Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
© – O núcleo celular é uma das partes mais complexas e importantes da célula, sendo exclusivo de organismos eucariontes. O núcleo abriga o material genético, separando-o do restante da célula por meio de uma membrana: a carioteca. O envelope nuclear é divido em duas membranas concêntricas (que diferem em sua composição) uma interna e outra externa que é contínua com a membrana do RE, onde há ribossomos que sintetizam proteínas para o núcleo. Contudo as membranas não se configuram em forma de bicamada, uma vez que a membrana nuclear externa (MNE) se dobra sobre a membrana nuclear interna (MNI), ao invés de formarem uma só estrutura como é o caso da membrana plasmática. Dentro do núcleo o material genético se organiza na forma de cromatina, que podemos considerar como “polímeros de nucleossomos”, que são a denominação da junção da fita de DNA com as histonas, dos tipos H2A, H2B, H3 e H4, enquanto a histona H1 agrega as outras histonas para formar a cromatina. Esses agregados se organizam no espaço nuclear em domínios celulares ordenados. Sabe-se que o genoma é compactado dentro do núcleo e o grau de compactação está relacionado com a taxa de transcrição/tradução. Além disso, existem inúmeros mecanismos que influenciam nesse controle como a fosforilação, metilação e acetilação, assim como os micro RNAs – que são codificados por íntrons – se ligando ao mRNA, controlando sua tradução. A membrana nuclear interna contém proteínas com sítios de ligação para os cromossomos e para a lâmina nuclear. Assim como no citosol há o citoesqueleto desempenhando não só a ancoragem, como inúmeras funções, no núcleo se tem o nucleoesqueleto. Essa estrutura busca dar ancoragem aos cromossomos, e é composta por diversas proteínas como as laminas, LAP1, Arp3 e alguns oligômeros de actina. As laminas tem um papel importante na divisão celular, já que após a repolimerização (por estarem presas ao RE) trazem uma parte da membrana dele para a cromatina. © – A delimitação criada pelo núcleo acaba por compartimentalizar essa região da célula, tornando o tráfego de substâncias mais seletivo e complexo. As trocas de matérias entre o núcleo e o citosol ocorrem por meio de poros nucleares, ou nucleoporinas, que são canais aquosos na membrana responsáveis pela conexão núcleo-citosol. Os poros nucleares (NPC, em inglês) funcionam como poros ativos, uma vez que não são canais passivos, pois possuem certa autonomia e há gasto de energia na passagem de algumas substâncias com elevado peso molecular. Esse tráfego é controlado através do reconhecimento, que é feito por sinais de localização nuclear (NLS, em inglês), que são proteínas adicionadas a molécula para indicar onde ela deve estar, essas proteínas são chamadas de importinas e exportinas. A proteína GTPase Ran fornece não só energia, mas também direcionalidade para o transporte. Além disso, o reconhecimento pode ocorrer também por intermédio de hormônios – como os esteroides - que ao interagirem com a molécula desejada revelam o NLS, fazendo com que seja transportada para o local correto. Há ainda uma outra estrutura no núcleo, o chamado nucléolo, onde se observa uma maior condensação do material genético. Essa estrutura é repleta de trechos que codificam o RNA ribossomal, sendo sua transcrição e processamento feitos dentro do nucléolo. Quase todos os RNAs são sintetizados no núcleo e exportados para o citosol, controversamente todas as proteínas com função no núcleo são produzidas no citosol e então importadas. Foi usado como referência bibliográfica para este resumo o livro: ALBERTS, Bruce - Biologia Molecular da Célula, 6° edição. W. W. Norton & Company, 2017
Compartilhar