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Cardiopatias Congênitas

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16
FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS
PÓS GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS COM CARDIOPATIA CONGÊNITA: revisão de literatura
MARIA JOANA MELO RIBEIRO GOMES
MACEIÓ
2021
MARIA JOANA MELO RIBEIRO GOMES
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS COM CARDIOPATIA CONGÊNITA: revisão de literatura
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso Pós Graduação em Enfermagem em Cardiologia da Faculdade Estácio de Alagoas como requisito para à obtenção do título de Enfermeiro Especialista em Enfermagem em Cardiologia.
Flaviany Ribeiro da Silva
Faculdade Estácio de Alagoas
MACEIÓ
2021
RESUMO
Este estudo teve como objetivo analisar a atuação do enfermeiro na assistência à criança com cardiopatia congênita. A revisão da literatura foi realizada entre janeiro e fevereiro de 2021, com busca nas bases de dados LILACS, SciELO, MEDILINE, BVS. Foram identificados sete artigos pelos critérios estabelecidos. Os estudos, em quase sua totalidade, são estudos de revisão, que refletem sobre o cuidado prestado as crianças com cardiopatias. Os diagnósticos de enfermagem realizados ainda na fase intrauterina ajudam a direcionar a assistência de enfermagem tornando-a mais efetiva e prevenindo complicações, agravos e sequelas na fase neonatal. Foi possível perceber a importância da identificação das cardiopatias congênitas, com o intuito de uma intervenção rápida e adequada. É fundamental afastar possíveis fatores agravantes do quadro clínico afim de prestar uma assistência de enfermagem de qualidade, buscando assim suprir as necessidades da criança.
Palavras-chave: Cardiopatia Congênita. Assistência de enfermagem. Crianças.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................5
2REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................................6
2.1 Cardiopatia Congênita...........................................................................................................6
2.2 Assistência de enfermagem...................................................................................................7
3METODOLOGIA ..................................................................................................................9
4 RESULTADOS.....................................................................................................................11
5 DISCUSSÃO.........................................................................................................................13
6 CONCLUSÃO......................................................................................................................14
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO 
As cardiopatias congênitas (CC) são definidas como malformações anatômicas do coração e dos grandes vasos, presentes ao nascimento. Trata-se do problema congênito mais comum, sendo uma das principais causas de morte entre as malformações. Ela compromete a função hemodinâmica cardiovascular, podendo ou não produzir sintomas, que podem surgir ainda na infância ou apenas na idade adulta (LIMA et al., 2018; MOURA et al., 2018; RAMOS, 2010).
Os recém-nascidos geralmente manifestam sintomas da doença ao nascimento, podendo apresenta-los a partir das primeiras 24h de vida ou, em algumas situações, após a primeira semana do nascimento. Os sintomáticos, em geral apresentam baixo débito sistêmico, taquipneia progressiva, cansaço às mamadas, palidez cutânea, sudorese acentuada, taquicardia, redução da amplitude dos pulsos centrais e periféricos e hipotensão arterial sistêmica. Esta malformação é caracterizada as mais graves ao nascimento e a causa mais frequentes de emergência em cardiologia (LIMA, et al., 2018; RAMOS, 2010).
O tratamento deve fundamentar-se em devolver ou oferecer à criança uma qualidade de vida adequada, reduzir ou eliminar os sintomas e proporcionar melhor perspectiva de sobrevida (ALMEIDA, 2013).
A enfermagem auxilia pais e familiares na prevenção da enfermidade, no alívio ao sofrimento, na proteção, promoção e restabelecimento da saúde. Nas crianças com CC, a enfermagem promove, junto com os familiares, as condições de saúde mais satisfatórias, além do melhor ambiente possível para seu crescimento e desenvolvimento. Essas intervenções podem ser terapêuticas, de apoio e aconselhamento, ou ainda de educação em saúde (MOURA et al., 2018).
Para promover esse cuidado de qualidade, o enfermeiro deve direcionar e integrar seus conhecimentos científicos a sua prática profissional, visando uma melhor qualidade de sua assistência. A prática diária junto às crianças com CC apresenta respostas únicas, que precisam ser melhoradas e trabalhadas com um caráter científico, através da intervenção de enfermagem, de forma sistematizada (DIAS, 2015; MOURA et al., 2018; SAMPAIO, 2019).
Para o interesse deste estudo, será destacado a atuação da enfermagem frente ao cuidado criança com CC. Desse modo, a pergunta norteadora da pesquisa é: Qual a importância da enfermagem frente aos cuidados com crianças portadoras de CC?
Ao se ter em vista que o enfermeiro é de suma importância para prestar assistência a crianças com CC que necessita de cuidados específicos, esta revisão tem como objetivo analisar por meio da literatura a atuação do enfermeiro na assistência à criança com CC.
A realização dessa pesquisa permite melhor compreensão da experiência no processo de cuidar da criança com CC em seu cotidiano. Contudo, além de compreender a experiência da criança, são necessários estudos que também visem à intervenção de enfermagem nessas situações, pois elas podem instrumentalizar o enfermeiro para o cuidado. 
Pretende-se que os resultados dessa pesquisa contribuam para agregar conhecimento sobre a assistência em enfermagem, ampliar qualificação do enfermeiro, refletir sobre a vivência da criança no processo de transição de doença-saúde, além de colaborar com o ensino e pesquisa de enfermagem.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Cardiopatia Congênita
As cardiopatias congênitas são anomalias resultantes de defeitos anatômicos no coração e de grandes vasos, que comprometem sua função. É um tipo de cardiopatia que pode ser identificada ainda no desenvolvimento intrauterino, ao nascimento, ou na primeira infância. São originadas durante a formação embrionária, alterando uma determinada estrutura, e/ou provocando sua insuficiência já a partir do estágio inicial do tecido fetal (LIMA et al., 2018; ROSA et al., 2013; SILVA, 2012).
A etiologia de 90% dos defeitos cardíacos congênitos permanece desconhecida, podendo estar relacionada a diversos fatores, que englobam causas pré-natais, genéticas e ambientais. Fatores maternos de risco incluem doenças crônicas, como diabetes, consumo de álcool e exposição a toxinas ambientais e infecções, e idade materna acima de 40 anos. É importante lembrar que a história familiar de um defeito cardíaco, principalmente em parentes de primeiro grau e aberração cromossômica, como a Síndrome de Down aumenta a probabilidade de um defeito cardíaco (LIMA et al., 2018; SILVA, 2012).
	A CC pode apresentar um defeito isolado ou uma combinação de defeitos, os quais são divididos em dois grupos: acianóticos e cianóticos. A classificação é determinada por característica física; presença ou não de cianose, como fator diferencial. Cardiopatias acianóticas são resultantes de obstrução ao ventrículo direito ou ao ventrículo esquerdo; regurgitação sanguínea ou desvio de sangue da esquerda para a direita (shunt). Cardiopatias cianóticas tem como característica hiperfluxo pulmonar e envolvem funções relacionadas às paredes das câmaras cardíacas. Inexiste mistura de sangue não oxigenado na circulação sistêmica. Geralmente as patologias que exigem intervenções terapêuticas rápidas, principalmente cirurgias de emergência, estão entre as cardiopatias cianóticas(BELO, OSELAME, NEVES, 2016; URAKAWA, KOBAYASHI; 2012).
A CC é responsável por aproximadamente 40% de todos os defeitos congênitos e considerada uma das malformações mais frequentes de emergência em cardiologia pediátrica. Sua incidência encontra-se entre 4 e 19/1.000 nascidos vivos, sendo apenas 25% dos casos diagnosticados no primeiro ano de vida (ALMEIDA, 2013; ROSA et al., 2013). 
No período neonatal a suspeita clínica de CC pode ser levantada pela presença principalmente de sinais como cianose, insuficiência cardíaca, sopro ou arritmia cardíaca e seu diagnostico geralmente é confirmado com a realização do ecocardiograma. A descoberta precoce de defeitos cardíacos é importante devido a seu prognóstico de rápida deterioração clínica e de sua alta mortalidade. Estima-se que 90% dos recém-nascidos acometidos se não tratados morrerão no primeiro ano de vida e 25% a 35% morrerão ainda no primeiro mês de vida (SANTOS; MENEZES; SOUSA, 2013; URAKAWA, KOBAYASHI; 2012).
	No tratamento das CC está disponível desde recursos farmacológicos e cirúrgicos para corrigir as anomalias até os casos mais graves que precisam de transplante cardíaco. As crianças portadoras de CC apresentam características próprias da patologia, estando sujeitas a vários procedimentos, cirurgias e hospitalizações. Essas crianças são mais vulneráveis a infecções, podendo aumentar o tempo de internação hospitalar. O desenvolvimento de infecções hospitalares pode ocorrer pela lenta maturação imunológica, compartilhamento de objetos entre as crianças internadas, desnutrição aguda, uso de medicamentos, doenças hemato-oncológicas (SAMPAIO, 2019; SANTANA; SANTOS, 2019; SANTOS; MENEZES; SOUSA, 2013). 
As repercussões clínicas da doença e do tratamento alteram a qualidade de vida da criança com CC e de sua família. Sabe-se que ainda não é possível uma reparação completa dos defeitos cardíacos e que a estimativa de vida é incerta. Desse modo, estratégias de assistência à saúde enfatizam uma abordagem centrada nesse paciente, priorizando a qualidade de vida. (SAMPAIO, 2019; SANTANA; SANTOS, 2019). 
2.2 Assistência de enfermagem 
O cuidado faz parte da vida do ser humano desde o início da humanidade, como resposta às suas necessidades. Para promover esse cuidado, o enfermeiro, membro da equipe multidisciplinar, deve buscar constantemente conhecimentos específicos que possibilitem resolutividade às respostas dos fenômenos de saúde (BALBUINO; MANTOVANI; LACERDA, 2009; SAMPAIO, 2009). 
O instrumento para realização do cuidado é o processo de cuidar, junto a interatividade entre enfermeiro e paciente. Nele, o profissional deve desenvolver suas atividades fundamentadas no conhecimento científico, intuição, habilidades, pensamento crítico e criativo acompanhadas do cuidar com o objetivo de promoção a saúde, prevenção de doenças, recuperação e reabilitação da saúde e da dignidade humana (BALBUINO; MANTOVANI; LACERDA, 2009; DUARTE; FERREIRA; LISBOA, 2012). 
A vivência hospitalar de uma criança com CC pode causar experiências negativas e efeitos colaterais indesejáveis em sua vida. A hospitalização prolongada é sempre uma preocupação devido aos cuidados médicos e de enfermagem, aos diagnósticos indefinidos e questões psicossociais. Por isso, o profissional responsável por acompanhar essa criança deve estar disposto a minimizar essas consequências. Nesse sentido, o enfermeiro tem papel essencial no cuidado integral e holístico da criança com CC. Esse deve prestar uma assistência técnica de qualidade e um cuidado humanizado (RAMOS, 2010; SAMPAIO, 2019).
A assistência de enfermagem prestada a criança deve ser estabelecida e executada logo após suspeita do diagnóstico de CC. Ter conhecimento do perfil e os diagnósticos de enfermagem da criança com CC pode favorecer um melhor planejamento da assistência. Para a elaboração do plano assistencial pelo enfermeiro, é essencial o cuidado no levantamento de informações, voltado principalmente para avaliação da função cardíaca e detecção de sinais e sintomas característicos de complicações da cardiopatia de base. Para tanto é fundamental que o enfermeiro realize uma boa avaliação e determine os problemas mais críticos para elaboração de condutas específicas e o estabelecimento de uma boa comunicação entre os enfermeiros (ALMEIDA, 2013; URAKAWA, KOBAYASHI; 2012).
	Cada vez mais, a sistematização é importante para o trabalho da enfermagem, fornecendo subsídio para elaboração de um plano de cuidados que atenda as demandas das crianças com CC. Planejar a assistência permite guiar as ações, tornando-a mais efetiva, garantindo a prescrição adequada dos cuidados e orientando a supervisão da atuação do pessoal, avaliação dos resultados e da qualidade da assistência (MOURA et al., 2018; UAKAWA, KOBAYASHI; 2012).
	A prática diária frente às crianças cardiopatas apresenta respostas únicas, que precisam ser melhoradas e trabalhadas com um caráter científico, através da intervenção de enfermagem, de forma sistematizada (MOURA et. al., 2018).
3 METODOLOGIA
Este trabalho foi elaborado por meio de uma pesquisa bibliográfica com revisão da literatura.
A pesquisa foi realizada em seis etapas: 1) identificação do tema; 2) eleger os critérios de inclusão e exclusão; 3) realizar a busca na literatura cientifica; 4) definição das informações relevantes dos estudos a serem extraídas; 5) interpretação dos resultados; 6) apresentação da revisão de literatura e síntese do conhecimento como mostrado no Figura I. 
A busca limitou-se aos trabalhos publicados em língua portuguesa e inglesa e que possuíssem acesso livre na base de dados pesquisada. Em seguida foram definidos os critérios de inclusão e exclusão e realizado a buscas nas bases de dados BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e SciELO (Scientific Eletronic Library Online).
Na busca, foram identificados 75 trabalhos nas bases de dados. Estes foram filtrados a partir dos seguintes critérios de inclusão: referências bibliográficas que abordassem em seus resultados ou revisão de literatura o tema do estudo; artigos publicados nos últimos 10 anos; todas as categorias de artigos; publicações em revistas de enfermagem; artigos publicados nos idiomas: inglês e português e textos disponíveis gratuitamente na integra através da consulta nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Os critérios de exclusão foram: artigos médicos; artigos que discutissem métodos cirúrgicos; artigos repetidos nas bases de dados e com discussão fora da temática proposta no referido estudo. 
As buscas foram feitas no período entre janeiro e fevereiro de 2021. Após leitura cuidadosa, realizou-se a seleção dos estudos de acordo com a temática abordada, objetivos, metodologia e a definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados e categorização dos mesmos. 
 Os descritores combinados utilizados na base de dados LILACS e BVS foram: cardiopatias congênitas, cuidados de enfermagem, assistência de enfermagem, criança, crianças. Os descritores utilizados na base MEDLINE Congenital heart disease, nursing care, nursing, child, children. E na base SciELO: Heart Diseases, Congenital, nursing care, nursing, children, child Para a combinação dos descritores foi utilizado os operadores booleanos “AND” e “OR”. A estratégia de busca está descrita na Tabela I.
A síntese dos dados extraídos dos artigos foi apresentada de forma descritiva em tabelas, reunindo o conhecimento produzido sobre o tema abordado nesta revisão. 
Figura I: Fluxograma da esquematização de busca metodológica na base de dados científicos. Maceió, 2021.
 
Tabela I: Estratégia de busca realizada nas bases de dados. Maceió, 2021.
	Base de dados
	Descritores
	Achados
	LILACS
	cardiopatias congênitas AND cuidados de enfermagem OR assistência de enfermagem AND criança OR crianças
	12
	MEDLINE
	Congenital heart disease AND nursing care OR nursing AND child OR children
	43
	SciELO
	Heart Diseases, Congenital ANDnursing care OR nursing AND children OR child
	3
	BVS
	cardiopatias congênitas AND cuidados de enfermagem OR assistência de enfermagem AND criança OR crianças
	17
	Total:
	
	
	75
4 RESULTADOS 
A tabela II apresenta os artigos obtidos a partir de cada base de dados. Na primeira coluna encontra-se os artigos encontrados e, na segunda, os selecionados para leitura.
Tabela II: Distribuição dos artigos encontrados e selecionados de acordo com cada base de dados. Maceió, 2021.
	Base de dados
	Encontrados
	Selecionados
	LILACS
	12
	4
	MEDLINE
	43
	12
	SciELO
	3
	3
	BVS
	17
	6
	Total:
	75
	25
Dentre os 25 trabalhos encontrados, houve repetição de 2 artigos entre as bases de dados, 1 não estava disponível para acesso e 15 não contemplavam a assistência do enfermeiro a crianças com CC. Assim, o número final de trabalhos que compôs o estudo foi de 7.
Dos 7 artigos selecionados havia 1 dissertação de mestrado, 1 trabalho de conclusão de curso e os demais, publicações em revistas brasileiras. Quanto ao idioma das publicações, todos foram na língua portuguesa. Foram selecionados 2 artigos da base de dados LILACS e 2 da base SciElo, os demais foram selecionados da BVS. Em relação às questões clínicas dos estudos, 3 falaram sobre intervenção/tratamento ou diagnóstico de enfermagem. Os demais apresentaram cuidados pertinentes as crianças com CC.
Os estudos, em quase sua totalidade, são estudos de revisão, mas que provocam reflexão sobre o cuidado prestado as crianças com cardiopatias.
O quadro I apresenta a listagem dos trabalhos selecionados para a pesquisa de acordo com título, identificação, tipo de pesquisa e principais resultados dos estudos. 
Quadro I: Artigos selecionados para o estudo. Maceió, 2021.
	Título/Identificação
	Objetivo
	Tipo de pesquisa
	Principais resultados
	Diagnósticos e cuidados de enfermagem ao neonato com cardiopatia congênita
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo – Supl; LIMA, T.G.; SILVA, M.A.; SIQUEIRA, S.M.C. 2018.
	Descrever os diagnósticos e cuidados de enfermagem ao neonato com cardiopatia congênita.
	Revisão Integrativa
	O recém-nascido, internado em uma Unidade de Terapia Intensiva, em decorrência de cardiopatia congênita, está predisposto a diversos outros problemas, acarretando alguns riscos, sendo necessário um cuidado de enfermagem voltado aos possíveis diagnósticos que são acometidos.
	Neonatal nursing care of the infant with congenital heart disease: an integrative review
Online braz j nurs; MAGALHÃES, S.S.; QUEIROZ, M.V.O.; CHAVES, E.M.C. 2016
	Buscar evidências disponíveis na literatura sobre os cuidados de enfermagem aos recém-nascidos com cardiopatia congênita em unidades neonatais.
	Revisão Integrativa
	A triagem neonatal para cardiopatias críticas pela oximetria de pulso e a assistência de enfermagem em cirurgias à beira do leito foram os principais cuidados do enfermeiro aos bebês com cardiopatias em unidade neonatal.
	Assistência de enfermagem a crianças com cardiopatias congênitas: uma revisão de literatura
Revista de Trabalhos Acadêmicos UNIVERSO; MOURA, et al. 2018
	Descrever a assistência de enfermagem em crianças portadoras de cardiopatia congênita.
	Revisão de Literatura
	A assistência de enfermagem deve ser focada ao perfil da criança e suas manifestações clínicas, como acúmulo de líquido e sódio, má oxigenação cardíaca, deficiência no fluxo sanguíneo e comprometimento respiratório. O delineamento do processo de enfermagem deve incluir: Coleta de dados; Diagnóstico de enfermagem; Planejamento de enfermagem; Intervenções de enfermagem; e Avaliação de enfermagem.
	A assistência de enfermagem à criança hospitalizada por cardiopatia congênita 
Dissertação de mestrado; RAMOS, C. A. 2010
	Identificar artigos sobre o cuidado de enfermagem a criança portadora de cardiopatia congênita e sua família, analisa-los quanto a suas propostas de assistência de enfermagem.
	Revisão Sistemática 
	O panorama encontrado na pesquisa aponta áreas pouco abordadas: cuidados durante a insuficiência cardíaca descompensada, crise de hipoxemia, procedimentos e exames diagnósticos e planejamento da alta hospitalar.
	Assistência de enfermagem para crianças com cardiopatias congênitas na uti pediátrica: uma revisão integrativa
Trabalho de Conclusão de Curso; SANTANA, A.C.O; SANTOS, S.A. 2019
	Analisar a assistência de enfermagem às crianças portadoras de cardiopatias congênitas, no âmbito hospitalar na UTI pediátrica.
	Revisão Integrativa
	Há poucas evidências sobre a temática de cuidados de enfermagem para crianças com cardiopatias congênitas, na uti pediátrica. Existem lacunas na produção de conhecimento dos profissionais no cuidado a essas crianças, subsidiando a prática clínica baseada em evidências.
	Diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem para criança com cardiopatia congênita: revisão integrativa
Revista Pesquisa Cuidado Fundamental; SILVA, V.G. et al., 2013
	Correlacionar à padronização de diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem frente ao conhecimento produzido na literatura, como forma de expressar as ações inter-relacionadas sistematizadas à criança com cardiopatia congênita.
	Revisão Integrativa
	Poucos estudos demonstraram as etapas do processo de enfermagem inter-relacionadas. É necessário aumentar as pesquisas na área de assistência de enfermagem em cardiologia pediátrica para aprofundar o conhecimento e, consequentemente, melhorar a prática
	Identificação do perfil e diagnósticos de enfermagem do neonato com cardiopatia congênita
Revista Pesquisa Cuidado Fundamental; URAKAWA, I.T.; KOBAYASHI, R.M. 2012
	Caracterizar o perfil e os diagnósticos de enfermagem do neonato com cardiopatia congênita.
	Estudo descritivo, exploratório e retrospectivo.
	Na unidade de terapia intensiva, os diagnósticos prevalentes foram alto risco para infecção; integridade da pele prejudicada; risco para alteração da temperatura; risco para alteração no volume de líquidos; risco para alteração na frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA) e ritmo cardíaco (RC); risco para alteração no padrão respiratório; limpeza ineficaz de vias aéreas superiores.
5 DISCUSSÃO 
A CC apesar de presente desde o nascimento, pode não ser detectada em um primeiro momento. Assim é fundamental seu reconhecimento para um cuidado adequado. Magalhães (2016) relata que a realização da triagem neonatal para CC críticas é uma atividade da enfermagem, porém não foram encontrados estudos desenvolvidos por enfermeiros que tratassem diretamente do cuidado prestado nessa prática. Acredita-se que isso ocorra por se uma prática relativamente nova. 
As CC podem necessitar de um tratamento de emergência mesmo antes do diagnóstico anatômico e da cardiopatia. O tratamento correto, que pode ser clínico e/ou cirúrgico, é absolutamente necessário para a sobrevida do neonato. A assistência de enfermagem contribui para viabilizar a realização de diagnóstico e intervenção precoce que leva à necessidade de explorar e adquirir novos conhecimentos, que possam contribuir para a redução dos agravos e da mortalidade neonatal (URAKAWA; KOBAYASHI, 2012).
Os diagnósticos de enfermagem realizados ainda na fase intrauterina ajudam a direcionar a assistência de enfermagem tornando-a mais efetiva e prevenindo complicações, agravos e sequelas na fase neonatal. Urakawa e Kobayashi (2012) observaram alguns diagnósticos que estão mais presentes na CC, que são risco para alteração no volume de líquidos, risco para alteração na FC, PA e RC, risco para alteração no padrão respiratório, limpeza ineficaz de vias aéreas superiores e excesso de volume de líquidos. Contudo, é necessário que o enfermeiro realize uma boa avaliação, determinando os problemas mais críticos e elaborando um planejamento na assistência de enfermagem. 
Os recém-nascidos internados na UTI pediátrica estão mais propensos a problemas devido ao ambiente hostil e aos procedimentos invasivos que são realizados. Conforme os diagnósticos encontrados neste estudo, os cuidados precisam ser direcionados com o objetivo de garantir a qualidade da assistência.A monitorização é primordial no ambiente hospitalar, principalmente da tensão arterial, pressão venosa central, débito urinário, temperatura corporal, oximetria de pulso e controle laboratorial. Para tanto, o enfermeiro deve fundamentar sua prática em argumentos cientificamente sustentados, garantindo a assistência prestada (LIMA; SILVA; SIQUEIRA, 2018).
Ramos (2010) encontrou em seu estudo uma maior abordagem sobre a sistematização da assistência de enfermagem à criança. Desse modo, Moura (2018) afirma que a sistematização é importante para o trabalho do enfermeiro, pois fornece subsídio para elaboração de um plano de cuidados que atenda às necessidades das crianças cardiopatas. Este processo permite identificar problemas, elaborar um plano assistencial e avaliar sua eficácia. 
Adicionalmente, foi visto que há poucas evidências sobre a temática de cuidados de enfermagem para crianças com CC. Alguns aspectos necessitam ser ampliados, por exemplo, aprofundar o conhecimento dos profissionais no cuidado dessas crianças, ampliando as pesquisas na área de assistência de enfermagem em cardiologia pediátrica. Contudo, o enfermeiro deve se aprimorar, buscando sempre o caminho da ciência, integrando teoria e prática e desenvolvendo estudos para fortalecer o cuidado (SANTANA; SANTOS, 2019; SILVA et al., 2013).
6 CONCLUSÃO
Os enfermeiros desenvolvem a prática de cuidado por meio das ações nas dimensões técnicas e expressivas, durante a visita diária de enfermagem. Essas dimensões não ocorrem de forma isolada, pois cada qual tem sua magnitude, dependendo de como acontece a interação/vínculo entre profissional e paciente. Visto isso, o enfermeiro precisa ser visível perante a equipe, de saúde e da sociedade, como coadjuvante do processo de cuidar desses pacientes. Deve também buscar no seu caminhar profissional, seja na prática, no ensino ou na pesquisa, todos os dias, “um saber, um fazer e um ser enfermagem”, com conhecimento, compreensão, empatia, envolvimento, proximidade, solidariedade e dignidade, em todas as dimensões do ser humano, como um agente inovador, moderador e transformador do processo de cuidar.
Diante do exposto foi possível perceber a importância da identificação das CC, com o intuito de uma intervenção rápida e adequada. É fundamental afastar possíveis fatores agravantes do quadro clínico afim de prestar uma assistência de enfermagem de qualidade, buscando assim suprir as necessidades da criança. Os profissionais de saúde devem estar preparados para orientar e acolher os portadores de cardiopatias, afim de amenizar os sofrimentos e medos.
Referente à pesquisa, recomenda-se que alguns aspectos carecem de maior abordagem, por exemplo, temas relacionados às necessidades da criança em decorrência da cardiopatia. Tais aspectos podem ser inseridos em disciplinas de saúde da criança, no curso de graduação. Essas recomendações estendem-se à da assistência e de ensino. É preciso trabalhar as três de modo integrado com o objetivo de maximizar o cuidado à criança com CC. 
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M.S. Assistência de enfermagem frente às cardiopatias congênitas. Salvador, 2013. Trabalho de Conclusão de Curso.
BALBUINO, A.F.A.; MANTOVANI, M.F. LACERDA, M.R. O processo de cuidar de enfermagem ao portador de doença crônica cardíaca. Paraná. Esc Anna Nery Rev Enferm. v. 13, n. 2, 2009.
BELO, W.A.; OSELANE, G.B.; NEVES, E.B. Perfil clínico-hospitalar de crianças com cardiopatia congênita. Rio de Janeiro. Cad. Saúde Colet. v. 24, n. 2, 2016.
DIAS, R.S. Assistência de Enfermagem aos Recém-Nascidos com Cardiopatias Congénitas. Mindelo, 2015. Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Enfermagem da Universidade do Mindelo. 
DUARTE, N.E.; FERREIRA, M.A.; LISBOA, M.T.L. A dimensão prática do cuidado de enfermagem: representações sociais de acadêmicos de enfermagem. Rio de Janeiro. Esc Anna Nery Rev Enferm. v. 16, n. 2, 2012.
LIMA, T.G.; SILVA, M.A.; SIQUEIRA, S.M.C. Diagnósticos e cuidados de enfermagem ao neonato com cardiopatia congênita. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo – Supl. v. 28, n. 1, 2018.
MAGALHÃES, S.S.; QUEIROZ, M.V.O.; CHAVES, E.M.C. Neonatal nursing care of the infant with congenital heart disease: an integrative review. Online braz j nurs. v. 15, n. 4, 2016.
MOURA, et al. Assistência de enfermagem a crianças com cardiopatias congênitas: uma revisão de literatura. Revista de Trabalhos Acadêmicos UNIVERSO. São Gonçalo, v. 3, n. 5, 2018.
RAMOS, C. A. A assistência de enfermagem à criança hospitalizada por cardiopatia congênita. São Paulo, 2010. Mestrado [Dissertação de enfermagem em cardiologia] – Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.
ROSA, R.C.M. Cardiopatias congênitas e malformações extracardíacas. Porto Alegre. Rev Paul Pediatr. v. 31, n.2, 2013.
SAMPAIO, G.S.A. Cuidados de enfermagem à criança com cardiopatia congênita: revisão de literatura. Fortaleza, 2019. Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará.
SANTANA, A.C.O; SANTOS, S.A. Assistência de enfermagem para crianças com cardiopatias congênitas na uti pediátrica: uma revisão integrativa. Aracaju, 2019. Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes. 
SANTOS, A.D.S.; SIQUEIRA, G.A.M.; SOUSA, D.S.S. Perfil dos recém-nascidos com cardiopatia congênita em uma maternidade de alto risco do município de Aracaju. Aracaju. Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde. v. 1, n.17, 2013.
SILVA, V.G. et al. Diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem para criança com cardiopatia congênita: revisão integrativa. J. res.: fundam. care. online. v. 6, n. 3, 2013.
SILVA, V.G. Protocolo de cuidados de enfermagem para crianças com cardiopatias congênitas: uma proposta baseada em NANDA-NOC-NIC. Niterói, 2012. Dissertação de Mestrado- Universidade Federal Fluminense.
URAKAWA, I.T.; KOBAYASHI, R.M. Identificação do perfil e diagnósticos de enfermagem do neonato com cardiopatia congênita. J. res.: fundam. care. online. v. 4, n. 4, 2012.
Definição das informações relevantes dos estudos encontrados
Busca da literatura científica 
Definição do tema 
Determinação dos critérios para inclusão e exclusão dos estudos
Interpretação dos resultados 
Apresentação da revisão de literatura

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