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1 A RELEVÂNCIA EDUCATIVA DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA HIPERDIA Amanda Arcanjo dos Santos Fábio da Silva Mattos Késia Alves Gomes Rosetti 1 INTRODUÇÃO Na atualidade, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam a causa dominante no perfil de morbimortalidade dos indivíduos brasileiros. Fatores relacionados a essas patologias, que causam agravo a saúde, contribui em para um somatório de variáveis, como o aumento da longevidade e maior exposição de risco. Dentre eles temos o sedentarismo, tabagismo, etilismo e a dieta hiperlipídica, responsáveis pelo crescimento da ocorrência dessas doenças e consequentemente mudança no perfil epidemiológico brasileiro (MALTA et al., 2018). Com o aumento da expectativa de vida da população, cresce o número de pessoas acometidas por DCNTs, destacando-se nesse cenário principalmente a Hipertensão Arterial Sistêmica e a Diabetes Mellitus. Perante a essa realidade, houve a necessidade da elaboração do Sistema de Cadastramento de Hipertensos e Diabéticos (Hiperdia), difundido pelo Ministério da Saúde, que visa propor assistência a pacientes com essas comorbidades (BRASIL, 2019). A assistência da enfermagem no programa hiperdia deve ser realizada de forma contínua a implementação de estratégias, de enfrentamento e orientações de metas terapêuticas nas doenças cardiovasculares, de forma a instituir uma atenção integral que atenda às necessidades de saúde do paciente. É uma tarefa instrutiva que tem como objetivo principal o aumento do nível de informação dos pacientes, para contribuir na adesão do doente à intervenção (BARBOSA, 2017). A contribuição da pesquisa tem como proposta refletir sobre a conscientização da relevância educativa do enfermeiro no programa Hiperdia nas Unidades Básicas de Saúde, a fim de evidenciar suas contribuições à saúde dos pacientes e propor atendimento de melhor qualidade. Busca-se com isso tornar mais efetiva a observação continua da evolução do paciente, dando 2 grande ênfase ao papel educativo da enfermagem no processo de saúde-doença (MALACHIAS et al., 2016). Neste estudo pretende-se propiciar uma melhor compreensão das práticas e representações da equipe multiprofissional ao atendimento adequado, tendo como objetivo uma assistência melhor prestada pelos profissionais de saúde, visando maior satisfação e benefício aos pacientes (SANTOS et al., 2018). 1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Diabetes Melittus (DM) são Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), consideradas de magnitude elevada e centro de uma averiguação muito bem ponderada da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), pois correspondem a fatores de risco imprescindíveis para o agravamento das doenças cardiovasculares e constitui-se de uma das principais causas de morbimortalidade nos brasileiros (BRASIL, 2019). A população precisa de atendimento coordenado imediato, pois essas comorbidades aumentam a cada dia, sem que haja controle. Portanto, é preciso ser organizado e mapeado o atendimento do Hiperdia para os acometidos de doenças crônicas, sejam elas a Diabetes e/ou Hipertensão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua no programa Hiperdia as condutas éticas e procedimentos que procedem ao tratamento, como prevenção da morbimortalidade. Enfatiza-se a função do enfermeiro, realizando seu trabalho conforme sua capacitação técnica-científica, observando o paciente, exercendo do cuidar um método de humanização. O profissional em questão exerce um papel relevante frente às ações educativas, promovendo a transformação da realidade de saúde do paciente (BRASIL, 2019). O desejo em realizar este estudo manifestou-se quando foram iniciadas as aulas práticas em campo nas Unidades Básicas de Saúde, na qual ocorreu uma proximidade mais direta com os pacientes por meio da consulta da enfermagem. Desde então, foram observadas as demandas dos pacientes no que se refere à necessidade de orientações suficientemente adequadas, com relação à diabetes e/ou hipertensão. 3 A falta de informação e humanização dos profissionais gera uma insegurança no paciente, em vista disso, inúmeros sofrem por não compreenderem como proceder no tratamento, além de apresentarem dúvidas de como se cuidar. Essa abstinência de informações e orientações pode ser uma lacuna a ser suprida no decorrer do tratamento. Desta forma, a abordagem desse problema que acomete os portadores de HAS e/ou DM torna-se relevante tanto para o meio acadêmico, quanto para as equipes que atuam diretamente na assistência ao hipertenso e ao diabético, pois a utilização deste estudo viabiliza ferramentas necessárias para uma maior compreensão sobre estas DCNTs, bem como a implementação de ações que possam contribuir para maior adesão ao tratamento e ao autocuidado dos usuários do programa. 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA O Hiperdia é um programa cuja função é cadastrar, acompanhar e monitorar os indivíduos que apresentam o diagnóstico diabetes e/ou de hipertensão, em conformidade com as diretrizes do Plano de Reorganização da Atenção a Hipertensão Arterial. Posteriormente ao cadastramento, os usuários obtêm através da rede de Atenção Básica toda a medicação necessária para o tratamento de forma a acompanhar e avaliar todos os índices de morbimortalidade desta patologia (MACIEL, 2018). Diante da nova realidade da humanização e assistência da enfermagem frente a um atendimento, tenta ser implantada na Atenção Primária a mudança no padrão assistencial da Unidade Básica de Saúde, sendo o enfermeiro responsável por essa humanização do atendimento. Pretende-se nessa pesquisa investigar como a literatura em enfermagem aborda condutas desses profissionais diante do programa Hiperdia na Unidade Básica de Saúde (SANTOS et al., 2018). 1.3 PROBLEMA DA PESQUISA Perante a importância do empenho dos profissionais frente à nova realidade da atenção primária implantada nas Unidades Básicas de Saúde (USB), cabe problematizar: Como a literatura em enfermagem aborda as 4 condutas dos enfermeiros frente à humanização e a assistência do programa Hiperdia? 1.4 HIPÓTESE • Havendo mudanças no atendimento assistencial prestado pelos profissionais de saúde no Hiperdia. • O resgate da educação continuada oferece estímulo ao enfermeiro para atuar em diversos setores no cuidado ao paciente atendido no SUS, é possível mudar o olhar do profissional de saúde sobre o hipertenso e o diabético. 1.5 OBJETIVOS 1.5.1 Objetivo Geral Compreender a abordagem da literatura em enfermagem, no que se refere à humanização e assistência na conduta do enfermeiro diante dos pacientes cadastrados no programa Hiperdia do Ministério da Saúde, na Unidade Básica de Saúde, de forma a gerar indicadores utilizáveis para base de uma assistência de maior qualidade ainda na Atenção Primária. 1.5.2 Objetivos Específicos • Descrever a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM), correlacionando com a realidade existente. • Identificar obstáculos e aspectos facilitadores para implantação da humanização do cuidado adequado. • Analisar as condutas do enfermeiro na qualificação e prestação de assistência na Atenção Primária. 2 METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo qualitativo de caráter bibliográfico, acerca da temática: A relevância educativa do enfermeiro no programa hiperdia na unidade básica de saúde. Com base em Gil (2017), a pesquisa qualitativa tem por finalidade o levantamento de dados sobre determinado grupo, compreender diferentes comportamentos e analisar os dados com relação às expectativas da população 5 pesquisada. Com o objetivo descritivo, o propósito é de analisar, registrar os acontecimentos ou a estrutura de um dado ou sistema. Utilizarei procedimentos técnicos, a serem seguidos na realizaçãoda pesquisa bibliográfica, através de materiais elaborados por alguns autores, e um estudo de revisão sistemática de artigos científicos e livros. Após delimitação do tema, procedeu-se consultar as seguintes bases de dados do estudo: Descritores em Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciência da Saúde (BIREME), Ciência da Saúde (DeCS), Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). Para nortear a pesquisa documental, utilizou-se os descritores: Hipertensão; Diabetes Mellitus; Atenção Primária a Saúde. Como critérios de inclusão foram estabelecidos artigos e livros que se referem à relevância educativa do enfermeiro no programa hiperdia na Unidade Básica de Saúde pela equipe de enfermagem, livros e artigos publicados no período entre 2015 a 2019; acessados na íntegra; escritos na língua portuguesa e inglesa. Como critério de exclusão, utilizou-se artigos e livros publicados em ano anterior de 2015; que não se referem e não enfatizam o tema à relevância educativa do enfermeiro no programa hiperdia. Foram encontrados 35 artigos após a seleção inicial para composição da amostra, para os quais procedeu-se na amostra do estudo através de uma primeira análise dos títulos e conteúdos respectivos nos resumos, para analisar se seria relevante para os critérios de inclusão determinado. Assim, foram escolhidos 18 artigos para a composição do estudo, dos quais estavam propostos de acordo com os critérios de inclusão da amostra estabelecidos. O objetivo é de aprimorar o conhecimento, para agregar a pesquisa do estudo abordado, categorizando o resultado final propicio a pesquisa e ao tema que se aborda. 3 REFERÊNCIAL TEÓRICO 3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) E A DIABETES MELITTUS (DM) NO HIPERDIA. 6 A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma das doenças crônicas mais prevalentes, estando presente em aproximadamente 20% da população mundial (SANTOS et al., 2018). A HAS acontece quando se tem um volume de sangue passando sob grande pressão dentro das artérias e chegando ao músculo cardíaco. Isto faz com que o coração trabalhe mais, aumente a pressão do sangue dentro dos vasos sanguíneos e consequentemente desencadeie o aumento da pressão arterial sistêmica (MACIEL, 2018). GOMES (2015) ressalta que vários fatores de riscos são relacionados ao aumento da pressão arterial, por exemplo, obesidade, sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, estresse, e o aumento do consumo de sódio um dos principais fatores. O sangue fica mais denso, isso faz que a pressão aumente. É imprescindível que o profissional de saúde saiba identificar quais são os valores pressóricos, tanto para pressão normal, quanto para pressão alta. Segundo a Associação Brasileira de Cardiologia, para pacientes que não possuem doença de base relacionada, o referencial da pressão arterial normal é 120x80 mmHg, até 140x90 mmHg, passando desses valores o paciente é considerado hipertenso (CHAGAS; MAIA, 2015). Para pacientes que possuem doença de base relacionada, por exemplo, Insuficiência Cardíaca Congestiva, Síndrome Coronariana e Diabetes Mellitus, os valores de pressão arterial podem se alterar, sendo necessária a prescrição de medicamentos para estabilização da pressão (COSTA; DURAN, 2018). A Diabetes Mellitus (DM) configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo um grande desafio para os sistemas de saúde. A doença por si só gera morbimortalidade, sendo umas das principais causas de amputações e também fator de pré-disposição importante para o desenvolvimento de outras doenças (BEZERRA et al., 2015). No Brasil, a associação de diabetes e hipertensão é responsável pela primeira causa de mortalidade e de hospitalização por amputações de membros inferiores, e representa ainda uma porcentagem alta dos diagnósticos primários em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à diálise (ALENCAR et al., 2019). 7 A diabetes é uma doença metabólica caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue durante um longo intervalo de tempo, sendo superiores a 126 mg/dL em jejum. Para este tipo de paciente, a inserção de um tratamento não medicamentoso visa a adesão de hábitos alimentares saudáveis, com diminuição do consumo de sal, açúcar, gorduras e álcool, também aumento no consumo de frutas, verduras e vegetais, além da prática de atividades física, com diminuição dos índices de sedentarismo e obesidade (MENDEZ et al., 2018). A inserção deste tipo de tratamento produz resultados positivos na redução da pressão arterial, reduzindo consequentemente os riscos de doenças cardiovasculares segundo a organização da saúde (SANTOS et al., 2018). Humanizar a assistência da enfermagem no Hiperdia na Unidade Básica de Saúde é de vital importância, a fim de garantir o acesso da população ao programa e às informações, com o intuito de prestar uma assistência em saúde adequada e promover uma vida saudável, com orientações necessárias que possam acolher o paciente esclarecendo suas dúvidas com profissionais qualificados (MALACHIAS et al., 2016). 3.2 HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA De acordo com o Ministério da Saúde, a humanização da assistência é uma estratégia de intervenção que visa melhorar a qualidade da atenção à saúde, de modo que os pacientes envolvidos se tornem protagonistas do seu processo de saúde-doença. Sendo assim, os pacientes devem ser respeitados, tendo seus valores pessoais levados em consideração, além de participar ativamente do processo de tomadas de decisões no seu próprio tratamento (BEZERRA et al., 2015). A humanização na assistência a Atenção Primária parte de um pré- suposto do cuidado, que envolve uma equipe multidisciplinar, na qual cada profissional contribui de forma importante para a promoção da saúde. O profissional qualificado é necessário durante o tratamento, a fim de oferecer cuidado, orientação, suporte e encorajamento para que seu paciente tenha um resultado eficaz (BARBOSA, 2017). Humanizar se traduz como a inclusão das diferenças nos processos de gestão e de cuidado. Tais mudanças são construídas não por uma pessoa ou 8 um grupo isolado, mas de forma coletiva e compartilhada, a fim de que a inclusão estimule a produção de novos modos de cuidar e novas formas de organizar o trabalho (SANTOS et al., 2018). A Organização Mundial da Saúde desenvolveu um protocolo que orienta a prática da assistência na Atenção Primária, no qual descreve atos direcionados ao atendimento básico eficaz, propondo políticas de atenção integral a saúde do paciente, de forma humanizada, além de estabelecer o compromisso com a garantia dos direitos e da cidadania (FALUDI et al., 2017). É importante considerar o paciente como um ser único, com vontades próprias e direitos específicos. Dessa forma, a individualidade de cada paciente deve ser respeitada pelos profissionais de saúde, enfatizando-se a importância de prestar com qualidade a assistência à saúde física. Também deve-se levar em consideração os sentimentos, desejos e preferências do paciente, de modo a transformar o ambiente e a relação profissional-paciente mais acolhedora e favorável para uma excelente humanização e assistência na Atenção Primária (BORGES; LACERDA, 2018). Neste contexto, o enfermeiro assume papel fundamental para a humanização do atendimento, sendo que para exercer essa função de forma digna, faz-se necessária boas condições de trabalho e medidas educativas que possibilitem o desenvolvimento da competência para o cuidar de forma humanizada (MALACHIAS et al., 2016). Além disso, é importante que os profissionais de saúde visualizem o paciente como portador de direitos e autonomia, de forma a construir uma valorização do paciente e tornar a assistência mais saudável e ética (MACIEL, 2018). A humanização da assistênciaem saúde exige que o profissional de saúde valorize a sensibilidade e a afetividade como pré-requisitos fundamentais ao cuidar. Sendo assim, faz-se necessário o exercício do escutar e dialogar, de forma a manter relações interpessoais éticas e solidárias, que valorizem a troca de experiências de vida entre o profissional e o paciente, como parte importante do cuidado (SILVA et al., 2015). 9 Diante do exposto, é importante destacar que as propostas para humanização em saúde abrangem a necessidade de reformular o processo de formação acadêmica dos profissionais, de forma a mudar a educação ainda centrada no aprendizado técnico e racional, para um aprendizado centrado no paciente e na humanização do atendimento. Além disso, faz-se necessário a busca por uma conscientização do profissional da saúde em entender o paciente como um ser que possui além das demandas físicas, demandas emocionais e que necessitam do acolhimento da equipe de saúde (BEZERRA et al., 2015). 3.3 A RELEVÂNCIA ASSISTENCIAL EDUCATIVA DO ENFERMEIRO NO SISTEMA HIPERDIA O Hiperdia é um programa multidisciplinar que é desenvolvido nas Unidades Básicas de Saúde e presta assistência ao público alvo de pacientes hipertensos e/ou diabéticos (BARBOSA, 2017). Sendo assim, é um projeto que visa principalmente à educação aos pacientes portadores de doenças crônicas, através de atendimentos com médicos, enfermeiros, dentistas, configurando um trabalho em grupo que objetiva à conscientização dos pacientes com essas comorbidades, fazendo que estes se tornem parte integrante e participativa do processo de cuidado da doença, a fim de que adquiram uma melhor qualidade de vida (MACIEL, 2018). Inicialmente é feito um cadastro no sistema da Unidade Básica de Saúde, para que o paciente possa receber procedimentos da enfermagem, acompanhamento nutricional e solicitar exames. Além disso, participantes do programa Hiperdia, podem se consultar diariamente na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (MALTA et al., 2018). O enfermeiro tem o papel de reunir os pacientes para palestras educativas, incentivar a adesão de hábitos saudáveis de vida, dar suporte em saúde e auxiliar na conscientização do paciente no que diz respeito à melhoria dos indicadores dos exames laboratoriais. Esse papel pode ser desempenhado através das consultas periódicas da enfermagem, e por meio de medidas implementadas no incentivo à colaboração de profissionais visando à humanização dos serviços (FREITAS; SOUZA; LIMA, 2016). 10 O grupo de pacientes do Hiperdia deve se reunir com o enfermeiro no mínimo uma vez por mês, para realizar pesagem, medição da circunferência abdominal, glicemia capilar, monitoração dos parâmetros e participação de palestras educativas (FERNANDES et al., 2015). O enfermeiro é capacitado e qualificado para realizar o acolhimento do paciente, adotando uma política que abrange desde o primeiro atendimento até a realização de consultas periódicas e humanizadas de enfermagem, norteando o paciente para uma qualidade de vida mais saudável (BRASIL, 2019). À medida que o paciente obtém sucesso e benefícios tangíveis em sua saúde, começa a redimensionar suas crenças e ganha conhecimento prático de como administrar sua saúde e qualidade de vida. Nesse contexto, o enfermeiro desempenha um papel crucial, apoiando e estimulando cada paciente com uso das orientações ensinadas (MALTA et al., 2018). O apoio do enfermeiro, com a utilização de métodos de encorajamento, pode oferecer aos pacientes uma melhora significativa na qualidade de vida. Essas medidas de enfermagem têm de ser individualizadas ao longo das consultas. Proferir frases encorajadoras como “você consegue” ajuda a reforçar e ao mesmo tempo, encorajam ao paciente a continuar na prevenção (SANTOS et al., 2018). Os enfermeiros são importantes para estimular o paciente a demonstrar preocupação por suas necessidades ao longo da vida. Nesse contexto, é importante destacar o papel que este profissional tem em oferecer apoio ao paciente, com a finalidade de possibilitar que este, periodicamente, se permita realizar vontades pessoais e ao mesmo tempo, ainda, participar de modo ativo no processo de cuidado à saúde. Além disso, o enfermeiro pode oferecer orientação preventiva, auxiliar durante os momentos críticos da saúde do paciente e demonstrar técnicas de enfrentamento e encorajamento (FALUDI et al., 2017). Vale ressaltar que é fundamental que o enfermeiro se concentre nos pontos fortes e nos elementos positivos de cada palestra. Parabenizar o paciente por estar engajado também é fundamental. Durante o programa Hiperdia, este profissional deve demonstrar calor humano e uma atitude amigável. Com 11 frequência, o toque do profissional pode ajudar a evitar uma crise, pois tranquiliza o paciente ao mostrar que ele está agindo de forma adequada (GOMES, 2015). É importante ainda, que, o enfermeiro busque produzir uma mudança cultural e no ambiente familiar do paciente, de modo que as relações interpessoais e os espaços físicos transformem-se em ambientes cômodos e que propicie as práticas humanizadas de assistência. Cabe ao enfermeiro praticar o diferencial e mostrar que a assistência humanizada colabora com grandes benefícios para o paciente no Hiperdia (FERNANDES et al., 2015). CRONOGRAMA ETAPAS FEV/20 MAR/20 ABR/20 MAI/20 JUN/20 ESCOLHA DO TEMA X LEITURA DE ARTIGOS X X X X X DESENVOLVIMENTO BIBLIOGRÀFICO X X X REVISÃO X ENTREGA DO TRABALHO X REFERÊNCIAS ALENCAR, D.C.; FILHO, P.F.L.; NEIVA, M.J.L.M.; ALENCAR, M.P.G.; MORERA, W.C.; IBIAPINA, A.R.S. Dimensões da qualidade de vida afetadas negativamente em pessoas vivendo com Diabetes Mellitus. Revista Online de Pesquisa – Cuidado é Fundamental. Teresina, 2019. BARBOSA JÚNIOR; Renato de Oliveira. Efetivação do Programa HIPERDIA na Comunidade de Padre Brito – Barbacena - Minas Gerais. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Estratégia de Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais – MG. 39 fls. 2017. BEZERRA, G. C.; OLIVEIRA, V. S. de; SANTOS, I. C. R. V.; SILVEIRA, F. M. M. Implementação do Grupo Hiperdia em uma Unidade de Saúde de Família: Um relato de experiência. Revista Enfermagem Digital Cuidado e Promoção da Saúde, v.1, n.1, p.19-22, Janeiro\Junho 2015. BORGES, DAIANI DE BEM; LACERDA, JOSIMARI TELINO DE, Ações Voltadas ao Controle do Diabetes Mellitus na Atenção Básica: Proposta de Modelo Avaliativo. Saúde debate online. Vol.42, n.116, p.162–178, 2018. 12 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigitel Brasil: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. CHAGAS, K. S.; MAIA FILHO, A. M. Diabetes Mellitus: O Conhecimento dos Pacientes Acerca do Autocuidado. Revista Interdisciplinar, v. 8, n.1, p.98-106, 2015. COSTA, P.C.P.; DURAN, E.C.M. Evidências clínicas para hipertensos e diabéticos na saúde da família. Revista enfermagem UFPE. Recife, 2018. FALUDI, André Arpad et al. Diretriz brasileira baseada em evidências sobre prevenção de doenças cardiovasculares em pacientes com diabetes: posicionamento da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 109, n. 6, supl. 1, p. 1 31, Dec. 2017. FERNANDES, P. V; CASTRO, M. M; FUCHS, A; MACHADO, M. C. R; OLIVEIRA, F. D; SILVA1, L. B; ROSA, L. F; AZEVEDO, V. M. P; GELLER, M; KAUFMAN, R. Valor Preditivo do Escore de Framingham na Identificação de alto Risco Cardiovascular. Internacional Journal of Cardiovascular Sciences. 2015; 1(1): 4-8. FREITAS, G. A.; SOUZA, M. C.; LIMA, R. C. Prevalência de Diabetes Mellituse Fatores Associados em Mulheres Indígenas do Município de Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil. Caderno de Saúde Publica. Rio de Janeiro, 2016. GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017. GOMES, L. T. S.; GRACIANO, M, M. C.; SOUZA, L. H. T.; PESSOA, G. S. Avaliação da Atenção Primária aos Hipertensos Cadastrados no Hiperdia. Ver Enferm UFPE, v., n.4, p. 7347-56, 2015. MACIEL, Victor. Um em cada quatro brasileiros adultos dizem ter diagnóstico médico de hipertensão. 2018. Disponível em: http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/43123-um-em-cada-quatro- brasileiros-adultos-dizem-ter-diagnostico-medico-de-hipertensao & gt;. Acesso: Abr. 2020. 13 MALACHIAS, Marcus Vinícius Bolívar et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 107, n. 3, supl. 3, p. 1-104, set. 2016. MALTA, D.C. et al. Prevalência da hipertensão arterial segundo diferentes critérios diagnósticos, Pesquisa Nacional de Saúde. Revista Brasileira de epidemiologia. Rio de janeiro, 2018. MENDEZ, R.D.R.; SANTOS, M.A.; WYSOCKI, A.D.; RIBEIRO, B.D.A.B.; STAUFFER, L.F.; DUARTE, S.J.H. Cardiovascular risk stratification among hypertensive patients: the influence of risk factors. 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