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16
ESTADO DE SANTA CATARINA 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
GERED – GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – 4ª SDR
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CHAPECÓ
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
				
												 
DOENÇA DE PARKINSON
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO
 
 
 
 
 
CHAPECÓ, SC
 2014 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CHAPECÓ
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
DOENÇA DE PARKINSON
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO 
Relatório de Estágio apresentado como requisito para conclusão do curso Técnico em Enfermagem.
 Professor Orientador de Estágio: 
 
 
 Chapecó, SC
2014
ASSINATURAS REFERENTES AO RELATÓRIO FINAL
.............................................................................................
Simone Verginia Lorenzet – Diretora do CEDUP
................................................................................................
Marizete Cerutti– Professor Orientador de Curso 
...............................................................................................
Marizete Cerutti – Professor Orientador de Estágio
...............................................................................................
Dolisete Mezzomo – Estagiária
	 DEDICATÓRIA
Dedico este relatório a minha família que é a base de tudo em minha vida em especial aos meus filhos.
AGRADECIMENTOS
 
"A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, como a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes, poder-se-ia dizer, a mais bela das artes".
Florence Nightingale
Sumário
DEDICATÓRIA 	03
AGRADECIMENTOS 	04
EPÍGRAFE	05
1. INTRODUÇÃO	07
2. DOENÇA DE PARKINSON	08 2.1 CONCEITO DOENÇA DE PARKINSON	08
2.2 CAUSAS DA DOENÇA DE PARKINSON	09 2.3 SINAIS E SINTOMAS	10
2.4 DIAGNÓSTICO 	11 2.5 TRATAMENTO	12
2.6 PROCESSO DE ENFERMAGEM: O PACIENTE COM DOENÇA DE PARKINSON	14
2.6.1 Melhorando a Mobilidade	14
2.6.2 Melhorando a Nutrição	15
2.6.3 Melhorando a Fala e a Voz	15
2.6.4 Orientação ao Paciente e Cuidados Domiciliares de Saúde	16
3 VIVÊNCIA DE ESTÁGIO	17
4 CONCLUSÃO	19
REFERÊNCIAS	20
1 INTRODUÇÃO 
“A doença de Parkinson (DP), inicialmente descrita pelo médico inglês James Parkinson em 1817, é considerada uma doença degenerativa progressiva do sistema extrapiramidal, decorrente da morte de células da substância negra compacta e outros núcleos pigmentados do tronco encefálico, e que produz um esgotamento seletivo do neurotransmissor dopamina” (AZEVEDO; CARDOSO, 2009, p.139).
Para Bare; Smeltzer (2002) A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo afetando os centros cerebrais, responsáveis pelo controle e regulação do movimento.
Os principais sinais e sintomas da doença de Parkinson caracterizam-se por distúrbios motores e disfunções posturais (SENA et al., 2010). Os principais distúrbios motores são: bradicinesia (lentidão do movimento), hipocinesia (redução na amplitude do movimento), acinesia (dificuldade em iniciar movimentos), tremor e rigidez, além de déficits de equilíbrio e na marcha (apud AZEVEDO; CARDOSO, 2009).
Segundo Batista, et al (2013, p.187) “Esses sintomas interferem negativamente na qualidade de vida de indivíduos com doença de Parkinson, comprometendo a mobilidade e auxiliando para a progressiva perda de funcionalidade, força muscular e aumento do risco de queda”.
“A doença de Parkinson (...) atinge 0,1% da população geral e 1% da população acima de 65 anos; sua incidência cresce com o envelhecimento. A sobrevida após o surgimento da doença é de 9 a 12 anos e trata-se de uma das principais causas de incapacidade da atividade motora em idosos” (GALHARDO; AMARAL; VIEIRA, 2009, p. 252).
Este relatório tem por objetivo geral obter maiores informações e conhecimentos sobre a doença de Parkinson, para proporcionar um melhor bem estar aos pacientes através de orientações necessárias para ajudá-los, e conviverem melhor com está doença. Esta pesquisa será realizada através bibliografias sobre o assunto em livros, artigos, revistas cientificas, internet e folders explicativos. 
2 DOENÇA DE PARKINSON 
 
2.1 CONCEITO 
“A doença de Parkinson (DP), inicialmente descrita pelo médico inglês James Parkinson em 1817, é considerada uma doença degenerativa progressiva do sistema extrapiramidal, decorrente da morte de células da substância negra compacta e outros núcleos pigmentados do tronco encefálico, e que produz um esgotamento seletivo do neurotransmissor dopamina”(AZEVEDO; CARDOSO, 2009, p.136).
De acordo com Parker (2012) a degeneração de células numa parte do encéfalo denominada substância negra causa tremores e problemas de movimentação que podem piorar progressivamente. Normalmente, as células da substância negra produzem um neurotransmissor denominado dopamina, que atua como acetilcolina, outro neurotransmissor para fazer o ajuste fino do controle muscular.
Conforme Marques (2011, p.234) “o encéfalo é composto de cérebro, cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo). O cérebro, parte principal do encéfalo, inclui os hemisférios cerebral direito tem função especifica da inteligência, noção artística e argumentação. O hemisfério esquerdo tem função das habilidades verbais, do raciocínio lógico, ler e escrever.”
A doença de Parkinson e tradicionalmente conhecida como moléstia com manifestações motoras e é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em idosos, com prevalência estimada de 3,3% no Brasil, de acordo com o estudo de Barbosa et al (2006). Sintomas e sinais motores dela são bem conhecidos na pratica clinica e incluem: tremor de repouso, bradicinesia (lentidão de movimentos), rigidez e alterações do equilíbrio (apud MELO; BARBOSA; CARAMELLI, 2007, p.177).
Segundo Galhardo; Amaral; Vieira (2009) a doença de Parkinson (...) atinge 0,1% da população geral e 1% da população acima de 65 anos; sua incidência cresce com o envelhecimento. A sobrevida após o surgimento da doença é de 9 a 12 anos e trata-se de uma das principais causas de incapacidade da atividade motora em idosos. 
Destaca Hargreaves (2006, p.370) “a doença de Parkinson é progressiva e aumenta o risco de morte quando comparada aos idosos da população geral. A convivência com a doença pode variar de 09 a mais de 20 anos. Pneumonia e Doença Cardiovascular são as causas mais frequentes de morte.”
De acordo com Freitas, et al (2006, p. 356) “a doença de Parkinson, a demência e a doença do neurônio motor devem superar o câncer e ser a segunda causa de morte dos idosos de 2040.” 
2.2 CAUSAS DA DOENÇA DE PARKINSON
“A causa da Doença de Parkinson ainda é obscura e controversa, contudo supõe-se que haja a participação de vários mecanismos neste processo, tais como: Fatores genéticos (hereditários), neurotoxinas ambientais (pesticidas e produtos químicos), estresse oxidativo, anormalidades mitocôndrias e excito toxicidade”(DIAS; BARBOSA, 2009, p.06). 	
Segundo Goulart; Cardoso (2009) há muitos fatores ambientais suspeitos de serem implicados na causa do Parkinson. Entretanto, os estudos não são conclusivos em relação a nenhum desses fatores. A exceção é uma droga chamada MPTP, a qual foi usada por viciados em heroína na Califórnia durante aos anos 70. Essa substância vai ate o cérebro e destrói os neurônios produtores da dopamina. 
 
O sistema nervoso é constituído por duas categorias principais de células: os neurônios e as neuroglias. Neuroglias: Preenchem o espaço entre os neurônios, tem a função de sustentação, revestimento, modulação da atividade neural de defesa. Neurônio: Unidade estrutural e funcional do sistema nervoso, especializada na transmissão de impulsos nervosos e nas funções, como pensamento, controle de atividade muscular e a regulação das glândulas (MARQUES, 2011, p.227).
2.3 SINAIS E SINTOMAS
Segundo Hargreaves (2006) a doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente na população geriátrica sendo sua causa ainda desconhecida. Caracteriza - se pela presença de dois dos três sinais motores cardinais descritos no quadro 01, associado a vários outros sintomas.
	Quadro 01: Sinais Cardinais da Doença de Parkinson
	Tremor
	Bradicinesia
	Rigidez
Fonte: Hargreaves (2006)
 Para Dias; Barbosa (2009) os primeiros sinais e sintomas da doença de Parkinson são quase imperceptíveis, o que torna difícil para o próprio paciente a identificação no início. No quadro 02 constam as principais formas de apresentação da doença. 
	Quadro 02: Os principais sinais e sintomas da doença de Parkinson 
	Sensação de cansaço
	Redução do piscamento
	Lentidão dos movimentos 
	Tendência a permanecer mais tempo na mesma posição
	Alteração de caligrafia, muitas vezes com diminuição do tamanho da letra
	Fala monótona e com prejuízo da dicção
	Diminuição dos movimentos em apenas um dos braços ou pernas
	Dores localizadas sem causa definida
	Pobreza em expressão facial
	Sintomas depressivos
Fonte: Dias; Barbosa (2009).
Para Freitas, et al (2006, p.356) “o tremor de repouso é o primeiro sintoma reconhecido em 70% das pessoas. Geralmente é assimétrico, acometendo um ou mais membros. O tremor tende a piorar com o estresse e desaparecer durante o sono.” Idem (2006) a bradicinesia é a característica mais comum da doença de Parkinson. Traduz pela lentidão ou dificuldade de iniciar o movimento voluntario ou automático. “A rigidez muscular caracteriza–se por resistência a movimentação passiva do membro (...). A rigidez do membro passivo aumenta quando o outro membro esta engajado em movimento ativo voluntario. A rigidez do pescoço, tronco e ombros é comum, e, no inicio da doença, o paciente pode queixar-se de dor no ombro” (BARE; SMELTZER, 2002, p.1650).
“A postura do parkinsoniano é a de flexão da cabeça, hipercifose torácica, protração de ombros e flexão dos braços. Os desvios posturais de cabeça limitam os movimentos da mandíbula, interferindo na voz, já que existem relações anatomofuncionais do sistema estomatognático com a região cérvico-escapular” (FERREIRA; CIELO; TREVISAN, 2012, p. 361). 
 Conforme Azevedo; Cardoso (2009) além do prejuízo na função comunicativa, à doença de Parkinson também pode levar à disfagia, hiponímia, micrografia, alterações na marcha, depressão, alterações autonômicas, e respiratórias. A disfunção respiratória é a principal causa de morte de pacientes com Doença de Parkinson, sendo a pneumonia por aspiração o problema mais comum.
“Esses sintomas interferem negativamente na qualidade de vida de indivíduos com doença de Parkinson, comprometendo a mobilidade e auxiliando para a progressiva perda de funcionalidade, força muscular e aumento do risco de queda” (BATISTA, et al 2013, p. 187).
2.4 DIAGNÓSTICO
Para Azevedo; Cardoso (2009) o diagnóstico da Doença de Parkinson, essencialmente clínico, baseia-se nos dados coletados na anamnese e no exame físico. As manifestações do parkinsonismo se caracterizam por sinais e sintomas basicamente motores. Observam-se ainda, outros sinais, tais como micrografia (caligrafia muito pequena) e dores musculares.
Atualmente os exames laboratoriais e de tomografia computadorizada cerebral são úteis para identificar várias doenças. No entanto não existe teste sorológico especifico para identificar esta doença. A ressonância magnética cerebral tem se mostrado eficaz, em diferenciar a doença de Parkinson das demais doenças de parkinsonianas, porém ainda não há o que justifique a implantação deste exame como de rotina (FREITAS, et al, 2006).
2.5 TRATAMENTO
De acordo com Freitas, et al (2006) o tratamento da doença de Parkinson visa ao controle dos sintomas. Não há, até a presente data, tratamento medicamentoso ou cirúrgico que previna a progressão da doença. O objetivo é manter a pessoa o maior tempo possível com autonomia, independência funcional e equilíbrio psicológico.
Para Dias; Barbosa (2009, p.18) “(...) as manifestações da doença podem ser satisfatoriamente controladas através de tratamento médico farmacológico (Conforme quadro 03) ou cirúrgico muitas vezes associados a tratamentos clínicos de suporte com outros profissionais de saúde como fonoaudiólogo, o psicólogo e o fisioterapeuta”.
	Quadro 03: Tratamento médico farmacológico
	Medicamento
	Ação
	Agonistas dopaminérgicos:
Pramipexol, cabergolina,apomorfina, piribedil, bromocriptina, pergolide.
	Substituem a dopamina ao cérebro.
	Precursores da dopamina:
Levodopa
	
Aumenta o aporte de dopamina no cérebro.
	Bloqueadores da degradação de dopamina:
Selegilina, dasagilina, tolcapone, entacapone.
	Inibidores de enzimas degradadores de dopamina.
	Amantadita
	Bloqueia a recaptação de dopamina na fenda sináptica.
	Anticolinérgicos:
Biperideno e trihexifenidil
	Reduzem a ação da acetilcolina no estriatum.
Fonte: Dias; Barbosa (2009)
Segundo Hargreaves (2006, p.369) “a levodopa é o mais efetivo medicamento para o tratamento da doença de Parkinson. Melhora o tremor, a rigidez, e a bradicinesia, porém não interfere na progressão da doença, na instabilidade postural, disfunção autonômica, freezing, dificuldades da fala, transtornos comportamentais e demência”. 
Segundo Azevedo; Cardoso (2009, p.137) “a levodopa, que é convertida em dopamina, corrige o problema bioquímico da doença de Parkinson. Não há dúvidas quanto à sua efetividade na melhora dos sintomas motores globais causados pela doença”.		Idem (2009) cerca de 40 anos após sua introdução no mercado, a levodopa continua sendo a medicação mais efetiva no tratamento, porém depois de um período de uso, os pacientes normalmente começam a apresentar complicações em decorrência deste tratamento medicamentoso. Acredita-se que tais complicações atinjam 50% das pessoas com cinco anos de uso da levodopa. 
Para Bare; Smeltzer (2002, p.1651) “ os efeitos benéficos da levodopa são mais pronunciados nos primeiros anos de tratamento. Os benefícios começam a diminuir e os efeitos colaterais adversos tornam-se mais graves com o passar do tempo. Confusão, alucinações, depressão e alterações do sono estão associadas ao uso prolongado”. 
Segundo Freitas, et al (2006) no tratamento não farmacológico a fisioterapia deve iniciar o mais breve possível, com exercícios ativos, passivos, hidroterapia e estimulação elétrica. O idoso deve ser incentivado a caminhar e não abandonar a prática de esportes a que estava habituado, adaptando-se a nova realidade. Os exercícios diminuem o risco de quedas, matem a flexibilidade, postura e equilíbrio.
Conforme Lamônica (1997, p.116):
(...) Do ponto de vista fonoaudiológico, sabemos que a reabilitação das alterações da comunicação, principalmente as alterações neurovegetativas, vocais e de articulação dependem muito das condições físicas gerais e de condições psicológicas favoráveis. Apesar doprognóstico nem sempre parecer animador, pelas próprias características desta patologia, o tratamento fonoaudiológico necessita se r implantado, dentro de um conjunto de medidas que, embasadas no quadro clínico, visem a conservar a autonomia do doente, melhorar a sua qualidade de vida, auxiliar e orientar a família nas formas de ajuda possíveis.
 
2.6 PROCESSO DE ENFERMAGEM: O PACIENTE COM DOENÇA DE PARKINSON 
Para Bare; Smeltzer (2002) durante a avaliação, a enfermeira observa no paciente a qualidade de fala, perda da expressão facial, déficits de deglutição (salivação, controle deficiente da cabeça, tosse), tremores, lentificação de movimentos, fraqueza, postura para diante, rigidez, evidencia de lentidão mental e confusão.
Idem (2002, p.1653) “os pacientes são observados para o grau de incapacidade e para as alterações funcionais que acontecem todo o dia, como as respostas aos medicamentos. Quase todos os pacientes com um distúrbio de movimentos apresentam alguma alteração funcional”. 
Segundo Sena; et al, (2010, p. 94): 
 
(...),a terapêutica medicamentosa por si só não é suficiente para manter o portador em melhores condições de bem-estar e qualidade de vida. Por isso, tratamentos e cuidados no mínimo de enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia e educação física são imprescindíveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diária e manter o vínculo social, tão importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitário para o seu bem-estar e autoestima. 
2.6.1 Melhorando a Mobilidade
 Segundo Goulart; Cardoso (2009) algumas das manifestações da doença de Parkinson são as dificuldades encontradas na comunicação e alimentação. Estima-se que as dificuldades afetam 50 a 90% dos portadores dessa doença. O fonoaudiólogo é o profissional mais indicado para avaliar e tratar os indivíduos com a doença de Parkinson que apresentam essa dificuldade.
Idem (2009) a fisioterapia pode ajudar o paciente com doença de Parkinson a funcionar melhor através de exercícios regulares e orientações favorecendo inclusive o seu estado psicológico. O individuo com doença de Parkinson deve adotar os exercícios físicos para controlar a doença prevenindo e desacelerando a atrofia muscular.
 
2.6.2 Melhorando a Nutrição
 Segundo Morais; et al (2013) devido à sintomatologia presente, como perda de peso involuntário, dificuldades de mastigação e até mesmo a desnutrição, são necessários cuidados nutricionais específicos, visando a manutenção do peso, ingestão de proteínas adequadas, prevenção do controle de constipação e adaptação do paciente que pode possuir problemas motores. 
Conforme Bare; Smeltzer (1994, p.1459) “os pacientes com parkinsonismo apresentam problema na manutenção do peso corporal, tornando-se perturbados por sua lentidão e desordem ao se alimentar (...)”.
Idem (2002, p.1654) “a monitorizarão do peso em uma base semanal indica se a ingestão calórica é adequada. As alimentações suplementares aumentam a ingesta calóricas (...). Um nutricionista pode ser consultado em relação aos requisitos nutricionais do paciente”.
Para Nicaretta; Pereira; Pimentel (1988) a perda da vontade de ingerir alimentos não é rara nos pacientes portadores de doença de Parkinson. Vários fatores parecem estar envolvidos, dentre eles as próprias drogas dopaminérgicas, a disfagia e até mesmo a depressão, além de possível disfunção hipotalâmica.
2.6.3 Melhorando a Fala e a Voz
“Cada pessoa tem uma voz que lhe é característica, faz parte de sua identidade. Portanto, é muito desagradável para a pessoa perceber que sua voz está se modificando por causa da doença” (GOULART; CARDOSO, 2009, p.32).
Segundo Dias; Barbosa (2009) os distúrbios vocais na doença de Parkinson caracterizam-se por voz monótona, devido ás restrições na modulação de frequência (grave/agudo) e de intensidade vocal, redução da intensidade vocal (volume) e alterações na qualidade vocal.O processo de reabilitação vocal tem como objetivo levar o paciente a desenvolver a melhor voz possível, melhorando a comunicação oral.
Conforme Goulart; Cardoso (2009) a doença de Parkinson provoca mudanças na fala e na voz porque os músculos da laringe, das pregas vocais e da boca são afetados, assim como os outros músculos do corpo. Esses músculos apresentam tremor, rigidez e redução dos movimentos prejudicando a fala e a voz. O profissional mais indicado para avaliar e orientar o paciente é o fonoaudiólogo. 
2.6.4 Orientação ao Paciente e Cuidados Domiciliares de Saúde 
Segundo Bare; Smeltzer (1994, p.1460) “a necessidade de informação deve ser continuada a medida que se realizam adaptações e concessões ao paciente. Deve se esforçar para explicar a natureza da doença e seu trabalho para apaziguar ansiedades e receios que podem ser tão incapacitantes quanto a própria doença”. 
Idem (1994) uma pessoa com a doença de Parkinson trás para sua família um trabalho excessivo no que se refere a seus cuidados. Gerando um grande estresse aos mesmos. Para evitar essas situações ou acalmar a família, é necessário fornecer todas as informações corretas e necessárias sobre o tratamento e os cuidados. 
3. VIVÊNCIA DE ESTÁGIO 
A vivência deste relatório foi realizada na Unidade Básica de Saúde Santa Maria, localizada na rua Aquiles Tomazeli, número 850, bairro Santa Maria, atende cerca de 15.000 habitantes, esses são divididos em três áreas (116, 125 e 140). 
A unidade básica de saúde é composta por uma equipe de sete médicos (04 ESF, 01 ginecologista, 02 pediatras), três enfermeiras, seis auxiliares de enfermagem e vinte agentes comunitárias de saúde.
No dia 07 de maio de 2014, durante o período de estágio, tive a oportunidade de realizar a vivência sobre a doença de Parkinson com o Sr. P. C. B., masculino, 85 anos, branco, aposentado, casado, 12 filhos, católico, alfabetizado. Reside na rua Rui Barbosa, em um apartamento, no centro de Chapecó.
Há quatro anos foi descoberto que Sr P.C.B, tinha a doença de Parkinson. A família começou a perceber os primeiros sintomas sendo eles: esquecimento, as vezes as pernas travavam, tremor no MSE. Foi realizado exames de rotina e encaminhado para um médico neurologista e o mesmo solicitou uma tomografia computadorizada. Foi diagnosticado pelo médico que o paciente apresentava a doença de Parkinson.
Hoje o paciente faz acompanhamento com o médico neurologista, com tratamento farmacológico (quadro 04) e tratamento não farmacológico com a fisioterapeuta uma vez por semana e faz pilattes toda sexta-feira.
	Quadro 04: Tratamento farmacológico
	Carbidol
	Levodopa(250mg) + carbidopa(25mg)
	Antiparkinsoniano
	½comp. Manha/noite
	Cardilol
	Carvedilol (6,25mg)
	Anti-hipertensivo
	1/2comp. Manha/noite
	Losec Mups
	Omeprazol (20mg)
	Antiulceroso
	1comp. Manha
	Vicog
	Vimpocetina(10mg)
	Patologias cerebrovasculares
	1 comp. Noite
	Olmetec HCT
	Olmesartona medoxomila (40mg) + hidroclorotiazida (12,5mg)
	Anti-hipertensivo
	1 comp ao dia
 Segundo informações o paciente consegue se alimentar sozinho, tem uma dieta equilibrada, consegue desenvolver suas atividades dentro dos limites. No período noturno tem uma cuidadora que faz plantão 12 horas e durante o dia uma filha fica com ele e sua esposa. Não tem vícios e não tem histórico familiar da doença de Parkinson.
Foi orientada a filha sobre a doença e da importância de realizar o tratamento corretamente e aconselhado que o paciente fosse encaminhado a um nutricionista e fonoaudiólogo para estar auxiliando na dieta, mastigação e na fala já que o mesmo já apresenta um pouco de dificuldade.
4. CONCLUSÃO 
 
Ao término deste relatório pude adquirir conhecimento sobre o assunto, podendoconcluir que a Doença de Parkinson é uma doença degenerativa, progressiva e crônica do sistema nervoso, de causa desconhecida. Clinicamente, o paciente exibe uma combinação de três sinais clássicos: a rigidez, a bradicinesia e o tremor. Esse processo degenerativo pode levar, entre o seu início e o óbito, cerca de nove a vinte anos. As consequências diretas deste processo de perda de funções refletem diretamente no dia-a-dia destas pessoas, interferindo na qualidade da vida e nas relações deste indivíduo com outras pessoas.
A mesma acomete geralmente os idosos acima de 65 anos, atingindo cerca de 1% da população em geral. A doença de Parkinson esta gradativamente crescendo, já se tem estudos que a doença em 2040 pode vir há superar o câncer e ser a segunda causa de morte em idosos.
Estudos demonstram alguns passos para amenizar o impacto provocado pela doença, a melhor forma de minimizar as dificuldades causadas pela doença é desenvolver atividades físicas e mentais, contribuindo assim para o próprio bem estar do paciente. Algumas dicas e orientações podem ajudar o paciente a conviver melhor com a doença de Parkinson e levar uma vida com qualidade e o mais normal possível. Por isso é aconselhável que todo o paciente com essa doença faça acompanhamentos com uma equipe multidisciplinar.
Dessa forma destaca-se a necessidade de esclarecimentos e informações suficientes para que o portador da doença de Parkinson, como também sua família, tomem as medidas necessárias para evitar ou amenizar as consequências desta doença tanto quanto amenizar o sofrimento do convívio entre o paciente e as pessoas que o cercam. 
No entanto nota-se a que tal doença não detém muita atenção dos órgãos governamentais, uma vez que pouco se vê divulgação na mídia ou em entidades de saúde. Seria de extrema importância à divulgação dessas informações em campanhas, folders explicativos, palestras ou qualquer tipo de veículos de comunicação.
REFERÊNCIAS 
 
 
AZEVEDO, Luciana Lemos de;  CARDOSO, Francisco. Ação da levodopa e sua influência na voz e na fala de indivíduos com doença de Parkinson. Rev. soc. bras. fonoaudiol. [online].vol.14, n.1, pp. 136-141.2009.
BARE, Brenda G.; SMELTZER, Suzanne C. Brunner e Suddarth: Tratado de enfermagem medico-cirurgica.7°ed. 04v.Rio de Janeirro:Guanabara Koogan.1994.
________________. Brunner e Suddarth: Tratado de enfermagem medico-cirurgica.9°ed. 04v.Rio de Janeirro:Guanabara Koogan.2002.
BATISTA, Carla Silva; et al. Comparação de inibições medulares entre indivíduos com doença de Parkinson e saudáveis. Rev. bras. educ. fís. esporte [online].vol.27, n.2, pp. 187-197. 2013.
DIAS, Alice Estevo; BARBOSA, Egberto Reis. Fala e deglutição: na doença de Parkinson.[S.l] Ed Boehringer Ingelheim,2009.
FERREIRA, Fernanda Vargas; CIELO, Carla Aparecida; TREVISAN, Maria Elaine. Força muscular respiratória, postura corporal, intensidade vocal e tempos máximos de fonação na Doença de Parkinson. Rev. CEFAC [online]. vol.14, n.2, pp. 361-368.2012. 
FREITAS, Elizabete Viana de , et al.Tratado de geriatria e gerontologia. 2°edição, Rio de Janeiro:Guanabara koogan,2006.
GALHARDO, Mônica Maria de Azevedo Mello Carvalho; AMARAL, Ana Karênina de Freitas Jordão do; VIEIRA, Ana Cláudia de Carvalho. Caracterização dos distúrbios cognitivos na Doença de Parkinson. Rev. CEFAC [online].vol.11, suppl.2, pp. 251-257,2009.
GOULART, Fátima R. de Paula; CARDOSO Francisco E. C. Exercícios e Orientações: na doença de Parkinson.[S.l] Ed Boehringer Ingelheim,2009.
HARGREAVES, Luiz Henrique Horta.Geriatria.Brasilia,[S.e] 2006.
LAMÔNICA, Dionísia A. C. Distúrbios da comunicação em pacientes portadores da
doença de Parkinson. Mimesis, Bauru, v. 18, n. 1, p. 109-118, 1997.
MARQUES, Eleane Cristina Mendes. Anatomia e fisiologia Humana. São Paulo: Martinari,2011.
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