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Aula 35 - Legítima Defesa II

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Legítima Defesa II
DIREITO PENAL
www.grancursosonline.com.br
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
LEGÍTIMA DEFESA II
LEGÍTIMA DEFESA 
Erro de execução na legítima defesa 
Ex.: Antônio está sofrendo uma agressão atual de Alberto. E Antônio, usando 
moderadamente dos meios necessários para repelir essa injusta agressão, dis-
para com sua arma de fogo. Ao disparar, ele erra o alvo, e acerta Maria, uma 
senhora que passava próxima ao local. Ou seja, ele inicialmente estava em uma 
situação de legítima defesa contra Alberto, mas errou, acertando Maria. 
Existe um instituto relacionado ao erro acidental, que trata justamente do erro 
da execução. No erro na execução, a pessoa quando erra, ela quer acertar A, 
mas acerta B. Nesse caso, consideram-se as circunstâncias da pessoa que ela 
queria acertar. É a chamada pessoa visada ou vítima virtual.
Se Antônio está agindo em legítima defesa contra Alberto, erra o disparo 
e acerta Maria, esse disparo será considerado legítima defesa contra Maria 
também. Portanto, Antônio não terá praticado crime. 
Ex.: A quer acertar B, que é sua esposa, mas erra o tiro e acerta C, que 
morre. Considera-se C como se fosse B. Ou seja, mesmo que C morra, será con-
siderado um feminicídio. Isso também vale para a legítima defesa. 
Excesso intensivo e excesso extensivo 
É uma nomenclatura utilizada predominantemente para o excesso na legí-
tima defesa. 
Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei n. 
7.209, de 11.7.1984)
I – em estado de necessidade; (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
II – em legítima defesa; (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Inclu-
ído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
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Excesso punível (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único – O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá 
pelo excesso doloso ou culposo. (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
O artigo 23, parágrafo único, dispõe sobre o excesso de todas as excluden-
tes. O artigo ainda dispõe que cabe excesso doloso ou culposo. Portanto, uma 
pessoa responde por excesso de forma dolosa ou de forma culposa, mas não 
responderá pelo excesso quando ele for exculpante, pois exculpante é causa 
de exclusão da culpabilidade.
O excesso culposo é aquele em que alguém age com culpa, uma perturbação 
que realmente não queria, acaba se excedendo sem saber.
E existe ainda o excesso intensivo e o excesso extensivo. 
Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
(Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
O artigo 25 dispõe que, para repulsar, é preciso usar moderadamente dos meios 
necessários. É preciso também ser de acordo com a disponibilidade do meio.
Seja quando é aplicado um meio além do necessário, seja quando o seu uso 
é imoderado, nas duas formas há excesso, podendo o indivíduo responder por 
excesso doloso ou culposo. 
• O excesso intensivo se dá no uso imoderado ou no meio não necessário, 
no momento da sua aplicação. 
• O excesso extensivo é um excesso que se dá no tempo. O seu meio de exe-
cução da legítima defesa é um meio de execução legítimo. Mas a pessoa 
se excede no tempo. 
Ex. 1: Alberto está praticando uma agressão injusta contra Antônio. Portanto, 
cabe legítima defesa de Antônio para com Alberto. Os dois têm o porte físico 
semelhante, mas Antônio é faixa preta em karatê. Alberto começa a lesionar 
Antônio, que, além de ser faixa preta em karatê, também é policial, e por ser 
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policial anda armado com uma pistola. Ao sofrer essa lesão de Alberto, Antônio 
pode se utilizar do karatê, mas dispara com sua arma de fogo contra Alberto. O 
uso imoderado durante o lapso de execução, é excesso intensivo. 
Ex. 2: Antônio é muito magro e Alberto é faixa preta de jiu-jitsu e muito forte. 
Alberto começa a lesionar Antônio, que não sabe lutar, mas é policial e anda 
armado. Diante da situação, ele só tem a arma de fogo para se proteger, e dis-
para uma vez contra Alberto. Além disso, depois de repelida a agressão, ele dis-
para mais cinco vezes contra Alberto. Esse excesso é extensivo. 
Atenção!
Enquanto que o excesso intensivo se dá no uso imoderado, mas naquele lapso 
temporal da própria legítima defesa, o excesso extensivo se excede no tempo. 
LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA 
A legítima defesa sucessiva está ligada aos casos de excesso na legí-
tima defesa. 
Ex.: Alberto inicialmente está praticando uma agressão injusta contra Antô-
nio. Antônio age em legítima defesa contra Alberto. No entanto, além da legítima 
defesa contra Alberto, Antônio age com excesso, atirando cinco vezes contra ele. 
Alberto verifica que estão vindo vários disparos de arma de fogo em sua direção. 
Antônio, quando se excede, responde pelo excesso. Logo, esse excesso é uma 
atuação criminosa, uma agressão injusta. Portanto, diante desse excesso que é 
uma agressão injusta, cabe legítima defesa por Alberto. Legítima defesa suces-
siva é a legítima defesa contra o excesso da legítima defesa. Ou seja, a pessoa 
que estava errada no início pode agir em legítima defesa posteriormente. 
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LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA E LEGÍTIMA DEFESA SUBJETIVA 
A palavra putativa significa imaginária. Legítima defesa putativa é aquela 
legítima defesa imaginada pelo agente. 
Art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas 
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei n. 
7.209, de 11.7.1984)
Descriminantes putativas (Incluído pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, 
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção 
de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo . (Re-
dação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
Art. 21. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se 
inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
(Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único. Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a 
consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou 
atingir essa consciência. (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
Ex.: Alberto jura Antônio de morte. Mas Alberto entra para a igreja e se con-
verte. Ao se converter, quando ele encontra Antônio, quer demonstrar que se 
converteu, e puxa uma bíblia para lhe mostrar. No entanto, Antônio imagina que 
é uma arma de fogo, e atira em Alberto, imaginando estar em uma situação de 
legítima defesa. Esse é um caso de legítima defesa putativa. 
A legítima defesa subjetiva é aquela que se inicia numa situação de legí-
tima defesa real, seguida de uma putatividade. 
Ex.: um policial encontra um traficante, que puxa uma arma. O policial dá um 
disparo de arma de fogo em legítima defesa real. O traficante, com esse disparo, 
fica inabilitado para continuar suas ações. No entanto, ele fica com a camisa agar-
rada e não cai, permanecendo com a arma na mão. O policial, imaginando que o 
traficante ainda está provocando uma agressão injusta ou de forma iminente, con-
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tinua atirando. Ou seja, inicialmente o policial estava em legítima defesa. Depois 
passou a não ser mais legítima defesa, e sim legítima defesa putativa,uma situa-
ção imaginária. Isso é chamado de legítima defesa subjetiva. 
TEORIAS DA CULPABILIDADE 
Existe a teoria limitada e a teoria extremada. A legítima defesa putativa, 
ou qualquer discriminante, pode se dar em três casos: na existência, no limite ou 
sobre uma situação fática. A extremada também se dá nos três casos. A legítima 
defesa putativa ocorre quando a pessoa erra no mundo dos fatos.
������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Wallace França.

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