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Instituições Financeiras Bancárias e Não-Bancárias Existência de diversos tipos de instituições financeiras Diferenciação entre as “funções” e as operações realizadas. Distinção, até certo ponto, arbitrária. Necessidade de situar tais instituições dentro do sistema e entender os seus papéis, bem como suas conexões. 1 Instituições Bancárias e Não-Bancárias Elementos que definem a classe da instituição financeira: Mercado em que atua Operações que está autorizada a desempenhar Das restrições regulatórias sobre sua atividade Dos riscos que corre Bancos e Instituições Financeiras Não-Bancárias Instituições Bancárias: captam recursos através de depósitos (depósitos à vista, depósitos a prazo, depósitos de poupança); Depósitos, a princípio, não geram títulos Exemplos: bancos comerciais, bancos de investimento Instituições Não-Bancárias: captam seus recursos através da colocação de títulos. Não recebem depósitos à vista, nem podem criar moeda (por meio de operações de crédito). Operam com ativos não monetários como ações, CDBs, títulos, letras de câmbio e debêntures. Exemplos: financeiras, corretoras de valores, sociedades de crédito Bancos Banco Comercial: Atua no curto e no médio prazo Capta recursos não apenas como depósitos à vista, mas também por depósitos a prazo Suas escolhas ativas são, por consequência, restritas a ativos de menor maturidade (financiamento de capital de giro de empresas; compra de títulos públicos Uso recorrente do mercado interbancário Exemplos: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Banrisul Balanço típico de um Banco Comercial Banco Comercial: A partir de 1988, bancos comerciais começaram a se transformar em “bancos múltiplos” Os principais tipos de risco corridos por um banco comercial são: Risco de crédito: refere-se à probabilidade de calote por parte dos tomadores de recursos Risco de liquidez: é medido pela perda esperada na venda de ativos sob pressão Banco de Investimento: Diferente do banco comercial, pois atua no mercado de capitais e não no crédito Função: promover a colocação de papéis dos tomadores finais (empresas e governos) junto aos aplicadores finais Operação tradicional: subscrição de papéis Remuneração do banco: dado pela diferença entre os preços de compra e de venda dos papéis. Financiamento da operação: aceitação de depósitos a prazo ou pelo capital próprio do banco Tais operações são bastante arriscada (risco de mercado) – probabilidade de que o banco tenha superestimado as possibilidades futuras de absorção pelo mercado dos papéis retidos em carteira Manter o papel em carteira por mais tempo do que o planejado, impedindo de recuperar a liquidez Liquidar os títulos, aceitando perdas Substituição da subscrição pela corretagem para diminuir os riscos em períodos de incerteza e alta volatilidade nos preços dos títulos. Risco de Liquidez Exemplos: Banco Itaú de Investimentos S. A. BB Investimentos S.A Banco de Investimento: Crise dos bancos de investimento nos EUA (2007-2008) Filme: Margin Call Banco de Poupança: Atuam no mercado de crédito, financiando a aquisição de imóveis Captam recursos através dos depósitos de poupança Além do risco de crédito, existe o mais danoso risco de juros, que ocorre devido ao descasamento de maturidades entre ativos e passivos Para o risco de juros ser minimizado, é necessário que exista estabilidade econômica, sem pressões inflacionárias Balanço típico de um Banco de Poupança: Bancos de Poupança = hipotecários Crise nos anos 1980 nos EUA securitização de créditos imobiliários Crise dos bancos de crédito imobiliário ou com títulos imobiliários nos EUA (2007-2008) Cooperativas de Crédito: Não tem o fim lucrativo Funcionam de modo semelhante aos bancos comerciais, porém com público limitado Seu objetivo é disponibilizar recursos de maneira segura e acessível aos seus associados Exemplo: Sicredi Banco cooperativos: Banco comercial ou banco múltiplo constituído, obrigatoriamente, com carteira comercial. Diferencia-se dos demais por ter como acionistas-controladores cooperativas centrais de crédito, as quais devem deter no mínimo 51% das ações com direito a voto Exemplos: Bancoob e Banco Sicredi Síntese das Instituições Bancárias: Instituições Não-Bancárias Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras): Captam recursos através das letras de câmbio: títulos de duração média, emitidos a taxas pré-fixadas Financiam capital de giro para empresas e bens de consumo duráveis para consumidores Estão sujeitas ao risco de crédito e ao risco de juros Também recorrem ao crédito dos bancos comerciais Exemplos: Sul Financeira (Porto Alegre), Ibi (Loja de Departamento (C&A), Finasa (Grupo Bradesco) Instituições Não-Bancárias Balanço de uma Companhia Financeira: Instituições Não-Bancárias Corretoras e Distribuidoras de Valores: Não são consideradas “intermediárias financeiras”, pois não captam recursos junto ao público Possuem como função a promoção ou facilitação de negócios com títulos São instituições muito seguras, pois não assumem obrigações nem devem reter ativos sujeitos a risco no futuro Diferença entre “corretoras” e “distribuidoras” de valores: as primeiras têm acesso à Bolsa de Valores Exemplos: Ágora-Senior CTVM S.A., Bradesco S.A. CTVM, Alfa CCVM S.A. Síntese das Instituições Não-Bancárias: Instituições Não-Bancárias Outras instituições do mercado financeiro: Companhias de Seguros Arrendamento Mercantil (Leasing operacional e leasing financeiro) – instituição não financeira Factoring (adiantamento de valores recebidos por cheques pré-datados) Fintechs Referencias Bibliográficas CARVALHO, F.C. et all. Economia monetária e financeira: teoria e política. Rio de Janeiro : Campus, 2015. 2º edição. Capitulo 17.
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