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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA Guia rápido de AutoCAD para projetos elétricos Juliane de Almeida Daniel Odilio dos Santos Florianópolis, 2016 2 Sumário Sumário ..................................................................................................... 2 Introdução ................................................................................................. 4 Instalando o AutoCAD ......................................................................... 4 Primeiro contato .................................................................................... 6 Configurando o AutoCAD .................................................................... 6 Comando ............................................................................................... 8 Comandos de Desenho (Ribbon) .......................................................... 9 Texto e Anotações ............................................................................... 10 Layers .................................................................................................. 11 Criando um layer ............................................................................. 12 Hachura (Hatch) .................................................................................. 13 Blocos ................................................................................................. 14 Integração arquitetônica .......................................................................... 16 Projeto elétrico ........................................................................................ 19 Layer ................................................................................................... 19 Blocos ................................................................................................. 20 Quadro de distribuição ........................................................................ 20 Iluminação ........................................................................................... 21 Pontos de iluminação ...................................................................... 21 Interruptores .................................................................................... 22 Tomadas .............................................................................................. 23 Tomadas de uso especifico ............................................................. 23 Tomadas de uso geral ...................................................................... 24 Eletrodutos e fiação. ............................................................................ 25 Prumada .............................................................................................. 28 Diagrama unifilar ................................................................................ 29 3 Padrão de entrada ................................................................................ 30 SPDA .................................................................................................. 33 Filosofia Franklin ............................................................................ 35 Filosofia Gaiola de Faraday ............................................................ 36 Plotagem ............................................................................................. 37 4 Introdução A plataforma CAD tem como finalidade a diagramação de desenhos computadorizados, o AutoCAD é o software da Autodesk, amplamente utilizado para o desenho de projetos de engenharia, design e animação. Essa apostila visa trabalhar com a primeira área mencionada. Esta apostila tem objetivo de oferecer suporte ao conteúdo ministrado nas aulas do Curso de Extensão em AutoCAD para Instalações Elétricas. O curso se trata de um projeto de extensão coordenado pela Profª Juliane Silva de Almeida do Departamento de Expressão Gráfica da UFSC em parceria com o Departamento de Engenharia Elétrica da UFSC. Tal projeto tem a finalidade de revisar e oferecer suporte de conteúdo de desenho de projeto elétrico à disciplina EEL7072, Projeto de Instalações Elétricas, obrigatória dos cursos de graduação em Engenharia Elétrica e Engenharia de Produção Elétrica da UFSC. Instalando o AutoCAD O AutoCAD tem uma licença estudantil de 3 anos, validada com um e-mail ativo, de preferência vinculado à instituição de ensino e pesquisa que o usuário pertence. Para realizarmos o download temos que seguir o seguinte procedimento: ● Acessar a página http://www.autodesk.com ● Clicar no botão menu. ● Acessar a aba Downloads/Free student software http://www.autodesk.com/ http://www.autodesk.com/ 5 Figura 1 - Página inicial do website da Autodesk. ● Clique na opção AutoCAD ● Crie uma conta ou faça login com sua conta Autodesk. ● Cliquem em Download now. ● Selecione a versão do AutoCAD (recomenda-se sempre a versão mais recente, essa apostila será esquematizada na versão 2017) ● Selecione a versão do sistema operacional e o idioma (Esta apostila será desenvolvida com o software com idioma padrão inglês e sistema operacional Windows) ● Clique em install now Figura 2 - Página de download do site da Autodesk 6 ● Após isso será realizado o Download do software ● Com o Download concluído o assistente de instalação será aberto para realização da instalação Primeiro contato Após o download e instalação do AutoCAD, o software gera um atalho na sua área de trabalho. Na Figura 3 temos a interface inicial do AutoCAD 2017, onde podemos criar um arquivo novo em Start Drawing ou abrir um arquivo em Open files.... Figura 3 – Janela inicial do AutoCAD. Configurando o AutoCAD Após criar um arquivo novo devemos, primeiro, configurá-lo. Para isto clicar no logo do AutoCAD e depois em Drawing Utilities 7 Figura 4 – Página de configuração de unidade de medida. Inicialmente devemos selecionar as unidades de medida a serem utilizadas no desenho, ao clicar no botão Units abriremos a janela pop-up de configuração de unidades do programa, visando nosso foco no projeto elétrico devemos colocar a unidade em metros, para facilitar a plotagem. Ao clicar com o botão direito na área de trabalho do programa, e selecionando o botão options podemos realizar configurações gerais no AutoCAD, essas configurações servem para adaptar o programa ao usuário, entre essas configurações esta cor de fundo, símbolo de cursor e etc. Como mostrado na Figura 5. Figura 5 – Página de configuração das propriedades do desenho. 8 No AutoCAD 2017 a parte superior chamada de RIBBON possui atalhos para as ferramentas do programa, essas ferramentas também podem ser inicializadas digitando seus nomes na barra de comando, localizada na parte inferior do programa. Na barra de comando caso o AutoCAD estiver em um idioma diferente do inglês, devemos digitar os comandos precedidos do underline ( _ ) e o nome em inglês do comando. Comando A barra de comando possui uma série de botões para a navegação no desenho do projeto. No canto inferior direito temos as guias de plotagem que mostram o modelo (ou plano de desenho) e os layouts de plotagem. No canto inferior esquerdo temos botões de controle. Figura 6 – Barra de comado Para projetos elétricos devemos nos atentar aos seguintes botões de controle. Alterna na aba layout entre o modelo do projeto e o papel de impressão Habilitar o grid (quadriculado) na tela Habilitar orientação pelo grid Habilitar modo orto, ou seja, faz com que os desenhos de linhas sempre estejam em linha reta na vertical ou na horizontal9 Habilita uma linha guia no ângulo estabelecido Habilita pontos de referência para o desenho Tabela 1 – Componentes da barra de comando Comandos de Desenho (Ribbon) No ribbon está localizado às ferramentas de desenho, referências e organização do AutoCAD. Figura 7 – Barra de comandos de Desenho(Ribbon) Essas ferramentas constituem a base do desenho, assim para projetos elétricos nos atentamos a seguintes funções: _line – desenha uma linha reta do plano _spl – desenha uma curva com pontos de deflexão escolhidos pelo usuário _circle – desenha um círculo. Este comando tem diversas possibilidades de escolhas de referências para desenhar o circulo, entre elas destacamos a qual escolhemos o ponto de origem e o raio. Outro modo escolhemos os polos norte e sul do círculo. 10 _m – Move o objeto selecionado pelo plano de trabalho _ro – Rotaciona o objeto selecionado pelo plano de trabalho _tr – Exclui uma linha que está selecionado entre interseções. _ex – Estende uma linha até a próxima interseção. _co – Copia o objeto e cola pelo plano de trabalho _mi – Espelha o objeto no plano _explode – Explode o bloco, ou seja faz o bloco antes não editável seja transformados em desenho editável. _e – Apaga objetos no plano de trabalho _sc – Altera a escala dos objetos, para aumentar devemos digitar fatores maiores que 1, para diminuir digitamos fatores menores que 1 e maiores que 0 _ar – Cria uma matriz do objeto selecionada igualmente espaçada Tabela 2 – Componentes do Ribbon Texto e Anotações Para escrever um texto no AutoCAD temos que selecionar a opção text no ribbon indicado na Figura 8, ou digitar _text para um texto em linha única ou _mtext para criar uma caixa de texto. 11 Figura 8 – Opção text no Ribbon Após selecionado o tipo de caixa de texto, o programa abrirá uma página de edição de texto onde temos opção de escolha de fonte, tamanho, alinhamento e inserção de símbolos. Figura 9 – Janela Text Editor Para realizar alterações no texto após inserido devemos fazer um duplo-click no texto para habilitar novamente a janela text editor no ribbon. Layers Os Layers (camadas) servem para organização do desenho, com eles podemos ter determinadas características para determinas áreas do desenho. A quais configuram características visuais do desenho. Na aba layer podemos realizar: • - Desligamento de layers: Desativa o layer no desenho. Este fica invisível, ou seja, como se não estivesse no desenho. É permitido reativá-lo e alterá-lo ao clicar no mesmo botão. 12 • - Congelamento de layers: Elementos permanecem no desenho com um nível de transparência, porém não é possível modificar, alterar tamanhos, nem deletar elementos. • - Alterar características visuais do desenho que são semelhantes, como alterar espessura de linha, cor, tipo e etc. Criando um layer Devemos clicar em layer properties, depois em new layer e selecionar as características de cor, espessura da linha, tipo da linha e o nome do layer Figura 10 – Janela de alteração e criação de layer Para selecionar o layer criado para um objeto devemos selecionar o objeto e clicar no layer criado na lista de layer. 13 Figura 11 – Janela de seleção de layer Hachura (Hatch) Para preencher um objeto no AutoCAD com texturas devemos usar o comando _h que abre a página de hachura. Nesta página selecionamos com qual textura preencher. Selecionamos com o mouse que espaço no objeto queremos aplicar a hachura. Figura 12 – Janela de criação de textura e pintura. Após a seleção da textura ou cor de pintura, clicamos em Close Hatch Creation para fechar a janela de configuração do Hatch. 14 Blocos A criação de blocos é fundamental para o projeto elétrico, pois como utilizamos certos desenhos para representar objetos reais que se repetem e são padronizados assim isso traz um dinamismo no projeto e a diminuição de tempo empregado na realização do mesmo. Temos dois tipos de blocos: I.Bloco interno - A figura fica salva no documento em que o projeto está realizado, porém perde as características de edição. Assim este desenho possui uma área de edição especifica que altera todos os blocos semelhantes ao mesmo tempo não só o bloco selecionado. Assim basta um duplo-click no bloco para entrar nesta janela de edição. II.Bloco externo - A figura fica salva como um documento .dwg, com as mesmas condições de edição do bloco interno, que pode ser chamado no desenho (esta opção é vantajosa quando se realiza vários projetos, temos uma padronização e economia de tempo realizando o projeto) Para criamos um bloco digitamos o comando _w esse comando abre o pop-up que devemos escolher a base point. Esse ponto indica a base desse bloco, ou seja, o ponto que esse bloco vai interagir com as referências selecionadas no desenho. Devemos selecionar o objeto em select objects, selecionando assim os objetos que serão alocados no bloco. Selecionamos o nome do bloco e o destino que ele será salvo. 15 Figura 13 – Janela de criação de blocos. Após criado o bloco podemos utilizado usando o comando _i onde procurando em browse… o bloco salvo anteriormente, selecionamos a escala e a rotação do bloco e inserimos ele no plano de trabalho, essa alocação é orientada pelo mouse. Observamos que pressionando enter o AutoCAD réplica a ação realizada, ou seja, quando selecionado o tipo do bloco podemos inserir todos os semelhantes apenas pressionando enter. Figura 14 – Janela de inserção de blocos. 16 Integração arquitetônica O projeto elétrico é feito em cima do projeto arquitetônico então dado o arquivo do desenho arquitetônico é importante saber ler o que consta neste desenho: ● Localização de paredes e esquadrias; ● Materiais utilizados nas paredes (planta falada); ● Localização de vigas, tubulações de água e pilares; ● Localização dos shafts/dutos de saída de ar; ● Leitura da planta humanizada. Após essa analise devemos realizar as organizações de layers caso estiver fora de ordem. Para exemplificação utilizaremos uma planta residencial de dois andares no decorrer dos tópicos implementando-a com as atividades relacionadas. Realizamos primeiramente a organização da unidade de medida para padrões métricos, em seguida realizamos as análises de layers. Figura 15 – Analise dos leyers do projeto arquitetônico Logo após criamos um arquivo novo com a mesma padronização de unidade, o qual será referenciado esse projeto arquitetônico. Esse procedimento garante uma 17 integração direta, pois quaisquer modificações no projeto padrão será automaticamente alterado nos demais projetos com essa referência. Para referenciar usamos o comando _XREF, após digitado esse comando o programa abrirá uma janela de pop-up onde pedirá para selecionar o tipo de arquivo referenciado. Figura 16 – Janela de referências Nessa janela selecionar a opção Attach DWG… Figura 17 – Janela de referência para arquivos CAD 18 Procurar o arquivo no qual está o arquitetônico. (Vale salientar que para melhor organização do projeto o indicado é colocar todos os projetos bem como os blocos numa pasta única no computador) Figura 18 – Janela de seleção do arquivo CAD Após aberto o arquivo o programa vai criar uma janela de pop-up com as configurações de referência. Figura 19 – Janela de configuração do arquivo CAD 19 Após clicar em ok, devemos clicar com o mouse sobre o plano de trabalho e colocarmos o projeto referenciado no programa. Quando referenciamos um projeto, este fica com cores com um nível de transparência assim como em um layer congelado, indicando a referência. Figura 20– Arquivo referenciado no plano de trabalho. Projeto elétrico Depois de executado as preparações no documento, realizamos o processo desenho do projeto elétrico. Essa apostila não substitui a disciplina de projetos elétricos e nem o conteúdo bibliográfico da mesma, serva para um apoio na utilização do software para a realização do desenho do projeto elétrico. Layer Inicialmente preparamos os layers para o projeto arquitetônico, desligando os layers de moveis, cotas, hidráulica, telhados. Logo após criamos os seguintes leyers: Para os pontos elétricos(blocos); Para os eletrodutos pela laje, ou superiores (linhas continuas); eletrodutos pelo contra piso (linhas tracejadas); Texto. 20 Figura 21 – Organização dos layer do projeto elétrico. Blocos Criamos os blocos a serem utilizados no desenho, e salvamos numa subpasta onde está salvo o projeto, ou copiamos esses blocos já criados anteriormente para essa subpasta. Os blocos iniciais a serem construídos são: Quadro de distribuição Interruptor paralelo Ponto de iluminação de teto Sensor de proximidade Arandela Tomadas de uso geral Interruptor simples Tomadas de uso especifico Tabela 3 – Principais blocos para o projeto elétrico. Os blocos utilizados para as tomadas possuem diferenças no preenchimento, que representam: • Sem preenchimento: Tomadas baixas a 30cm de altura. • Preenchimento parcial: Tomadas médias a 1,2m de altura. • Preenchimento total: Tomadas altas a 2,2m de altura. Quadro de distribuição 21 Devemos alocar o quadro de distribuição (QD) numa região central da edificação, evitando paredes externas e áreas molhadas. O quadro de distribuição é um componente de segurança, então preferencialmente tem que estar em uma região visível e de fácil acesso. Figura 22 – Alocação do QD. Iluminação Pontos de iluminação Para a alocar os pontos de iluminação devemos seguir as seguintes orientações: ● Escolher o bloco de iluminação adequada para cada ambiente ● Observar planta humanizada para obter melhor posição para as luminárias ● Deve se dividir ambientes grandes igualmente utilizando os comandos _divide para dividir o ambiente ou o comando _array para alocação de pontos igualmente espaçados. ● As luminárias não podem ficar com distância maior que 2,5m entre si e 1,8m da parede ● Para ambientes residenciais observar a NBR5410, onde especifica uma carga de 100VA para os primeiros 6m² e 60VA para cada 4m² inteiros adicionais por cômodo. 22 ● Para ambientes específicos observar a NBR5413 para detalhes de padrões luminotécnicos. Figura 23 – Alocação dos pontos de iluminação. Interruptores Assim identificando cada ponto de iluminação, devemos nos preocupar com o acionamento dos mesmos. Assim: ● Os interruptores devem ser colocados na entrada da porta no lado oposto a dobradiça; ● Interruptores paralelos e fourway são colocados entre entradas de cômodos; ● Em quartos, interruptores paralelos são colocados na porta e na cabeceira da cama seguindo a planta humanizada. ● Para garagens o ideal é colocar sensor de presença voltado para o portão de entrada. 23 Figura 24 – Alocação dos interruptores e sensores. Tomadas Tomadas de uso especifico Para a alocação de TUEs(Tomadas de uso especifico) devemos: ● Observar a planta humanizada para saber a quantidade e a altura das mesmas; ● Utilizar simbologia diferente das tomadas de uso geral; ● Indicar circuito e eletroduto próprio para tomadas que alimente um aparelho especifico com corrente nominal maior que 10A; ● A tomada deve estar distante no máximo de 1,5m do aparelho a qual o circuito é referenciado. 24 Figura 25 – Alocação das TUEs. Tomadas de uso geral Para a alocação de TUGs(Tomadas de uso geral) devemos: ● Observar a planta humanizada para saber a quantidade e a altura das mesmas; ● Evitar tomadas embaixo de janelas; ● De acordo com a NBR510: o Alocar pelo menos uma TUG no banheiro com potência de 600VA. o Para cozinhas, áreas de serviço e ambientes de trabalho: Alocar 1(uma) TUG a cada 3,5m de perímetro do ambiente, sendo as 3(três) primeiras com 600VA de potência e as demais com 100VA. o Alocar pelo menos uma TUG na varanda, caso está for muito pequena com área menor que 2m² alocar esse ponto imediatamente após a porta. o Para ambientes de uso geral alocar um ponto de TUG de 100VA a cada 5m de perímetro. 25 Figura 26 – Alocação das TUGs. Eletrodutos e fiação. Para indicar os eletrodutos e fiação devemos: • Revisar alocação de pontos; • Desenha-se somente os eletrodutos. A fiação é representada pela simbologia dos condutores representada na Figura 27, que será alocada sobre os eletrodutos pelos quais passarão. • Dica para organização: Criar um layer para os eletrodutos e outro para os condutores, de cor diferente dos blocos de força e luz; • Planejar o percurso de eletrodutos: o Evitar o uso de linhas retas; o Planejar os trechos em que irão ocorrer o compartilhamento de circuitos de iluminação e TUGs; o Planejar os trechos em que irão passar as TUEs; o Evitar passagem de fiação por paredes externas e paredes estruturais (vide projeto estrutural); o Não passar eletrodutos por vigas, pilares, e indicadores de passagem do projeto hidrossanitário; o Entre andares, procurar usar a passagem por shafts ou dutos de ventilação; o Evitar que as passagens de teto possuam mais de seis saídas (caixas de passagem de teto costumam ser hexagonais); o Evitar que as passagens por parede possuam mais de quatro saídas (devido às caixas de passagem retangulares); 26 o Em caso de caixas de passagem octogonais quadradas (caixas de parede) evitar mais de oito saídas. • Utilizar os recursos spline/pline para passar trechos inteiros até as cargas. Ao finalizar o traçado do trecho, utilizar o comando trim, para melhorar o acabamento do desenho de eletrodutos; • Marcar o ponto do primeiro trecho de spline/pline no QGF; • IMPORTANTE: o Não esquecer de representar a indicação da fiação dos circuitos que passam pelos devidos trechos de eletrodutos; o Tal fiação deve ser indicada pelos blocos simbólicos de cada tipo de fio que compõe o circuito, número do circuito ao qual o bloco se refere, e secção de área do condutor; o O eletroduto deve ser acompanhado da medida de seu diâmetro. Figura 27 – Representação da fiação. Assim representamos os eletrodutos inicialmente se preocupando em percorrer os pontos de iluminação, usando esses pontos como caixa de distribuição para descer para os pontos de tomadas. Além de estar atento em não cruzar eletrodutos e criar eletrodutos únicos e específicos paras as TUEs. 27 Figura 28 – Representação dos eletrodutos. Começando a parte de identificação do projeto, representamos em cada ponto de iluminação seu circuito com seu retorno e a potência. Bem como representamos em cada ponto de interruptor, TUE e TUG seu respectivo circuito. Figura 29 – Indicação dos circuitos Após todos os pontos identificados, devemos indicar as fiações do projeto. Utilizando a representação já indicada pela Figura 27 e não passando mais que três circuitos diferente por eletroduto. 28 Figura 30 – Indicação da fiação Prumada Se a edificação possuir 2(dois) ou mais pavimentos é necessário apresentar a prumada elétrica da edificação ● Desenho a ser representado nos cortes verticais; ● Representa a subida da instalação; ● Utiliza desenhos de cortes verticais. ● A representação da prumada com vista superior é dado pelos blocos: Figura 31 – Bloco de representação da prumada. 29 Figura 32 – Desenho da prumada da edificação. Diagrama unifilar O diagrama unifilar representaa entrada de energia até os quadros de distribuição. Devemos: • Criar blocos para o diagrama unifilar. Os blocos podem estar alocados no layer de blocos de força e luz; • Indicar: • Proteções da entrada de energia; • Proteções dos quadros; • Proteções dos circuitos; • Indicação da fiação do circuito; • Fase, corrente e potência do circuito. Figura 33– Exemplo de diagrama unifilar 30 Para a criação de diagramas unifilares podemos utilizar como referência os seguintes blocos: Disjuntores monopolares, bipolares e tripolares respectivamente Interruptor diferencial residual (IDR) Colocar a imagem acrescido da corrente nominal do IDR Dispositivo para proteção de surtos de tensão elétrica. Contator Fusível Relé térmico de sobrecarga Tabela 4 - Blocos unifilares Padrão de entrada O padrão de entrada deve ser adequado a distribuidora local de energia, esta empresa possui normas internas que indicam os componentes e as configurações necessárias de entrada. Esta apostila irá indicar como encontrar as normas no site da CELESC (distribuidora de energia do estado de Santa Catarina). Acessar o site http://www.celesc.com.br/portal/ http://www.celesc.com.br/portal/ 31 Figura 34 – Pagina inicial do site da Celesc Na parte inferior do site acessar a página normas técnicas. Figura 35 – Pagina inicial do site da Celesc Nessa página deve-se encontrar as normas vigentes na Celesc para qualquer projeto que precise de alguma informação sobre a agência distribuidora de energia. Também nessa pagina se encontra as normas para o padrão de entrada. 32 Figura 36 – Pagina normas técnicas do site da Celesc Após acessar essa página, encontramos o acervo das normas de padrão de entrada atualizadas em formato PDF, bem como seus desenhos CAD compactados em .zip Figura 37 – Página de downloads normas para padrão de entrada no site da Celesc 33 Figura 38 – Página de downloads normas para padrão de entrada no site da Celesc SPDA O SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosfericas) é um componente de segurança que segue a padronização pela norma NBR 5419. Os elementos desse sistema de proteção são: • Captação: Elemento que deve atrair a descarga atmosférica. • Distribuição de corrente: Sistema que divide a corrente para que seja enviada a malha de aterramento sem causar dano a edificação. • Malha de aterramento: Sistema de descarga da energia para a terra. De acordo com o tipo de edificação, essa possui um grau de proteção determinado pela NBR 5419, mostrado na tabela 4. 34 Tabela 5 – Nível de proteção em edificações Há algumas formas de SPDA, entre elas as mais usuais são a filosofia de captores Franklin e a filosofia de gaiola de Faraday. Essas filosofias de proteção são determinadas a partir da altura da edificação e do fator de risco, apresentado na tabela 5. 35 Tabela 6 – Filosofias de proteção. Filosofia Franklin Esta filosofia é baseada no princípio que uma descarga descendente é interceptada por uma descarga ascendente “gerada” por um campo elétrico intenso confinado no captor. Esse método de proteção possui dois métodos de análise de proteção o método do ângulo de proteção e Raio de Atração (ou esferas rolantes). Ambos são determinados pela tabela 5. No desenho do projeto elétrico devemos identificar essa área de proteção, indicando um layer diferente, sendo assim também devemos observar que a tabela especifica o ângulo de proteção. Como mostrado na Figura 39, onde a edificação está na área do triângulo formado pelo captor e o chão. 36 Figura 39 – Demonstração do método angular Porém o método do ângulo de proteção não é eficiente para edificações muito altas, assim temos o método do raio e atração, ou esferas rolantes, a Figura 40 mostra a área de proteção pelo método do raio de atração. O valor desse raio está demonstrado na tabela 5 onde é diretamente proporcional ao nível de proteção indicado na tabela 4. Os pontos A, B, C, D, E são extremos da edificação. A área de proteção é a área com hachura na figura. Figura 40 – Área de proteção pelo método das esferas rolantes Filosofia Gaiola de Faraday 37 A filosofia Gaiola de Faraday tem como base técnica o princípio de acumulo de cargas no exterior de um condutor. Sendo assim esse método de SPDA tem como finalidade a criação de uma gaiola com um condutor elétrico em volta da edificação, respeitando a tabela 5 que indica o tamanho máximo dos módulos da gaiola. Na Figura 41 temos um exemplo de aplicação do método de gaiola de Faraday Figura 41 – Modelo de proteção gaiola de Faraday. Plotagem Para realizar o processo de plotagem, devemos selecionar o layout na barra de comando e configurar a folha padrão de uso e tamanho. Figura 42 – Ribbon de configuração de layout 38 Figura 43 – Janela de seleção de template de layout Após criado o template do layout devemos utilizar o comando VIEWPORTS para selecionar o conteúdo do desenho a ser impresso. Figura 44 – Janela de criação de viewport 39 Criamos um layer para viewport e após selecionada a viewport devemos configurar o desenho utilizando: • Selecionando o botão PAPER na barra de comando modificando-o para MODEL • Selecionar ZOOM SCALE; • Alterar FATOR DE ESCALA (plotagem 1:50): • A (fator de conversão em mm)/b (fator da escala desejada)xp; o para unidade em m: 2000/100xp; o Para unidade em cm: 20/100xp. • Desligar o layer do layout para não aparecer a linha na impressão Após organizado o desenho vamos realizar o processo de plotagem. Figura 45 – Seleção de impressão Selecionando a ferramenta de plotagem abrirá uma janela que servirá para configuração de página, cor e etc. 40 Figura 46– Janela de impressão. 41 Referências bibliográficas MAMEDE FILHO, João. Instalações Eletricas Insdustriais. 7. ed. Fortaleza: Lct, 2005. CELESC (Santa Catarina). Portal de Normas Celesc: Padrão de Entrada. 2017. Disponível em: <http://www.celesc.com.br/portal/index.php/normas- tecnicas/padrao-de-entrada>. Acesso em: 01 mar. 2017. Referência: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. 2 ed, 2005. CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura. 7. ed. São Paulo: Blucher, 2016. 380 p. STÉFANI, Rodrigo Verardino de. Metodologia de sistema de proteção para descargas atmosféricas para edifícios residenciais. 2011. 53 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Elétrica, Universisdade de Engenharia de São Carlos, São Carlos, 2011.
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