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Reúso de água na agricultura

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AULA 1 – AGR 481
REÚSO:
JUSTIFICATIVAS PARA USO RACIONAL 
DE EFLUENTES
Prof. Dr. Luís César Dias Drumond
UFV - CRP
Em função da escassez de água que tem assolado
diferentes regiões do mundo, as empresas têm adotado
uma visão estratégica sobre a utilização desse recurso,
pois sua redução tem tanto apelo ambiental, quanto
econômico.
Dentro desse contexto, o reuso de águas residuárias é
uma prática que tem ganhado cada vez mais espaço dentro
das empresas, pois além de propiciar a redução do
consumo de água potável, contribui para a redução da
poluição (MOGAMI, 2011).
JUSTIFICATIVA PARA REÚSO DA ÁGUA
VANTAGENS DA FERTIRRIGAÇÃO NO PROCESSO DO REÚSO:
SOLUÇÃO TÉCNICA, ECONÔMICA E AMBIENTAL 
 Custo do tratamento químico do efluente:
Uma empresa que gera cerca de 250 m³ de
efluente por dia, pode gastar entre 500 e 600 mil
reais por mês no tratamento desse efluente;
 O efluente normalmente tem elementos químicos
que são a base de nutrição de plantas e podem
ser utilizados em sistemas de fertirrigação;
 Gramíneas forrageiras tropicais manejadas
intensivamente extraem grandes quantidades de
elementos químicos do solo. Chegam extrair
mais de 8 vezes macronutrientes do solo que
eucalipto.
BASES CONCEITUAIS DA DISPOSIÇÃO DE ÁGUAS 
RESIDUÁRIAS NO SOLO
 O solo é ambiente não adequado à sobrevivência
de microrganismos exógenos:
 O problema de contaminação biológica é
considerado pouco crítico;
 Competição por alimento;
 Predação;
 Efeito antagônico de substâncias antibióticas
produzidas por outros grupos.
 O sistema de fertirrigação em pastagem com essas águas,
pode assegurar um sistema de tratamento de menor risco
e possui grande vantagem da facilidade de
acompanhamento e mensuração dos elementos químicos
no perfil do solo, possibilitando ações que permitem
proteger o lençol freático e águas superficiais.
 Trabalhar com segurança: monitoramento contínuo.
REÚSO DA ÁGUA
Fonte: ANDRADE e DRUMOND, 2012
 O uso de águas residuárias na produção agrícola, tem sido
largamente difundido em países onde os recursos hídricos são
escassos, como parte de políticas governamentais.
 Essa prática é comum em países do Oriente Médio (Israel, Arábia
Saudita, Jordânia), da África (Tunísia, Egito, Marrocos, Namíbia),
do Sudeste Asiático (China, Cingapura), da Europa (Espanha,
Áustria, França, Alemanha), da América Latina (México, Colombia,
Equador, Argentina, Uruguai, Peru), nos Estados Unidos, Nova
Zelândia e Austrália.
REÚSO DA ÁGUA
REÚSO
REÚSO DA ÁGUA
Oferta
Qualidade
Quantidade
Demanda
Fonte: adaptado de Róman et al, 2012
REÚSO DA ÁGUA
Regiões e países que já adotam o uso de águas residuárias:
 No Oriente Médio e Norte da África, nos países mediterrâneos:
Grécia, Espanha, Chipre, Palestina, Jordânia, Líbano, Marrocos e
Turquia, além de Austrália, México, Chile e Estados Unidos.
 As estatísticas apontam que cerca de 500 mil hectares de terras
agrícolas (em 15 países) vêm sendo irrigadas com águas
residuárias. No caso de Israel, o país detém um dos mais
ambiciosos programas de reutilização de águas, onde 70 % delas
são reútilizadas na irrigação de 19 mil hectares.
Fonte: Embrapa, 2007; Róman et al, 2012; Drumond et al, 2016.
 Economia anual com fertilizantes químicos:
 México: US$ 140,00 por hectare
 Paquistão: US$ 150,00 por hectare
 Não existe no Brasil regulamentação específica para reúso de
efluentes.
REÚSO DA ÁGUA
Fonte: Embrapa, 2007.
 BEVILACQUA et al. (2003) avaliaram a qualidade sanitária de bovinos
alimentados com forrageira irrigada com água residuária. Segundo os
autores, os animais alimentados com a forrageira não apresentaram
alterações no perfil sanitário, tampouco foram identificados nas fezes,
Salmonellae spp. e Cryptosporidium sp.
 A análise microbiológica das carcaças não revelou amostras com
presença de indicadores acima dos padrões estabelecidos pela
legislação brasileira e os resultados da pesquisa sorológica para
Cisticercus bovis foram negativos. É possível a produção de forrageira
fertirrigada com efluente e a utilização desta para alimentação animal,
não oferecendo comprometimento do perfil sanitário e da qualidade
microbiológica da carcaça dos animais.
REÚSO DA ÁGUA
CÁLCULO DA ADUBAÇÃO PELO 
MÉTODO DO BALANÇO DE MASSA
• O modelo de balanço de massa se fundamenta no
conhecimento da dinâmica de ciclagem de nutrientes no
ecossistema da cultura.
• Esse modelo tem sido proposto para estimar os
requerimentos de adubação de culturas agrícolas e
pastagens.
• Esse modelo é indicado por considerar a interação entre
componentes do sistema e preverem alterações no fluxo de
nutrientes à medida que fatores de produção são
modificados através do manejo.
Fonte: DRUMOND E AGUIAR, 2005.
Buscamos a Relação Ideal de Nutrientes em 
Função da Produtividade ao Longo do Ano
Posição de deficiência
Posição adequada
Posição “de luxo”
Posição de 
toxicidade
Conteúdo de nutrientes minerais nos tecidos vegetais secos
C
re
s
c
im
e
n
to
, 
R
e
n
d
im
e
n
to
Fonte: Solo Fertil Pedologia e Engenharia
Conteúdo de nutrientes minerais nos tecidos vegetais secos
Nível 
crítico de 
deficiência
Nível ótimo
Nível 
crítico de 
toxicidade
C
re
s
c
im
e
n
to
, 
R
e
n
d
im
e
n
to
SeguinteAntes Menu
Fonte: Solo Fertil Pedologia e Engenharia
Buscamos a Relação Ideal de Nutrientes em 
Função da Produtividade ao Longo do Ano
NÍVEL DE EXTRAÇÃO DE NUTRIENTES EM PASTAGEM 
INTENSIVA FERTIRRIGADA DE ACORDO 
COM A CONDIÇÃO DE UTILIZAÇÃO
Condição de pastejo rotacionado
Produção de 
matéria seca 
(t/ano) 
Extração (kg/ ha)
N P K Ca Mg S Cu Zn
10 150 15 200 24 21 79 0,23 0,08
20 300 30 400 48 42 158 0,46 0,16
30 450 45 600 72 63 237 0,69 0,24
40 600 60 800 96 84 316 0,92 0,33
50 750 75 1000 120 105 395 1,15 0,41
60 900 90 1200 144 126 474 1,38 0,49
65 975 105 1300 156 137 514 1,50 0,53
Fonte: (CORSI e NUSSIO, 1993); (AGUIAR, 2002); (DRUMOND E AGUIAR, 2005).
COMPARAÇÃO NA EXTRAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS DO 
SOLO ENTRE PASTAGEM E EUCALIPTO
Eucalipto - Total de Nutrientes Exportados em 7 anos - Produção de 218 t/ha.7 anos
N P K Ca Mg S
t/ha
TOTAL 218 623 76 259 570 81 70
Pastagem Intensiva - Total de Nutrientes Exportados em 7 anos - Produção de 280 t MS/ha.7 anos
N P K Ca Mg S
t/ha
TOTAL 280 5600 700 5500 1540 924 700
Pastagem
40 t MS/ha.ano
Massa 
produzida
kg/ha
Eucalipto
IMA 32 t/ha.ano
Massa 
produzida
kg/ha
Fonte: Rocha, 2014; ANDRADE E DRUMOND, 2014; DRUMOND E AGUIAR, 2005; CORSI e 
NUSSIO, 1993.
Extração de Macronutrientes considerando produção de Matéria Seca em 7 anos: 
Pastagem intensiva (280 t de MS): 14.964 kg por hectare.
Eucalipto (218 t de MS): 1.679 kg por hectare.
Ou seja, em 7 anos, a Pastagem Intensiva Fertirrigada extrai
8,9 vezes mais macronutrientes que Eucalipto!
É importante lembrar que as maiores quantidades de elementos químicos em
efluentes de origem orgânica são Macronutrientes!
COMPARAÇÃO NA EXTRAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS DO 
SOLO ENTRE PASTAGEM E EUCALIPTO
B Fe Zn Mn Cu
t/ha
TOTAL 218 884 19.143 2.165 7.109 288
B Fe Zn Mn Cu
t/ha
TOTAL 280 5600 56.000 10.640 39.200 2.800
Pastagem
40 t MS/ha.ano
Massa 
produzida
Pastagem Intensiva - Total de Nutrientes Exportados em 7 anos - Produção de 280 t MS/ha.7 anos
g/ha
Eucalipto
IMA 32 t/ha.ano
Massa 
produzida
Eucalipto - Total de Nutrientes Exportados em 7 anos - Produção de 218 t/ha.7 anos
g/ha
Extração de Micronutrientes considerando produção de Matéria Seca em 7 anos: 
Pastagem intensiva (280 t de MS): 114.240 gramas por hectare = 114,24 kg por 
hectare
Eucalipto (218 t de MS): 29.589 gramas por hectare = 25,589 kg por hectare
Em se tratando de micronutrientes, em 7 anos, a Pastagem
Intensiva Fertirrigada extrai 3,86 vezes mais que Eucalipto!
Fonte: Rocha, 2014; ANDRADE E DRUMOND, 2014; DRUMOND E AGUIAR, 2005; CORSI e 
NUSSIO, 1993.
EM SE TRATANDO DE FERTIRRIGAÇÃO 
DE PASTAGEM
• O objetivo da produção animal em pasto é
transformara RADIAÇÃO em PRODUTO
ANIMAL.
• É de suma importância conhecer como se dá o
processo e como ele se organiza para que
práticas de manejo possam ser planejadas e
implementadas.
FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DA 
FERTIRRIGAÇÃO COM EFLUENTES
Maiores Benefícios:
1. Diminui o risco de eutrofização dos recursos
hídricos destinados ao consumo humano;
2. Garante a disponibilidade permanente de água para
a produção agrícola;
3. Economia de fertilizantes químicos.
FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DA 
FERTIRRIGAÇÃO COM EFLUENTES
Outros ganhos ambientais:
1. Ausência de lançamento do efluente em corpo
hídrico;
2. Redução da emissão de CO2 (gás carbônico) e N2
(nitrogênio) para a atmosfera em comparação com o
tratamento biológico;
3. Contribui para a redução de gases causadores do
efeito estufa.
FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DA 
FERTIRRIGAÇÃO COM EFLUENTES
Outros ganhos ambientais:
4. Isso ocorre pela grande capacidade de
incorporação de carbono (C) no solo por sistemas
pastoris bem manejados, que tem dinâmica de raízes e
parte aérea que aumentam o teor de matéria orgânica
estável do solo;
FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DA 
FERTIRRIGAÇÃO COM EFLUENTES
Outros ganhos ambientais:
5. Estudos apontam que em pastagens intensivas
ocorre um aumento em torno de 8% do carbono no solo
quando comparado com floresta nativa;
6. E 19% quando comparado com culturas anuais.
FERTIRRIGAÇÃO COM EFLUENTE EM GOIÁS
Fertirrigação com efluentes de suinocultura
PLANEJAMENTO E INSTALAÇÃO DOS PIVÔS
FERTIRRIGAÇÃO COM EFLUENTES NO RIO GRANDE DO SUL
LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO E BIODIGESTORES
Mistura de efluente de Suinocultura + Bovinocultura + Indústria 
Laticínios
SISTEMA DE BOMBEAMENTO COM SUCÇÃO DUPLA:
MISTURA DE EFLUENTES E ÁGUA
INJEÇÃO DE 70% DE ÁGUA + 30% DA MISTURA DE EFLUENTE
NA FERTIRRIGAÇÃO
PROJETO DE FERTIRRIGAÇÃO AUTOMATIZADA
FASE 1 – MATO GROSSO
 O importante é conhecer o Balanço de Massa
para a cultura x Potencial de produção (clima).
PROJETO DE FERTIRRIGAÇÃO AUTOMATIZADA
FASE 1 – MATO GROSSO
PRODUÇÃO DE FENO E PRÉ-SECADO
PROJETO DE FERTIRRIGAÇÃO AUTOMATIZADA
FASE 1 – MATO GROSSO
CONFINAMENTO DE GADO DE CORTE
Separador de Sólidos 
DESENVOLVIMENTO DE MOTORES 
APROPRIADOS PARA BIOGÁS
FAZENDA TOCANTINS
PASTO FERTIRRIGADO COM EFLUENTE DE 
CONFINAMENTO E ADUBOS QUÍMICOS
Monitoramento de 
Elementos Químicos no 
Perfil do Solo
Poço de Observação
Não permite ação 
preventiva, pois 
monitora o Lençol 
Freático diretamento.
Além disso, 
possibilita 
contaminação desse 
Lençol por 
vandalismo.
Monitoramento: Instalação de Estações 
de Extratores da Solução do Solo. 
Permite ação preventiva, pois monitora 
em pelo menos 4 profundidades do 
solo.
MONITORAMENTO DE APLICAÇÃO – EXTRATOR 
DE SOLUÇÃO DE SOLO
• Permite verificar a presença ou ausência de lixiviação do elemento ao
longo do perfil do solo;
•Acompanhamento com pesquisa de campo;
• PERMITE AÇÃO PREVENTIVA E TOTAL ACOMPANHAMENTO
TÉCNICO.
Instalação dos extratores: simplicidade de 
operação e coleta em campo
Instalação dos extratores 
Coleta da solução do solo, para determinar os 
níveis de elementos químicos de interesse
Coleta da solução do solo, para determinar os 
níveis de elementos químicos de interesse
Exemplo de análise da solução do solo, obtida 
nas estações de extratores 
VALIDAÇÃO DA PESQUISA
RESULTADOS
Universidade Federal de Viçosa 
Campus Rio Paranaíba
INÍCIO DE UM PROJETO DE PESQUISA COM FERTIRRIGAÇÃO 
UTILIZANDO EFLUENTE DE AGROINDÚSTRIA
PATENSE ITAÚNA - AGOSTO DE 2009
PRIMEIRO DIA DE FERTIRRIGAÇÃO: 
ESTADO DA PASTAGEM DE CAPIM BRAQUIÁRIA
CAPACIDADE DE CARGA: 0,5 UNIDADES ANIMAL POR HECTARE
OBS.: 1 Unidade Animal (UA) corresponde a um animal de 450 kg 
de Peso Vivo.
ESTADO DA MESMA PASTAGEM DEPOIS DE 6 MESES DE 
FERTIRRIGAÇÃO
CAPACIDADE DE CARGA: 8 UNIDADES ANIMAL POR HECTARE
NÍVEIS DE ELEMENTOS QUÍMICOS DE INTERESSE 
AGRONÔMICO EM SOLO SUBMETIDO À APLICAÇÃO 
DE ÁGUA RESIDUÁRIA DE GRAXARIA
Orientador: Prof. Luís César Dias Drumond
Graduandos: Mayra Carolina de Oliveira; Luis 
Paulo Silva Ferreira e Luiz Gustavo Siqueira
2010 a 2014
Universidade Federal de Viçosa 
Campus Rio Paranaíba
Justificativa
 Definir doses de água residuária
que podem ser aplicada em sistema
intensivos de pastagens.
ANÁLISE DE SOLO EM ALTA PROFUNDIDADE: ATÉ 3 METROS DE 
PROFUNDIDADE
Conclusão 
• As doses aplicadas de Água Residuária
não causaram contaminação do solo, mesmo
na maior taxa de aplicação, evidenciando
que é possível realizar o tratamento de
efluentes via aplicação direta no solo
através da fertirrigação de plantas
forrageiras.
• As doses aplicadas de AR não ocasionaram
efeitos significativos no pH, P, K ,Ca,
Mg e S no solo (p>0,05).
• As doses aplicadas de AR ocasionaram
efeitos significativos na matéria
orgânica do solo (p<0,05) em todas as
épocas avaliadas.
EXPERIMENTO 2015 a 2017
EFEITO DA FERTIRRIGAÇÃO COM ÁGUA RESIDUÁRIA DE 
AGROINDÚSTRIA SOBRE A ATIVIDADE MICROBIANA DE UM 
SOLO SOB PASTAGEM
Monografia, apresentada ao Curso de Agronomia da
Universidade Federal de Viçosa Campus Rio Paranaíba como
requisito para obtenção do título de Bacharel em
Agronomia.
Graduandos: Maíra Martins Gouvêa e Raniel José Luiz de
Sousa
Orientadores: Prof. Dr. Marlon Corrêa Pereira e Prof. Dr.
Luis Cesar Dias Drumond.
OBJETIVO:
O objetivo neste trabalho foi avaliar o efeito da
fertirrigação com água residuária de agroindústria (ARA)
sobre a atividade microbiana de um solo sob pastagem.
PARÂMETROS AVALIADOS:
a) Caracterização da área e amostragem;
b) Avaliação da taxa de respiração;
c) Avaliação da biomassa microbiana e do carbono orgânico
total;
d) Cálculo dos quocientes metabólico e microbiano;
e) Análise estatística.
Tabela 3. Parâmetros microbiológicos avaliados nos sistemas (médias ± erro padrão) nas profundidades de 0-30, 30-60 e 60-120 cm. 
 Respiração (mg CO2 h -1) Biomassa Microbiana (µg g-1 de solo) 
 0 - 30 30 – 60 60 - 120 0 - 30 30 - 60 60 – 120 
Água 0,002± 0,0003 a 0,003± 0,0003 a 0,003± 0,0004 a 0,06± 0,0079 a 0,04± 0,0179 a 0,04± 0,0065 a 
ARA 0,002± 0,0005 a 0,002± 0,0007 a 0,003± 0,0003 a 0,11± 0,0755 a 0,04± 0,0119 a 0,13± 0,0892 a 
Sequeiro 0,002± 0,0005 a 0,002± 0,0004 a 0,002± 0,0003 a 0,12± 0,0744 a 0,07± 0,0238 a 0,07± 0,033 a 
Mata 0,002± 0,0001 a 0,002± 0,0001 a 0,002± 0,0002 a 0,05± 0,0103 a 0,01± 0,064 a 0,12± 0,0478 a 
 Quociente Metabólico (qCO2) Quociente Microbiano (qMIC) 
 0 - 30 30 – 60 60 - 120 0 - 30 30 - 60 60 - 120 
Água 0,04± 0,0093 a 0,09± 0,044 a 0,07± 0,0107 a 1,09± 0,114 a 0,59± 0,22 a 0,54± 0,1 a 
ARA 0,02± 0,0154 a 0,07± 0,024 a 0,02± 0,0086 a 0,25± 0,19 b 0,51± 0,26 a 0,37± 0,3 a 
Sequeiro 0,04± 0,0199 a 0,04± 0,015 a 0,06± 0,0374 a 0,48± 0,203 b 0,83± 0,4 a 1,07± 0,67 a 
Mata 0,06± 0,0142 a 0,15± 0,091 a 0,03± 0,019 a 0,43± 0,095 b 0,72± 0,61 a 1,05± 0,43 a 
Médias seguidas por uma mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste SNK. 
 
ANÁLISE ESTATÍSTICA DE ALGUNS PARÂMETROS
CONCLUSÕES:
a) Não foi observado efeito nocivo da aplicação de água
residuária agroindustrial sobre a atividade
microbiana nas diferentes profundidades do solo de
pastagem.
b) A não diferença da atividade microbiana entre áreas
(pastagem irrigada com ARA, pastagem irrigada com
água, pastagem sequeiro e mata nativa) evidencia que
o efluente não tem impacto negativo sobre a
microbiota do solo, quando utilizado dentro dos
parâmetros estabelecidos neste trabalho.
GANHO DE PESO ANIMAL MÉDIO 
NESSE EXPERIMENTO
GMD = 930 g/animal por dia
EXPERIMENTO 2016 a 2018
LIXIVIAÇÃO DE NUTRIENTES E ALTERAÇÃO DE 
PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO SUBMETIDO A 
APLICAÇÃO DE ÁGUA RESIDUÁRIA DE GRAXARIA
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em
Agronomia, da Universidade Federal de Viçosa Campus Rio
Paranaíba como requisito para obtenção do título de
Magister Scientiae.
Mestrando: Filipe Henrique Gentil.
Orientador: Prof. Dr. Luis Cesar Dias Drumond.
APROVADOEM: 09/08/2016
OBJETIVO:
 Avaliar a lixiviação de nutrientes e alteração
de propriedades químicas do solo submetido a
aplicação de água residuária de graxaria em área
plantada com capim Vaquero.
DELINEAMENTO ESTATÍSTICO:
 O delineamento estatístico utilizado foi o
inteiramente casualizado (DIC) em esquema
fatorial 4 x 3, sendo 4 doses de ARA –
Graxaria aplicadas em 3 tipos de solo com 3
repetições.
D800 LVA 
R1 
D2400 CX 
R2 
D2400 CX 
R1 
D2400 RQ 
R1 
D2400 LVA 
R1 
D0 RQ R2 
D1600 LVA 
R2 
D0 LVA R1 
D1600 LVA 
R1 
D2400 LVA 
R3 
D1600 CX 
R3 
D0 LVA 
R2 
D2400 CX 
R3 
D2400 RQ 
R2 
D800 CX R3 
D1600 RQ 
R2 
D800 CX R2 
D1600 CX 
R2 
D2400 LVA 
R2 
D1600 LVA 
R3 
D0 CX R1 D800 RQ R1 D0 CX R3 
D2400 RQ 
R3 
D0 CX R2 
D1600 RQ 
R3 
D0 RQ R1 
D1600 RQ 
R1 
D0 RQ R3 
D800 RQ 
R2 
D800 LVA 
R2 
D0 LVA R3 D800 RQ R3 
D1600 CX 
R1 
D800 LVA 
R3 
D800 RQ 
R2 
 
Esquema do experimento com distribuição dos tratamentos:
 
 D 0 LVA: Latossolo Vermelho-Amarelo R1: Repetição 1 
 D 800 CX: Cambissolo Háplico R2: Repetição 2 
 T 1600 RQ: Neossolo Quartzarênico R3: Repetição 3 
 T 2400 
CONCLUSÕES:
a) As aplicações de ARA - Graxaria contribuíram com
aumento na produção do Capim Vaquero.
b) Os teores de Nitrato ficaram abaixo do nível crítico
de contaminação das águas, evidenciando potencial do
uso de ARA-Graxaria em fertirrigação de pastagens.
c) Os teores fósforo total e nitrogênio total no solo e
no lixiviado, de forma geral não representam riscos
para contaminação de solo ou de águas
subsuperficiais.
EXPERIMENTO 2017 a 2019
FERTIRRIGAÇÃO DE PASTAGEM COM EFLUENTE DE 
BOVINOCULTURA E INTERAÇÕES COM O SISTEMA SOLO-
PLANTA
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Agronomia, da
Universidade Federal de Viçosa Campus Rio Paranaíba como
requisito para obtenção do título de Magister Scientiae.
Mestrando: Cíntia Carmen de Faria Melo.
Orientadores: Prof. Dr. Luis Cesar Dias Drumond e Alberto Carvalho
Filho.
APROVADO EM: 11/06/2019
OBJETIVO:
Avaliar os efeitos da aplicação de Água Residuária de
Bovinocultura (ARB) e adubação convencional em atributos
químicos e físicos de um LATOSSOLO VERMELHO AMARELO
Distrófico.
Analisar a dinâmica de fósforo orgânico e nitrato no solo, como
indicadores de risco ambiental relacionados ao uso de ARB em
sistemas fertirrigados.
DELINEAMENTO ESTATÍSTICO:
 O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente
casualizado (DIC) com 3 Tratamentos e 3 Repetições.
CONCLUSÕES:
a) A concentração de Nitrato no lixiviado durante o período
experimental manteve-se abaixo de 10 mg por litro, mesmo
sob aplicação de 1.926 kg de Nitrogênio por hectare por ano.
b) O maior teor de Magnésio nos tratamentos com ARB, aponta
o potencial do efluente como fonte desse nutriente,
promovendo maior disponibilidade do elemento ao longo do
tempo.
c) Não foi observado aumento na sodicidade ou salinidade do
solo.
d) Não houve lixiviação significativa de fósforo orgânico.
AVALIAÇÃO ECONÔMICA
FERTIRRIGAÇÃO DE PASTAGEM COM 
ADUBO QUÍMICO E EFLUENTE
Custo de Produção
Adubo Químico, considerando carga de 9 UA/ha
Fonte: Drumond (2019)
Itens Custo (R$/ha) % invest.
Equipamento de irrigação 15.000,00 5,69
Cerca elétrica e convencional 773,00 0,59
Implantação da pastagem (sementes, 
fertilizantes, etc.)
857,00 0,33
Manejo de animais e equipamentos 
manejo da irrigação
1423,00 0,43
Rede de água 350,00 0,13
Outros (mão de obra para instalação) 114,00 0,09
Subtotal 18.517,00 7,26
Investimentos
Custo Operacionais
Fonte: Drumond (2019)
Item Custo (R$/ha) % invest.
Fertilizantes¹ 3.147,50 26,55
Energia elétrica 1.750,00 14,76
Calagem (com operação) 400,00 3,37
Manutenção de equipamentos 160,00 1,35
Sal mineral 145,00 1,22
Mão de obra (2 pessoas/100 ha) 1.050,00 8,86
Suplementação com milho (fubá) 14,38 0,12
Custo financeiro dos animais adquidos 
(juros 7% ao ano)
1.046,08 8,82
Outros (controle de plantas daninhas, 
pragas e manutenção de cercas)
120,00 1,01
Subtotal 7.832,96 66,07
Custo de Produção
Adubo Químico, considerando carga de 9 UA/ha
Fonte: Drumond (2019)
Item % invest.
Juros (investimento - 12% ao ano) 18,74
Administração/outros (12% CO) 7,93
Subtotal 26,67
CUSTOS Recria/engorda Recria Engorda
Custo Total (R$/ha/ano) 11.933,58 11.933,58 12.513,71
Custo Total (R$/@) 129,16 109,07 142,58
Custo Total (R$/t/MS)
Custo (%/Custo@) 88,5 74,7 97,7
Receita (R$/@) 16,84 36,93 3,42
Receita (R$/ha) 1.504,68 3.960,27 288,60
Receita área Total (R$/ano) 150.467,74 396.027,34 28.859,74
240,79
Resumo
Custo de Produção
Adubo Químico, considerando carga de 9 UA/ha
Fonte: Drumond (2019)
Investimentos
Itens Custo (R$/ha) % invest.
Equipamento de irrigação 15.000,00 7,03
Cerca elétrica e convencional 773,00 0,73
Implantação da pastagem (sementes, 
fertilizantes, etc.)
857,00 0,40
Manejo de animais e equipamentos 
manejo da irrigação
1423,00 0,53
Rede de água 350,00 0,16
Outros (mão de obra para instalação) 114,00 0,11
Subtotal 18.517,00 8,97
Custo de Produção
Usando Efluentes, considerando carga de 9 UA/ha
Custo Operacionais
Fonte: Drumond (2019)
Item Custo (R$/ha) % invest.
Fertilizantes¹ 1.028,29 10,72
Energia elétrica 1.750,00 18,24
Calagem (com operação) 400,00 4,17
Manutenção de equipamentos 160,00 1,67
Sal mineral 145,00 1,51
Mão de obra (2 pessoas/100 ha) 1.050,00 10,94
Suplementação com milho (fubá) 14,24 0,15
Custo financeiro dos animais adquidos 
(juros 7% ao ano)
1.160,27 12,09
Outros (controle de plantas daninhas, 
pragas e manutenção de cercas)
120,00 1,25
Subtotal 5.827,80 60,74
Custo de Produção
Usando Efluentes, considerando carga de 9 UA/ha
Fonte: Drumond (2019)
Resumo
CUSTOS Recria/engorda Recria Engorda
Custo Total (R$/ha/ano) 9.595,31 9.595,31 10.175,45
Custo Total (R$/@) 103,00 87,27 114,87
Custo Total (R$/t/MS)
Custo (%/Custo@) 70,5 59,8 78,7
Receita (R$/@) 43,00 58,73 31,13
Receita (R$/ha) 3.842,94 6.298,54 2.626,86
Receita área Total (R$/ano) 384.294,25 629.853,85 262.686,25
193,56
Item % invest.
Juros (investimento - 12% ao ano) 23,16
Administração/outros (12% CO) 7,29
Subtotal 30,45
Custo de Produção
Usando Efluentes, considerando carga de 9 UA/ha

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