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Preparo cavitário classe III

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Preparo cavitário
 
 
 
 
 
Classe III 
Faces proximais dos incisivos e caninos, sem remoção do ângulo incisal 
 
 
Ao se trabalhar em dente anterior, devemos buscar restaurar a naturalidade 
do dente. O foco deve ser na estética e longevidade da restauração. 
 
Histórico 
➯ Início do século XX: cimento de silicato (originou o CIV) 
 
➯ 1936: resina acrílica 
Utilizada para fazer prótese. Desvantagem: não é fotopolimerizável, então 
pegava presa quimicamente (reação exotérmica), logo, esquentava demais 
o dente. 
 
➯ 1940: resina pseudo-composta 
Foi adicionado partículas de carga na matriz inorgânica, entretanto, não 
existia união entre ela e a matriz orgânica, caracterizando como uma resina 
rugosa e que se pigmentava. 
 
➯ 1962: agente de união foi incorporado (silano), unindo partícula de carga e 
matriz orgânica. (Bowen: criador) 
 
Definição 
Resina é um material polimérico, com ligações cruzadas reforçadas por vidro, 
cristais e partículas de carga orgânica e pequenas fibras unidas à matriz por 
agentes silanos. 
 
Composição 
• Matriz resinosa: Bis-GMA, TEGDMA e UDMA 
• Partículas de carga: quartzo, sílica coloidal e vidros cerâmicos 
 
• Agente de união: silano 
• Modificadores ópticos: confere tonalidades à resina 
• Inibidores: garantem integridade da resina frente a luz do 
ambiente 
 
Princípios gerais do preparo cavitário 
• Forma de contorno 
• Remoção do tecido cariado 
• Forma de retenção 
• Forma de resistência 
• Forma de conveniência 
• Acabando das paredes de esmalte 
• Limpeza da cavidade 
 
Passo-a-passo - restauração classe III 
1. Diagnóstico da lesão de cárie 
2. Seleção de cor 
3. Isolamento do campo operatório 
4. Remoção do tecido cariado ou restauração insatisfatória 
5. Preparo cavitário 
6. Proteção do complexo dentinopulpar 
7. Condicionamento ácido + aplicação do sistema adesivo 
8. Inserção incremental da resina 
9. Acabamento e polimento 
 
1. Diagnóstico da lesão de cárie 
Primero é preciso saber se a cárie está em esmalte ou em dentina. 
 ↳ Caso esteja em esmalte (mancha branca opaca e rugosa), não é 
necessário restaurar, somente realizar flúorterapia e acompanhar a 
remineralização. 
 ↳ Em dentina faz-se o preparo e coloca-se a resina. 
 ↳ Além do exame clínico, devemos fazer o exame radiográfico e realizar 
o teste vitalidade. 
 
2. Seleção de cor 
 
 
O dente apresenta várias tonalidades diferentes, isso depende de como 
o esmalte e a dentina se relacionam. 
➾ Cervical: mais dentina (dentina que dá a cor do dente) 
➾ Incisal: mais esmalte 
 
Classificação da cor 
Matiz: A,B,C e D 
Croma: intensidade da cor (saturação) 
Valor: só é visualizado na escala preto e branco. 
 
Obs.: croma e valor são inversamente proporcionais. 
 
Quanto mais escuro for o objeto, mais baixo é o valor. 
Quanto maior o croma, mais escuro ele vai ser. 
 
 
Translucidez e Opacidade: 
 - Existem zonas nos dentes mais translúcidas (esmalte) e mais opacas 
(dentina). 
 - Depende da absorção e reflexão da luz. 
 
Opalescência: 
 - É a capacidade que o esmalte e a dentina apresentam de absorver a luz e 
refleti-la em tons alaranjados. 
 
Fluorescência: 
 - Emissão de luz por um objeto em comprimento de onda diferente da luz que 
incidiu sobre ele. 
 
Morfologia e propriedades ópticas dos dentes 
 
Porção cervical Porção média Porção incisal 
Esmalte mais 
delgado e dentina 
mais espessa 
Esmalte mais 
espesso e dentina 
mais delgada 
Esmalte mais espesso com 
aparência violeta, azul ou cinza, e 
dentina mais delgada que nos 
terços médio e cervical 
Matiz é geralmente 
o mesmo que o 
terço médio 
Matiz é geralmente 
o mesmo que o 
terço cervical 
Matiz policromático 
Croma mais forte 
que o terço médio 
Croma mais fraco 
que o terço cervical 
Croma mais fraco que os terços 
cervicais e médios 
Valor mais baixo 
que o terço médio 
Valor mais alto que 
o terço cervical 
Valor mais baixo que os terços 
cervical e médio em função da 
transparência 
 Translucidez 
intermediária 
Alta translucidez 
 
Primeiro passo para uma restauração em resina composta: 
 - Dentes limpos e hidratados 
 - Luz natural 
 - Paciente sentado, evitando incidência de luz excessiva perpendicular ao 
dente 
 - Escala de cor: acompanha a resina composta ou Vita. 
 
3. Isolamento do campo operatório 
 
➮ Todos os materiais restauradores requerem campo isolado, seco e 
perfeitamente limpo para serem inseridos ou condensados nas cavidades. 
 
➮ Restauração em dentes anteriores: isolamento de pré a pré. 
 
4. Remoção do tecido cariado ou restauração insatisfatória 
Remoção de tecido cariado: 
 - Colheres de dentina 
 - Brocas multilaminadas (baixa rotação) 
 
Remoção de restauração insatisfatória: 
 - Pontas diamantadas 
 - Brocas multilaminadas (alta rotação) 
 
5. Preparo cavitário 
Tratamento biomecânico da cárie e de outras lesões dos tecidos duros, 
de forma que as estruturas remanescentes possam receber uma 
restauração que as proteja, seja resistente e previna a reincidência de 
cárie. 
 
Classe III: 
1. Acesso vestibular e lingual 
2. Delimitação do contorno externo 
3. Penetração inicial com ponta diamantada de tamanho compatível com 
a cavidade. A penetração é ampliada movimento da broca de incisal 
para gengival. 
4. Realizar contorno externo e interno da cavidade antes do bisel 
5. Adaptação da cunha marginal e tira de poliéster 
6. Realizar concha palatina com resina de esmalte 
7. Preenchimento da concha até a margem do bisel 
 
 
 
 
 
 
 * O acabamento das paredes tem o intuito de remover prismas de esmalte 
que se encontram friáveis e não são bons para a adesão. 
 
Preparo cavitário: 
• Envolvimento conservador na remoção de cárie ou da remoção 
da restauração antiga 
• As paredes circundantes devem acompanhar a conformação das 
faces correspondentes 
• Parede axial plana e paralela ao longo eixo do dente 
 
Em preparos do tipo classe III, IV e V: 
• a parede de fundo é axial (a parede de fundo deve ser paralela 
ao longo eixo) 
No preparo de classe I: 
• a parede de fundo é pulpar (perpendicular ao longo eixo do 
dente) 
Preparos classe II: 
• pode ter parede de fundo pulpar e axial 
 
Material utilizado: 
• Broca esférica 
 
Proteção do complexo dentinopulpar 
Se a cavidade estiver muito profunda, próximo a polpa, deve-se usar o 
cimento hidróxido de cálcio. 
Quando se aplica esse material, não pode aplicar por cima diretamente o 
sistema adesivo. Nesses casos, deve-se colocar por cima do hidróxido de 
cálcio, o CIV forrador, e após o sistema adesivo. 
 
Cavidade superficial: sistema adesivo. 
Cavidade profunda: cimento hidróxido de cálcio > CIV > sistema adesivo. 
 
*aplicação na parede de fundo 
*não aplicar nas bordas da restauração: pois prejudica o vedamento, visto 
que estes materiais são solúveis em meio oral. 
 
Aplicação do sistema adesivo: 
• Aplicação do ácido fosfórico 
• Lavar, secar 
• Aplicar clorexidina (inativar as MMP) 
• Primer (absorver água, mantendo as fibras de colágeno em estado 
de expansão, permitindo caminho para adesivo penetrar) 
• Aplicação adesivo 
• Fotopolimeriza por 20 segundos 
 
Inserção da resina composta: quanto maior a cavidade, mais incrementos 
serão necessários. 
Toda resina sofre contração de polimeralização, no entanto, existem algumas 
formas de diminuir a contração de polimeralização (técnica incremental, 
utilização de bases cavitarias). 
A contração de polimeralização pode ocasionar fendas e infiltrações na 
restauração, por isso deve-se ser evitada. 
1. Reconstrução da parede palatina, caso ela esteja afetada. 
*coloca tira de poliéster, segura com o dedo, fazer reconstrução da parede 
palatina segurando a tira de poliéster. 
 
• Coloca-se uma camada fina de resina para esmalte 
• Preenchimento de toda a cavidade com resina para dentina 
• Conclusão com resina para esmalte, finalizandoa restauração 
• Acabamento da restauração. 
 
*sempre observar o dente por todas as vistas, observando se o volume de 
resina está adequado 
*checar o contato das faces oclusais 
 
Acabamento: etapa de refinamento. Remove-se os excessos e define melhor 
os sulcos. 
 
Instrumentos possuem maior poder de corte: lâmina de bisturi, broca 
multilaminada com menor quantidade de lâminas, discos de granulação 
grossa e média, tiras de granulação (lado que corta mais primeiro, depois lado 
que corta menos), pontas diamantadas de granulação (tipo F). 
 
Polimento: textura final da restauração. 
 
Poder de desgaste dos materiais deve ser menor: instrumentos terão maior 
quantidade de lâminas, ponta diamantada ultrafina, discos de granulação 
fina e muito fina. 
 
Brilho final da restauração: pasta polidora. 
 
1. Diagnóstico de cárie 
2. Seleção de cor 
3. Isolamento absoluto 
4. Preparo cavitário (removendo tecido cariado e fazendo 
acabamento das paredes) 
5. Proteção do complexo dentinopulpar 
6. Sistema adesivo 
7. Restauração

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