Buscar

TCC 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

10
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ – IFCE – CAMPUS SOBRAL
COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
WANDERCLEYSON DA SILVA
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
SOBRAL-CE
2020
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ – IFCE – CAMPUS SOBRAL
COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
WANDERCLEYSON DA SILVA
CULTIVO DE ALFACE EM SUBSTRATO IRRIGADO POR GOTEJAMENTO
Relatório Final de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório apresentado à Coordenação do Curso de Tecnologia em Irrigação e Drenagem, do Eixo de Recursos Naturais, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE, Campus Sobral, para obtenção do Título de Tecnólogo em Irrigação e Drenagem.
Instituição: IFCE Campus Sobral.
Orientadora: Profa. Dra. Maria Cristina M. R. de Souza 
Supervisor: Joilson Silva Lima
SOBRAL-CE
2020
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO REALIZADO NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO CEARÁ – CAMPUS SOBRAL
WANDERCLEYSON DA SILVA
Data da entrega: ____/____/____
__________________________________________
Profa. Dra. Maria Cristina Martins Ribeiro de Souza - IFCE/ Campus Sobral (Professora Orientadora)
__________________________________________
Dr. Joilson Silva Lima – IFCE/ Campus Sobral
(Supervisor do Estágio)
____________________________________
Prof. Dr. José Roberto de Sá - UVA/Campus Betânia
(Examinador)
_________________________________________
Camila Rios Linhares
(Responsável pelo Setor de Estágio)
SOBRAL-CE
2020
A Deus, por estar sempre comigo nesta caminhada. A minha família, por todo o apoio e compreensão. Aos mestres, pela dedicação em repassar os conhecimentos adquiridos.
 DEDICO E OFEREÇO
AGRADECIMENTOS
	Agradeço a Deus por ser o Senhor da minha existência e me conduzir nesse processo de formação acadêmica e de vida.
	A minha família, pelo apoio e dedicação.
	Agradeço aos professores do Curso de Tecnologia em Irrigação e Drenagem, do IFCE – Campus Sobral, pela paciência e dedicação ao transmitir de forma tão competente os conhecimentos que foram adquiridos na minha vida acadêmica.
	A orientadora Professora Da. Maria Cristina pela dedicação e empenho em realizar suas atividades teóricas e práticas no campus, quer seja na pesquisa ou extensão. Obrigado por todo conhecimento repassado.
	Ao supervisor Joilson Silva Lima, pelo apoio dedicado durante a condução do projeto.
	Ao Prof. George Sampaio Martins que me deu a oportunidade de participar do primeiro Projeto de Iniciação Científica. Obrigado pela confiança.
	Agradeço a todos os funcionários do IFCE – Campus Sobral, ao servidor João Mendes e ao Jéferson que colaboraram para a montagem estrutural do sistema de irrigação, e o apoio e dedicação dado pelo servidor Dimitri Matos Silva, que ajudou na orientação das análises de solos e elaboração do laudo de recomendação.
	Ao Laboratório de Análise de Solo e Água para Irrigação, por todas as amizades, oportunidades, atividades e projetos desenvolvidos neste espaço.
			Ao Instituto Federal do Ceará, Campus Sobral pela minha formação e aos meus amigos colegas de curso que direta e indiretamente colaboraram para que este objetivo fosse alcançado. Muito Obrigado.
	
SUMÁRIO
	
	RESUMO……....................................................................................……..
	07
	
	IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO...........……………………..
	08
	
	IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA……………………………………………
	08
	1.
	INTRODUÇÃO……................................................................................….
	09
	2.
	OBJETIVOS DO ESTÁGIO.……………………………………………….…
	10
	2.1
	OBJETIVO GERAL…………………………………………………………….
	10
	2.2
	OBJETIVOS ESPECÍFICOS………………………………………………….
	10
	3
	CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO…………………………
	10
	4
	ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO DE ESTÁGIO……...…
	13
	4.1
	MONTAGEM DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO………………………...……
	13
	4.1.1
	Preparação da Área…………………………………………………………...
	13
	4.1.2
	Montagem do Sistema de Irrigação por Gotejamento……………………..
	14
	4.1.3
	Preparação dos Vasos………………………………………………………..
	16
	4.1.4
	Montagem da Estação de Bombeamento…………………………………..
	18
	4.2
	ANÁLISE DO SOLO…………………………………………………………...
	18
	4.2.1
	Amostragem de Solo…………………………………………………………..
	18
	4.2.2
	Análise em Laboratório………………………………………………………..
	20
	4.2.3
	Interpretação de Resultados da Análise de Solo…………………….…….
	32
	4.3
	ATIVIDADES EXTRACURRICULARES…………………………………….
	39
	4.3.1
	Monitoria………………………………………………………………………..
	39
	4.3.2
	Artigos Científicos……………………………………………………………...
	39
	4.3.3
	Projetos de Extensão………………………………………………………….
	40
	5
	CONCLUSÕES……………………………………………………………….
	40
	6
	REFERÊNCIAS……………………………………………………………….
	40
	LISTA DE ILUSTRAÇÕES
	Figura 1 -
	Fachada principal do IFCE……………………………………………..
	8
	Figura 2 -
	Área Experimental……………………………………………………....
	14
	Figura 3 -
	Montagem base de alvenaria…………………………………………..
	14
	Figura 4 -
	Montagem linha principal……………………………………………….
	15
	Figura 5 -
	Montagem linhas secundárias………………………………………….
	15
	Figura 6 -
	Teste altura dos vasos………………………………………………….
	16
	Figura 7 -
	Tijolos para suporte dos vasos………………………………………...
	16
	Figura 8 -
	Preparação do substrato………………………………………………..
	17
	Figura 9 -
	Vasos com o substrato………………………………………………….
	17
	Figura 10 -
	Estação de bombeamento……………………………………………...
	18
	Figura 11 -
	Ferramentas utilizadas na coleta de solos…………………………….
	19
	Figura 12 -
	Destorroamento dos solos……………………………………………..
	19
	Figura 13 -
	Identificação da amostra………………………………………………..
	20
	Figura 14 -
	Processo de filtragem bomba de vácuo……………………………….
	22
	Figura 15 -
	Leitura Condutivímetro…………………………………………………..
	22
	Figura 16 -
	Extração com cloreto de potássio (KCL)……………………………...
	23
	Figura 17 -
	Determinação cálcio (KCL)……………………………………………..
	24
	Figura 18 -
	Determinação Cálcio + Magnésio (KCL)……………………………...
	25
	Figura 19 -
	Determinação Alumínio………………………………………………...
	26
	Figura 20 -
	Extração fósforo com Mehich1…………………………………………
	27
	Figura 21 -
	Medição fotocolorímetro………………………………………………...
	28
	Figura 22 -
	Extração sódio com Mehlich-1………………………………………….
	28
	Figura 23 -
	Agitador horizontal circular……………………………………………..
	30
	Figura 24 -
	Determinação acidez potencial………………………………………..
	30
	Figura 25 -
	Trituração do solo para análise carbono……………………………..
	31
	Figura 26 -
	Chapa aquecedora com regulagem de temperatura……………….
	31
	Figura 27 -
	Determinação do carbono……………………………………………….
	32
	Figura 28 -
	Atividades práticas de monitoria……………………………………….
	39
	Figura 29 -
	XII CONNEPI……………………………………………………………..
	39
	Figura 30 -
	Apresentação do projeto aos professores…………………………….
	40
	Tabela 1 - 
	Laudo fertilidade do solo……………………………………………….
	33
	Tabela 2 - 
	Recomendação de adubação Nitrogênio, Fósforo e Potássio……..
	37
RESUMO
Neste relatório, serão descritas as experiências que foram adquiridas durante os meses de trabalho no Laboratório de Física e Química de Solos, como os trabalhos de pesquisas, as atividades de campo e as análises realizadas.
A finalidade é relatar os conhecimentos da real situação desta profissão e sua vivência em campo sob a orientação de um profissional da área.
O Estágio Supervisionado ocorreu no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE/Campus Sobral, sendo as atividades desenvolvidas, no Laboratório de Solos e em outros espaços, dentro e fora da Instituição.
O laboratório dispõe de equipamentos, vidrarias e insumos para realização de análises físicas e de fertilidade do solo, como análises granulométricas, pH, condutividade elétrica, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, alumínio, hidrogênio mais alumínio, teor de matéria orgânica.
O estágio curricular teve como objetivo acompanhar as atividades desenvolvidas dentro do laboratório de solo do IFCE/Campus Sobral, assim como a implantação e o acompanhamento de um sistema deirrigação por gotejamento para o cultivo da alface.
Palavras-chave: Estágio, laboratório, irrigação, adubação.
IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
Figura 1 – Fachada principal do IFCE/Campus Sobral.
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA:
Nome: IFCE – Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Ceará/ Campus Sobral.
Endereço: Av. Dr. Guarany, nº 317.
Bairro: Derby Clube 
Cidade: Sobral – CE
CEP: 62.042-030
Telefone: (88) 3112-8100
Área na empresa onde foi realizado o estágio: Laboratório de Solos e Área Experimental localizada próximo ao Restaurante Acadêmico
Data início: 2 de Maio de 2018
Data término: 2 de Maio de 2019
Duração em horas: 1560 horas
Nome do profissional responsável pelo estágio: Joilson Silva Lima.
1. INTRODUÇÃO
A realização do Estágio Curricular é o momento em que o estudante tem a oportunidade de pôr em prática os conhecimentos que foram fornecidos durante sua vida acadêmica, na realização de atividades, com a supervisão de um profissional da área. O desenvolvimento profissional do estudante é um processo que envolve a compreensão desses conhecimentos e sua vivência na comunidade através das atividades que serão desenvolvidas no mundo do trabalho. Para isso, um dos elementos mais importantes dessa formação é, a complementação do estágio. 
A finalidade é oferecer ao aluno um conhecimento da real situação de trabalho, que oportunizem as práticas de atividades ligadas à profissão do Tecnólogo em Irrigação e Drenagem. O estágio foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE/Campus Sobral. A Instituição tem como função social a promoção do ser humano, traduzida na democratização do acesso, assim como na permanente busca da qualidade da educação pública e no desenvolvimento científico-tecnológico como vetor de atendimento às demandas sociais. (IFCE, 2019)
Neste relatório será descrito as experiências que foram adquiridas durante os meses de trabalho no Laboratório de Física e Química de Solos do IFCE/Campus Sobral, como os projetos de estudos, as práticas e pesquisas de campo, as análises de solos, montagem e manejo de sistemas de irrigação, atividades de suma importância para a vida profissional de um tecnólogo em irrigação.
2. OBJETIVOS DO ESTÁGIO
2.1 Objetivo geral
	O estágio curricular teve como objetivo acompanhar as atividades desenvolvidas dentro do Laboratório de Solo do IFCE/ - Campus Sobral, e a implantação e montagem de um sistema de irrigação por gotejamento para a cultura da alface.
2.2 Objetivos específicos
· Instalação do Sistema de irrigação por gotejamento;
· Preparo da área para a montagem do sistema;
· Identificação e condução das necessidades nutricionais da alface realizando as análises químicas do substrato onde será plantada a cultura;
· Recomendação de adubação para a alface-crespa.
3. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
O Estágio Supervisionado ocorreu no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE/Campus Sobral.
O IFCE é uma Instituição Federal de Educação Profissional e Tecnológica, pluricurricular e multicampi, com natureza jurídica de autarquia e detentora de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar, habilitada para ofertar cursos que abrangem o ensino básico, técnico, de graduação e pós-graduação, por meio da tríade ensino, pesquisa e extensão. Criado oficialmente no dia 29 de dezembro de 2008, pela Lei nº 11.892, o Instituto Federal do Ceará congrega os extintos Centros Federais de Educação Tecnológica do Ceará (Cefets/CE) e as Escolas Agrotécnicas Federais dos municípios de Crato e de Iguatu, (IFCE, 2019).
As raízes da instituição remontam ao começo do século XX, quando o então presidente Nilo Peçanha, pelo Decreto nº 7566, de 23 de setembro de 1909, instituiu a Escola de Aprendizes Artífices. Ao longo de um século de existência, a instituição teve sua denominação alterada, primeiro para Liceu Industrial do Ceará, em 1941; depois para Escola Técnica Federal do Ceará, em 1968. No ano de 1994, a escola passou a chamar-se Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Ceará (Cefet/CE), ocasião em que o ensino foi estendido ao nível superior e suas ações acadêmicas, acrescidas das atividades de pesquisa e extensão. Assim, estavam fincadas as bases necessárias à criação do Instituto Federal do Ceará, (IFCE, 2019).
 O Instituto Federal do Ceará se consolida como instituição de ensino norteada por princípios fundamentais, quais sejam sua missão, sua visão e seus valores.
Visão
	Tornar-se padrão de excelência no ensino, pesquisa e extensão na área de Ciência e Tecnologia.
Missão
	Produzir, disseminar e aplicar os conhecimentos científicos e tecnológicos na busca de participar integralmente da formação do cidadão, tornando-a mais completa, visando sua total inserção social, política, cultural e ética.
Valores
	Nas suas atividades, o IFCE valorizará o compromisso ético com responsabilidade social, o respeito, a transparência, a excelência e a determinação em suas ações, em consonância com os preceitos básicos de cidadania e humanismo, com liberdade de expressão, com os sentimentos de solidariedade, com a cultura da inovação, com idéias fixas na sustentabilidade ambiental.
	A atuação do IFCE vincula-se ao desenvolvimento local com a oferta de cursos de qualificação profissional, técnicos de nível médio, superiores de graduação (licenciatura, tecnologia e bacharelado) e de pós-graduação Lato e stricto sensu (especialização, mestrado e doutorado) como, também, vincula-se ao desenvolvimento de inovação, pesquisa aplicada e extensão, além de desenvolvimento tecnológico, em uma mesma unidade de ensino. (IFCE, 2019).
Com base nessas considerações, a instituição tem como função social a promoção do ser humano, traduzida na democratização do acesso, assim como na permanente busca da qualidade da educação pública e no desenvolvimento científico-tecnológico como vetor de atendimento às demandas sociais, (IFCE, 2019).
O IFCE hoje se faz representar em todas as macrorregiões do Estado do Ceará. Conta, para tanto, com um órgão de administração central, a Reitoria em Fortaleza, alem de trinta e dois campi em funcionamento nas seguintes cidades: Acaraú, Aracati, Baturité, Boa Viagem, Camocim, Canindé, Caucaia, Cedro, Crateús, Crato, Fortaleza, Guaramiranga, Horizonte, Iguatu, Itapipoca, Jaguaribe, Jaguaruana, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Morada Nova, Paracuru, Pecém, Polo de Inovação Fortaleza, Quixadá, Sobral, Tabuleiro do Norte, Tauá, Tianguá, Ubajara e Umirim. (IFCE, 2019).
A ampliação da presença do IFCE no interior do Ceará atende à meta do programa de expansão da Rede Federal e leva em consideração a própria natureza dos Institutos Federais, no que diz respeito à descentralização da oferta de qualificação profissional, cujos propósitos incluem o crescimento socioeconômico de cada região e a prevenção do êxodo de jovens estudantes para a capital do Estado.
O Campus Sobral surgiu a partir do Plano de Expansão – Fase II da Rede de Ensino Tecnológico do país, planejamento realizado pelo Governo Federal em 2007. Foram escolhidas 150 cidades/polos em todo o Brasil para ampliação dos Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs). Dessas, seis pertencem ao Estado do Ceará, sendo uma delas Sobral.
Ainda em 2007, houve a chamada pública para que cada município selecionado apresentasse as contrapartidas para a implantação das Unidades de Ensino Descentralizadas (UnED) dos CEFETs. No caso de Sobral, o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal ofereceram a Faculdade de Tecnologia CENTEC (FATEC/Sobral) e a partir daí iniciou-se o processo de transição para CEFET, com a incorporação dos alunos e realização de concurso público para contratação de professores e servidores, (IFCE, 2019).
A unidade está inserida na dinâmica local através das ações do ensino, da pesquisa e da extensão. O IFCE, devido à interiorização do ensino, integra um projeto de desenvolvimento social. Além disso, tem o desafio de formar a mão de obra local, possibilitando que, comqualificação, ela se estabeleça na própria região, (IFCE, 2019).
O Campus IFCE/Sobral, tem vários cursos oferecidos que dialogam com as vocações da região. Dentro dessas vocações podemos destacar os cursos do Eixo de Recursos Naturais, como o superior em Tecnologia em Irrigação e Drenagem, os cursos Técnicos em Agropecuária e Fruticultura, (IFCE, 2019).
O curso de Tecnologia em Irrigação e Drenagem tem o suporte de cinco laboratórios: Laboratório de Fitossanidade, Laboratório de Ensaios de Equipamentos de Irrigação, Laboratório de Análise de Tecido Vegetal, Laboratório de Geoprocessamento e o Laboratório de Física e Química do Solo, sendo este último o local onde foi realizado o estágio supervisionado.
O laboratório dispõe de equipamentos, para realização de análises físicas e de fertilidade do solo, como análises granulométricas, pH, condutividade elétrica, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, alumínio, hidrogênio mais alumínio e teor de matéria orgânica.
Os trabalhos realizados no laboratório são resultantes de projetos de pesquisas, extensão, assistência ao público externo e também aulas práticas nas seguintes disciplinas: Química e Fertilidade do Solo, Gênese, Física do Solo, Salinidade e Qualidade de Água para Irrigação. Os discentes do curso Técnico em Fruticultura e Agropecuária também frequentam o laboratório nas disciplinas de Fertilidade e Nutrição de Plantas, Morfologia e Física do Solo, Ciências do Solo, Manejo de Conservação do Solo e Água, (IFCE, 2019).
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO DE ESTÁGIO
Os trabalhos do estágio foram divididos em duas partes: montagem do sistema de irrigação por gotejamento para produção de alface em vasos, e também realização das análises do solo em laboratório para produção desta cultura.
· A montagem do sistema em campo foi caracterizada pelas seguintes atividades: preparação da área, montagem da estrutura e do sistema de irrigação por gotejamento, preparação dos vasos, montagem da estação de bombeamento.
· As análises do solo foram caracterizadas pelas seguintes atividades: amostragem de solo, análise em laboratório e interpretação de resultados.
4.1 MONTAGEM DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO
4.1.1 Preparo da área 
	O preparo da área teve início com a demarcação do terreno (Figura 2) usando uma trena métrica de 5 metros, resultando em uma área aproximada de 25 m2. Em seguida foi delimitada a área, planeada com o auxílio de estacas de madeira em cada um dos cantos.
Figura 2 – Área experimental usada para a montagem do sistema de irrigação por gotejamento. Fonte: Próprio Autor
	O levantamento planimétrico foi realizado com uma mangueira com água e posicionada nas extremidades das estacas até a água se estabilizar, fazendo a marcação pelo nível da mangueira, repetindo o processo em todas as estacas, até obter o mesmo nível.
	Após a marcação do nível, foi presa uma linha de nylon nas estacas, e com a ajuda de uma régua granulada de 50 cm, foi calculado a altura e a quantidade de terra que seria retirada do terreno para o nivelamento.
4.1.2 Montagem do sistema de irrigação por gotejamento
	A montagem do sistema se iniciou com a construção de uma base de alvenaria (figura 3) fixada com parafusos a um suporte de madeira, feita para apoiar a linha principal do sistema de irrigação por gotejamento.
Figura 3 – Montagem da base de alvenaria para a fixação da madeira, que servirá como suporte para o sistema de irrigação por gotejamento. Fonte: Próprio Autor
	A linha principal foi presa com várias abraçadeiras metálicas semiabertas (Figura 4) facilitando a montagem e desmontagem do sistema para possíveis manutenções.
Figura 4 – Montagem linha principal com abraçadeiras galvanizadas “D” 3/4". Fonte: Próprio Autor
	As linhas secundárias foram instaladas com o apoio de um soprador térmico. Em seguida foi colocado piquetes de madeira no chão (Figura 5) fixados com o auxílio de uma marreta, para servir de apoio as linhas secundárias de irrigação.
Figura 5 – Montagem linhas secundárias fixadas com abraçadeiras nos piquetes que foram fincados no chão com uma marreta. Fonte: Próprio Autor.
São 16 linhas de irrigação de polietileno de ½” medindo 3,5 m cada. A distância entre linhas mede 30 cm e entre vasos 25 cm, sendo cada linha contendo 12 gotejadores autocompensantes com vazão de 4 Litros/hora. As linhas secundárias são conectadas a linha principal de 1” com o apoio de um conector em forma de t de ½” com o auxilio de abraçadeiras de metal tipo rosca.
	Após a montagem das linhas secundárias foi feito o teste da altura dos vasos (Figura 6) para depois posicioná-los próximo aos gotejadores.
Figura 6 – Teste altura dos vasos com as linhas laterais de irrigação. Fonte: Próprio Autor.
	Para evitar que as ervas daninhas entrem pelos furos dos vasos, foram colocados tijolos para apoiá-los facilitando o seu nivelamento (Figura 7).
Figura 7 – Tijolos para suporte dos vasos. Fonte: Próprio Autor.
4.1.3 Preparação dos Vasos
	Foram adquiridos 192 vasos de 2,8 L, os quais foram perfurados, para facilitar a drenagem da água durante a condução na produção das alfaces. Foi acrescentado uma camada com 2 centímetros de brita, fazendo com que o substrato não tenha contato com o fundo do vaso e com os furos, evitando o entupimento e facilitando o processo de escoamento da água. Também foram colocados uma tela de polietileno sobre a brita para evitar perdas do substrato através da drenagem.
	O preparo do substrato consistiu da adição de solo e esterco bovino (Figura 8) na proporção de 4x1(4 de solos pra 1 de esterco).
Figura 8 – Preparação do substrato na proporção de 4x1(4 de solos pra 1 de esterco). Fonte: Próprio Autor.
	Após a mistura do substrato, foi realizado o enchimento dos vasos (Figura 9) com o auxílio de uma pá e uma colher de pedreiro.
Figura 9 – Vasos com o substrato. Fonte: Próprio Autor.
4.1.4 Montagem da estação de bombeamento
	A motobomba foi instalada por uma linha de sucção conectada a duas caixas d'Águas de 1000 litros, junto ao sistema de irrigação por uma linha de recalque como mostra a (Figura 10).
Figura 10 – Estação de bombeamentos ligados a duas caixas de 1000 litros. Fonte: Próprio Autor.
	4.2 ANÁLISE DO SOLO
	O processo de análise de solos pode ser dividido em três etapas: amostragem do solo, análise em laboratório e interpretação dos resultados (RAIJ, 2011).
4.2.1 Amostragem de solo
	A amostragem do solo é considerada a etapa mais crítica de todo o processo de análise do solo, haja vista que uma pequena porção de terra representará alguns hectares, e não há meios para se corrigir possíveis erros cometidos durante a amostragem (RAIJ, 2011). 
	Os procedimentos para a amostragem de solo são: 
· Subdivisão da propriedade em glebas homogêneas, ou seja, pedaços de solos uniformes;
· Coleta das amostras de solo;
· Escolha da profundidade de amostragem;
· Uso de ferramentas para a amostragem;
· Escolha da época e da frequência de amostragem.
	Nas coletas de campo é necessário escolher o local certo considerando os seguintes aspectos: a posição no relevo (solo de morro, encosta ou baixada), a cor do solo, textura do solo, histórico de uso e manejo (culturas anteriores, calagens, adubações, etc.), drenagem da área, presença de erosão, etc.
	As ferramentas utilizadas para fazer a coleta variam de acordo com o tipo de solo que se vai extrair, sendo as mais utilizadas: trado de rosca, trado holandês, trado caneca, sonda, pás, etc. (Figura 11).
Figura 11 –Ferramentas utilizadas na coleta de solos. Fonte: Próprio Autor.
	No período do estágio, a amostragem deu-se coletando pequenas porções do substrato nos vasos de forma aleatória, cerca de 500 g. 
	Após a coleta, o substrato foi misturada em um balde de plástico e colocado em recipiente apropriado com suas devidas identificações.
	As amostras foram levadas ao Laboratório Física e Química do Solo do IFCE/ Campus Sobral, e colocadas em uma estufa a 40ºC, para depois serem destorroadas.
	O destorroamento foi realizado utilizando-se uma bancada com o auxílio de um martelo, um rolo de madeira e uma peneira de 20 mm. (Figura 12).
Figura12 –Destorroamento dos solos em uma bancada com rolo de madeira e uma peneira de 20 mm. Fonte: Próprio Autor.
	Após o destorroamento, a amostra é colocada em um recipiente e identificada (Figura 13).
Figura 13 –Identificação da amostra em recipiente plástico para posterior análise. Fonte: Próprio Autor.
4.2.2 Análise em Laboratório
	A análise do solo é a principal ferramenta para indicar quanto o solo pode fornecer de determinado nutriente para diferentes culturas, tendo como foco nesta análise a cultura da alface, identificando os elementos químicos que são prejudiciais e favoráveis para a mesma.
	Dezesseis elementos químicos são chamados essenciais para o crescimento das plantas. Eles são divididos em dois grupos principais: os não minerais e os minerais.
	Os nutrientes não minerais são o carbono (C), o hidrogênio (H) e o oxigênio (O). Estes nutrientes são encontrados na atmosfera e na água e participam da fotossíntese.
	Os nutrientes minerais, que são oferecidos pelo solo, estão divididos em dois grupos: macronutrientes e micronutrientes.
	Os macronutrientes são: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S). Os micronutrientes são: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo) e o zinco (Zn).
	As análises foram realizadas seguindo as recomendações do Manual de Métodos de Análise de Solo 3ª edição (Embrapa, 2017).
	Durante o período do estágio foram realizadas as seguintes análises: pH, condutividade elétrica, cálcio, magnésio, alumínio, fósforo, sódio, potássio, hidrogênio mais alumínio, e teor de matéria orgânica.
· Determinação do pH
	Normalmente, os solos brasileiros caracterizam-se por apresentar elevada acidez.
	O pH (Potencial Hidrogeniônico), é uma medida que indica o grau dessa acidez, neutralidade ou basicidade de uma solução. É afetado por diversos fatores como: material de origem, precipitação, decomposição da matéria orgânica, vegetação nativa, tipo de cultura, profundidade do solo, adubação nitrogenada e inundação. Sua medição é feita através de um aparelho chamado pH-metro, (peagâmetro).
	A alface não se desenvolve de forma adequada em solos com reação ácida (pH<5,5) e também muito alcalino. Estas condições favorecem as deficiências e/ou a toxidez mineral (YURI et al. 2016).
	Boa parte das hortaliças prefere um pH do solo entre 6,0 a 6,5, mais isso é relativo principalmente em função do tipo de solo, teor de matéria orgânica e espécie considerada. A alface fica entre 6,0 a 6,8. A avaliação do solo da amostra dos vasos foi feita obtendo os seguintes resultados para o pH, 7,70, caracterizando um solo ligeiramente básico, podendo ser corrigido usando cal apagada ou dolomita para reforçar o seu teor alcalino (Embrapa, 2007). 
· Determinação da condutividade elétrica
	É uma medida indireta, que indica a quantidade de íons presente numa solução, e essa quantidade de íons está associada à presença de potássio (K), sódio (Na), cloro (Cl), etc, ou seja, a salinidade do solo.
	A condutividade elétrica é importante para verificar se a planta não está perdendo água para o solo em vez de absorver água do solo, diminuindo assim a absorção de nutrientes pela planta. Também é fundamental realizar esta análise antes da semeadura, já que se a semente encontrar um ambiente salino ela não germinará comprometendo seu desenvolvimento. 
	A condutividade elétrica das praticas de laboratório foram realizadas iniciando com a preparação do substrato.
Foram pesados 300 g de solo Terra Fina Seca ao Ar (TFSA) e colocados em béquer de plástico de 1L. Em seguida foi adicionada água destilada em pequenas quantidades, amassando a amostra com espátula de aço inoxidável, sendo concluída esta operação quando a massa do solo apresentava aspecto brilhante ou espelhante, ou quando uma pequena quantidade de água adicionada já não é mais absorvida pela massa do solo, ou ainda, quando a pasta deslizar suavemente na espátula.
	Após quatro horas de repouso a pasta é filtrada com o auxílio de bomba de vácuo. (Figura 14).
Figura 14 –Processo de filtragem do solo para obter o extrato de saturação através da bomba de vácuo. Fonte: Próprio Autor.
	O estrato de saturação que é o resultado do processo de filtragem, é colocado em um béquer de 25 mL, para em seguida ser feita a leitura no condutivímetro (Figura 15).
	A alface apresenta resistência à água salina com condutividade elétrica de até 1,4 dSm-1 (AYERS; WESTCOT, 1991). Considerando-se uma condutividade elétrica acima de 1.500 a 1.800 uS/cm já começa a ficar comprometida do ponto de vista de pressão osmótica, ou seja, a planta pode perder água da célula para a solução do solo. Nas análises do experimento, os resultados da ce chegaram a 0,57 dS/m, caracterizando um solo favorável ao cultivo da alface.
Figura 15 –Leitura da amostra no Condutivímetro para saber os níveis de salinidade do solo. Fonte: Próprio Autor
· Determinação do cálcio
	O Cálcio (Ca) é um macronutriente catiônico muito importante para o desenvolvimento das plantas, encontrado no solo na forma de carbonatos, sulfatos e silicatos.
	Na cultura da alface, o Ca é absorvido pela planta como cátion Ca2+, pelo fluxo de massa para as regiões de maior transpiração ou para as folhas mais velhas. Na raiz, a deficiência não é muito comum em condições de campo.
As hortaliças como a alface são bastante exigentes em Ca, pois sua deficiência interfere diretamente no produto consumido.
	A deficiência de Ca na planta pode surgir quando o suprimento deste nutriente em tecidos jovens, tais como folhas novas, fruto em desenvolvimento e pontos de crescimento, for interrompido na fase crítica.
As condições que predispõem à deficiência de Ca são o rápido crescimento da planta em temperaturas elevadas; baixo teor de água no solo; e antagonismo, ou seja, competição com outros cátions no solo, como amônio, potássio e magnésio (MAGALHÃES, 1988).
	A principal prevenção à deficiência de Ca está na realização de uma calagem adequada visando a diminuir a acidez do solo.
Para a realização da calagem é necessário fazer uma análise de solo para se analisar a fertilidade desse solo.
	No solo coletado, a análise de cálcio foi realizada, fazendo a extração com uma solução extratora, em que o método do KCl 1 mol L-1 é o preferencial. (Figura 16).
Figura 16 –Extração do cálcio usando 100 ml de cloreto de potássio (KCL), com o auxílio de uma proveta de 100 ml e um erlenmeyer de 125 ml. Fonte: Próprio Autor.
	Em seguida é feita a determinação com o indicador de ácido calcon carbônico + sulfato de sódio e a titulação com a solução sal dissódico de EDTA 0,0125M. (Figura 17).
	A viragem ocorre da cor vermelho intenso para azul intenso.
Figura 17 –Determinação cálcio com o indicador de ácido calcon carbônico + sulfato de sódio e a titulação com a solução sal dissódico de EDTA 0,0125M. Fonte: Próprio Autor.
	Os resultados obtidos foram 4,5 cmolc/kg, e serão utilizados na elaboração do laudo para realizar as correções necessárias ao desenvolvimento da cultura.
· Determinação do Magnésio
	Os solos geralmente contêm teor de magnésio (Mg) inferior do que de cálcio, pois o mesmo não é adsorvido tão fortemente pelas argilas e pela matéria orgânica, sendo assim mais sujeito à lixiviação. Este elemento é absorvido pelas plantas como cátion Mg2+. Uma vez dentro da planta, exerce várias funções.
O magnésio é o átomo central na molécula da clorofila, e assim, ele estar envolvido ativamente na fotossíntese. A maior parte do magnésio nas plantas é encontrado na clorofila.
Além desta, outras importantes funções são desempenhadas pelo Mg, como a ativação enzimática, auxílio na respiração e no metabolismo do fosfato (FAQUIN, 1994; LOPES, 1998).
	As plantas deficientes em magnésio apresentam nas bordas das folhas mais velhas uma clorose que, dependendo da severidade, estende-se para o interior, entre as nervuras. É um sintoma muito semelhante à deficiência de N ou também de virose, o que exige do técnico ou produtor uma diagnose cuidadosa. Normalmente, esta deficiência ocorre de forma generalizada,o que não acontece com as viroses, em que as plantas atacadas estão distribuídas ao acaso (YURI et al. 2016).
	Os métodos práticos para corrigir esta deficiência são: a prática da calagem com calcário dolomítico, pulverização com sulfato de magnésio a 5% e/ou fertirrigações com o mesmo produto, numa dose, por ciclo da cultura, de 40 kg ha-1.
Antes da realização dessa atividade é necessário análises de solo, para que a aplicação seja feita de forma eficiente, sem muitas perdas para o produtor. Nas análises de solo durante o estágio, o solo coletado foi realizado seguindo o mesmo procedimento de extração feita para o cálcio, utilizando o mesmo extrator, o cloreto de potássio KCL. 
Para a determinação, foram utilizados os seguintes reagentes e soluções: coquetel tampão (cianeto de potássio, trietanolamina e solução tampão), ácido ascórbico, o indicador negro de eriocromo e a solução padronizada de EDTA 0,0125 mol L-1. (Figura 18).
Figura 18 –Determinação Cálcio + Magnésio (KCL). Fonte: Próprio Autor.
	Após a titulação com sal dissódico de EDTA 0,0125M obteve-se a viragem da cor vermelho arroxeada para azul puro ou esverdeado (com essa titulação são determinados conjuntamente Ca2+ e Mg2+). Foram obtidos os seguintes resultados, 0,59 cmolc/kg, que serão utilizados na elaboração do laudo.
· Determinação do alumínio trocável
	O alumínio é um elemento químico, bastante presente em nossos solos.	No Brasil predominam os solos ácidos, que apresentam teores de alumínio (Al) em níveis tóxicos às plantas e baixos teores de cálcio e magnésio trocáveis, características desfavoráveis ao desenvolvimento da maioria das culturas, entre elas a alface. (Nolla et al., 2007).
	O efeito direto mais visível da presença do alumínio no solo é a redução do crescimento radicular das plantas, induzindo há um possível estresse hídrico e a deficiências nutricionais pelas plantas (Degenhardt et al., 1998).
	A extração do alumínio segue o mesmo método utilizado, para o cálcio e magnésio, utilizando como extrator o KCL. Na determinação utiliza-se o indicador azul de bromotimol. Se a solução ficar azul, não consta alumínio na amostra. Se a solução ficar amarela, titular com NaOH na amostra. A viragem se dá do amarelo para o azul
	Na analise do solo do estágio a amostra ficou com uma coloração azulada, significando que não contem alumínio no solo analisado. (Figura 19).
Figura 19 –Determinação Alumínio com o indicador azul de bromotimol. Fonte: Próprio Autor.
· Determinação fósforo
	O fósforo (P) é o elemento que mais frequentemente tem limitado a produção agrícola do País. Além da carência generalizada nos solos brasileiros, o elemento apresenta forte adsorção aos coloides (FAQUIN, 1994). A planta precisa de fósforo para completar seu ciclo normal de produção. Ele é um dos três macronutrientes como o nitrogênio (N) e o potássio (K).
	As plantas absorvem a maior parte do P na forma de íon ortofosfato primário (H2PO-4). O fosfato absorvido pelas células é rapidamente envolvido em processos metabólicos. Trata-se de um elemento bastante móvel na planta, sendo redistribuído com facilidade pelo floema, provocando sintomas nas folhas mais velhas (YURI et al. 2016).
	As plantas com deficiência de P apresentam redução no desenvolvimento com amarelecimento das bordas das folhas mais velhas. As raízes apresentam desenvolvimento anormal. A disponibilidade deste nutriente vai depender principalmente da quantidade existente no solo, tipo e quantidade de argila, época de aplicação do fertilizante fosfatado, aeração, compactação, umidade do solo e temperatura ambiente (YURI et al. 2016).
	De acordo com Fontes (1999), podem-se aplicar no transplantio das mudas de alface de 50 a 400 kg ha-1 de concentrados fosfáticos (P2O5), com posterior incorporação ao solo.
	A extração do fósforo no solo coletado foi feita com a pesagem de 10 g de (TFSA), que foi colocada em um erlenmeyer de 125 ml junto com 100 ml de solução extratora Mehlich1. (Figura 20).
Figura 20 –Extração fósforo com solução extratora Mehich1. Fonte: Próprio Autor.
	A determinação foi realizada com as seguintes soluções: solução extraída com Mehlich1, solução ácida de molibdato de amônio diluída, ácido ascórbico, solução padrão de fósforo (50 mg/L). Em seguida foi feita a medição com o fotocolorímetro, (Figura 21), obtendo-se o seguinte resultado, 138 mg/kg que será apresentado no laudo.
Figura 21 – Medição do fósforo com o fotocolorímetro. Fonte: Próprio Autor.
· Determinação do Sódio
	O sódio é um metal alcalino, o qual constitui os cátions trocáveis do solo. Apesar do Sódio (Na) não ser um nutriente ele compõe a soma de base e a CTC na metodologia de Albrecht, por isso o sódio precisa ser determinado. Em solos “saudáveis” ele normalmente é zero ou bem próximo disso, por isso muitas vezes é ignorado. Para Albrecht o limite máximo de sódio no solo é 1%, acima disso já é crítico.
	A análise do sódio é realizada utilizando-se como solução extratora o Mehlich-1. (Figura 22). A determinação é feita utilizado o fotômetro de chamas.
Figura 22 –Extração do sódio com solução extratora Mehlich-1. Fonte: Próprio Autor.
· Determinação do Potássio
	O Potássio (K) é um macronutriente catiônico, sendo considerado o mais abundante na planta. Sua principal forma de absorção é pelas raízes e não faz parte de nenhuma estrutura ou molécula orgânica na planta.
Entre os fertilizantes consumidos pela agricultura brasileira, o potássio (K) é o segundo mais utilizado. As condições que podem predispor à deficiência de K são os solos de reação ácida e de textura arenosa, com elevada lixiviação.
	A deficiência de potássio provoca necrose nas margens das folhas mais velhas que, em alguns casos, pode estender-se para as áreas internervais. A maneira usual para a correção desta deficiência, está na aplicação de fertilizantes potássicos em cobertura, via fertirrigação (ex.: 70 a 80 kg ha1 de K2O na forma de cloreto ou sulfato de potássio) (YURI et al. 2016).
Na adubação potássica após o transplantio das mudas de alface, Fontes (1999) recomenda aplicar doses de 60 a 120 kg ha1 de K2O dependendo do teor de K do solo.
	A extração é feita utilizando-se como solução extratora o Mehlich-1. A determinação é realizada utilizando o fotômetro de chamas com a solução padrão para o potássio.
· Determinação do hidrogênio mais alumínio
	Um dos fatores limitantes ao desenvolvimento das culturas é a acidez do solo. Os solos brasileiros são, em geral, solos ácidos e com baixa disponibilidade de nutrientes necessários ao maior rendimento das lavouras. Portanto, uma prática, que se torna necessária, é a correção desta acidez criando condições melhores tanto na fertilidade do solo como nas plantas.
Esta acidez se refere aos íons de hidrogênio trocáveis retidos nos coloides do solo. A acidez potencial caracteriza o poder tampão de acidez do solo e sua estimativa acurada é fundamental para se estimar a capacidade de troca catiônica a pH 7,0 (CTC).
	O processo de extração é realizado pesando 5 g de solo (TFSA), colocando em Erlenmeyer de 250 mL e acrescentando 75 mL de solução de acetato de cálcio 0,5 mol L-1 pH 7,0.
Para a prova em Branco: é adicionado 75 ml do acetato de cálcio em erlenmeyer de 250ml cobrindo em seguida os erlenmeyers com filme de plástico imediatamente. Em seguida é agitado durante 10 minutos em agitador horizontal circular e depois deixando em repouso durante uma noite. (Figura 23).
Figura 23 –Agitador horizontal circular. Fonte: Próprio Autor.
	Para a determinação do hidrogênio mais alumínio é pipetado 25 mL da solução sobrenadante obtida com acetato de cálcio sendo transferido para Erlenmeyer de 125 mL (evitando o arraste de partículas de solo). Logo após é adicionado três gotas da solução de fenolftaleína, titulado com solução padronizada de 0,025 mol L-1 de NaOH até o desenvolvimento da cor rósea persistente. (Figura 24). Utilizar uma prova em branco para cada série de amostras.
Figura 24 –Determinação acidez potencial. Fonte: Próprio Autor.
· Determinação do teor de matéria orgânica
	A matéria orgânica do solo apresentacompostos de origem vegetal, animal e microbiana. Ela influencia as propriedades químicas e, principalmente, físicas nos solos. A matéria orgânica é a grande responsável pela estabilidade de agregados além de ser a maior parcela da CTC (Capacidade de Troca de Cátions) devido aos grupos carboxílicos dos ácidos fúlvicos e húmicos sendo ainda responsável pela manutenção da biota no solo (LABORSOLO, 2017).
	Nas análises em laboratório foi efetuada a amostra em branco sendo titulada com a solução de sulfato ferroso amoniacal 0,05 mol L-1.
	O processo de análise se iniciou tomando em torno de 20 gramas de terra fina seca em estufa, que foi triturado em gral e em seguida pesada em balança eletrônica obtendo a medida de massa aproximada de 0,5 g. (Figura 25).
Figura 25 – Trituração do solo para análise carbono. Fonte: Próprio Autor.
	Foi adicionado 10 mL de solução de K2Cr2O7 0,0667 mol L-1 em Erlenmeyer de 250 mL.
	A amostra foi aquecida em uma chapa aquecedora com temperatura de 150 oC até a fervura branda e/ou durante 5 min, tendo como característica a cor amarela castanha. (Figura 26).
Figura 26 – Chapa aquecedora 150 oC. Fonte: Próprio Autor.
	O material foi esfriado a temperatura ambiente sendo acrescentado 80 mL de água destilada.
	Em seguida foi adicionado 2 mL de ácido ortofosfórico e três gotas do indicador difenilamina a 10 g/L, sendo titulado posteriormente com a solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1 mol L-1. (Figura 27).
Figura 27 –Determinação do carbono sendo titulado com a solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1 mol L-1. Fonte: Próprio Autor.
4.2.3 Interpretação de resultados da análise de solo
	A análise de solo para fins de recomendação de fertilizantes é um processo no qual são utilizados métodos rápidos para estimar a disponibilidade de nutrientes.
	Um resultado de análise de solo, mesmo obtido por um método que se correlacione com o crescimento da planta, tem sua interpretação limitada caso não se disponha dos padrões de comparação. Os padrões de comparação são obtidos em experimentos de campo, nos quais se avalia, prioritariamente, a produção das culturas em relação aos teores do nutriente medidos no solo. Este procedimento denomina-se calibração (SOBRAL et al. 2015).
	As tabelas com as classes de interpretação de resultados podem variar em função dos métodos de extração utilizados pelos laboratórios. Portanto os critérios de interpretação não são únicos e variam, notadamente entre estados.
Contudo, desde que o método de análise seja o mesmo, a interpretação dos resultados pode ser realizada com base na consulta a tabelas de diferentes estados (FURTINI NETO et al., 2001).
· Cálculo e interpretação do laudo na fertilidade do solo
Tabela 1. Laudo fertilidade do solo
Protocolo 00 de 21/11/19
	
Interessado: Wandercleyson da Silva
	Data: 02/12/2019
	
Localidade: Município de Sobral-CE
	Local: Sobral-CE
RESULTADOS DA ANÁLISE DE SOLO – ANÁLISE DE FERTILIDADE
	Identificação da
Amostra
	Carbono
	Mat. Org.
	pH
	Fósforo
	Potássio
	Cálcio
	Magnésio
	Sódio
	Lab. No.
	Cliente
	g/kg
	
	mg/kg
	cmolc/kg
	
	Amostra 01
	4,04
	6,98
	7,7
	138,0
	0,153
	4,5
	0,59
	0,130
	
	
	
	
	
	Muito Alto
	Médio
	Alto 
	Médio
	
	Alumínio
	Hidrogênio 
+
 Alumínio
	SB
	CTC
	V
	PST
	m
	CE
	cmolc/kg
	%
	dS/m
	0,0
	0,0
	5,373
	5,373
	100
	2,41
	0,0
	 0,57
Extratores: P, Na e K – Mehlich: Ca, Mg e Al – KCl: H+Al – Acetato de Cálcio. pH – água (1:2,5)
Responsável:
Soma de bases (SB)
	A soma de bases trocáveis (SB) de um solo, argila ou húmus representa a soma dos teores de cátions permutáveis, exceto H+ e Al³+, dá uma ideia da quantidade de cátions que o solo possui. Solos pobres apresentam baixa soma de cátions:
SB = Ca²++ Mg²++ K++Na+
SB = CÁLCIO+MAGNÉSIO+POTÁSSIO+SÓDIO
SB = 4,5 + 0,59 + 0,53 + 0,13
SB = 5,373
Capacidade de troca de cátions (CTC)
	A capacidade de troca de cátions (CTC) de um solo, de uma argila ou do húmus representa a quantidade total de cátions retidos à superfície desses materiais em condição permutável.
CTC= SB+(H++Al3+)
Capacidade de Troca de Cátions = Soma de Bases+Hidrogênio+Alumínio
CTC = 5,373 + 0
CTC = 5,373
	Índice de saturação por base (V%)
	O conhecimento da percentagem de saturação por bases é muito importante para conhecer o nível de fertilidade do solo. Um solo que apresenta baixo V% significa que existe uma maior adsorção de Al³+ e H+ e quantidades menores dos cátions básicos Ca²+, Mg²+ e K+, adsorvidos nos coloides do solo. Costuma-se dizer que o solo que apresentar a percentagem de saturação por bases (V%) maior que 50% é considerado um solo fértil. Solos com V menor que 50% seriam chamados de solos não férteis ou de baixa fertilidade. Os solos com V maior que 50% seriam chamados de “eutróficos” ou férteis. São solos ricos em nutrientes, especialmente Ca. A CTC destes solos armazena mais da metade dos cátions básicos. Os solos com V% menor que 50% seriam os solos “distróficos” ou pouco férteis (GISMONTI, 2012).
V(%) = (100xSB)/CTC
V=(100X5,373)/5,373
V = 100
	Índice de saturação por alumínio trocável (Al3+)
	Conhecida, também, pela letra “m”, leva em consideração o teor de alumínio trocável do solo e a Capacidade de Troca de Cátions Efetiva, ou seja, os valores de Al³ e CTC. O valor “m” é expresso em %. O valor "m" nos dá uma ideia de quanto dos pontos de troca estão ocupados pelo Al³ ou quanto da CTC efetiva está ocupada pelo alumínio trocável ou, acidez trocável. Solos que apresentam valores muito alto de "m%" provocam sérias limitações no desenvolvimento das plantas e na produtividade das lavouras. Alguns recomendam que quando o valor m% é maior que 20, a calagem torna-se necessária, imperiosa. Alguns autores, mais exigentes, usam valor m% maior que 10. Quanto mais ácido é um solo, maior o teor de Al³ trocável, menor soma de cátions trocáveis, maior saturação de Al (GISMONTI, 2012).
M = 100xAl3+/SB+Al3+
M = (100X0)/(5,373+0)
M = 0
	Porcentagem de Sódio Trocável (PST)
	Avalia a quantidade de sódio que existe no solo em percentual.
PST = 100xNa+/CTC
PST = (100X0,130)/5,373
PST = 2,41%
· Correção do Solo
	A correção dos solos ácidos se faz necessária por cinco razões:
a) elevar o pH do solo a nível satisfatório de modo a propiciar um melhor desenvolvimento da cultura;
b) corrigir deficiências de cálcio e magnésio;
c) eliminar toxidez do alumínio trocável;
d) melhorar o ambiente físico para as raízes;
e) melhorar o aproveitamento dos fertilizantes.
	Deste modo, a calagem é importante tanto na correção da acidez do solo e toxidez de alumínio como na nutrição das plantas. Vale lembrar que calcário em demasia é tão prejudicial quanto a sua não utilização (AQUINO et al.,1993).
	Métodos utilizados para a determinação da necessidade de calcário (NC)
	Inúmeros métodos têm sido descritos na literatura, com objetivo de estimar a quantidade de calcário a ser aplicada (NC). O método padrão consiste na incubação do solo com quantidades crescentes de corretivo, recaindo a dose naquela quantidade que eleva o pH do solo ao valor mais adequado (AQUINO et al.,1993). Embora preciso, não é utilizado nos trabalhos de rotina, por ser muito demorado e consumidor de material e de mão de obra. No entanto, é utilizado como padrão para calibração de outros métodos. Nos trabalhos rotineiros, são utilizados os seguintes métodos:
a) teores de alumínio trocável e/ou cálcio + magnésio trocáveis;
b) tampão SMP[footnoteRef:2]; [2: 	A sigla que identificam o método se referem aos criadores do método: Shoemaker, Mac lean e Pratt (SMP).] 
c) saturação de bases.
	Nos laboratórios do Estado do Ceará, utiliza-se o primeiro método acima em destaque e descrito a seguir.
	Cálcio + Magnésio trocáveis (Ca2+ + Mg2+)
NC (t ha−1)=3−(meq Ca2+ + Mg2+/100 cm3)x100/PRNT
	Alumínio trocável (Al3+)
NC (t ha−1)=2x(meq Al3+/100 cm3)x100/PRNT
	Utilizar a maior das quantidades de calcário determinadas pelas fórmulas acima. É recomendável o uso do calcário dolomítico, principalmente em solos com teor de magnésio inferior a 5mmolc/dm3.
	O calcário deve ser distribuído a lanço, sobre a superfície do terreno e, em seguida, incorporadoa uma profundidade de 20 cm
	No laudo as medidas são em mmolc/dm3 (milimol de carga por decímetro cúbico). Para aplicar o cálcio e o magnésio ou o alumínio na fórmula é necessário fazer a conversão mmolc/dm3 para meq (miliequivalente). Nesse caso para fazer a conversão divide o valor do cálcio, magnésio e alumínio por 10.
	Na análise do solo do experimento, não ha necessidade de calagem, pois o cálculo ficará negativo.
· Adubação
	Em geral, os resultados da análise de fertilidade do solo vêm acompanhados da sugestão de adubação para a cultura indicada pelo agricultor. Essa sugestão, que está em função dos níveis de nutrientes do solo, poderá ou não ser modificada pelo engenheiro agrônomo de acordo com a situação do local.
	Uma vez definidas as doses de NPK leia-se N(nitrogênio), P(P2O5), K(K2O) a serem utilizadas na adubação, cabe ao técnico escolher os fertilizantes e calcular as quantidades a serem aplicadas.
	Fonte de nitrogênio
Em geral, o nitrogênio é o nutriente que as plantas necessitam em maior quantidade. Ele faz parte de muitos compostos da planta, principalmente as proteínas.
A sua adição ao solo é feita através dos fertilizantes nitrogenados, temos como exemplo a ureia:
Ureia – 45% de N
	Fonte de fósforo
As necessidades de fósforo podem ser supridas através dos fertilizantes fosfatados como o superfosfato simples:
Superfosfato simples – 17% P2O5
	Fonte de potássio
Este suprimento de potássio é feito com a adição ao solo dos fertilizantes potássicos. Entre eles temos o cloreto de potássio.
Cloreto de potássio – 60% K2O
	 Na cultura da alface a adubação foi feita seguindo as recomendações de adubação para o Estado do Ceara. 
	De acordo com os dados mostrados na análise de solo (tabela 1), existe uma quantidade bem alta de fósforo, sendo exigido apenas a recomendação para o potássio P e o nitrogênio N. Essa adubação será feita baseado nos resultados apresentados pela Tabela 2, adaptada do Manual de Recomendações de adubação e calagem para o Estado do Ceará.
Tabela 2 – Recomendação de adubação Nitrogênio, Fósforo e Potássio para a alface 
	
ÉPOCA
	
N
	P2O5
	K2O
	
	
	P no solo mg/dm3
	K no solo mmolc/dm3
	
	
	0-7,1
	7,2-14,2
	>14,2
	0 – 0,8
	0,9-1,6
	>1,7
	g/m2
	Plantio
	4
	25
	15
	8
	8
	5
	3
	Cobertura
	9
	-
	-
	-
	8
	6
	3
	Para fazer o cálculo da adubação é necessário utilizar uma regra de trés simples, que consiste em descobrir um valor não identificado, por meio de outros três, sendo importante agrupar as grandezas da mesma espécie em duas colunas.
	É necessário também converter o potássio (K) da Tabela 1 em cmolc/kg para mmolc/dm3 multiplicando o valor por 10 para em seguida poder efetuar o calculo de adubação utilizando os valores convertidos do potássio da Tabela 2.
	Cálculo adubação plantio
Fonte de nitrogênio plantio
Qual a quantidade de ureia para fornecer 4 g/m2 de N?
100 g de ureia..................................45g de N
X de ureia..................................…...4g de N
X = (100 g de ureia x 4 g de N)/45 g de N
X= 8,8gm2 de ureia
Transformando g/m2 em g/planta para adubação
Espaçamentos da cultura = 0,3 m entre linhas x 0,25 m entre plantas = 0,075 m2
8,8gm2…………………..1m2
X………………………….0,075m²
X=0,66 g/planta
Fonte de fósforo plantio
Não é necessário
Fonte de potássio plantio
Qual a quantidade de cloreto de potássio (KCl) suficiente para fornecer 5 g/m2 de K2O?
100 g de KCl .....................................60g de K2O
X de KCl ....................................…….5g de K2O
X = (100 g de KCL x 5 g de K2O)/60 g de K2O
X= 8,33gm2 de cloreto de potássio
X=0,62 g/planta
	Cálculo adubação cobertura
Fonte de Nitrogênio cobertura
Qual a quantidade de ureia para fornecer 9 g de N?
100 g de ureia..................................45g de N
X de ureia..................................…...9g de N
X = (100 g de ureia x 9 g de N)/45
X= 20gm2 de ureia
X=1,5 g/planta
Fonte de fósforo cobertura
Não recomendado
Fonte de potássio cobertura
Qual a quantidade de cloreto de potássio (KCl) suficiente para fornecer 6 g de K2O?
100 g de KCl ..................................…...60g de K2O
X de KCl ....................................……….6g de K2O
X = (100 g de KCL x 6 g de K2O)/60 g de K2O
X= 10gm2 de cloreto de potássio
x=0,75g/planta
4.3 ATIVIDADES EXTRACURRICULARES
	No período do estágio foram realizadas algumas atividades extracurriculares como monitorias, publicação de artigos científicos e execução de projetos de extensão.
4.3.1 Monitoria
· Química e Fertilidade do Solo
Figura 28 – Atividades práticas da monitoria em laboratório e coleta de solos em campo. Fonte: Próprio Autor.
4.3.2 Artigos Científicos
· Desenvolvimento de Plantas de Alface Irrigadas Com Água de Descarte do Destilador (XII CONNEPI)
Figura 29 – XII CONNEPI. Fonte: Próprio Autor.
4.3.3 Projetos de Extensão
· Produção de Material de Apoio Didático Colaborativo ao Estudo da Salinidade dos Solos para Professores das Escolas de Sobral
Figura 30 – Apresentação do projeto de extensão aos professores das escolas públicas distrito Jaibaras Sobral CE. Fonte: Próprio Autor.
5. CONCLUSÕES
	O Estágio Curricular possibilitou a integração da formação acadêmica com os trabalhos realizados pelo profissional no ambiente de trabalho.
	O estágio é essencial, pois permitiu ao aluno vivenciar na prática alguns conhecimentos que foram repassados em sala de aula.
	Através das atividades executadas, foi possível aprender a instalar um sistema de irrigação, além de realizar as praticas de laboratório como as analises de solo, bem como os projetos de pesquisas e extensão, que serão de fundamental importancia para a vida do profissional.
	Diante desses aspectos é possível destacar que o estágio facilita o aprendizado do aluno, pois antecipa essa vivência laboral, que será realizada após a formação do estudante quando estiver atuando no mundo do trabalho.
	
6. REFERÊNCIAS
AMARO, Geovani B. et al. Recomendações técnicas para o cultivo de hortaliças em agricultura familiar. Embrapa Hortaliças-Circular Técnica (INFOTECA-E), 2007.
AQUINO, A.B. et al. Recomendações de adubação e calagem para o estado do Ceará. Fortaleza: UFC, 1993. 247 p.
Ayers, R. S.; Westcot, D. W. A qualidade da água na agricultura. Campina Grande: UFPB, 1991. 218p. Estudos FAO: Irrigação e Drenagem, 29 revisado 1.
DEGENHARDT, J.; LARSEN, P.B.; HOWELL, S.H. Aluminum resistance in the Arabidopsis mutant alr-104 is caused by an aluminum-induced increase in rhizosphere pH. Plant Physiology, v. 117, n. 1, p. 19-27, 1998
FAQUIN, V. Nutrição mineral de plantas. Lavras: ESAL: FAEpE, 1994. 227p.
FONTES, p.C.R. Alface. In: RIBEIRO, A.C.; GUIMARÃES, P.TG.; ALVAREZ VENEGAS, V.H. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais _ 5ª aproximação. Viçosa: CFSEMG, 1999. p. 177
FURTINI NETO, A. E.; VALE, F. R.; RESENDE, A. V.; GUILHERME, L. R. G.; GUEDES, G.A.A. Fertilidade do solo. 2001. 252f. Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Solos e Meio Ambiente) – Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão, Universidade Federal de Lavras, Lavras.
FURTINI NETO, A. E.; VALE, F. R.; RESENDE, A.V.; GUILHERME, L. R. G.; GUEDES, G.A.A.Fertilidade do solo. 2001. 252f. Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Solos e Meio Ambiente) – Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão, Universidade Federal de Lavras, Lavras.
GISMONTI Percentagem de Saturação por Bases (V%) na Análise do Solo. Disponivel em: < https://agronomiacomgismonti.blogspot.com/2012/07/percentagem-de-saturacao-por-bases-v-na.html/> Acesso em: 8 jan. 2020.
LABORSOLO. Matéria Orgânica na Análise de Solo Disponível em: <https://https://www.laborsolo.com.br/analise-quimica-de-solo/materia-organica-na-analise-de-solo/> Acesso em: 8 jan. 2020.
LOPES, A.S. Manual de fertilidade do solo. Piracicaba: Fundação Cargill, 1998. l77p
NOLLA, A.; SCHLINDWEIN, J. A.; ANGHINONI, I. Crescimento, morfologia radicular e liberação de compostos orgânicos por plântulas de soja em função da atividade de alumínio na solução do solo de campo natural. Ciência Rural, v. 37, n. 1, 2007.
Plano de DesenvolvimentoInstitucional (2019 - 2023) (pdf). IFCE, 2019. Disponível em: https://ifce.edu.br/instituto/documentos institucionais/plano-de-desenvolvimento-institucional/pdi-2019-23-versao-final.pdf/view. Acesso em: 10 Dez. 2019.
RAIJ, B. Van. Fertilidade do Solo e Manejo de Nutrientes. International Plant
Nutrition Institute. Piracicaba, 2011.
SOBRAL, Lafayette Franco et al. Guia prático para interpretação de resultados de análises de solos. Embrapa Tabuleiros Costeiros-Documentos (INFOTECA-E), 2015.
TEIXEIRA, P. C. et al. Manual de métodos de análise de solo. 3ª. ed. rev. e ampl. – Brasília, DF : Embrapa, 2017. 574 p. : il. color.

Continue navegando