Buscar

Leishmaniose: Protozoário Parasita

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Leishmaniose 
→ Resumo 
 Protozoários/protoctistas/protistas: 
Seres unicelulares que podem causar 
parasitismo (relação desarmônica que 
traz prejuízo para um dos seres vivos) 
Heterotróficos = precisam de um 
alimento do meio externo por não 
conseguirem produzir o seu alimento; 
Autotróficos = alguns protozoários 
conseguem produzir seus alimentos 
Seres eucariontes = possuem um 
envoltório nuclear que delimitam o seu 
material genético do núcleo 
 
→ Introdução 
 Causada por um protoctista 
 Protozoários Leishmania sp. 
 Flebotomíneos = mosquitos vetores 
 conseguem participar das 
transmissões das doenças 
 Hospedeiros (podem ser silvestres ou 
domésticos) = utilizam o ser vivo como 
fonte de nutrição, proteção 
 
→ Generalidades 
 Indícios históricos da ocorrência de 
leishmaniose  vasos de cerâmica = 
potes mochicas e huacos peruanos 
(300-800 a. C.) 
 Distribuição geográfica da 
Leishmaniose: 
o 88 países: 
Leishmaniose tegumentar: 1,5 milhões 
casos/ano 
Leishmaniose visceral: 500 mil 
casos/ano 
90% dos casos leishmaniose visceral: 
Brasil, Bangladesh 
Leishmaniose tegumentar: Peru, 
Argentina, Brasil 
Países frios não tem muita incidência 
do vetor = maior incidência devido ao 
clima 
 
→ Agente etiológico 
 Agente etiológico = espécie que causa 
a doença 
 Protoctista  ordem Kinetoplastida  
família trypanosomatidae  espécie 
Leishmania sp. 
 Cinetoplasto = organela  mitocôndria 
diferenciada com formato de bastão 
presente nas células do parasita 
 Várias espécies que podem causar a 
Leishmaniose = tem-se vários 
subgêneros 
 Gênero = Leishmania 
 Subgênero = Viannia e Leishmania 
 Leishmaniose tegumentar americana 
(brasil): 
Leishmania (v) brasiliensis* 
Leishmania (v) guyanensis* 
Leishmania (v) shawl 
Leishmania (v) lainsoni 
Leishmania (l) amazonensis* 
Leishmania (v) naiffi 
 Leishmaniose visceral: 
Leishmania (l) donovani 
Leishmania (l) infantum infantum 
Leishmania (l) infantam chagasi* (Brasil) 
 
→ Estágios evolutivos Leishmania sp. 
 Amastigota: 
Célula amastigota parasitando 
macrófago 
Células arredondadas 
 Promastigota: 
Células alongadas 
Possui núcleo e cinetoplasto na porção 
anterior 
Geralmente é o flagelo que vai 
reconhecer a célula para infectar 
 Paramastigota (estágio intermediário): 
Célula oval 
Cinetoplasto está ao lado do núcleo 
 
→ Amastigota 
 Ovoide ou esférico 
 1 núcleo e 1 cinetoplasto (forma de 
bastao) 
 Não apresenta flagelo livre 
 Interior dos fagolisossomos dos 
macrófagos 
 Forma de resistência e de 
colonização parasitaria no hospedeiro 
 
→ Promastigotas 
 Formato alongado 
 1 núcleo central 
 1 flagelo livre (região anterior) ( 
 1 cinetoplasto formato de bastão 
(entre a região anterior e núcleo) 
 A forma promastigota tem mais 
mobilidade (vantagem), mas é mais 
suscetível a ação do sistema 
imunológico (desvantagem). 
 Apenas no início da lesão 
 
→ Hospedeiro invertebrado 
 Flebotomineos = subfamília 
phlebotominae 
 Flebotomineos que realizam a 
transmissão da leishmaniose e são 
hospedeiros invertebrados = gênero 
Lutzomyia 
 Flebotomineos são hmatófagos 
 L. visceral = Lutzomyia longipalpis 
 L. tegumentar americana = Lutzomya 
infantumm L. pessoai, L. intermedia, L. 
umbrallis, entre outras 
 Hospedeiro invertebrado e vetor 
biológico = mosquito palha, birigui, 
cangalha, asa branca, tatuquira 
 Vetor biológico = vetor onde o 
parasita é transportado e sofre 
mudanças morfológicas, realizam 
reprodução assexuada; vetor 
mecânico apenas transporta 
 
→ Hospedeiro vertebrado 
 Grande variedade de mamíferos (tatu, 
tamanduá, preguiça, cavalo, roedores, 
primatas, seres humanos, canideos) 
 
→ Ciclo biológico 
 A forma promastigota ao infectar 
através da picada vai inocular as 
formas amastigotas no tecido. 
 No tecido tem-se a fagocitose dos 
macrófagos e outras células 
fagocíticas no local e vão se 
transformar em amastigotas, sendo 
só uma via, que vão se reproduzir, 
ocorreNDO depois a liberação. 
 Reação inflamatória no local e as 
amastigotas podem circular na 
corrente sanguínea e um outro 
inseto sadio pode se contaminar. 
 A forma infectante = quem inocula, 
inocula a forma promastigota 
metacíclica 
 A forma promastigota dentro do 
inseto vai realizar uma transformação 
= metaciclogenese. O flagelo está 
mais alongado e isso faz com que o 
parasita fique mais infectivo, 
 Um hospedeiro vertebrado, após a 
fagocitose, tem a transformação em 
amastigota e, após 24h, tem-se 
milhares de células amastigotas sendo 
produzidas, que vão romper o 
fagolisossomo liberando amastigotas 
 Um novo inseto sadio vai se infectar 
com as células amastigotas 
 Quem infecta o ser humano? Células 
promastigotas metaciclicas 
 Quem infecta o inseto vetor? Células 
amastigotas 
 As amastigotas após estarem no 
intestino passam por um processo de 
transição, que é a paramastigota 
 De paramastigota ela se transforma 
em promastigota 
 Quem realiza reprodução assexuada 
no inseto é a celula promastigota, que 
depois sofre metaciclogenese e se 
transforma em promastigota 
metaciclica 
 Células que realizam reprodução 
assexuada em seus respectivos 
hospedeiros  no hospedeiro 
vertebrado = amastigota; no 
hospedeiro invertebrado = 
promastigota 
 
→ Patogenia 
 O inseto vai inocular = algumas 
substancias junto com sua saliva no 
tecido contem substancias que são 
anticoagulantes, imunomodulatorias 
(que vai impedir que haja destruição 
momentânea das células que estão 
sendo inoculadas) e anestésicas (que 
facilitam a hematofagia) 
 No local da lesão tem-se a resposta 
inflamatória com fagocitose das 
promastigotas metaciclicas e maior 
infiltrado leucocitário 
 Como a promastigota se transforma 
em amastigota, a resposta inflamatória 
tem uma evolução crônica, ou seja, 
não se destrói facilmente = por isso 
tem-se uma ferida que demora a 
cicatrizar (uma das principais 
características sintomatológicas da 
leishmaniose) 
 
→ Formas clinicas 
 Leishmaniose tegumentar 
americana (período de incubação = 
período de inoculação do parasita 
até chegar os sintomas; pode ser 2-
4 semanas e tem casos que 
demoram anos) 
Cutânea: 4 especies que 
desencadeiam a leishmaniose 
cutânea  L. (L.) amazonensis, L 
(V) braziliensis, L (V) guayanensis e 
L (V) lainsoni 
 Característica de necrose, que 
é a formação de ulcera rasa (na 
maioria dos casos, mas também 
pode ter ulceração profunda) com 
borda saliente (nessa região da 
extremidade que se tem uma 
resposta mais ativa). Essa ulcera é 
conhecida como ulcera de Baurú ou 
ferida brava. Pode se ter lesões não 
ulcerosas, que são lesões que 
podem ter hiperplasia da pele com 
a formação de pápulas ou verrugas 
(hiperplasia da epiderme com 
crescimento verrucoso ou 
papilomatoso). Cicatrização demora 
de 12 a 15 meses. 
Cutaneomucosa: 2 espécies  L V 
braziliensis e L V guayanensis 
 Fase inicial semelhante a 
cutânea. Tem uma evolução 
crônica e vai migrar para as 
mucosas, que vai destruindo através 
de repostas inflamatórias o tecido 
das mucosas (principalmente nasais, 
oral). Nariz de anta. Propensão a 
metástases em mucosas (nariz, 
faringe, boca e laringe), 
comprometimento ganglionar, 
formação de nódulos circunscritos e 
ulceração na porção cartilaginosa. 
Lesão de mucosa aparece dentro 
de 5 anos após a lesão primaria 
cutânea. Sintomas iniciais de coriza 
crônica, obstrução nasal e na 
medida que aparecem as lesões 
ulcerativas, aparece dor. 
Cutâneo difusa: somente a L. L. 
amazonensis pode causar 
 Nas lesões difusas, tem-se 
nódulos não ulcerados ou erupções 
papulares. É uma evolução crônica 
e o L. L. amazonensis causa uma 
depressão da resposta imune 
celular e devido a isso não há 
resposta ao diagnostico pelo teste 
deMontenegro, dá um falso 
negativo, porque ele tem uma 
característica de imunomodulação 
que deprimem a reposta imune 
celular, que possuem células que 
vão reconhecer o parasita de forma 
mais adequada. 
 Leishmaniose visceral (calazar): L L 
donovani, L L infantum infantum, L 
L infantum chagasi (brasil) 
Doença infecciosa sistêmica 
de evolução lenta = causa 
alterações no fígado, baço 
(esplênicas), medulares (induzem 
deficiência na produção de algumas 
células, causando por exemplo 
anemia). Sintomas de febre 
irregular, anemia, hepatomegalia, 
esplenomegalia, icterícia, ascite, 
edema, emagrecimento, caquexia, 
hemorragia, alterações pulmonares 
e renais. Óbito em 90% dos casos 
que não realizam tratamento 
adequadoTem uma característica 
de patogenicidade mais exacerbada 
porque tende a migrar via 
hematogenica e se estabelecer de 
forma crônica e lenta em alguns 
órgãos característicos 
 
 
→ Diagnóstico 
 Clinico: aspecto da lesão, anamnese, 
sintomas, doenças pré-existentes 
 Diagnostico diferencial: hanseníase, 
paraccoocidiomiose, carcinoma 
basocelular, esporotricose, 
tuberculose cutânea 
 
→ Diagnóstico laboratorial 
 Métodos parasitológicos: exame 
direto de esfregaços corados 
(biopsia, escarificação e punção 
aspirativa – lesão ou medula), exame 
histopatológico 
 Métodos imunológicos: 
intradermorreação (teste de 
Montenegro), ELISA, 
imunocromatografia, RIFI 
 Biologia molecular: PCR 
 
→ Tratamento quimioterápico 
 Antimoniais pentavalentes = inibe as 
enzimas da via glicolitica (dificuldade na 
produção energética) e a atividade de 
oxidação de ácidos graxos em 
amastigotas  estibogluconato de 
sódio (pentostar), antimoniato de 
meglumine (glucantime) 
 Pentamidina (diamidina) = danifica o 
DNA mitocondrial (cinetoplasto) 
 Anfotericina B = atua nos esteróis e 
fosfolipideos das membranas do 
parasita 
 Anfoterecina B associada com 
lipossomos = importante em casos de 
resistência aos antimoniais 
 
→ Medidas profiláticas 
 Contribuição de casa com distância 
segura da mata 
 Pulverização com inseticidas 
 Vacinação de cães 
 Utilização de repelentes 
 Utilização de mosqueteiros 
 Acondicionamento correto do lixo 
 Coleira canina

Outros materiais