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TRABALHO HISTORIA DA ENFERMAGEM ,ETICA E LEGISLAÇÃO JURI SIMULADO GRUPO3 DEFESA

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CENTRO DE ENSINO GRAU TÉCNICO 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
 
 
Aline Maria Souza Navegantes 
Ana Claudia Pereira da Silva Benedito 
Dilma Das Graças Oliveira 
Gisele Gomes de Jesus 
Marcelo Senna Carvalho De Oliveira 
Maria Aparecida Cardoso Barbosa 
Mirilandes Rosa Gomes 
Patrícia Alves de Oliveira 
Soraia Nunes de Souza 
Vilma Cristina de Souza 
 
 
 
 
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM, ÉTICA E LEGISLAÇÃO: 
Uma análise da conduta ética dos profissionais de saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
2021 
CENTRO DE ENSINO GRAU TÉCNICO 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
Aline Maria Souza Navegantes 
Ana Claudia Pereira da Silva Benedito 
Dilma Das Graças Oliveira 
Gisele Gomes de Jesus 
Marcelo Senna Carvalho De Oliveira 
Maria Aparecida Cardoso Barbosa 
Mirilandes Rosa Gomes 
Patrícia Alves de Oliveira 
Soraia Nunes de Souza 
Vilma Cristina de Souza 
 
 
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM, ÉTICA E LEGISLAÇÃO: 
Uma análise da conduta ética dos profissionais de saúde 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina História da 
Enfermagem, ética e Legislação do Curso 
Técnico em Enfermagem, do Centro de Ensino 
Grau Técnico – Unidade BH - Centro, como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
Técnico em Enfermagem. 
 
Profª. Camila Corrêa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
 2021 
 
Uma análise da conduta ética dos profissionais de saúde 
 
RESUMO 
 
O profissional da enfermagem, no exercício do desenvolvimento da saúde, é 
acometido por diversas responsabilidades, especialmente na terapêutica 
medicamentosa, quando, ao administrar o medicamento, assume o último ciclo do 
procedimento e, portanto, contempla a passagem do risco hipotético para o risco 
real. Destaca-se, assim, a importância da análise referente à responsabilização 
subjetiva ou objetiva desses operadores no caso de erros no exercício dessa função. 
Com este intuito realizaremos estudo acerca da responsabilização por ausência do 
dever de informar, além daquela referente aos erros advindos da falha na 
terapêutica medicamentosa, o que permitirá a conclusão referente à modalidade de 
responsabilização desses profissionais. 
PALAVRAS-CHAVE: Uma análise da conduta ética dos profissionais de saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The nursing professional, in the practice of health development, has several 
responsibilities, mainly concerning drug therapy. When administering medication, this 
professional, in the last stage of the procedure, faces a risk that turns from 
hypothetical to real. It matters, then, an analysis about his/her liability, be subjective 
or objective, in case of errors when exercise his/her job. This paper aims to study the 
liability that occurs in the absence of the duty to inform, and also that related to errors 
in drug therapy, thus making it possible to conclude about the nature of the liability 
regarding these professionals. 
KEYWORDS: Ananalysisoftheethicalconductofhealthprofessionals 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO GERAL ........................................................................................... 4 
2 ARTIGOS DE DEFESA ........................................................................................... 6 
2.1 Código de ética dos profissionais de enfermagem ............................................ 6 
2.2 Código de ética do profissional Biomédico ........................................................ 7 
2.3 Código penal Brasileiro ..................................................................................... 9 
3 DOS MEDICAMENTOS ENVOLVIDOS NO CASO ............................................... 11 
3.1 O que devo saber sobre o uso da Adrenalina ................................................. 11 
3.2 Forma Farmacêutica ....................................................................................... 11 
3.3Informações ao paciente .................................................................................. 11 
3.3.1Para que esse medicamento é indicado ................................................ 11 
3.4Como este medicamento funciona ................................................................... 11 
3.5Quando devo usar este medicamento .............................................................. 11 
3.6O que devo saber antes de usar este medicamento ........................................ 12 
3.7Onde, como, por quanto tempo devo guardar este medicamento .................... 12 
3.8Como devo usar este medicamento ................................................................. 13 
3.9O que devo fazer quando esquecer de usar este medicamento....................... 13 
3.10Quais os males que este medicamento pode causar ..................................... 13 
3.11 O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste 
medicamento ........................................................................................................ 14 
4 RELATO DO CASO .............................................................................................. 15 
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 17 
6 REFERENCIAS .................................................................................................... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO GERAL 
 
Os profissionais de enfermagem se destacam cada vez mais em sua atuação 
no que diz respeito aos serviços de saúde ofertados ao público. Tal fato ocorre 
devido à crescente. Complexidade dos atendimentos de saúde que requerem, na 
maior parte das vezes, a atuação de vários profissionais de distintas áreas. O 
enfermeiro ou mesmo o técnico de enfermagem estão diretamente ligados a todos 
os estágios do paciente no ambiente hospitalar e são os responsáveis pelos 
cuidados do doente desde sua entrada no hospital, passando pelo seu tratamento e 
até sua liberação. Neste quadro, uma das grandes funções desses profissionais é a 
administração dos medicamentos receitados ao paciente, situação que compreende 
a atuação de diversos profissionais, visto que se inicia com a prescrição médica, 
continua com o fornecimento do medicamento pelo farmacêutico e se finaliza com a 
administração propriamente dita, realizada pelos profissionais de enfermagem Para 
que essa administração medicamentosa, operada pela equipe de enfermagem, dê-
se deforma eficiente, é necessário que o profissional se atente aos efeitos do 
medicamento no corpo humano, às suas reações, incompatibilidades, dose máxima 
e vias de aplicação, visto que um pequeno descuido neste processo pode acarretar 
sérios danos ao paciente. 
Não obstante todos estes cuidados que deve ter o profissional da 
enfermagem na administração medicamentosa, verifica-se que há conhecimento 
insuficiente no que diz respeito ao nome genérico de medicamentos e de suas 
indicações, além de diversas hipóteses que evidenciam o despreparo dos 
enfermeiros. É nesse contexto, portanto, que surge o problema da responsabilização 
dos profissionais de enfermagem em relação aos crescentes erros na terapêutica 
medicamentosa. O ordenamento civil brasileiro adotou como regra geral a 
responsabilidade subjetiva1, ou seja, aquela em que se faz imprescindível a 
presença do elemento culpa. A regulamentação não foi diferente para os 
profissionais de enfermagem, na medida em que os vários diplomas legais que 
disciplinam a responsabilidade destes atuantes elegem como regra geral também a 
responsabilidade subjetiva. Contudo, será mesmo que em todos os casos de erros 
advindos da administração de medicamentos os profissionais de enfermagem 
responderão de forma subjetiva? Ou será que, particularmente, em casos de 
5 
 
ausência do dever legal de informação, essa responsabilidade seria objetiva? O 
presente estudo,com o propósito de responder as indagações acima formuladas. 
Caracterizar processos com decisões judiciais por erros envolvendo profissionais de 
enfermagem. Os processos judiciais culminaram em condenações. Além disso, 
apontam à necessidade de melhor estrutura e apoio aos profissionais que passam 
pela experiência jurídica. Erro em saúde é caracterizado como falha na realização 
de ação pretendida ou na aplicação de um plano de maneira incorreta. Em suma, 
sua ocorrência é não intencional e originada por violações, decorrentes do não 
atendimento ao planejamento, padrões ou às normas estabelecidas. A ocorrência de 
erros ou violações aumenta o risco associado à assistência à saúde e pode culminar 
em penalizações judiciais aos profissionais e às instituições envolvidas. A análise de 
tais eventos pelo sistema judiciário pode se respaldar no Código de Direito Civil. 
A responsabilidade civil relacionada à ocorrência de falhas assistenciais em 
saúde tem como objetivo primordial promover a reparação e/ou ressarcimento dos 
danos. Nesse sentido, a análise do erro ou violação se pauta na ligação fática entre 
a conduta do agente (ação ou omissão) e o resultado danoso. No caso de processos 
criminais, a investigação busca determinar a culpa ou o dolo, que pode gerar 
restrições pessoais ou patrimoniais. Por sua vez, o Código de Defesa do 
Consumidor implica na comprovação da culpa do indivíduo e pode ser aplicado à 
instituição de saúde caso o erro seja atribuído ao profissional com vínculo 
comprovado. Embora penalizações legais cabíveis à ocorrência de erros sejam 
reconhecidas, poucas são as discussões acerca de suas implicações na 
enfermagem cuja equipe tem o maior contingente de profissionais da área da saúde 
no Brasil e participa da maior parte dos processos assistenciais. Considerando que 
estudos sobre processos e desfechos jurídicos envolvendo erros na enfermagem 
podem subsidiar decisões e ações de gestores, trabalhadores e educadores na 
promoção de cuidados seguros, este estudo se ancora na seguinte questão: 
 
 
 
6 
 
2ARTIGOS DE DEFESA 
2.1Código de ética dos profissionais de enfermagem 
Resolução COFEN Nº 564/2017. 06/12/2017 
Princípios fundamentais 
A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da 
pessoa, família e coletividade. O profissional de enfermagem atua na promoção, 
prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância 
com os preceitos éticos e legais. O profissional de enfermagem respeita a vida, a 
dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões. O profissional de 
enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do ser 
humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética. 
Art. 5º - Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, 
dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade. 
Art. 9º - Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer 
outro ato, que infrinja postulados éticos e legais. 
Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre 
de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. 
Art. 17 - Prestar adequadas informações à pessoa, família e coletividade a respeito 
dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da assistência de 
enfermagem. 
Art. 20 - Colaborar com a equipe de saúde no esclarecimento da pessoa, família e 
coletividade a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca de 
seu estado de saúde e tratamento. 
Art. 25 - Registrar no prontuário do paciente as informações inerentes e 
indispensáveis ao processo de cuidar. 
Art. 38 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, 
independentemente de ter sido praticada individualmente ou em equipe. 
Art. 41 - Prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas necessárias 
para assegurar a continuidade da assistência. 
7 
 
Art. 59 - Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício 
profissional quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem. 
Art. 115 - Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, 
ou dela obtiver benefício, quando cometida por outrem. 
Art. 116 - A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise dos fatos do 
dano e de suas conseqüências. 
Art. 121 - As infrações serão consideradas leves, graves ou gravíssimas, segundo a 
natureza do ato e a circunstância de cada caso. 
§ 3º - São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte, 
deformidade permanente, perda ou inutilização de membro, sentido, função ou 
ainda, dano moral irremediável em qualquer pessoa. 
Art. 123 - São consideradas circunstâncias agravantes: 
II - Causar danos irreparáveis; 
III - Cometer infração dolosamente; 
V - Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de 
outra infração; 
VI - Aproveitar-se da fragilidade da vítima; 
 
2.2Código de ética do profissional biomédico 
Conselho Federal de Biomedicina-Resolução Nº 330, de 5 de novembro de 2020 
Preâmbulo 
IV – A fim de garantir o acatamento e execução deste Código, é dever do 
profissional biomédico comunicar ao Conselho Regional de Biomedicina, com 
discrição, fundamento e provas, de fatos que tenha conhecimento e que 
caracterizem possível infração do presente Código e das normas que regulam o 
exercício da profissão de biomédico; 
Art. 4º Obriga-se o biomédico a: 
III – Respeitar as leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão; 
8 
 
V – Exercer a profissão com zelo e probidade, observando as prescrições legais; 
IX – Observar os ditames da ciência e da técnica, bem como as boas práticas no 
exercício da profissão; 
X – Respeitar a atividade de seus colegas e outros profissionais; 
XI – Zelar pelo perfeito desempenho ético da Biomedicina e pelo prestígio e bom 
conceito da profissão; 
Do Exercício Profissional 
Art. 5º No exercício de sua atividade, o biomédico também deverá: 
I – Empregar todo o seu zelo e diligência na execução de seus misteres; 
VI – Agir com dignidade e retidão para com seus colegas, contribuindo para a 
harmonia da profissão; 
VII – Não ser conivente com erro e comunicar aos órgãos de fiscalização profissional 
as infrações legais e éticas que forem de seu conhecimento; 
IX – Zelar sempre pela dignidade da vida; 
XIII – Não praticar ato profissional que cause dano físico, moral ou psicológico ao 
usuário do serviço que possa ser caracterizado como imperícia, negligência ou 
imprudência; 
Das Relações com a Coletividade 
Art. 13 Nas relações com a coletividade, o biomédico não poderá: 
I – Praticar ou permitir a prática de atos que, por ação ou omissão, prejudiquem, 
direta ou indiretamente, o ser humano e a saúde pública; 
II – Recusar, a não ser por motivo relevante, assistência profissional a quem dela 
necessitar; 
Das Infrações Disciplinares7 
Art. 16 Constituem infrações disciplinares: 
9 
 
I – Transgredir preceito do Código de Ética Profissional, não acatar, não respeitar, 
inobservar, não cumprir as resoluções, as portarias e os atos baixados pelo CFBM 
ou CRBM; 
IX – Deixar de cumprir qualquer dever profissional; 
XVI – Deixar de comunicar às autoridades biomédicas, com discrição e fundamento, 
fatos de seu conhecimento que caracterizem infração ao Código de Ética da 
Profissão Biomédica e às normas que regulam as atividades biomédicas; 
XIX – Praticar ato profissional que cause danos físicos, moral ou psicológico ao 
usuário do serviço que possa ser caracterizado como imperícia, negligência ou 
imprudência; 
Art. 17 As faltas serão consideradas escusáveis, leves, graves ou gravíssimas 
conforme a natureza do ato e as circunstâncias de cada caso. 
Art. 20 Considera-se infração, a desobediência ou a inobservância ao disposto nas 
normas legais e outras, que, por qualquer forma digamrespeito às atividades de 
biomédicos. 
Art. 23 São circunstâncias agravantes: 
I– Agir com dolo, ainda que eventual fraude ou má-fé; 
III– Ter conhecimento do ato ou fato irregular e deixar de tomar as providências de 
sua alçada, tendentes a evitá-lo ou saná-lo. 
 
2.3Código Penal Brasileiro 
Artigo 121 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 
De acordo com esse arquivo, o homicídio ocorre inconscientemente, ação devido à 
imprudência, imperícia ou negligência. 
§ 4 o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime 
resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente 
deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências 
do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. 
10 
 
Art. 121. Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte anos. § 1º Se o agente 
comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o do- 
mínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz 
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
3DOS MEDICAMENTOS ENVOLVIDOS NO CASO 
3.1 O que devo saber sobre o uso da Adrenalina 
NOME GENÉRICO:Epinefrina 
3.2 FORMA FARMACÊUTICA: 
Solução Injetável APRESENTAÇÃO: 
1mg/mL – Caixa contendo 100 ampolas de 1 ml USO ADULTO E PEDIÁTRICO · 
USO I.M / I.V / S.C COMPOSIÇÃO: 
Cada mL da solução injetável contém: 
Epinefrina. . . . . . . . 1mg Veículo q.s.p.1 ml (bissulfito de sódio, ácido clorídrico, água 
para injetáveis) 
3.3INFORMAÇÕES AO PACIENTE 
3.3.1Para que esse medicamento é indicado? 
Adren (epinefrina) injetável é indicado nas seguintes ocasiões: 
• Suporte hemodinâmico (relacionado com a circulação sanguínea) em situações de 
parada cardiorrespiratória ou estados de choque; 
• Reações de anafilaxia ou choque anafilático (reação alérgica aguda); 
• Crise asmática grave e pouco responsiva as medidas terapêuticas habituais; 
• Controle de pequenas hemorragias cutâneas; 
• Em associação aos anestésicos locais, de forma a promover incremento na 
duração do efeito analgésico. 
3.4Como este medicamento funciona? 
Adren (epinefrina) é um medicamento cujo princípio ativo é a epinefrina. A epinefrina 
atua em diferentes receptores do organismo e dependendo do receptor que a 
mesma interage, tem-se ação antiasmática, vasopressora e estimulante cardíaca 
(aumento da pressão arterial). Na administração subcutânea (administração debaixo 
da pele), o tempo do medicamento começar a ter efeito é maior quando comparado 
à administração muscular (administração no músculo). 
3.5Quando devo usar este medicamento? 
A administração de Adren (epinefrina) é contra-indiciada em pacientes que 
apresentam hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula. 
12 
 
Adren (epinefrina) é normalmente utilizado em situações de emergência. Nesses 
casos, qualquer contra-indicação é relativa. 
Não se deve administrar Adren (epinefrina) em pacientes que estão sobre 
tratamento de medicamentos betabloqueadores (como atenolol, solatol, propranolol) 
em virtude do potencial elevado de desenvolvimento de aumento de pressão severa 
e hemorragia cerebral. 
3.6O que devo saber antes de usar este medicamento? 
Adren (epinefrina) injetável não é recomendado durante o trabalho de parto. 
Não é recomendado para pacientes portadores de asma brônquica de longa 
duração. Neste caso, o uso da epinefrina deve ser feito com cautela, uma vez que 
pode favorecer o surgimento de problemas cardíacos muitas vezes fatais. 
Pacientes que possuem angina (dor no peito) devem receber, em caso de extrema 
necessidade, a epinefrina com muita precaução. O uso dessa substância nesses 
indivíduos pode provocar piora da dor. 
Interações medicamentosas Sãoimportantes ter cuidado com pacientes que estão 
em uso de betabloqueadores. A administração de epinefrina, nesses casos, poderá 
ocasionar um aumento da pressão severa e até mesmo hemorragia cerebral. 
Não se deve administrar a epinefrina em conjunto, na mesma via, com bicarbonato. 
É comumente feita a associação de anestésicos locais com a epinefrina para maior 
efeito anestésico. Contudo, caso tenha ocorrido o uso prévio de cocaína, a 
epinefrina não deverá ser administrada, em decorrência da maior probabilidade de 
ocorrer problemas cardíacos. 
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum 
outro medicamento. 
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para 
a sua saúde. 
3.7Onde e como e por quanto tempo guardar este medicamento? 
O Adren (epinefrina) deve ser conservado em temperatura ambiente (15 a 30°C), 
protegido da luz. 
ATENÇÃO: A EPINEFRINA É FOTOSSENSÍVEL. A EXPOSIÇÃO À LUZ CAUSA 
DEGRADAÇÃO DA SUBSTÂNCIA E PERDA DO EFEITO. ESTE PRODUTO SÓ 
DEVE SER RETIRADO DA EMBALAGEM NO MOMENTO DO USO. 
Aspectos físicos: ampola de vidro âmbar contendo 1 ml. 
Características organolépticas: solução incolor a levemente amarelada. Odor 
característico. 
13 
 
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem. 
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua 
embalagem original. 
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de 
validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para 
saber se poderá utilizá-lo. 
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 
3.8Comodevem usar este medicamento? 
Adren (epinefrina) solução injetável pode ser administrada por via intramuscular, 
subcutânea ou intravenosa, sendo neste último caso, aplicada de forma lenta e 
diluída (1 para 10.000 ou 1 para 100.000). 
A epinefrina apresenta-se compatível e estável por 24 horas quando diluída em 
solução de glicose a 5% e solução de cloreto de sódio 0,9%, em temperatura 
ambiente, entre 15 e 30°C. Proteger da luz. 
A epinefrina é um medicamento destinado para utilização exclusivamente no 
ambiente hospital. Dessa forma, o médico é responsável por indicar a dosagem 
adequada conforme a condição clínica do paciente. 
Modo de usar 
3.9 O que devo fazer quando esquecer de usar o medicamento? 
Adren (epinefrina) é exclusivamente utilizado em tratamentos emergenciais, não 
devendo ser utilizado como opção em um tratamento prolongado. 
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou 
cirurgião-dentista. 
3.10 Quais os males que este medicamento pode causar? 
Com a utilização de epinefrina, situações como ansiedade, tremores, cefaléia, 
palpitação, taquicardia (muitas vezes seguida de dor anginosa), arritmias 
(batimento cardíaco irregular), hipersalivação, hiperglicemia, fraqueza, 
zumbido, sudorese excessiva, dispnéia e frio nas extremidades corporais 
podem ocorrer, mesmo em baixas doses. 
Altas doses administradas podem provocar arritmias (batimento cardíaco irregular) 
cardíacas graves, um súbito aumento da pressão arterial, sendo inclusive capaz de 
produzir hemorragia cerebral, edema pulmonar, isquemia de extremidade, 
esplâncnica e renal. Esses eventos adversos também podem ser observados 
mesmo em doses habitualmente utilizadas. 
14 
 
A epinefrina é um potente causador de isquemia (falta de oxigenação no tecido) o 
que pode levar a casos de gangrena (morte do tecido), especialmente se 
administrada em extremidades como, por exemplo, dedos, nariz, orelha e pênis. A 
aplicação de injeção de fentolamina pode ser útil para reverter o efeito provocado 
pela injeção inadequada de epinefrina nas extremidades. 
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de 
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através 
do seu serviço de atendimento. 
3.11O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste 
medicamento? 
O tratamento no caso da administração de umadose maior do que a indicada do 
Adren (epinefrina) é apenas para dar suporte, pois o efeito passa rapidamente. 
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente 
socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue 
para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4 RELATO DO CASO 
 MPPE denuncia técnicas de enfermagem por morte de criança de um ano no 
Grande Recife. Técnicas respondem por homicídio culposo, quando não há intenção 
de matar. Criança morreu em novembro de 2017, um dia após dar entrada em 
hospital.Maria Fernanda Lins Gomes tinha um ano e sete meses quando faleceu, em 
novembro de 2017, no Grande Recife . 
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou duas técnicas de 
enfermagem pela morte de uma criança de um ano e sete meses em um hospital do 
Grande Recife. De acordo com o relatório, a menina morreu após receber injeção de 
adrenalina na veia, aplicada por negligência das funcionárias. 
As duas foram atuadas por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, 
por negligência e inobservância de regra técnica da profissão, além do agravante de 
ser um crime contra criança. 
O caso aconteceu no dia 20 de novembro de 2017, no Hospital Infantil do Cabo de 
Santo Agostinho, no município de mesmo nome, um dia após a menina, Maria 
Fernanda Lins Gomes, dar entrada na unidade hospitalar. Segundo o inquérito, ela 
deveria ter recebido nebulização, mas foi aplicada uma injeção. 
Na época, a mãe da menina, Lucielma da Silva, contou ao G1 que a filha 
apresentava cansaço e estava um pouco febre. Lucielma relatou, ainda, que achou 
estranho injetarem adrenalina na filha. Após a morte, ela denunciou o caso. 
As investigações foram realizadas pela Delegacia de Polícia de Homicídios do Cabo 
de Santo Agostinho, onde a denúncia foi registrada. O caso aguarda decisão judicial. 
Negligência 
De acordo com o MPPE, a criança passou a noite e a madrugada no hospital, sendo 
medicada com nebulização e outros medicamentos. Por volta das 5h do dia 20 de 
novembro, uma das técnicas em enfermagem preparou medicações a serem 
ministradas para os pacientes, incluindo 5 ml de adrenalina prescritos para aplicação 
via nebulização em Maria Fernanda. 
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/policia-investiga-morte-de-menina-de-um-ano-em-hospital-no-grande-recife.ghtml
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O relatório, assinado pela 3ª Promotora de Justiça Criminal do Cabo de Santo 
Agostinho, Cláudia Ramos Magalhães, afirma que “de forma negligente e com 
inobservância de regra técnica da profissão” a funcionária deixou a medicação da 
criança pronta numa seringa no posto de enfermagem, sem a advertência da via de 
administração, e saiu para ir ao banheiro. 
Ainda segundo a investigação, outra técnica em enfermagem, “apressada pela 
proximidade do horário de término do seu plantão” e “já sem o fardamento e sem 
luvas, de forma negligente e com inobservância de regra técnica da profissão”, teria 
pegado a medicação e, sem conferir a prescrição médica para nebulização, injetado 
na veia da criança. 
“De imediato, a criança começa a passar mal, é levada às pressas para UTI e, logo 
em seguida, às 6h35, apresar dos esforços da equipe médica, a criança vem a óbito 
em decorrência da negligência das denunciadas”, afirma o relatório. 
A peça aponta ainda que após a morte da criança, “cujo estado clínico não 
apresentava gravidade”, as duas técnicas teriam deixado o hospital antes do horário 
previsto para o término do plantão. 
“O resultado fatal, apesar de não ser previsto ou querido, decorreu de conduta 
negligente e inobservância de regra técnica da profissão pelas denunciadas, que 
concorreram para a morte da criança ao preparar e ministrar medicação sem os 
cuidados necessários e sem a devida observância da prescrição médica”, diz a 
promotora no texto. 
 
 
 
 
 
 
 
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5 CONCLUSÃO 
 
Devido ao atual cenário a servidora da área de saúde vinha de um plantão de 
cansaço exaustivo e isso causou este erro, a atual situação tem técnico de 
enfermagem que faz plantão de até 36 horas e alguns ate 48 horas que não é 
permitido por lei, mas a demanda, a falta de pessoal com atestados, remuneração 
muito baixa. O profissional acaba fazendo muitas horas de trabalho. 
Constatou-se também que, quando presente, o enfermeiro era o profissional ao qual 
o técnico de enfermagem recorria. Diante desta situação fica evidente a necessidade 
dos enfermeiros estarem aptos técnica e cientificamente para supervisionar a 
administração de medicamentos. Devem, assim, agir de modo a minimizar os 
problemas desencadeados por um erro, prevenindo complicações para o paciente, 
profissional envolvido e instituição. Estamos lidando com vidas. 
 Consideramos que o fato defendido da analise do caso, se justifica devido à busca 
pela apreensão mais global do problema não é apenas uma penalidade, uma fiança 
e sim criteriosamente ensinos e alunos dedicados a mudanças de hábitos 
comportamentais (profissionais) com mais respeito e ética. 
 De que adianta sonhar em cuidar de vidas e quando está exercendo o seu trabalho 
deixa de lado a curiosidade em saber mais, humildade em perguntar que seja mil 
vezes, perguntar ao médico ou superior e dizer eu não entenderam me ajuda. 
Observamos uma grande quantidade de trabalhos que trazem reflexões sobre a 
profissão de enfermeiros e técnicos de enfermagem e o ensino da profissão e, 
especialmente, muitos trabalhos sobre o sistema de saúde brasileiro. 
Apesar de vários estudos apontarem as dificuldades do exercício profissional, esses 
se limitam à discussão das dificuldades de oferta dos serviços de saúde e/ou de 
precarização das condições de trabalho para os profissionais de saúde. 
Os conselhos profissionais, ao se verem às voltas com um número crescente de 
denúncias por erros médicos e acusações de má prática profissional, adotaram uma 
política de condenação com muita razão. 
O crescente aumento de queixas sobre erros médicos indica maior consciência da 
população sobre os serviços recebidos e podem influenciar positivamente na 
atuação profissional dos médicos e das instituições de formação e controle 
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profissional. Porém, uma hipótese levantada é a de que o paciente somente irá 
perceber a ocorrência de erro médico quando o resultado da prática médica frustrar 
suas expectativas e ele se ver delimitado as suas atividades ou vir a óbito. Assim, a 
denúncia do erro depende da percepção do mesmo pelo paciente. Primeiro vem o 
erro, a justificativa de não ter tido acompanhamento ou ser novato entre outras 
abordagens que temos que fazer a nós mesmo antes que o paciente venha a óbito. 
Há várias formas de se precaver contra os erros com pacientes desde o momento 
que recebemos a receita do mesmo até o momento de aplicação somente confirmar 
e avaliar o que está sendo pedido. A existência de protocolos e formulários para 
notificação, divulgação e monitoramento do erro, também podem possibilitar o 
desenvolvimento de medidas preventivas e aumentar a segurança dos pacientes. 
Recomendam-se, ainda, programas de capacitação profissional e de educação 
continuada, considerando-se a necessidade constante de treinamento e atualização 
de conhecimentos.A enfermagem, como responsável legal pela administração de 
medicamentos, deve estar engajada na busca por uma cultura de segurança, 
principalmente no que concerne ao sistema de medicação, promovendo uma 
assistência de qualidade para seus pacientes, minimizando sofrimentos a todos os 
envolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6REFERENCIAS 
 
1. Silva BK, Silva JS, Globo AFF, MiassoAI. Erros de medicação: condutas e 
propostas de prevenção na perspectiva da equipe de enfermagem. Rev. 
Eletrônica Enferm [Internet]. 2007 [acesso em 2009 mar 22]; 9(3): 712-23. 
Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n3/v9n3a11.htm 
 
2. Silva AEBC, Cassiani SHB. Administração de medicamentos: uma visão 
sistêmica para o desenvolvimento de medidas preventivas dos erros na 
medicação. Rev.EletrônicaEnferm [Internet]. 2004 [acesso em 2008 jul 
15];6(2): 279-85. Disponível em: 
http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n3/v9n3a11.htm 
 
3. Melo ABR, Silva LD. Segurança na terapia medicamentosa: uma revisão 
bibliográfica. Esc. Anna Nery Rev. Enferm. 2008; 12(1): 166-72. 
 
4. Santos AE, Padilha KG. Eventos adversos com medicação em serviços de 
emergência: condutas profissionais e sentimentos vivenciados por 
enfermeiros. Rev.BrásEnferm. 2005; 58(4): 429-33. 
http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n3/v9n3a11.htm
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