(9,81) = 78,5 N e, portanto, o diagrama de corpo livre do anel em A é mostrado na Figura 3.8b. Equa~ões de equilíbrio Usando os eixos x, y, ..i 'L.Fx = O; ~8 - ~c cos 30° = O + 1 'L.Fy = O; TAc sen 30° - 78,5 N = O Resolvendo, obtemos: ~c = 157,0 N ~8 = 135,9 N O alongamento da mola AB é, portanto, TAB = kA1JSA8 ; 135,9 N = 300 Nlrn(sA8) SA8 = 0,453 m Logo, o comprimento alongado é: Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 67 I y _...t..._ __ "l:.,_---+- - x A T,,B w - 78.5 N (b) Figura 3.8 IA8 = 0,4 m + 0,453 m = 0,853 m A distância horizontal de C a B (Figura 3.8a) requer: 2 m = fAc cos 30° + 0,853 m l,c = 1,32 m Problemas fundamentais Todas as soluções dos problemas precisam incluir um diagrama de corpo livre (DCL). 3.1. A caixa tem um peso de 2,75 kN. Determine a força em cada cabo de sustentação. Problema 3.1 3.2. A viga tem um peso de 3,5 kN. Determine o cabo mais curto ABC que pode ser usado para levantá-la se a força máxima que o cabo pode suportar é 7,5 kN. t-----3 rn -----l Problema 3.2 3.3. Se o bloco de 5 kg é suspenso pela polia B e a curvatura da corda é d = O, 15 m, determine a força na corda ABC. Despreze a dimensão da polia. I 0,4 rn ---- -,- A Problema 3.3 3.4. O bloco possui urna massa de 5 kg e repousa sobre o plano liso. Determine o comprimento não defonnado da mola. A. 0.3 m ~ ?' 0,4111 ,_ ...... ~ k ; 200 N/m Problema 3.4 I 68 I Estática 3.5. Se a massa do cilindro C é 40 kg, determine a massa do cilindro A, de modo a mantera montagem na posição mostrada. c 40 kg A Problema 3.5 Todas as soluções dos problemas precisam incluir um DCL. •3.1. Determine a força em cada corda para o equilíbrio da caixa de 200 kg. A corda BC permanece na horizontal devido ao rolete em C, e A B tem um comprimento de I ,5 m. Considere y = 0,75 m. 3.2. Se a corda AB de I ,5 m pode suportar uma força máxima de 3500 N, determine a força na corda BC e a distância y, de modo que a caixa de 200 kg possa ser suportada. l----2m 1 T l c Problemas 3.1 / 2 3.3. Se a massa da viga é 3 Mg e seu centro de massa está localizado no ponto G, determine a tração desenvolvida nos cabos AB, BC e BD para o equilíbrio. •3.4. Se os cabos BD e BC podem suportar uma força de tração máxima de 20 kN, determine a massa máxima da viga que pode ser suspensa pelo cabo AB, de modo que nenhum cabo se rompa. O centro de massa da viga está localizado no ponto G. A ·a Problemas 3.3/ 4 3.6. Determine a tração nos cabos AB, BC e CD, necessária para suportar os semáforos de I O kg e 15 kg em B e C, respectivamente. Além disso, determine o ângulo 0. A D 15 Problema 3.6 •3.5. Os membros de uma treliça estão conectados a uma placa de ligação. Se as forças são concon·entes no ponto O, determine as intensidades de F e T para o equilíbrio. Considere () = 30°. 3.6>. A placa de ligação está submetida às forças de quatro membros. Determine a força no membro B c sua orientação correta O para o equilíbrio. As forças são concorrentes no pornto O. Considere F = 12 kN. A O 8 kN --::!JííC~(~: --. 0 ,..--,ik-- C 5 kN F Problemas 3.5/ 6 3.1. O pendente de reboque AB está submetido à força de 50 kN exercida por um rebocador. Determine a força em cada um dos cabos de amarração, BC e BD, se o navio está se movendo para frente em velocidade constante. 50kN Problema 3.7 •3.8. Os membros A C c A 8 suportam a caixa de l 00 kg. Detennine a força de tração desenvolvida em cada membro. •3.9. Se os membros AC e AB podem suportar uma tração máxima de 1500 N e 1250 N, respectivamente, detennine o maior peso da caixa que pode ser suportada com segurança. ~ 0.9 m --- 1•--- 1,2 m ---...J• I c 8 1,2 m Problemas 3.8/ 9 3.10. Os membros de uma treliça estão conectados à placa de ligação. Se as forças são concorrentes no ponto O, determine as intensidades de F e T para o equilíbrio. Considere e = 90°. 3.11. A placa de ligação está submetida às forças de três membros. Determine a força de tração no membro C e seu ângulo O para o equilíbrio. As forças são concorrentes no ponto O. Considere F = 8 kN. y 9kN f A - - +-----x T Problemas 3.10/ 11 •3.12. Se o bloco 8 pesa l kN e o bloco C pesa 0,5 kN , determine o peso do bloco D e do ângulo O para o equi I ibrio. Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 69 I •3.13. Se o bloco D pesa I ,5 kN e o bloco 8 pesa l ,375 kN, determine o peso do bloco C e do ângulo O para o equilíbrio. D Problemas 3.12/ 13 3.14. Detem1ine o alongamento nas molas AC e A8 para o equilíbrio do bloco de 2 kg. As molas são mostradas na posição de equilíbrio. 3.15. O comprimento não deformando da mola AB é 3 m. Se o bloco é mantido na posição de equilíbrio mostrada, determine a massa do bloco em D. 1-t·--- 3 m---·1------ 4 m -----l·t 3 m k11c = 20N/m k118 = 30 N/m D Problemas 3.14/ 1 S •3.16. Determine a tração desenvolvida nos cabos CA e C8 necessária para o equilíbrio do cilindro de lO kg. Considere e= 40°. I 70 I Estático •3.17. Se o cabo CB está submetido a uma tração que é o dobro da do cabo CA, determine o ângulo O para o equilíbrio do cilindro de I O kg. Além disso, quais são as trações nos cabos CA c CB? c Problemas 3.16/ 17 3.18. Detennine as forças nos cabos AC e AB necessárias para manter a esfera D de 20 kg em equilíbrio. Considere F = 300 N e d = I m. 3.19. A esfera D possui uma massa de 20 kg. Se uma força F = I 00 é aplicada horizontalmente no anel em A, determine a dimensão d, de modo que a força no cabo AC . seJa zero. 1.5 m d l-2m D Problemas 3.18/ 19 *3.20. Determine a tração desenvolvida em cada um dos fios usados para sustentar o candelabro de 50 kg. •3.21. Se a tração de envolvida em cada um dos quatro fios não pode exceder 600 N, determine a maior massa do candelabro que pode cr suportada. Problemas 3.20/ 21 •3.22. Uma força vertical P = 50 N é aplicada nas extremidades da corda AB de 0,6 m c na mola AC. Se a mola tem um comprimento não dcfom1ado de 0,6 m, determine o ângulo O para o equilíbrio. Considere k = 250 N/m . 3.23. Determine o comprimento não deformado da mola AC se uma força P = 400 toma o ângulo O = 60° para o equilíbrio. A corda AB tem 0,6 m de extensão. Considere k = 850 N/m. "' ~ 0,6m 0,6m~ i A p Problemas 3.22/ 23 *3.24. Se o balde pesa 0,25 kN, determine a tração desenvolvida em cada um dos fios. •3.25. Determine o peso máximo do balde que o sistema de fios pode suportar, de modo que nenhum fio desenvolva uma tração maior que 0,5 kN. Problemas 3.24/ 2S 3.26. Detcnninc as trações desenvolvidas nos fios CD, CB e BA e o ângulo O necessário para o equilíbrio do cilindro E de I 5 kg c do cilindro F de 30 kg. 3.27. Se o cilindro E pesa I 50 N e O = 15°, detennine o peso do cilindro F. D 30° c 8 E F Problemas 3.26/ 27 •3.28. Duas esferas, A e 8, tem massas iguais e estão eletrostaticamente carregadas, de modo que a força repulsiva que atua entre elas tem uma intensidade de 20 m e está direcionada ao longo da linha AB. Determine o ângulo O, a tração nas cordas AC e BC e a massa m de cada esfera. Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 71 20mN 30° Problema 3.28 •3.29. As cordas BCA c CD podem suportar, cada uma, uma carga máxima de 0,5 kN. Dctcnninc o peso máximo da caixa que pode ser içada em velocidade constante e o ângulo O para o equilíbrio. Despreze a dimensão da polia em C. D 13 12 A Problema 3.29 3.30. As molas no arranjo de cabos estão originalmente não deformadas quando()= 0°. Determine a tração em cada cabo quando F = 450 N. Despreze a dimensão das polias em 8 e D. I 72 I Estático 3.31. As molas no arranjo de cabos estão originalmente defonnadas em 0,3 m quando O = 0°. Detennine a força vertical F que deve ser aplicada, de modo que (J = 30°. k - 500 /m k = 500 IÍn F' c E Problemas 3.30/ 31 •3.32. Determine a intensidade e a direção 8 da força de equilíbrio F~8 exercida ao longo da barra AB pelo aparato de tração mostrado. A massa suspensa é de I O kg. Despreze a dimensão da polia em A. Problema 3.32 •3.33. O fio fonna um contorno fechado e passa pelas pequenas polias em A, 8, C e D. Se sua extremidade está submetida a uma força de P = 50 N, detennine a força no fio e a intensidade da força resultante exercida pelo fio em cada polia. 3.34. O fio fonna um contorno fechado e passa pelas pequenas polias em A, 8, C c D. Se a força resultante máxima que o fio pode exercer sobre cada polia é 120 N, determine a maior força P que pode ser aplicada ao fio como mostrado. p Problemas 3.33/ 34 3.35. O quadro tem um peso de 50 N e deve ser suspenso pelo pino liso 8. Se um cordão for amarrado ao quadro nos pontos A e C, a força máxima que o cordão pode suportar é 75 N, determine o cordão mais curto que pode ser usado com segurança. A e 8 Problema 3.35 c •3.36. O tanque uni forme de I 00 kg é suspenso por meio de lllm cabo de 3 m de comprimento, que está preso às laterais do tanque e passa sobre a pequena polia localizada em O. Se o cabo pode ser preso nos pontos A c B ou C e D, detenninc qual amarração produz a menor quantidade de tração no cabo. Qual é c sa tração? F o Problema 3.36 •3.37. O peso de 5 kg é suportado pela corda AC, pelo rolete, e por uma mola que possui uma rigidez de k = 2000 N/ m e um comprimento não deformado de 300 mm. Determine a distância d até onde o peso está localizado quando em equilíbrio. 3.38. O pesode 5 kg é suportado pela corda AC, pelo rolete. e por uma mola. Se a mola po sui um comprimento não deformado de 200 mm e o peso está em equilíbrio quando d = I 00 mm. Detennine a rigidez k da mola. 1- ----- 300 mm --------1 d k c A Problemas 3.37/ 38 3 .39. Uma 'balança' é construída com uma corda de I ,2 m de comprimento c o bloco D de 5 kg. A corda é fixada em um pino em A c passa por duas pequenas polias em B c C. Determine o peso do bloco suspenso em B se o sistema está em equilíbrio. 1--- 0,3 m ---l 0.45 m D B Problema 3.39 ••3.40. A mola tem uma rigidez k = 800 /m e um comprimento não deformado de 200 mm. Determine a força nos cabos BC c BD quando a mola é mantida na posição mostrada. Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 73 I 400mm A /; 800 11m 300 mm ~_l 1--500 mm --·~-400 mrr•--l Problema 3.40 •3.41. Um cabo contínuo de comprimento total4 m é passado ao redor das pequenas polias em A, B, C e D. Se cada mola está alongada em 300 mm, determine a massa m de cada bloco. Despreze o peso das polias e cordas. As molas não se deformam quando d = 2 m. k = 500 !In Problema 3.41 3.42. Determine a massa de cada um dos dois cilindros se eles causam um deslocamento s = 0,5 m quando suspensos pelos anéis em A c B. Observe que s = O quando os ci lindros são removidos. 1.5 111 .; I Problema 3.42 I 74 I Estática 3.43. O balde e seu conteúdo têm uma massa de 60 kg. Se a corda BAC possui 15 m de comprimento, determine a distância y até a polia em A para o equi líbrio. Despreze a dimensão da polia. T 2m l_ y J 1----------- IOm ----------- 1 Problema 3.43 Problemas conceituais 3.1. O painel de parede de concreto é içado para a posição usando os dois cabos AB e AC de mesmo comprimento. Defina dimensões apropriadas e faça uma análise de equi- líbrio para mostrar que quanto mais longos forem os cabos, menor a força em cada um deles. 3.2. A treliça é içada usando o cabo ABC que passa por uma polia muito pequena em 8. Se a treliça é colocada em uma posição inclinada, mostre que ela sempre retomará à posição horizontal para manter o equilíbrio. •*3.44. Uma balança é construída usando a massa de I O kg, o prato P de 2 kg e a montagem da polia e da corda confonne figura. A corda BCA tem 2m de comprimento. Se s = 0,75 m, detem1ine a massa de D no prato. Despreze a dimensão da polia. I ,5 m A s Problema 3.44 3.3. O dispositivo DB é usado para esticar a corrente AJ3C de modo a manter a porta fechada oo contêiner. Se o ângulo entre AB e o segmento horizontal BC é 30°, determine o ângulo entre DB e a horizontal para o equilíbrio. 3.4. As duas correntes AJ3 e AC possuem comprimentos iguais e estão submetidas à força vertical F. Se AB fosse substituído por uma corrente AB' mais curta, mostre que essa con·ente precisaria suportar uma força de tração maior do que AB a fim de manter o equilíbrio. Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 75 I Sistemas de forcas tridimensionais , Na Seção 3. 1, afirmarmos que a condição necessária e suficiente para o equilíbrio de uma partícula é: l:F = O (3.4) No ca o de um sistema de forças tridimensional, como na Figura 3.9, podemos decompor as forças em suas respectivas componentes i , j , k, de modo que EF) + EF,j + EF:k = O. Para satisfazer essa equação é ncces ário que: EF = O r EF =O .I (3.5) Essas três equações estabelecem que a soma algébrica das componentes de todas as forças que atuam sobre a partícula ao longo de cada um dos eixos coordenados precisa ser zero. Usando-as, podemos resolver para, no máximo, três incógnitas, geralmente representadas como ângulos de direção coordenados ou intensidades das forças no diagrama de corpo livre da partícula. Procedimento para análise Problemas de equilíbrio de forças tridimensionais para uma partícula podem ser resolvidos usando-se o procedimento a seguir. Diagrama de <orpo livre • Defina os eixos x, y, = em alguma orientação adequada. • Identifique todas as intensidades e direções das forças conhecidas e desconhecidas no diagrama. • O sentido de uma força que tenha intensidade desconhecida pode ser assumido. Equações de equilíbrio • Use as equações escalares de equilíbrio, l:Fx = O, E~. = O, EF: = O, nos casos em que seja fácil decompor cada força em suas componentes x, y, z. • Se a geometria tridimensional parecer dificil, então expresse primeiro cada força no diagrama de corpo livre como um vetor cartesiano, substitua estes vetores em E F = O c, em seguida, iguale a zero as componentes i , j , k. • Se a solução para uma força produzir um resultado negativo, isso indica que o entido da força é oposto ao mostrado no diagrama de corpo livre. ' O anel em A está submetido à forço do gancho, bem como às forças de cada uma dos três correntes. Se o eletroímã e suo cargo tiverem peso W, então o forço do gancho será W e os três equações escolares de equilíbrio poderão ser aplicados oo diagramo de corpo livre do anel poro determinar os forças dos correntes, f 6, f c, e f ". Figura 3.9 I 76 I Estática Exemplo 3.5 Uma carga de 90 N está suspensa pelo gancho mostrado na Figura 3.1 Oa. Se a carga é suportada por dois cabos e uma mola com rigidez k = 500 N/m, detennine a força nos cabos e o alongamento da mola para a condição de equilíbrio. O cabo AD está no plano x- y e o cabo AC 1110 plano x- z. z -- c - y X 90 N 90N I (a) (b) Figura 3.1 O -SOLUCAO • O alongamento da mola poderá ser determinado depois que a força sobre a mola for determinada. Diagrama de corpo livre A conexão em A foi escolhida para a análise de equilíbrio, visto que as forças dos cabos são concorrentes nesse ponto. O diagrama de corpo livre é mostrado na Figura 3.1 Ob. Equações de equilíbrio Cada força pode ser fac ilmente decomposta em suas componentes x, y, z, e portanto as três equações de equilíbrio escalares podem ser usadas. Considerando as componemes direcionadas ao longo do eixo positivo como 'positivas', temos: L.Fx = O; Fo sen 30° - ( t )Fc = O (I) L.F. = O; - Fo cos 30° + Fa = O (2) L.F: = O; (f )Fc - 90 N = O (3) Resolvendo a Equação 3 para F 0 depois a Equação para F0 e, finalmente, a Equação 2 para F8 , temos: Fc = 150 N F0 = 240 N F8 = 207,8 N Portanto, o alongamento da mola é: 207,8 N = (500 Nlm)(sA8 ) SAB = 0,416 ffi NOTA: Como os resultados para todas as forças dos cabos são positivos, cada cabo está sob tração; isto é, eles puxam o ponto A como esperado (Figura 3.1 Ob ). Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 77 I Exemplo 3.6 A luminária de I O kg mostrada na Figura 3. 11 a é suspensa pelas três cordas de mesmo comprimento. Determine sua menor distância vertical s a partir do teto, para que a força de envolvida em qualquer corda não exceda 50 N. -SOLUÇAO Diagrama de corpo livre Devido à simetria (Figura 3. llb}, a distância DA = DB = DC = 600 mm. Logo, como l.FJ = O e l.F, = O, a tração Tem cada corda serã a mesma. Também, o ângulo entre cada corda e o eixo z é y. Equa~ão de equilíbrio Aplicando a equação de equilíbrio ao longo do eixo z, com T = 50 N, temos: ' l.F; =O; 3[(50 N)cosr] - 10(9,8 1) N =O r = cos-• ~~·~ = 49, 16° Do triângulo sombreado cinza, mostrado na Figura 3.11 b, tg 49 16o = 600 mm ' s s = 519 mm Exemplo 3.7 Determine a força desenvolvida em cada cabo 40 kN (:: 4000 kg) mostrada na Figura 3. 12a. usado para suportar a caixa de n X-- -SOLUCAO • -- Sm (a) Diagrama de corpo livre c X-- Fn "' - 40 kN y )' (b) Figura 3.12 Como mostra a Figura 3. 12b, o diagrama de corpo livre do ponto A é considerado para 'expor' as três forças desconhecidas nos cabos. Equação de equilíbrio Primeiro, vamos expressar cada força na forma vetorial cartesiana. Como as coordenadas dos pontos B c C são B (- 3 m; - 4 m; 8 m) c C (- 3 m; 4 m; 8 m), temos: X X -- z (a) I 0(9.81 ) (b) Figura 3.11 )' )' I 78 I Estático -- (a) -• (b) Figura3.13 ; D 2m O equilíbrio requer: rF = O· ' Fs = Fs --:-----=--3i - 4j + 8k j(-3'f + (-4'f + (8'f = -0,3 18F8 i - 0,424F8 j + 0,848Fs k ~ . - Fi -3i + 4j + 8k (- c j(-3'f+(4'f +(8'f = -0,3 18f(·i + 0,424f(-j + 0,848Fc k Fo =Foi W ={- 40k } k F8 + Fc+ F0 + W = O - 0,318F8i - 0,424F a.i + 0,848F8 k - 0,318F ci + 0,424F d + 0,848F ck + F/)i - 40k = O lgualando a zero as respectivas componentes i, j , k, temos: l:Fx =O; - 0,318F8 - 0,318Fc+ F0 = 0 r F =o· ·' ' 0,424 F8 + 0,424Fc = O 0,848F8 + 0,848Fc- 40 = O { I ) (2) (3) A Equação 2 estabelece que F8 = F c. Logo, resolvendo a Equação 3 para F8 e F c e substituindo o resultado na Equação I para obter F0 , temos: F8 = Fc = 23,6 kN F0 = IS,O k Exemplo 3.8 Determine a tração em cada corda usada para suportar a caixa de I 00 kg mostrada na Figura 3. 13a. -SOLUCAO • Diagrama de corpo livre A força em cada uma das cordas pode ser determinada observando-se o equilíbrio do ponto A. O diagrama de corpo livre é mostrado na Figura 3.13b. O peso da caixa é W = 100(9,81) = 981 N . Equação de equilíbrio Cada força no diagrama de corpo livre é primeiro expressa na forma de um vetor cartesiano. Usando a Equação 2.9 para F c e ob ervando o ponto D (- 1 m; 2m; 2 m) para F 0 , temos: Fs = Fs i Fc = Fc cos 120°i + f<· CO 135°j + Fc cos 60°k = - 0. 5Fci - O. 707 f(·j + O, 5Fc k = - 0, 333Fo i - O, 667 Foj + O, 667 F o k w = {-98 1k} O equilíbrio requer: l:F = O; F8 + F,+ FD+ W = O F8i 0,5Fci 0,707Fd + 0,5Fck 0,333F,_,i + 0,667 F0 j + 0,667 FDk - 98 1 k = O Igualando a zero as respectivas componentes i. j e k, temos: L F. =O; F8 0,5Fc- 0,333F0 = O L F, =O; - 0,701Fc + 0,667F0 = O L F: = O; 0,5Fc + 0,667F0 - 981 =O Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 79 I ( I) (2) (3) Resolvendo a Equação 2 para F0 em função de Fc e fazendo a substituição na Equação 3, obtemos F c. F0 é determinado pela Equação 2. Finalmente, substituindo os resultados na Equação I, obtém-se F8. Então: Fc =8l3N F0 = 862 F8 = 694 Problemas fundamentais Todas as soluções dos problemas precisam incluir um DCL. 3.7. Detennine as intensidades das forças F., F2, F3• de modo que a partícula seja mantida em equilíbrio. 900N I Problema 3.7 3.8. Determine a lração desenvolvida nos cabos AB, AC e AD. -- 900N Problema 3.8 3.9. Determine a tração desenvolvida nos cabos AB, AC e AD. -- 600N Problema 3. 9 3.10. Determine a tração desenvolvida nos cabos AB, AC e AD. c 300N Problema 3.1 O 3.11. A caixa de 75 kg é sustentada pelos cabos AB, AC e AD. Detennine a tração nesses cabos. 0.9m 0.9 m j 0.6m I Problema 3.11 I 80 I Estático Todas as soluções dos problemas precisam incluir um DCL. •3.45. Determine a tração nos cabos para suportar a caixa de I 00 kg na posição de equi líbrio mostrada. 3.46. Detennine a maior massa da caixa para que a tração desenvolvida em qualquer cabo não exceda 3 kN. • • Problemas 3.45/ 46 3 .47. O guincho é usado para puxar a rede de peixe de 200 kg para o pícr. Determine a força compreensiva ao longo de cada uma das barras AB c CB c a tração no cabo do guincho DB. Considere que a força em cada barra atua ao longo de seu eixo. r--s.6 m --1---4m 4m Problema 3.47 *3.48. Determine a tração desenvolvida nos cabos AB, AC e AD necessária para o equilíbrio da caixa de 150 kg. •3.49. Detennine o pc o máximo da caixa, de modo que a tração desenvolvida em qualquer cabo não exceda 2250 N. Problemas 3.48/ 49 3.50. Determine a força em cada cabo para suportar a plataforma de 17,5 kN (:::: 1750 kg). Considere d = 0,6 m. 3.51. Determine a força em cada cabo para suportar a plataforma de 17,5 k (:::: 1750 kg). Considere d = I ,2 m. • • 1 11.5 kN Problemas 3.50/ 51 *3.52. Determine a força em cada um dos três cabos para levantar o trator que tem uma massa de 8 Mg. • . 3 m Problema 3.52 •3.53. Determine a força que awa ao longo do eixo de cada um dos três suporte para sustentar o bloco de 500 kg. Problema 3.53 3.54. Se a massa do vaso de planta é 50 kg, determine a tração desenvolvida em cada fio para o equilíbrio. Considere x = I ,5 m c z = 2 m. 3.55. Se a massa do vaso é 50 kg, determine a tração desenvolvida em cada fio para o equilíbrio. Considere x = 2 me z = I ,5 m. z 3m y Problemas 3.54/ 55 *3.56. As extremidades dos três cabos estão presas a um anel em A e à borda de uma placa uniforme de 150 kg. Determine a tração em cada um desses cabos para o equilibrio. •3.57. As extremidades dos três cabos estão presas a um anel em A e à borda da placa uniforme. Determine a maior massa que a placa pode ter se cada cabo pode suportar uma tração máxima de 15 kN. Problemas 3.56/ 57 3.58. Determine a tração desenvolvida nos cabos AB, AC e AD para o equilíbrio do ci lindro de 75 kg. 3.59. Se cada cabo pode suportar uma tração màxima de 1000 N, determine a maior massa que o cilindro pode ter para o equiHbrio. z 3 m Problemas 3.58/ 59 Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 81 I *3.60. O vaso de 50 kg é sustentado por A, pelos três cabos. Determine a força que atua em cada cabo para o equilíbrio. Considere d = 2,5 m. •3.61. Determine a altura d do cabo AB, de modo que a força nos cabos AD e AC sejam a metade da força no cabo AB. Qual é a força em cada cabo para esse caso? O vaso de planta tem uma massa de 50 kg. :: 6m 8 X Problemas 3.60/ 61 3.62. Uma força F= 500 N mantém a caixa de 200 kg em equilíbrio. Determine as coordenadas (0, y , z) do ponto A se a tração nos cabos AC e AB é de 3500 N em cada um. 3.63. Se a tração máxima permitida nos cabos AB e AC é 2500 N, determine a altura máxima z à qual a caixa de I 00 kg pode ser elevada. Qual força horizontal F deve ser aplicada? Considere y = 2,4 m. - - ~ --1,5m __ __, 8 r;-~'~·s:m-r--------- -r I .2 m X F y Problemas 3.62/ 63 *3.64. O aro pode ser ajustado verticalmente entre três cabos de mesmo comprimento a partir dos quais o lustre de I 00 kg é suspenso. Se o aro permanece no plano horizontal e z = 600 mm, determine a tração em cada cabo. •3.65. O aro pode ser ajustado verticalmente entre três cabos de mesmo comprimento a partir dos quais o candelabro de I 00 kg é suspenso. Se o aro permanece no plano horizontal I 82 I Estático e a tração em cada cabo não pode exceder I k , determine a menor distância possível de z necessária para o equilíbrio. • . Problemas 3.64/ 65 3.66. O balde possui um peso de 400 N e está suspenso por três molas, cada uma com comprimento não deformado de /0 = 0,45 m e rigidez de k = 800 N/m. Determine a distância vertical d da borda do balde ao ponto A para o equilíbrio. 400 Problema 3.66 3.67. Três cabos são usados para sustentar um aro de 450 kg. Determine a tração em cada cabo para o equilíbrio. • . Problema 3.67 1,2 m •3.68. Os três blocos mais externos têm massa de 2 kg cada um c o bloco central E tem massa de 3 kg. Determine a distâncias para o equilíbrio do sistema . 30 lm Problema 3.68 •3.69. Determine o ângulo O tal que seja desenvolvida uma força igual nas pernas 08 c OC. Qual é a força em cada perna e a força é direcionada ao longo do eixo de cada uma delas? A força F c localiza no plano x-y. Os suportes em A, B e C podem exercer forças em qualquer direção ao longo das pernas fixadas. • - o H Problema 3.69 y J m ! - , REVISAO DO CAPITULO Equilíbrio da partícula Quando uma partícula está em repouso, ou se move com velocidade constante, encontra-se em equiübrio. Essa situação requer que todas as forças que atuam sobre a partícula tenham uma força resultante igual a zero. Para se considerarem todas as forças que atuam em uma partícula, é necessário traçar um diagrama de corpo livre. Esse diagrama é um esboço da forma da partícula que mostra todas as forças relacionadas com suas intensidades e direções conhecidas ou desconhecidas. Duas dimensões As duas equaçõesescalares de equilíbrio de força podem ser aplicadas em referência a um sistema de coordenadas x, y . A força de tração desenvolvida em um cabo contínuo que passa por uma polia sem atrito deve ter intensidade constante erm todo o cabo para manter o cabo em equilíbrio. Se o problema envolver uma mola linearmente elástica, então o alongamento ou a compressão s da mola pode ser relacionada à força aplicada a ela. Três dimensões Se a geometria tridimensional é diticil de visualizar, a equação de equilíbrio deverá ser aplicada usando-se a análise vetorial cartesiana, o que requer primeiro expressar cada força no diagrama de corpo livre como um vetor cartesiano. Quando as forças são somadas e igualadas a zero, os componentes i, j e k também são zero. Problemas Capítulo 3 Equilíbrio de uma partícula I 83 I FR =!F = o 'LF =O X L.F,. =O F=ks 'LF = O 'LF =O X !F_,.= o 'LF: =O T T O cabo está em tens.'io -- 3.70. A caixa de 250 kg é suspensa usando as cordas AB e AC. Cada corda pode suportar uma tração máxima de 12,5 kN antes de se romper. Se AB permanece na horizontal. determine o menor ângulo e no qual a caixa pode ser suspensa. 3.71. Os membros de um suporte são conectados por um pino na junta O. Determine a intensidade de F1 e seu ângulo e para o equilíbrio. Considere F2 = 6 kN. *3.72. Os membros de um suporte são conectados por um pino na junta O. Determine as intensidades de F1 e F2 para o equilíbrio. Considere e = 60°. ---+- f 8 Problema 3.70 5 k Problemas 3.71 / 12 I 84 I Estática •3.73. Duas esferas eletricamente carregadas, de massa O, 15 g cada uma, são suspensas por tios de mesmo comprimento. Detennine a intensidade da força repulsiva F, que atua sobre cada esfera se a distância medida entre elas for r = 200 mm. 150 mm 150mm Problema 3.73 3.74. A luminária tem uma massa de I 5 kg e está sustentada por uma barra AO e pelos cabos AB e AC. Se a força na barra atua ao longo de seu eixo, determine as forças em AO, AB e AC para o equilíbrio. -- A 8 ~-- ~----l----~~~c~í7~- 4m 6m ----,-~~-~~L~--------Y X Problema 3.7 4 3.75. Detem1ine a intensidade de P e os ângulos de direção coordenados de F3 para o equilíbrio da partícula. Observe que F3 atua no octante mostrado. z (-1 m; -7 m; 4 m) "J=360kN X F4 = 300 kN Problema 3.75 •3.76. O anel de dimensão desprezível está submetido a uma força vertical de I 000 N. Determine o maior comprimento I da corda AC tal que a tração que atua em AC seja 800 N. Além disso, qual é a força que atua na corda AB? Dica: Use a condição de equilibrio para determinar o ângulo e para a fixação, depois detennine i usando a trigonometria aplicada a !!.. ABC. 8 IOOON Problema 3.76 •3.11. Determine as intensidades de F1, F2 e F3 para o equilíbrio da partícula. -- 200N I X Problema 3.77 3.18. Determine a força em cada cabo para suportar a carga de 2,5 kN. 4m y Problema 3.78 3.79. A junta de uma estrutura espacial está submetida a quatro forças nos membros. O membro OA está no plano x-y e o membro OB se localiza no plano y-z. Determine as forças que atuam em cada um dos membros necessárias para o equilíbrio da junta. ;: X 200 N I Problema 3.79 Resultantes de um sistema de forcas I Obietivos do capítulo • Discutir o conceito do momento de uma força e mostrar como calculá-lo em duas e três dimensões. • Fornecer um método para determinação do momento de uma força em relação a um eixo específico. • Definir o momento de um binário. • Apresentar métodos para a determinação das resultantes de sistemas de forças não concorrentes. • Mostrar como reduzir um carregamento distribuído simples em uma força resultante e seu ponto de aplicação. ID Momento de uma força - formulacão escalar , Quando uma força é aplicada a um corpo, ela produzirá uma tendência de rotação do corpo em tomo de um ponto que não está na linha de ação da força. Essa tendência de rotação algumas vezes é chamada de Iorque, mas nonnalmente é denominada momento de uma força, ou simplesmente momento. Por exemplo, considere uma chave usada para desparafusar o parafuso na Figura 4.1 a. Se uma força é aplicada no cabo da chave, ela tenderá a girar o parafuso em torno do ponto O (ou o eixo z). A intensidade do momento é diretamente proporcional à intensidade de F e à distância perpendicular ou braço do momento d. Quanto maior a for,ça ou quanto mais longo o braço do momento, maior será o momento ou o efeito de rotação. Note que se a força F for aplicada em um ângulo () :f: 90° (Figura 4.1 b ), en.tão será mais difícil girar o parafuso, uma vez que o braço do momento d' = d sen () será menor que d. Se F for aplicado ao longo da chave (Figura 4.1 c), seu braço do momento será zero, uma vez que a linha de ação de F interceptará o ponto O (o eixo z). Como resultado, o momento de F em relação a O também será zero e nenhuma rotação poderá ocorrer. Vamos generalizar a discussão anterior c consi- derar a força F e o ponto O, que estão situados no plano sombreado, como mostra a Figura 4.2a. O momento M0 em relação ao ponto O, ou ainda em relação a um eixo que passa por O perpendicularmente ao plano, é uma quantidade vetorial, uma vez que ele tem intensidade e direção específicas. z (c) z (a) = (b) Figura 4.1 I 86 I Estática F Eixo do momento I o (a) Sentido de rotação (b) Figura 4.2 Intensidade A intensidade de M0 é (4.1) onde d é o braço do momeJJto ou distância pe1pendicu/ar do eixo no ponto O até a linha de ação da força. As unidades da intensidade do momento consistem da força vezes a distância, ou seja, N · m ou lb · ft. Direcão • A direção de M 0 é defi nida pelo seu eixo do momento, que é perpendicular ao plano que contém a força F e seu braço do momento d. A regra da mão direita é usada para estabelecer o sentido da direção de M0 . De acordo com essa regra, a curva natural dos dedos da mão direita, quando eles são dobrados em direção à palma, representa a tendência da rotação causada pelo momento. Quando essa ação é realizada, o polegar da mão direita dará o sentido direcional de M 0 (Figura 4.2a). Note que o vetor do momento é representado tridimensionalmente por uma seta curvada em tomo de uma seta. Em duas dimensões, esse vetor é representado apenas pela seta curvada, como mostra a Figura 4.2b. Como, nesse caso, o momento tenderá a produzir uma rotação no sentido anti-horário, o vetor do momento está direcionado para fora da página. Momento resultante Para problemas bidimensionais, em que todas as forças estão no plano x-y (Figura 4.3), o momento resultante (MR)o em relação ao ponto O (o eixo z) pode ser determinado pela adição algébrica dos momentos causados no sistema por todas as forças. Por convenção, geralmente consideraremos que os momentos positivos têm sentido anti-horário, uma vez que eles são direcionados ao longo do eixo positivo z (para fora da página). Momentos no sentido horário serão negativos. Desse modo, o sentido direcional de cada momento pode ser representado por um sinal de mais ou de menos. 'Usando essa convenção de sinais, o momento resultante na Figura 4.3 é: y F, - do - M, - Figura 4.3 Se o resultado numéric·o dessa soma for um escalar positivo, (M R)o será um momento no sentido anti-horário (para fora da página); e se o resultado for negativo, (MR)o será um momento no• sentido horário (para dentro da página). Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 87 Exemplo 4.1 Detennine o momento da força em relação ao ponto O para cada caso ilustrado na Figura 4.4. 100 1-------2m ------1 o \ o F~r=§~~~~~Js m I ----------------- ~~~-~--- 50 o = I 1-----2 l1l ------1· (a) (b) ~ . SOLUÇAO (ANALISE ESCALAR) A linha de ação de cada força é prolongada por uma linha tracejada para estabelecer o braço do momento d. As figuras mostram também as tendências de rotação do membro causada pela força. Além disso, a órbita da força em tornode O é representada por uma seta curvada. Assim, Fig.4.4a Mo= (100 N)(2 m) = 200 · m \ Fig.4.4h Mo = (50 N)(O, 75 m) = 37,5 N · m \ Fig.4.4c ~~ = ( 40 kN)( 4 m + 2 cos 30° m)= 229 kN · m \ Fig.4.4d Mo = (60 kN )(l sen 45° m ) = 42,4 kN · m ..J Fig.4.4e Mo = (7 kN)(4 m - Im)= 21 ,0 kN · m ..J Exemplo 4.2 Oetennine o momento resultante das quatro forças que atuam na barra mo trada na Figura 4.5 em relação ao ponto O. ~ SOLUCAO • Assumindo que momentos posirivos atuam na direção +k, ou seja, no sentido anti- -horário, temos: \.. + MR0 = L.Fd; MR 0 =-50 N(2 m) + 60 N(O) + 20 N(3 sen 30° m) - 40 N ( 4 m + 3 cos 30° m) MRo = - 334 N · m = 334 N · m \ Para esse cálculo, note que as distâncias dos braços dos momentos para as forças de 20 N c 40 N foram estabelecidas pelo prolongamento das linhas de ação (tracejadas) de cada uma delas. A 2m '(" ~O~o~~==~~:::E~~3~ : 40k I 1----4m ---+1----<: 2 cos30° m (c) ~-----Jm-----~ : (d) j-2m-j f- ----- 4m I o (e) Figura 4.4 50 N Jo• 40N Figura 4.5 F M I = Fd, Como ilustrado pelos exemplos, o momento de umo forço nem sempre provoco rotação. Por exemplo, o forço f tende o girar o viga no sentido horário em torno de seu suporte em A, com um momento M,- F(/_4 • A rotação realmente ocorreria se o suporte em 8 fosse removido. I 88 I Estática A capacidade de remover o prego exigirá que o momento de F11 em relação oo ponto O seja maior do que o momento do forço F, em relação oo O que é necessário poro arrancar o prego. C = A><B B Figura 4.6 C= A>< B B A - C = B x A Figura 4.7 Produto vetoria O momento de uma for,ça será formulado com o uso de vetores cartesianos na próxima seção. Antes disso, porém, é necessário ampliar nosso conhecimento de álgebra vetorial introduzindo o método do produto vetorial ou produto cruzado de multiplicação de vetores. O produto vetorial de dois vetores A e B produz o vetor C, que é escrito: C = A X B e lido como 'C é i!:,rual a A vetor B'. Intensidade (4.2) A intensidade de C é definida como o produto das intensidades de A e B e o seno do ângulo e entre suas origens (0° <e< 180°). Logo, C = AB sen (). Direcão ' O vetor C possui uma direção perpendicular ao plano que contém A e B, de modo que C é determinado pela regra da mão direita; ou seja, dobrando os dedos da mão direita a partir do vetor A até o vetor B, o polegar aponta na direção de C, como mostra a Figura 4.6. Conhecendo a direção e a intensidade de C, podemos escrever: C = A X B = (AB sen 8) Uc (4.3) onde o scalar AB sen e define a intensidade de C e o vetor unitário uc define sua direção. Os termos da Equação 4.3 são mostrados na Figura 4.6. Propriedades de operação • A propriedade comutativa não é válida; ou seja, A X B :f; B X A. Em vez disso, A X 8 = - 8 X A Esse resultado é mostrado na Figura 4.7 utilizando a regra da mão direita. O produto vetorial B X A resulta em um vetor que tem a mesma intensidade, mas atua na direção oposta a C; isto é, B x A = -C. • Se o produto vetorial for multiplicado por um escalar a, ele obedece à propriedade associativa; a(A X 8) = (aA) X 8 = A X (aB) ={A X B)a Essa propriedade é facilmente mostrada, uma vez que a intensidade do vetor resultante (laiAB sen 8) e sua direção são as mesmas em cada caso. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 89 I • O produto vetorial também obedece à propriedade di tributiva da adição, A X (B + O) = {A X B) + {A X O) • A prova dessa identidade é deixada como um exercício (veja o Problema 4 .1 ). É importante notar que a ordem correta dos produtos vetoriais deve ser mantida, uma vez que eles não são comutativos. Formulacão do vetor cartesiano , A Equação 4.3 pode ser utilizada para obter o produto vetorial de qualquer par de vetores unitários cartesianos. Por exemplo, para encontrar i X j , a intensidade do vetor resultante é {i) (i) (sen 90°) ={I) {I) {I)= I, e sua direção é determinada usando a regra da mão direita. Como mostra a Figura 4.8, o vetor resultante aponta na direção +k. Portanto, i X j = (I )k. De maneira similar, -- k = j X j i Figura 4.8 i X j = k i X k = - j i X i = O j X k = i j X i = - k j X j = O k X i = j k X j = - i k X k = O E ses resultados não devem ser memorizados; deve-se compreender com clareza como cada um deles é obtido com o uso da regra da mão d ireita e com a definição do produto vetorial. Um esquema simples, apresentado na Figura 4.9, é útil para a obtenção dos mesmos resultados quando for necessário. Se o círculo é construido de acordo com a figura, então 'o produto vetorial' de dois vetores unitários no sentido anti-horário do círculo produz o terceiro vetor unitário positivo; por exemplo, k X i = j . Fazendo o produto vetorial no sentido horário, um vetor unitário negativo é obtido; por exemplo, i X k = - j . Considere agora o produto vetorial de dois vetores quaisquer A e B, expressos na forma de vetores cartesianos. Temos: A X B =(A) + A,j + A:k) X (8) + B_..j + B=k) = A)J,. {i X i) + A fi_.. {i X j) + A fi: (i X k) + A,B, U X i) + A,B, U X j) + A,B= U X k) . . . + A:fJx (k X i) + A;B, (k X j ) + A:fJ: (k X k) Efetuando as operações de produto vetorial e combinando os termos resultantes, A X B = (A,.B:- A;B,) i - (Afi:- A:fJx) j + (Afi,- A,B,) k (4.4) Essa equação também pode ser escrita na fonna mais compacta de um detem1inantc como: • • k I J A X B = A,. A,. A-• 8 , B .• B: (4.5) j k Figura 4.9 I 90 I Estático Eixo do momento F (a) Eixo do momento t-:1o ,., ,_,..._,._-=r,..----"' O F (b) Figura 4.1 O Portanto, para obter o produto vetorial de quaisquer vetores cartesianos A e B, é necessário expandir um determinante cuja primeira linha de elementos consiste dos vetores unitários i, j e k; e a segunda e terceira linhas são as componentes x, y, z dos dois vetores A e B, respecüvamente. * Momento de uma forca - formulacão vetorial , , O momento de uma força F em relação a um ponto O ou, mais exatamente, em relação ao eixo do momento que passa por O e é perpendicular ao plano de O e F (Figura 4.1 Oa) pode ser expresso na forma de um produto vetorial, nominalmente, M 0 = r X F (4.6) Nesse caso, r representa um vetor posição dirigido de O até algum ponto sobre a linha de ação de F. Vamos mostrar agora que, de fato, o momento M 0 , quando obtido por esse produto vetorial, possui intensidade e direção próprias. Intensidade A intensidade do produto vetorial é definida pela Equação 4.3 como M0 = rF sen e. O ângulo e é medido entre as origens de r e F. Para definir esse ângulo, r deve ser tratado como um vetor deslizante, de modo que e possa ser representado corretamente (Figura 4.1 Ob). Uma vez que o braço de momento d =r sen e, então: M0 = rF sen e= F(r sen e)= Fd de acordo com a Equação 4.1. Direcão ' A direção e o sentido de M0 na Equação 4.6 são determjnados pela regra da mão direita do produto vetorial. Assim, deslizando r ao longo da linha tTacejada e curvando os dedos da mão direita de r para F ('r vetor F '), o polegar fica direcionado para • Um detenniname com três linhas e três colunas pode ser expandido usando-se lrês menores. Cada um deles deve ser multiplicado por um dos três elementos da primeira linha. Há quatro elementos em cada detenninante menor, por exemplo, Por definição, essa notação do determinante representa os termos (A 11A22 - A ,zA21 ) Trata-se simplesmente do produto de dois elementos da diagonal principal (A 11A22) menos o produto dos dois elementos da diagonal secundária (A 1zA21). Para um detenninante 3 X 3, como o da Equação 4.5, os três detcm1inantes menores podem ser construídos de acordo com o seguinte esquema: Pard o elemento i : X Para o elemento j : (Lembre-se do sinal negativo - j( A., B: - A:fJ .. ) Para o elemento k: Adicionando os resultados c observando que o elemento j deve incluir o sina/negativo. chega-se à fonna expandida de A X B dada pelaEquação 4.4. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 91 cima ou perpendicular ao plano que contém r e F, que está na mesma direção de Ma. o momento da força em relação ao ponto O da Figura 4.1 Ob. ote que tanto a 'curva' dos dedos, como a curva em tomo do vetor de momento, indica o sentido da rotação causado pela força. Como o produto vetorial não obedece à propriedade comutativa, a ordem de r X F deve ser mantida para produzir o sentido da direção correta para M0 . Princípio da transmissibilidade A operação do produto vetorial é frequentemente usada em três dimensões, já que a distância perpendicular ou o braço do momento do ponto O à linha de ação da força não é necessário. Em outras palavras, podemos usar qualquer vetor posição r medido do ponto O a qualquer ponto sobre a linha de ação da força F (Figura 4.11 ). Assim, M 0 = r 1 X F = r2 X F = r3 X F Como F pode ser aplicado em qualquer ponto ao longo de sua linha de ação e ainda criar esse mesmo momento em relação ao ponto O, então, F pode ser considerado um vetor deslízante. Essa propriedade é chamada de princípio da transmissibilidade de uma força. F Li n hn de nçào Figura 4.11 Formulacão do vetor cartesiano • Se estabelecermos os eixos coordenados x, y, z, então o vetor posição r c a força F podem ser expressos como vetores cartesianos (Figura 4. 12a). Aplicando a Equação 4.5 temos: onde: • • k 1 J M0 = r X F = r ': •. 1: < - F. F, F. (4.7) - reprc cntam as componentes x, y, z do vetor posição definido do ponto O até qualquer ponto sobre a linha de ação da força F.- F,, F: representam as componentes x, y, z do vetor força Se o determinante for expandido, então, como a Equação 4.4, temos: M0 = (r,F:- r~,) i - (rJ':- tfx)j + (r,F , - r,F i ) k (4.8) O significado fisico dessas três componentes do momento se toma evidente ao analisar a Figura 4.12h. Por exemplo, a componente i de M0 pode ser determinada a partir dos momentos de F, F.11 c F: em relação ao eixo x. A componente Fx não gera nenhum momento nem tendência para causar rotação em relação ao eixo x, uma vez que essa força é paralela ao eixo x. A linha de ação de F,. passa pelo ponto 8 e, Eixo do momento / (a) (b) Figura 4.12 --Y I 92 I Estática -- I Figura 4.13 -- 12m X (a) -- X y (b) Figura 4.14 portanto, a intensidade do momento de FJ. em relação ao ponto A no eixo x é r~ Pela regra da mão direita, essa componente age na direção negativa de i. Da mesma fonna, F, passa pelo ponto C e, assim, ele contribui com uma componente do momento de t:,F .i em relação ao eixo. Portanto, (Mo)x = (l jF. - r ;Fy) como mostra a Equação 4.8. Como um exercício, detem1ine as componentes j e k de M 0 dessa maneira e mostre que realmente a forma expandida do determinante (Equação 4.8) representa o momento de F em relação ao ponto O. Quando M0 for determinado, observe que ele sempre será perpendicular ao plano em cinza contendo os vetores r e F (Figura 4.12a). Momento resultante d1e um sistema de forcas ' Se um corpo é submetido à ação de um sistema de forças (Figura 4.13), o momento resultante das forças em relação ao ponto O pode ser determinado pela adição vetorial do momento de cada força. Essa resultante pode ser escrita simbolicamente como: (4.9) Exemplo 4.3 Detennine o momento produzido pela força F na Figura 4.14a em relação ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. SOLUCÃO • Como mostra a Figura 4.14a, tanto r 11 quanto r 8 podem ser usados para detem1inar o momento em relação ao ponto O. Esses vetores posição são: r"= {12k} m e r8 = {4i + 12j } m A força F expressa como ul!l1 vetor cartesiano é: Logo, ou F - Fu _ 2 kN[ {4i +l2j - 12k }m ] - 118 - J(4 m)2 + (12 m)2 + (- 12 m)2 = {0,4588i + 1,376j - 1,376k } kN i j k M0 = r11 X F = 0 0 12 0,4588 1,376 -1,376 = [0(-1,376)- 12{1,376))i - [0(-1,376) - 12(0,4588))j + [0(-1,376)- 0(0,4588))k = {- 16,5i + 5,5 1j} kN · m i j k M0 = r 8 X F = 4 12 O 0,4588 1,376 - 1,376 = [12(-1, 376) - 0(1,376))i - [4(-1,376) - 0(0,4588))j + [4(1 ,376)- 12(0,4588 ))k = {- 16,5i + 5,51j} kN · m NOTA: Como mostra a Figura 4.14b, M 0 age perpendicularmente ao plano que contém F, r, e r8. Veja a dificuldade que surgiria para obter o braço do momento d se esse problema tivesse sido resolvido usando M0 = Fd. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 93 I Exemplo 4.4 Duas forças agem sobre a barra mostrada na Figura 4.15a. Detennine o momento resultante que elas criam em relação ao nange em O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. - -- - F, t2601+ 40j + 20k} k F, ~·R -P Oi - 40j 11 ~~~;:.,..._.A. ___ _.. :r B F 2 M 180i I 40j - 30k) k (a) (b) Figura 4.1 S -SOLUCAO • Os vetores posição estão direcionados do ponto O até cada força, como mostra a Figura 4. 15b. Esses vetores são: r,~ = {5j } m r8 = {4i .,.. 5j - 2k} m Logo, o momento resultante em relação a O é: 1\h , = 1:( r X F') = r 4x F,+ rs x F\ i j k i j k o 5 o + 4 5 - 2 -60 40 20 80 40 -30 = (5(20) - O( 40)] i - fO]j + (0(40)- (5 )(60))k + [5 ( - 30) - ( - 2 )( 40)]i - [ 4(-30) - (-2 )(80))j + [ 4( 40) - 5(80)] k = {30i - 40j + 60k} kN · m NOTA: Esse resultado é mostrado na Figura 4. I Se. Os ângulos de direção coordenados foram determinados a partir do vetor unitário de MR . Repare que as duas forças o tendem a fazer com que o bastão gire em torno do eixo do momento conforme mostra a curva indicada no vetor momento. m o princípio dos momentos Um conceito bastante usado na mecânica é o princípio dos momentos, que, algumas vezes, é referido como o teorema de Varignon, já que foi originalmente desenvolvido pelo matemático francês Yarignon ( 1654-1722). Ele estabelece que o momento de uma força em relação a um ponto é igual à soma dos momentos das componentes da força em relação ao mesmo ponto. Esse teorema pode ser provado facilmente usando o produto vetorial, uma vez que o produto vetorial obedece à propriedade distributiva. Por exemplo, considere os momentos da força F e duas de suas componentes em relação ao ponto O (Figura 4.16). Como F = F1 + F2, temos: M 0 = r X F = r X (F1 + F2) = r X F1 + r X F2 -- (c) o Figura 4.16 I 94 I Estática Figura 4.17 É fácil determinar momento do forço F aplicado em relação ao ponto O se usarmos o princípio dos momentos. Ele é simplesmente M0 = F,d. Para os problemas bidimensionais (Figura 4.17), podemos usar o princípio dos momentos decompondo a força em suas componentes retangulares e, depois, determinar o momento usando uma análise escalar. Logo, M0 = F,y - ~.x Esse método normalmente é mais fácil do que determinar o mesmo momento usando M 0 = Fd. Pontos importantes • O momento de uma força cria a tendência de um corpo girar em tomo de um eixo passando por um ponto específico O. • Usando a regra da mão direita, o sentido da rotação é indicado pela curva dos dedos, e o polegar é direcionado ao longo do eixo do momento, ou linha de ação do momento. • A intensidade do momento é determinada através de M0 = Fd, onde d é chamado o braço do momento, que representa a distância perpendicular ou mais curta do ponto O à linha de ação da força. • Em três dimensões, o produto de vetorial é usado para determinar o momento, ou seja, M0 = r X F. Lembre-se de que r está direcionado do ponto O a qualquer ponto sobre a linha de ação de F. • O princípio dos momentos estabelece que o momento de uma força em relação a um ponto é igual à soma dos momentos das componentes da força em relação ao mesmo ponto. Esse é um método bastante conveniente para usar em duas dimensões. Exemplo 4.5 Determine o momento da força na Figura 4.18a em relação ao ponto O. -SOLUCAO I • O braço do momento d na Figura 4.l8a pode ser determinado por meio da trigono- metria. d = (3 m) sen 75° = 2,898 m Logo, M0 = Fd = (5 kN )(2,898 m) = 14,5 kN · m \ Como a força tende a girar ou orbitar no sentido horário emtorno do ponto O, o momento está direcionado para dentro da página. d, = 3 cos 30° m_j I Fx = (5 kN) COS 45° F=5kN F1 = (S kN) scn 45° o (a) (b) Figura 4.18 Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 95 I -SOLUCAO 11 • As componentes x c y da força são indicadas na Figura 4.18b. Considerando os momentos no sentido anti-horário como positivos e aplicando o princípio do momentos, temos: '- + M0 = - F;d, - F,d, - = -(5 cos 45° kN){3 sen 30° m)- (5 sen 45° kN)(3 cos 30° m) = - 14,5kN · m = 14,5kN · m""\ SOLUCAO 111 • Os eixos x e y podem ser definidos paralela e perpendiculam1ente ao eixo da barra, como mostra a Figura 4.18c. Aqui, F ... não produz momento algum em relação ao ponto O, já que sua linha de ação passa por esse ponto. Portanto, Exemplo \.+M0 =-F,d. 4.6 ::= - (5 sen 75° kN)(3 m) = - 14,5 kN ·rn = 14,5kN · m""\ A força F age na extremidade da cantoneira mostrada na Figura 4.19a. Determine o momento da força em relação ao ponto O. - . SOLUCAO I (ANALISE ESCALAR) • A força é decomposta em suas componentes x e y, como mostra a Figura 4.19b; então, '-+Mo = 400 sen 30° N(0,2 m) - 400cos30° N(0,4 m) = - 98,6 N · m = 98,6 N · m ""\ ou M0 ::= {- 98,6 k} · m SOLUCÃO 11 (ANÁLISE VETORIAL) • Empregando uma abordagem do vetor cartesiano, os vetores de força e posição mostrados na Figura 4.19c são: r = {0,4i - 0,2j} m F ::= {400 sen 30°i - 400 cos 30°j } N ::= {200,0i - 346,4j } N Portanto, o momento é: M0 = r x F J 0~4 - ~,2 ~ 200,0 - 346,4 o =Oi - Oj + [0,4(-346,4}- (-0,2){200,0})k = {-98,6k} · m NOTA: Observe que a análi e escalar (Solução I) fornece um método mais convenieme para análise do que a Solução 11, já que a direção e o braço do momento para cada força componente ão fáceis de estabelecer. Assim, esse método geralmente é recomendado para resolver problemas apresentados em duas dimensões, enquanto uma análise de vetor cartesiano é recomendada apenas para resolver problemas tridimensionais. F,= (5 k X F; = (5 kN) sen 75° o (c) Figura 4.18 I 0.2 m _L F =400 (a) I ' . 400 sen 30° N f--0,4 m,--1 400 cos 30° N (b) )' o ~--------~, ---x 0.2 m (c) Figura 4.19 _L F I 96 I Estático Problemas fundamentais 4.1. Determine o momento da força em relação ao ponto O. 31. Problema 4.1 4.2. Determine o momento da força em relação ao ponto O. 100 N T 2m I 1-----5m -----1 Problema 4.2 4.3. Determine o momento da força em relação ao ponto O. F = 300 N 'I---0,4m --- Problema 4.3 4.4. Determine o momento da força em relação ao ponto O. 1.2m~ o 0.9 m 0,3m 3 k Problema 4.4 4.5. Determine o momento da força em relação ao ponto O. Despreze a espessura do membro. 50 j-100 mm-J 60o Problema 4.5 4.6•. Determine o momento da força em relação ao ponto O. 500 N Problema 4.6 4.7. Detem1ine o momento resultante produzido pelas forças em relação ao ponto O. 500 300 N 600 Problema 4.7 4.8 . Determine o momento resultante produzido pelas forças em relação ao ponto O. o Problema 4.8 4.9. Determine o momento resultante produzido pelas forças em relação ao ponto O. F2 = 1000 N l---2m---l 30° F1 ~ 1500 N Problema 4.9 4.10. Determine o momento da força F em relação ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. o y Problema 4.1 O Problemas •4.1. Se A, B e D são vetores, prove a propriedade distributiva para o produto vetorial, ou seja, A X (B + D) = (A X B) + (A X D). 4.2. Prove a identidade do produto triplo escalar A · B X C = A X 8 · C. 4.3. Dados os três vetores não nulos A, B e C, mostre que se A · (B X C) = O, os três vetores necessitam estar no mesmo plano. *4.4. Dois homens exercem forças de F= 400 N e P = 250 N sobre as cordas. Detennine o momento de cada força em relação a A. Em que sentido o poste girarará, horário ou anti-horário? •4.5. Se o homem em B exerce uma força P = 150 N sobre sua corda, determine a intensidade da força F que o homem em C precisa exercer para impedir que o poste gire; ou seja, para que o momento resultante em relação a A devido às duas forças seja zero. I 1.8 m ...,...-~~ _1 F 3, m A Problemas 4.4/ S 4.6. Se e= 45°, determine o momento produzido pela força de 4 kN em relação ao ponto A. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 97 I 4.11. Determine o momento da força F em relação ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. Problema 4.11 4.12. Se F1 = {lOOi - l20j + 75k} N e F2 = {- 200i + 250j + 1 OOk} N, determine o momento resultante produzido por essas forças em relação ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. z Problema 4.12 4.7. Se o momento produzido pela força de 4 kN em relação ao ponto A é I O kN · m no sentido horário, determine o ângulo e, onde 0° ~ (} ~ 90°. 1----3m ----1 Problemas 4.6/ 7 *4.8. O cabo do martelo está sujeito à força de F= 100 N. Determine o momento dessa força em relação ao ponto A. •4.9. Para arrancar o prego em B, a força F exercida sobre o cabo do martelo precisa produzir um momento no sentido horário de 60 N · m em relação ao ponto A. Determine a intensidade necessária da força F. Problemas 4.8/ 9 I 98 I Estática 4.10. O cubo da roda pode ser conectado ao eixo com deslocamento negativo (esquerda) ou com deslocamento positivo (direita). Se o pneu está sujeito âs cargas normal e radial conforme mostrado, detennine o momento resultante dessas cargas em relação ao ponto O no eixo para os dois casos. ~ (/ f.f' ~ 0,05 111 r- o ,05 m . I ,.----0 -v ~ o c ~._ 0,4 m ~ 0,4 m <?' ~ \. ) " ~ 800 N 800 4kN 4k Caso 1 Caso 2 Problema 4.1 O 4.11. O membro está sujeito a uma força F = 6 kN. Se 8 = 45°, determine o momento produzido por F em relação ao ponto A. •4.12. Determine o ângulo () (0° S e < 180°) da torça F de modo que ela produza um momento máximo e um momento mínimo em relação ao ponto A. Além disso, quais são as intensidades desses momentos máximo e mínimo? •4.13. Determine o momento produzido pela força F em relação ao ponto A em função do ângulo e. Construa o gráfico de M,~ em função de O, onde 0° S OS 180°. 1,5 m F • 6kN 6m Problemas 4.11 / 12/ 13 4.14. Sérios danos ao pescoço podem ocorrer quando um jogador de futebol americano é atingido na proteção de rosto de seu capacete da maneira mostrada, causando um mecanismo de guilhotina. Determ.ine o momento da força do joelho P = 250 N em relação ao ponto A. Qual seria a intensidade da força do pescoço F de modo que ela forneça o momento neutralizante em relação a A? P = 250 N Problema 4.14 4.15. A força do tendão de Aquiles F, = 650 N é mobilizada quando o homem tenta ficar na ponta dos pés. Quando isso é feito, cada um de seus pés fica sujeito a uma força reativa N1 = 400 N. Determine o momento resultante de F, e N1 em relação â articulação do tornozelo A. •4.16. A força do tendão de Aquiles F, é mobilizada quando o homem tenta ficar na ponta dos pés. Quando isso é feito, cada um de seus pés fica sujeito a uma força reativa N, = 400 N. Se o momento resultante produzido pelas forças F, e N, em relação â articulação do tornozelo A precisa ser igual a zero, determine a intensidade de F,. F, 200mm 65mm N1 = 400N Problemas 4.1 S/ 16 •4.17. Os dois garotos empurram o portão com forças de F8 = 250 N e~ = 150 N como mostrado. Determine o momento de cada força em relação a C. Em que sentido o portão girará, horário ou anti-horário? Despreze a espessura do portão. 4.18. Dois garotos empurram o portão conforme mostrado. Se o garoto em 8 exerce uma força F8 = 150 N, determine a intensidade da força FA que o garoto em A precisa exercer para impedir que o portão gire. Despreze a espessura do portão. 1----1 ,8 m ----l-0,9 m A Problemas 4.17/ 18 4.19. As pinças são usadas para prender as extremidades do tubo de perfuração P. Detennine o Iorque (momento) MP que a força aplicadaF = 750 N exerce sobre o tubo em relação ao ponto P como uma função de e. Represente graficamente esse momento Mp em função de e para O :::; e:::; 90°. *4.20. As pinças são usadas para prender as extremidades do tubo de perfuração P. Se um torque (momento) Mp = 1200 N · m é necessário em P para girar o tubo, determine a força que precisa ser aplicada no cabo da pinça F. Considere e = 30°. F 150mm ~------1075mm------~ Problemas 4.19/ 20 •4.21. Determine a direção e (0° :::; e :::; 180°) da força F de modo que ela produza o momento máximo em relação ao ponto A. Calcule esse momento. 4.22. Determine o momento da força F em relação ao ponto A como uma função de 0. Represente os resu ltados de M (ordenada) em função de e (abscissa) para 0° < e < 180°. 4.23. Detennine o momento tnirúmo produzido pela força F em relação ao ponto A. Especifique o ângulo e (0° <O< 180°). F ; 400N 2m A l ~-----3 m---------1 Problemas 4.21 / 22/ 23 Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 99 I *4.24. A fim de erguer o poste de iluminação a partir da posição mostrada, a força F é aplicada ao cabo. Se F = I 000 N, detennine o momento produzido por F em relação ao ponto A. •4.25. A fim de erguer o poste de iluminação a partir da posição mostrada, a força F no cabo deve criar um momento de 2250 N · m no sentido anti-horário em relação ao ponto A. Detennine a intensidade de F que precisa ser aplicada ao cabo. 8 6m Problemas 4.24/ 25 4.26. A região do pé está sujeita à contração dos dois músculos plantarflexor. Determine o momento de cada força em relação ao ponto de contato A no chão. F2 = 150 N mrn 25 rnm '-"-+- 1! r ,5 nml Problema 4.26 4.27. A força de 70 N age no final do tubo B. Determine (a) o momento dessa força em relação ao ponto A e (b) a intensidade e a direção de uma força horizontal, aplicada em C, que produz o mesmo momento. Considere e = 60°. *4.28. A força de 70 N age na extremidade do tubo em 8. Determine os ângulos e (0° < e< 180°) da força que produzirá os momentos máximo e mínimo em relação ao ponto A. Quais são as intensidades desses momentos? A 0.9 m 70 N i= ,..........,,,,..... -,........,, --------., ~'"\8 c !lf I-o.3 n1 O, 7 m Problemas 4.27/ 28 100 I Estática •4.29. Determine o momento de cada força em relação ao parafuso localizado em A. Considere F8 = 200 N, F c= 250 N. 4.30. Se F8 = 150 N e Fc = 225 N, determine o momento resultante em relação ao parafuso localizado em A. Problemas 4.29130 4.31. A barra no mecanismo de controle de potência de um jato comercial está sujeita a uma força de 80 N. Determine o momento dessa força em relação ao mancai em A. 80 N Problema 4.3 I *4.32. O cabo de reboque exerce uma força P = 4 kN na extremidade da lança do guindaste de 20 m de comprimento. Se f) = 30°, determine o posicionamento x do gancho em A para que essa força crie um momento máximo em relação ao ponto O. Qual é esse momento? •4.33. O cabo de reboque exerce uma força P = 4 kN na extremidade da lança do guindaste de 20m de comprimento. Se X = 25 m, determine a posição e da lança para que essa força crie um momento máximo em relação ao ponto O. Qual é esse momento? P=4kN Problemas 4.32133 4.34. A flm de manter o carrinho de mão na posição indicada, a força F deve produzir um momento anti-horário de 200 N · m em relação ao eixo A. Detem1ine a intensidade necessária da força F. 4.35. O carrinho de mão e seu conteúdo possuem uma massa de 50 kg e um centro de massa em G. Se o momento resultante produzido pela força F e o peso em relação ao pornto A deve ser igual a zero, detennine a intensidade necessá1ia da força F. *4.36. O carrinho de mão e seu conteúdo possuem centro de massa em G. Se F = I 00 N e o momento resultante produzido pela força F e o peso em relação ao eixo A é zero, determine a massa do carrinho e de seu conteúdo. Problemas 4.34135136 •4.31. Detennine o momento produzido por F1 em relação ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. 4.38. Detennine o momento produzido por F2 em relação ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. 4.39. Detennine o momento resultante produzido pelas duas forças em relação ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. X F2 = {- !Oi - 30j + 50k} N Problemas 4.37138139 *4.40. Detenninc o momento produzido por F8 em relação ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. •4.41. Determine o momento produzido por Fc em relação ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. 4.42. Determine o momento resultante produzido pelas forças F 8 e F c em relação ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. - = 780N Problemas 4.40 I 4 I I 4 2 4.43. Determine o momento produzido por cada força em relação ao ponto O localizado na broca da furadeira. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. -- L---~~~-~ mm FA = (- 40i - IOOj - 60k} ----r--)' 150mm F8 = {- 50i - 120j + 60k} N Problema 4.43 •4.44. Uma força F = {6i 2j + I k} kN produz um momento M0 = {4i + Sj 14k} kN · m em relação a origem das coordenadas, o ponto O. Se a força age em um ponto tendo uma coordenada x de x = I m, detennine as coordenadas y e z. •4.45. Oencanamentoestásujeitoà forçade80N. Determine o momento dessa força em relação ao ponto A. 4.46. O encanamento está sujeito à força de 80 N. Determine o momento des a força em relação ao ponto B. )' Problemas 4.45/ 46 4.47. A força F = { 6i + 8j + I Ok} N cria um momento em relação ao ponto O de M 0 = {- 14i + 8j + 2k} N · m. Se a força passa por um ponto tendo uma coordenada x de I m, determine as coordenadas y e = do ponto. Além disso, observando que M0 = Fd, determine a distância d do ponto O à linha de ação de F. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 101 -- F lm I' \ Problema 4.47 •4.48. A força F age perpendicularmente ao plano inclinado. Determine o momento produzido por F em relação ao ponto A. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. •4.49. A força F age perpendicularmente ao plano inclinado. Determine o momento produzido por F em relação ao ponto 8. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. ~A 3 m F = 400N X )' Problemas 4.48/ 49 4.50. Uma força horizontal de 20 N é aplicada perpen- dicularmente ao cabo da chave de soquete. Determine a intensidade c os ângulos de direção coordenados do momento criados por essa força em relação ao ponto O. Problema 4.50 Momento de uma forca em relacão a um eixo -- especificado , , Algumas vezes, o momento produzido por uma força em relação a um eixo especificado precisa ser determinado. Por exemplo, suponha que a porca em O no pneu do carro na Figura 4.20a precisa ser solta. A força aplicada na chave criará uma tendência para a chave e a porca girarem em tomo do eixo do momento que passa por O; no entanto, a porca só pode girar em tomo do eixo y. Portanto. para determinar o efeito de rotação, apenas a componente y do momento é necessária, e o momento total produzido não é importante. Para determinar essa componente, podemos usar uma análise escalar ou vetorial. Eixo do momento (a) figura 4.20 102 I Estática Se for suficientemente grande, o forço do cobo f no lenço deste guindaste pode fazer o guindaste tambor. Poro investigar isso, o momento do forço preciso ser calculado em relação ao eixo passando pelo bose dos pernas em A e 8. (/ I Uol Eixo de projeção Figura 4.21 Análise escalar Para usar uma análise escalar no caso da porca da roda na Figura 4.20a, a distância perpendicular do braço do momento a partir do eixo da tinha de ação das forças é d)' = d cos e. Assim, o momento de F em relação ao eixo y é ~· = F~· = F(d cos B). Segundo a regra da mão direita, M,,. está direcionado ao longo do eixo positivo y, como mostra a figura. Em geral, para qualquer eixo a, o momento é: (4. 1 O) Análise vetorial Para determinar o momentoda força F na Figura 4.20b em relação ao eixo y usando urna análise vetorial, precisamos primeiro determinar o momento da força em relação a qualquer ponto O sobre o eixo y aplicando a Equação 4. 7, M 0 = r F. A componente M y ao longo do eixo y é a projeçcio de M 0 sobre o eixo y. Ela pode ser determinada usando-se o produto escalar discutido no Capítulo 2, tal que M,. = j · M 0 = j · (r X F), onde j é o vetor unitário para o eixo y. (b) Figura 4.20 y Podemos general izar esse método fazendo U 0 ser o vetor unitário que especifica a direção do eixo a mostrado na Figura 4.21. Assim, o momento de F em relação ao eixo é M" = U0 • (r X F). Essa combinação é chamada de produto triplo escalar. Se os vetores forem escritos na forma cartesiana, temos: i j k M, = [ u.) + u.) + u0< k] · ~~ '>· ~~ ~F, F; = U0x(t"yf; - 1;, F,)- U0,.{ 1~f; - 1;,~) + U0: (t~F,- r;.~) Esse resultado também pode ser escrito na forma de um determinante, tomando-o mais fácil de memorizar.* onde: llu ' u(l ' u. 1' J' : M = u ·(r x F)= (I O u.x u.J' u.: '·~ 'J· t; ~ F. F; ( 4.11) representam as componentes x, y, z do vetor unitário definindo na direção do eixo a representam as componentes x, y, z do vetor posição definido a partir de qualquer ponto O sobre o eixo a até qualquer ponto A sobre a linha de ação da força representam as componentes x, y, z do vetor de força. • Arranje um tempo para expandir este detem1inante e mostrar que ele produzirá o resultado anterior. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 103 I Quando Mu é calculado a partir da Equação 4.11, ele produzirá um escalar positivo ou negativo. O sinal desse escalar indica o sentido da direção de M. ao longo do eixo a. Se ele for positivo, então M. terá o mesmo sentido de u. , enquanto, se for negativo, Mu agirá opostamcnte a u •. Uma vez queM. é dctem1inado, podemos expressar M. como um vetor cartesiano, a saber, ( 4 .12) Os exemplos que se seguem ilustram aplicações numéricas dos conceitos anterior. Pontos importantes • O momento de uma força em relação a um eixo especificado pode ser determinado desde que a distância perpendicular d. a partir da linha de ação da força até o eixo possa ser detenninada. M. = Fd11• • Se usarmos análise vetorial, Ma = U11 • (r X F), onde u. define a direção do eixo e r é definido a partir de qualquer ponto sobre o eixo até qualquer ponto sobre a linha de ação da força. • Se M. é calculado como um escalar negativo, então o sentido da direção de M . é oposto a u,.. • O momento M., expresso como um vetor cartesiano é determinado a partir de ~~. = M.u11• Exemplo 4.7 Determine o momento resultante das três forças na Figura 4 .22 em relação ao eixo x, . . ao eiXO y C ao CIXO Z. -SOLUCAO • Uma força que é paralela a um eixo coordenado ou possui uma linha de ação que passa pelo eixo não produz qualquer momento ou tendência para girar em torno desse eixo. Portanto, definindo o sentido positivo do momento de uma força conforme a regra da mão direita, como mostrado na figura, temos: M, = (600 N) (0,2 m) + (500 N) (0,2 m) + O = 220 N · m M,. = O- (500 N) (0,3 m) - (400 N) (0,2 m) = 230 · m M: = O+ O- (400 N) (0,2 m) = - 80 N · m Os sinais negativos indicam que My e M: agem nas direções - y e - z, respectivamente. Exemplo 4.8 Determine o momento M_.8 produzido pela força F na Figura 4.23a, que tende a girar o tubo em relação ao eixo AB. -SOLUÇAO Uma análise vetorial usando MJ8 = u8 · (r X F) será considerada para a solução em vez de tentarmos encontrar o braço do momento ou a distância perpendicular da linha de ação de F ao eixo AB. Cada um dos termos na equação será agora identificado. X Figura 4.22 0,2 m T 0,3 m A J.!f-'-'--~~-:.1' (a) Figura 4.23 I 104 I Estática F X '+-A...;., ___ y (b) Figura 4.23 z (a) (b) Figura 4.24 O vetor unitário u8 define a direção do eixo AB do tubo (Figura 4.23b), onde: - ro - {0,4i + 0,2j} m - O 8944' O 4472' U8 - - , - , I + , J 18 J (0, 4 mr + (0,2 mf O vetor r é direcionado de qualquer ponto sobre o eixo AB a qualquer ponto sobre a linha de ação da força. Por exemplo, os vetores posição rc e r0 são adequados (Figura 4.23b). (Embora não mostrado, r 8c ou r80 também podem ser usados.) Para simplificar, escolhemos r0 , onde: r0 = {0,6i} m A força é: F = {-300k} N Substituindo esses vetores na fonna do detenninante e expandindo, temos: 0,8944 0,4472 o MA8 = u8 ·(r0 X F) = 0,6 O O o o -300 = 0,8944[0(-300)- 0(0)] - 0,4472[0,6(-300) - 0(0)] + 0[0,6(0) - O( O)] = 80 50 N · m , Esse resultado positivo indica que o sentido de M;~8 está na mesma djrcção de u8 . Expressando M;~8 como vetor cartesiano, temos: M..,8 = M,11"u8 = (80,50 N · m)(0,8944i + 0,4472j ) = {72,0i + 36,0j}N · m O resultando é mostrado na Figura 4.23b. NOTA: Se o eixo AB fosse definido usando um vetor unitário direcionado de 8 para A, então, na fommlação anterior, - uB precisaria ser usado. Isso resultaria em MAJJ = - 80,50 N · m. Consequentemente, M118 = M;~o(-u8) e o mesmo resultado seria obtido. Exemplo 4.9 Dete1mine a intensidade do momento da força F em relação ao segmento OA do encanamento na Figura 4.24a. -SOLUCAO • O momento de F em relação a OA é determinado por MoA = u0A · (r X F), onde r é o vetor posição estendendo-se de qualquer ponto sobre o eixo OA a qualquer ponto sobre a linha de ação de F. Como indicado na Figura 4.24b, qualquer um entre r 00, r oc. r ..,0 ou r AC pode ser usado; entretanto, r 00 será considerado porque ele simplificará o cálculo. O vetor unitário u0 A, que especifica a direção do eixo OA, é: rOA {0,3i + 0,4j} m O 6. O 8. u - - - •+ J oA - roA - ../(0,3 m? + (0, 4 m? - ' ' . - . e o vetor postçao r 00 e: r00 = {0,5i + 0,5k} m A força F expressa como vetor cartesiano é: F = F( ~~: ) = (300 N)[ {0,4i - 0,4j + 0,2k} m ] ./(0,4 m)2 + ( -0,4 mf + (0,2 mf = {200i - 200j + IOOk} N Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 105 I Logo, Mo,~ = UoA · ( roo X F) 0,6 0, 8 o = 0,5 o 0,5 200 - 200 100 = 0,6[0(100)- (0,5)(- 200)] - 0, 8[0,5(100)- 0,5(200)] +o = 100 N · m Problemas fundamentais 4.13. Determine a intensidade do momento da força F = {300i - 200j + 150k} N em relação ao eixo x. Expresse o resultado como vetor cartesiano. 4.14. Determine a intensidade do momento da força F = {300i - 200j + 150k} Nem relação ao eixo OA. Expresse o resultado como vetor cartesiano. 0,3 m ~ X 0,4 m z o F 8 Problemas 4.13/ 14 4.15. Detem1ine a intensidade do momento da força de 200 em relação ao eixo x. z 0,3 m F= 200 N 0,25 rn X y Problema 4.1 S 4.16. Detennine a intensidade do momento da força em relação ao eixo y. F = {30i - 20j + 50k} N A 1 4 2 m Problema 4.16 4.17. Determine o momento da força F = { 50i - 40j + 20k} N em relação ao eixo AB. Expresse o resultado como vetor cartesiano. z y Problema 4.17 4.18. Determine o momento da força F em relação aos eixos x, y e z. Use uma análise escalar. -• 3m y Problema 4.18 F= 500 106 I Estática 4.51. Determine o momento produzido pela força F em relação à diagonal AF do bloco retangular. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. *4.52. Determine o momento produzido pela força F em relação à diagonal OD do bloco retangular. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. F = {-6i + 3j + !Ok} N Problemas 4.51 I 52 •4.53. A Ferramenta é usada para fechar válvulas de gás que são dificeis de acessar. Se a Força F é aplicada no cabo, determine a componente do momento criada em relação ao eixo z da válvula. Problema 4.53 4.54. Determine a intensidade dos momentos da força F em re lação aos eixos x, y e z. Resolva o problema (a) usando uma abordagem de vetor cartesiano e (b) usando uma abordagem escalar. 4.55. Determine o momento da Força F em relação ao eixo que se estende entre A e C. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. z F = {4i + 12j - 3k}k.N Problemas 4.54/ 55 *4.56. Determine o momento produzido pela força F em relação ao segmento AB do encanamento. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. F = {- 20i + IOj + l5k) 4m ,. Problema 4.56 •4.57. Determine a intensidade do momento que a Força F exerce sobre o eixo y da manivela. Resolva o problema usando uma abordagem de vetor cartesiano e usando uma abordagem escalar. Problema 4.57 4.58. Se F = 450 N, determine a intensidade do momento produzido por essa força sobre o eixo x. 4.59. O atrito na luva A pode fornecer um momento de resistência máximo de 125 N · m em relação ao eixo x. Detennine a maior intensidade da força F que pode ser aplicada no braço de modo que ele não gire. z ~ x 300 mm Problemas 4.58/ 59 •4.60. Determine a intensidade do momento produzido pela força F= 200 Nem relação ao eixo da dobradiça (o eixo x) da porta. z f ~ F = 200N 2 m X Problema 4.60 •4.61. Se a tração no cabo é F = 700 N, determine a intensidade do momento produzido pela força em relação ao eixo da dobradiça, CD, do painel. 4.62. Determine a intensidade da força F no cabo AB a ftm de produzir um momento de 750 N · m em relação ao eixo da dobradiça, CD, necessária para manter o painel na posição mostrada. z y Problemas 4.61 / 62 4.63. A estrutura na fonna de um A está sendo suspensa para uma posição ereta pela força vertical F = 400 N. Detennine o momento dessa força em relação ao eixo y' passando pelos pontos A e B quando a estrutura está na posição mostrada. •4.64. A estrutura na forma de um A está sendo suspensa para uma posição ereta pela força vertical F = 400 N. Determine o momento dessa força em relação ao eixo x quando a estrutura está na posição mostrada. •4.65. A estnrtura na forma de um A está sendo suspensa para uma posição ereta pela força vertical F = 400 N. Determine o momento dessa força em relação ao eixo y quando a estrutura está na posição mostrada. z F c '> y X y' Problemas 4.63/ 64/ 65 Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 101 I 4.66. A chave de boca articulável está sujeita a uma força de P = 80 N, aplicada perpendiculannente ao cabo, como mostra a figura. Determine o momento ou torque que isso impõe ao longo do eixo vertical do parafuso em A. 4.67. Se um torque ou momento de I O N · m é necessário para afrouxar o parafuso em A, determine a força P que precisa ser aplicada perpendicularmente ao cabo da chave de boca articulável. Problemas 4.66/ 67 •4.68. A tubulação é fixa na parede pelas duas abraçadeiras. Se o vaso de planta possui um peso de 250 , determine a intensidade do momento produzido pelo peso em relação ao eixo OA. •4.69. A tubulação é fixa na parede pelas duas abraçadeiras. Se a força de atrito das abraçadeiras pode resistir a um momento máximo de 225 N · m, determine o maior peso do vaso de planta que pode ser suportado pela tubulação sem pennitir que ela gire em relação ao eixo OA. X • . Problemas 4.68/ 69 y 4.70. Uma força vertical F = 60 N é aplicada no cabo da chave inglesa. Determine o momento que essa força exerce ao longo do eixo AB (eixo x) do encanamento. Tanto a chave quanto o encanamento ABC estão situados no plano x-y. Sugestão: Use uma análise escalar. 108 I Estática z 4.71. Determine a intensidade da força vertical F agindo sobre o cabo da chave inglesa de modo que essa força produza uma componente do momento ao longo do eixo AB (eixo x) do encanamento de (MA).• = {- Si} N · m. Tanto a chave quanto o encanamento ABC estão situados no plano x- y. Sugestão: Use uma análise escalar. F - f Figura 4.25 F o Figura 4.26 Figura 4.27 Problemas 4.70/ 71 Momento de um binário Um binário é definido CQmo duas forças paralelas que têm a mesma intensidade, mas direções opostas, e são separadas por uma distância perpendicular d (Figura 4.25). Como a força resultante é zero, o único efeito de um binário é produzir uma rotação ou tendência de rotação em uma direção específica. Por exemplo, imagine que você está dirigindo um carro com as duas mãos no volante e está fazendo uma curva. Uma mão vai empurrar o volante para cima enquanto a outra mão o empurra para baixo, o que faz o volante girar. O momento produzido por um binário é chamado de momento de um binário. Podemos determinar seu valor encontrando a soma dos momentos das duas forças que compõem o binário em relação a qualquer ponto arbitrário. Por exemplo, na Figura 4.26, os vetores posição r A e r8 estão direcionados do ponto O para os pontos A e 8 situados na linha de ação de - F e F. Portanto, o momento do binário em relação a O é Entretanto, M = r8 X F + r A X - F = (r8 - rA) X F r8 =!I' A+ r ou r = r8 - r A, tal que M = r X F ( 4.13) Isso indica que o momento de um binário é um vetor livre, ou seja, ele pode agir em qualquer ponto, já que M depende apenas do vetor posição r direcionado entre as forças e não dos vetores posição r A e r8 direcionados do ponto arbitrário O até as forças. Esse conceito é djferente do momento de uma força, que requer um ponto (ou eixo) definido em relação ao qual os momentos são determinados. Formulacão escalar ' O momento de um binário M (Figura 4.27) é definido como tendo uma intensidade de: (4.14) onde F é a intensidade de uma das forças e d é a distância perpendicular ou braço do momento entre as forças. A direçcio e sentido do momento de um binário são determinados pela regra da mão direita, onde o polegar indica essa direção quando os dedos estão curvados no sentido da rotação causada pelas forças do binário. Em todos os casos, M agirá perpendiculannente ao plano que contém essas forças. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças Formulacão vetorial ' O momento de um binário também pode ser expresso pelo produto vetorial usando a Equação 4.13, ou seja, ( 4.15) A aplicação dessa equação é facilmente lembrada quando se pensa em tomar os momentos das duas força em relação a um ponto situado na linha de ação de uma das forças . Por exemplo, c momentos são tomados em relação ao ponto A na Figura 4.26, o momento de - F é =ero em relação a esse ponto, e o momento de F é definido através da Equação 4.15. Assim, na formulação, r é multiplicado vetorialmente pela força F para a qual está direcionado. Binários equivalentes Se dois binários produzem um momento com a mesma intensidade e direção, então esses dois binários são equivalentes. Por exemplo, os dois binários mostrados na Figura 4.28 são equivalentes porque cada momento de binário possui uma intensidade de M = 30 N (0,4 m) = 40 N (0,3 m) = 12 N · m, e cada um é direcionado para o plano da página. Observe que, no segundo caso, forças maiores são necessárias para criar o mesmo efeito de rotação, pois as mãos estão posicionadas mais próximas uma da outra. Além disso, se a roda estivesse conectada ao eixo em um ponto que não o seu centro, a roda ainda giraria quando cada binário fosse aplicado, já que o binário de 12 N · m é um vetor livre. Figura 4.28 Momento de binário resultante Como os momentos de binário são vetores, sua resultante pode ser determinada pela adição vetorial. Por exemplo, considere os momentos de binário M 1 e M2 agindo sobre o tubo na Figura 4.29a. Como cada momento de binário é um vetor livre, podemos unir suas origens em qualquer ponto arbitrário e encontrar o momento de binário resultante, MR = M1 + M2, como mostra a Figura 4.29b. Se mais de dois momentos de binário agem sobre o corpo, podemos generalizar esse conceito e escrever a resultante vetorial como: MR = L(r X F) ( 4.16) Esses conceitos são ilustrados numericamente nos exemplos que se seguem. Em geral, problemas projetados em duas dimensões devem ser resolvidos u ando uma análise escalar, já que os braços do momento e as componentes das forças são fáceis de determinar. (a) (b) Figura 4.29 109 I 110 I Estática Os volontes nos automóveis têm se tornodo menores do que nosveículos mo is ontigos porque o direção moderno não exige que o motorista oplique um gronde momento de binário no oro do volonte. Pontos importantes • Um momento de binário é produzido por duas forças não colincares que são iguais em intensidade, mas com direções opostas. Seu efeito é produz ir rotação pura, ou tendência de rotação em uma direção específica. • Um momento de binário é um vetor livre c, consequentemente, causa o mesmo efeito rotacional em um corpo, independentemente de onde o momento de binário é aplicado ao corpo. • O momento das duas forças de binário pode ser determinado em relação a qualquer ponto. Por conveniência, esse ponto normalmente é escolhido na linha de ação de uma dias forças a fim de eliminar o momento dessa força em relação ao ponto. • Em três dimensões, o momento de binário geralmente é determinado usando a fonnulação vetorial, M = r X F, onde r é direcionado a partir de qualquer ponto sobre a linha de ação de uma das forças até qualquer ponto sobre a linha de ação da outra força F. • Um momento de binário resultante é simplesmente a soma vetorial de todos os momentos de binário do sistema. Exemplo 4.10 Determine o momento de binário resultante dos três binários agindo sobre a chapa na Figura 4.30. F1 = 200 N - d1 = 0,4 m • F1 = 200 N Figura 4.30 -SOLUCAO • Como mostra a figura, as distâncias perpendiculares entre cada binário das três forças são d1 = 0,4 m, d2 = 0,3 m e d3 = 0,5 rn. Considerando momentos de binário anti- -horários como positivos, temos: \. + MR = L.M; MR =- F; da+ FA- F;d; = (-200 N )(0,4 m) + (450 N )(0,3 m)- (300 N )(0,5 m) = - 95 N · m = 95 N · m \ O sinal negativo indica que MR tem um sentido rotacional horário. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 111 I Exemplo 4.11 Determine a intensidade c a direção do momento de binário agindo sobre a engrenagem na Figura 4.3 1 a. F 600 (a) - 600 sen Jo• (b) Figura 4.31 A 600cos 30 SOLUCAO • A solução mais fáci l requer a decomposição de cada força em suas componentes, como mostra a Figura 4.3 1 b. O momento de binário pode ser determinado somando-se os momentos dessas componentes de força em relação a qualquer ponto. por exemplo, o centro O da engrenagem ou o ponto A. Se considerarmos momento anti-horários como po itivos, temos: ou + M = 'LMc;. M = (600 cos 30° )(0,2 m)- (600 sen 30° }(0,2 m) = 43,9 · m ./ + M = 'LM,.; M = (600 cos 30° )(0,2 m)- (600 sen 30° )(0,2 m) =43,9 · m ./ Esse resultado positivo indica que M tem um sentido rotacional anti-horário, estando, portanto, direcionado para fora , perpendicularmente à página. NOTA: O mesmo resultado também pode ser obtido usando M = Fd, onde d é a distância perpendicular entre as linhas de ação das forças d!o binário (Figura 4.31 c). Entretanto, o cálculo para d é mais complexo. Observe que· o momento de binário é um vetor livre c pode agir em qualquer ponto na engrenagem e produzir o mesmo efeito de rotação em relação ao ponto O. Exemplo 4.12 Determine o momento de binário agindo sobre o tubo mostrado na Figura 4.32a. O segmento AB está direcionado 30° abaixo do plano x- y . - . SOLUCAO I (ANALISE VETORIAL) • O momento das duas forças do binário pode ser determinado em relação a qualquer ponto. Se o ponto O é considerado (Figura 4.32b), então temos: l\1 = r~x(-250k)+ r8 X(250k} = (0,8j ) X ( -250k) + (0,6cos30°i + 0,8j - 0,6 sen 30°k ) X (250k} =- 200i - 129,9j + 200i = {-130j }N · m (c) z 250N -- 250 I X (b) Figura 4.32 I 112 I Estática • z E mais fácil tomar momentos das forças do binário em relação a um ponto situado X 250 N (c) z X 250 N sobre a linha de ação de uma das forças, por exemplo, o ponto A (Figura 4.32c). Nesse caso, o momento da força em A é zero, tal que: M = rA8 X(250k) = (0, 6cos 30°i - O, 6 sen 30°k) X (250k) ={- 130j} · m SOLUCÃO 11 (ANÁLISE ESCALAR) • Embora este problema seja mostrado em três dimensões, a geometria é simples o bastante para usar a equação escalar M = Fd. A distância perpendicular entre as linhas de ação das forças do binário é d = 0,6 cos 30° = 0,5196 m (Figura 4.32d). Portanto, calcular os momentos das forças em relação ao ponto A ou ponto B resulta: 250N M = Fd = 250 N (0,5196 m) = 129,9 N · m A Aplicando a regra da mão direita, M age na direção - j. Logo, ~ ......_y M = {-130j } N · m (d) Figura 4.32 ;& 3 M1 = 60 N · m (b) (c) Figura 4.33 Exemplo 4.13 Substitua os dois binários agindo sobre a coluna de tubo na Figura 4.33a por um momento de binário resultante. X (a) SOLUCÃO (ANÁLISE VETORIAL) • O momento de binário M 1, desenvolvido pelas forças A e B, pode facilmente ser determinado a partir de uma formulação escalar. M1 = Fd = 150 N(0,4 m) = 60 N · m Pela regra da mão direita, M 1 age na direção +i (Figura 4.33b). Portanto, M1 = {60i} N · m A análise vetorial será usada para determinar M 2, gerado pelas forças em C e D. Se os momentos forem calculados em relação ao ponto D (Figura 4.33a), M2 = roc X F0 então: M 2 = roc X Fc = (0,3i)x[ l25(f)j - 125(})k] = (0,3i)X[I00j - 75k] = 30(i Xj ) - 22, 5(i X k) = {22,5j + 30k} N · m Como M1 c M 2 são vetores livres, eles podem ser movidos para algum ponto arbitrário e somados vetorialmente (Figura 4.33c). O momento de binário resultante toma-se: MR = M , + M2 = {60i + 22,5j + 30k} N . m Problemas fundamentais 4.19. Detennine o momento de binário resultante que age sobre a viga. 400 N 400 N ~ A , 200N r~ - l 0,2 ~11 -' 200 N 3m 2m Ir 300 300 N Problema 4.19 4.20. Determine o momento de binário resultante que age sobre a chapa triangular. 200N 150 0,4 m 200 150 N 1------ 0,4 111 ----- 1 300N 300N Problema 4.20 4.21. Determine a intensidade de F de modo que o momento de binário resultante que age sobre a viga seja I ,5 kN · m no sentido horário. F 0,9 m 0,3 m 2 kN - F Problema 4.21 Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 113 I 4.22. Detennine o momento de binário que age sobre a viga. lO kN A 8 lm Problema 4.22 4.23. Detennine o momento de binário resultante que age sobre o encanamento. (M)1 ~ 450 N · m z 0.35 m X y Problema 4.23 4.24. Determine o momento de binário que age sobre o encanamento e expresse o resultado como um vetor car- tesiano. X F11 ~ 450 N c Problema 4.24 114 I Estática *4.72. Os efeitos do atrito do ar sobre as pás do ventilador criam um momento de binário M0 = 6 N · m sobre as mesmas. Determine a intensidade das forças de binário na base do ventilador de modo que o momento de binário resultante no ventilador seja zero. - F 1- 1-1 F 0,15 1n 0, 15 1n Problema 4.72 •4.73. Determine a intensidade necessária dos momentos de binário M 2 e M 3 de modo que o momento de binário resultante seja zero. M1= 300 N · m Problema 4.73 4.74. O rodízio está sujeito aos dois binários. Determine as forças F que os rolamentos exercem sobre o eixo de modo que o momento de binário resultante sobre o rodízio seja zero. 1J uu N mm mm SOON Problema 4.74 4.75. Se F = 2000 N, determine o momento de binário resultante. *4.16. Detennine a intensidade necessá1ia da força F se o momento de binário resultante na estrutura for 200 N · m, horário. Problemas 4.75/ 76 -4.77. O piso causa um momento de binário de MA = 40 N · m e M 8 = 30 N · m sobre as escovas da enceradeira. Determine a i.ntensidade das forças do binário que precisam ser desenvolvidas pelo operador sobre os punhos de modo que o momento de binário resultante sobre a enceradeira seja zero. Qual é a intensidade dessas forças se a escova em B para repentinamente de modo que M8 = O? m - F Problema 4.77 4.78. Se B = 30°, determine a intensidade da força F tal que o momento de binário resultante seja 100 N · m, horário. 4.79. Se F= 200 N, determine o ângulo B necessário para que o momento de binário resultante seja zero. 300N Problemas4.78/ 79 •4.80. Dois binários agem sobre a viga. Determine a intensidade de F de modo que o momento de binário resultante seja 450 N · m anti-horário. Onde atua na viga o momento de binário resultante? 2000 N - F F 1--- 0,2 m ---1 Problema 4.80 •4.81. A corda passando por dois pinos A e 8 do quadro está sujeita a uma tração de I 00 N. Detennine a tração P necessária que age sobre a corda que passa pelos pinos C e D de modo que o binário resultante produzido pelos dois binários seja 15 N · m agindo no sentido horário. Considere e = 15°. 4.82. A corda passando por dois pinos A e 8 do quadro está sujeita a uma tração de I 00 N. Determine a tração P mínima e a orientação O da corda passando pelos pinos C e D de modo que o momento de binário resultante produzido pelas duas cordas seja 20 N · m, horário. c 300 mm o - P 300 111111 A D Problemas 4.81 / 82 4.83. Um dispositivo chamado rolamite é usado de várias maneiras para substituir o movimento de deslizamento pelo de rolamento. Se a esteira, que passa entre os rodízios, está sujeita a uma tração de 15 N, determine as forças reativas N de cima e de baixo das chapas nos roletes de modo que o binário resultante agindo sobre os roletes seja igual a zero. N 25mm 30° T= 15 N f ç N Problema 4.83 Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças Its I *4.84. Dois binários agem na mesma viga como ilustrado. Determine a intensidade de F de modo que o momento de binário resultante seja 300 N · m anti-horário. Onde atua na viga o binário resultante? - F :---0,4 m----1 I .. 2ooo 0. 1 m Problema 4.84 •4.85. Determine o momento de binário resultante que age sobre a viga. Resolva o problema de duas maneiras: (a) some os momentos em relação ao ponto O; e (b) some os momentos em relação ao ponto A. 1----1,5 1,8 m---1 2 kN 2 Problema 4.85 4.86. Dois binários agem sobre o suporte da viga. Se F = 6 kN, determine o momento de binário resultante. 4.87. Determine a intensidade necessária da força F se o momento de binário resultante sobre a viga deve ser zero. 1--3m -~1--3m --1 Problemas 4.86/ 87 •4.88. Dois binários agem sobre a estrutura. Se o momento de binário resultante deve ser zero, detennine a distância d entre as forças do binário de 200 N. •4.89. Dois binários agem sobre a estrutura. Se d = 1,2 m, detennine o momento de binário resultante. Calcule a resultado decompondo cada força em componentes x e y e (a) encontrando o momento de cada binário (Equação 4. J 3) e (b) somando os momentos de todas as componentes de força em relação ao ponto A. 116 I Estática 4.90. Dois binários agem sobre a estrutura. Se d = I ,2 m, determine o momento de binário resultante. Calcule a resultado decompondo cada força em componentes x e y e (a) encontrando o momento de cada binário (Equação 4.13) e (b) somando os momentos de todas as componentes de força em relação ao ponto 8. 200 A m Problemas 4.88/ 89/ 90 4.91. Se M1 = 500 N · m, M2 = 600 N · m e M3 = 450 N · m, determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados do momento de binário resu ltante. •4.92. Determine a intensidade necessária dos momentos de binário M ., M 2 e M 3 de modo que o momento de binário resultante seja MR = {- 300i + 450j - 600k} · m. z Problemas 4.91 / 92 •4.93. Se F = 80 N, determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados do momento de binário. A tubulação se encontra no plano x- y. 4.94. Se a intensidade do momento de binário que age sobre a tubulação é 50 N · m, detennine a intensidade das forças de binário apljcadas em cada chave. A tubulação está no plano x-y. z X y Problemas 4.93/ 94 4.915. Através dos cálculos de carga, é determinado que a asa está sujeita aos momentos de binário Mx = 25,5 kN · m e ~· = 37,5 kN · m. Determine os momentos de binário resultantes criados em relação aos eixos x' e y'. Todos os eixos se situam no mesmo plano horizontal. y M~ j ........... , Problema 4.95 •4.96. Expresse o momento do binário agindo sobre a estrutura na fonna de um vetor cartesiano. As forças são aplicadas perpendicularmente à estrutura. Qual é a intensidade do momento de binário? Considere F = 50 N. •4.97. Para virar a estrutura, um momento de binário é aplicado conforme ilustra a figura. Se a componente desse momento de binário ao longo do eixo x é M .. = {- 20i} N · m, determine a intensidade F das forças do binário. z y - F Problemas 4.96/ 97 4.9'8. Detennine o momento de binário resultante dos dois binários que agem sobre o encanamento. A distância de A a 8 é d = 400 mm. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. 4.99. Determine a distância dentre A e 8 tal que o momento de binário resultante tenha uma intensidade de MR = 20 N · m. z (35k} N y Problemas 4.98/ 99 *4.100. Se M1 = 270 N · m, M2 = 135 N · rn e M3 = 180 · m, determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados do momento de binário resultante. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 111 I -4.101. Determine as intensidades dos momentos de binário M 1, M 2 c M 1 de modo que o momento de binário resultante seja zero. -- 4.103. Determine a intensidade das forças de binário F, e F2 de modo que o momento de binário resultante que age sobre o bloco seja zero. Problemas 4.100/ 101 4.102. Se F1 = 500 N c F2 = I 000 N, determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados do momento de binário resu ltantc. Problemas 4.102/ 103 IDJ Simplifica~ão de um sistema de for~as e binários - Algumas vezes é conveniente reduzir um sistema de forças e momentos de binário agindo sobre um corpo para uma fonna mais simples substituindo-o por um sistema equivalente, que consiste de uma força resultante única agindo em um ponto específico e um momento de binário resultante. Um sistema é equivalente se os efeitos extemos que ele produz sobre um corpo são iguais aos causados pelo sistema de forças e momentos de binário original. Nesse contexto, os efeitos externos de um sistema se referem ao movimento de rotaçtio e translação do corpo se este estiver livre para se mover, ou se refere às forças reativas nos apoios se o corpo é mantido fixo. Por exemplo, considere alguém segurando o bastão na Figura 3.34a, que está sujeito à força F no ponto A. Se aplicannos um par de forças F e F iguais e opostas no ponto 8, o qual e Lá sobre a linha de ação de F (Figura 4.34b), observamos que F em 8 c F em A se cancelam, deixando apenas F em 8 (Figura 4.34c). A força f agora foi movida de A para 8 sem modificar seus efeitos externos sobre o bastão; ou seja, a reação na empunhadura permanece a mesma. Isso demonstra o princípio da transmissibilidade, que afinna que uma força agindo sobre um corpo (bastão) é UJm vetor deslizallle, já que pode ser aplicado em qualquer ponto ao longo de sua linha dle ação. Também podemos usar o procedimento anterior para mover uma força para um ponto que não esteja na linha de ação da força. Se F for aplicado perpendicularmente ao bastão, como na Figura 4.35a, então podemos conectar um par de forças f e - F iguais c opostas no ponto 8 (Figura 4.35b). A força f agora é aplicada em 8, c as outras duas forças, F em A e - f em 8 , fonnam um binário que produz o momento de binário M = Fd (Figura 4.35c). Portanto, a força F pode ser movida de A para 8 , desde que um momento de binário M esteja incluído para manter um sistema equivalente. Esse momento de binário é determinado considerando-se o momento de F em relação a 8. Como M é, na verdade, um vetor livre, ele pode agir em qualquer ponto no bastão. Em ambos os ca o , os sistemas são equivalentes, o que faz com que uma força F para baixo c um momento de binário no sentido horário M = Fd sejam sentidos na empunhadura. (a) (b) figura 4.35 (a) (b) (c) Figura 4.34 (c) 118 I Estática (a) li (b) li (c) Figura 4.36 Sistema de forcas e momentos de binário , Usando o método anteri.or, um sistema de váriasforças e momentos de binário agindo sobre um corpo pode ser reduzido a uma única força resultante equivalente agindo no ponto O e um momento de binário resultante. Por exemplo, na Figura 4.36a, O não está na linha de ação de F1 e, portanto, essa força pode ser movida para o ponto O, desde que um momento de binário M1 = r 1 X F seja incluído no corpo. Da mesma forma, o momento de binário M2 = r 2 X F2 deve ser acrescentado ao corpo quando movemos F2 para o ponto O. Finalmente, como o momento de binário M é um vetor livre, ele pode simplesmente ser movido para o ponto O. Fazendo isso, obtemos o sistema equivalente mostrado na Figura 4.36b, que produz os mesmos efeitos externos (reações de apoio) sobre o corpo que os efeitos do sistema de forças e binários mostrado na Figura 4.36a. Se somannos as forças e os momentos de binário, obteremos a força resultante FR = F1 + F2 e o momento de binário resultante (MR)o = M + M 1 + M 2 (Figura 4.36c). Observe que FR é independente do local do ponto O; entretanto, (M0 0 depende desse local porque os momentos M1 e M2 são determinados usando os vetores posição r1 e r2 • Além disso, note que (MR)o é um vetor livre e pode agir em qualquer ponto no corpo, embora o ponto O geralmente seja escolhido como seu ponto de aplicação. Podemos generalizar o método anterior de reduzir um sistema de forças e binários a uma força resultante F 11 equivalente agindo no ponto O c um momento de binário resultante (MR)o usando as duas equações a seguir. FR =1:F (MR)o = L M0 + 1:M ( 4.17) A primeira equação estabelece que a força resultante do sistema seja equivalente à soma de todas as forças; e a segunda equação estabelece que o momento de binário resultante do sistema seja equivalente à soma de todos os momentos de binário 1:M mais os momentos de todas as forças 1:M0 em relação ao ponto O. Se o sistema de forças se situa no plano x-y e quaisquer momentos de binário são perpendiculares a esse plano, então as equações anteriores se reduzem às três equações escalares a seguir. (FR);, = 1:F, (FII)y = LF) (M11) 0 = LM0 + LM ( 4.18) Aqui , a força resultante é determinada pela soma vetorial de suas duas componentes (FR}, e (FR)r Os pesos desses semáforos podem ser substituídos pela sua forço resultante equivalente w. = 11'1 + W2 e um momento de· binário (MJ 0 = W,cl, + ll'lcl2 no apoio O. Nos dois casos, o apoio preciso oferecer o mesmo resistência à rotação e translação o fim de manter o membro no posição horizontal. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I Pro<edimento para análise Os seguintes pontos devem ser mantidos em mente ao simpüficar um sistema de forças e momento de binário para um sistema de força e binário resultante equivalente. • Estabeleça os eixos coordenados com a origem localizada no ponto O c o eixo tendo uma orientação selecionada. Somatório dos forças • Se o sistema de forças for coplanar, decomponha cada força em suas componentes x c y. Se uma componente estiver direcionada ao longo do eixo positivo x ou y, ela representa um escalar positivo; enquanto se estiver direcionada ao longo do eixo negativo x ou y, ela é um escalar negativo. • Em três dimensões, represente cada força como um vetor cartesiano antes de somar as forças. Somatório dos momentos • Ao determinar os momentos de um sistema de forças coplanares em relação ao ponto O, normalmente é vantajoso usar o princípio dos momentos, ou seja, determinar os momentos das componentes de cada força, em vez do momento da própria força. • Em trê dimensões, use o produto vetorial para determinar o momento de cada força em relação ao ponto O. Aqui, os vetores posição se estendem de O até qualquer ponto obre a linha de ação de cada força. Exemplo 4.14 Substitua o sistema de forças e binários mostrado na Figura 4.37a por um sistema de força e momento de binário resultante equivalente agindo no ponto O. -SOLUCAO • Somatório das for<as • As forças 3 kN c 5 kN são decompostas em suas componentes x c y, como mostra a Figura 4.37&. Temos: ..:!:.. ( F;r), = LF.;( FR), = (3 kN)cos 30° + (; )<5 kN) = 5,598 kN- +t(F;r), = 2:r;;(FR)., = (3 kN)scn 30°-(f )<5 kN)- 4 kN = - 6,50 kN = 6,50 kN 1 Usando o teorema de Pitágoras (Figura 4.37c), a intensidade de F R é FR= j(FRx'f+(F~t~'f = /(5,598 kN 2)+(6,50k 2 ) = 8,58k Sua direção O é e •((FR), ) '(6,50kN ) 4930 = tg (F;r). = tg 5,598 kN = ' Somatório dos momentos Os momentos de 3 kN e 5 kN em relação ao ponto O serão determinados usando suas componentes x e y. Referindo-se à Figura 4.3 7 b, temos \. + ( MR)o = 1:Nfc,; 4 kN (a) .1' 4k (b) Figura 4.37 119 I I 120 I Estático (MRlo- 2.46 k · m o o (c) Figura 4.37 \. +( MR)o = LM~ ( MR)o = (3 kN)sen 30°{0,2 m)- (3 kN )cos30°{0, I m ) +(t )<5 kN )(O, I m) - (f )<5 kN )(0,5 m ) - (4 kN){0,2 m) = -2,46 kN · m = 2,46 k · m """\ O momento no sentido horãrio é mostrado na Figura 4.37c. NOTA: Perceba que a força e o momento de binário resultantes na Figura 4.37c produzirão os mesmos efeitos externos ou reações no suporte que aqueles produzidos pelo sistema de forças (Figura 4.37a). Exemplo 4.15 Substitua o sistema de forças e binários que age sobre o membro na Figura 4.38a por um sistema de força e mome nto de binário resultante equivalente agindo no ponto O. 500 N Y 750N 37,5 N · m l 200 o lm o • lm 1.25 m+1.25 m I (a) 200 (b) Figura 4.38 -SOLUCAO • Somatório das forcas • Como as forças do binário de 200 N são ibruais c opostas, elas produzem uma força resultante nula e, portanto, não é necessário considerá-las na somatória das forças . A força de 500 N é decomposta em suas componentes x e y; logo, .::. (FR).. =L~;(~) .. = ( ~ )(500 N ) = 300 N - +I(~)J. = LF",,; (FR)J, = (500 N )( t) - 750 N = - 350 N = 350 N I Da Figura 4.15b, a intensidade de F R é FR= /<~l+<~'f. = /{300 Nr + (350 NJ = 461 N E o ângulo O é 8 = tg-1 ( < ~>. ) = tg- 1 ( 350 N) = 49 4o {~)s 300 N ' Somatório dos momentos Como o momento de binário é um vetor livre, e le pode agir em qualquer ponto no membro. Referindo-se a Figura 4.38a, temos: \. +(MR)o = LMQ + LMó ( MR)o = (500 N)( 1 )(2,5 m)- (500 N)( t )(I m) -(750N)( I,25m)+200 · m = -37, 5 N · m = 37,5 N · m """\ Este momento no sentido horário é mostrado na Figura 4.38b. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 121 I Exemplo 4.16 O membro estrutural está sujeito a um momento de binário M c às forças F1 c F2 na Figura 4.39a. Substitua esse sistema por um sistema de força c momento de binário resultante equivalente agindo em sua base, o ponto O. - . SOLUÇAO (ANALISE VETORIAL) Os aspectos tridimensionais do problema podem ser simplificados usando uma análise vetorial cartesiana. Expressando as forças e o momento de binário como vetores cartesianos, temos: ~ = {- 800k} N F2 = (300 N) uc8 = {300 N)( r~s ) 1cn = 300 N[ {- O, 15i +O, lj}m ] = {- 249 6i + 166 4'} N j ( - 0, 15 T + ( I m )2 ' ' J M = - 5oo( f )j + 5oo( ~ )k = {-400j + 300k} N -m Somatório das forças FR = l:F; FR = ~ + F2 = - 800k - 249,6i + 166,4j = {- 250i + 166j - 800k}N Somatório dos momentos MRcJ = l:M + LM0 MRo = M + r, X ~ + r8 X F2 • I M RcJ = (-400j + 300k) +(I k ) X(-800k) + -0, 15 - 249,6 = (-400j + 300k) +(O)+ {- 166,4i - 249,6j ) = {- 166i - 650j + 300k} N · m Os resultados são mostrados na Figura 4.39b. Problemas fundamentais • J 0, I 166,4 k I o M = 500 · m (a) z (b) Figura 4.39 y 4.25. Substitua o carregamento do sistema por uma força e momento de binário re ultante equivalente agindo no ponto A. 500 4.26. Substitua o carregamento do sistema por uma força e momento de binário resultante equivalente agindo no ponto A. 40 30 200 · m I m 50 N 750N Problema 4.25 Problema 4.26 122 I Estático 4.27. Substitua o carregamento do sistema por uma força c momento de binário resultante equivalente agindo no ponto A. 900 300N 300 ·m I 0.75 m I 0,75m I 0,75 m 0,75 m Problema 4.27 4.28. Substitua o carregamento do sistema por uma força c momento de binário resu ltante equivalente agindo no ponto A. 500 250 N Problema 4.28 Problemas •4.104. Substitua o i tema de forças que age sobre a treliça por uma força e momento de binário resultante no ponto C. 1000 750 N 500 N 0,6 m 0,6 '11 ,6 m ,6 m T 1,8 m ~ = :;;::::::1 ~ 8 lc Problema 4.104 -4.105. Substitua o sistema de forças que age sobre a viga por uma força e momento de binário equivalente no ponto A. 4.106. Substitua o sistema de forças que age sobre a viga por urna força c momento de binário equivalente no ponto 8. 3k 2,Sk A • 8 ~2m-+- 4 m-+2m~ Problemas 4.105/ 106 4.107. Substitua as duas forças por uma força e momento de binário resultante equivalente no ponto O. Considere F= 100 N. 4.29. Substitua o carregamento do sistema por uma força e momento de binário resultante equivalente agindo no ponto O. -- Problema 4.29 4.30. Substitua o carregamento do sistema por uma força e momento de binário resultante equivalente agindo no ponto O. -• Pj 100N M • 75 N · m ' Problema 4.30 •4.108. Substitua a duas forças por uma força e momento de binário resultante equivalente no ponto O. Considere F= 75 N. 100 Problemas 4.107/ 108 •4.109. Substitua o si tema de forças que age sobre o poste por uma força e momento de binário resultante no ponto A. 1m 1m Problema 4.1 09 4.110. Substitua o sistema de forças e momentos de binário que agem sobre a viga por uma força e momento de binário resultante no ponto A. 30 kN 26 kN 1--2 m--1-:---1-:--+--2 m - -1 lm lm Problema 4.11 O 4.111. Substitua o sistema de forças por uma força e momento de binário resultante no ponto O. -1.25 m--1 ,25 m- Problema 4.111 lm N •4.112. Substitua as duas forças que agem na politriz por uma força e momento de binário resultante no ponto O. Expresse o resultado na forma de um vetor cartesiano. z F1 • {1 0i - 15j - 40k } N = (- 15i - 20j - 30k} N Problema 4.112 •4.113. Substitua as duas forças que agem no poste por uma força e momento de binário resultante no ponto O. Expresse o resultado na forma do vetor cartesiano. z 8m Problema 4.113 Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças t23 I 4.114. As três forças atuam no encanamento. Se F1 = 50 N e F2 = 80 N, substitua esse sistema de forças por urna força e momento de binário resultante equivalente agindo em O. Expresse o resultado na forma do vetor cartesiano. z 180 N y Problema 4.114 4.115. As forças F1 e F2 são aplicadas nas manoplas da furadeira elétrica. Substitua esse sistema de forças por uma força e momento de binário resultante equivalente agindo em O. Expresse o resultado na forma do vetor cartesiano. Fz= {2j - 4k} N z I F 1 = { 6i - 3 j - I Ok } Problema 4.11 S •4.116. Substitua o sistema de forças que age sobre o encanamento por uma força e momento de binário resultante no ponto O. Expresse o resultado na forma do vetor cartesiano. - I F2 = {-101 + 25j + 20k} F, = l-20i - IOj + 25k } N T lo ~.r , / 0.2 m~ Problema 4.116 •4.117. A plataforma deve ser içada usando as três Jingas mostradas. Substitua o sistema de forças que age sobre as !iogas por uma força e momento de binário equivalente no ponto O. A força F, é vertical. Problema 4.117 124 I Estática Simplificações adicionais de um sistema de forças e binarios Na seção anterior, desenvolvemos uma fonna de reduzir um sistema forças e momentos de binário sobre um corpo rígido para uma força resultante equivalente F R agindo em um ponto O específico e um momento de binário resultante (MR)0 . O sistema de forças pode ser reduzido ainda mais para uma única força resultante equivalente, desde que as li111has de ação de F R e (MR)o sejam petpendiculares. Devido a essa condição, apenas sistemas de forças concorrentes, coplanares e paralelas podem ser adicionalmente simplificados. Sistema de forcas concorrentes , Como um sistema de força concorrente é aquele em que as linhas de ação de todas as forças se interceptam em um ponto comum O (Figura 4.40a), então o sistema de força não produz momento algum em relação a esse ponto. Como consequência, o sistema equivalente pode ser representado por uma única força resultante FR = .EF agindo em O (Figura 4.40b). (a) (b) Figura 4.40 Sistema de forças coplanares No caso de um sistema de forças coplanares, as linhas de ação de todas as forças situam-se no mesmo plano (Figura 4.4la) e, portanto, a força resultante FR = .EF desse sistema também se situa nesse plano. Além disso, o momento de cada uma das forças em relação a qualquer ponto O está direcionado perpendicularmente a esse plano. Portanto, o momento resultante (MR)o e a força resultante F R serão mutuamente pe1pendiculares (Figura 4.41b). O momento resultante pode ser substituído moven- do-se a força resultante F R em uma distância perpendicular ou do braço do momento d para fora do ponto O tal que F R produza o mesmo momento (MR)o em relação ao ponto O (Figura 4.41 c). Essa distância d pode ser detenninada através da equação escalar (MR)o = F~ = 'LM0 ou d = (MR)d FR. (a) (b) Figura 4.41 (c) Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças Sistema de forças paralelas O sistema de forças paralelas, mostrado na Figura 4.42a, consiste de forças que são todas paralelas ao eixo z. Logo, a força resultante F R = LF no ponto O também precisa ser paralela a cs c eixo (Figura 4.42b). O momento produzido por cada força se encontra no plano da chapa e, portanto, o momento de binário re ultante, (M R)0, também estará ncs c plano, ao longo do eixo do momento a, já que FR e (M R)o são mutuamente perpendiculares. Consequentemente, o sistema de forças pode cr adicio- nalmente implificado para uma única força resultante equivalente FR que age no ponto P localizado sobre o eixo perpendicular b (Figura 4.42c). A distância d ao longo desse eixo a parti r do ponto O requer (MR)o = F~ = EM 0 ou d = L.M d F R· - -~ • f' + F2 I FR .. ! F o tF' (1- (a) b (b) Figura 4.42 As quatro forças dos cabos são todos concorrentes no ponto O do pilar do ponte. Consequentemente, elos não produzem qualquer momento resultante nes5e ponto, openos uma forço resultante r •. Ob5erve que os projetistas posicionaram os cabos de modo que F • esteja direcionado oo longo do pilar do ponte d iretamente poro o apoio, de modo o evitar qualquer Aexão no pilar. Procedimento para análise (I A técnica u ada para reduzir um sistema de forças coplanares ou paralelas para uma única força resultante segue um procedimento semelhante ao descrito na eção anterior. • Estabeleça os eixos x, y. z e posicione a força resultante F H a uma distância arbitrária da origem das coordenadas. Somatório dos forças • A força resu ltante é igual à soma de todas as forças do sistema. • - FR = ! F b (c) tzs I 126 I Estática • Para um sistema de forças coplanares, decomponha cada força em suas componentes x e y. Componentes positivas são direcionadas ao longo dos eixos x e y positivos, e componentes negativas são direcionadas ao longo dos eixos x e y negativos. Somatório dos momentos • O momento da força resultante em relação ao ponto O é igual à soma de todos os momentos de binário no sistema mais os momentos de todas as forças no sistema em relação a O. • Essa condição de momento é usada para encontrar a posição da força resultante em relação ao ponto O. 1---d.---.. Aqui, os pesos dos semáforos são substituídos pelo suo forço resultante w. ~ IY1 -r W, que age o uma distância d = W,d, + W,d/W• em relação o O. Os dois sistemas são equivalentes. Reducão a um torsor , Nonnalmente, um sistema de forças e momentos de binário tridimensional terá uma força resultante F R equivalente no ponto O e um momento de binário resultante (MR}o que não são perpendiculares, como mostra a Figura 4.43a. Embora um sistema de forças como esse nãopossa ser adicionalmente reduzido para uma única força resultante equivalente, o momento de binário resultante (M R)o pode ser decomposto em componentes paralelas e perpendiculares à linha de ação de F R (Figura 4.43a). A componente perpendicular M .L pode ser substituída se movennos F R para o ponto P, a uma distância d do ponto O ao longo do eixo b (Figura 4.43b). Como vemos, esse eixo é perpendicular ao eixo a e à I in h a de ação de F R· A posição de P pode ser determinada através de d = M }FR. Finalmente, como M 11 é um vetor livre, ele pode ser movido para o ponto P (Figura 4.43c). Essa combinação de uma força resultante FR e um momento de binário colinear M1 tenderá a transladar e girar o corpo em relação ao seu eixo e é chamada de um torsor ou parafuso. Um torsor é o sistema mais simples que pode representar qualquer sistema de forças e momentos de binário em geral agindo em um corpo. z b (a) z M, (b) Figura 4.43 z a b (c) Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 127 I Exemplo 4.17 Substitua o sistema de forças e momentos de binário que agem sobre a viga na Figura 4.44a por uma força resultante equivalente, e encontre onde sua linha de ação intercepta a viga, medido a partir do ponto O. 4k 15 k · m .---x rn--+ - 1.5 m ,5 m -+- (a) (b) Figura 4.44 .. SOLUCAO • Samatória das forças Somando as componentes da força, temos: z (FR), = f.F,; (FR), = 8 kN(~ ) = 4,80 kN- +l(~),=f.F,; (FR),=-4kN +8kN(t)=2,40k I Da Figura 4.44b, a intensidade de FR é: ~ = (4,80 kNt + (2,40 kNr = 5,37 kN O ângulo O é: o= t I ( 2,40 kN ) = 26 60 g 4,80 kN ' Somatório dos momentos Devemos igualar o momento de FR em relação ao ponto O na Figura 4.44b à soma dos momentos do sistema de forças e momentos de binário em relação ao ponto O na Figura 4.44a. Como a linha de ação de (FR).. age no ponto O, apenas (F R), produz um momento em relação a esse ponto. Portanto, \. +( MR)o = 'tNfc1; 2,40 kN(d} = -( 4kN)(I ,5 m)- 15 kN · m -[s kN( f )]<o.s m) + [s kN( 1 )]<4,5 m) d=2,25m Exemplo 4.18 O guincho mostrado na Figura 4.45a está sujeito a três forças coplanares. Substitua esse carregamento por uma força resultante equivalente e especifique onde a linha de ação intercepta a coluna A 8 e a lança BC. 1.2 m Yo,6 m 8 I m 0,6 m • • c I. 75 N 4 -=:t:f:l 0.60 kN lm (a) Figura 4.45 128 I Estático - Y SOLUCAO ' , , , f I ' (b) Figura 4.45 (a) -- (b) Figura 4.46 • Somatório das forsas Decompondo a força de 2,50 kN nas componentes x e y e somando as componentes das forças, temos: ±. ~. = l.F; +1~. = l.F,; ~x =-2.50kN(~) - 1 ,75kN =-3,25kN = 3,25kN- FR, = -2,50 k ( 1)- 0,60 k = - 2,60 kN = 2,60 kN I Como mostra a adição de vetores na Figura 4.451>, ~=/(3,25kNf+(2,6ok r = 4, 16kN 8 = tg-• ( 2,60 kN) = 38 7o87 3,25 kN ' Somatório dos momentos Os momentos serão somados em relação ao ponto A. Assumindo que a linha de ação de F R intercepta A 8 a uma distância y de A (Figura 4.451> ), temos: \. + MRA = l.M,~ ; 3,25 kN(y) + 2,60 kN(O) = I, 75 kN(I m)- 0,60 kN(0,6 m) + 2,50 kN( ~ )(2,2 m) - 2,50 kN{ y )( 1,6 m) y = 0,458 m Pelo princípio da transmissibilidade, F R pode ser posicionada a uma distância x onde intercepta BC (Figura 4.45b). Nesse caso, temos: \... + MR.~ = l.M,~; 3,25 k {2,2 m) + 2,60 k (x) = I, 75 kN(l m)- 0,60 kN(0,6 m) + 2,50 kN{ f )(2,2 m) - 2,50 k ( ~ )(1,6 m) x = 2, 177 m Exemplo 4.19 A placa na Figura 4.46a está sujeita a quatro forças paralelas. Determine a intensidade c a direção de uma força resultante equivalente ao sistema de forças dado c situe seu J' ponto de aplicação na placa. SOLUCÃO (ANÁLISE ESCALAR) • Somatório das forcas • Da Figura 4.46a, a força resultante é: +I~= l.F; -~ =-600 = 1400 Somatório dos momentos + I 00 N - 400 N - 500 N = 1400 N I Queremos que o momento da fo rça resultante em relação ao eixo x (Figura 4.46b) seja igual à soma dos momentos de todas as forças do sistema em relação ao eixo x (Figura 4.46a). Os braços dos momentos são determinados pelas coordenadas de y, jã que essas coordenadas representam as distâncias perpendiculares do eixo x às linhas de ação das forças. Usando a regra da mão direita, temos: ( M) = l.M· Rx X' -(1400 )y = 600 N(O) + 100 N(5 m) - 400 N{IO m) + 500 N(O) -1400 N =- 3500 y = 2,50 m Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 129 I De maneira semelhante, uma equação de momento pode ser escrita em relação ao eixo y usando braços do momento definidos pelas coordenadas x de cada força . ( MR), = 'LM,; (1400 )x = 600 N(8 m) + 100 (6 m)- 400 N(O) + 500 N(O) l400x = 4200 x = 3m NOTA: Uma força F R = 1.400 situada no ponto ?(3,00 m, 2,50 m) sobre a placa (Figura 4.46b) é, portanto, equivalente ao sistema de forças paralelas que agem sobre a placa na Figura 4.46a. Exemplo 4.20 Substitua o sistema de forças na Figura 4.47a por uma força resultante equivalente e especifique seu ponto de aplicação no pedestal. -SOLUCAO • Somatório das forcas • Aqui, demonstraremos uma análise vetorial. Somando as forças, FR = 1:F; FR = F4 + F8 + Fc Posicão • = {-300k}kN + {-SOOk}kN + {IOOk}kN = {-700k}kN Os momentos serão somados em relação ao ponto O. A força resultante F R é assumida a atuar através do ponto P (x, y, O) (Figura 4.47b). Logo, ( MR)o = 'iMo; rPX FR=( r .. x F .. )+( r8 X F8 )+ (rcX Fc} (xi + yj )X(-700k) = [(4i}X(-300k}] +((-4i + 2j )X(-500k)) + ((- 4j )X(100k}) - 700x( i X k)- 700y(j X k) =- 1200(i X k} + 2000( i X k) - IOOO(j X k)- 400( i X k) 700xj - 700yi = 1200j - 2000j - 1 OOOi - 400i Igualando as componentes i e j , - 700y = - 1400 y=2m 700x =-800 x= - 1,14m O sinal negativo indica que a coordenada x do ponto Pé negativa. (I) (2) NOTA: Também, é po ível obter diretamente as equações I c 2 somando- c os momento · em relação aos eixos x c y. Usando a regra da mão direita, temos: (MR)• = 'LM,; - 700y = - 100kN(4 m) - 500kN(2 m) 700x = 300kN(4 m) - SOOkN(4 m) F, = 300 kN ; Fc = 100 Fs = 500 kN (a) -- (b) Figura 4.47 130 I Estática Problemas fundamentais 4.31. Substitua o carregamento do sistema por uma força resultante equivalente e especifique onde a linha de ação da resultante intercepta a viga medida a partir de O. y 2.5 kN 2,5 kN 1,25 kN o --x Problema 4.31 4.32. Substitua o carregamento do sistema por uma força resultante equivalente e especifique onde a linha de ação da resultante intercepta o membro medida a partir de A. l kN I ' m - - 11- - I m - ·1- - I m - : .... 0,25 kN A 3 0,5 k Problema 4.32 4.33. Substitua o carregamento do sistema por uma força resultante equivalente e especifique onde a linha de ação da resultante intercepta o membro medida a partir de A. y 3 15 kN fi' I" 4 20 kN 2m A -2m 2m- 2m I jj\ 8 Problema 4.33 4.3,4. Substitua o carregamento do sistema por uma força resultante equivalente e especifique onde a linha de ação da resultante intercepta o membro AB medida a partir de A. 0,5 m 1--1-- 1,5 m - 1 0,5 m 0,5 111 8kN 6 kN 5kN 3m Problema 4.34 4.35. Substitua o carregamento mostrado por uma única força resultante equivalente e especifique as coordenadas x e y de sua linha de ação. 400 N 100 Problema 4.3S 4.36. Substitua o carregamento mostrado por uma única força resultante equivalente e especifique as coordenadas x e y de sua linha de ação. z 200 N Áty/- 3 m 200 N IOON / L 7 / 3n{ ~.r':::::;;m~-;7 L ::?'1 m;;.; X Problema 4.36 4.118. Os pesos dos vários componentes do caminhão são mostrados. Substitua esse sistema de forças por uma força resultante equivalente e especifique sua posição medida a partir do ponto B. 4.119. Os pesos dos vários componentes do caminhão são mostrados. Substitua esse sistema de forças por uma força resultante equivalente e especifique sua posição medida a parti r do ponto A. 17,5 kN 27,5 A I 8.75 kN 1----t---4,2 m--+1.8 m+-l0,9 111 0.6m Problemas 4.118/ 119 •4.120. O sistema de forças paralelas atua sobre o topo da treliça Warren. Determine a força resultante equivalente do sistema e especifique sua posição medida a partir do ponto A. 2k 500 N 500 N - +--1 m- I m-t Problema 4.120 •4.121. O sistema de quatro forças atua sobre a treliça de telhado. Determine a força resultante equivalente e especifi- que sua posição medida a partir do ponto A. I kN 1,375 kN J_m~too 1,5 kN I m"\_ • 0.75 kN I m~ • 30° Problema 4.121 4.122. Substitua o sistema de forças e binários agindo sobre a estrutura por uma força resultante equivalente e especifique onde a linha de ação da resultante intercepta o membro AB medida a partir de A. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 131 4.123. Substitua o sistema de forças c os binários que agem sobre a estrutura por uma força resultante equivalente e especifique onde a linha de ação da resultante intercepta o membro BC medida a partir de B. m I m 250 N Problemas 4.122/ 123 •4.124. Substitua o sistema de forças e os momentos de binário que agem sobre a viga por uma força resultante equivalente e especifique sua posição ao longo de AB medida a partir do ponto A. kN 26 kN 1--2 m--1-:--·f--:--1--2 m-t lm lm Problema 4.124 •4.125. Substitua o sistema de forças que age sobre a estrutura por uma força resultante equivalente e especifique onde a linha de ação da resu ltante intercepta o membro AB medida a partir do ponto A. 4.126. Substitua o sistema de forças qua age sobre a estrutura por uma força resultante equivalente e especifique onde a linha de ação da resultante intercepta o membro BC medida a partir do ponto B. 175 N 111 Problemas 4.125/ 126 132 I Estática 4.127. Substitua o sistema de forças que age sobre o poste por uma força resultante equivalente e especifique onde a sua linha de ação intercepta o poste AB medida a partir do ponto A. •4.128. Substitua o sistema de forças que age sobre o poste por uma força resultante equivalente e especifique onde a sua linha de ação intercepta o poste AB medida a partir do ponto B. lm lm Problemas 4.127/ 128 •4.129. A laje da construção está sujeita a quatro cargas paralelas das colunas. Determine a força resultante equivalente e especifique sua posição (x, y) sobre a laje. Considere F1 = 30 kN, F2 = 40 kN. 4.130. A laje da construção está sujeita às cargas de quatro colunas paralelas. Determine a força resultante equivalente e especifique sua posição (x, y) sobre a laje. Considere F 1 = 20 kN, F2 =50 kN. ;: 20kN 50 kN X Problemas 4.129 I 130 4.131. O duto suporta as quatro forças paralelas. Determine as intensidades das forças F c e F 0 que agem em C e D de modo que a força resultante equivalente do sistema de forças atue no ponto médio O do duto. z 600 N F c y Problema 4.131 •4.132. Três forças paralelas do parafuso atuam sobre a chapa circular. Detennine a força resultante e especifique sua posição (x, y) sobre a chapa. 0 = 1000 N, F8 = 500 e Fc = 2000 N. •4.133. Três forças paralelas dos parafusos atuam sobre a chapa circular. Se a força em A possui uma intensidade de ~ = 1000 N, detennine as intensidades de F8 e F c de modo que a força resultante FR do sistema tenha uma linha de ação que coincida com o eixo y. Sugestão: Isso requer 'EA1x = O e 'EM= = O. z Problemas 4.132/ 133 4.134. Se ~ = 40 kN e F8 = 35 kN, determine a intensidade da força resultante e especifique a posição de seu ponto de aplicação (x, y) sobre a placa. 4.135. Se a força resultante deve agir no centro da placa, determine a intensidade das cargas das colunas F" e F8 e a intensidade da força resultante. z 30 kN 90 kN X ' 0,75 111 Problemas 4.134/ 135 •4.136. Substitua o sistema de forças paralelas que age sobre a chapa por uma força resultante equivalente e especifique sua posição no plano x- z. 0,5 m y Problema 4.136 Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 133 I •4.137. Se F, = 7 kN c F8 = 5 kN, substitua o sistema de forças que age sobre as mísulas por uma força resultante e especifique sua posição sobre o plano x-y. 4.138. Determine as intensidades de FA e F8 de modo que a força resultante passe pelo ponto O da coluna. •4.140. Substitua as três forças atuando na chapa por um torsor. Especifique a intensidade da força e o momento de binário para o torsor c o ponto P(y, z) onde sua linha de ação intercepta a chapa. -- 8 F8 - {-60j} k 100 mm 3m -- )' Fc • j - 40i} kN FA- { 80k } kN Problemas 4.137/ 138 Problema 4.140 4.139. Substitua o sistema de forças c momentos de binário que agem sobre o bloco retangular por um torsor. Especifique a intensidade da força c o momento de binário do torsor e a posição onde sua linha de ação intercepta o plano x-y. •4.141. Substitua as três forças que agem na chapa por um torsor. Especifique a intensidade da força c o momento de binário para o torsor c o ponto P(x, y), onde sua linha de ação intercepta a chapa. - -- - F8 = {800k } F~- (SOOi} Re ucão , 1500 N Problema 4.139 ~ .r 4m um carregamento distribuído simples Algumas vezes, um corpo pode estar sujeito a um carregamento que está distribuído sobre sua superficie. Por exemplo, a pressão do vento sobre a superficie de um cartaz de propaganda (owdoor), a pressão da água dentro de um tanque ou o peso da areia sobre o piso de uma caixa de armazenamento são cargas distribuídas. A pres ão exercida em cada ponto da superficie indica a intensidade da carga. Ela é medida usando pa cais Pa (ou N/m2) em unidades do SI. Carregamento uniforme ao longo de um único eixo O tipo mais comum de carga distribuída encontrado na prática de engenharia é geralmente uni fonne ao longo de um único eixo.* Por exemplo, considere a viga (ou placa) na Figura 4.48a, que possui uma largura constante e está sujeita a um carre- gamento de pressão que varia apenas ao longo do eixo x. Esse carregamento pode • O caso mais gemi de um carregamento superficial não uni rorme atuando sobre um corpo é considerado na Seção 9.5. Fc= pOOj} N Problema 4.141 p (a) Figura 4.48 y X 134 I Estática IV /w = w(x) I dF = dA r--, r--i' ' - X o dr- 1- X I I L (b) 11' FR c A o .r~ -x L (d Figura 4.48 ser descrito pela função p = p(x) Nlm2• Ele contém somente uma variável x e, por isso, também podemos representá-lo como um carregamento disrribuído coplanm: Para isso, multiplicamos a função de carregamento pela largura b da viga, tal que w(x) = p(x)b Nlm (Figura 4.48b ). Usando os métodos da Seção 4.8, podemos substituir esse sistema de forças paralelas coplanares por uma única força resultante equivalente FR que age em uma posição específica sobre a viga (Figura 4.48c). Intensidade da forca resultante , Da Equação 4.17 (FR = L.F), a intensidade de F R é equivalente à soma de todas as forças do sistema. Nesse caso, precisamos usar integração porque existe um número infmito de forças paralelas dF agindo sobre a viga (Figura 4.48b). Como dF está agindo sobre um elemento do comprimento dx, e w(x) é uma força por unidade de comprimento, então, dF = w(x) dx = dA. Em outras palavras, a intensidade de dF é determinada pela área diferencial em cinza dA abaixo da curva de carregamento. Para o comprimento inteiro L, FR = [ w(x)dY = h dA = A ( 4.19) Portanto, a intensidade da força resultante é igual à área total A sob o diagrama de carregamento (Figura 4.48c). Posicão da forca resultante , , Aplicando a Equação 4. 17 (MR = 'LM0 ), a posição x da linha de ação de F R pode o ser detenninada igualando-se os momentos da força resultante e aos da distribuição das forças paralelas em relação ao ponto O (o eixo y). Como dF produz um momento de x dF = xw(x) dx em relação a O (Figura 4.48b), então, para o comprimento inteiro (figura 4.48c), -xFR = - [xw(x)dx Resolvendo para x, usando a Equação 4.19, temos: [ xw(x)dx j xdA X= L =~· ,....--! w(x)dx~dA (4.20) Essa coordenada x, localiza o centro geométrico ou centroide da área sob o carregamento distribuído. Em outras palavras, a força resultante tem uma linha de ação que passa pelo centroide C (centro geométrico) da área sob o diagrama de car- regamento (Figura 4.48c). O Capítulo 9 oferece um tratamento detalhado das técnicas de integração para determinar a posição do centroide de áreas. Contudo, em muitos casos, o diagrama do carregamento distribuído está na forma de um retângulo, triângulo ou alguma outra forma geométrica simples. A posição do centroide para essas fonnas comuns não precisa ser detem1inada pela equação anterior, mas pode ser obtida diretamente da ta bulação fornecida nos apêndices. Uma vez quex é determimado, F R• por simetria, passa pelo ponto (x, O) na superficie da viga (Figura 4.48a). Portanto, nesse caso, a força resultante possui uma intensidade igual ao volume sob a curva de carregamento p = p(x) e uma linha de ação que passa pelo centroide (centro geoméh·ico) desse volume. Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças t3s I Pontos importantes • Carregamentos distribuídos coplanares são definidas usando-se uma função do carregamento " ' = w(x) que indica a intensidade do carregamento ao longo da extensão de um membro. Essa intensidade é medida em N/m. • Os efeitos externo cau ados por um carregamento distribuído coplanar atuando sobre um corpo podem ser representados por uma única força resultante. • Essa força resultante é equivalente à área sob o diagrama do carregamento e tem uma linha de ação que passa pelo cellfroide ou centro geométrico dessa área. Exemplo 4.21 Determine a intensidade e a posição da força resultante equivalente que agem sobre A viga sustentando eslo pilho de madeiro esló sujeito o uma cargo uniforme de "'o- A forço resultante é, portanto, igual à área sob o diagramo de cargo F• - w.,b. Elo aluo através do cenlroide ou centro geométrico dessa óreo, b/2 o partir do suporte. o eixo na Figura 4.49a. w -SOLUCAO • Como w = w(x) é fornecido, este problema será revolvido por integração. O elemento diferencial possui uma área dA = w dx = 60xl d1:. Aplicando a Equação 4.19, +I~= 'i.F; ~ = f dA = [ 2'" 60x2 dx = 6,./ L} lm = 6o(K - .!!:.) f · O \3 O 3 3 = 160 A posição x de FR medida a partir do ponto O (Figura 4.49b} é detenninada por: f •2m rJ ~ ) !m ( 24 04 ) 1 x dA fu x( 60x2 ) dr 6\ f 0 60 4 - 4 x = ~dA - 160 N - 160 N 160 N = 1,5 m NOTA: Esses resultados podem ser verificados usando-se a tabela dos apêndices, que mostra que, para uma área sob uma curva parabólica de comprimento a, altura b c forma mostrada na Figura 4.49a, temos: A=~= 2 m(2~0N/m) = 160N c x= ~a= ~(2m)=1,5m Exemplo 4.22 Um carregamento distribuído de p = (800x) Pa atua sobre a superficie superior da viga mostrada na Figura 4.50a. Determine a intensidade e a posição da forçare ultante equivalente. I ' . --- (a) Figura 4.50 7200 Pa w = (60x2) dA = wdx (a) ~.f - 1,5 lll--l (b) Figura 4.49 136 I Estática 111 - 160x Nfm 1440 N/ m - \... + ~ l -x I X n (b) FR = 6,48 kN 1---. .rr = 6 m 3 m-1 c - I l v (<) Figura 4.50 (a) (b) Figura 4.51 SOLUCÃO • Como a intensidade do carregamento é uniforme ao longo da larbrura da viga (o eixo y), o carregamento pode ser visto em duas dimensões, como mostra a Figura 4.50b. Aqui: W = (800x N/m2) (0,2 m) = (J 60x) Nlm Em x = 9 m, observe que w = 1440 N/m. Embora possamos novamente aplicar as Equações 4.19 e 4.20 como no exemplo anterior, é mais simples usar a tabela que se encontra nos apêndices. A intensidade da força resultante é equivalente à área do triângulo. FR = +(9 m)(1440 N/m) = 6480 N = 6,48 kN A linha de ação de F R passa pelo centroide C desse triângulo. Logo, x = 9 m - t<9 m) = 6 m Os resultados são mostrados na Figura 4.50c. NOTA: Também podemos ver a resultante FR como atuante através do centroide do volume do diagrama do carregamento p = p(x) na Figura 4.50a. Consequentemente, F R intercepta o plano x-y no ponto (6 m, 0). Além disso, a intensidade de F R é igual ao volume sob o diagrama do carregamento; ou seja, ~ = V= ~ (7200 N/m2)(9 m)(0,2 m) = 6,48 kN Exemplo 4.23 O material granular exerce um carregamento distribuído sobre a viga como mostra a Figura 4.5 la. Determine a intensidade e a posição da resultante equivalente dessa carga. -SOLUCAO • A área do diagrama do carregamento é um trapézio e, portanto, a solução pode ser obtida diretamente pelas fórmulas de área e centroide para um trapézio listados nos apêndices. Como essas fónnulas não são lembradas faci lmente, em vez delas vamos resolver esse problema usando áreas 'compostas'. Aqui , dividiremos o carregamento trapezoidal em um carregamento retangular e triangular, como mostra a Figura 4.5 1 b. A intensidade da força representada por cada um desses carregamentos é igual à sua área associada, r;= ~ (9 rn )(50 kN/m) = 225 kN F; = (9 m)(50 kN/m) = 450 kN As linhas de ação dessas forças paralelas age através do cemroide de suas áreas associadas e, portanto, interceptam a viga em: .1r1 = t<9 m) = 3 m X2 =t(9 m)= 4,5 m As duas forças paralelas F 1 e F2 podem ser reduzidas a uma única resultante F R· A intensidade de F R é: + 1 ~ = l.F; FR = 225 + 450 = 675 kN Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 137 I Podemos determinar a posição de F R com referência ao ponto A (figuras 4.51 b e 4.5 1 c). Precisamos de: r+ MR, = L.MA; i"(675) = 3(225) + 4,5(450) x =4m 8 NOTA: A área trapezoidal na Figura 4.51 a também pode ser dividida em duas áreas triangulares, como mostra a Figura 4.51 d. Neste caso, (<) F;= ~ (9 m)( IOO kN/m) = 450 kN ~ = ~ (9 m)(50 kN/m) = 225 kN e XJ = t<9 m) = 3m x 4 = 9 m - t< 9 m) = 6 m (d) NOTA: Usando esses resultados, mostre novamente que Fn = 675 kN ex = 4 m. Figura 4.51 Problemas fundamentais 4.37. Determine a força resultante e especifique onde ela atua na viga, medindo a partir do pooro A. 9 kN/m 6 kN/m 3 kN/m ~ ~ ~ (õ\ A 8 1 ...... I ,5 m 3m -1 ,5 m- Problema 4.37 4.38. Determine a força resultante e especifique onde ela atua na viga, medindo a partir do ponto A. 3 kN/in ............... ,....... ...... ..-tl A 11 8 Problema 4.38 4.39. Detennine a força resultante e especifique onde ela atua na viga, medindo a partir do ponto A. 6 kN/m // r--r-,_ é"'/ r-- ~ / t ' --- ~ 8 A 3m 6m Problema 4.39 4.40. Detennine a força resultante e especifique onde ela atua na viga, medindo a partir do ponto A. 4 kN!Tn 2,5 k A 8 t-I· --2m--~ I m~l m~ Problema 4.40 4.41. Determine a força resultante e especifique onde ela atua na viga, medindo a partir do ponto A. 6kN/m 3 kN/m 8 () 4,5 m ----1-- 1,5 m --l Problema 4.41 4.42. Dctcnnine a força resultante e especifique onde ela atua na viga, medindo a partir do ponto A. • • • IV • A •• • • . ~ ,-/ rw= 2,5x3 rr/ _,_....-r _Li 160 N/m X 4m Problema 4.42 138 I Estática 4.142. Substitua o carregamento distribuído por uma força resultante equivalente e especifique sua posição na viga, medindo a partir de A. 15 kN/ m ~~--~-~-JIOkN/m ~3m Problema 4.142 4.143. Substitua o carregamento distribuído por uma força resultante equivalente e especifique sua posição na viga, medindo a partir de A. 8 kN/ m 1-rl-r--r-.,_.!4 kN/ m Problema 4.143 •4.144. Substitua o carregamento distribuído por uma força resultante equivalente e especifique sua posição na viga, medindo a partir de A. 800 /m r---2m----r------3m------~ Problema 4.144 •4.145. Substitua o carregamento distribuído por uma força resultante equivalente e especifique sua posição na viga, medindo a partir de A. A 8 Problema 4.145 4.146. A distribuição do carregamento do solo na parte inferior de uma plataforma de construção é mostrada. Substitua esse carregamento por uma força resultante equiva- lente e especifique sua posição, medida a partirdo ponto O. o I kN/ m 2kN/m Problema 4.146 4.147. Determine as intensidades w1 e w2 do carregamento distribuído agindo na parte inferior da plataforma, de modo que esse carregamento tenha uma força resultante equivalente que seja igual mas oposta à resultante do carregamento distribuído atuando no topo da plataforma. 6kN/m A 8 Problema 4.147 *4.148. Os tijolos sobre a viga e os apoios na sua base criam o carregamento djstribuído mostrado na segunda figura. Determine a intensidade w e dimensão d do apoio direito necessário para que a força e o momento de binário resultantes em relação ao ponto A do sistema sejam nulos. l-l:o._5 rn_·l __ 3 200 N/m m ~,...,... ,...,... .... 75 N/rn A 1 w 0,5 m l 3m f-dj Problema 4.148 •4.149. A pressão do vento atuando sobre um painel triangular é unifom1e. Substitua esse carregamento por uma força e momento de binário resultante equivalentes no ponto O. z 1,2 m lm I,..!•!J------1..-y o X Problema 4.149 4.150. A viga está sujeita ao canegamento distribuído. Detennine o comprimento b do cau egamento uniforme e sua posição a sobre a viga de modo que a força e o momento de binário resultantes que agem na viga sejam nulos. b l i kNA-11 f-a - r: ~· _,_ Y \, v v / 1.5 kN/m ...... --- Problema 4.1 SO 4.151. Atualmente, 85% de todas as lesões de pescoço são causadas por colisões traseiras de automóveis. Para minimizar esse problema, tem sido desenvolvido um apoio de banco automobilístico que fomcce uma pressão de contato adicional com a cabeça. Durante testes dinâmicos, a distribuição da carga sobre a cabeça foi representada em gráfico e se mostrou parabólica. Determine a força resultante equivalente e sua posição, medida a partir do ponto A. Problema 4.1 S 1 Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 139 I *4.152. O vento soprou a areia sobre uma plataforma de modo que a intensidade da carga pode ser aproximada pela função w = {0,5~) N/m. Simplifique esse canegamento distribuído para uma força resultanteequivalentee especifique sua intensidade e posição medida a partir de A. IV 500 N/m 1--li-----10 m ----1-1 Problema 4.1 S2 •4.153. O concreto molhado exerce uma djstribuição de pressão ao longo das paredes da fonna. Determine a força resultante dessa distribuição e especifique a altura h onde o suporte deve ser colocado de modo a situar-se na linha de ação da força resultante. A parede possui uma largura de 5 m. 4m , I • Problema 4.1 S3 4.154. Substitua o canegamento distribuído por uma força resultante equjvalente e especifique sua posição na viga, medindo a partir do ponto A. IV I 8 kN/m A ---x 11-· ------4 tn ------1·' Problema 4.1 S4 140 I Estático 4.155. Substitua o carregamento por uma força resultante e momento de binário equivalentes no ponto A. •4.156. Substitua o carregamento por uma força resultante e momento de binário equivalentes que agem no ponto B. I k 1m 8 1---1.2 m----1 ,8 m 2 k /m Problemas 4.1SS/ 1S6 •4.157. A força de sustentação ao longo da asa de um avião consiste em uma distribuição uniforme ao longo de AB, e uma distribuição semiparabólica ao longo de BC com origem em B. Substitua esse carregamento por uma única força resultante c cspcci fique sua pos ição, medindo a partir do ponto A. li ... (48 - 0,75x1) kNim 48 k] m Problema 4.1 S7 4.158. O carregamento distribuído atua sobre a viga conforme ilustrado. Determine a intensidade da força resultante equivalente c especifique onde ela age, medindo a partir do ponto A. 4.159. O carregamento distribuído atua sobre a viga conforme ilustrado. Determine a intensidade máxima w ..... ,. Qual é a intensidade da força resultante equivalente? Especifique onde ela atua, medindo a partir do ponto B. " " (-2x2 + 4x + I 6) kN/m ~"'"--r--. i' "' A 1\. .à 8 -x 1---- 4m ------1 Problemas 4.1 S8/ 1 S9 •4.160. O can·egamcnto distribuído atua sobre a viga con forme ilustrado. Determine a intensidade da força resultante equivalente e especifique sua posição, medindo a partir do ponto A. ,. = ( t· t l lx + 4) kN!t 11 ,... ~"-r-...._ "'r--2 4 k 1m kNim A 8 la -x lOm .-.,- I Problema 4.160 •4.161. Se a distribuição da reação do solo sobre o tubo por metro de comprimento pode cr aproximada como mostrado, detenninc a intensidade da força resultante devido a esse carregamento. 0,5 kN/m Problema 4.161 - , REVISAO DO CAPITULO Momento de uma força - definição escalar Uma força produz um efeito de rotação ou momento em relação a um ponto O que não se situe sobre a sua linha de ação. Na forma escalar, a intensidade do momento é o produto da força pelo braço de momento ou distância perpendicular do ponto O ã linha de ação da força. A direção do momento é definida usando a regra da mão direita. M 0 sempre age ao longo de um eixo perpendicular ao plano contendo F e d, e passa pelo ponto O. Em vez de encontrar d, normalmente é mais fáci l decompor a força em suas componentes x e y , determinar o momento de cada componente em relação ao ponto e, depois, somar os resultados. Esse é o chamado princípio dos momentos. Momento de uma força - definição vetorial Como a geometria tridimensional normalmente é mais dificil de visualizar, o produto vetorial deve ser usado para determinar o momento. Aqui, M 0 = r X F, onde r é um vetor posição que se estende do ponto O a qualquer ponto A, 8 ou C sobre a linha de ação de F. Se o vetor posição r e a fo rça F são expressos como vetores cartesianos, então, o produto vetorial resulta da expansão de um determinante. Momento em relação a um eixo Se o momento de uma força F precisa ser deter- minado em relação a um eixo arbitrário a, então a projeção do momento sobre o eixo precisa ser obtida. Desde que a distância d,, que é perpendi- cular tanto ã linha de ação da força quanto ao eixo, possa ser determinada, então o momento da força em relação ao eixo pode ser detenninado através de uma equação escalar. Observe que, quando a linha de ação de F intercepta o eixo, o momento de F em relação ao eixo é zero. Além disso, quando a linha de ação de F é paralela ao eixo, o momento de F em relação ao eixo é zero. Em três dimensões, o produto triplo escalar deve ser usado. Aqui, U 0 é o vetor unitário que especifica a direção do eixo, e r é um vetor posição direcionado de qualquer ponto sobre o eixo a qualquer ponto sobre a linha de ação da força. Se M, é calculado como um escalar negativo, então o sentido da direção de M" é oposto a U0 • Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 141 M0 = Fd Mo = Fd = Fxy - ~.x M 0 = r,. X F = r8 X F = r c X F . • k I J M 0 = r x F = ~. ')· r. ~ F.. F. - Eixo do momcmo iL ) y X y /f~ __ ....___ X o -- c r c: 8 F" A Mo r,~ '19-....c ~0~--------~--y X a _.. a J M, ::::~ Eixo da projeção, a ' F F 142 I Estática Momento de binário Um binário consiste de duas forças iguais e opostas que atuam a uma distância perpendicular d. Os binários tendem a produzir uma rotação sem translação. A intensidade do momento de binário é M = Fd e sua direção é estabelecida usando a regra da mão direita. Se o produto vetorial é usado para determinar o momento de um binário, então r se estende de algum ponto sobre a linha de ação de uma das forças a algum ponto sobre a linha de ação da outra força F que é usada no produto vetorial. Simplificação de um sistema de forças e binários Qualquer sistema de forças e binários pode ser reduzido a uma única força resultante e momento de binário resultante agindo em um ponto. A força resultante é a soma de todas as forças do sistema, FR = ~F, e o momento de binário resultante é igual à soma de todos os momentos das forças em relação ao ponto e aos momentos de binário. MR =~M0 + ~M . ' o E possível simplificar ainda mais para uma única força resultante, desde que o sistema de forças seja concorrente,coplanar ou paralelo. Para encontrar a posição da força resultante a partir de um ponto, é necessário igualar o momento da força resultante em relação ao ponto ao momento das forças e binários no sistema em relação ao mesmo ponto. Se a força e o momento de binário resultantes em um ponto não forem perpendiculares, então esse sistema pode ser reduzido a um torsor, que consiste na força e momento de binário resultante co linear. Carregamento distribuído coplanar Um carregamento distribuído simples pode ser representada por sua força resultante, que é equi- valente à área sob a curva do can·egamento. Essa resultante possui uma linha de ação que passa pelo centroide ou centro geométrico da área ou volume sob o diagrama do carregamento. b o M = Fd 1\1 = r X F ---a --MRo a b -- w = w (x) / / ,.,.. / __ ..,.....->- X ( ) ( ) t-I·---L -----1 - F -- b -- MRo d=r'R b A oÇ=====~ 1-x-_j 1--- L -----1 4.162. A viga está sujeita ao carregamento parabólica. Determine um sistema de força c binário equivalente no ponto A. 8 kN,.j m / ,-"" ,-"" w = (8 x 2) kN/m '\ ~,....r"' _,...---- o H~~ v· X A lm I ~ Problema 4.167 4.163. Dois binários atuam sobre a estrutura. Se o momento de binário resultante deve ser zero, determine a distância d entre as forças do binário de 500 N. 500 N l-0,9 m-~d-~--+--0,9 m A 500 N 750 N Problema 4.163 750 N 8 1 I ,2 m •4.164. Determine os ângulos de direção coordenados a, {J, y da força F que é aplicada na extremidade do encanamento, de modo que o momento de F em relação a O seja zero. •4.165. Determine o momento da força F em relação ao ponto O. A força possui ângulos de direção coordenados de a = 60°, fJ = 120°, y = 45°. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. F - 100 N z 250mm r--- 200 mm -----,.,4-- 150 nml --7 X Problemas 4.164/ 16S Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 143 I 4.166. A lança do elevador é estendida até a posição mostrada. Se o operário pesa 800 N (~ 80 kg), determine o momento dessa força em relação à conexão em A. Problema 4.166 4.167. Determine o momento da força F c em relação a dobradiça da porta em A. Expresse o resultado como um vetor cartesiano. •4.168. Determine a intensidade do momento da força F c em relação ao eixo das dobradiças aa da po11a. X / ~ y Problemas 4.167/ 168 •4.169. Expresse o momento do binário atuando no encanamento na forma de um vetor cartesiano. Resolva o problema (a) usando a Equação 4.13 e (b) somando o mo- mento de cada força em relação ao ponto O. Considere F = {25k} N. 4.170. Se o momento de binário atuando no encanamento possui uma intensidade de 400 N · m, determine a intensidade F da força vertical aplicada em cada chave. Problemas 4.169/ 170 144 I Estático 4.171. Substitua a força em A por uma força c momento de binário resultante equivalente no ponto P. Expresse o resultado na forma de um vetor cartesiano. p T 4m lOm 8m L 6 m--r:~::::-8 -m:_-:._-:_-..,.7-/~A ~ Problema 4.171 •4.112. A força horizontal de 30 N atua no cabo da chave. Determine o momento de sa força em relação ao ponto O. Especifique os ângulos de d ireção coordenados a, p, y do eixo do momento. •4.113. A força horizontal de 30 N atua no cabo da chave. Qual é a intensidade do momento dessa força em relação ao eixo z? Problemas 4.1 72/ 173 Equilíbrio de um corpo rígido Obietivos do capítulo • Desenvolver as equações de equilíbrio para um corpo rígido. • Introduzir o conceito do diagrama de corpo livre para um corpo rígido. • Mostrar como resolver problemas de equilíbrio de corpo rígido usando as equações de equilíbrio. Condições de equilíbrio do corpo rígido Nesta seção, desenvolveremos as condições necessárias c suficientes para o equilíbrio do corpo rígido na Figura 5.Ja. Como mostra a figura , este corpo está sujeito a um sistema externo de força e momento de binário que é o resultado dos efeitos das forças gravitacionais, elétricas, magnéticas ou de contato causadas pelos corpos adjacentes. As forças internas causadas pelas interações entre partículas dentro do corpo não são mostradas nesta figura porque essas forças ocorrem em pares colineares iguais, mas opostos e, portanto, serão canceladas, uma consequência da terceira lei de Newton. F4 ! '' "' o. ,., 111 -= ( 1\12 Figura S.l Usando os métodos do capítulo anterior, o sistema de força e momento de binário que atuam sobre um corpo podem ser reduzidos a uma força resultante e um momeuto de binário resultante equivalentes em qualquer ponto O arbitrário dentro ou fora do 146 I Estática (b) (c) Figura S.l w 2T R Figura S.2 corpo (Figura 5.1 b). Se essa força e momento de binário resultantes são ambos iguais a zero, então dizemos que o corpo está em equilíbrio. Matematicamente, o equilíbrio de um corpo é expresso como: FR = 1:F =o (MR)o = 1:M0 = O (5.1) A primeira dessas equações afirma que a soma das forças que agem sobre o corpo é igual a zero. A segunda equação diz que a soma dos momentos de todas as forças no sistema em relação ao ponto O, somada a todos os momentos de binário, é igual a zero. Essas duas equações não são apenas necessárias para o equilíbrio; elas são também suficientes. Para mostrar isso, considere a soma dos momentos em relação a algum outro ponto, como o ponto A na Figura 5.1 c. Precisamos de: 1:MA = r X FR + (MR)o = O Como r i: O, essa equação é satisfeita apenas se as equações 5.1 forem satisfeitas, ou seja, se FR = O e (MR)o = O. Ao aplicarmos as equações de equilíbrio, assumiremos que o corpo permanece rígido. a verdade, entretanto, todos os corpos deformam quando sujeitos a cargas. Embora esse seja o caso, mruitos dos materiais usados em engenhar ia, como o aço e o concreto, são muito rígidos e, portanto, sua deformação normalmente é muito pequena. Consequentemente, quando aplicamos as equações de equilíbrio, em geral podemos assumir, sem introduzir qualquer erro significativo, que o corpo pem1anecerá rígido e não deformará sob a carga aplicada. Desse modo, a direção das forças aplicadas e seus braços de momento com relação a uma referência fixa pem1anecem invariáveis antes e após o corpo ser carregado. , - EQUILIBRIO EM DUAS DIMENSOES Na primeira parte do capítulo, consideraremos o caso em que o sistema de forças que age sobre um corpo rígido se situa em, ou pode ser projetado para, um único plano e, além disso, quaisquer momentos de binário atuando sobre o corpo são direcionados perpendicularmente a esse plano. Esse tipo de sistema de força e binário é frequentemente referido como um sistema de forças bidimensional ou coplanar. Por exemplo, o aeroplano na Figura 5.2 possui um plano de simetria através de seu eixo centran e, portanto, as cargas atuando sobre o aeroplano são simétricas em relação a esse plano. Assim, cada um dos dois pneus de asa suportará a mesma carga T, que é representada na visão lateral (bidimensional) do plano como 2T . Diagramas de corpo livre A aplicação bem-sucedida das equações de equilíbrio requer uma especificação completa de todas as forças externas conhecidas e desconhecidas que atuam sobre o corpo. A melhor maneira de considerar essas forças é desenhar um diagrama de corpo livre. Esse diagrama é um esboço da forma do corpo, que o representa isolado ou 'livre' de seu ambiente, ou seja, um 'corpo livre'. Nesse esboço é necessário mostrar todas as forças e momentos de binário que o ambiente exerce sobre o corpo de modo que esses efeitos possam ser considerados quando as equações de equilíbrio são aplicadas. Um entendimento completo de como desenhar um diagrama de corpo livre é de primordial importância para a resolução de problemas em mecânica. Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 147 I Rea~ões de apoio Antes de apresentar um procedimento formal de como desenhar um diagrama de corpo livre, vamos analisar os vários tipos de reações que ocorrem em apoiose pontos de contato entre corpos sujeitos a sistemas de forças coplanares. Como regra geral, • Se um apoio impede a translação de um corpo em uma determinada direção, então, uma força é desenvolvida no corpo nessa direção. • Se a rotação é impedida, um momento de binário é exercido sobre o corpo. Por exemplo, vamos considerar três maneiras na qual um membro horizontal, como uma viga, é apoiado na sua extremidade. Um método consiste de um rolete ou cilindro (Figura 5.3a). Como esse apoio apenas impede que a viga translade na direção vertical, o rolete só exercerá uma força sobre a viga nessa direção (Figura 5.3b ). A viga pode ser apoiada de uma forma mais restritiva por meio de um pino, (Figura 5.3c). O pino passa por um furo na viga e duas fol has que são fixas no solo. Aqui, o pino pode impedir a translação da viga em qualquer direção ,P (Figura 5.3d) e, portanto, o pino deve exercer uma força F sobre a viga nessa direção. Para fins de análise, geralmente é mais fácil representar essa força resultante F por suas duas componentes retangulares F.r e F,. (Figura 5.3e). Se F.r e FY são conhecidas, então F e ,P podem ser calculadas. A maneira mais restritiva de apoiar a viga seria usar um apoio fixo, como mostra a (Figura 5.3./). Esse apoio impedirá tanto a translação quanto a rotação da viga. Para fazer isso, uma força e momento de binário devem ser desenvolvidos sobre a viga em seu ponto de conexão (Figura 5.3g). Como no caso do pino, a força geralmente é representada pelas suas componentes retangulares F_.. e FY" A Tabela 5. J relaciona outros tipos comuns de apoio para corpos sujeitos a sistemas de forças coplanares. (Em todos os casos, assume-se que o ângulo e seja conhecido.) Estude cuidadosamente cada um dos símbolos usados para representar esses apoios e os tipos de reações que exercem sobre seus membros em contato. TABELA S.l I Apoios para corpos rígidos sujeitos a sistemas de forças bidimensionais Tipos de conexão Reação (1) cabo (2) rolete (a) (b) t . ptno (<) (d) (e) apoio fixo (f) (g) Figura 5.3 Número de incógnitas Uma incógnita. A reação é uma força de tração que atua para fora do membro na direção do cabo. ou Uma incógnita. A reação é uma força que atua ao longo do eixo e ligação. F ligação sem peso (3) rolctc F f Uma incógnita. A reação é uma força que atua perpendicularmente à superftcie no ponto de contato. F ('c:()fllillllll,} 148 (4) (5) (6) (7) ( l O) Estática Tipos de conexão rolete ou pino confinado em ranhura lisa apoio oscilante superficic de contato lisa membro fixo conectado ao colar em haste lisa apoio fixo ou engaste F F F F F MQ~·':J Reação ou F ou ou (comimiOÇ(iO) N(Jmero de incógnitas Uma incógnita. A reação é uma força que atua perpendicularmente a ranhura. Uma incógnita. A reação é uma força que atua perpendicularmente à superfície no ponto de contato. Uma incógnita. A reação é uma força que atua perpendicularmente à superfície no ponto de contato. Uma incógnita. A reação é uma força que atua perpendicularmente à barra. Duas incógnitas. As reações são duas componentes da força, ou a intensidade e a direção ~ da força resultante. Note que 1/J e fJ não são necessariamente iguais [normalmente não, a menos que a barra mostrada seja uma ligação como em (2)]. Duas incógnitas. As reações são o momento de binário e a força que age perpendicularmente à barra. Três incógnitas. As reações são o momento de binário e as duas componentes da força , ou o momento de binário e a intensidade e direção ~ da força resultante. Exemplos comuns de suportes reais são mostrados na seguinte sequência de fotos. Os números se referem aos tipos de conexão da Tabela 5.1. O cobo exerce umo forço sobre o opoio, no direção do cobo. (I) O apoio oscilante poro esta vigo meslro de ponte permite um movimento hori zontol de modo que o ponte esteja livre poro se expandir e contrair devido às variações de temperatura. (5) Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 149 I Esta viga mestra de concreto está apoiado sobre o base que deve agir como uma superfície de contato liso. (6) Forcas internas , \. Esta construção utilitário está apoiado por pinos no oito do coluna. (8) Como vimos na Seção 5. 1, as forças internas que atuam entre partículas adjacentes em um corpo sempre ocorrem em pares colineares de modo que tenham a mesma intensidade e ajam em direções opostas (terceira lei de Newton). Como es as forças • se cancelam mutuamente, elas não criarão um efeito externo sobre o corpo. E por essa razão que as forças internas não devem ser incluídas no diagrama de corpo livre se o corpo inteiro precisa ser considerado. Por exemplo, o motor mostrado na Figura 5.4a tem um diagrama de corpo livre mostrado na Figura 5.4b. As forças internas entre todas as peças conectadas, como parafusos e porcas, se cancelarão, pois formam pares colincarcs iguais c opostos. Apenas as forças externa T 1 c T 1, exercidas pelas correntes c pelo peso do motor W, são mostradas no diagrama de corpo livre. (a) w (b) Figura 5.4 O peso e o centro de gravidade Quando um corpo está dentro de um campo gravitacional, cada uma de suas partículas possui um peso específico. A Seção 4.8 mostrou que esse sistema de forças pode ser reduzido a uma única força resultante que age em um ponto específico. Essa força resultante é chamada de peso W do corpo, e a posição de seu ponto de aplicação, decelllro de gravidade. Os métodos utilizados para sua deterrnimação serão desenvolvidos no Capítulo 9. Nos exemplos c problemas que se seguem, se o peso do corpo é importante para a análise, essa força será citada no enunciado do problema. Além disso, quando o corpo é uniforme ou feito do mesmo material, o centro de gravidade estará localizado no centro geométrico ou centroide do corpo; no entanto, se o corpo é constituído de uma distribuição não uniforme de material, ou possui uma forma incomum, a localização de seu centro de gravidade C será dada. As vigas do piso desta construção são juntos soldados e, portento, formam conexões fixos. ( 1 O) 150 I Estático (a) F 8 (b) Figura S.S Modelos idealizados Quando tm1 engenheiro realiza uma análise de força de qualquer objeto, ele considera um modelo analítico ou idealizado correspondente que fornece resultados que se aproximam o máximo possível da situação real. Para isso, escolhas cuidadosas precisam ser feitas de modo que a seleção do tipo de apoio, o comportamento do material e as dimensões do objeto possam ser justificados. Desse modo, pode-se sentir seguro de que qualquer projeto ou análise produzirá resultados que podem ser confiáveis. Nos casos mais complexos, esse processo pode exigir o desenvolvimento de vários modelos diferentes do objeto a ser analisado. Em qualquer caso, no entanto, esse processo de seleção requer babilidade e experiência. Os dois casos a seguir ilustram o que é necessário para desenvolver um modelo adequado. Na Figura 5.5a, a viga de aço deve ser uti lizada para apoiar as três vigas do telhado de um edifício. Para uma análise de força, é razoável assumir que o material (aço) é rígido, já que apenas pequenas deformações ocorrerão quando a viga é carregada. A conexão aparafusada em A permitirá qualquer rotação leve que ocon·a aqui quando a carga for apLicada e, assim, um pino pode ser considerado para esse apoio. Em B, um rolete pode ser considerado, já que esse suporte não oferece qualquer resistência ao movimento horizontal. Nom1as de edificação são usadas para especificar a carga A de tLm telhado de modo que as cargas de viga F possam ser calculadas. Essas forças serão maiores do que qualquer carga real na viga, wna vez que elas consideram casos extremos de carga e efeitos dinâmicos ou vibracionais. Finalmente, o peso da viga geralmente é desprezado quando é pequeno comparado com a carga que ela suporta.O modelo idealizado da viga, portanto, é mostrado com dimensões médias a, b, c e d na Figura 5.5b. Como um segundo caso, considere a lança do elevador na Figura 5.6a. Por observação, ele está apoiodo em um pino em A e pelo cilindro hidráulico BC, que pode ser equiparado a uma ligação sem peso. O material pode ser assumido rígido e com sua densidade conhecida; o peso da lança e a posição de seu centro de gravidade G são determinados. Qua111do uma carga de projeto P é especificada, o modelo idealizado mostrado na Figura 5.6b pode ser utilizado para uma análise de força. As dimensões médias (não mostradas) são usadas para especificar o local das cargas e . apOIOS. Modelos idealizados de Qbjetos específicos serão dados em alguns dos exemplos ao longo deste capítulo. Cabe ressaltar, porém, que cada caso representa a redução de uma situação prática, utilizando hipóteses simplificadoras, como as ilustradas aqui. p (a) (b) Figura S.6 Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 151 I Procedimento para análise Para construir um diagrama de corpo üvre para um corpo rígido ou qualquer grupo de corpo considerados como um sistema único, as etapas a seguir devem cr realizadas: Desenhe o formo esboçado Imagine que o corpo esteja isolado ou ' livre' de suas restrições c conexões, c de cnhc (c bocc) sua forma. Mostre todos os forças e momentos de binário Identifique todas as forças externas e momentos de binário conhecidos e desconhecidos que atuam sobre o c01po. Em geral, as forças encontradas se devem a ( I) cargas aplicadas, (2) reações ocorrendo nos apoios ou em pontos de contato com outros corpos (veja a Tabela 5.1) e (3) o peso do corpo. Para considerar todos esses efeitos, pode ser lltil rastrear os contornos, observando cuidadosamente cada força ou momento de binário que age sobre eles. Identifique cada cargo e dimensões dados As forças c momentos de binário que são conhecidas devem ser indicadas com suas intensidades c direções corretas. Letras são usadas para representar as intensi- dades e ângulos de direção das forças e momentos de binário que são de conhecidos. Estabeleça um sistema de coordenadas x, y de modo que essas incógnitas, A., A, etc., possam ser identificadas. Finalmente, indique as dimensões do corpo neces árias para calcular os momentos das forças. Pontos importantes • enhum problema de equilíbrio deve ser resolvido sem antes desenhar o diagrama de corpo livre, a fim de considerar todas as forças e momentos de binário que atuam sobre o corpo. • Se um apoio impede a translação de um corpo em uma determinada direção, então o apoio exerce uma força sobre o corpo nessa direção. • Se a rotaçliO é impedida, então o apoio exerce um momento de binário sobre o corpo. • Estude a Tabela 5.1. • As forças internas nunca são mostradas no diagrama de corpo livre, já que elas ocorrem em pares colincarcs iguais, mas opostos e. portanto, se cancelam. • O peso de um corpo é uma força externa e seu efeito é representado por uma única força resultante que atua sobre o centro de gravidade G do corpo. • Momentos de binário podem ser colocados em qualquer lugar no diagrama de corpo livre, visto que ão vetores livres. As forças podem agir em qualquer ponto ao longo de suas linhas de ação, já que são verores desli=anres. 152 I Estática (a) Figura 5.8 Exemplo 5.1 Desenhe um diagrama de corpo livre da viga uniforme mostrada na Figura 5.7a. A viga possui uma massa de I 00 kg. 1--2 m - -l 1200 N A r------------6m------------, (a) ~ SOLUCAO • O diagrama de corpo livre da viga é mostrado na Figura 5.7b. Como o suporte em A é fixo, a parede exerce três reações sobre a viga, representadas como A.., A ... e M". As intensidades dessas reações são desconhecidas e seu sentido foi assumido. O peso da viga, W = 100(9,81) N = 981 N, atua através do centro de gravidade da viga G, que está a 3 m de A, já que a viga é unifonne. y LX AJ' f--2m ., ~ ~A.,~ lO Efeito do apo fixo que atua na vtga ~~ MA 3m (b) Figura 5.7 Exemplo 5.2 1200 N Efeito da força apl icada que atua na viga G 981 N I Efei to da gravidade (peso) que atua na viga Desenhe um diagrama de corpo livre do pedal mostrado na Figura 5.8a. O operador aplica uma força vertical no pedal de modo que a mola é estendida em 40 mm e a força no elo curto em 8 é I 00 N. ~ SOLUCAO • Por observação da foto, o pedal é aparafusado frouxamente à estrutura em A. A barra em 8 é pinada em suas extremidades e age como uma ligação curta. Após fazer as medições apropriadas, o modelo idealizado do pedal é mostrado na Figura 5.8b. A partir dele, o diag rama de corpo livre é mostrado na Figura 5.8c. O apoio pinado em A exerce componentes de força Ax e AY sobre o pedal. A ligação em 8 exerce uma força de I 00 N, atuando na direção da ligação. Se a rigidez é medida e detenninada a ser k = 5 N/m, então, como o alongamento s = 40 mm, usando a Equação 3.2, F, = ks = 5 N/m (40 mm) = 200 N. Finalmente, o sapato do operador aplica uma força vertical de F sobre o pedal. As dimensões do pedal também são mostradas no Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 153 I diagrama de corpo livre, já que essa informação será útil quando calcularmos os momentos das forças. Como sempre, os sentidos das forças desconhecidas em A foram as um idos. Os sentidos corretos se tomarão claros após resolvermos as equações de equilíbrio. F F I 4orm I 25mm k - SN/m L= l25mm 125 mm (b) Figura 5.8 Exemplo 5.3 Dois tubos lisos, cada um com uma massa de 300 kg, são suspensos pela pá do trator na Figura 5.9a. Desenhe os diagramas de corpo livre para cada tubo e para os dois tubos juntos. -SOLUCAO • O modelo idealizado a partir do qual precisamos desenhar os diagramas de corpo livre é mostrado na Figura 5.9b. Aqui, os tubos são identificados. as dimen ões foram acrescentada c a situação fisica reduzida à sua forma mais simple . O diagrama de corpo livre para o tubo A é mostrado na Figura S.9c. Seu peso é W = 300(9,81) N = 2943 N. Considerando que todas as superficics de contato são lisas, as forças reativas T, F, R agem em uma direção normal à tangente em suas superficics de contato. (b) Efeito da lâmina inclinada agindo emA 2943 N Efeito da gravidade (peso) agindo em A (c) Efeito de B agindo sobre A R o· Efeito do garfo F inclinado agindo emA O diagrama de corpo livre do tubo 8 é mostrado na Figura 5.9d. Você pode identificar cada uma das três forças atuando neste tubo? Em particular, note que R, representando a força de A sobre 8 (Figura S.9d), é igual e oposta a R representando a força de 8 em A (Figura 5. 9c). Isso é uma consequência da terceira lei do movimento de Newton. O diagrama de corpo livre dos dois tubos combinados (o 'sistema') é mostrado na Figura 5.9e. Aqui a força de contato R, que age entre A e 8 , é considerada uma força interna c, portanto, não é mostrada no diagrama de corpo livre. Ou seja, ela representa um par de forças eolineares iguais, mas opostas, o que faz com que uma cancele a outra. 100 ' 200 A Ar A_. (c) R T 40rm 25mm (a) 2943 p (d) 2943 N 2943N \ F (e) Figura 5.9 p 154 I Estática ~1 ,40 m-k-:--1 0,8 m (b) A, ---i~..._.....óll 1,40 m---l 0,8 m A A, 1962 N (c) Figura S.l O Problemas Exemplo 5.4 Desenhe o diagrama de corpo livre da plataforma descarregada que está suspensa para fora do equipamento de óleo mostrado na Figura 5.1 Oa. A platafonna possui uma massa de 200 kg. (a) -SOLUCAO • O modelo idealizado da platafonna será considerado em duas dimensões porque, por observação, a carga e as dimensões são todas simétricas em relação a um plano vertical passando por seu centro (Figura 5.1 Ob). A conexão em A é considemda um pino e o cabo sustenta a plataforma em B. A direção do cabo e as dimensões médias da plataforma são dadas, e o centro de gravidade G foi determinado. É desse modelo que desenhamos odiagrama de corpo livre mostrado na Figura 5.1 Oc. O peso da plataforma é 200(9,81) = I 962 N. As componentes da força Ax e A,., bem como a força do cabo T, representam as reações que ambos os pinos e ambos os cabos exercem sobre a platafom1a (Figura 5.1 Oa). Consequentemente, após a solução para essas reações, metade de suas intensidades é desenvolvida em A e metade em B. •5.1. Desenhe o diagrama de corpo livre da bobina de papel de 50 kg que possui um centro de massa em G e se apoia sobre a lâmina lisa da empilhadeira. Explique o significado de cada força em ação no diagrama. (Veja a Figura 5.7b.) 5.2. Desenhe um diagrama de corpo livre do membro AB, que está apoiado por um rolete em A e por um pino em 8. Explique o significado de cada força em ação no diagrama. (Veja a Figura 5.7b.) 1950 1200 N · m Problema S.l Problema 5.2 5.3. Desenhe o diagrama de corpo livre da caçamba D do caminhão, que possui um peso de 25 kN e um centro de gravidade em G. Ela está apoiada em um pino em A e um cilindro hidráulico conectado por pino em BC (ligação curta). Explique o significado de cada força em ação no diagrama. (Veja a Figura 5.7b.) Problema 5.3 •5.4. Desenhe o diagrama de corpo livre da viga que suporta a carga de 80 kg e é sustentada por wn pino em A e wn cabo que contorna a polia em D. Explique o significado de cada força em ação no diagrama. (Veja a Figura 5.7b.) D 4 A B E ~~~~~=;jlc ~2 m- -+- 2 m--l--1,5 m-Il Problema 5.4 •5.5. Desenhe o diagrama de corpo livre da treliça que é sustentada pelo caboAB e pelo pino C. Explique o significado de cada força em ação no diagrama. (Veja a Figura 5.7b.) 8 A . .. I 2 m -1 : :. 3 kN 4k 2 m l- 2m I 2 m Problema 5.5 Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 155 I 5.6. Desenhe o diagrama de corpo livre da lança de guindaste AB, que possui um peso de 3,25 kN e um centro de gravidade em G. O apoio é sustentado por um pino em A e um cabo em BC. A carga de 6,25 kN é suspensa por um cabo preso em B. Explique o significado de cada força em ação no diagrama. (Veja a Figura 5.7b.) 3,6 m 8 5,4 m - -• • .A. Problema 5.6 5.7. Desenhe o diagrama de corpo li vre da chave, sujeita à força de I 00 N. O apoio em A pode ser considerado um pino, e a superfície de contato em B é lisa. Explique o significado de cada força em ação no diagrama. (Veja a Figura 5. 7 b.) 100 N Problema 5.7 •5.8. Desenhe o diagrama de corpo livre do membro ABC que é sustentado por um anel liso em A, um rolete em B e uma ligação curta em CD. Explique o significado de cada força em ação no diagrama. (Veja a Figura 5.7b.) 2,5 kN c ,. D ·--------~·,,.11 T 3 m I Problema 5.8 156 I Estática •5.9. Desenhe o diagrama de corpo livre da barra, que possui uma espessura desprezível e pontos de contato lisos em A, B c C. Explique o significado de cada força em ação no diagrama. (Veja a Figura 5.7b.) 75~m 30° ~ 125 mm c 8 - -;; 30° Problema S. 9 5.10. Desenhe o diagrama de corpo livre do guincho, que consiste de um tambor de raio I 00 mm. Ele está conectado Problemas conceituais 5.1. Desenhe o diagrama de corpo livre uniforme da lata de lixo, que tem um peso significante. Ela é conectada por pino em A e se apoia sobre um membro horizontal liso em 8. Mostre seu resultado em uma vista. Rotule quaisquer dimensões necessárias. Problema 5.1 5.2. Desenhe o diagrc~ma de corpo livre do estabilizador ABC usado para apoiar uma escavadeira. O pino superior 8 é conec- tado ao cilindro hidráulico, que pode ser considerado uma I igação curto (membro de duas forças); a sapata em A é lisa e o estabi- lizador está conectado à estrutura por meio de lLI1l pino em C. Problema 5.2 por pino em seu centro C e, em seu anel externo, existe uma engrenagem dentada com raio médio de 150 mm. A trava AB serve como um membro de duas forças (ligação curta) e impede que o tambor gire. Explique o significado de cada força em ação no diagrama. (Veja a Figura 5.7b.) 100 mm 2500 N Problema 5.1 O 5.3. Desenhe o diagrama de corpo livre da asa de um avião de passageiros. Os pesos do motor e da asa são significantes. Os pneus em B são lisos. - Problema 5.3 *5.4. Desenhe o diagrama de corpo livre da roda e o membro A8C usado como parte do trem de pouso em um avião a jato. O cilindro hidráulico AD atua como um membro de duas forças e existe urna conexão de pino em B. Problema 5.4 Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido I 157 I Equações de equilíbrio Na Seção 5.1, de envolvemos as duas equações que são necessárias e sulicientes para o equilíbrio de um corpo rígido, a saber. LF = O e LM 0 = O. Quando o corpo está sujeito a um sistema de forças, todas situadas no plano x y, então a forças podem ser decomposta em suas componentes x c y. Consequentemente, as condições para o equilíbrio em duas d imensões são: r I 'EF =O ;c 'EF_,. = o (5.2) 'iM0 =0 Aqui, 'EF, c 'EF,, representam as somas algébricas respectivamente das componentes x c y de todas as forças agindo sobre o corpo; e 'EM0 representa a soma a lgébrica dos momentos de binário c os momentos de todas as componentes de força em relação ao eixo z, que é perpendicular ao plano x-y c passa pelo ponto arbi trário O. Conjuntos alternativos de equações de equilíbrio Embora as equações 5.2 sejam mais frequentemente usadas para resolver problemas de equilíbrio coplanares, dois conjuntos alternativos de três equações de equilíbrio independentes também podem ser usados. Um desses conjuntos é 'EF =O ;c 'iM, =O LM8 =0 (5.3) Ao usar essas equações, é necessário que uma tinha passando pelos pontos A e B não seja paralela ao eixo y. Para provar que as equações 5.3 oferecem as condições para o cquilibrio, considere o diagrama de corpo livre da placa mostrada na Figura 5.l la. Usando os métodos da Seção 4.8, todas as forças no d iagrama de corpo livre podem ser substituídas por uma força resultante equivalente F R = 'E F, atuando no ponto A, c um momento de binário resultante MR = L M11 (Figura 5. 11 b). Se 'EMA =O A for satisfeita, é necessário que MR = O. Além disso, para que F R satisfaça 'EF, = O, A ela não pode ter qualquer componente ao longo do eixo x e, portanto, FR precisa ser paralela ao eixo y (Figura 5. 1lc). Finalmente, se for necessário que 'EM8 = O, onde 8 não se encontra na linha de ação de F R• então F R = O. Como as equações 5.3 mostram que essas duas resultantes são iguais a zero, sem dúvida, o corpo na Figura 5.lla só pode estar em equilíbrio. Um segundo conjunto alternativo de equações de equilíbrio é: LM, = O L.M8 = O 'EMc: =O (5.4) Aqui é necessário que os pontos A, 8 e C não estejam na mesma linha. Para provar que c as equações, quando atisfeitas, garantam o equilíbrio, eon idcrc novamente o diagrama de corpo livre na Figura 5.11 b. Se 'LM11 = O precisa cr satisfeita, então MR = O. 'iMc =O é satisfeita se a linha de ação de FR passar pelo A ponto C como mostrado na Figura 5.llc. Finalmente, se precisamos de 'EM8 = O, é necessário que F R = O c, ponanto, a placa na Figura 5. l la precisa estar em equilíbrio. 8 (a) (b) (c) Figura 5.11 158 I Estática 600N (a) Pro<edimento para análise Os problemas de equilíbrio de forças coplanares para um corpo rígido podem ser resolvidos usando o seguinte procedimento. Diagrama de carpa livre • Estabeleça os eixos coordenados x, y em qualquer orientação apropriada. • Desenhe uma forma esquemática do corpo. • Mostre todas as forças e momentos de binário que atuam sobre o corpo. • Rotule todas as cargas e especifique suas direções em relação ao eixo x ou y. O sentido de uma força ou momento de binário de intensidade desconhecida mas com uma linha de ação conhecida pode ser assumido. • Indique as dimensões do corpo necessárias para calcular os momentos das forças. Equações de equilíbrio • Aplique a equação de equilíbrio de momento, l.M0 = O, em relação a tun ponto (O) localizado na interseçãodas linhas de ação das duas forças desconhecidas. Assim, os momentos dessas incógnitas são iguais a zero em relação a O, e uma solução direta para a terceira incógnita pode ser determinada. • Ao aplicar as equações de equilíbrio de força, l.Fx =O e l.Fx =O, oriente os eixos x e y ao longo das linhas que fornecerão a decomposição mais simples das forças em suas componentes x e y. • Se a solução das equações de equilíbrio produzir um escalar negativo para uma intensidade de força ou momento de binário, isso indica que o sentido é oposto ao que foi assumido no diagrama de corpo livre. Exemplo 5.5 Detennine as componentes horizontal e vertical da reação sobre a viga, causada pelo pino em B e o apoio oscilante em A, como mostra a Figura 5.12a. Despreze o peso da viga. 200N IOO N Figura 5.12 -SOLUCAO • Diagrama de corpo livre y 600 sen 45° 600 cos 45° N 0,2 m A I -2m-1-3m--·l--2m-1 8 Ay 100 N (b) Identifique cada uma das forças mostradas no diagrama de corpo Livre da viga (Figura 5. 12b). (Veja o Exemplo 5. n .) Para simplificar, a força de 600 N é representada por suas componentes x e y, como mostra a Figura 5. 12b. Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido I 159 I Equa~ões de equilíbrio Somando as forças na direção x, temos: .±. 'i.~ = O; 600 cos 45° N - B. = O B, = 424 N Uma olução direta para A, pode ser obtida aplicando-se a equação de momento 'i.M8 =O em relação ao ponto 8. \..+'i.Ml = O; IOON(2m)+(600scn45° )(5 m) - (600 cos 45° )(0,2 m)- A,.(? m) = O A,= 319N Somando as forças na direção y, usando esse resultado, produz: +I 'LF, = O; 319 N - 600 sen 45° - I 00 N - 200 N + 8,. = O B .•. = 405 N NOTA: Podemos conferir esse resultado somando os momentos em relação ao ponto A. \.. +'i.M11 = O; - (600 scn 45° N)(2 m)- (600 cos 45° N)(0,2 m) - ( 100 N)(5 m)- (200 N)(7 m) + 8,. (7 m} =O 8 ,. = 405 . Exemplo 5.6 A corda mostrada na Figura 5. 13a suporta uma força de 500 N c contorna a polia sem atrito. Determine a tração na corda em C e as componentes vertical c horizontal da reação no pino A. -SOLUCAO • Diagramas de corpo livre Os diagramas de corpo livre da corda e da polia são mostrados na Figura 5. 13b. Note que o principio da ação que é igual mas oposta à reação precisa ser cuidadosamente observado quando desenhar cada um desses diagramas: a corda exerce uma distribuição de carga desconhecida p sobre a polia na superficie de contato, enquanto a polia exerce um efeito igual mas oposto sobre a corda. Para a solução, no entanto, é mais simples combinar os diagramas de corpo livre da polia e essa parte da corda, de modo que a carga distribuída se torne inlema a esse 'sistema' e, portanto, seja eliminada da análise (Figura 5. 13c). Equa~ões de equilíbrio Somando os momentos em relação ao ponto A para eliminar A, e A, (Figura 5. 13c}, temos: \.. +'LM, = 0: 500 N(0,2 m)- T(0,2 m) =O U ando o resultado, .±. 'i.F. = O; +I 'i.F, = O; T= 500 N - A,+ 500 sen 30° = O Ax = 250 A,. - 500 N - 500 cos 30° N = O A , = 933 NOTA: Observe que a tração permanece constante conforme a corda passa pela polia. {Isso, sem dúvida, é verdade para qualquer ângulo e em que a corda seja direcionada e para qualquer raio r da polia.) 8 • 300 c ~ 500 (a) 500 N T (b) 0,2 m 500N T (<) figura 5.13 160 I Estática Exemplo 5.7 O membro mostrado na Figura 5.14a está conectado por um pino em A e apoia-se em um suporte liso em 8. Determine as componentes horizontal e vertical da reação no ponto A. 90 N · m 90 N · m l-- I m - - 1- - --l 1-- lm- - 1 (a) 0,5 m 60 60N (b) Figura 5.14 -SOLUCAO • Diagramo de corpo livre Como mostra a Figura 5.14b, a reação N8 é perpendicular ao membro em 8. Além disso, as componentes horizontal e ve1tical da reação são representadas em A. Equações de equilíbrio Somando os momentos em relação a A, obtemos uma solução direta para N8 , \.. +'i.M11 =O; -90 N · m - 60 N( l m) + N8 (0, 75 m) = O N8 = 200 N Usando esse resultado, .::!:. 'i:.Fx = O; A .r - 200 sen 30° N = O .::!:. L.F. = O· ,T ) Exemplo Ax = 100 N A y - 200 cos 30°N - 60 N = O A,. = 233 N 5.8 A chave de caixa na Figura 5. 15a é usada para apertar o parafuso em A. Se a chave não gira quando a carga é aplicada ao cabo, determine o Iorque ou momento aplicado ao parafuso e a força da chave sobre o parafuso. 0,4 rn - -l m y Lx 30 52 N 30 N (o) (b) figura S.l S Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido I 161 -SOLUCAO • Diagrama de 'orpo livre O diagrama de corpo livre para a chave é mostrado na Figura 5.l5b. Uma vez que o parafuso age como um 'apoio fixo', ele exerce componentes de força Ax e A, e um momento M .. obre a chave em A. Equa~ões de equilíbrio .±. 'LF. = O; A,- 52( fr) N + 30 cos 60° N =O A,= 5 + 1 L.F, = O; A,.- 52( +t) N - 30 sen 60° N = O A,= 74 N \. + 2:M ... =O; M..t - [s2( ft) N J<o.3 m)- (30 sen 60° N)(O, 7 m) =O M..t = 32,6 · m Observe que M,., precisa ser incluído nessa soma de momentos. Esse momento de binário é um vetor li vre c representa a resistência à torção do parafuso sobre a chave. Pela terceira lei de Newton, a chave exerce um momento ou torque igual mas oposto sobre o parafuso. Além disso, a força resultante sobre a chave é: F.= j(5J + (74)2 = 74, I N NOTA: Embora apenas três equações de equilíbrio independentes pos am ser escritas para um corpo rígido, é uma boa prática verificar os cálculos usando uma quana equação de equil íbrio. Por exemplo, os cálculos anteriores podem ser parciahncntc checados ornando os momentos em relação ao ponto C: \. + í:.Mc = O; [52( : ~ ) N ]<O, 4 m) + 32,6 · m - 74 N (O, 7 m) = O 19,2 N · m + 32,6 N · m- 51,8 N · m =O Exemplo 5.9 Dctcnninc as componentes horizontal c vertical da reação sobre o membro no pino A c a reação nonnal no rolctc 8 da Figura S.l6a. 3750 N 3750 N t--CI.9 m--11--0,9 m~ !!A E=~= A, )' (a) (b) Figura 5.16 -SOLUÇAO Diagrama de (orpo livre O diagrama de corpo livre é mostrado na Figura 5.16b. O pino em A exerce duas componentes de reação sobre o membro, Ax e A,.. I 0,6m 162 I Estática 300 N (a) y y' c_.,' s,. (b) Figura 5.17 Equações de equilíbrio A reação Na pode ser obtnda diretamente somando os momentos em relação ao ponto A , já que A .. e Ay não produzem momento algum em relação a A. \. +'iMA =O; [Nacos 30°] (1,8 m) - (Nasen 30°] (0,6 m)- 3750N (0,9 m) =O Na =268 1N Usando esse resultado, + I!~. = O; Exemplo Ax - (268 1 N) sen 30° =O A, = 1340,5 N A,+ (2681 N) cos 30° - 3750 N = O A_, = 1428,2 N 5.10 O bastão liso uniforme mostrado na Figura 5.l7a está sujeito a uma força e momento de binário. Se o bastão é apoioado em A por uma parede lisa e em B e C, tanto em cima quanto embaixo, por roletes, detennine as reações nesses suportes. Ignore o peso do bastão. SOLUCÃO • Diagramo de corpo livre Como mostra a Figura 5.17b, todas as reações de apoio agem nonnalmente sobre as superficies de contato, já que essas superficies são lisas. As reações em B e C atuam na direção positiva de y '. Isso significa que apenas os roletes localizados embaixo do bastão são usados como apoio. Equações de equilíbrio Usando o sistema de coordenadas x, y na Figura 5.17b, temos: .±. l.Fx =O; +r L-F_,.= o; \. +'LMA =O; cy' sen 30° + B.- sen 30° - A.T = o -300 N + c,.. cos 30° + B,.- cos 30° = O -Bv· (2 m) + 4000 N · m- C_.·(6 m) + (300 cos 30° N)(8 m) = O (l) (2) (3) Ao escrever a equação de momento, você deve observar que a linha de ação da componente da força 300 sen 30° N passa pelo ponto A e, portanto, essa força não é incluída na equação de momento. Resolvendo as equações 2 e 3 simultaneamente, obtemos: B . = - 1000N = - 1 kN y Cx· = 1346,4 = I ,35 kN Como B>' é um escalar negativo, o sentido de 8>'. é oposto ao mostrado no diagrama de corpo livre da Figura 5.17b. Portanto, o rolete superior em B serve como apoio em vez do inferior. Mantendo o sinal negativopara S.r· (Por quê?) e substituindo os resultados na Equação I, obtemos: 1346,4 se111 30° N + (- 1 000 sen 30° N) - Ax = 0 A .. = 173 N Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido Exemplo 5.11 A rampa uniforme do caminhão mostrada na Figura 5.18a possui um peso de 1600 N c está conectada por pinos à carroceria do caminhão em cada lado c mantida na posição mostrada pelos dois cabo laterais. Detennine a tração nos cabos. -SOLUÇAO O modelo idealizado da rampa, que indica todas as dimensões e apoios necessários, é mostrado na Figura 5. 18b. Aqui, o centro de gravidade está localizado no ponto médio, já que a rampa é considerada como uniforme. Diagrama de corpo livre Trabalhando a partir do modelo idealizado, o diagrama de corpo livre da rampa é mostrado na Figura 5.18c. Equações de equilíbrio A soma dos momentos em relação ao ponto A produzirá uma solução direta para a tTação dos cabos. Usando o princípio dos momentos, existem várias maneiras de detem1inar o momento de T em relação a A. Se usarmos as componentes x e y, com T aplicado em 8 , temos: \. + 'i:.M, = O; - T cos 20° (2 sen 30° m) + T sen 20° (2 cos 30° m) +1600 (1,5 cos 30° m)= O T = 5985 O modo mais simples de determinar o momento de T em relação a A é decompô-lo em componentes ao longo e perpendiculares à rampa em B. Então, o momento da componente ao longo da rampa será igual a zero em relação a A, tal que: \. +'i:.M..r = 0; - T sen 10° (2 m)+ 1600 N (1,5 cos 30° m) = O T = 5985 Como existem dois cabos sustentando a rampa, T' = L = 2992 5 N 2 ' NOTA: Corno um cxercicio, mostre que Ax = 5624 N e AJ = 3647 N. Exemplo 5.12 Determine as reações de apoio sobre o membro na Figura 5.19a. O colar em A é fixo no membro e pode deslizar verticalmente ao longo da barra vertical. 900 ~1,5m 1,5 m 1 ,5m~ A lm M• A 500 I' · m • 900 L---.r (a) (b) Figura S.19 (a) (b) (c) Figura S.18 1.5m~ 163 I 164 I Estática A conexão do coçombo AB na retroescovodeiro é um exemplo típico de um membro de duas forças, já que está conectado por pino em suas extremidades e, se seu peso for desprezado, apenas os forças do pino atuam sobre este membro. SOLUCÃO • Diagrama de corpo livre O diagrama de corpo livre do membro é mostrado na Figura 5.19b. O colar exerce uma força horizontal Ax e o momento MA sobre o membro. A reação Na do rodízio sobre o membro é vertical. Equa~ões de equilíbrio As forças Ax e Na podem equilíbrio de força. ser detenninadas diretamente através das equações de :i. L-F, = O; A = O X +I L-F;. = O; N8 - 900 N =O Na= 900 N O momento M11 pode ser detenninado pela soma dos momentos em relação ao ponto A ou ao ponto 8. \.+L-MA= O; MA- 900 N (1,5 m)- 500 N · m + 900 N (3m + (I m) cos 45°) =O M11 = - 1486 N · m = 1,49 kN · m ) ou \.+L-MA= O; MA + 900 N [ 1 ,5 m + ( I m) cos 45°] - 500 N · m = O MA= - 1486 N · m = 1,49 kN · m ) O sinal negativo indica que M, possui o sentido de rotação oposto ao que é mostrado no diagrama de corpo livre. Membros de duas e três forcas , As soluções para alguns problemas de equilíbrio podem ser simplificadas pelo reconhecimento dos membros que estão sujeitos a apenas duas ou três forças. Membros de duas forcas r Como o nome sugere, um membro de duas forças possui forças aplicadas em apenas dois de seus pontos. Um exemplo de um membro de duas forças é mostrado na Figura 5.20a. Para satisfazer o equilíbrio de forças, F,, e F 8 precisam ser iguais em intensidade (F, = F8 = F), mas opostas em direção (L-F = O) (Figura 5.20b). Além disso, o equilíbrio de momentos exige que F11 c F a compartilhem a mesma linha de ação, o que só pode ocorrer se eles estiverem direcionados ao longo da linha unindo os pontos A e 8 (L.M, = O ou L.M 8 = O) (Figura 5.20c). Portanto, para que qualquer membro de duas forças esteja em equilíbrio, as duas forças agindo sobre o membro precisam ter a mesma intensidade, agir em direções opostas e ter a mesma linha de ação direcionada ao longo da linha que une os dois pontos onde essas .forças atuam. FA~ F (a) (b) (c) Membro de duas forças Figura 5.20 Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido t6s I Membros de três forcas , Se um membro está sujeito a apenas três forças, ele é chamado de membro de três forças. O equilíbrio de momentos pode ser satisfeito apenas se as três forças formarem um sistema de forças concorrellles ou paralelas. Para ilustrar. considere o membro sujeito às trê forças F1, F2 e F3 mostradas na Figura 5.2 1a. Se as linhas de ação de F1 e F2 se interceptam no ponto O, então a linha de ação de F3 também precisa pas ar pelo ponto O para que as forças satisfaçam EM0 = O. Como um caso especial, c toda a três forças forem paralelas (Figura 5.2 1 b), o local do ponto de interseção O se aproximarà do infinito. o (a) (b) Membro de três forças Figura 5.21 Exemplo 5.13 A alavanca ABC é sustentada por pino em A e conectada a uma ligação cuna BD, como mostra a Figura 5.22a. Se o peso dos membros é desprezado, dctennine a força do pino sobre a alavanca em A. 400N 0,5 m 0,2 m _L A lm (a) -SOLUCAO • Diagramas de corpo livre Como mostra a Figura 5.22b, a ligação cuna BD é um membro de duas forças e, ponanto, as forças resultantes nos pinos D e 8 precisam ser iguais, opostos e colineares. Embora a intensidade das forças seja desconhecida, a linha de ação é conhecida, já que ela passa por 8 e D. A alavanca A8 C é um membro de três forças e, assim, para satisfazer o equilíbrio de momento, as três forças não paralelas que agem sobre ela precisam ser concorrentes em O (Figura 5.22c). Em especial, observe que a força F sobre a alavanca em 8 é igual mas oposta à força F que age em 8 na ligação. Por quê'? A distância CO precisa ser de 0,5 m, já que as linhas de ação de F e a força de 400 N são conhecidas. A ligação usodo poro este freio de vogõo ferroviário é um membro de três forças. Como o fofço F 1 no borro em 8 e F c do ligação em C sôo paralelos, então, poro o equilíbrio, o forço resultante F, no pino A também preciso ser paralelo o essas duas forças. A lanço e o coçombo nesse elevador é um membro de três forças, já que seu peso é desprezado. Aqui, os linhos de ação do peso do funcionário, W, e o forço do membro de duas forças (cilindro hidráulico) em 8 , F,, se interceptam em O. Poro o equilíbrio de momento, o forço resultante no pino A, F,, também preciso estar direcionado poro O. D F I I I I m ' m F \ I 45° I I I I I / (b) I I 0,5 400 (c) Figura S.22 166 I Estático Equa~ões de equilíbrio Requerendo-se que o sistema de força seja concorrente em O, uma vez que 'LM0 = O, o ângulo O que define a linha de ação de F~ pode ser determinado através da trigonometria, e= tg-• ( ~:~) = 60,3° Usando os eixos x, y e aplicando as equações de cquilibrio de força, ..!. 'LFx = O; F,. cos 60,3°- F cos 45° + 400 = O +I 'LF,. = O; F,. selll 60,3°- F scn 45° = O Resolvendo, obtemos: ~ = 1,07 kN F= I ,32 kN NOTA: Podemos também resolver esse problema representando a força em A pelas suas duas componentes Ax e A,. c aplicando 'LMA = O, 'LF, = O, 'LFY = O à alavanca. Uma vez que A .. e A)' são detenninadas, podemos obter F,. c fJ. Problemas fundamentais Todas as soluções dos problemas precisam incluir um diagrama de corpo livre. 5.1. Determine as componentes horizontal e vertical da reação nos apoios. Despreze a espessura da viga. 2500 900 · m A 1--- I,Sm + I,Sm - ·t-1·- Problema 5.1 5.2. Detennine as componentes horizontal e vertical da reação no pino A c a reação na viga em C. 4k 8 1.5111 o Problema 5.2 5.3 . A treliça é suportada por um pino em A e um rolete em 8. Determine as reações de apoio. tO k, Problema 5.3 5.4. Determine as componentes de reação no apoio ftxo A. Despreze a espessura da viga. 400 Problema 5.4 5.5. A barra de 25 kg possui centro de massa em G. Se ela é sustentada por uma cavilha lisaem C, um rolcte em A e a corda AB, determine as reações nesses apoios. D 8 Problema 5.5 I Problemas Todas as soluções dos problemas precisam incluir um diagrama de corpo livre. 5.11. Determine as reações normais emA eB no Problema 5.1. *5.12. Determine a tração na corda e as componentes horizontal e vertical da reação no apoio A da viga no Problema 5.4. •5.13. Determine as componentes horizontal e vertical da reação em C e a tração no cabo AB para a treliça no Problema 5.5. 5.14. Determine as componentes horizontal e vertical da reação em A e a tração no cabo BC sobre a lança no Problema 5.6. 5.15. Determine as componentes horizontal e vertical da reação em A e a reação nonnal em B sobre a chave no Problema 5.7 *5.16. Determine as reações normais em A e B e a força na ligação CD agindo sobre o membro no Problema 5.8. •5.17. Determine as reações normais nos pontos de contato em A, B e C da barra no Problema 5.9. 5.18. Determine as componentes horizontal e vertical da reação no pino C e a força na trava do guincho no Problema 5.1 O. 5.19. Compare a força exercida sobre a ponta do pé e sobre o calcanhar de uma mulher de 600 N quando ela está usando sapatos comuns e sapatos de salto alto. Assuma que todo o seu peso está sobre um único pé e as reações ocorrem nos pontos A e B, como mostrado. Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 167 I 5.6. Detennine as reações nos pontos de contato lisos A, B e C na barra. Problema 5.6 600N ~ 600 N 31 mm 18,75 mm 93,75 mm Problema 5.19 *5.20. O vagão ferroviário possui um peso de 120 kN e centro de gravidade em G. Ele é suspenso pela frente e por trás no trilho por seis pneus localizados em A, B e C. Determine as reações normais desses pneus se considerarmos que o trilho é uma Sllperficie lisa e uma parte igual da carga é sustentada nos pneus dianteiros e traseiros. 1,8 m I ,2 m Problema 5.20 168 I Estática •5.21. Determine as componentes horizontal e vertical da reação no pino A e a tração desenvolvida no cabo BC usado para sustentar a estrutura de aço. 60 kN Jl m-~1 m~ ) 30 kN · m 3m s 4 Problema 5.21 5.22. A lança do guindaste articulado tem um peso de 625 N e centro de gravidade em G. Se ele suporta uma carga de 3000 N, determine a força que age no pino A e a força no cilindro hidráulico BC quando a lança está na posição mostrada. 1.2m-j +----r-0. 3 m I G • c Problema 5.22 5.23. O atuador pneumático em D é usado para aplicar uma força de F = 200 N no membro em B. Determine as componentes horizontal c vertical da reação no pino A e a força da barra lisa em C no membro. •5.24. O atuador pneumático em D é usado para aplicar uma força F no membro em B. A reação normal da barra lisa em C é de 300 N. Determine a intensidade de F e as componentes horizontal e vertical da reação no pino A. Problemas 5.23/ 24 •5.25. O transformador elétrico de 1500 N com centro de gravidade em G é sustentado por um pino em A e uma sapata lisa em B. Detem1ine as componentes horizontal c vertical da reação no pino A e a reação da sapata B sobre o transfom1ador. I A 0,9 m L Problema 5.25 5.26. Um diagrama esquelético de uma mão segurando uma carga é mostrado na figura superior. Se a carga e o antebraço possuem massas de 2 kg e I ,2 kg, respectivamente, e seus centros de massa estão localizados em G1 e G2, determine a força desenvolvida no bíceps CD e as componentes horizontal e vertical da reação no cotovelo B. O sistema de suporte do antebraço pode ser modelado como o sistema estrutural mostrado na figura inferior. D • • A I 100 mm _IG2 135 rnm - - 1 I r- r- l65;;;;;i Problema 5.26 5.27. Quando os freios de um avião são acionados, a roda do nariz exerce duas forças sobre a extremidade do trem de pouso, como mostra a figura. Determine as componentes horizontal e vertical da reação no pino C e a força na escora AB. 400 mm 600mm 2 kN I 6kN Problema 5.27 •5.28. O tubo de esgoto de I ,4 Mg é mantido nas pinças da empilhadeira. Detennine as forças normais em A e B como f1mções do ângulo da lâmina ()e represente graficamente os resultados de força (eixo vertical) em função do ângulo B (eixo horizontal) para o:::: e:::: 90°. Problema 5.28 •5.29. A massa de 700 kg é suspensa por um gancho que se move ao longo de um trilho de d = 1,7 m até d = 3,5 m. Determine a força ao longo da cantoneira conectada por pino BC (ligação curta) e a intensidade da força no pino A como uma função da posição d. Represente graficamente esses resultados de F8c e~ (eixo vertical) em função de d (eixo horizontal). 1---- d -----1 r 2m l Problema 5.29 Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 169 I 5.30. Se a força F= 500 N é aplicada ao cabo da dobradora de barras, detennine as componentes horizontal e vertical da reação no pino A e a reação do rolete 8 sobre a barra lisa. 5.31. Se a força do rolete liso em B sobre a dobradora de barras precisa ser de 7,5 kN, determine as componentes horizontal e vertical da reação no pino A e a intensidade necessária da força F aplicada ao cabo. c 1000 mm F Problemas 5.30/ 31 •5.32. A grua é sustentada por um pino em C c um cabo AB. Se uma carga possui uma massa de 2 Mg com seu centro de massa localizado em G, detennine as componentes horizontal c vertical da reação no pino C e a força desenvolvida no cabo AB sobre a grua quando x = 5 m. •5.33. A grua é sustentada por um pino em C e um cabo AB. O cabo pode suportar uma tração máxima de 40 kN. Se uma carga possui uma massa de 2 Mg com seu centro de massa localizado em G, determine sua distância máxima permitida x e as componentes horizontal e vertical da reação em C. 1----4m ----1 3,2 m G D 1------ X ------j Problemas 5.32/ 33 170 I Estática 5.34. Determine as componentes horizontal e vertical da reação no pino A e a força normal na cavilha lisa B sobre o membro. Problema 5.34 5.35. A estrutura é sustentada pelo membro AB, que está apoiado sobre o piso liso. Quando carregada, a distribuição de pressão sobre AB é I inear, como mostra a figura. Determine o comprimento d do membro AB e a intensidade w para esse caso. l----I ,2 m----1 4 kN "' ~----d---------~ Problema 5.35 *5.36. Os pés A e B são usados para estabilizar o guindaste para que não tombe ao levantar grandes cargas. Se a carga a ser suspensa é 3 Mg, detem1ine o ângulo () máximo da lança de modo que o guindaste não tombe. O guindaste possui uma massa de 5 Mg e centro de massa em G6 enquanto a lança tem uma massa de 0,6 Mg e centro de massa em G8 . Problema 5.36 •5.37. A tábua de madeira apoiada entre as construções deflete ligeiramente quando suporta o garoto de 50 kg. Essa flexão causa uma distribuição triangular da carga em suas extremidades, tendo intensidades máximas de w" e w8 • Detennine w" e w8 , cada um medido em N/m, quando o garoto se posiciona a 3 m de uma das extremidades, como mostrado. Despreze a massa da tábua. 8 Problema 5.37 5.38. A mola CD permanece na posição horizontal o tempo todo devido ao rolete em D. Se a mola está descarregada quando () = 0° e o suporte atinge sua posição de equilíbrio quando f) = 30°, determine a rigidez k da mola e as componentes horizontal e vertical da reação no pino A. 5.39. A mola CD pem1anece na posição horizontal o tempo todo devido ao rodízio em D. Se a mola está descarregada quando e = 0° e a rigidez é k = 1,5 kN/m, detennine o menor ângulo () para o equilíbrio e as componentes horizontal c vertical da reação no pino A. F = 300N Problemas 5.38/ 39 *5.40. A plataforma possui um peso de 1,25 kN e centro de gravidade em G1• Se ela deve suportar uma carga máxima de 2 kN colocada no ponto G2, determine o menor contrapeso W que deve ser colocado em B de modo a evitar que a plataforma tombe. Problema 5.40 •5.41. Determine as componentes horizontal e vertical da reação no pino A e a reação do colar liso B sobre a barra. c 1500 N 2250N A o d -o6m-1d ,3 m ' ~,3 m Problema 5.41 5.42. Determine as reações de apoio do rolete A e o colar liso B na barra. O colar é fixo na barra AB, mas pode deslizar pela barra CD. A 900N lm Problema 5.42 5.43. A barra unifonne AB possui peso de 75 N. Determine a força no cabo quando a barra está na posição mostrada. 8 T Problema 5.43 *5.44. Determine as componentes de força horizontal e vertical no pino A e a reação no ponto B oscilante da viga curva. 500 N 200 A Problema 5.44 Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 111 I •5.45. A grua de chão e o operador possuem um peso total de 12,5 k com um centro de gravidade em G. Se a grua precisa suspender o tambor de 2,5 kN, detennine a reação normal em ambas as rodas em A e ambas as rodas em B quando a lança está na posição mostrada. 5.46. A grua de chão e o operador possuem um peso total de 12,5 kN com um centro de gravidade em G. Determine o maior peso do tambor que pode ser suspenso sem causar o tombamento da grua quando sua lança está na posição mostrada. I m Problemas 5.45/ 46 5.47. O motor possui um peso de 4,25 kN. Determine a força que cada corrente exerce sobre os ganchos em A, B e C. Despreze a dimensão dos ganchos e a espessura da viga. 4.25 kN Problema 5.47 *5.48. Determine a força P necessária para puxar o cilindro de 50 kg pelo degrau liso. Considere O = 60°. •5.49. Determine a intensidade e direção e da força P mínima necessária para puxar o cilindro de 50 kg pelo degrau liso. p Problemas 5.48/ 49 172 I Estática 5.50. O cabo do guincho de um caminhão reboque está sujeito a uma força r= 6 kN quando o cabo está direcionado em e= 60°. Determine as intensidades da força total de atrito do freio F para o conjunto de rodas traseiras B e as forças normais totais em ambas as rodas dianteiras A e ambas as rodas traseiras B para o equilíbrio. O caminhão tem uma massa total de 4 Mg c centro de massa em G. 5.51. Determine a força de cabo mínima r e o ângulo crítico ()que fará com que o caminhão reboque comece a inclinar, ou seja, que a reação normal em A seja zero. Assuma que o caminhão esteja freado e não deslizará em B. O caminhão tem uma massa total de 4 Mg e centro de massa em G. 3 I T 1,5 m Problemas S.S0/ 51 •5.52. Três livros uniformes, cada um com um peso W e comprimento a, são empilhados como na figura. Determine a distância máxima d que o livro do topo pode se projetar em relação ao da base, de modo que a pilha não tombe. 1-------a -----+· 1-d---t Problema 5.52 •5.53. Determine o ângulo () em que a ligação ABC se mantém em equilíbrio se o membro BD se mover 50 mm para a direita. As molas estão originalmente descarregadas quando e = 0°. Cada mola possui a rigidez mostrada. As molas permanecem na horizontal, já que estão conectadas a guias de rolos. Problema 5.53 5.54. A barra unifonne AB possui peso de 75 N e a mola estã descarregada quando {) = 0°. Se e = 30°, detennine a rigüdez k da mola. 1--------- 1.8 m --------1·1 A 8 Problema 5.54 5.55. A viga horizontal é sustentada por molas em suas extremidades. Cada mola tem uma rigidez k = 5 kN/m e está originalmente descarregada de modo que a viga está na posição horizontal. Determine o ângulo de inclinação da viga se uma carga de 800 N for aplicada no ponto C como mostrado. *5.56. A viga horizontal é sustentada por molas em suas extremidades. Se a rigidez da mola em A é kA = 5 kN/m, determine a rigidez necessária da mola em 8 para que, se a viga for carregada com os 800 N, ela permaneça na posição horizontal. As molas são originalmente construídas de modo que a viga esteja na posição horizontal quando descarregada. 800 N c 1--1 m--1 Problemas S.SS/ 56 •5.57. Os discos lisos D e E possuem um peso de I kN e 0,5 kN, respectivamente. Se uma força horizontal P = I kN é aplicada no centro do disco E, determine as reações normais nos pontos de contato com o solo em A, B e C. 5.58. Os discos lisos D e E possuem um peso de I kN e 0,5 kN, respectivamente. Dctennine a maior força horizontal P que pode ser aplicada ao centro do disco E sem fazer o disco D subir a rampa. 4 0,45m D 8 c Problemas 5.57/ 58 5.59. Um homem fica em pé na ponta de um trampolim, que é sustentado por duas molas A e B, cada uma com rigidez k = 15 kN/m. a posição mo Irada, o trampolim é horizontal. Se o homem possui uma massa de 40 kg, determine o ângulo de inclinação descrito pelo trampolim com a horizontal após ele pular. Despreze o peso do trampolim c considere-o rigido. Problema 5.59 •5.60. A barra uniforme, de comprimento I e peso W, está apoiada na extremidade A por uma parede lisa e na extremidade B por uma corda de comprimentos, que é presa à parede como mostra a figura. Mostre que, para o equilíbrio, é necessário que h = [(.çl- P)/3] 112• r , _L 8 Problema 5.60 Problemas conceituais 5.5. O tirante é usada para sustentar esta marquise na entrada de um edifício. Se ele está conectado por um pino à parede do prédio em A e ao centro da marquise em B, determine se a força no tirante aumentará, diminuirá ou permanecerá inalterável e (a) o suporte em A for movido para uma posição Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 173 I •5.61. Se a mola BC está descarregada com O = 0° e a alavanca excêntrica atinge sua posição de equilíbrio quando O = 15°, determine a força F aplicada perpendicularmente ao egmento AD c as componentes horizontal e vertical da reação no pino A. A mola BC permanece na posição horizontal em todo o tempo devido ao rolete em C. k 2 k m 150" F 300mm 400mm ---J Problema 5.61 5.62. A barra fina de comprimento I é sustentada pelo tubo liso. Detem1ine a distância a necessária para o equilíbrio se a carga aplicada é P. J-tJI I Problema S.62 mais baixa De (b) o suporte em B for movido para a posição ~ -mais externa C. Explique sua resposta com uma análise de equilíbrio, usando dimensões e cargas. Assuma que a marquise é sustentada por um pino através da parede do prédio. Problema S.55 174 I Estática 5.6. O homem tenta puxar o quadriciclo pela rampa para a carroceria da caminhonete. Pela posição mostrada, é mais eficaz manter a corda presa em A ou seria melhor prendê-la ao eixo das rodas dianteiras em B? Desenhe um diagrama de corpo livre c faça uma análise de equilíbrio para explicar sua resposta. Problema 5.56 Problema 5.57 *5.8. Qual é o melhor lugar para arrumar a maioria das toras no carrinho a fim de minimizar a quantidade de força sobre a coluna da pessoa que transporta a carga? Faça uma análise de equilíbrio para explicar sua resposta. 5.7. Como qualquer aeronave, este avião a jato se apoia em três rodas. Por que não usar uma roda adicional na traseira para uma melhor sustentação? (Você pode pensar em alguma outra razão para não incluir essa roda?) Se houvesse uma quarta roda, traseira, desenhe um diagrama de corpo livre do avião a partir de uma visão lateral (20 ) e mostre por que não se poderia determinar todas as reações da roda usando as equações de equilíbrio. Problema 5.58 , A - EQUILIBRIO EM TRES DIMENSOES Diagramas de corpo livre O primeiro passo para resolver problemas de equilíbrio tridimensionais, assim como em duas dimensões, é desenhar um diagrama de corpo livre. Antes de fazermos isso, no entanto, é necessário discutir os tipos de reações que podem oconer nos . apOIOS. Reações de apoio As forças reativas e os momentos de binário que atuam em vários tipos de apoios e conexões quando os membros são vistos em três dimensões estão relacionados na Tabela 5.2. É importante reconhecer os símbolos usados para representar cada um desses apoios e entender claramente como as forças e os momentos de binário são desenvolvidos. Como no caso bidimensional: • Uma força é desenvolvida por um apoio que limite a translação de seu membro conectado. • Um momento de binário é desenvolvido quando a rotação do membro conectado é impedida.Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido Por exemplo, na Tabela 5.2, no item ( 4), a junta esférica impede qualquer translação do membro da conexão; portanto, uma força precisa atuar sobre o membro no ponto de conexão. Essa força possui três componentes de intensidades desconhecidas, F., FY' F,. Uma vez que essas componentes são conhecidas, podemos obter a intensidade da força, F= ./F} + F} + F} , e definir a orientação da força através de seus ângulos de direção coordenadas a, /3, y (equações 2.7).* Como o membro da conexão pode girar livremente em relação a qualquer eixo, nenhum momento de binário é impedido por uma junta esférica. Devemos observar que os apoios de mancai simples nos itens (5) e (7), o pino simples (8) e a dobradiça s imples (9) são resistentes às componentes de força e momento de binário. Se, no entanto, esses apoios forem usados em conjunto com outros mancais, pinos ou dobradiças para manter um corpo rígido em equilíbrio e forem corretamente alinhados quando conectados ao corpo, então as reações de força nesses apoios apenas são adequadas para sustentar o corpo. Em outras palavras, os momentos de binário se tomam redundantes c não são mostrados no diagrama de corpo livre. A razão para isso deve se tomar clara após estudarmos os exemplos que se seguem. TABELA S.2 Suportes poro corpos rígidos sujeitos a sistemas de força tridimensionais Tipos de conexão Reação Número de incógnitas (I) 175 I Uma incógnita. A reação é uma força que age para fora do membro na di.reção conhecida do cabo. cabo (2) apoio de superfície lisa (3) rol etc (4) junta esférica F F Uma incógnita. A reação é uma força que age perpendicular à superficie no ponto de contato. Uma incógnita. A reação é uma força que age perpendicular à superficie no ponto de contato. Três incógnitas. As reações são três componentes de força retangulares. (continua) • As três incógnitas também podem ser representadas como mna intensidade de força desconhecida F c dois ângulos de direção coordenadas desconhecidos. O terceiro ângulo de direção é obtido usando a identidade cos2 (f. + cos2 p + cos2 y = I (Equação 2.8). 176 I Estática (5) (6) (7) (8) (9) Tipos de conexão mancai radial simples mancai radial simples com eixo quadrado mancai axial simples • pino I iso simples dobradiça simples ( l O) apoio fixo Reação (COIIIÍIIIIOÇÕO) Número de incógnitas Quatro incógnitas. As reações são duas componentes de força e duas componentes de momento de binário que agem perpendicularmente à barra. Nota: Os momentos de binário normalmente não são aplicados se o corpo for sustentado em algum outro local. Veja os exemplos. Cinco incógnitas. As reações são duas componentes de força e três componentes de momento de binário. Nota: Os momentos de binário nonnalmente não são aplicados se o corpo for sustentado em algum outro local. Veja os exemplos. Cinco incógnitas. As reações são três componentes de força e duas componentes de momento de binário. Nota: Os momentos de binário normalmente não são aplicados se o corpo for sustentado em algum outro local. Veja os exemplos. Cinco incógnitas. As reações são três componentes de força e duas componentes de momento de binário. Nota: Os momentos de binário normalmente não são aplicados se o corpo for sustentado em algum outro local. Veja os exemplos. Cinco incógnitas. As reações são três componentes de força e duas componentes de momento de binário. Nota: Os momentos de binário normalmente não são aplicados se o corpo for sustentado em algum outro local. Veja os exemplos. Seis incógnitas. As reações são três componentes de força e duas componentes de momento de binário. Diagramas de corpo livre O procedimento geral para estabelecer o diagrama de corpo livre de um corpo rigido foi descrito na Seção 5.2. Basicamente, ele requer primeiro ' isolar' o corpo desenhando um esboço de sua fonna. Isso é seguido de uma cuidadosa rotulação de todas as forças e todos os momentos de binário com relação a um sistema de coordenadas x, y, z estabelecido. ' E recomendável que as componentes de reação desconhecidas que atuam no diagrama de corpo livre sejam mostradas no sentido positivo. Dessa forma, se quaisquer valores negativos forem obtidos, e·les indicarão que as componentes atuam nas direções coordenadas negativas. Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido Exemplo 5.14 Considere as duas barras c a placa, juntamente com seus diagramas de corpo livre associados, mostrados na Figura 5.23. Os eixos x, y, z são estabelecidos no diagrama c as componentes de reação de conhecidas são indicadas no sentido positi1•o. O pc o é desprezado. -SOLUÇAO 500 Mancais radiais corretumcntc alinhodos em A, 8 c C. c 300 ' A Pino em A c cabo em BC. 2000 N 8 Mancai radial corretnmcnrc alinhado em A c dobmdiça em C. Rolere em 8. - I o, ~y SOON As reações de forço desenvolvidas pelos mancais são suficientes para o equilíbrio porque impedem que a bnrm gire em relação a cada um dos eixos de coordenada. A, T 300N As componentes de momento sllo descmoh idas pelo pino sobre a barra para impedir a rotaçllo em r o mo dos eixos x c z. z 2000 N c,~ B, Apenas reações de força sllo desenvolvidas sobre a placa pelo mancai e a dobmd1ça a ftm de impedir a rotação em relação a cadn eixo de coordenada. enhum momenro na dobradiça é desem oh 1do. .1' figura 5.23 Equações de equilíbrio Como vimos na Seção 5. 1, as condições de equilíbrio de um corpo rígido sujeito a um sistema de forças tridimensional exigem que a força c o momento de binário resultantes que atuam sobre o corpo sejam zero. 177 178 I Estática Equações de equilíbrio vetoriais As duas condições para o equilíbrio de um corpo rígido podem ser expressas matematicamente na forma vetorial como .EF =O LM0 =0 (5.5) onde .EF é a soma vetorial de todas as forças externas que agem sobre o corpo e LM0 é a soma dos momentos de binário e dos momentos de todas as forças em relação a qualquer ponto O localizado dentro ou fora do corpo. Equações de equilíbrio escalares Se todas as forças externas e momentos de binário forem expressos na fonna de vetor cartesiano e substiniÍdas nas equações 5.5, temos: .EF = .EF) + .EF>j + .EF=k = O .EM0 = .EM,i + .EM>j + .EM:k = O Como as componentes i, j e k são independentes, as equações anteriores são satisfeitas desde que .EF =O .. (5.6a) e .EM =O X (5.6b) Essas seis equações de equilíbrio escalares podem ser usadas para resolver no máximo seis incógnitas mostradas no diagrama de corpo livre. As equações 5.6a exigem que a soma das componentes de força externas que atuam nas direções x, y e z seja igual a zero, e as equações 5.6b exigem que a soma das componentes de momento em relação aos eixos x , y e z seja igual a zero. Restricões e determinacão estática , , Para garantir o equilíbrio de um corpo rígido, é necessário não apenas satisfazer as equações de equilíbrio, mas também o corpo precisa estar adequadamente fixo ou restrito por seus apoios. Alguns corpos podem ter mais apoios do que o necessário para o equilíbrio, enquanto outros podem não tê-los suficientes ou arranjados de maneira a permitir que o corpo se mova. Cada um desses casos será discutido agora. Restricões redundantes , Quando um corpo possui apoios redundantes, ou seJa, mais apoios do que o necessário para mantê-lo em equilíbrio, ele se toma estaticamente indeterminado, o que significa que haverá mais cargas desconhecidas sobre o corpo do que equações de equilíbrio disponiveis para sua solução. Por exemplo, a viga na Figura 5.24a e o encanamento na Figura 5.24b, mostrados juntamente com seus diagramas de corpo livre, são ambos estaticamente indeterminadas devido às reações de apoio adicionais Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido (ou redundantes). Para a viga, existem cinco incógnitas, M1, A.r, A, 8 ,. c C,, para asquais apenas três equações de equilíbrio podem ser escritas ('LF, = O, 'LF, = O c 'LM0 = 0), (equações 5.2). O encanamento possui oito incógnitas, para as quais apenas seis equações de equilíbrio podem ser escritas (equações 5.6). 500 A I 8 l..olf 8 c .1' A,. 500 N 200N A X c, (a) (b) Figura 5.24 As equaçõe adicionais necessárias para resolver problemas estaticamente indeterminados do tipo mostrado na Figura 5.24 normalmente são obtidas a partir das condições de deformação nos pontos de apoio. Essas equações envolvem as propriedades fisicas do corpo, que são estudadas nas áreas que lidam com a mecânica da deformação, como a 'mecânica dos materiais'.* Restrisões impróprias Ter o mesmo número de forças reativas desconhecidas que equaçõe de equilíbrio disponíveis nem sempre garante que um corpo será estável quando ujcito a uma determinada carga. Por exemplo, o apoio pinado em A e o apoio de roletc em 8 para a viga na Figura 5.25a são colocados de uma forma que as linhas de ação das forças reativas sejam concorrentes no ponto A. Como consequência, a carga aplicada P fará com que a viga gire ligeiramente em relação a A e, portanto, a viga está incorretamente restrita, 'LM11 -:f O. Em três dimensões, um corpo estará incorretamente restrito se as linhas de ação de todas as forças reativas interceptarem um eixo comum. Por exemplo, todas as forças reativas nos apoios de junta esférica em A e 8 na Figura 5.256 interceptam os eixos que passam por A c 8. Como todos os momentos dessas forças em relação a A c 8 são zero, então a carga P girará o membro em relação ao eixo A8, 'LMA8 :f; O. p p A (a) Outra maneira em que a restrição imprópria leva à instabi lidade ocorre quando as forças reativas são todas paralelas. Exemplos bi e tridimensionais disso são mostrados na Figura 5.26. Nos dois casos, a soma das forças ao longo do eixo x não será igual a zero. • Veja HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais, 1. ed. Pearson/Prentice Hall. z (b) Figura S.2S 179 I 180 I Estática A f o (a) Figura 5.26 z I Fn 8 F c 100 N X/ (b) Em alguns casos, um corpo pode ter menos forças reativas do que equações de equilíbrio que precisem ser satisfeitas. O corpo, então, se toma apenas parcialmente restrito. Por exemplo, considere o membro AB na Figura 5.27a com seu respectivo diagrama de corpo livre na Figura 5.27b. Aqui, !F_, = O não será satisfeita para as condições de carga e, portanto, o equilíbrio não será mantido. . ro r OO N .ffi . A B 100 N (a) (b) Figura 5.27 Resumindo esses concei.tos, um corpo é considerado impropriamente restrito se todas as forças reativas se i111terceptarem em um ponto comum ou passarem por um eixo comum, ou se todas as forças reativas forem paralelas. Na prática da engenharia, essas situações sempre devem ser evitadas, já que elas causarão uma condição instável. Pontos importantes • Sempre desenhe o diagrama de corpo livre primeiro quando resolver qualquer problema de equilíbrio. • Se um apoio impede a translação de um corpo em uma direção específica, então o apoio exerce uma força sobre o corpo nessa direção. • Se um apoio impede a rotação em relação a um eixo, então o apoio exerce um momento de binário sobre o corpo em relação a esse eixo. • Se um corpo está sujeito a mais reações desconhecidas do que equações de equilíbrio disponíveis, então o problema é estaticamente indeterminado. • Um corpo estável exige que as linhas de ação das forças reativas não interceptem um eixo comum e não sejam paralelas. Procedimento para análise Os problemas de equilíbrio tridimensionais para um corpo rígido podem ser resolvidos através do seguinte procedimento. Diagrama de corpo livre • Desenhe um esboço da forma do corpo. • Mostre todas as forças e momentos de binário que atuam sobre o corpo. Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 181 • Estabeleça a origem dos eixos x, y, z em um ponto conveniente c oriente os eixos de modo que sejam paralelos ao mâxi mo possível de forças c momentos externos. • Rotule todas as cargas e especifique suas direções. Em geral, mostre todas as componentes desconhecidas com um sentido positivo ao longo dos eixos X, y, =· • Indique as dimensões do corpo necessárias para calcular os momentos das forças. Equações de equilíbrio • Se as componentes de força e momentox,y, z parecem fáceis de determinar, aplique as seis equações de equilíbrio escalares; caso contrário, use as equações vetoriais. • Não é necessário que o conjunto de eixos escolhido para a soma de forças coincida com o conjunto de eixos escolhido para a soma de momentos. Na verdade, pode-se escolher um eixo em qualquer direção arbitrária para somar forças e momentos. • Para a soma de momentos, escolha a direção de um eixo de modo que este intercepte as linhas de ação do maior número possível de forças conhecidas. Perceba que os momentos de forças passando por pontos nesse eixo e os momentos de forças que são paralelas ao eixo serão zero. • Se a solução das equações de equilíbrio produz um e calar negativo para uma intensidade de força ou momento de binário, isso indica que o sentido é oposto ao considerado no diagrama de corpo livre. Exemplo 5.15 A chapa homogênea mostrada na Figura 5.28a possui uma massa de I 00 kg c está sujeita a uma força c momento de binário ao longo de suas bordas. Se ela é sustentada no plano horizontal por um rodízio em A, uma articulação esfera-soquete c uma corda em C, determine as componentes de reação nesses suportes. - . SOLUÇAO (ANALISE ESCALAR) Diagrama de corpo livre Existem cinco reações desconhecidas atuando sobre a chapa, como mostra a Figura 5.28b. Considera-se que cada uma dessas reações age em uma direção coordenada positiva. Equasões de equilíbrio Como a geometria tridimensional é bastante simples, uma análise escalar fornece uma solução direta para este problema. Uma soma de forças ao longo de cada eixo produz: L.F = O· . ' 8 =O T L.F_, = O; 8 ,. =o 'EF =O; • A: + B: + Te- 300 - 981 N = O (I) Lembre-se de que o momento de uma força em relação a um eixo é igual ao produto da intensidade da força pela distância perpendicular (braço do momento) da linha de ação da força até o eixo. Além disso, as forças que são paralelas a um eixo ou passam por ele não criam momento algum em relação ao eixo. Portanto, somando os momentos em relação aos eixos positivos x e y, temos: 300 200 1,5 .?--L- ~ 2m 8 (a) (b) Figura S.28 I 182 I Estática 'i.Mx =O; Tc (2 m) - 981 N(l m) + 8: (2 m) =O (2) 'i.M>' =O; 300 N(l,5 m) + 981 N(l,5 m) - B: (3 m) - A: (3 m) - 200 N · m =O (3) As componentes da força em B podem ser eliminadas se os momentos forem somados em relação aos eixos x' e y•·. Obtemos: 'i.M_,. = O; 981 N(l m) + 300 N(2 m) - A: (2 m) = O (4) L.M>". =O; - 300 N(1 ,5 m) - 981 N(1,5 m) - 200 N · m + Tc(3 m) =O (5) Resolvendo as equações I a 3 ou as mais convenientes equações I, 4 e 5, obtemos: A= = 790 N 8_ = - 217 N Te: = 707 O sinal negativo indica que B: atua para baixo. NOTA: A solução desse problema não exige uma soma dos momentos em relação ao eixo z. A chapa está parcialmente restrita, já que os apoios não podem impedi-la de girar em torno do eixo z se uma força for aplicada a ela no plano x-y. Exemplo 5.16 Determine as componentes da reação que a junta esférica em A, o mancai radial liso em 8 e o apoio de rolete em C exercem sobre a montagem das barras na Figura 5.29a. z z 900 N 900N (a) (b) Figura 5.29 -SOLUCAO • Diagrama de corpo livre Como mostra o diagrama de corpo livre na Figura 5.29b, as forças reativas dos apoios impedirão que a montagem gire em relação a cada eixo de coordenada e, portanto, o mancai radial em 8 exerce apenas forças reativas sobre o membro. Equações de equilíbrio Uma solução direta para~- pode ser obtida somando as forças ao longo do eixo y. 'i.F). = O; Ay = O A força F c pode ser detenuinada diretamente somandoos momentos em relação ao . eiXO y. 'i.M,. =O; Fc (0,6 m) - 900 N(0,4 m) =O Fc == 600 N Usando esse resultado, 8= pode ser detenuinado somando os momentos em relação . ao CIXO X. L.M == o· X > B: (0,8 m) + 600 N( I ,2 m) - 900 N(0,4 m) = O 8_ = - 450 N o Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido I 183 I O sinal negativo indica que B: age para baixo. A força 8x pode ser encontrada o mando os momentos em relação ao eixo z. 'LM: =O; Logo, LFx = 0: 8 , (0,8 m) =O 8 = O T A,+ O= O A =O X Finalmente, u ando os resultados de 8: e Fc. 'LF: = O; A: + ( 450 N) + 600 N - 900 = O A. = 750 N - Exemplo 5.17 A barra é usada para sustentar o vaso de 375 N (:::: 37,5 kg) na Figura 5.30a. Determine a tração desenvolvida nos cabos AB e A C. ~ SOLUCAO • Diagrama de corpo livre O diagrama de corpo livre da barra é mostrado na Figura 5.30b. Equasões de equilíbrio Usaremos uma análise vetorial. F -F. (r1R) - F ( {0,2i - 0,6j +0,3k}m ) tB- AR - tB rts /(0,2 mr + (-0,6 mr + (0,3 mr 2F· 6F.· 3F. k = 7 tB I -7 ABj + 7 .~8 F -F. (r·K )-F ( {-0,2i -0,6j +0,3k} m ) tC - AC r.-~c - ~C /(-0,2mf+ {-0,6mf+(0,3mf 2ç . 6F · 3ç k = - 7 K I - 7 AC j + 7 K . Podemo eliminar a reação da força em O escrevendo a equação de equilibrio do momento em relação ao ponto O. 'LM0 = O; r11 X (F,~8 + F,~c+ W) = O (0,6j ) X [( fF,~o i - tF.~nj + ~ F.-~s k) + (- ~ F~tc i - ~ F.Kj + ~ F..tc k) + ( - 375k}l = 0 ( 17 8 FAs + 'l FAc - 2250 )i+ ( - 1J FAB + JfFAc )k = O 'LMx = O; .!-ª.. F11o + .!-ª.. F,.,c - 2250 = O 7 7 T.M, =O; 0 = 0 'LM: =O; 12F + 12F -O - tB - AC-7 7 Re olvendo as equações I e 2 simultaneamente, f"..8 = f"..c = 437,5 -- X 0.6m (a) (b) JV = 375 m---...1 Figura 5.30 A I 184 I Estático -- I A A, X 200 N (b) Figura 5.31 Exemplo 5.18 A barra AB mostrada na Figura 5.31 a está sujeita à força de 200 . Determine as reações na junta esférica A c a tração nos cabos BD c BE. 2m SOLUCÃO (ANÁLISE VETORIAL) • Diagrama de corpo livre Veja Figura 5.31b. Equasões de equilíbrio ~ 1,5 111 200N r E 8 (a) Figura 5.31 D -'V"" Representando cada força no diagrama de corpo livre na fonna de um vetor cartesiano, temos: F,. = A,i + A,j + A:k TI. = T,..i T0 = T1~ F = {- 200k} N Aplicando a equação de equil íbrio de fo rça, 'tF = O; F,.+ TE+ T0 + F = O 'LF =o· t , tF, =O; tF. =O; (A .r+ TE)i +(A, + T0 )j + (A: 200)k = O A.r + TE= o A,+ T0 = O A. - 200 =O - A soma dos momentos em relação ao ponto A resulta: 'tM,. = O; rc· F + r8 · (T E+ T 0 ) = 0 C I -orno rc = 2 r8 ,entao: (0,5i + lj - I k) · (- 200k) + (I i + 2j - 2k) · (T~,i + T1li) = O Expandindo e reorganizando os termos, temos: (2T0 - 200)i + (- 2Te + 1 OO)j + (T0 - 2Te)k = O tM = O· .r ' 2T0 - 200 = O L.MJ, = O; - 2TE + 100 = 0 'LM: = O; T0 - 2T~- = O (I) (2) (3) (4) (5) (6) Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido I 185 I Re olvcndo as equações I a 5, obtemos: T0 = 100 N TE = 50 N A =-50 X A =-lOON ' A.= 200 N - NOTA: O sinal negativo indica que A,. e A_.. possuem um sentido que é oposto ao mostrado no diagrama de corpo livre (Figura 5.31 b). Exemplo 5.19 A barra dobrada na Figura 5.32a é sustentada em A por um mancai radial, em D por uma junta esférica c em B pelo cabo BC. Usando apenas u11w equação de equilíbrio, obtenha uma solução direta para a tração no cabo BC. O mancai em A é capaz de exercer componentes de força apenas nas direções z c y, já que ele está corretamente alinhado na barra. - . SOLUCAO (ANALISE VETORIAL) • Diagramo de corpo livre Como mostra a Figura 5.32b, existem seis incógnitas. Equosões de equilíbrio A tração do cabo T 8 pode ser obtida diretamente somando os momentos em relação a um eixo que passa pelos pontos D e A. Por quê? A direção desse eixo é definida pelo vetor unitário u, onde: _ r tH _ I · I . U - -- ~ · - ~ J l b.4 ..; 2 ..; 2 = - 0, 7071 i - O, 7071 j Logo, a soma dos momentos em relação a esse eixo é zero, uma vez que: 'LM DA = u · L( r X F) = O Aqui, r representa um vetor posição traçado de qualquer ponto no eixo DA a qualquer ponto na linha de ação da força F (veja a Equação 4. 11 ). Com referência ã Figura 5.32b, podemos, portanto, escrever: u · (r8 X T8 + rE X W) = 0 ( 0,7071 i 0,7071j ) · [( lj) X (T8k) + (- 0,5j) X ( 981 k)) = 0 (-0,7071 i - 0,7071j) · [(- T8 + 490,5)i) = 0 -0,707 1 (- T8 + 490,5) + 0 + 0 = 0 TB = 490,5 Como o braços de momento do eixo a T 8 e W são fáceis de obter, também podemos detenninar esse resultado usando uma análise escalar. Como mo tra a Figura 5.32b, 'f.M04 =O; T8 (l m scn 45°)- 981 (0,5 m sen 45°) =O TB = 490,5 c z D )' IOOkg (o) TB (b) Figura 5.32 186 I Estático Problemas fundamentais Todas as soluções dos problemas precisam incluir um diagrama de c01po livre. 5.7. A chapa uniforme tem um peso de 2,5 kN. Determine a tração em cada um dos cabos que a sustentam. B 0.9 rn c ~ ~ lkN Problema S.7 5.8. Determine as reações no apoio de rolete A e na junta esférica D e determine a tração no cabo BC para a placa. 900 0,1 rn ~ ~ Problema S.8 )' 5.9. A barra é sustentada por mancais radiais lisos em A, 8 e C c está sujeita às duas forças. Determine as reações . nesses apo1os. X ~ ~ 0.6 m 0.6 rn 0.4 m Problema S. 9 5.10. Determine as reações de apoio nos mancais radiais lisos A, 8 c C da tubulação. 0.6 m 0,6 rn ~ ~ Problema S.l O y 5.11. Determine a força de envolvida nas cordas BD, CE c CF e as reações da junta esférica A sobre o bloco. ~ ~ 6 kN 9 kN Problema S.ll 5.12. Determine as componentes da reação que o mancai axial A e o cabo BC exercem sobre a barra . ~ • X~ 1,8 l Problema 5.12 Todas as soluções dos problemas precisam incluir um diagrama de corpo livre. 5.63. O carro sustenta o engradado unjforme com massa de 85 kg. Determine as reações verticais sobre os três roletes em A, 8 e C. O rolete em 8 não é mostrado. Despreze a massa do carro. 0,6 m Problema 5.63 0 ,35 m 0,35 m •5.64. O poste de uma linha de transmissão elétrica está sujeito a duas forças do cabo de 300 N, situadas em um plano paralelo ao plano x-y . Se a tração no fio tirante A8 é 400 N, determine as componentes x , y, z da reação na base fixa O do poste. z 0,3 m AF:::::::J 400 N -- X --- 300 Problema 5.64 1,2 m 3 m y •5.65. Se P = 6 kN, x = 0,75 m e y = 1 m, determine a tração desenvolvida nos cabos A8, CD e EF. Despreze o peso da chapa. Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 187 I 5.66. Detennine o local x e y do ponto de aplicação da força P de modo que a tração desenvolvida nos cabos A8, CD e EF seja a mesma. Despreze o peso da chapa. -- B F p E X Problemas 5.65/ 66 D c ,..._. '::::>.....)' 2 n~ ~ 5.67. Devido a uma distribuição desigual do combustível nos tanques da asa, os centros de gravidade da fuselagem A e das asas 8 e C são localizados como mostra a figura. Se essas componentes possuem pesos WA = 225 kN, W8 = 40 kN e Wc = 30 kN, determine as reações normais das rodas D, E e F sobre o solo. Problema 5.67 •5.68. Detcnnine a intensidade da força F que precisa ser exercida sobre o cabo da manivela em C para manter a caixa de 75 kg na posição mostrada. Além disso, detennine as componentes da reação no mancai axial A e no mancai radial liso 8. -- )' c Problema 5.68 188 I Estático •5.69. A barra está fixada por três mancais radiais lisos em A, 8 c C. Dctcnninc as componentes da reação nesses mancais. -- 900 600 450 /0,9m ~ X 500 0,9 m 0.9 m ~m )' •5.12. Determine as componentes da reação atuando nos mancais radiais lisos A, 8 c C. -- 0,4 m /j ~)' X 5.70. Dctcm1inc a tração nos cabos 80 e CD e as componentes Problema 5.72 x, y, z da reação na junta esférica em A. z •5.73. Determine as componentes de força atuando na junta esférica em A, a reação no rolctc 8 c a tração na cordaCD, 3m B y Problema 5.70 5.71. A montagem de barras é usada para sustentar o c i I indro de l ,25 kN (:::: 125 kg). Determine as componentes da reação na junta esférica A e no mancai radial E; determine também a força desenvolvida ao longo da barra CD. As conexões em C e D são juntas esféricas. ;: y Problema 5.71 necessários para o cquilibrio da placa de um quarto de círculo. -- 350 lo 200 c 200 3m Problema 5.73 5.74. Se a carga tem um peso de 200 kN, determine as componentes x, y, z da reação na junta esférica A e a tração em cada um dos cabos. -- 3m )' X Problema 5.74 5.75. Se o cabo pode resistir a uma tração máxima de I ,5 kN, determine a força máxima F que pode ser aplicada à placa. Calcule as componentes x, y, z da reação na dobradiça A para essa carga. -- X 0,9m Problema 5.15 *5.76. O membro é sustentado por um pino em A e um cabo BC. Se a carga em D é de 1,5 kN, determine as componentes x, y, z da reação no pino A e a tração no cabo BC. z Problema 5.76 •5.77. A placa possui um peso W com centro de gravidade em G. Determine a distância d ao longo da linha GH onde a força vertical P = 0,75 Wfará com que a tração no fio CD . seJa zero. 5.78. A placa possui um peso W com centro de gravidade em G. Determine a tração desenvolvida nos fios A8, CO e EF se a força P = 0,75 W é aplicada em d = L/2. ;: X y Problemas 5.77/ 78 Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 189 I 5.79. A lança é sustentada por uma junta esférica em A e um fio tirante em 8. Se as cargas de 5 kN se situam no plano que é paralelo ao plano x-y, detem1ine as componentes x, y, z da reação em A e a tração no cabo em 8. Sk 3 m Problema 5.79 *5.80. A porta circular tem peso de 275 N e centro de gravidade em G. Determine as componentes x, y , z da reação na dobradiça A e a força que age ao longo da estrutura CB necessária para manter a porta em equilíbrio. Considere e= 45°. •5.81. A porta circular tem peso de 275 N e centro de gravidade em G. Determine as componentes x, y , z da reação na dobradiça A e a força que age ao longo da estrutura CB necessária para manter a porta em equilíbrio. Considere e = 90°. z X Problemas 5.80/ 81 5.82. O membro AB é sustentado em B por um cabo e em A por uma barra retangular fixa e lisa encaixada frouxamente no furo retangular do colar. Se .F = {2i - 4j - 7,5k} kN, determine as componentes x, y , z da reação em A e a tração no cabo. 190 I Estático 5.83. O membro AB é sustentado em 8 por um cabo e em A por uma barra retangular fixa c lisa encaixada frouxamente no furo retangular do colar. Determine a tração no cabo BC se a força F = {- 4,5k} kN. -- 1.8 m L-)' 3,6 m F Problemas 5.82/ 83 *5.84. Determine o maior peso do barril de óleo que a grua pode sustentar sem tombar. Além disso, quais são as reações verticais nas rodas lisas A, 8 e C para este caso? A grua tem um pe o de I ,5 kN, com cu centro de gravidade localizado em G. • - I ' :r Problema 5.84 •5.85. A placa circular possui um peso W e centro de gravidade em seu centro. Se ela é sustentada por três cordas verticais presas à sua borda, determine a maior distância d a partir do centro em que qualquer força vertical P pode ser aplicada de modo a não fazer a força em qualquer dos cabos se tomar zero. 5.86. Resolva o Problema 5.85 se o peso da chapa W for desprezado. Problemas 5.85/ 86 5.8.7. Uma mesa quadrada uniforme com peso W e lados a é sustentada por trê pés verticais. Determine a menor força vertical P que pode ser aplicada em seu tampo que o fará tombar. /-a/2~ / --a/2/ a Problema 5.87 Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 191 - , REVISAO DO CAPITULO Equilíbrio Um corpo em equilíbrio não rotaciona, mas pode transladar com velocidade constante, ou não se mover de forma alguma. Duas dimensões Antes de analisar o equilíbrio de um corpo, primeiro é necessário desenhar um diagrama de corpo livre. Este diagrama é um esboço da forma do corpo, que mostra todas as forças c momentos de binário que atuam sobre ele. Os momentos de binário podem estar situados em qualquer lugar em um diagrama de corpo livre, visto que são vetores livres. As forças podem agir em qualquer ponto ao longo de sua linha de ação, já que elas são vetores deslizantes. Os ângulos usados para decompor forças e as dimensões usadas para tomar momentos das forças também devem ser mostrados no diagrama de corpo livre. Alguns tipos comuns de apoios e suas reações são mostrados abaixo em duas dimensões. Lembre-se de que um apoio exercerá uma força sobre o corpo em uma direção específica se ele impedir a translação do corpo nessa direção, e exercerá um momento de binário sobre o corpo se ele impedir a rotação. F rolctc pino liso ou dobradiça As três equações de equilíbrio escalares podem ser aplicadas ao resolver pro- blemas em duas dimensões, já que a geometria é fácil de visualizar. 'LFx = O; A,..- P2 =O A,= P2 LMA =O; l:F = O l:M = O X f----2m 500 · m A G apoio ftxo 'LF = O X 'LF =O y 1:M0 =0 1m j_B F,, c Para a solução mais direta, procure somar forças ao longo de um eixo que eliminará o máximo possível de forças desconhecidas. Some momentos em relação a um ponto A que passe pela linha de ação do máximo de forças desconhecidas possível. P2d2 + Byds- P.cl. = O B _ P.dt - P2d2 y - ds 192 I Estático Três dimensões Alguns tipos comuns de apoios e suas reações são mostrados aqui em três dimensões. F rolete junta esférica Em três dimensões, normalmente é vantajoso usar uma análise vetorial cartesiana quando aplicar as equações de equilíbrio. Para fazer isso, primeiramente expresse como um vetor cartesiano cada força c momento de binário conhecidos e desconhecidos que são mostrados no diagrama de corpo livre. Depois, faça a soma das forças igual a zero. Tome momentos em relação ao ponto O situados na linha de ação do máximo possível de componentes de força desconhecidos. A partir do ponto O, direcione vetores posição para cada força e, depois, u c o produto vetorial para determinar o mo- mento de cada força. As seis equações de equilíbrio escalares são estabele- cidas definindo-se as respectivas componentes i, j e k des as somas de força c momento iguais a zero. Determinação c estabilidade Se um corpo é sustentado por um número mínimo de restrições para garantir o equilíbrio, então ele é estati- camente determinado. Se ele possui mais restrições do que o necessário, então ele é estaticamente indetermi- nado. Para restringir corretamente o corpo, nem todas as rea- ções devem ser paralelas ou concorrentes. ~kN · m F,. l:F = O 'f.M,= O 'f.F = O < r.~. = o 'f.F. = O • 'EM =O T L.M, = O l:M. =O . 500 Cinco reações e três equações de equilíbrio: estaticamente indetcnninndo. apoio fixo 600 200 4~ IOON Rc&rriçilo apropriada: cstalicamcnlc dctcnninado. •5.88. Determine as componentes horizontal e vertical da reação no pino A e a força no cabo BC. Despreze a espessura dos membros. 3m 4m OON _L ~4,5 1111---t Problema S.88 •5.89. Determine as componentes horizontal e vertical da reação no pino A, e a reação no rolete 8 necessária para suportar a estrutura. Considere F= 600 N. 5.90. Se o rolete em 8 pode sustentar uma carga máxima de 3 kN, detem1ine a maior intensidade de cada uma das três forças F que podem ser sustentadas pela estrutura. A l- 2m - 1- F F F Problemas S.89 / 90 5.91. Determine a reação normal no roleteA e as componentes horizontal e vertical no pino 8 para o equilíbrio do membro. lO kN j0,6 m- -0,6 m-j A 0,8 111 Problema S. 91 Capítulo 5 Equilíbrio de um corpo rígido 193 I •5.92. A montagem das barras é sustentada por dois mancais radiais lisos A e B e uma ligação curta DC. Se um momento de binário é aplicado à barra corno mostrado, determine as componentes da reação de força nos mancais radiais e a força na ligação. A ligação situa-seem um plano paralelo ao plano y-z e os mancais estão corretamente alinhados com a barra. z 30° X Problema S.92 •5.93. Determine as reações nos apoios A e 8 da estrutura. 50kN 35 kN 25 kN lO k 1- -- 2.4 111 ---r-- 1,8 m - -f--- 1,8 m - - 1 A 2,4 m ..,.._ 2,5kN Problema S. 93 194 I Estático 5.94. Um diagrama esquelético da perna é mostrado na figura inferior. Aqui, podemos observar que a perna é suspensa pelo músculo quadríccps conectado ao quadril em A c ao osso patcla em 8. Este osso desliza livremente através da cartilagem na articulação do joelho. O quadriccps é mais extenso c conecta-sc à tíbia em C. Usando o sistema mecânico mostrado na figura superior para modelar a perna, determine a tração no quadriccps em C c a intensidade da força resultante no fêmur (pino), D, a fim de manter a anteperna na posição ilustrada. A perna possui uma massa de 3,2 kg e um centro de massa em G1; o pé possui uma massa de 1,6 kg c um centro de massa em G1. 75 mm 25mm~~ JOOmm A D ~75• Problema S. 94 5.95. Uma força vertical de 400 N arua sobre o eixo de manivela. Determine a força de equilíbrio horizontal P que precisa ser aplicada ao cabo c as componentes x,y, z da força no mancai radial liso A e no mancai axial B. Os mancais estão corretamente alinhados c exercem reações de força apenas sobre o eixo. --400 ---r-Omm 200mm Problema S.9S •5.96. A prateleira simétrica está SUJCJta a uma carga uniforme de 4 kPa. O apoio é fornecido por wn parafuso (ou pino) localizado em cada extremidade A e A' e por cantoneiras simétricas apoiadas contra a parede uni forme em ambos os lados 8 e 8 '. Determine a força resistida por cada parafuso na !Parede e a força normal em B para o equilíbrio. Problema S. 96 Análise estrutural Objetivos do capítulo • Mostrar como determinar os forças nos membros de uma treliça usando o método dos nós e o método das -seçoes. • Analisar as forças que atuam nos membros de estruturas e máquinas compostos de membros conectados por . pinOS. m Treliças simples Treliça é uma estrutura de membros esbeltos conectados entre si em suas extremidades. Os membros normalmente usados em construções consistem de escoras de madeira ou barras de metal. Em especial, as treliças planas se situam em um únjco plano e geralmente são usadas para sustentar telhados e pontes. A treliça mostrada na Figura 6.la é um exemplo típico de treliça de telhado. Nesta figura, a carga do telhado é transmitido para a treliça 11os nós através de uma série de terças. Como essa carga atua no mesmo plano da treliça (Figura 6.lb), as análises das forças desenvolvidas nos membros da treliça serão bidimensionais. (a) Treliça de telhado (b) Figura 6.1 (Terça 196 I Estática --· {a) {b) Figura 6.3 No caso de uma ponte, como a mostrada na Figura 6.2a, o peso no tabuleiro é primeiro transmitido para as longarinas, depois para as vigas de piso e, finalmente, para os nós das duas treliças laterais. Assim como no telhado, o carregamento da treliça de ponte também é coplanar (Figura 6.2b). {a) f Treliça de Ponte {b) Figura 6.2 Quando as treliças de ponte ou telhado se estendem por grandes distâncias, um apoio oscilante ou de rolete normalmente é usado para apoiar uma extremidade, por exemplo, o nó A nas figu ras 6. 1 a e 6.2a. Esse tipo de suporte permite liberdade para expansão ou contração dos membros devido a variações de temperatura ou aplicação de cargas. Hipóteses de projeto Para projetar os membros e as conexões de uma treliça, é necessário primeiro determinar aforça desenvolvida em cada membro quando a treliça está sujeita a um determinado carregamento. Para isso, faremos duas hipóteses importantes: • Todas as cargas são aplicadas 110s 11ós. Em muitas situações, tais como para treliças de ponte e de telhado, essa hipótese é verdadeira. Frequentemente, o peso dos membros é desprezado porque a força suportada por cada membro normalmente é muito maior do que seu peso. Entretanto, se for preciso incluir o peso na análise, geralmente é satisfatório aplicá-lo como uma força vertical, com metade de sua intensidade sobre cada extremidade do membro. • Os membros são co11ectados e11tre si por pi11os lisos. As conexões normalmente são formadas aparafusando ou soldando as extremidades dos membros a uma placa comum, chamada placa de ligação, como mostra a Figura 6.3a, ou simplesmente passando um grande parafuso ou pino através de cada um dos membros (Figura 6.3b). Podemos assumir que essas conexões atuam como pinos, jã que as linhas centrais dos membros articulados são concorretlfes, como na Figura 6.3. Capítulo 6 Devido a essas duas hipóteses, cada membro da treliça agirá como um membro de duas forças c, portanto, a força atuando em cada extremidade do membro será direcionada ao longo do eixo do membro. Se a força tende a alongar o membro, ela é uma força de tração <n (Figura 6.4a); se ela tende a encurtar o membro, é uma força de compressão (C} (Figura 6.4b). o projeto real de uma treliça, é importante especificar se a natureza da força é de tração ou de compres ào. Frequentemente, os membros em compressão precisam ser fabricados mais espessos do que os membros em tração, devido a nambagem que ocorre quando um membro está em compressão. Treli~a simples Se os três membros são conectados por pino em suas ext remidades, eles fo rmam uma treliça triangular que será rígida (Figura 6.5). Unir dois ou mais membros e conectá-los a um novo nó D forma uma treliça maior (Figura 6.6). Esse procedimento pode ser repetido tantas vezes quanto desejado para forma r uma trel iça ainda maior. Se uma treliça pode ser construída expandindo a treliça básica triangular dessa forma, ela é chamada de treliça simples. A A O método dos nós p Figura 6.5 p Figura 6.6 8 Para analisar ou projetar uma treliça, é necessário determinar a força em cada um de seus membros. Uma maneira de fazer isso é usar o método dos nós. Esse método se baseia no fato de que se a treliça inteira está em equilíbrio, então cada um de seus nós também está em cquilibrio. Portanto, se o diagrama de corpo livre de cada nó é de cnhado, a equações de equilíbrio de força podem ser usadas para obter as forças do membro agindo sobre cada nó. Como os membros de uma treliça plana ão membros retos de duas forças situados em um único plano, cada nó está sujeito a um sistema de forças que é coplanar e concorrellle. Como resul tado, apenas 'LFx = O c 'LF_1, = O precisam ser satisfeitos para o equilíbrio. Por exemplo, considere o pino no nó 8 da treliça na Figura 6.7a. Três forças atuam sobre o pino, a saber, a força de 500 N e as forças exercidas pelos membros Análise estrutural I 197 I T C T C Tração Compressão (a} (b} 2m Figura 6.4 I 1----2m---l (a} Figura 6.7 198 I Estática 8 ~ 500N F BA(traçào) F 8c(compressão) (b) B F BC (compressão) (c) figura 6.7 BA e BC. O diagrama de corpo I ivre do pino é mostrado na Figura 6. 7 b. Aqui, F BA está ' puxando' o pino, o que significa que o membro BA está em tração; enquanto F BC está 'empurrando' o pino e, portanto, o membro BC está em compressão. Esses efeitos são claramente demonstrados isolando-se o nó com pequenos segmentos do membros conectados ao pino (Figura 6.7c). O empurrão ou puxão nesses pequenos segmentos indica o efeito do membro em compressão ou tração. Ao usar o método dos nós, sempre comece em um nó que tenha pelo menos uma força conhecida e, no máximo, duas forças incógnitas, como na Figura 6.7b. Desse modo, a aplicação de l.F.~ = O e l.Fy =O produz duas equações algébricas que podem ser resolvidas para as duas incógnitas. Ao aplicar essas equações, o sentido correto de uma força do membro incógnito pode ser determinado usando um de dois métodos possíveis. • O sentido correto da direção de uma força do membro incógnito pode, em muitos casos, ser detenninado 'por observação'. Por exemplo, F BC na Figura6.7b deve empurrar o pino (compressão), já que sua componente horizontal, FBc sen 45°, precisa equilibrar a força de 500 N (l.F..; = 0). Da mesma forma, FBA é uma força de tração, já que ela equilibra a componente vertical, FBc cos 45° (l.Fy = 0). Em casos mais complexos, o sentido de uma força do membro incógnito pode ser assumido; então, após aplicar as equações de equilíbrio, o sentido assumido pode ser verificado pelos resultados numéricos. Um resultado positivo indica que o sentido está correto, enquanto urna resposta negativa indica que o sentido mostrado no diagrama de corpo livre precisa ser invertido. • Sempre considere que as forças do membro incógnito que atuam no diagrama de corpo livre do nó estão sob tração; ou seja, as forças 'puxam' o pino. Dessa maneira, a solução numérica das equações de equilíbrio produzirá escalares positivos para os membros sob tração e escalares negativos para os membros sob compressão. Urna vez que uma força de membro incógnito é encontrada, use sua intensidade e sentido corretos (T ou C) no diagrama de corpo livre do nó subsequente. Procedimento para análise O seguinte procerumento fomece um meiO de analisar uma treliça usando o método dos nós. • Desenhe o diagrama de corpo livre de um nó tendo pelo menos uma força conhecida e no máximo duas forças incógnitas. (Se esse nó estiver em um dos apoios, então pode ser necessário primeiro calcular as reações externas no apoio.) • Use um dos métodos descritos anteriormente para estabelecer o sentido de uma força incógnita. • Oriente os eixos x e y de modo que as forças no diagrama de corpo livre possam ser facilmente decompostas em suas componentes x e y e, depois, aplique as duas equações de equilíbrio de força l.Fx = O e l.Fy = O. Resolva para as duas forças do membro incógnitos e verifique seu sentido correto. • Usando os resultados calculados, continue a analisar cada um dos outros nós. Lembre-se de que um membro sob compressão 'empurra' o nó c um membro sob tração 'puxa' o nó. Além disso, certifique-se de escolher um nó que tenha pelo menos uma força conhecida e no máximo duas forças incógnitas. Capítulo 6 Análise estrutural 199 I Exemplo 6.1 Determine a força em cada membro da treliça mostrada na Figura 6.8a c indique se os membros estão sob tração ou compressão. -SOLUÇAO Como não devemos ter mais do que duas forças incógnita no nó e não menos que uma força conhecida atuando ali, começaremos nossa análise com o nó 8. Nó B O diagrama de corpo livre do nó 8 é mostrado na Figura 6.8b. Aplicando as equações de equilíbrio, temos: .:!: 'L F. = O; 500 N - Fac sen 45° = O Fac = 707, I N (C) +I 'f.F, = 0; Fac cos 45° - FaA = O FaA = 500 N (T) Como a força no membro BC foi calculada, podemos proceder à análise do nó C para determinar a força no membro CA e a reação no apoio oscilador. Nó C Pelo diagrama de corpo livre do nó C (Figura 6.8c), temos: + - l,F, = 0; -Fc , + 707, I cos 45° N = O FcA = 500 N (T) +I L.F, = O; C, - 707, I sen 45° = O C> = 500 N Nó A Embora não seja necessário, podemos determinar as componentes das reações de apoio no nó A usando os resultados de FcA e FnA· Através do diagrama de corpo livre (Figura 6.8d}, temos: + - L.F. =O; 500 N-A, =O A. = 500 N +I 'LF, =O; 500 N - A, =O A,.= 500 N NOTA: Os resultados da análise são resumidos na Figura 6.8e. Observe que o diagrama de corpo livre de cada nó (ou pino) mostra os efeitos de todos os membros conectados c forças externas aplicadas ao nó, enquanto o diagrama de corpo livre de cada membro mostra apenas os efeitos dos nós sobre o membro. B 500N 500 N ~ 707.1 45° SOON A 500 Tsoo 500 (e) Figura 6.8 2m l-2m -I (a) (b) (c) F a• = 500 (d) Figura 6.8 I 200 I Estático )' I 1400 N Fw Te - •·~x ·-y45° Fac (b) y' (d y F,fD-112,14 N (d) Figura 6.9 Exemplo 6.2 Determine a força em cada membro da treliça na Figura 6.9a e indique se os membros estão sob tração ou compressão. -SOLUCAO • 400N 1--2 m---rl--~0:~ (a) Figura 6.9 Como o nó C possui uma força conhecida e apenas duas forças incógnitas que atuam sobre ele, é possível começar nesse nó; em seguida, vamos analisar o nó De, depois, o nó A. Desse modo, as reações de apoio não precisarão ser determinadas antes de começar a análise. Nó C Por observação do equilíbrio de forças (Figura 6.9b), podemos ver que os membros BC c CD só podem estar sob compressão. +I L.f;. == O; Fsc scn 45°- 400 N == O + - L.F. == O· ·' ' Nó D Fnc == 565,69 N == 566 N (C) Fco - (565, 69 N) cos 45° == O Fco == 400 N (C) Usando o resultado F co = 400 N (C), a força nos membros BD e AD pode ser determinada analisando o equiiibrio do nó D. Consideraremos que FAo e Fno são, ambas, forças de tração (Figura 6.9c). O sistema de coordenadas x' e y' será estabelecido de modo que o eixo x' esteja direcionado ao longo de F 80. Desse modo, eliminaremos a necessidade de resolver duas equações simultaneamente. Agora, F Ao pode ser obtido diretamente aplicando tF_v· = O. + / L.F;.- = O; - FAo sen 15°- 400 sen 30° = O FAo=-772,74N =773N(C) O sinal negativo indica que F Ao é uma força de compressão. Usando este resultado, + "'- L.Fx· = O; F80 + (- 772, 74 cos 15°) - 400 cos 30° = O Fso = 1092, 82 N = 1,09 kN (T) Nó A A força no membro AB pode ser encontrada analisando o equilíbrio do nó A (Figura 6.9d). Temos: + - L,f'x :;;;::: O; (772, 74 N) cos 45° - FAB :;;;::: o FAB = 546,41 N (C)= 546 N(C) Capítulo 6 Análise estrutural I 201 Exemplo 6.3 Determine a força em cada membro da treliça mostrada na Figura 6. 1 Oa. Indique se os membros estão sob tração ou compressão. 400 4m (a) -SOLUCAO o Reasões de apoio enhum nó pode ser analisado até que as reações de apoio sejam detenninadas, já que cada nó sofre a ação de mais de três forças desconhecidas. Um diagrama de corpo livre de toda a treliça é fornecido na Figura 6.1 Ob. Aplicando as equações de equilíbrio, temos: !. "LF. = O; +I "LF, = O; 600N - Ç .. =O Cx = 600 - ~1~6 m) + 400 N(3 m) + 600 N(4 m) = O Ay = 600 N 600 N - 400 - Cy = O C:1• = 200 N A análise agora pode começar no nó A ou C. A escolha é arbitrária, pois existe uma força do membro conhecido c duas incógnitas atuando no pino em cada um desses o nos. Nó A (Figura 6. 1 Oc). Como mostra o diagrama de corpo livre, FAB é considerada de compressão c FAo, de tração. Aplicando as equações de equilíbrio, temos: +I "LF, =O; 4 600 N - S Ft1B = 0 Ft1B = 750 N (C) + - 'i.F, =O; Fw- f(750 N) =O Ft~o = 450 N (T) Nó D (Figura 6.1 Od). Usando o resultado para fÃD e somando as forças na direção horizontal, temos: !. 'i.F, =O; - 450 N + ~ fi>s + 600 N = 0 Fos = - 250 N O sinal negativo indica que F DB atua no sentido oposto ao mostrado na Figura 6.1 Od. • Logo, Foo = 250 (T) • O sentido correto poderia ter sido determinado por observação. antes de aplicar l.F, = O. 400 c, 1--Jm--1 4m 600 1------6m------~ A,. (b) )' 600 (c) I ' ., f os Foc -- ..,.~)--..,.. --x 450 D 600 (d) Figura 6.10 I 202 I Estático Para determinar F oc, podemos corrigir o sentido de F DB no diagrama de corpo livre e, depois, aplicar 'LF_v = O ou aplicar essa equação e manter o sinal negativo para F os, ou seja, +I 'Lf;. = O; - Foc- t< - 250 N) = O Foc = 200 N (C) Nó C (Figura 6.1 Oe) .±. 'LFx =O; + f 'LE;. = O; Y. 200 N __ _ F""ca;,..._._~.t-o..,._:6;.;:;0.::..0 .;.;.N _ x 200 N (e) Figura 6.1 O Fc8 - 600 N =O 200 N - 200 N = O F co = 600 N (C) (verificação) NOTA: A análise é resumida na Figura 6.1 OJ, que mostra o diagrama de corpo livre para cada nó e membro. 400 200 N 600 N Compressão 600 N 8 :+ ·~-600N c 250N 200 N 750 N 250N 'i200N Tração A~..... .,____,a:=========t>--..... .- .. 600 N 450 N 450 N D 600 N (f) Figura 6.1 O Membros de forca zero , A análise da treliça usando o método dos nós nom1almente é simplificada se pudennos primeiro identificar osmembros que não suportam carregamento algum. Esses membros de força zero são usados para aumentar a estabilidade da treliça durante a construção e para fornecer um apoio adicional se o carregamento for alterado. Em geral, os membros de força zero de uma treliça podem ser determinados por observação de cada um dos nós. Por exemplo, considere a treliça mostrada na Figura 6.11 a. Se um diagrama de corpo I ivre do pino no nó A for desenhado (Figura 6.11 b ), Capítulo 6 Análise estrutural I 203 I vemos que os membros AB c AF são membros de força zero. (Não poderíamos ter chegado a essa conclusão se tivéssemos considerado os diagramas de corpo livre dos nós F ou 8 simplesmente porque há cinco incógnitas em cada um de es nós.) De modo semelhante, considere o diagrama de corpo livre do nó D (Figura 6.ll c). Aqui, novamente vemos que DC e DE são membros de força zero. A partir dessas observações, podemos concluir que se apenas dois membros formam um nó da treliça e nenhuma carga extema ou reação de apoio é aplicado ao nó, os dois membros só podem ser membros de força zero. A carga sobre a treliça na Figura 6.lla é, portanto, sustentado por apenas cinco membros, como mostra a Figura 6. 11 d. D y I F A X F,n c + D y 8 -+ í:f,- O; p +i íf>- O; FAa- 0 FfF o + \,I/~ - O; Frx:scn O= O; + I(' 'ífx O; F DE + O O; Frx: = O pois scn O :F O Foc= O (a) (b) Agora considere a treliça mostrada na Figura 6.12a. O diagrama de corpo livre do pino no nó D é mostrado na Figura 6.12b. Orientando o eixo y ao longo dos membros DC c DE c o eixo x ao longo do membro DA, podemos ver que DA é um membro de força zero. Note que esse também é o caso para o membro CA (Figura 6.12c). Em geral, então, se três membros formam um nó da treliça onde dois dos membros são colineares, o terceiro membro é um membro de força =ero, já que nenhuma força externa ou reação de apoio é aplicada ao nó. A treliça mostrada na Figura 6.12d, portanto, é adequada para suportar o peso P. p E 8 (a) )' +I(' IF, O; F< 1 scn O O; FcA O pois scn O :F O; +\. "i,F, = 0; FcB - Fm (c) p f m: )' + .t' IF. O; F,,. o + \t IF, - 0: F rx - F DF (b) E (d) (c) B (d) Figura 6.11 Figura 6.12 p I 204 I Estático I X (b) (c) y Fm: "-y (d) Figura 6.13 Exemplo 6.4 Usando o método dos nós, determine todos os membros de força zero da treliça de telhado Fink mostrada na Figura 6.13a. Considere que todos os nós são conectados por pmos. -SOLUCAO • 5 kN c (a) Figura 6.13 Procure geometrias de nó que tenham três membros para os quais dois sejam col ineares. Temos: Nó G (Figura 6.13b) +t 'LFy =O; Fcc =O Perceba que não poderíamos concluir que CC é um membro de força zero considerando o nó C, onde existem cinco incógnitas. O fato de que GC é um membro de força zero significa que a carga de 5 kN em C precisa ser suportada pelos membros CB, CH, CF e CD. Nó D (Figura 6. I 3c) + / 'LFx =O; FoF =O Nó F (Figura 6.13d) +t L-F_,. = O; FFc cose = o pois e f. 90°' rf-c = O NOTA: Se o nó 8 for analisado (Figura 6.13e), + '\. 'LF.r = O; 2kN - FB!i = O F oH = 2kN (C) Além disso, F HC precisa satisfazer 'LF_v = O (Figura 6.13./) e, portanto, HC não é um membro de força zero. 2kN y 2kN X I FHc ~ -x FHA H Fuc \ (e) (f) Figura 6.13 Problemas fundamentais 6.1. Determine a força em cada membro da treliça. Indique se os membros estão sob tração ou compressão. 1--- I m ---1--- I m ---1 D 2kN I lm 8 Problema 6.1 6.2. Determine a força em cada membro da treliça. Indique se os membros estão sob tração ou compressão. 0,9 m 1---<0,6 m 0,6 n~ 1,5 kN Problema 6.2 6.3. Determine a força nos membros AE e DC. indique se os membros estão sob tração ou compressão. F~========~E========~~~~ ~========®• cT 8 1----1,2 m---1---1,2 m---1 4kN Problema 6.3 Capítulo 6 Análise estrutural I 205 I 6.4. Detcm1ine a maior carga P que pode ser aplicado na treliça de modo que nenhlUn dos membros esteja sujeito a uma força excedendo 2 kN em tração ou I ,5 kN em compressão. p --3m--- Problema 6.4 6.5. Identifique os membros de força zero na treliça. 3 kN IE 2m 2m-j D r · c 1,5 m I 8 Problema 6.5 6.6. Detem1ine a força em cada membro da treliça. Indique se os membros estão sob tração ou compressão. 3kN ? 2" - , ) I--- I m --·1-- I m -----1 Problema 6.6 I 206 I Estática •6.1. Detc1minc a força em cada membro da treliça c indique se os membros estão sob tração ou compressão. 600N D I 2m 900N E c I 2m Lo l-2m --I Problema 6.1 6.2. A treliça usada para sustentar um balcão está sujeita às cargas mostradas. Considere cada nó como um pino e determine a força em cada membro. Indique se os membros estão sob tração ou compressão. Faça P 1 = 3 kN , P2 = 2 kN. 6.3. A treliça usada para sustentar um balcão está sujeita às cargas mostradas. Considere cada nó como um pino e determine a força em cada membro. Indique se os membros estão sob tração ou compressão. Faça Pt = 4 kN, P2 = O. A 8 lm ~----lm lm-----~ Problemas 6.2/ 3 •6.4. Determine a força em cada membro da treliça c indique se os membros estão sob tração ou compressão. Considere cada nó como um pino. Faça P = 4 kN. •6.5. Considere que cada membro da treliça é feito de aço tendo uma massa por comprimento de 4 kg/m. Faça P = O, determine a força em cada membro e indique se os membros estão sob tração ou compressão. Despreze o peso das placas de ligação e considere cada nó como um pmo. Resolva o problema supondo que o peso de cada membro pode ser representado por uma força vertical, metade da qual é aplicada na extremidade de cada membro. 2P p p T 4m 1----4m--+---- 4 m ~ Problemas 6.4/ S 6.6,, Determine a força em cada membro da treliça e diga se os membros estão sob tração ou compressão. Faça P t = 2 kN, P2 = I ,5 kN. 6.1. Determine a força em cada membro da treliça e diga se os membros estão sob tração ou compressão. Faça P t = P2 = 4 kN. c IE 1------- 3 m -----1------ 3 m ----1 D Problemas 6.6/ 7 •6.8. Determine a força em cada membro da treliça e diga se os membros estão sob tração ou compressão. Faça p = 4 kN. I 208 I Estático •6.20. Determine a força em cada membro da treliça e indi- que se os membros estão sob tração ou compressão. O bloco possuí uma massa de 40 kg. •6.21. Determine a maior massa 111 do bloco suspenso de modo que a força em qualquer membro da treliça não exceda 30 kN (T) ou 25 kN (C). lm 3.5 m 2,5 m l Problemas 6.20/ 21 6.22. Determine a força em cada membro da treliça e indi- que se os membros estão sob tração ou compressão. 6.23. A treliça é fabricada usando membros uniformes que têm uma massa de 5 kglm. Remova as forças externas da treliça e detenníne a força em cada membro devido ao peso da treliça. Indique se os membros estão sob tração ou compressão. Considere que a força total que atua sobre um nó é a soma da metade do peso de todos os membros conectados ao nó. 600 N 400 N c f:-2 m~- 8 2 m~ Problemas 6.22/ 23 •6.24. Detennine a força em cada membro da treliça e indi- que se os membros estão sob tração ou compressão. Faça p =4 k . •6.25. Detennínc a maior força P que pode ser aplicada ã treliça de modo que nenhum dos membros esteja sujeito a uma força maior que I ,5 kN em tração ou I kN em ~ comprcssao. p p Problemas 6.24/ 25 6.26. Um painel está sujeito a uma carga de vento que exerce forças horizontais de I ,5 kN nos nós B e C de uma das treliças de apoio laterais. Determine a força em cada membro da treliça e indique se os membros estão sob tração ~ ou compressao. 1.5 k 3,9 m 1.5 1... Problema 6.26 6.21. Determine a força em cada membro da treliça tesoura dupla em fu nção da carga P c indique se os membros estão sob tração ou compressão. 8 c I U3 p p Problema 6.27 •6.28. Detennínc a força em cada membro da treliça em função da carga P c indique se