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Se você já é integrante do Comitê Estadual de Proteção e Combate à Tortura ou está engajado como defensor dos diretos humanos, possivelmente, já tem alguma noção do que faz a CGVTI. A CGVTI ou Coordenação Geral de Combate à Tortura e a Violência Institucional é a unidade administrativa que integra a estrutura da Secretaria Nacional de Proteção Global do ministério. Ela é a responsável pela efetivação das ações e programas que visam à prevenção e o combate à tortura. Lição 6 of 6 6 - A Coordenação-Geral de Combate à Tortura e à Violência Institucional (CGCTVI) De acordo com o Decreto n. 9.673, de 2019, a CGCTVI tem duas grandes atribuições: coordenar ações de prevenção e combate à tortura e a todas as formas de tratamento cruel, desumano e degradante e realizar ações relativas ao Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Acompanhe os detalhes a seguir. Coordenar ações de prevenção e combate à tortura e a todas as formas de tratamento cruel, desumano e degradante A CGCTVI é responsável por realizar ações de prevenção e combate à tortura, coordenando-as e articulando-as com outros órgãos do Poder Executivo, Poder Legislativo e Sistema de Justiça, tanto no âmbito federal como estatual. Um exemplo da atuação da coordenação nesse campo é o acompanhamento do Pacto para Prevenção e Combate à Tortura, o incentivo à criação de Comitês e Mecanismos e articulação de ações sobre a temática no Governo Federal. Realizar ações relativas ao Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura Tais ações consistem em apoio à estruturação do SNPCT, através de medidas de incentivo à criação, adesão e participação dos comitês e mecanismos estaduais de prevenção e combate à tortura e por estratégias integradas, baseadas em informações qualificadas que permitam garantir políticas eficientes para o enfrentamento da tortura. Cabe ainda à coordenação, exercer a função de Secretaria-Executiva do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Saiba Mais! + Para saber mais sobre a estruturação do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a íntegra do decreto está disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019- 2022/2019/decreto/d10174.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/d10174.htm Conclusão Já vimos que as políticas públicas em Direitos Humanos foram implementadas em um processo em construção com diversos atores da sociedade. Por meio do diálogo, da observância dos direitos expressos na Constituição Federal e do compromisso da agenda governamental, foi possível avançar na construção de políticas públicas que visavam à garantia e proteção de direitos a toda sociedade. No caso da prevenção e combate à tortura, estes novos avanços foram sintetizados em um Plano de Ações Integradas e na aprovação da Lei nº. 12.847/2013. Com a Lei n.º 12.847/2013, o Estado brasileiro assumiu para si o compromisso de criar um Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. O Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (SNPCT) é um conjunto articulado, orgânico e descentralizado de instrumentos, mecanismos, órgãos e ações que visam o fortalecimento da prevenção e do combate à tortura, bem como à eliminação de todas as formas de tortura e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. Já o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT) detém atribuições para projetar e articular a política de prevenção à tortura. É um órgão colegiado, com representação da sociedade civil e dos órgãos de governo. Possui responsabilidades de acompanhar, avaliar e propor ações aos programas, aos projetos e aos planos do tema; propor medidas legislativas; elaborar e publicar relatório das atividades bem como subsidiar o mecanismo nacional com informações e participar da implantação das suas recomendações. Tal rede contou com a cooperação e fortalecimento de organizações da sociedade civil e das instituições públicas relacionadas ao tema com vistas ao enfrentamento desta grave violação de direitos humanos.