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FACULDADE MARIO SCHENBERG APS

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FACULDADE MARIO SCHENBERG 
ENFERMAGEM 6 SEMESTRE 
 
 
Selma 
Claudia 
Gisele 
Simone 
Catenuzia 
 
 
 
 
 
 
APS ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
COTIA 
 2019 
 
 
 
Selma 
Claudia 
Simone 
Gisele 
Catenuzia 
 
 
 
 
 
APS 
Atividade pratica supervisionada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cotia 
 2019 
 
CASO MCD, gestante, secundigesta, sexo feminino, 40 anos de idade está 
internada na Maternidade do Hospital São Longuinho, informa DUM: 27/03/2019. 
Por infecção do Trato urinário (ITU), durante a hospitalização apresentou 
aumento de pressão arterial, edema de MMIIs importante, realizado teste de 
Proteinúria (3+/4+). A médica assistente decidiu por tratar a ITU com 
antibioticoterapia endovenosa. O esquema escolhido pelo médico foi Cefriaxone 
EV 12/12hs por 10 dias. A paciente apresentou agravamento dos sinais de 
DHEG, sendo necessária a intervenção cirúrgica e realização do Parto Cesárea, 
com bloqueio raquimedular. Ao nascimento o RN, apresenta choro fraco, FC 
90bpm, pouco tônus muscular e cianose de extremidades. Capurro somático 
indicou IG:32 semanas, Peso: 1.980g. Diante do exposto, desenvolva o estudo 
de caso contendo: 
Ultilizamos a Regra de Nãegele 
DPP- Data provável do Parto para saber , soma-se sete dias do primeiro dia da 
última menstruação e subtrair ( 03 ) três meses do mês em que ocorreu a última 
menstruação ou adicionar (09) meses , se corresponder aos meses de Janeiro 
à Março. Cálculo de DPP para DUM-27/03/2019 
27/03/2019 
+7/+9/2019 
34/12/2019 = 03/01/2020 
Cálculo de IG- Idade Gestacional ID- duração da gestação medida do primeiro 
dia ao último período normal de menstruação até o nascimento , expressas em 
dias ou semanas completas. Cálculo de IG para DUM – 16/09/2019 realizado 
cálculo 03/10/2019 
Março -04 dias 
 Abril -30 dias 
Maio -31 dias 
Junho -30 dias 
Julho -31 dias 
 Agosto -31 dias 
Setembro -30 dias 
Outubro -03 dias 
190 dias / 7 = 27 semanas e 01 dia 
DPO- Data provável de Ovulação que é o processo de liberação de um Óvulo do 
Ovário e isso acontece de 12 à 16 dias antes de sua próxima menstruação. Dias 
Férteis, são os dias durante o ciclo menstrual da mulher, até e incluindo o dia de 
ovulação, quando ela pode engravidar se ela tiver relações sexuais sem 
proteção. 
Cálculo de DPO para DUM 16/09/2019 
-14 
 Correspondendo a data de 02/09/2019 
 
A escala de APGAR 
Serve para avaliar as condições de nascimento do RN. 
 
 
 
De acordo com o caso clinico acima realizamos o cálculo do apgar 
A avaliação é feita no primeiro e quinto minutos após o nascimento. Um escore 
de APGAR 4 indica estado regular e necessidade de ajuda de aparelhos para 
respirar ou de algum outro procedimento específico, mostra que o RN necessita 
de um auxílio médico especial e mais atenção e cuidados. Isso não quer dizer 
que o RN terá problemas de saúde no futuro, apenas que necessita de mais 
atenção e intervenções especificas nos primeiros momentos de vida. Os 
cuidados seguem na UTI neonatal .Devido o RN ter nascido de baixo peso, 
segue os cuidados até a alta monitorando o peso diariamente e as condições 
fisiológicas ,até que ele possa atingir acima de 2 quilos,recebendo alta hospitalar 
a mãe recebe a orientação para retornar até uma UBS mais próximo a sua 
residência e verificar se não teve perda de peso e sim ganho. Acima de 2 quilos 
o RN pode receber a vacina da BCG. 
Na Resolução COFEN nº. 311 de 8 de fevereiro de 2007 que aprova o Código 
de Ética dos profissionais de Enfermagem, nos Princípios fundamentais, explicita 
que “o profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação 
e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos 
éticos e legais”. ] (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2007). 
As infecções no trato urinário em gestantes 
Acomete inúmeras gestantes a infecção do Trato Urinário 
As infecções urinárias são doenças infecciosas muito comuns, que consistem na 
colonização da urina com a invasão tecidual de qualquer estrutura do trato 
urinário. As ITU são infecções frequentes em hospitais, sendo 80% delas são 
devido uso de cateteres, 20% ao uso de outro dispositivos, absorvente e/ fralda. 
Estima-se que 17 a 69% das ITU-AC podem ser evitadas com as medidas de 
prevenção, representando até 380 mil infecções e 9 mil mortes que poderiam ser 
prevenidas. Além do alto grau de morbimortalidade, aumenta a permanência 
hospitalar e custos para o tratamento. 
 Mais comuns durante a gestação, com freqüência variando de 5 a 10%. Essa 
infecção pode ser sintomática ou assintomática, notando-se na gravidez a 
ocorrência de fatores que facilitam a mudança de infecções assintomáticas para 
sintomáticas . Além da incidência aumentada dessas infecções entre grávidas, 
é justamente neste período que a gestante não pode fazer uso de antibióticos e 
medicações fortes , para não prejudicar o feto. As transformações anatômicas 
e fisiológicas que ocorrem no trato urinário durante a gravidez facilitam o 
desenvolvimento de infecções urinárias sintomáticas em mulheres, que muitas 
vezes já apresentam bacteriúria no momento da concepção. 
Existem também outras complicações da gravidez associadas às infecções 
urinárias, incluindo-se a hipertensão e a pré-eclâmpsia, anemia, corioamnionite, 
endometrite e septicemias. Porém, o que não se sabe com certeza é se o 
episódio de infecção urinária precede a ocorrência dessas complicações ou se 
essas já existiam no momento do diagnóstico da infecção do trato urinário. Após 
o diagnóstico clínico da infecção urinária aguda e confirmação com exame de 
urina tipo I, na maioria dos casos a instituição demanda urgência, sem tempo 
para a obtenção do resultado do urocultivo e antibiograma. Este fato torna 
imprescindível a avaliação periódica do perfil microbiológico e da sensibilidade 
dos agentes etiológicos mais prevalentes aos antimicrobianos, em face do 
crescente aumento de germes resistentes aos poucos antibióticos de uso seguro 
durante o período gestacional. 
 
 
 
 
 
Fatores de risco 
Os fatores de risco incluem sexo feminino, idade avançada, diabetes melito, 
erros na indicação e na técnica de inserção e manipulação do cateter, além da 
manutenção com sistema aberto, permanência de fralda/ absorvente com 
resíduo. Nas gestantes podendo ocorrer as complicações no trabalho de parto 
e parto pré-termo, ruptura prematura de membranas amnióticas, restrição de 
crescimento intra-útero, recém-nascidos de baixo peso e óbito perinatal. 
Fisiologia 
A proliferação microbiana. A transferência da micobiota endógena seja do 
meato, reto e vagina é responsável pela infecção, sendo a vaginal a maior 
recorrente. São critérios para descrição de ITU, como permanência com cateter 
vesical, sintomas como febre(>38ºC), desconforto suprapúbico, dor ou 
desconforto no ângulo costovertebral, urgência miccional, aumento da 
frequência miccional e disúria. A enfermagem tem papel importante em introduzir 
medidas preventivas para ITU como lavagem das mãos, higiene do meato uretral 
3x/dia sendo uma vez com clorexidine degermante e higiene da região perineal, 
conforme protocolo institucional, utilizar cateter de menor calibre possível, a fim 
de minimizar traumas, retirar CVD o mais precocemente possível utilizando 
outros meios como CVI, instituir precauções universais, monitorar sinais e 
sintomas sistêmicos e locais de infecção; monitorar vulnerabilidade de infecções; 
monitorar a contagem de leucócitos e diferenciais, realizar higiene adequada 
após cada troca de fralda, realizar troca de fralda seriadas, utilizar creme barreira 
para proteção da pele perineal, administrar antibioticoterapia conforme 
adequado. 
Tratamento 
 O tratamento da ITU consiste em reavaliar a quantidade ideal de consumo 
hídrico dia, ou seja, 30ml/ kg de peso corporal, sendo tratamento diferenciado 
para pacientesrenais crônicos e gestantes. 
É preciso seguir as orientações médica ao uso de medicações e em casos mais 
graves é necessário internação para maior controle do feto. 
Fisiopatologia, terapia medicamentosa e assistência de enfermagem nos casos 
de DHEG ( contemplando as medicações) 
DHEG (Doença hipertensiva especifica de gravidade), é a hipertensão que 
aparece em 20 semanas de gestação em pacientes previamente mono 
mornotensa e pode desaparecer algumas semanas após o parto ou cronificar. É 
uma patologia muito importante quando falamos de obstetrícia já que ela é a 
principal causa de morte no Brasil. Pré- eclâmpsia ocorre em 5% a 8% das 
gestações, principal causa de morte materna e perinatal. Os medicamentos 
utilizados no tratamento da DHEG são alguns sedativos, anti-hipertensivos e 
anti-convulsivos. DHEG Leve Definida pela presença da tríade hipertensão, 
edema,proteinúria e/ou hiperuricemia, ausentes sinais e/ou 
sintomascaracterísticos de DHEG grave O sulfato de magnésio é a droga 
preferencial para diminuir os sintomas. Esta droga deprime a condução dos 
impulsos nervosos e diminui a hiper-reflexia, comumente encontrada na pré- 
eclampsia . Outro medicamento muito utilizado é o Cloridrato de Hidralazina, um 
anti-hipertensivo, que age relaxando a musculatura lisa das arteríolas, 
principalmente na circulação coronária, cerebral, renal e uterina (a paciente em 
questão fez uso dele). Também controla a hipertensão moderada a severa da 
pré-eclâmpsia, porem esse medicamento tem alguns efeitos colaterais, 
taquicardia, palpitações, angina, náusea e vômitos, cefaleia, tontura e congestão 
nasal. Os efeitos colaterais no feto ainda não são confirmados.Outro 
medicamento muito utilizado é o Metildopa, que age na ação central, ela tem um 
efeito gradual entre 6 a 8h, promove diminuição do tônus simpático e 
consequentemente reduz a diminuição do debito cardíaco, esse e sem dúvida o 
medicamento mas estudado. 
 
Assistência de enfermagem 
Verificar e anotar peso ou o aparecimento de edema em face e em extremidades 
pode indicar aumento ou diminuição na retenção de líquidos. 
Verificar SSVV a cada 2 horas , 
Avaliar o movimento e batimento fetal. 
Avaliar o funcionamento adequado dos rins ,observar coloração e odor da urina 
e avaliar a retenção de líquidos. 
Avaliar sinais de evolução do trabalho de parto, como frequência das contrações 
e o rompimento das membranas. 
Orientar a paciente a ter uma dieta hipossódica. 
Melhorando o retorno venoso, manter MMII elevados. 
Proporcionar e orientar sobre uma dieta saudável e rica em nutrientes. 
Orientar e anotar ingesta hídrica. 
A equipe de enfermagem deve auxiliar a gestante e a família a compreender a 
importância de controlar a doença hipertensiva moderada. 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO PRÉ-OPERATÓRIO DO 
PARTO CESÁREA 
A assistência de enfermagem no trabalho de parto e cesariano refere-se ao 
período em que a gestante apresenta contrações uterinas e não é possível 
realizar o parto normal, ou já tenha sua cesárea agendada. O parto cesariano 
não exige jejum de 12 horas, não há necessidade de lavagem intestinal, não há 
necessidade de tricotomia, pois esta condiciona a uma oportunidade a uma 
possibilidade maior de infecção. A paciente é acolhida pela equipe de 
enfermagem, orientando-a sobre o setor e a presença dos acompanhantes, 
conforme protocolo de acompanhantes da instituição. O enfermeiro realiza a 
anamnese da paciente, acolhe e apoia a paciente em todo parto, monitora os 
sinais, orienta e oferece os métodos não farmacológicos de alívio da dor e 
prestar um atendimento humanizado a paciente e seu acompanhante. 
 
Assistência de Enfermagem no processo pós-operatório 
Sabe-se que o parto cirúrgico oferece maior risco de infecção e maior número 
de complicações, quando comparado ao parto normal. A infecção cirúrgica pós-
cesárea é definida como processo infeccioso inflamatório da ferida ou cavidade 
operada que drene secreção purulenta, com ou sem cultura positiva. O parto 
cesáreo apresenta uma condição particular durante seu período pós-operatório, 
quando comparada a pacientes submetidas a outras cirurgias, pois apresenta 
maior necessidade de se movimentar para cuidar de si e do recém-nascido. Esta 
característica do pós-operatório pode trazer desconforto como as dores 
decorrentes de movimentos repetidos e que exigem esforço muscular. Dessa 
maneira a enfermagem deve dar orientações oito horas do parto, ela poderá 
levantar e tomar banho. É importante que ela se movimente para que não sinta 
tanta dor. A cesariana provoca sempre um trauma no organismo da mulher, 
maior que um parto normal. 
 O abdômen é cortado, a musculatura é afastada de seu lugar e a cavidade 
abdominal invadida. Tudo isso provoca acúmulo de gases, dores, menor 
movimentação intestinal e uma recuperação pós-parto mais lenta. Não podemos 
nos esquecer de que a mulher submetida a uma cesariana é, além de uma 
paciente que demanda cuidados de pós-operatório, também uma puérpera, que 
precisa iniciar o estabelecimento de cuidados com o recém-nascido e estar apta 
para a amamentação. A dor presente após a cesárea dificulta a recuperação e 
retarda o contato da mãe com o recém-nascido, além de ser obstáculo ao bom 
posicionamento para a amamentação, para o autocuidado, para os cuidados 
com o recém-nascido e, finalmente, para realizar atividades cotidianas, tais 
como: sentar e levantar, caminhar, realizar higiene íntima entre outras. É 
importante destacar que a puérpera de parto cesáreo apresenta uma condição 
particular durante seu período pós-operatório, quando comparada a pacientes 
submetidas a outros procedimentos cirúrgicos, pois apresenta maior 
necessidade de se movimentar para cuidar do recém-nascido e de si. Sendo 
assim, está sujeita a sentir mais dor no local da incisão cirúrgica. Visto que, 
conforme já citado, no cotidiano profissional, temos constatado que nem sempre 
a queixa de dor pós-cesárea tem merecido a devida atenção. Em virtude disso, 
e por acreditarmos que a enfermagem tem um importante papel na implantação 
da humanização nos serviços de saúde e que o cuidado humanizado inclui 
também o atendimento da mulher na sua individualidade. A atenção à queixa 
dolorosa como também aos outros sinais vitais constitui-se em um dado 
imprescindível para que a equipe de enfermagem possa atender 
adequadamente ao sofrimento de cada paciente. 
 
Assistência de enfermagem ao RN, classificação quanto ao IG, PESO e 
PESO/IG 
A assistência do enfermeiro logo nas primeiras horas de vida do RN é de extrema 
importância, é também conhecida como admissão do RN e acontece no centro 
obstétrico. Após o primeiro momento iniciam-se os cuidados imediatos, como: 
receber o RN calçado luvas, o RN envolto por secreções corporais, secar e 
aquecer o RN, aspirar o RN, fazer a limpeza ocular do RN, após esses primeiros 
processos vem a parte de pesar o RN, a mesma inclui o PIG- pequeno para a 
idade gestacional AID- adequado para a idade gestacional GIG- grande para a 
idade gestacional RN despido e balança tarada. Ocorro também a verificação 
dos perímetros e altura do RNcomparar o crescimento. PC 33,5 é 2 a 3 cm maior 
que o PT e identifica-se a falha de crescimento cerebral ou hidrocefalia PT 30,5 
a 33cm, estatura 48 a 53 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referencias bibliográficas: 
OLIVEIRA, Anna Laiza Davila et al. Mecanismos de resistência bacteriana a 
antibióticos na infecção urinária. Revista UNINGÁ Review, v. 20, n. 3, 2014. 
(13/10/2019 as 14:20 pm) 
Duarte, G., Marcolin, A. C., Gonçalves, C. V., Quintana, S. M., Berezowski, A. T., 
Nogueira, A. A., & Cunha, S. P. D. (2002). Infecção urinária na gravidez: análise 
dos métodos para diagnóstico e do tratamento.(acesso 23/10/2019 as 10:20 am) 
FIGUEIRÊDO, Nébia Maria Almeida de et al. Indicadores de cuidados para o 
corpo que pro-cria:ações de enfermagem no pré-trans e pós-parto-uma 
contribuição para a prática de enfermagem obstétrica. Rev. latinoam. enferm, v. 
12, n. 6, p. 905-912, 2004. (10/10/2019 as 20:00) 
RODRIGUES, Dafne Paiva; SILVA, Raimunda Magalhães da; FERNANDES, 
Ana Fátima Carvalho. Ação interativa enfermeiro-cliente na assistência 
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BOCHEMBUZIO, Luciana; GAIDZINSKI, Raquel Rapone. Instrumento para 
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389, 2005. (19/10/2019 as 18:00)

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