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LAMAS Morfologia Urbana

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1 
 
MORFOLOGIA URBANA E DESENHO DA 
CIDADE 
 
2.1. A Morfologia Urbana 
O termo (morfologia) utiliza-se para designar o estudo da 
configuração e da estrutura exterior de um objeto. É a ciência que 
estuda as formas, interligado - as com os fenómenos que deram 
origem. A morfologia urbana estudará essencialmente os aspectos 
exteriores do meio urbano e as suas relações recíprocas, definindo e 
explicando a paisagem urbana e a sua estrutura. o meio urbano 
implica necessariamente a existência de instrumentos de leitura que 
permitem organizar e estruturar os elementos apreendidos, e uma 
relação objeto-observador. Estes dois jeito defrontam-se com 
questões de objetividade na medida em que dependem dos 
fenómenos culturais. Analisando a forma física de uma cidade ou até 
mesmo um edifício, pressupõe-se já a existência de instrumento de 
leitura que hierarquize a importância dos diferentes elementos da 
forma. Assim como; os fios elétricos de uma rua não tem a mesma 
importância do que o espaço físico da rua como a altura dos edifícios, 
etc. O meio urbano pode ser objeto de múltiplas, os instrumentos ou 
esquemas de análise utilizados. No essencial, os instrumentos de 
análise vão fazer ressaltar os fenómenos implicados na produção do 
espaço. As inúmeras significações que se encontram no meio urbano 
e na arquitetura correspondem aos inúmeros fenómenos que os 
originaram.Nas cidades atuais, certas formas apenas revelam uma 
total sujeição do urbanismo à rentabilidade do solo e à especulação 
fundiária. A destruição de paisagem rural e urbana portuguesa 
efetuadas nos últimos 30 anos revela bem as condições culturais, 
políticas e sócias em que se projeta se deixa construir em Portugal. 
A renovação imobiliária das avenidas em Lisboa revela com toda a 
evidência as condições de administração da capital e a ideia que da 
cidade e da gestão urbanística têm os seus responsáveis técnicos e 
políticos. A morfologia urbana supõe a convergência e a utilização de 
dados habitualmente recolhidos por disciplinas diferentes: economia, 
sociologia, história, geografia, arquitetura, etc. a fim de explicar um 
facto concreto: a cidade como fenómeno físico e construído. É a justo 
título que a morfologia urbana se inscreve nas áreas do urbanismo, 
da arquitetura e do desenho urbano. No sentido de defini-lo pelo 
estudos construídos e considerados do ponto de vista da sua 
2 
 
produção e na relação das partes entre si e com o conjunto urbano 
que definem em três pontos. 
 
 A morfologia (urbana) é o estudo da forma do meio urbano nas 
suas partes físicas exteriores, ou elementos morfológicos, e na 
sua produção e transformação no tempo. 
 
 Um estudo morfologia urbano ocupa-se da divisão do meio 
urbano em partes (elementos morfológicos) e da articulação 
destes entre si e com o conjunto que definem – os lugares que 
constituem o espaço urbano. 
 
 Um estudo morfológico deve necessariamente tomar em 
consideração os níveis ou momentos de produção do espaço 
urbano. Níveis esses que possuem, dentro da disciplinas 
urbanístico – arquitetônicos. 
 
2.2. A Forma Urbana 
O conceito mais geral da forma de um objeto refere-se à sua 
aparência ou configuração exterior. conceito que se pode apreender 
com facilidade e que faz parte da experiência do cotidiano do 
universo. A forma física é um dado real que predomina em qualquer 
descrição de uma cidade: Aix-en-Provence é diferente de Paris ou de 
Lisboa. O Cours Mirabeau é diferente dos campos elíseos ou da 
Avenida da Liberdade. A noção de formas aplica-se a todo o espaço 
construído em que o homem introduziu a sua ordem e refere-se ao 
meio urbano. A forma urbana é o resultando final dos problemas 
postos às disciplinas urbanísticas e arquitetônicas. É necessário ter 
sempre presente que tanto a arquitetura como o urbanismo são 
disciplinas criativas cujo fim é uma intervenção, transformando. A 
forma surge como resposta a um problema espacial torna-se o 
produto de uma ação e a solução de um problema. A forma, sendo o 
objetivo final de toda a concepção, está em conexão com o desenho, 
com as linhas, espaços, volumes, geometrias, planos e cores, a fim 
de definir um modo de utilização e de comunicação figurativo que 
constitui a arquitetura da cidade. 
 
 Aspectos quantitativos – todos os aspectos da realidade 
urbana que podem ser qualificáveis e que se referem a uma 
3 
 
organização quantitativa: densidades, superfícies, fluxos, 
coeficientes volumétricos, dimensões perfis,etc. 
 Aspectos de organização funcional – Relacionam – se com 
as atividades humanas. ( habitar, instruir-se, trata-se, 
comercial, trabalhar, etc.) e também com uso de uma área, 
espaço ou edifício ( residencial, escola, comercial, sanitário, 
industrial, etc.), ou seja, ao tipo de uso do solo. 
 
 Aspectos qualitativos - Referem-se ao tratamento dos 
espaços, ao conforto e à comodidades do utilizador. Nos 
edifícios, poderão se a prova de som, o isolamento térmico, a 
insolação, etc. Os aspectos qualitativas podem também ser 
qualificáveis através de parâmetros. 
 
 Aspectos figurativos – Os aspectos figurativos relacionam-se 
essencialmente com a comunicação estática. 
 
O contexto das formas arquitetônicas, ou urbanas, pode englobar 
tanto critérios funcionais como econômicos, tecnologia, jurídico-
administrativos ( por exemplo, as relações entre o parcelamento e as 
formas urbanos) ou critério de natureza estática, arquitetônico . 
 
2.3. Produção e forma da cidade e produção 
e forma do território 
 
A expressão território designa a extensão da superfície terrestre 
na qual vive um grupo humano, ou melhor, o espaço construído 
pelo homem, em oposição ao que pode ríamos designar por espaço 
natural , e que não terá sido humanizado. A paisagem mundial, 
atualmente é o resultado da ação do homem sobre os espaços 
físicos, de modo que tanto a paisagem rural quanto a urbana são 
resultantes desta ação, a qual influenciam não só na figura da 
paisagem ,como no clima e m odo de exploração e utilização das 
áreas afetadas é diferença entre estas áreas. Na maioria dos 
espaços físicos tanto o espaço rural quanto o espaço urbano, se 
diferenciam apenas pelo uso. A forma humana não pode ser 
desligada do seu suporte geográfico, ou seja, o território 
preexistente constitui sempre um elemento determinante na criação 
arquitetônica. Em alguns casos o sitio contem o potencial gera 
dor das formas construídas, conforme o traçado , a expressão do 
4 
 
lugar. Aldo Rossi, em Arquitetura da Cidade refere-se ao sítio, 
o designando como “locus”, porém para o autor, locus não é 
propriamente o sítio geográfico, mas 
na conclusão ele concorda ao dizer que: “não se pode falar de 
forma urbana sem lhe associar o suporte geográfico, por que a 
forma urbana é indissociável do seu sitio e do território”. Na 
atualidade é muito difíc il determinar os limites espaciais da cidade 
que é formada, em relação ao meio geográfico e social, por um 
conjunto de construções cujos habitantes trabalham em maioria no s 
eu interior. A cidade antiga em geral era pequena. 
A forma urbana antigamente ligava-se a um sitio, atualmente se 
liga a um território. Acidade passa a ser um conjunto de formas 
inter-relacionadas, deixando de ter uma forma definida e m arcada. 
Os meios de transportes tiveram grande influência nesta nova 
configuração urbana. A arquitetura terá necessariamente de se 
orientar para uma concepção da paisagem como conjunto total 
construído. Um terceiro ponto consiste em considerar a 
morfologia urbana como um a parte da morfologia do território, 
considerar a construção de toda a paisagem humanizada como 
ação arquitetura l. A paisagem humanizada e a paisagem natural 
adquiriram qual idades figurativas, foram carregadas com atributos 
de beleza, capazes de provocar a emoção estética, permite 
entãoconsiderar que as ope rações sobre a paisagem são 
também do domínio arquitetônico-urbanístico. A Forma Urbana e 
Forma do Território Alargando a noção de forma urbana a todo 
o território se poderá utilizar a noção de FORMA DO 
TERRITÓRIO e, assim o campo de estudo da morfologia será a 
totalidade do território como lugar de transformações produzi das 
pelo homem, ou assim dizendo todo território como lugar de 
intervenção da arquitetura. Pode-se falara da produção 
morfológica da cidade ou de produção morfológica de território ou 
de morfologia urbana, indistintamente, os conteúdos são 
idênticos. 
 
2.4 Dimensões espaciais na morfologia 
urbana 
Pode-se estabelecer uma classificação das escalas ou 
dimensões do espaço urbano. A compreensão e concepção das 
formas urbanas ou do território são colocadas em diferentes 
níveis, diferenciados pelas unidades de leitura e de concepção. 
5 
 
O homem vive num espaço humanizado, uma continuidade 
ambiental e diferentes unidades espaciais constituem a forma 
urbana ou territorial: ruas, praças etc. Jean Tricart, em seu Curso 
de Geografia Humana, define três escalas principais na 
paisagem urbana: escala da rua, es cala do bairro e a escala 
da cidade inteira. Estas categorias estabelecidas permitem 
sistematizar o conhecimento do espaço urbano. Dimensão Setorial – 
Escala Rua É a menor unidade, ou porção de espaço urbano, com 
forma própria. Uma infinidade de elementos que organizados entre 
si, definem a forma urbana (edifícios, o traçado, estrutura 
verde, mobiliário urbano). Dimensão urbana – Escala Bairro 
Pressupõe uma estrutura de ruas, praças ou formas de escalas 
inferiores. Os elementos morfológicos têm de ser identificados 
com as formas a escalas diferentes e a análise da forma 
necessita do movimento e dos vários percursos (traçados e 
praças, quarteirões e monumentos, jardins e áreas verdes). 
Dimensão territorial – Escala Cidade A forma estrutura-se através 
da articulação de diferentes formas à dimensão urbana. A 
forma das cidades define-se pela distribuição dos seus elementos 
primários ou estruturantes (bairros, grande infra estrutura viárias 
e grandes zonas verdes). O desenho urbano – por necessidades 
da estrutura mental e operativa humana organiza a forma pela 
adição e composição dos elementos morfológicos, ou formas de 
escalas inferiores. Esta classificação 
pretende clarificar a leitura do território. 
. 
2.5. Os elementos morfológicos urbanos 
A identificação de elementos morfológicos pressupõe conhecer quais 
as partes da forma e o modo como se estruturam nas diferentes 
escalas identificadas. Nas cidades, o sentido 
figurativo, como obra de arte coletiva , provém dos objetos, as 
construções, e da suanarticulação com o espaço por eles definidos. 
 
Solo – O Pavimento É a partir do território existente e da sua 
topografia que se desenha ou constrói a cidade. O pavimento é um 
elemento de grande importância no espaço urbano, contudo de uma 
grande fragilidade e sujeito a inúmeras mudanças. 
 
Os edifícios– O Elemento Mínimo É através dos edifícios que se 
constitui o espaço urbano e se organizam os diferentes espaços 
identificáveis e com forma própria: a rua, a p raça, o beco, a 
6 
 
avenida, etc. Os edifícios agrupam-se em diferentes tipos, 
decorrentes da sua função e forma. Esta interdependência é um dos 
campos mais sólidos em que se colocam as relações entre cidade e 
arquitetura. 
 
O lote – O edifício não pode ser desligado do lote ou da 
superfície do solo que ocupa, este é a génese e fundamento 
do edificado. A forma do lote é condicionante da forma do 
edifício e consequentemente, da forma da cidade. 
 
O quarteirão – O quarteirão é um conjunto contínuo de edifícios 
agrupados entre si em anel, ou sistema fechado e separado dos 
demais, é o espaço de limitado pelo cruzamento de três ou 
mais vias e subdivisível em lotes para construção de edifícios. 
O quarteirão agrega e organiza os outros elementos da estrutura 
urbana: o lote e o edifício, o traçado e a rua, e as relações 
que estabelecem com os espaços públicos, semipúblicos e privados. 
 
A fachada – A relação do edifício com o espaço urbano processa-
se pela fachada. São as fachadas que exprimem as características 
distributivas, o tipo de edificado, as características e linguagem 
arquitetônica, um conjunto de elementos que irão moldar a imagem 
da cidade. 
 
O logradouro 
O logradouro constitui o espaço privado do lote não ocupado por 
construção, as traseiras, o espaço privado separado do espaço 
público pelo contínuo edificado. É através da utilização do desenho 
do logradouro que se faz parcialmente a evolução das formas 
urbana s do quarteirão até ao bloco construído . 
 
O traçado – A Rua O traçado é um dos elementos mais 
claramente identificáveis na forma de uma cidade, definindo as 
quadras. Assenta num suporte geográfico preexistente, regula a 
disposição dos edifícios e quarteirões, liga os vários espaços e 
partes da cidade, e confunde-se com o gesto criador. O traçado 
estabelece a relação mais direta de assentamento entre a cidade e o 
território. 
 
A praça - A praça é um elemento morfológico das cidades 
ocidentais e distingue-se de outros espaços, que são resultado 
acidental de alargamento ou confluência de traçados. A praça 
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pressupõe a vontade e o desenho de uma forma e de um programa. 
É um elemento morfológico identificável na forma da cidade e 
utilizável no desenho urbano na concepção arquitetônica. 
 
O monumento - O monumento é um facto urbano singular, elemento 
morfológico individualizado pela sua presença, configuração e 
posicionamento na cidade e pelo seu significado. O monumento 
desempenha um papel essencial no desenho urbano, caracteriza a 
área ou bairro e torna-se polo 
estruturante da cidade . 
A árvore e a vegetação - Caracterizam a imagem da cidade, têm 
individualidade própria, desempenham funções precisas: são 
elementos de composição e do desenho urbano, servem para 
organizar, definir e conter espaços. 
 
O mobiliário Urbano - Situa-se na dimensão setorial, na escala 
da rua, não podendo ser considerado de ordem secundária, da 
do as suas implicações na forma e equipamento da cidade. É 
também de grande importância para o desenho da cidade e a 
sua organização, para a qualidade do espaço e comodidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
conclusão 
Neste trabalho irei abordar sobre a Morfologia urbana e desenho da cidade A 
MORFOL OGIA URBANA. O termo morfologia utiliza-se para designar o estudo 
da configuração e da estrutura exterior de um objeto. É a ciência que estuda as 
formas, interligando-as com os fenómenos que lhes deram origem. O 
conhecimento do meio urbano implica necessariamente a existência de 
instrumentos de leitura que permitam organizar e estruturar os elementos 
apreendidos, e uma relação objeto-observador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Bibliografia 
Disponível em: https://pt.slideshare.net/gislainebi/arquitecturaurbanismo-lamas-
jos-m-garcia-morfologia-urbana-e-desenho-da-cidade-fundao-calouste-
gulbenkian-2004-parte-2-2. Acesso em: 08 de maio de 2020. 
 
 
 
 
https://pt.slideshare.net/gislainebi/arquitecturaurbanismo-lamas-jos-m-garcia-morfologia-urbana-e-desenho-da-cidade-fundao-calouste-gulbenkian-2004-parte-2-2
https://pt.slideshare.net/gislainebi/arquitecturaurbanismo-lamas-jos-m-garcia-morfologia-urbana-e-desenho-da-cidade-fundao-calouste-gulbenkian-2004-parte-2-2https://pt.slideshare.net/gislainebi/arquitecturaurbanismo-lamas-jos-m-garcia-morfologia-urbana-e-desenho-da-cidade-fundao-calouste-gulbenkian-2004-parte-2-2

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