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Proteção a Direitos Humanos_ Prevenção e Proibição à Tortura - Módulo 4 - 1 - Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura

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Prévia do material em texto

Em fevereiro de 2018, integrantes do Mecanismo Nacional de Prevenção e
Combate à Tortura (MNPCT) realizaram visitas ao estado do Amazonas,
apontando que a atuação da Defensoria Pública do Estado junto às pessoas
privadas de liberdade no sistema prisional representava um dos principais
esforços para a melhoria das condições de privação de liberdade.
Leia com atenção, clicando sobre a lupa, um trecho da matéria publicada
naquela época acerca do mecanismo de combate à tortura como sendo um
dos esforços para melhoria do sistema prisional e de assistência jurídica a
presos assumidos pela DPE-AM.
(...)De acordo com Valdirene Daufemback, uma das representantes do MNPCT, um relatório
foi entregue, na época, contendo as observações verificadas durante as visitas de
monitoramento. O relatório também foi encaminhado a todos os órgãos visitados, bem como
às autoridades federais.
Lição 1 of 6
1 - Sistema Nacional de
Prevenção e Combate à Tortura
1.1 A Criação do Sistema Nacional de Prevenção e
Combate à Tortura (SNPCT)
As políticas públicas em Direitos Humanos têm sido implementadas em um
processo em construção com diversos atores da sociedade. Por meio do
diálogo, da observância dos direitos expressos na Constituição Federal e do
compromisso da agenda governamental, foi possível avançar na construção
de políticas públicas que visavam à garantia e proteção de direitos a toda
sociedade. No caso da prevenção e combate à tortura, estes e novos avanços
foram sintetizados em um Plano de Ações Integradas e na aprovação da Lei
nº. 12.847/2013.
Com a Lei n.º 12.847/2013, além do cumprimento de obrigação
internacional, o Estado brasileiro assumiu para si o compromisso de criar
um Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, com respeito ao
pacto federativo, por meio da articulação e integração dos entes federados
na criação de uma rede de comitês e mecanismos estaduais de prevenção e
combate à tortura. Tal rede contou com a cooperação e fortalecimento de
Esse monitoramento foi realizado nos três estados brasileiros que mais sofreram com a crise
no sistema prisional em janeiro de 2017 – Amazonas, Rio Grande do Norte e Roraima -, e
que resultou na morte de 126 detentos e ao, menos, 72 presos desaparecidos.
Caso você queira saber mais a respeito do que foi apontado no relatório, acesse o
endereço: http://www.amazonas.am.gov.br/2018/02/mecanismo-de-combate-a-tortura-
destaca-como-um-dos-esforcos-para-melhoria-do-sistema-prisional-a-assistencia-juridica-a-
presos-assumida-pela-dpe-am/
http://www.amazonas.am.gov.br/2018/02/mecanismo-de-combate-a-tortura-destaca-como-um-dos-esforcos-para-melhoria-do-sistema-prisional-a-assistencia-juridica-a-presos-assumida-pela-dpe-am/
organizações da sociedade civil e das instituições públicas relacionadas ao
tema com vistas ao enfrentamento desta grave violação de direitos humanos.
Dito isso, o módulo será direcionado tendo em vista algumas questões
essenciais. A saber:
Este módulo responde a essas perguntas, uma vez que apresenta as
articulações sobre prevenção e enfrentamento à tortura, - o Sistema
Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, instituído pela Lei nº. 12.847,
de 2013, e dois de seus órgãos estruturantes: o Comitê Nacional de
Prevenção e Combate à Tortura e o Mecanismo Nacional de Prevenção e
Combate à Tortura. Para tanto, serão abordadas a criação do sistema, sua
composição, atribuições e princípios norteadores. O módulo também
Você sabe quais são as atribuições do Mecanismo Nacional de
Prevenção e Combate à Tortura? Quem o integra?
Com que objetivo foi criado o Sistema Nacional de Prevenção e
combate à tortura (SNPCT)?
Por que alguns especialistas realizam visitas aos estados e para que
servem os relatórios produzidos por eles?
Há algum controle sobre a atuação destes órgãos e dos responsáveis
que neles trabalham?
abordará a atuação da Coordenação-Geral de Combate à Tortura e à
Violência Institucional do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos na execução de políticas sobre a matéria. Então, mãos à obra!
A Constituição brasileira de 1988, na qualidade de marco da transição da
Ditadura Civil-Militar brasileira para o regime democrático e da
institucionalização de Direitos Humanos no país, estabeleceu a prática da
tortura como crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, por ela
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-la, se
omitirem.
De posse destas informações essenciais agora é necessário que você
conheça alguns eventos ocorridos no Brasil que impulsionaram a criação do
SNPCT. Acompanhe!
Ainda no ano de 2007 com a adesão do Brasil ao protocolo facultativo
OPCAT¹ e a execução do PAIPCT², o governo federal e a sociedade civil
impulsionaram o debate sobre a criação do Sistema Nacional de Prevenção
e Combate à Tortura com apresentação de projeto de lei à Câmara dos
Deputados - o PL nº 2442, de 2011. A construção do projeto de lei foi um
processo longo, mas muito transparente e participativo com a realização de
diversas consultas. Também foi realizado, ainda naquele ano, um seminário
nacional, em parceria com a Associação para a Prevenção da Tortura (APT)
 que tratou sobre os princípios gerais de mecanismos de prevenção e
combate à tortura.
Na proposta do projeto, que segue as orientações do OPCAT, o SNCPT
aproximaria órgãos e entidades públicas e privadas com atribuições legais
ou estatutárias de realizar tanto monitoramento, supervisão e controle de
estabelecimentos e unidades onde se encontrem pessoas privadas de
liberdade quanto de promover a defesa dos direitos e interesses dessas
pessoas.
Após dois anos de tramitação no Congresso Nacional, o projeto de lei foi
aprovado pelo Senado em 11 de julho de 2013, instituindo-se a Lei nº.
12.847, de 2013. Assim, a criação do Sistema Nacional de Prevenção e
Combate à Tortura é fruto de uma longa construção normativa no campo
dos Direitos Humanos.
¹O Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura e
outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou
Degradantes (tradução para o português) é um tratado, de
1984, que complementa a Convenção das Nações Unidas
Contra a Tortura.
1.2 Primeiras Iniciativas em Prevenção e Combate à
Tortura
Para dar cumprimento às previsões da Convenção contra a Tortura, o
governo federal convidou um grupo de especialistas de diferentes áreas para
elaborar o Plano de Ações Integradas para a Prevenção e o Combate à
Tortura no Brasil (PAIPCT).
Esta foi a primeira iniciativa para construir uma política pública de
prevenção à tortura após a promulgação da Constituição Federal de 1988 e
da edição da Lei nº. 9455/1997 que tipifica a tortura como crime. Lançado
Saiba Mais! +
A íntegra do Projeto de Lei apresentado pelo Poder Executivo
ao Congresso Nacional está disponível em: 
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegr
a?codteor=926266&filename=PL+2442/2011
²Plano de Ações Integradas para a Prevenção e o Combate à
Tortura no Brasil.
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=926266&filename=PL+2442/2011
em 2006, o objetivo do plano era repensar, redirecionar e intensificar as
ações de prevenção e combate da tortura, no intuito de dotá-las de maior
alcance e eficácia, no Sistema de Justiça Criminal brasileiro.
Na sequência, foi criado, em 2013, o Comitê Nacional para Prevenção e
Controle da Tortura no Brasil (CNPCT), no âmbito da então Secretaria
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (que tinha
status de ministério).

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