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Livro - Legislacao de Transito Il

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Curitiba
2020
Legisla o 
de Tr nsito II
FAEL
Coordenação Editorial Angela Krainski Dallabona
Revisão ortográfica Editora Coletânea
Revisão de conteúdo Mariela CastroTatiane Hennig Antunes
Projeto Gráfico Sandro Niemicz
Arte-Final Evelyn Caroline Betim Araujo
Sumário
 Carta ao aluno | 5
1. Vias públicas | 7
2. Sinalização de trânsito | 15
3. Regras de circulação e conduta | 49
4. Infrações, penalidades e crimes de trânsito | 69
 Conclusão | 103
Prezado(a) aluno(a),
Nesta disciplina Legislação de Trânsito II, vamos mais 
longe no seu conhecimento sobre como o trânsito brasileiro está 
organizado. Na primeira parte, Legislação de Trânsito I, você conhe-
ceu os órgãos e todos os processos para emitir carteira de habilita-
ção, manter o veículo regularizado e contribuir para a educação para 
o trânsito.
Carta ao aluno
– 6 –
Legislação de Trânsito II
Agora vamos a fundo para compreender como se distribuem as vias 
públicas para fazer fluir o tráfego, especialmente nas grandes cidades. Depois, 
você vai conhecer detalhes de toda a sinalização – vertical, horizontal, sema-
fórica, por sinais sonoros e com dispositivos auxiliares – e descobrir por que a 
padronização ajuda a informar o usuário.
Muito importantes também são as regras de circulação e conduta, 
baseadas muito no bom senso e na civilidade, sem as quais seria impossível 
determinar, por exemplo, quem tem preferência de passagem em um cru-
zamento. Longe de “engessar” o comportamento das pessoas, essas regras 
visam a criar um ambiente tranquilo, em que todos sabem de seus direitos 
e deveres.
Se, ainda assim, houver atitudes inadequadas que levem a acidentes, 
o Código de Trânsito Brasileiro, em sua versão mais recente (de 1997), 
inova ao trazer um capítulo inteiro tipificando os crimes de trânsito e 
imputando penalidades. Esse é o último assunto da disciplina de Legisla-
ção de Trânsito.
Bons estudos!
1.1 Definição
Via é a superfície por onde transitam veículos, pessoas e ani-
mais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e can-
teiro central.
Por trânsito entende-se a utilização das vias para circulação, 
parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. Cabe aos 
órgãos do Sistema Nacional de Trânsito a atuação para garantir o 
direito de ir e vir dos cidadãos, de maneira segura.
O Código de Trânsito Brasileiro só se aplica nas vias terrestres 
abertas à circulação, em todo o território nacional, definidas pelo 
Artigo 2o:
Vias públicas
1
– 8 –
Legislação de Trânsito II
Art. 2o. São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os 
logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que 
terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscri-
ção sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstân-
cias especiais.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias 
terrestres as praias abertas à circulação pública e as vias internas per-
tencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas.
Existem também vias e áreas destinadas exclusivamente à circulação de 
pedestres, normalmente calçadas, onde só é permitido acesso de veículos de 
emergência e transporte de valores.
1.2 Classificação das vias
O Código de Trânsito Brasileiro (Capítulo III, artigo 60) estabelece dife-
rentes tipos de vias:
a) vias urbanas: vias de trânsito rápido, vias arteriais, vias coletoras, 
vias locais.
b) vias rurais: rodovias, estradas.
“Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada 
por meio de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as 
condições de trânsito.”
1.2.1 Vias urbanas
Ruas, avenidas, vielas ou caminhos e similares abertos à circulação 
pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuí-
rem imóveis edificados ao longo de sua extensão.
“§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade 
máxima será de”:
1.2.1.1 Vias de trânsito rápido
As vias de trânsito rápido são aquelas em que há trânsito livre, sem cru-
zamentos ou interseções que interrompam o fluxo de veículos. Essas vias não 
– 9 –
Vias públicas
pressupõem a circulação ou travessia de pedestres em nível (somente por pas-
sarelas) nem permitem acesso direto a terrenos ou construções às suas margens 
(“lotes lindeiros”).
Embora sejam vias de perímetro urbano, se assemelham a rodovias, com 
várias faixas e velocidade mais alta. Como exemplos temos a Linha Vermelha 
(Avenida Brasil), no Rio de Janeiro, e alguns trechos da Marginal Pinheiros, 
em São Paulo.
Onde não houver sinalização específica, a velocidade máxima permitida 
é de 80 km/h.
1.2.1.2 Vias arteriais
As vias arteriais são as principais avenidas da cidade, destinadas à ligação 
entre um bairro e outro e com grande fluxo de trânsito, podendo ter inclu-
sive corredores exclusivos para ônibus, metrô de superfície ou subterrâneo. 
Geralmente têm semáforos e conexão com vias coletoras e locais, bem como 
permitem acesso aos imóveis às suas margens.
Onde não houver sinalização específica, a velocidade máxima permitida 
é de 60 km/h.
1.2.1.3 Vias coletoras
As vias coletoras permitem o trânsito dentro de cada região da cidade, 
garantindo também acesso a vias arteriais ou rápidas para chegar ou partir 
dessas regiões ou bairros.
Onde não houver sinalização específica, a velocidade máxima permitida 
é de 40 km/h.
1.2.1.4 Vias locais
Sem semáforos e com pouco fluxo de trânsito, as vias locais são ruas 
de pequeno porte utilizadas normalmente para circulação local e acesso a 
áreas restritas.
Onde não houver sinalização específica, a velocidade máxima permitida 
é de 30 km/h.
– 10 –
Legislação de Trânsito II
1.2.2 Vias rurais
1.2.2.1 Rodovias
As rodovias são vias rurais asfaltadas, com limites de velocidade defi-
nidos de acordo com o tipo de veículo. Há rodovias de pista dupla e de 
pista simples. Nas rodovias de pista dupla, a velocidade máxima é de 110 
km/h para camionetas, automóveis e motocicletas e de 90 km/h para os 
demais veículos.
 2 100/km/h para automóveis, camionetas (“peruas” ou “station 
wagon”) e motocicletas; 
 2 90 km/h para ônibus e micro-ônibus; 
 2 90 km/h para demais veículos.
1.2.2.2 Estradas
As estradas são vias rurais não asfaltadas, com pavimento de terra, para-
lelepípedos, pedras etc. A velocidade máxima permitida onde não houver 
sinalização é de 60 Km/h.
1.3 Usos específicos
É possível utilizar as vias para fins além da circulação de veículos, como 
desfiles, passeatas e eventos esportivos. Para tanto, é preciso solicitar autorização 
do órgão com autoridade sobre a via, conforme determina o artigo 67 do CTB.
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus ensaios, 
em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas mediante prévia 
permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e 
dependerão de:
I – autorização expressa da respectiva confederação desportiva ou de 
entidades estaduais a ela filiadas;
II – caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via; con-
trato de seguro contra riscos e acidentes em favor de terceiros;
III – prévio recolhimento do valor correspondente aos custos opera-
cionais em que o órgão ou entidade permissionária incorrerá.
– 11 –
Vias públicas
IV – Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via arbi-
trará os valores mínimos da caução ou fiança e do contrato de seguro.
1.4 Limites de velocidade
Os limites de velocidade existem para garantir a segurança e ao mesmo 
tempo possibilitar a fluidez do tráfego.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, velocidades altas (isto é, diri-
gir acima do limite permitido) e inadequadas (dirigir rápido demais para as 
condições do momento) são os principais fatores que contribuem, no mundo 
todo, tanto para o número quanto para a gravidade das colisões no trânsito.
Situações que podem afetar o controle do motorista sobre o veículo (e 
devem obrigá-lo a reduzir a velocidade):
 2 mau funcionamento do veículo,
 2 chuva ou neblina,2 pedestres às margens da via
 2 trânsito intenso (congestionamento)
Manter uma distância segura do veículo da frente também é importante. 
Isso permite, por exemplo, uma frenagem de emergência que não compro-
meta nem o veículo nem os passageiros.
Para estabelecer os limites de velocidade, é preciso primeiramente definir 
a função da via: trânsito rápido, arterial, local, ou se é uma estrada, e assim 
por diante. Quem define isso é o órgão ou entidade de trânsito com circuns-
crição sobre aquela via.
De acordo com essa classificação, os artigos 61 e 62 do Código de Trân-
sito Brasileiro determinam as velocidades padrão. No entanto, o órgão ou 
entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá regu-
lamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àque-
las estabelecidas pela lei, de acordo com condições particulares da via. Por 
isso, é preciso conferir em cada via qual é a velocidade autorizada, já que não 
há uma regra única.
– 12 –
Legislação de Trânsito II
É importante lembrar que, segundo o artigo 62 do CTB, a velocidade 
mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida, 
respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via. Motoristas que 
conduzirem em velocidade acima da máxima permitida ou abaixo da veloci-
dade mínima poderão ser multados.
1.4.1 Distância de parada de um veículo
O estabelecimento de limites de velocidade é calculado também em fun-
ção do tempo que um veículo leva para parar completamente após o aciona-
mento dos freios.
Do momento em que o olho humano percebe um obstáculo e o cérebro 
transfere essa informação para o pé pisar no freio, leva-se de 1 a 2 segundos. 
Esse tempo de reação varia de pessoa para pessoa e é muito afetado por con-
dições como fadiga, nível de álcool no sangue, baixa acuidade visual e outros. 
A distância percorrida durante o tempo de reação (DTR) depende da velo-
cidade do veículo.
Depois que o condutor aciona o freio, o veículo leva mais algum tempo 
até parar completamente, durante o qual é percorrida uma certa distância, 
chamada de distância de frenagem (DF). Essa extensão será maior ou menor 
dependendo de:
1. as condições do sistema de freios do veículo;
2. 2) a velocidade;
3. 3) a aderência do veículo sobre a pista, de acordo com as con-
dições desta (seca, molhada, com óleo, com acúmulo de água etc.).
Assim, pode-se dizer que a distância total (DT) que um veículo vai per-
correr desde o momento em que o motorista percebe um obstáculo até que o 
veículo pare totalmente é a soma da distância percorrida durante o tempo 
de reação e da distância de frenagem.
DT = DTR + DF
– 13 –
Vias públicas
1.4.1.1 Distância total de parada
Quanto maior a velocidade, maior a distância necessária para parar 
um veículo e, portanto, maior o risco de ocorrer uma colisão. Com a pista 
molhada, essa distância aumenta.
Quadro I – Velocidade x distância de parada
8m 5m
11m 9m
14m 13m
17m 19m
20m 26m
23m 34m
Fonte: Adaptado de Organização Mundial da Saúde – “Gestão da velocidade – 
manual de segurança”, adaptado da Agência Australiana de Segurança em Transporte
1.4.2 Usos específicos
É possível utilizar as vias para fins além da circulação de veículos, como 
desfiles, passeatas e eventos esportivos. Para tanto, é preciso solicitar autorização 
do órgão com autoridade sobre a via, conforme determina o artigo 67 do CTB. 
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus ensaios, 
em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas mediante prévia 
– 14 –
Legislação de Trânsito II
permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e 
dependerão de: 
I - autorização expressa da respectiva confederação desportiva ou de 
entidades estaduais a ela filiadas; 
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via; con-
trato de seguro contra riscos e acidentes em favor de terceiros; 
III - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos opera-
cionais em que o órgão ou entidade permissionária incorrerá. 
IV - Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via arbi-
trará os valores mínimos da caução ou fiança e do contrato de seguro. 
2.1 Definição
A sinalização de trânsito é o conjunto de informações para 
orientar, advertir e informar condutores e pedestres, ordenando e 
controlando a adequada circulação em vias terrestres, visando sem-
pre a segurança e a fluidez no trânsito.
Sinalização de trânsito
2
– 16 –
Legislação de Trânsito II
São vários os tipos de sinais de trânsito, conforme o Código de Trânsito 
Brasileiro (Anexo II):
 2 verticais (placas de sinalização)
 2 horizontais (no chão: faixa de pedestre, faixa contínua na estrada etc.)
 2 luminosos (semáforo)
 2 sonoros (apitos de agentes de trânsito, por exemplo)
 2 gestuais (quando o condutor ou agente de trânsito faz sinais com 
os braços)
 2 dispositivos de sinalização auxiliar (cones, cavaletes)
 2 sinalização de obras.
2.2 A utilização da sinalização de trânsito
Diz o Artigo 88 do Código de Trânsito Brasileiro: “Nenhuma via pavi-
mentada poderá ser entregue após sua construção, ou reaberta ao trânsito 
após a realização de obras ou de manutenção, enquanto não estiver devida-
mente sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições 
adequadas de segurança na circulação.”
Segundo o Art. 89 a sinalização deve seguir uma ordem de prevalência, 
que são especificamente: 
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e 
outros sinais; 
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; 
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.
Todas as sinalizações deverão ser perfeitamente visíveis e legíveis de dia e 
à noite, e essa visibilidade não pode ser comprometida por placas de publici-
dade, vegetação, mobiliário urbano, luzes ou inscrições que possam confun-
dir ou dificultar a compreensão.
O CTB, em seus artigos 80 a 88, especifica as condições em que devem 
ser instaladas e mantidas as sinalizações.
– 17 –
Sinalização de trânsito
2.3 Sinalização vertical
O conjunto de placas de trânsito forma a sinalização vertical, com padro-
nização de cor, formato e dimensões, a fim de permitir que qualquer pessoa as 
reconheça imediatamente. Está fixada ou suspensa sobre a pista, transmitindo 
mensagem permanente por símbolos ou legendas.
O Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro, validado pela Resolução 
160/04, apresenta todas as placas em vigor, assim como o Manual Brasileiro 
de Trânsito, elaborado pelo DENATRAN, que dispõe sobre a interpreta-
ção, o uso e a colocação da sinalização vertical de trânsito nas vias públicas.
Essas placas se sinalização podem ser de regulamentação, advertência 
ou indicação.
2.3.1 Sinalização de regulamentação
Indicam as condições, proibições, obrigações ou restrições quando se está 
circulando em via pública. Suas mensagens são imperativas, ou seja, obrigatórias, 
e desrespeitar suas indicações constitui infração de trânsito passível de multa.
A forma básica das placas de regulamentação é redonda, com fundo 
branco e borda vermelha, e os símbolos, números e legendas em cor preta. 
Em alguns casos, para indicar proibição, apresentam também uma tarja ver-
melha diagonal. No total, são 49 placas com essa configuração, acrescidas de 
mais duas com desenho diferente:
 2 Dê a preferência = um triângulo invertido, com fundo branco e 
bordas vermelhas
 2 Parada obrigatória = um octógono com fundo vermelho com a 
palavra PARE escrita em letras brancas.
Placas de regulamentação
R-1
Parada
obrigatória
R-2
Dê a
preferência
R-3
Sentido
proibido
R-4a
Proibido
virar à esquerda
R-4b
Proibido
virar à direita
– 18 –
Legislação de Trânsito II
R-5a
Proibido
retornar à esquerda
R-5b
Proibido
retornar à direita
R-6a
Proibido
estacionar
R-6b
Estacionamento
regulamentado
R-6c
Proibido
parar e estacionar
R-7
Proibido
ultrapassar
R-8a
Proibido mudar
de faixa ou
pista de trânsito
da esquerda
para direitaR-8b
Proibido mudar
de faixa ou
pista de trânsito
da direita
para esquerda
R-9
Proibido trânsito
de caminhões
R-10
Proibido trânsito
de veículos
automotores
R-11
Proibido trânsito
de veículos de
tração animal
R-12
Proibido trânsito
de bicicletas
R-13
Proibido trânsito
de tratores e
máquinas de obras
R-14
Peso bruto total
máximo permitido
R-15
Altura máxima
permitida
R-16
Largura máxima
permitida
R-17
Peso máximo
permitido por eixo
R-18
Comprimento
máximo permitido
R-19
Velocidade máxima
permitida
R-20
Proibido acionar
buzina ou sinal sonoro
R-21
Alfândega
R-22
Uso obrigatório
de correntes
R-23
Conserve-se
à direita
R-24a
Sentido de
circulação
da via/pista
R-24b
Passagem
obrigatória
– 19 –
Sinalização de trânsito
R-25a
Vire
à esquerda
R-25b
Vire
à direita
R-25c
Siga em frente
ou à esquerda
R-25d
Siga em frente
ou à direita
R-26
Siga
em frente
R-27
Ônibus, caminhões e
veículos de grande
porte mantenham-se
à direita
R-28
Duplo sentido
de circulação
R-29
Proibido trânsito
de pedestres
R-30
Pedestre,
ande pela esquerda
R-31
Pedestre,
ande pela direita
R-32
Circulação
exclusiva de ônibus
R-33
Sentido de
circulação na
rotatória
R-34
Circulação
exclusiva de bicibletas
R-35a
Ciclista, transite
à esquerda
R-35b
Ciclista, transite
à direita
R-36a
Ciclistas à esquerda,
pedestres à direita
R-36b
Pedestres à esquerda,
ciclistas à direita
R-37
Proibido trânsito
de motocicletas,
motonetas e
ciclomotores
R-38
Proibido trânsito
de ônibus
R-39
Circulação exclusiva
de caminhão
R-40
Trânsito proibido
a carros de mão
– 20 –
Legislação de Trânsito II
2.3.1.1 Placas de informações 
complementares à regulamentação
Às vezes é necessário acrescentar informações às placas de regulamenta-
ção, a fim de comunicar horários, condições de estacionamento, restrições a 
certos veículos e outras características.
Para isso, deve ser utilizada uma placa retangular que reúna em um só 
conjunto a regulamentação e a informação complementar, nas mesmas cores.
Não se admite acrescentar informação aos sinais de Parada Obrigatória 
e de Dê a Preferência.
CAMINHÕES
E ÔNIBUS
OBRIGATÓRIO
FAIXA DA
DIREITA
INÍCIO TÉRMINO TÁXI
NA FAIXA BRANCA
EXCLUSIVO
DEFICIENTE
FÍSICO
2ª a 6ª 7 - 10h
EXCETO ÔNIBUS
SÓ
ÔNIBUS
2.3.2 Sinalização de advertência
Indicam a existência de perigo ou situação inesperada na via, como con-
dições do terreno, desvios e obras. Parte delas é usada mais comumente em 
estradas, rodovias e periferia das cidades. De formato quadrado, posicionadas 
com uma das diagonais na vertical, essas placas têm fundo amarelo, borda 
preta e símbolos ou letras também em preto.
As exceções são as seguintes placas:
 2 as que indicam “sentido único” e “sentido duplo”, que são retangulares, 
com fundo e orla externa em amarelo, orla interna e símbolos em preto.
 2 a “Cruz de Santo André”, que indica cruzamento em nível com 
linha férrea, em formato de cruz na diagonal, com fundo amarelo 
e bordas pretas.
 2 a sinalização de “obras na pista” ou condições da via, cujo fundo é laranja.
– 21 –
Sinalização de trânsito
2.3.2.1 Placas de advertência
– 22 –
Legislação de Trânsito II
2.3.2.2 Sinalização especial de advertência
Estes sinais são empregados quando a situação não se enquadra na sina-
lização mais comum e é necessário chamar uma atenção especial de pedestres 
e motoristas.
O formato adotado é retangular, de tamanho variável em função das 
informações contidas em cada placa, e suas cores são amarela e preta. Na 
sinalização de obras, o fundo e a borda externa devem ser na cor laranja.
Exemplos:
 2 sinalização especial para faixas ou pistas exclusivas de ônibus
 
 2 sinalização especial para pedestres
 
 2 sinalização especial de advertência somente para rodovias, estradas 
e vias de trânsito rápido
 
– 23 –
Sinalização de trânsito
2.3.2.3 Placas de informações complementares à advertência
Se houver necessidade de complementar os sinais de advertência com 
informações específicas, estas devem ser inscritas em placa adicional ou incor-
porada à placa principal formando um só conjunto, em formato retangular. A 
única exceção é para a placa adicional que indica o número de linhas férreas 
que cruzam a pista. As cores da placa adicional devem ser as mesmas dos 
sinais de advertência: fundo amarelo e letras e símbolos na cor preta.
Se a informação complementar se referir a obras na pista, o fundo e a 
orla externa devem ser na cor laranja, com letras e símbolos em preto.
2.3.3 Sinalização de indicação
As placas indicativas têm a função de informar percursos, destinos, 
locais de interesse, distâncias e serviços auxiliares disponíveis ao longo de vias 
urbanas ou rurais. Podem também servir a fins educativos.
A sinalização de indicação divide-se em:
 2 Identificação
 2 Orientação de destino
 2 Educação
 2 Serviços auxiliares
 2 Atrativos turísticos
– 24 –
Legislação de Trânsito II
As placas educativas, de serviços e de atrativos turísticos se valem de 
pictogramas, imagens que traduzem a informação e facilitam a visualização 
à distância.
2.3.3.1 Placas de identificação
Auxiliam o condutor ao longo de seu deslocamento, para que ele tenha 
referências sobre sua posição (em que estrada está, qual ponte está atraves-
sando, em que município ou estado está entrando etc.). São de caráter infor-
mativo e educativo.
 2 identificação de rodovias e estradas:
 
 2 identificação de municípios:
 2 identificação de regiões de interesse de tráfego e logradouros:
 2 identificação nominal de pontes, viadutos, túneis e passarelas:
 
– 25 –
Sinalização de trânsito
 2 identificação quilométrica:
 
 2 identificação de limite de municípios/divisa de estados/ fronteira/
perímetro urbano:
 
 2 placas de pedágio:
2.3.3.2 Placas de orientação de destino
Fornecem ao condutor informações que o ajudam a chegar a seu des-
tino (em que direção deve ir, quantos quilômetros faltam para determinada 
localidade etc.)
 2 placas indicativas de sentido (direção):
 
– 26 –
Legislação de Trânsito II
 2 placas indicativas de distância:
 
 2 placas diagramadas:
 '
2.3.3.3 Placas educativas
Têm a função de conscientizar os usuários da via para um comporta-
mento adequado e seguro no trânsito. Suas mensagens em geral reforçam 
normas de circulação e conduta. Exemplos:
 
 
– 27 –
Sinalização de trânsito
2.3.3.4 Placas de serviços auxiliares
Indicam os locais onde os usuários podem obter determinados serviços 
ao longo da via, como postos de combustíveis, pronto-socorro, informações 
turísticas, área de estacionamento, serviço sanitário, restaurante, hotel, área de 
camping, banho ou serviço mecânico. Comumente adotam pictogramas para 
facilitar a visualização. Quando se pode encontrar mais de um tipo de serviço 
em um local, a placa indicativa pode agrupar os pictogramas correspondentes.
Alguns exemplos de pictogramas:
– 28 –
Legislação de Trânsito II
 2 placas para condutores:
 
 2 placas para pedestres:
2.3.4.5 Placas de Atrativos Turísticos
Apontam atrativos naturais, históricos e culturais, de lazer, esporte ou 
recreação, e outros pontos de interesse do turista em trânsito. Ícones padroni-
zados traduzem o tipo de atração.
Exemplos de pictogramas:
 2 atrativos naturais
 
 2 atrativos históricos e culturais
 
– 29 –
Sinalização de trânsito
 2 área para a prática de esportes
 
 2 áreas de recreação
 
 2 locais de interesse turístico
 
Outras placas de identificação de atrativos turísticos indicam direção 
e distância.
 
2.4 Sinalização horizontal
A sinalização horizontal é tudo aquilo que se utiliza de linhas, marcações, 
símbolos e palavras pintadas no pavimento da via, seja ela urbana ou rural.
Uma de suas principais funções é organizar o fluxo de veículos, contro-
lando e orientando o tráfego (por exemplo, usando faixas para delimitar o 
– 30 –
Legislação de Trânsito II
espaço para cada veículo, permitir ou não ultrapassagens e 
direcionar o trânsito de veículos quandohá dificuldades de 
topografia ou obstáculos).
Complementa os sinais verticais de regulamentação, 
advertência ou indicação, tendo utilidade também para 
pedestres (no caso da faixa de travessia).
Esse conjunto de sinais no pavimento, também cha-
mado de marcas viárias, apresenta cores e características 
diferentes, dependendo da mensagem que se quer passar.
Com o mesmo padrão no mundo todo, as marcas viárias 
podem ser utilizadas em diferentes tipos de vias, em combina-
ção ou não com a sinalização vertical.
Uma vantagem adicional das marcas viárias é que elas permitem trans-
mitir uma informação ao condutor sem que ele precise desviar os olhos e a 
atenção da via.
2.4.1 Características da sinalização horizontal
Existem padrões de cor e traçado para orientar, delimitar e ordenar 
o trânsito.
2.4.1.1 Traçados
a) linha contínua – sem interrupção no trecho da via que demar-
cam; podem ser pintadas ao longo da via ou na transversal. Exem-
plo: a linha que separa a pista de rolamento do acostamento, em 
uma rodovia.
b) linha tracejada ou seccionada – linha feita de traços de igual com-
primento, com espaços entre eles que devem ser do mesmo tama-
nho ou maiores que os traços. Exemplo: separação de faixas em 
uma avenida.
c) símbolos e legendas – informações escritas ou desenhadas no 
chão, indicando uma situação ou complementando sinalização 
– 31 –
Sinalização de trânsito
vertical existente. Exemplo: faixa de pedestres, estacionamento 
reservado a deficientes.
2.4.1.2 Cores
a) amarela: utilizada na regulação do fluxo de veículos em sentidos 
opostos, na delimitação de espaços proibidos para estacionamento 
e/ou parada e na marcação de obstáculos.
b) vermelha: adotada para delimitar o espaço destinado ao deslo-
camento de bicicletas (ciclovias) e em símbolos ligados à área de 
saúde, como a cruz que indica hospitais e farmácias.
c) branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo sentido; na deli-
mitação de espaços especiais ou trechos de vias destinados ao esta-
cionamento regulamentado de veículos; na marcação de faixas para 
travessia de pedestres; na pintura de símbolos e legendas.
d) azul: destinada à pintura de símbolos em áreas de estacionamento 
ou de parada para embarque e desembarque, em especial para ido-
sos e deficientes.
e) preta: utilizada para proporcionar contraste entre o pavimento e 
a pintura.
2.4.2 Convenções quanto ao padrão de traçado e cor
A combinação entre cor e traçado determina o tipo de mensagem que a 
sinalização passa e o comportamento exigido do motorista. Por convenção, 
estabeleceu-se o seguinte:
a) linha segmentada na cor amarela: divide a via em duas direções 
(“mãos”) de sentidos opostos e permite a ultrapassagem;
b) linha contínua na cor amarela: divide a via em duas em duas dire-
ções (“mãos”) de sentidos opostos e não permite a ultrapassagem;
– 32 –
Legislação de Trânsito II
c) linha contínua dupla na cor amarela: divide a via em duas dire-
ções (“mãos”) de sentidos opostos e não permite a ultrapassagem 
em nenhum dos sentidos;
d) linha contínua e segmentada na cor amarela: divide a via em 
duas mãos direcionais de sentidos opostos e permite a ultrapassa-
gem no lado tracejado, mas não no lado de faixa contínua;
e) linha segmentada na cor branca: via de mão única, permitindo 
mudança de faixa;
f ) linha contínua na cor branca: via de mão única, mas não permite 
mudança de faixa.
2.4.3 Classificação da sinalização horizontal
A sinalização horizontal é classificada em:
 2 marcas longitudinais; 
 2 marcas transversais; 
 2 marcas de canalização;
 2 marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada;
 2 inscrições no pavimento.
2.4.3.1 Marcas longitudinais
Separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a parte da pista 
destinada ao rolamento, a sua divisão em faixas, a divisão de fluxos opostos, 
– 33 –
Sinalização de trânsito
as faixas de uso exclusivo de um tipo de veículo e as reversíveis, além de esta-
belecer as regras de ultrapassagem.
De acordo com sua função, as marcas longitudinais são divididas em:
a) linhas de divisão de fluxos opostos (cor amarela);
b) linhas de divisão de fluxos de mesmo sentido (cor branca);
c) linhas de bordo (cor branca, exceto em vias com canteiro central 
muito estreito, quando então são amarelas, separando fluxos opostos);
d) linha de continuidade (cor branca dá continuidade a linhas bran-
cas; cor amarela quando dá continuidade a linhas amarelas).
2.4.3.2 Marcas transversais
Ordenam o deslocamento de veículos, considerando que há outros veí-
culos na via e também pedestres e ciclistas. Em outras palavras, harmonizam 
o fluxo, indicando locais de parada ou redução de veloci-
dade, de modo a garantir a segurança de todos.
De acordo com a sua função, as marcas longitudinais 
são divididas em:
a) linhas de retenção (cor branca);
b) linhas de estímulo à redução de velocidade 
(transversais à via – cor branca);
c) linha de “Dê a Preferência”;
d) faixas de travessia de pedestres (cor branca);
e) marcação de cruzamento com ciclovia (cor 
vermelha);
f ) marcação de área de conflito, que indica onde 
os motoristas não podem parar, prejudicando a 
circulação (cor amarela);
g) marcação de área de cruzamento com faixa exclu-
siva (cor amarela ou branca).
– 34 –
Legislação de Trânsito II
 
2.4.3.3 Marcas de canalização
Também chamadas de “zebrado ou sargento”, orientam os fluxos de trá-
fego em uma via, direcionando a circulação de veículos ao marcar áreas do 
pavimento que não devem ser utilizadas.
Podem ser na cor branca quando direcionam fluxos de mesmo sentido e 
na cor amarela quando direcionam fluxos de sentidos opostos.
– 35 –
Sinalização de trânsito
2.4.3.4 Marcas de delimitação e controle 
de estacionamento e/ou parada
Servem para indicar e delimitar os locais de esta-
cionamento ou parada de veículos, conforme o tipo de 
veículo, e são normalmente pintadas junto ao meio-fio:
a) linha de indicação de proibição de estaciona-
mento e/ou parada (cor amarela);
b) marca delimitadora de parada de veículos 
específicos, como ônibus (cor amarela);
c) marca delimitadora de estacionamento permi-
tido ao longo da via (cor branca);
2.4.3.5 Inscrições no pavimento
Ajudam o condutor a perceber melhor as condições de operação da via, 
para que ele possa tomar as decisões adequadas no tempo certo.
As inscrições são pintadas no pavimento, na cor branca, e podem ser:
a) setas direcionais – indicam o caminho que se deve seguir (exem-
plo: setas que indicam obrigatoriedade de fazer conversão à direita 
ou à esquerda se o veículo estiver naquela faixa)
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Legislação de Trânsito II
b) símbolos – sinais de advertência para redobrar a atenção e garantir 
a segurança (exemplo: triângulo de “dê a preferência”)
c) legendas – palavras e/ou números que apresentam condições espe-
ciais da via (exemplo: “atenção: pedestres” ou “devagar: escola”) 
2.5 Dispositivos de sinalização auxiliar
Esses dispositivos existem para chamar a atenção do motorista para obs-
táculos, tornando mais segura a operação da via. Tornam-se ainda mais impor-
tantes à noite e em situações de baixa visibilidade, sinalizando perigos ou 
mudanças no trajeto da pista, quando há maior risco de colisão ou perda de 
direção. São constituídos por materiais, formas e cores diversas, com ou sem 
refletividade. Esses dispositivos podem estar sobre o pavimento da via ou às suas 
margens, e são especialmente usados em rodovias e estradas.
Tanto nas vias urbanas quanto rurais, são empregados em conjunto com o 
restante da sinalização horizontal e vertical. 
2.5.1 Dispositivos delimitadores
Alertam o condutor sobre os limites do espaço destinado à circulação e o 
trajeto a seguir, melhorando a visibilidade sobre a pista. Por serem capazes de 
refletir a luz dos farois dos veículos, são úteis especialmente à noite.
São dispositivos delimitadores:
– 37 –
Sinalização de trânsito
2.5.1.1 Balizadores
Cilindros verticais com capacidade refletiva colocados às margens da 
pista, utilizadospara delimitar alterações no trajeto, como curvas e entronca-
mentos. Utilizados em rodovias e vias urbanas de trânsito rápido.
2.5.1.2 Balizadores refletivos de pontes e viadutos
Espécie de “adesivo” colocado em pilares de pontes e outras obras 
arquitetônicas, especialmente rodoviárias, para alertar sobre o trajeto da 
pista de rolamento.
2.5.1.3 Delineadores
Normalmente acompanham faixas e sinalizações horizontais, “dese-
nhando” o trajeto que os veículos devem seguir. Podem ser botões, tachas, 
tachões, calotas e prismas.
a) botões – popularmente conhecidos como “olho de gato”, são 
pequenos dispositivos refletivos aplicados sobre marcas longitudi-
nais na pista, colaborando para que o motorista visualize o trajeto 
a seguir com facilidade.
b) tachas e tachões – fixados ao pavimento, com superfície refletiva, 
de formato quadrado ou arredondado. Seu objetivo é dificultar a 
mudança de trajeto dos veículos, reforçando a sinalização vertical, 
como por exemplo em locais de ultrapassagem proibida ou para 
delimitar faixas de circulação exclusiva.
c) calotas – de formato semiesférico, não possuem capacidade de 
reflexão da luz e são normalmente usadas em áreas urbanas, deli-
mitando espaços.
d) prismas – de formato trapezoidal, servem para estabelecer guias 
para o trânsito onde não houver faixas e outras delimitações. Sua 
principal função é evitar que veículos transponham determinado 
local ou faixa de tráfego. Também são chamados de dispositivos de 
canalização, uma vez que sua altura impede que os veículos passem 
por cima.
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Legislação de Trânsito II
2.5.2 Dispositivos de sinalização de alerta
Utilizados para chamar a atenção quanto a obstáculos 
ou situações geradoras de perigo potencial, na via ou às suas 
margens.
São dispositivos de alerta: marcadores de perigo, mar-
cadores de obstáculos e marcadores de alinhamento.
2.5.2.1 Marcadores de obstáculos
Pintura aplicada diretamente sobre obstáculos de gran-
des dimensões como pilares de viadutos, confere maior visi-
bilidade a algo que pode afetar a segurança do motorista.
2.5.2.2 Marcadores de perigo
São destinados a alertar o condutor quando da iminên-
cia de um possível empecilho ao seu deslocamento ou situa-
ção de perigo potencial.
São usados junto a obstáculos como pilares de viadu-
tos, cabeceiras de pontes, “narizes” de bifurcações e ilhas.
Estes marcadores são afixados em suportes e colocados imediatamente à 
frente dos obstáculos ou imediatamente após o limite físico dos “narizes” de 
bifurcações e ilhas.
Obstáculos
com passagem
só pela direita
Obstáculos com
passagem por
ambos os lados
Obstáculos
com passagem
só pela esquerda
Utilizado na
parte superior
do obstáculo
– 39 –
Sinalização de trânsito
2.5.2.3 Marcadores de alinhamento
Usados principalmente em curvas, são importantes dispositivos para 
alertar quanto à mudança no alinhamento da pista. Podem também ser ado-
tados em retornos, acessos, desvios e interseções.
Estes marcadores – placas refletivas, de fundo de cor amarela e com 
uma seta preta no sentido que o motorista deve seguir – devem ser visíveis 
a uma distância de 150 metros e devem ser colocados ao longo de todo 
o trecho em curva, no lado externo desta, com sua ponta voltada para o 
lado interno.
2.5.3 Alterações nas características do pavimento
Mudar a textura ou a cor do pavimento serve para chamar a atenção do 
motorista para situações de maior alerta, por exemplo:
 2 a necessidade de reduzir a velocidade;
 2 o cuidado de manter-se dentro dos limites da faixa de rolamento, 
especialmente em longas retas em que o motorista pode ficar sono-
lento e distraído.
Os pavimentos especiais podem ser usados para substituir ou comple-
mentar as mensagens transmitidas pela sinalização horizontal. São pavimen-
tos especiais: pavimentos coloridos, pavimentos rugosos, pisos franjados e 
ondulações transversais.
As ondulações transversais (lombadas) são colocados acima do pavi-
mento e têm por objetivo a redução da velocidade dos veículos. As cores 
destas ondulações devem ser preta e amarela, em listras alternadas, ou então 
inteiramente amarela.
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Legislação de Trânsito II
2.5.4 Dispositivos de proteção contínua
São elementos colocados de forma contínua e permanente ao longo da 
via, feitos de material flexível ou rígido, com o objetivo de evitar que veículos 
e/ou pedestres transponham determinado local.
Para os pedestres, os tipos de proteção contínua são os gradis de canali-
zação e retenção, e os dispositivos de contenção e bloqueio. Para os veículos, 
são utilizadas defesas metálicas, barreiras de concreto e dispositivos anti-ofus-
camento (espécie de cerca colocada em vias de mão dupla e intenso tráfego, 
para separar as pistas e evitar ofuscamento pelo farol do veículo trafegando 
em sentido contrário).
2.5.5 Dispositivos luminosos
Equipamentos luminosos e eletrônicos que complementam, com men-
sagens de texto e indicações numéricas, as informações sobre a via. Também 
têm o objetivo de educar os condutores sobre comportamentos adequados, 
controlar a velocidade, orientar em praças de pedágio e estacionamentos e 
outras utilidades.
2.5.5.1 Painel eletrônico
São dispositivos eletrônicos normalmente suspensos acima da pista de rola-
mento, para transmitir informações sobre as condições da via, como por exemplo:
a) advertência de situação inesperada à frente (obras na pista, interdi-
ção parcial da via, desvios, lentidão no trânsito, neblina, etc);
b) mensagens educativas relacionadas ao comportamento dos usuá-
rios da via (“motociclista, use capacete”, “use o cinto de segurança”, 
entre outros);
c) alertas de restrição de velocidade em função do volume de veículos 
ou de situações perigosas à frente;
d) mensagens sobre pátios públicos de estacionamento (“estaciona-
mento central lotado, utilize o estacionamento da Rua X”);
e) mensagens sobre intensidade do tráfego nas vias principais, orien-
tando o motorista a utilizar rotas alternativas.
– 41 –
Sinalização de trânsito
2.5.5.2 Barreira eletrônica
São dispositivos eletrônicos, também conhecidos como “radares”, desti-
nados a medir a velocidade dos veículos. Podem ser fixos, estáticos, móveis ou 
portáteis, dependendo da finalidade a que se destinam.
a) fixo: medidor de velocidade instalado em local definido e em cará-
ter permanente, também conhecido como “lombada eletrônica”. É 
um totem que costuma ser colocado em locais com intenso tráfego 
de pedestres, forçando os veículos a diminuir a velocidade;
b) estático: medidor de velocidade instalado em veículo parado ou 
em suporte apropriado;
c) móvel: medidor de velocidade instalado em veículo em movi-
mento, procedendo a medição ao longo da via;
d) portátil: medidor de velocidade direcionado manualmente para o 
veículo alvo, normalmente operado por um agente de trânsito.
Todos esses equipamentos para controle e fiscalização da velocidade são 
capazes de gerar multas a quem ultrapassar a velocidade permitida, que sem-
pre deve ser indicada pela sinalização vertical e horizontal na via.
A Resolução 396/11 do CONTRAN especifica os requisitos técnicos 
das barreiras eletrônicas.
2.5.6 Dispositivos de uso temporário
Como o próprio nome diz, são elementos utilizados apenas em situa-
ções especiais e temporárias, como obras e situações de emergência ou perigo. 
Destinam-se a canalizar o trânsito e proteger pedestres e trabalhadores.
São exemplos os cones, cilindros, balizadores, cavaletes, tapumes, fitas 
zebradas, barreiras, gradis, bandeiras e faixas, entre outros.
2.6 Sinalização semafórica
Um equipamento instalado nos cruzamentos de vias, ao qual se dá o 
nome de semáforo (ou sinaleiro, farol ou sinal, dependendo da região do 
Brasil), é o que controla e organiza o fluxo de trânsito nesses locais.
– 42 –
Legislação de Trânsito II
O semáforo utiliza-se de indicações luminosas que são transmitidas para 
motoristas e pedestres, alternando o direito de passagem dos veículos e garan-
tindo a travessia segura dos pedestres, em interseções deduas ou mais vias.
2.6.1 Semáforo veicular
Estas indicações luminosas destinadas a veículos são um conjunto de 
duas, três ou quatro luzes, nas cores vermelha, amarela e verde.
Cada cor tem um significado, a saber:
 2 luz vermelha: significa “pare” e exige que o condutor pare comple-
tamente o veículo antes da linha de retenção e, consequentemente, 
antes da faixa de pedestres. Deve permanecer parado até que a indi-
cação luminosa passe para verde, ou até que um policial de trânsito 
dê autorização para seguir.
 2 luz amarela: significa “atenção” e antecipa a chegada da luz ver-
melha (“pare”), exigindo que o condutor pare completamente o 
veículo antes da linha de retenção e, consequentemente, antes da 
faixa de pedestres. A única exceção permitida para atravessar o cru-
zamento sob a luz amarela é quando o condutor percebe que não 
conseguirá frear antes da faixa de pedestres, o que poderia colocar 
em risco a vida de outras pessoas.
– 43 –
Sinalização de trânsito
 2 luz verde: significa “siga” e permite colocar ou seguir com o veículo 
em movimento na via, com preferência de passagem sobre veículos 
que cruzam transversalmente. Antes de arrancar com o veículo a 
partir da linha de retenção de uma faixa de pedestres, o condutor 
deve se certificar de que não há mais ninguém atravessando a rua, a 
quem será dada preferência.
2.6.2 Semáforo para pedestres
É um dispositivo para orientar os pedestres para o momento mais seguro 
para atravessar uma via, liberando sua passagem ao mesmo tempo em que 
interrompe a dos carros, já que está sincronizado com o semáforo veicular.
A indicação é feita por luzes com representação humana, na forma de 
um boneco verde e um boneco vermelho, significando respectivamente “siga” 
e “pare” ou “espere”.
Se houver um policial de trânsito no local, suas orientações estão acima 
do semáforo para pedestres e do semáforo veicular e deverão ser respeitadas.
 2 boneco com luz de cor verde fixa: o pedestre pode atravessar a via;
 2 boneco com luz de cor vermelha intermitente: se já estiver cru-
zando a via, o pedestre deve prosseguir, caso contrário, deve esperar 
na calçada até que a luz verde se acenda novamente;
 2 boneco com luz de cor vermelha fixa: o pedestre não deve atraves-
sar a via, devendo aguardar que a luz verde se acenda novamente.
– 44 –
Legislação de Trânsito II
 Curiosidade
Por que as luzes de PARE são vermelhas? Luzes de freio, semáfo-
ros, alertas em vias férreas e outros indicativos para parar são sempre 
com luzes vermelhas. A universalização da cor, como uma conven-
ção internacional compreendida em qualquer país, pode ser um dos 
motivos. No entanto, existe uma explicação científica. Cada cor pos-
sui um “raio” de alcance, que varia de cor para cor. Alguns raios atin-
gem maiores distâncias antes de se dispersarem e ficarem invisíveis. 
A cor vermelha é a que possui o raio mais longo, capaz de ser visto a 
enormes distâncias. Daí a sua escolha – para permitir que as pessoas 
vejam de longe e possam agir mais rapidamente e parar a tempo.
(Fonte: Ciência em pauta)
2.6.3 Preferência de passagem
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, deve-se dar preferência 
de passagem aos pedestres que estiverem atravessando a via transversal na qual 
se vai entrar, aos que ainda não tenham concluído a travessia, quando houver 
mudança de sinal, e aos que se encontrem nas faixas a eles destinados, onde 
não houver sinalização.
2.7 Sinalização de obras
A sinalização de obras pode combinar elementos de sinalização vertical, 
horizontal, semafórica e dispositivos auxiliares para deixar muito clara a situ-
ação na pista.
Assim, essa sinalização específica deve ser capaz de:
 2 advertir os usuários sobre a intervenção realizada e seu caráter 
temporário;
 2 garantir condições de segurança e fluidez do trânsito e de acessibilidade;
 2 orientar os usuários para caminhos alternativos;
– 45 –
Sinalização de trânsito
 2 isolar áreas de trabalho, de forma a evitar a deposição e/ou lança-
mento de materiais sobre a via.
Ao sinalizar uma obra na pista, as placas de advertência ganham as cores 
laranja e preto, com ícones (pictogramas) específicos. O restante da sinaliza-
ção vertical (de regulamentação), horizontal e semafórica, bem como os dis-
positivos auxiliares de sinalização, segue seu padrão normal. Formas, dimen-
sões, símbolos, números e letras ficam mantidos.
Curva acentuada 
à esquerda
Curva acentuada 
à direita
Passagem 
de pedestres
Altura 
limitada
Início de 
pista dividida
Rua sem 
saída
Estreitamento 
de pista ao centro
Estreitamento de 
pista à esquerda
Estreitamento 
de pista à direita
Mão dupla 
adiante
Obras
2.8 Sinalização por gestos
2.8.1 Sinais por gestos do agente de trânsito
Os gestos utilizados por uma autoridade legal de trânsito (policial de trânsito) 
em uma via prevalecem sobre todas as outras sinalizações e regras de circulação.
Em outras palavras, as ordens do agente de trânsito são mais importan-
tes e devem ser respeitadas acima de todos os outros indicativos em uma via.
– 46 –
Legislação de Trânsito II
Os gestos representam:
 2 ordem de parada para todos os veícu-
los que venham de direções que cortem 
perpendicularmente a direção indicada 
pelos braços estendidos, qualquer que 
seja o sentido de seu deslocamento.
 2 ordem de parada obrigatória a todos os 
veículos. Quando executadas em inter-
seções, os veículos que já se encontrarem 
nela não são obrigados a parar.
 2 ordem de parada para todos os veícu-
los que venham de direções que cortem 
perpendicularmente a direção indicada 
pelo braço estendido, qualquer que seja 
o sentido de seu deslocamento.
 2 ordem de parada para todos os veícu-
los que venham de direções que cortem 
perpendicularmente a direção indicada 
pelo braço estendido, qualquer que seja 
o sentido de seu deslocamento. 
2.8.2 Sinais por gestos do motorista
– 47 –
Sinalização de trânsito
Também os condutores de veículos ou bicicletas podem usar gestos com 
as mãos para indicar as manobras que vão executar. O Anexo II do Código de 
Trânsito Brasileiro convenciona os seguintes gestos:
 2 braço esquerdo erguido e parado com o cotovelo dobrado, de modo 
que o braço e o antebraço façam um ângulo de 90 graus, indica que 
o condutor pretende virar à direita;
 2 braço esquerdo parado, apontando em linha reta para a esquerda, 
significa que o condutor fará uma conversão à esquerda;
 2 braço esquerdo movimentado para cima e para baixo várias vezes 
significa que o condutor reduzirá a velocidade e possivelmente irá 
até parar o veículo.
2.9 Sinais sonoros
2.9.1 Sinais sonoros do agente de trânsito
Utilizados em conjunto com os gestos, servem para controlar o fluxo de 
veículos. O agente de trânsito usa um apito para marcar as orientações.
Quadro II – Sinais sonoros
Sinal Significado Emprego
Um silvo breve Siga 
Liberar o trânsito em direção/
sentido indicado pelo agente. 
Dois silvos breves Pare Indicar parada obrigatória. 
Um silvo longo Diminua a marcha 
Quando for necessário fazer os 
veículos reduzirem a velocidade. 
Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, Art. 87
2.9.2 Sinais sonoros feitos pelos motoristas
Os motoristas podem fazer uso da buzina do veículo – sempre soando 
com um breve toque apenas – para alertar outros motoristas e pedestres.
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Legislação de Trânsito II
O uso da buzina é regulado pelo artigo 41 do CTB:
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde 
que em toque breve, nas seguintes situações:
I – para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II – fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um 
condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
2.10 Ordem de prevalência de sinalização
Em locais onde haja mais de um tipo de sinalização e porventura elas 
sejam conflitantes, isto é, indicando diferentes ações a serem tomadas, é 
importante seguir a ordem de prevalência, ou seja, a que tem mais valor ou 
autoridade do que a outra.
O Artigo 89 do CTB determinar essahierarquia:
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
I – as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e 
outros sinais;
II – as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
III – as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.
3.1 Condições básicas
As regras de circulação e conduta existem para manter a har-
monia, a fluidez e a segurança no trânsito. O Código de Trânsito 
Brasileiro explica, em seu Capítulo III, quais são os procedimentos 
corretos para circular e se portar nas vias públicas.
O comportamento adequado no trânsito é uma combina-
ção de boa educação e conhecimentos, aliada à capacidade do moto-
rista de perceber o que se passa à sua volta.
Regras de 
circulação e conduta
3
– 50 –
Legislação de Trânsito II
Assim, duas condições são essenciais e exigem pleno domínio das facul-
dades mentais e sensoriais:
 2 ter reflexos rápidos para perceber situações novas a todo momento, 
bem como ter reações adequadas;
 2 aprender de maneira eficiente e permanente as normas que 
regem o trânsito, entendendo que elas proporcionam organiza-
ção e confiança.
3.2 Comportamento do condutor
O direito de utilização das vias públicas para se locomover ou para esta-
cionar pressupõe o respeito às leis e ao bom senso. Em outras palavras, limites 
e respeito ao próximo.
O motorista deve se lembrar de verificar as boas condições de funcio-
namento do veículo antes de colocá-lo em circulação, especialmente equipa-
mentos de segurança, como cinto de segurança, faróis, limpador de para-brisa 
e buzina. Deve ainda andar sempre com os documentos pessoais de condutor 
e com os documentos obrigatórios do veículo, certificar-se de que está com 
combustível suficiente para chegar ao destino programado e nunca dirigir sob 
condições emocionais desequilibradas e/ou sob forte estresse.
Por causa disso, o uso racional desse ambiente público deve ser ampa-
rado por certas atitudes, entre elas:
 2 respeitar a sinalização e seguir na prática as regras de circulação;
 2 ter consciência de que o não cumprimento dessas normas pode 
levar a infrações de trânsito e acidentes;
 2 estacionar somente onde for permitido; 
 2 fazer conversões de acordo com o que é necessário e seguro;
 2 respeitar o pedestre, pois este sempre tem a preferência;
 2 respeitar os demais condutores;
 2 acatar as ordens do policial de trânsito;
– 51 –
Regras de circulação e conduta 
 2 não dirigir com o braço do lado de fora ou com apenas uma das 
mãos; 
 2 não usar fones de ouvido conectados ou celular;
 2 não transportar pessoas, animais ou volume a sua esquerda ou entre 
os braços e pernas;
 2 como regra: manter distância lateral e frontal de outros veículos e 
em relação ao bordo da pista.
 Curiosidade
No Brasil, dizemos “carteira de motorista” ou “carteira de habilita-
ção”, enquanto em inglês se diz “licença para dirigir”. Com isso, 
temos a impressão de impunidade, já que a licença pode ser cas-
sada com facilidade, em comparação com diploma ou carteira.
3.3 Trânsito e relações sociais
No Brasil que herdou comportamentos da época da escravatura, em que 
os que obedeciam eram “inferiores” (escravos), seguir as leis pode parecer, 
para alguns, estar “abaixo” dos demais.
Então, para posicionar-se “acima”, como “superior”, alguns motoris-
tas adotam atitudes que chamamos de egoístas. Também chamamos essas 
atitudes de “falta de educação” nas ruas, como sinônimo de “não pensar 
nos outros”.
Na verdade, essa postura é aristocrática, uma herança da época de coro-
néis senhores de escravos. Por exemplo, estacionar em fila dupla ou em vaga 
para deficiente “só por cinco minutinhos”, como se o seu tempo ou a sua 
necessidade fossem mais importantes que os das demais pessoas.
Para o antropólogo Roberto DaMatta, autor do livro “Pé na tábua e 
fé em Deus: ou como e por que o trânsito enlouquece no Brasil”, o com-
portamento agressivo do brasileiro no trânsito reflete esse antigo sistema de 
relações sociais, em que se pensa “eu estou acima dos outros”. É por isso que é 
– 52 –
Legislação de Trânsito II
muito comum que se exija punição para os erros dos outros, ao mesmo tempo 
em que se negocia flexibilidade para os seus próprios erros.
Então surgem o “jeitinho brasileiro” de burlar a lei, junto com a clássica 
“você sabe com quem está falando?” como tentativa de intimidar o outro, 
contribuindo para um desrespeito generalizado às regras.
Para melhorar esse quadro, é preciso investir em conscientização e edu-
cação para o trânsito e a cidadania.
3.4 O sistema de trânsito e os acidentes
O sistema de trânsito, cujo objetivo é permitir o deslocamento das pes-
soas, só será eficiente e efetivo quando todos os seus agentes – motoristas, 
pedestres, ciclistas – entenderem seus papeis e respeitarem as regras. Que exis-
tem não para atrapalhar, e sim para facilitar o tráfego e melhorar a segurança 
de todos.
Dos três elementos do trânsito – o homem, o veículo e a via – é o homem 
o que, obviamente, influencia os acontecimentos. É ele que tem a inteligência 
e o raciocínio, seja como condutor, passageiro ou pedestre; projetista ou fabri-
cante de veículos; projetista, construtor ou mantenedor de vias; responsável 
pela elaboração de leis, sinalização ou fiscalização.
Se, por exemplo, adotar um comportamento inadequado como moto-
rista ou pedestre, certamente provocará acidentes. A Organização Mun-
dial de Saúde (OMS) relata que, anualmente, há cerca de 50 mil mortes e 
500 mil feridos no trânsito no Brasil, colocando o país em quarto lugar no 
mundo em número de mortes nas ruas, atrás de China, Índia e Nigéria. Os 
dados são de 2013.
3.4.1 Principais causas de acidentes
Acidentes de trânsito são uma das principais causas de morte no mundo, 
segundo a OMS (2018), vitimando 1,35 milhão de pessoas por ano, prin-
cipalmente em países pobres. As lesões ocorridas no trânsito são a principal 
causa de morte entre crianças e jovens de 5 a 29 anos. Além disso, os acidentes 
de trânsito custam à maioria dos países 3% de seu produto interno bruto 
– 53 –
Regras de circulação e conduta 
(PIB). Os países de baixa e média renda detêm 54% da frota de veículos 
mundial, mas respondem por 90% das mortes no trânsito. 
Os acidentes podem ser causados por :
 2 fator humano: imprudência, desatenção, imperícia etc.
 2 infraestrutura: defeito na pista, falta de sinalização etc.
 2 falha no veículo: problemas mecânicos, elétricos etc.
No Brasil, estatísticas do DENATRAN apontam que 90% dos acidentes 
são causados pelo comportamento imprudente do condutor, como dirigir em 
alta velocidade, alcoolizado ou falando no celular. Outros 6% são motivados 
pelas más condições da pista e apenas 4% são consequência de falhas mecâ-
nicas nos veículos.
Principais causas de acidentes no Brasil, segundo a OMS:
 2 não usar cinto de segurança,
 2 não usar capacete,
 2 ultrapassar o limite de velocidade,
 2 falta de itens de segurança para crianças (cinto, cadeirinha etc),
 2 ingestão de bebida alcoólica antes de dirigir.
 Você sabia?
Quando um carro bate em um obstáculo, três colisões acontecem 
ao mesmo tempo: a do carro em si contra o obstáculo, a dos passa-
geiros contra o interior do veículo (bancos, portas) e a dos órgãos 
internos dos passageiros contra a parede do corpo. Quanto maior 
a velocidade, maiores esses impactos.
3.5 Normas Gerais de Circulação e Conduta
Esse é o título do Capítulo III do Código de Trânsito Brasileiro, que 
estabelece as regras de convivência nas ruas e estradas do país. Em vários 
– 54 –
Legislação de Trânsito II
artigos (26 ao 59), o CTB detalha como se deve ultrapassar, a preferência nos 
cruzamentos, a destinação das faixas de rolamento, a prioridade de passagem 
de veículos de emergência e outras situações.
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I – abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo 
para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar 
danos a propriedades públicas ou privadas;
II –abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, 
depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela 
criando qualquer outro obstáculo.
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públi-
cas, o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de 
funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como 
assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao 
local de destino.
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu 
veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segu-
rança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação 
obedecerá às seguintes normas:
I – a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exce-
ções devidamente sinalizadas;
II – o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal 
entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da 
pista, considerando-se, no momento a velocidade e as condições do 
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
III – quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se apro-
ximarem de local não sinalizado, terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele 
que estiver circulando por ela;
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
– 55 –
Regras de circulação e conduta 
IV – quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circu-
lação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao deslocamento 
dos veículos mais lentos e de maior porte, quando não houver faixa 
especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem 
e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade;
V – o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos 
só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas 
especiais de estacionamento;
VI – os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passa-
gem, respeitadas as demais normas de circulação; 
– 56 –
Legislação de Trânsito II
VII – os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os 
de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, 
além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacio-
namento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente 
identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e ilu-
minação vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições:
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximi-
dade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passa-
gem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se 
necessário;
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no 
passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado 
pelo local;
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha 
intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de 
serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar 
com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, 
obedecidas as demais normas deste Código;
VIII – os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando 
em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no 
local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados, 
devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN;
IX – a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita 
pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as demais nor-
mas estabelecidas neste Código, exceto quando o veículo a ser ultra-
passado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda;
X – todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, cer-
tificar-se de que:
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra 
para ultrapassá-lo;
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o 
propósito de ultrapassar um terceiro;
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão sufi-
ciente para que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o 
trânsito que venha em sentido contrário;
XI – todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
– 57 –
Regras de circulação e conduta 
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz 
indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto convencio-
nal de braço;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de forma 
que deixe uma distância lateral de segurança;
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, 
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto 
convencional de braço, adotando os cuidados necessários para não 
pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou;
XII – os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de 
passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação.
§ 1o. As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso 
X e a e b do inciso XI aplicam-se à transposição de faixas, que pode ser 
realizada tanto pela faixa da esquerda como pela da direita.
§ 2o. Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas 
neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão 
sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados 
pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o 
propósito de ultrapassá-lo, deverá:
I – se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa 
da direita, sem acelerar a marcha;
– 58 –
Legislação de Trânsito II
II – se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na 
qual está circulando, sem acelerar a marcha. 
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão 
manter distância suficiente entre si para permitir que veículos que os 
ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança.
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de 
transporte coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desem-
barque de passageiros, deverá reduzir a velocidade, dirigindo com aten-
ção redobrada ou parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres.
Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com 
duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em curvas e em 
aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e 
viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houver sinaliza-
ção permitindo a ultrapassagem.
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá 
efetuar ultrapassagem.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certi-
ficar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da 
via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua 
posição, sua direção e sua velocidade.
– 59 –
Regras de circulação e conduta 
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um desloca-
mento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara 
e com a devida antecedência, por meio da luz indicadora de direção 
de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço.
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição 
de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos.
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição 
de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos.
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de um 
lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres 
que por ela estejam transitando.
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a 
operação de retorno deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde 
estes não existirem, o condutor deverá aguardar no acostamento, à 
direita, para cruzar a pista com segurança.
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, emoutra via ou em 
lotes lindeiros, o condutor deverá:
I – ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do 
bordo direito da pista e executar sua manobra no menor espaço possível;
– 60 –
Legislação de Trânsito II
II – ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível 
de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate 
de uma pista com circulação nos dois sentidos, ou do bordo esquerdo, 
tratando-se de uma pista de um só sentido.
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o con-
dutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que 
transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, res-
peitadas as normas de preferência de passagem.
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos 
locais para isto determinados, quer por meio de sinalização, quer pela 
existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofe-
reçam condições de segurança e fluidez, observadas as características 
da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação 
de pedestres e ciclistas.
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes deter-
minações:
I – o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando luz 
baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos de ilumi-
nação pública;
II – nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao 
cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
– 61 –
Regras de circulação e conduta 
III – a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto 
período de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só 
poderá ser utilizada para indicar a intenção de ultrapassar o veículo 
que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança 
para os veículos que circulam no sentido contrário;
IV – o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do 
veículo quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
V – o condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações: 
a) em imobilizações ou situações de emergência; 
b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
VI – durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz 
de placa;
VII – o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando 
o veículo estiver parado para fins de embarque ou desembarque de 
passageiros e carga ou descarga de mercadorias.
Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, 
quando circularem em faixas próprias a eles destinadas, e os ciclos moto-
rizados deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e a noite.
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde 
que em toque breve, nas seguintes situações:
I – para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II – fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um 
condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, 
salvo por razões de segurança.
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constan-
temente as condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições 
meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo aos limites 
máximos de velocidade estabelecidos para a via, além de:
I – não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem 
causa justificada, transitando a uma velocidade anormalmente reduzida;
II – sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá 
antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes 
para os outros condutores, a não ser que haja perigo iminente;
III – indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinali-
zação devida, a manobra de redução de velocidade.
– 62 –
Legislação de Trânsito II
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condu-
tor do veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em 
velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segu-
rança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito 
de preferência.
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favo-
rável, nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver 
possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do cruza-
mento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal.
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um 
veículo no leito viário, em situação de emergência, deverá ser provi-
denciada a imediata sinalização de advertência, na forma estabelecida 
pelo CONTRAN.
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá 
restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou desembarque 
de passageiros, desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de veí-
culos ou a locomoção de pedestres.
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regulamentada 
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e é considerada 
estacionamento.
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estaciona-
mentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do fluxo, para-
lelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-
-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas.
§ 1o. Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacio-
nados ou em operação de carga ou descarga deverão estar situados 
fora da pista de rolamento.
– 63 –
Regras de circulação e conduta 
§ 2o. O estacionamento dos veículos motorizados de duas rodas será 
feito em posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio) e junto a 
ela, salvo quando houver sinalização que determine outra condição.
§ 3o. O estacionamento dos veículos sem abandono do condutor 
poderá ser feito somente nos locais previstos neste Código ou naque-
les regulamentados por sinalização específica.
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do 
veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes se certificarem 
de que isso não constitui perigo para eles e para outros usuários da via.
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre 
do lado da calçada, exceto para o condutor.
Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas adjacentes às 
estradas e rodovias obedecerá às condições de segurança do trânsito 
estabelecidas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituí-
dos por unidades autônomas, a sinalização de regulamentação da 
via será implantada e mantida às expensas do condomínio, após 
aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição 
sobre a via.
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela direita 
da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou acostamento, sempre 
que não houver faixa especial a eles destinada, devendo seus conduto-
res obedecer, no que couber, às normas de circulação previstas neste 
Código e às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com 
circuns- crição sobre a via.
Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular nas vias 
quando conduzidos por um guia, observado o seguinte:
I – para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser divididos 
em grupos de tamanho moderado e separados uns dos outros por 
espaços suficientes para não obstruir o trânsito;
II – os animais que circularem pela pista de rolamento deverão ser 
mantidos junto ao bordo da pista;
Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da pista de rola-
mento, preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo 
direito da pista sempre que não houver acostamento ou faixa própria a eles 
destinada. É proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as 
calçadas das vias urbanas.
– 64 –
Legislação de Trânsito II
As bicicletas devem circular por ciclovias, ciclofaixas ou acostamento. 
Na ausência destas, deverão rodar pelos bordos da faixa de rolamento, sempre 
no mesmo sentido do tráfego de veículos, que deverão manter distância de 
1,5 metro no momento daultrapassagem. Quando o ciclista está pedalando 
em calçadas, ao atravessar a faixa equipara-se ao pedestre, devendo atravessar 
a pé, empurrando a bicicleta.
3.6 Regras para conversões
As conversões – à direita ou à esquerda – devem ser executadas sempre 
com muita cautela e o condutor sempre deve se lembrar de usar a seta indica-
dora de mudança de direção com antecedência.
3.6.1 Conversões à direita
Para fazer uma conversão à direita, o procedimento do condutor deve ser:
a) passar com a maior antecedência possível para a faixa da direita;
b) ao fazer a curva, manter-se o mais próximo possível da margem 
direita da via.
 
Se o motorista iniciar a curva com as rodas do veículo muito próximas à 
borda da via, elas baterão na guia; se abrir em demasia o ângulo da conversão, 
ele invadirá a outra faixa da via onde se pretende entrar.
3.6.2 Conversões à esquerda
Quando o condutor desejar executar uma conversão à esquerda, sua 
atenção deve ser redobrada; além disso, deve tomar as seguintes providências:
– 65 –
Regras de circulação e conduta 
a) conversão à esquerda, em uma via de mão única para outra de 
mão dupla:
O condutor deve aproximar-se da faixa da esquerda e fazer a con-
versão entrando à esquerda do ponto de interseção, tomando a 
faixa da direita da outra via.
b) conversão à esquerda, de uma via de mão única para outra via tam-
bém de mão única:
O condutor deve aproximar-se pela faixa da esquerda, obedecendo 
às mesmas regras para a conversão à direita com relação à distância 
da borda da pista, completando a conversão ao entrar na faixa da 
esquerda.
Se o condutor iniciar a conversão com as rodas do veículo muito 
próximas à borda da via, elas baterão na guia; se o condutor abrir 
em demasia o ângulo da conversão, ele invadirá a outra faixa da via, 
onde se pretende entrar.
c) conversão à esquerda, de uma via de mão dupla para outra também 
de mão dupla:
O condutor deve aproximar-se com as rodas esquerdas do veículo o 
máximo possível do centro da via. O condutor deve prestar atenção 
porque ele entrará na faixa da direita da outra via; desta forma, fará 
a conversão passando à esquerda do ponto de interseção.
d) conversão à esquerda, de uma via de mão dupla para outra de 
mão única:
O condutor deve aproximar-se o máximo possível do centro da via, 
fazendo a conversão antes de chegar ao centro da interseção.
O condutor deve deixar o cruzamento pela faixa esquerda da via 
em que ele está entrando.
– 67 –
Regras de circulação e conduta 
e) conversão à esquerda, de uma via de mão dupla para outra via com 
quatro faixas (duas faixas em cada direção):
O condutor deve aproximar-se com as rodas do veículo o máximo do 
centro da via. A conversão será feita após chegar ao centro do cruza-
mento, sendo que, desta forma, o condutor não entrará na contramão:
 2 quando o condutor completar a conversão poderá estar na 
faixa de ultrapassagem (a faixa da esquerda); sendo assim, se o 
tráfego permitir, o condutor deverá deixar esta faixa e entrar 
na faixa da direita;
 2 não havendo pista de aceleração (ou quando ela é muito 
curta), o condutor deve parar e esperar um espaço suficiente 
para entrar acelerando, não atrapalhando desta forma o fluxo 
e não provocando acidentes.
3.7 Regras de segurança
Além das normas de circulação, também é preciso atender determina-
ções que visam zelar pela segurança de condutores e passageiros.
Elas estão especificadas nos artigos 54, 55, 64 e 65 do Código de Trân-
sito Brasileiro.
– 68 –
Legislação de Trânsito II
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só 
poderão circular nas vias:
I – utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;
II – segurando o guidom com as duas mãos;
III – usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações 
do CONTRAN.
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só 
poderão ser transportados:
I – utilizando capacete de segurança;
II – em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar 
atrás do condutor;
III – usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações 
do CONTRAN.
O uso de cinto de segurança (tanto para o condutor quanto para os 
passageiros) é obrigatório em todos os veículos em circulação no território 
nacional (Art. 65).
Outro ponto essencial da segurança estipula que as crianças com menos 
de dez anos de idade devem ser transportadas obrigatoriamente apenas no 
banco traseiro, e as com até três anos de idade, em assentos ou cadeirinhas 
especiais (Art. 64).
O desrespeito às leis de trânsito sujeita o infrator a penalida-
des, sejam administrativas, cíveis ou até penais.
As infrações mais comuns são punidas com multa e pontua-
ção na carteira de habilitação – o Artigo 259 do CTB atribui pontos 
a cada tipo de infração, e a soma de 20 pontos provoca a cassação 
do documento.
Infrações, penalidades 
e crimes de trânsito
4
– 70 –
Legislação de Trânsito II
Quadro III – Gravidade das infrações e pontuação
Categoria Pontuação na CNH
Gravíssima sete
Grave cinco
Média quatro
Leve três
Fonte: Código de Trânsito Brasileiro
4.1 Penalidades
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece, em seu artigo 256, as diversas 
penalidades que podem ser impostas aos condutores que cometerem infrações. 
No entanto, o CTB também diz que, quando a sinalização for incorreta ou 
insuficiente, as autoridades de trânsito não podem multar o condutor (Art. 90).
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabe-
lecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às 
infrações nele previstas, as seguintes penalidades:
I- advertência por escrito; (ver também Art. 267 do CTB)
II – multa; (ver também Art. 257 do CTB)
III – suspensão do direito de dirigir; (Resolução 182/05 – CONTRAN)
IV – apreensão do veículo; (Resolução 53/98 – CONTRAN)
V- cassação da Carteira Nacional de Habilitação; (Resolução 168/04 
– CONTRAN)
VI – cassação da Permissão para Dirigir; (Art. 148 do CTB)
VII – frequência obrigatória em curso de reciclagem; (Art. 268 do 
CTB e Resolução 168/04 – CONTRAN)
 § 7o Não sendo imediata a identificação do infrator, o principal con-
dutor ou o proprietário do veículo terá quinze dias de prazo, após a 
notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser 
o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), ao fim do qual, não o 
fazendo, será considerado responsável pela infração o principal con-
dutor ou, em sua ausência, o proprietário do veículo. 
– 71 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de trânsito o prin-
cipal condutor do veículo, o qual, após aceitar a indicação, terá seu 
nome inscrito em campo próprio do cadastro do veículo no Renavam.
§ 11. O principal condutor será excluído do Renavam: 
I - quando houver transferência de propriedade do veículo
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do veículo
III - a partir da indicação de outro principal condutor. 
4.2 Suspensão do direito de dirigir
Ao somar 20 pontos, o condutor terá sua CNH suspensa, perdendo 
temporariamente o direito de dirigir. Para retomar o direito, deverá participar 
de cursos de reciclagem.
Algumas infrações são tão graves que provocam a suspensão direta e 
imediata do direito de dirigir:
 2 dirigir sob a influência de álcool ou substância tóxica;
 2 dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via ou 
demais veículos;
 2 disputar corrida ou fazer manobras perigosas por exibicionismo;
 2 promover ou participar de competição esportiva sem autorização, 
como corridas de carros em vias públicas;
 2 deixar de prestar socorro à vítima em um acidente que provocou, 
deixar de sinalizar o local ou deixar de auxiliar a polícia;
 2 transitar em velocidade superior a máxima permitida para a via em 
20% nas vias de trânsito rápido, arterial e rodovia e em 50% nas 
demais vias;
 2 transpor, sem autorização, bloqueio viário policial.
4.3 Medidas administrativas

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