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Livro Texto Unidade II

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Unidade II
3 COMÉRCIO ELETRÔNICO
Comércio eletrônico, ou e-commerce, refere-se ao uso da internet e da web para conduzir 
negócios. Mais formalmente, diz respeito às transações comerciais realizadas digitalmente entre 
organizações e indivíduos ou entre duas ou mais organizações. O conceito de transações realizadas 
digitalmente abarca todas as transações mediadas pela tecnologia digital. Na maioria dos casos, 
isso significa transações que ocorrem pela internet. Transações comerciais envolvem a saída de 
valores (por exemplo, dinheiro) das fronteiras individuais ou organizacionais em troca de produtos 
e serviços.
O comércio eletrônico começou em 1995, quando um dos primeiros portais da internet, o Netscape, 
aceitou os primeiros anúncios de grandes corporações e popularizou a ideia de que a web poderia ser 
usada como uma nova mídia para publicidade e vendas. Na época, ninguém vislumbrava a curva de 
crescimento exponencial que as vendas no varejo eletrônico experimentariam, vindo a triplicar e dobrar 
nos anos seguintes. Apenas a partir de 2006 o comércio eletrônico de varejo “desacelerou” para uma 
taxa de crescimento anual de 25% (LAUDON, 2007).
A exemplo de outras inovações comerciais, como o telefone, o rádio e a televisão, o crescimento 
muito rápido do comércio eletrônico em seus primeiros anos criou uma bolha no mercado de 
ações. E, como todas as bolhas, a bolha “pontocom” explodiu, em março de 2001. Quando o 
valor de mercado das ações de comércio eletrônico, de telecomunicações e de outras empresas 
relacionadas à tecnologia despencou em mais de 90%, muitas pessoas acharam que o crescimento 
do comércio eletrônico estagnaria, o número de clientes cairia e o público da internet em si 
atingiria um platô.
 Observação
As organizações brasileiras têm utilizado largamente as tecnologias de 
informação e comunicação para interligar suas várias áreas, fornecedores 
e clientes, processar um número muito grande de transações e atender 
a uma quantidade de clientes de forma rápida, segura e muitas vezes 
personalizada. O ambiente empresarial, tanto em nível mundial quanto 
nacional, tem passado por inúmeras mudanças nos últimos anos, as quais 
têm sido consideradas diretamente relacionadas com as tecnologias de 
informação. Um dos aspectos mais importantes desse novo contexto é o 
surgimento do ambiente digital, que passou a permitir, de fato, a realização 
de negócios na era digital e do comércio eletrônico.
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Um grande número de empresas de comércio eletrônico faliu durante esse processo. Contudo, para 
muitas outras, como Amazon, Ebay, Expedia e Google, os resultados foram mais positivos: faturamentos 
recordes, modelos de negócios bem azeitados e lucrativos e preços de ações em elevação. Em 2006, o 
faturamento do comércio eletrônico voltou a experimentar sólido crescimento.
Em um dia médio, 70 milhões de pessoas acessam a internet, 140 milhões enviam e-mails, 5 milhões 
escrevem em seus blogs, 4 milhões compartilham músicas em redes peer-to-peer e 3 milhões usam a 
internet para dar nota a uma pessoa ou serviço. O número de pessoas que compram on-line cresceu para 
cerca de 110 milhões, sem contabilizar os outros milhões que buscam informações, mas não fecham a 
compra (LAUDON, 2007).
A revolução do comércio eletrônico está apenas começando. À medida que mais produtos e serviços 
forem oferecidos on-line e a telecomunicação residencial de banda larga se tornar mais popular, indivíduos 
e empresas usarão cada vez mais a internet para conduzir negócios. Mais setores serão transformados 
pelo comércio eletrônico, incluindo reservas de viagem, entretenimento, software, educação e finanças.
3.1 Características distintivas da tecnologia de comércio eletrônico 
As tecnologias da internet e do comércio eletrônico são muito mais versáteis e poderosas que as 
revoluções tecnológicas precedentes. A seguir, exploraremos cada uma das sete características distintivas 
da tecnologia de comércio eletrônico.
3.1.1 Ubiquidade
No comércio tradicional, o marketplace é um lugar físico, como uma loja de varejo, que você visita 
a fim de fazer uma transação comercial. O comércio eletrônico é ubíquo, o que significa que está 
disponível simplesmente em todos os lugares, em todos os momentos. Ele torna possível comprar na 
frente do computador, em casa, no trabalho ou mesmo dentro do carro, usando o m-commerce. O 
resultado disso é que o marketplace se estende além das fronteiras tradicionais e não se limita a um 
ponto temporal e geográfico. Sob o ponto de vista do consumidor, a ubiquidade reduz os custos de 
transação, isto é, os custos de participar do mercado. Para fazer uma transação comercial, já não é 
necessário gastar tempo ou dinheiro deslocando-se até o mercado, e é preciso muito menos esforço 
mental para fechar uma compra.
 Observação
Atualmente, há diferentes possibilidades para se acessarem conteúdos 
educacionais tais como recursos na web, documentos em bibliotecas 
digitais, dispositivos móveis e inclusive TV digital. As tecnologias e o advento 
da internet permitiram a educação ubíqua e o surgimento de ambientes 
virtuais de aprendizagem, mas alguns problemas surgem quando o usuário 
não está conectado.
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3.1.2 Alcance global
A tecnologia de comércio eletrônico permite que as transações comerciais atravessem fronteiras 
culturais e nacionais de maneira muito mais conveniente e com melhor relação custo/benefício do 
que no comércio tradicional. Em consequência, o tamanho do mercado potencial para os agentes do 
e-commerce é praticamente igual ao tamanho da população mundial on-line – mais de 900 milhões de 
pessoas em 2005, e cresce rapidamente (LAUDON, 2007).
Em contrapartida, a maior parte do comércio tradicional é local ou regional – envolve vendedores 
locais ou nacionais com lojas de alcance local. Emissoras de rádio e televisão e jornais, por exemplo, 
são primordialmente instituições locais e regionais com redes nacionais limitadas, mas poderosas, que 
podem atrair o público nacional, mas não facilmente atravessar as fronteiras nacionais para atingir um 
público global.
3.1.3 Padrões universais
Uma característica incrivelmente inusitada das tecnologias de e-commerce é que os padrões técnicos 
da internet, e portanto os padrões técnicos para se conduzir o comércio eletrônico, são universais. São 
compartilhados por todas as nações ao redor do mundo e permitem que qualquer computador se 
conecte com qualquer outro, independentemente da plataforma tecnológica que cada um utilize. Em 
contrapartida, a maior parte das tecnologias do comércio tradicional difere de um país para outro. Os 
padrões de rádio e televisão, por exemplo, variam mundo afora, assim como a tecnologia de telefonia 
móvel.
Os padrões técnicos universais da internet e do comércio eletrônico reduzem em grande medida os 
custos de entrada no mercado, isto é, o custo em que o os comerciantes incorrem simplesmente para 
levar suas mercadorias ao mercado. Ao mesmo tempo, para os consumidores, os padrões universais 
reduzem os custos de busca, ou seja, o esforço necessário para encontrar produtos adequados.
3.1.4 Riqueza
O conceito de riqueza, quando aplicado à informação, refere-se à complexidade e ao conteúdo de 
uma mensagem. Mercados tradicionais, forças de vendas nacionais e pequenas lojas de varejo oferecem 
um atendimento “rico”, pois são capazes de atender pessoalmente, face a face, usando sinais visuais e 
sua intuição ao fazer uma venda. A “riqueza” dos mercados tradicionais faz deles ambientes de vendas 
ou comerciais poderosos. Antes do desenvolvimento da web, havia uma dicotomia entreriqueza e 
alcance: quanto maior o público atingido, menos rica era a mensagem.
 Observação
O conceito de interação vem de longe. Na física refere-se ao 
comportamento de partículas cujo movimento é alterado pelo 
movimento de outras partículas. Em sociologia e psicologia social 
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a premissa é: nenhuma ação humana ou social existe separada da 
interação. O conceito de interação social foi usado pelos interacionistas 
a partir do início do século XX. Designa a influência recíproca dos 
atos de pessoas ou grupos. Um desdobramento dessa corrente é o 
interacionismo simbólico que estudou a interação entre indivíduos e 
instituições no sentido de verificar como são coagidos por elas e de 
como buscam transcender essa coação.
3.1.5 Interatividade
Diferentemente de qualquer tecnologia comercial do século XX, com possível exceção do telefone, 
as tecnologias de comércio eletrônico são interativas, o que significa que permitem a comunicação de 
mão dupla entre vendedor e consumidor. A televisão, por exemplo, não pode facilmente fazer perguntas 
aos espectadores, ou entabular diálogos com eles, nem pode pedir que insiram informações em um 
formulário. Em contrapartida, todas essas atividades são possíveis em um site de comércio eletrônico. 
A interatividade permite que um vendedor on-line atraia o consumidor mais ou menos como faria uma 
experiência face a face – mas em escala global, massificada.
 Saiba mais
O que é um cliente?
Um cliente é a pessoa mais importante do mundo neste escritório, quer 
ele se comunique pessoalmente ou por carta.
Um cliente não depende de nós; nós dependemos dele.
Um cliente não interrompe nosso trabalho; é a finalidade dele. Não 
estamos fazendo um favor ao servi-lo; ele está nos fazendo um favor dando 
a nós a oportunidade de fazê-lo.
Leia mais em: KOTLER, P; KELLER, K. Administração de marketing: a 
bíblia do marketing. 12. ed. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2006. p. 71.
3.1.6 Densidade de informação
A internet e a web aumentaram incrivelmente a densidade da informação, isto é, a quantidade e a 
qualidade total da informação disponível para todos os participantes de mercado, tanto consumidores 
quanto vendedores. As tecnologias de e-commerce reduzem os custos necessários para coletar, 
armazenar, processar e transmitir informações, aumentando ao mesmo tempo a atualidade, a precisão 
e a oportunidade dessas informações. A densidade de informação nos mercados de e-commerce 
torna preços e custos mais transparentes. Transparência de preços refere-se à facilidade com que os 
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consumidores podem descobrir a variação de preços em um mercado; transparência de custos é a 
capacidade dos consumidores de descobrir quanto os vendedores realmente pagam pelos produtos.
Mas os vendedores também se beneficiam disso. On-line, eles podem descobrir muito mais sobre os 
clientes do que no passado. Isso lhes permite segmentar o mercado em grupos que estejam dispostos 
a pagar preços diferentes, podendo, assim, praticar a discriminação de preços, ou seja, vender a mesma 
mercadoria, ou praticamente a mesma, para diferentes grupos e a preços diferentes. Por exemplo, um 
comerciante on-line pode descobrir que determinado cliente está avidamente interessado em uma 
caríssima e exótica viagem de férias. Oferecerá, então, pacotes de viagens caríssimos e exóticos a esse 
cliente a um preço premium, sabendo que essa pessoa está disposta a pagar mais por esse tipo de 
viagem. A densidade de informação também ajuda os vendedores a diferenciar seus produtos em termos 
de custo, marca e qualidade.
3.1.7 Personalização/customização
As tecnologias de e-commerce permitem a personalização: os vendedores podem direcionar suas 
mensagens de marketing a indivíduos específicos, ajustando-as segundo o nome, os interesses e o 
histórico de compras da pessoa. Essa tecnologia também permite a customização, isto é, mudar o produto 
ou serviço fornecido com base nas preferências do usuário ou em seu comportamento passado. Dada a 
natureza interativa da tecnologia de comércio eletrônico, é possível reunir ainda mais informações sobre 
o consumidor no marketplace no momento de compra. Com o aumento da densidade da informação, 
grande quantidade de informações sobre o histórico de compras e de comportamento do cliente pode ser 
armazenada e usada pelos vendedores on-line. O resultado é um nível de personalização e customização 
impensável com as tecnologias de comércio preexistentes. Por exemplo, você pode escolher o que quer 
ver na televisão selecionando um canal, mas não pode alterar o conteúdo desse canal. Em contrapartida, 
o Wall Street Journal Online lhe permite selecionar o tipo de notícias que quer ver primeiro e lhe dá a 
possibilidade de ser alertado na ocorrência de determinados fatos.
4 CaTEgORIaS dO COMÉRCIO ELETRÔNICO
Existem diferentes maneiras de classificar as transações de comércio eletrônico. Uma delas leva em 
conta a natureza dos participantes da transação. Sob essa perspectiva, as três principais categorias de 
e-commerce são: empresa-consumidor, empresa-empresa e consumidor-consumidor.
Comércio eletrônico empresa-consumidor (B2C):
Venda de produtos e serviços no varejo diretamente a compradores individuais. A Barnes & Noble, 
que vende livros, software e música a consumidores individuais, é um exemplo de e-commerce B2C.
Comércio eletrônico empresa-empresa (B2B):
Venda de bens e serviços entre empresas. O site da Milacron, que vende maquinaria, moldes e outras 
ferramentas, insumos e serviços a empresas da área de processamento de plástico, é um exemplo de 
e-commerce B2B.
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Comércio eletrônico consumidor-consumidor (C2C):
Venda de bens e serviços por consumidores diretamente a outros consumidores. Por exemplo, o eBay, 
gigantesco site que permite que pessoas vendam suas mercadorias a outros consumidores levando-as 
a leilão.
Outra maneira de classificar transações comerciais eletrônicas é em termos de conexão física entre 
o participante e a web. Até recentemente, quase todas as transações de e-commerce ocorriam por meio 
de redes ligadas por fio. Agora, telefones celulares e outros aparelhos digitais portáteis sem fio estão 
habilitados para internet, podendo, assim, enviar e-mails e mensagens de texto, acessar sites e fazer 
compras.
As empresas estão oferecendo tipos de produtos e serviços baseados na web que podem ser 
acessados por esses equipamentos sem fio. A utilização de equipamentos portáteis sem fio para comprar 
bens e serviços em qualquer lugar tem sido chamada de comércio móvel (mobile commerce) ou 
m-commerce. Tanto as transações empresa-empresa quanto as empresa-consumidor do e-commerce 
podem ser realizadas pela tecnologia de m-commerce, que será discutida mais adiante.
4.1 Comércio eletrônico B2B: novos relacionamentos e eficiências
Cerca de 80% do e-commerce B2B ainda se baseia em sistemas proprietários para a troca eletrônica 
de dados (Eletronic Data Interchange – EDI), que permite a troca entre computadores de documentos-
padrão de transações, como faturas, conhecimentos de embarque, agendamentos de expedição ou 
pedidos de compra entre duas organizações. As transações são transmitidas automaticamente de um 
sistema de informação para outro por uma rede de telecomunicações, eliminando a impressão e o 
manuseio de papéis em uma extremidade e a entrada de dados na outra. Os principais setores nos 
Estados Unidos e em grande parte do resto do mundo têm padrões EDI que definem a estrutura e os 
campos de informação das transações eletrônicas para aquele dado setor.
Originalmente, a EDI automatizou a troca de documentos para pedidos de compra, faturas e 
notificaçõesde expedição. Embora algumas empresas ainda usem a EDI para a automação de documentos, 
as empresas adeptas da produção contínua e da reposição de estoque just-in-time a utilizam como 
um sistema para reposição contínua. Os fornecedores têm acesso on-line a determinadas partes da 
programação de entrega e produção da empresa compradora, podendo enviar materiais e produtos 
automaticamente para atender a metas pré-especificadas, sem a intervenção de agentes da empresa 
compradora. Embora muitas organizações ainda usem redes privadas para a EDI, as empresas estão cada 
vez mais preferindo a internet para esse propósito, porque ela fornece uma plataforma de baixo custo e 
maior flexibilidade para a conexão com outras empresas. Usando a internet, as empresas podem levar a 
tecnologia digital a uma ampla gama de atividades e ampliar seu círculo de parceiros comerciais.
Vejamos a seleção de fornecedores, ou procurement, por exemplo. O procurement envolve não 
apenas a aquisição de produtos e materiais, mas também a busca de fornecedores, a negociação com 
esses fornecedores, o pagamento e o acordo quanto às condições de entrega. Hoje, as empresas podem 
usar a internet para localizar o fornecedor de mais baixo custo, examinar catálogos de produtos on-
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line, negociar com fornecedores, fazer pedidos, pagamentos e gerenciar o transporte. Em vez de ficarem 
limitadas a parceiros interligados por redes EDI tradicionais, usam a web para trabalhar com qualquer 
outra empresa que esteja conectada à internet.
O e-procurement abre, assim, novas oportunidades para reduzir custos e melhorar o atendimento, pois 
a tecnologia de internet permite que as empresas teçam suas redes de maneira mais ampla. A tecnologia 
de internet e de web permite que as empresas montem novas vitrines eletrônicas para vender a outras 
empresas, com recursos interativos e exibições gráficas multimídia similares às utilizadas no comércio 
B2C. Alternativamente, as empresas podem usar a tecnologia de internet na criação de Extranets ou 
markerplaces eletrônicos para se conectar com outras empresas a fim de conduzir transações de compra 
e venda.
Redes setoriais privadas são extranets B2B focadas na coordenação de processos de negócios 
contínuos entre empresas, com fins de colaboração e gerenciamento de cadeia de suprimentos. Uma 
rede setorial privada consiste em uma empresa de grande porte que usa uma extranet para se conectar 
a seus fornecedores e outros parceiros de negócio importantes. A rede é de propriedade do comprador 
e permite que a empresa e os fornecedores, distribuidores e outros parceiros de negócios designados 
compartilhem o projeto e o desenvolvimento de produto, o marketing, a programação de produção, o 
gerenciamento de estoque e comunicações não estruturadas, incluindo gráficos e e-mails.
Outro termo usado para designar uma rede sensorial privada é bolsa privada. Atualmente, as 
bolsas privadas são o tipo de comércio B2B que cresce mais rapidamente. Um exemplo é a Volkswagen 
Group Supply, que interliga o Grupo Volkswagen e seus fornecedores. A Volkswagen Group Supply 
administra 90% de todas as compras globais da Volkswagen, incluindo todas as peças e os componentes 
automotivos.
E-marketplaces, às vezes chamados de e-hubs (concentradores eletrônicos), proporcionam um 
mercado digital baseado na tecnologia de internet para muitos compradores e vendedores diferentes. Os 
e-marketplaces pertencem a setores ou operam como intermediários independentes entre compradores 
e vendedores. São mais orientados para a transação e menos orientados para o relacionamento do 
que as redes setoriais privadas, gerando receita das transações de compra e venda e de outros serviços 
prestados aos clientes. Os participantes dos e-marketplaces podem definir preços on-line mediante 
negociações, leilões ou pedidos de cotação ou podem usar preços fixos. As vantagens para os clientes 
são custos de busca e transação mais baixos, além de maior variedade. Por exemplo, Sistema de Pregão 
Eletrônico do Governo.
Há muitos tipos diferentes de e-marketplaces e maneiras de classificá-los. Alguns vendem insumos 
diretos e outros insumos indiretos. Insumos diretos são os bens usados no processo de produção, como 
chapas de aço para a produção de carrocerias de automóveis; e insumos indiretos são todos os outros 
bens que não estão envolvidos diretamente no processo de produção, como material de escritório 
ou produtos para manutenção e reparos. Alguns e-marketplaces apoiam contratos de fornecimento 
baseados em relacionamentos de longo prazo com fornecedores designados; outros apoiam compras 
à vista, com entrega imediata, situações em que os bens são adquiridos para suprir necessidades 
imediatas, geralmente de muitos fornecedores diferentes. Alguns atendem mercados verticais para 
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setores específicos, como os de automóveis, telecomunicações ou máquinas operatrizes; outros atendem 
mercados horizontais, com bens e serviços que podem ser encontrados em diferentes setores industriais, 
como os de equipamentos ou transporte.
E-marketplaces pertencentes a setores focam relacionamentos de contratos de fornecimento de 
longo prazo e a disponibilização de redes e plataformas de computação comuns, com o intuito de 
superar as ineficiências da cadeia de suprimento. As empresas compradoras podem se beneficiar da 
concorrência de preços entre fornecedores alternativos, e estes podem se beneficiar dos relacionamentos 
de venda de longo prazo estabelecidos com empresas de grande porte. A Exostar é um exemplo disso. 
Esse e-marketplace patrocinado pelo setor de defesa e aeroespacial foi fundado em conjunto por BAE 
Systems, Boeing, Lockheed Martin, Raytheon e Rolls-Royce PLC para conectar essas empresas e seus 
fornecedores e facilitar a colaboração em grandes projetos. Mais de dezesseis mil parceiros comerciais 
dos setores público, comercial e militar usam as ferramentas de busca de fornecedores, e-procurement e 
colaboração da Exostar para insumos diretos e indiretos. A bolsa inclui, ainda, funções de leilão, previsão 
de compra, emissão de pagamentos e recibos eletrônicos e conexão com os sistemas corporativos internos 
dos participantes. Também apresenta recursos para a colaboração em projetos de desenvolvimento 
conjunto e compartilhamento de dados referentes à engenharia dos produtos.
Bolsas são e-marketplaces independentes, mantidos por terceiros, que podem conectar milhares de 
fornecedores e compradores para compras não programadas (à vista e com entrega imediata). Muitas 
bolsas representam mercados verticais para um único setor, como alimentos, produtos eletrônicos ou 
equipamento industrial, e lidam primordialmente com insumos diretos. A Foodtrader, por exemplo, 
automatiza compras não programadas entre compradores e vendedores de mais de 170 países na área 
de alimentos e agricultura.
As bolsas proliferaram durante os primeiros anos do e-commerce, mas muitas fracassaram. Os 
fornecedores relutavam em participar porque elas incentivavam propostas competitivas, derrubando 
os preços, mas sem oferecer um relacionamento de longo prazo com compradores ou serviços que 
compensassem essa redução. Além disso, muitas compras diretas essenciais não são realizadas à vista e 
com entrega imediata, pois exigem contratos e implicam questões como prazo de entrega, personalização 
e qualidade dos produtos.
 Saiba mais
O e-business não é apropriado para todas as organizações. 
Dependendo do tipo de organização, as oportunidades para fazer negócios 
eletronicamente podem variar de forma substancial.
Leia mais em: GORDON, J. R. Sistemas de informação: uma abordagem 
gerencial. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
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4.2 M-commerce
Os dispositivos móveis sem fio estão começando a ser usados para compra de bens e serviços, assim 
como para a transmissão de mensagens. Embora o m-commerce represente uma pequena fração do 
total de transações de comércio eletrônico, seu faturamento vem crescendo vigorosamente. Em 2005, 
havia aproximadamente 175 milhões de usuários de celular nos Estados Unidos e mais de 1,6 bilhão de 
dispositivos móveis e sem fio ao redor do mundo.
4.2.1 Serviços e aplicações de m-commerce
Existem diversas categorias de serviços e aplicações de m-commerce para a computação móvel. 
Aplicações baseadas em localização são de especial interesse porque tiram proveito das vantagens 
dos recursos exclusivos da tecnologia móvel. Sempre que um usuário estiver conectado à internet 
(via dispositivo sem fio, telefone celular, agenda digital, laptop), a tecnologia de transmissão pode ser 
alavancada para determinar a localização dessa pessoa e emitir informações de serviços e produtos 
específicos para o local em que se encontra. Por exemplo, motoristas poderiam utilizar esse recurso 
para obter dados sobre as condições do tempo e do tráfego locais, juntamente com sugestões de rotas 
alternativas e descrição de restaurantes próximos.
Em vez de se preocuparem em como levar um cliente até um site, as estratégias de marketing 
passarão a se dedicar a descobrir modos de levar a mensagem diretamente a esse cliente, no momento 
em que ele precisar dela. As aplicações de m-commerce caíram como uma luva para serviços críticos 
em termos de prazos de entrega, que beneficiam pessoas em movimento ou que executam uma tarefa 
de maneira mais eficiente do que outros métodos. São especialmente populares na Europa, no Japão, 
na Coreia do Sul e em outros países em que as tarifas cobradas pelo uso da internet convencional são 
muito altas. Alguns exemplos dessas aplicações seriam:
• Pagamento de contas móvel: permite pagar contas de luz e outros serviços por celular.
• Conteúdo de produtos: por exemplo, mapas e rotas de trânsito, horários de ônibus etc.
• Serviços bancários e financeiros: verificar dados bancários e ter uma rede de comunicação com 
sua agência bancária através do celular.
• Publicidade sem fio: mensagens de texto com propagandas direcionadas ao público.
• Serviços baseados em localização: cálculo de itinerário, localização de imóveis, hotéis, cinemas 
etc.
• Jogos e entretenimento: jogos digitais via celular, ringtones etc.
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 Resumo
O comércio eletrônico não veio para acabar com o varejo tradicional 
e sim para complementá-lo. Em mercados cada vez mais competitivos, as 
empresas precisam integrar o comércio eletrônico em suas operações para 
aumentar seu faturamento, reforçar sua marca, melhorar o relacionamento 
com o cliente, além de aumentar e melhorar o banco de dados, bem como 
transmitir confiança a seu cliente. A participação do comércio eletrônico, 
que inicialmente era marginal, no faturamento das empresas passou a ser 
o potencial. Em face dessa profusão de meios, as empresas devem cada vez 
mais se preocupar com as estratégias que devem adotar para obter alta 
performance em suas vendas. Nesta Unidade foram analisados aspectos do 
comércio eletrônico, bem como características das ações e transações que 
ocorrem pelo mundo digital.
 Exercícios
Questão 1. (FCC 2010, adaptada) Na era digital, uma das principais aplicações de sistemas de 
informações está no comércio eletrônico. Uma das modalidades que mais têm crescido nos últimos 
anos é o comércio eletrônico realizado por meio de dispositivos móveis. Esse tipo de comércio eletrônico 
é conhecido como:
A) e-commerce.
B) e-mobile.
C) e-business.
D) e-procurement.
E) e-government.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: esse é o termo utilizado para designar o comércio eletrônico realizado por meio de 
dispositivos móveis.
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SiStemaS para internet e Software Livre
B) Alternativa correta.
Justificativa: trata-se apenas do comércio eletrônico realizado por meio do celular.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: trata-se de comércio eletrônico tradicional.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: trata-se de um site destinado à cotação de preços.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: o termo designa a Tecnologia da Informação utilizada na comunicação entre o Governo 
e pessoas ou empresas.
Questão 2. (Funiversa 2010, adaptada) Comércio eletrônico, ou e-commerce, é uma forma de 
transação comercial realizada especialmente por meio de equipamentos e sistemas de comunicação 
eletrônica, como computadores, terminais, cartões magnéticos etc. Assinale a alternativa que define o 
conceito de “B2B”, utilizado no âmbito do comércio eletrônico.
A) Forma de comércio eletrônico em que empresas vendem produtos diretamente aos consumidores 
finais.
B) Conjunto de redes e sub-redes de alta velocidade, usado para o comércio eletrônico. 
C) Transações comerciais realizadas entre empresas, com o uso da internet. 
D) Modelo de negócio baseado na web para venda direta de produtos entre pessoas físicas.
E) Forma de conexão remota entre dois computadores, também conhecida como peer-to-peer.
Resolução desta questão na plataforma.

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