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Aula 05- Hipersensibilidade

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2º bimestre
Aula 5 – Hipersensibilidades
→ Hipersensibilidade é a RI exagerada dos tecidos
→ Existem 4 tipos:
1- Hipersensibilidade tipo I – imediata (alergias) → imediata após o contato com o Ag (alérgenos); mediada por Acs IgE.
2- Hipersensibilidade tipo II – citotóxica → após contato com Ag 48 – 72 horas; mediada por Acs IgM e IgG.
3- Hipersensibilidade tipo III – mediada por imunocomplexos (IC) → após contato com Ag 48 – 72 horas; Acs IgM e IgG.
4- Hipersensibilidade tipo IV – celular ou tardia → células (Th1 e macrófagos).
 - 3 tipos: ● H. de contato ou dermatite de contato – 48 – 72 horas.
 ● H. tuberculínica – 48 – 72 horas.
 ● H. granulomatosa – 21 – 28 dias.
Hipersensibilidade tipo I
ALÉRGENOS:
1.Alimentos (proteínas dos alimentos que causam a alergia): leite de vaca e derivados; conservantes e corantes; morango, alho, ovo; peixes e frutos do mar; trigo; soja.
2.Picada de inseto: vespa, abelha, formiga, pernilongo.
3.Produtos químicos: hipoclorito, cosméticos, sabão.
4.Medicamentos: penicilinas, anestésicos, dipirona.
5.Outros: plantas, pólen, pó (ácaros), níquel.
MECANISMO IMUNOLÓGICO DE AÇÃO (LESÃO) – 2 fases:
1ª FASE – Sensibilização:
Entra o alérgeno pela pele ou mucosa, que é capturado pela APC e apresentado aos linfócitos Th. Ocorre ativação LTh2, que ativa linfócito B por meio da IL-4, este se diferencia em plasmócito, também por ação da IL-4. O plasmócito produz Acs IgE. Algumas pessoas produzem IgE em excesso, que ligam-se aos receptores dos mastócitos por sua região Fc.
2ª FASE – Ativação:
Quando o mesmo alérgeno penetra no organismo, independente de quantas vezes, e um epítopo liga em 2 parátopos de duas IgE diferentes, por reação cruzada, as IgE depositadas nos receptores dos mastócitos fazem com que esta célula fique ativada e degranule rapidamente o mediador químico histamina, que é responsável pelos sinais e sintomas desta alergia e os principais são: edema, urticária e eritema.
Caso seja um alimento, ainda podemos observar vômitos e diarreia.
Após 12-24 horas deste processo inicial são liberados, também, prostaglandina e leucotrienos (mediadores químicos tardios), responsáveis pela resposta inflamatória que haverá.
DOENÇAS:
 ● RiniteChoque anafilático localizado
 ● Asma
 ● Vômitos e diarreia
 ●* Choque anafilático sistêmico → além de ocorrer degranulação de mastócitos ocorre também degranulação de basófilos.
 - principal sinal: edema de glote, que pode levar à parada respiratória.
 - penicilina: pode ocorrer no primeiro contato, pois ela se liga diretamente no receptor dos mastócitos; é independente de IgE.
PREVENÇÃO
Não ter contato com alérgeno.
Processo de desensibilização – alérgeno é inoculado no paciente em pequenas doses, levando à formação de IgG, que entra nos receptores dos mastócitos e não deixa que o alérgeno se ligue, não ocorrendo a reação alérgica, pois não haverá ativação dos mastócitos que não irão degranular para gerar o processo alérgico.
Tratamento: anti-histamínicos.
Hipersensibilidade tipo II
Citotóxica;
DOENÇA: DHRN (doença hemolítica do RN)
Mãe (gestante) Rh- (não apresenta proteína na superfície da hemácia) e feto Rh+.
Durante o parto ocorre mistura de sangue, a mãe recebe Rh+ do filho. Na mãe, +/- 48 – 72 horas após o parto, se ela não receber nenhuma vacina, ela é sensibilizada. Linfócitos B se diferenciam em plasmócitos, que produzem Acs IgE, que fazem citotoxicidade celular dependente de anticorpo (CCDA) levando a lise das hemácias Rh+ através das NK.
Na próxima gestação dessa mãe de um feto Rh+ a IgG da mãe realizará CCDA nas hemácias do feto. O filho ao nascer irá apresentar a DHRN, nasce edemaciado, pele roxa e outros.
OBS.: a troca do plasma da criança irá tirar as IgG resolvendo o problema.
PREVENÇÃO
→ profilaxia de Rhesus – introdução na mãe de Acs IgG artificiais com função de CCDA até 72 horas após o parto, que destruirá os Rh+, impedindo a sensibilização, não ativando LB da mãe.
Hipersensibilidade tipo III
DOENÇAS: DAI
· Febre reumática;
· Artrite reumática;
· Lúpus eritematoso sistêmico.
MECANISMO DE LESÃO DA HIPERSENSIBILIDADE III (IMUNE)
ICs de tamanhos pequenos são produzidos em algumas infecções e eles não são removidos por fagocitose por serem pequenos e, então, vão se depositando em alguns locais do organismo (dependendo da doença é um local de depósito). Esses ICs depositados são ativadores do complemento e o C3b fica também depositado, enquanto C3a e C5a vão para o soro e realizam a atração dos neutrófilos. Como os neutrófilos são muito pequenos não vão conseguir fagocitar o alvo inteiro, então, degranulam substâncias tóxicas que provocam lesões teciduais intensas.
Hipersensibilidade tipo IV
DERMATITE DE CONTATO
Ags entram na derme – níquel, plantas, tecidos, borracha, couro.
Mecanismo de lesão:
Estes Ags funcionam como haptenos que ligados as proteínas do hospedeiro são capturados por APC’s e apresentados ao LTh, que ativa Th1. Th1 ativa os queratinócitos (células que compõem a pele), que liberam IL-8, IL-1, que ativam macrófagos. Os macrófagos degranulam substâncias tóxicas, ao invés de fagocitar, que são lesivas aos tecidos (principal é o NO – óxido nítrico).
Prevenção: Não entrar em contato
HIPERSENSIBILIDADE GRANULOMATOSA
→ Doenças: - tuberculose;
 - hanseníase;
 - esquistossomose;
 - sífilis.
→ Ags (proteínas) são capturadas pelas APC’s e o processamento demora 21 – 28 dias (quebra da proteína em peptídeo). Ativa LTh, que ativa LTh1, que libera TNF. TNF age nos macrófagos fazendo a união deles formando as células epitelióides gigantes caracterizando o granuloma (é uma RI alterada), que é uma lesão que pode culminar em necrose.
O granuloma delimita os bacilos em um local só, não disseminando a doença.
HIPERSENSIBILIDADE TUBERCULÍNICA
Reação intradérmica (PPD = derivado proteico purificado).
PPD – proteína extraída do bacilo da tuberculose → toxina BK chamada de Tuberculina (Ag proteico).
A tuberculina é inoculada na pele, após aplicada começa a desenvolver uma lesão.
→ Mecanismo de lesão imunológica:
 - A tuberculina é capturada pela APC que faz a apresentação do peptídeo aos LTh, que ativa Th1. Th1 ativa macrófagos, que degranulam substâncias tóxicas, formando a lesão = nódulo. Essa reação demora de 48 – 72 horas.
→ Resultado:
 - Presença nódulo = contato prévio com bacilo;
 - ausência nódulo = não teve contato com o bacilo.
OBS.: O PPD não serve para diagnóstico e sim para avalia a RI celular.

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