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RESUMO DIREITO TRIBUTÁRIO

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Faculdade AnhanguerA
DIREITO
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM DIREITO TRIBUTÁRIO
ANÁPOLIS
2021
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM DIREITO TRIBUTÁRIO
ANÁPOLIS
2021
1.1 PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Princípios são diretrizes básicas dentro de um sistema jurídico que orientam o proceder de um ornamento jurídico oferecendo ao mesmo os aportes necessários para a sua fundamentação. De acordo com Celso Antônio Bandeira (2003, p.91) princípio pode ser definido como:
mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico.
	Dentro do campo tributário existem princípios norteadores, por exemplo o caso da anterioridade e da imunidade recíproca e estes são considerados de acordo com o Supremo Tribunal Federal, cláusulas pétreas (ADIN nº 939). Nesse sentido, pode-se dizer que os princípios do Direito Tributário são diretrizes (constitucionais), que dentro do proceder pratico orientam a competência tributária.
	A efetividade de alguns valores dentro do ornamento jurídico, orientam o proceder em determinados conflitos. A busca de soluções para os conflitos, nesse sentido, deve se utilizar dos princípios não de modo banalizado, mas ponderando as ações com minuciosa análise e aplicabilidade, uma vez que os diferentes componentes dispõem de lógica e critérios jurídicos. 
	Na concepção de Hugo de Brito Machado (2001, p.5) mencionando sobre o Direito Tributário enfatiza que:
“Os princípios jurídicos da tributação. Sendo, como é, a relação de tributação uma relação jurídica e não simplesmente de poder, tem-se como induvidosa a existência de princípios pelos quais se rege. Dentre esses princípios destacamos aqueles que, em virtude de sua universalidade, podem ser considerados comuns a todos os sistemas jurídicos, ou pelo menos aos mais importantes. São eles os princípios da legalidade, da anterioridade, da igualdade, da competência, da capacidade contributiva, da vedação do confisco e o da liberdade de tráfego. Tais princípios existem para proteger o cidadão contra os abusos do Poder. Em face do elemento teológico, portanto, o intérprete, que tem consciência dessa finalidade, busca nesses princípios a efetiva proteção do contribuinte.”
1.2 PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
Princípios são diretrizes básicas dentro de um sistema jurídico que orientam o proceder de um ordenamento jurídico oferecendo ao mesmo os aportes necessários para a sua fundamentação.  De acordo com Celso Antônio Bandeira (2003, p.91) princípio pode ser definido como:
“Mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico”.
        	Dentro do campo tributário existem princípios norteadores, por exemplo o caso da anterioridade e da imunidade recíproca e estes são considerados de acordo com o Supremo Tribunal Federal, cláusulas pétreas (ADIN nº 939). Nesse sentido, pode-se dizer que os princípios do Direito Tributário são diretrizes (constitucionais), que dentro do proceder prático orientam a competência tributária.
        	A efetividade de alguns valores dentro do ordenamento jurídico, orientam o proceder em determinados conflitos. A busca de soluções para os conflitos, nesse sentido, deve se utilizar dos princípios não de modo banalizado, mas ponderando as ações com minuciosa análise e aplicabilidade, uma vez que os diferentes componentes dispõem de lógica e critérios jurídicos.  Na concepção de Hugo de Brito Machado (2001, p.5) mencionando sobre o Direito Tributário enfatiza que:
“Os princípios jurídicos da tributação. Sendo, como é, a relação de tributação uma relação jurídica e não simplesmente de poder, tem-se como induvidosa a existência de princípios pelos quais se rege. Dentre esses princípios destacamos aqueles que, em virtude de sua universalidade, podem ser considerados comuns a todos os sistemas jurídicos, ou pelo menos aos mais importantes. São eles os princípios da legalidade, da anterioridade, da igualdade, da competência, da capacidade contributiva, da vedação do confisco e da liberdade de tráfego. Tais princípios existem para proteger o cidadão contra os abusos do Poder. Em face do elemento teológico, portanto, o intérprete, que tem consciência dessa finalidade, busca nesses princípios a efetiva proteção do contribuinte.”
	O princípio da legalidade é um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. A Constituição Federal de 1988 enfatiza em seu art. 5º, II, enfatizando  a questão dos direitos e garantias fundamentais, que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Na perspectiva de Martins (2013, p. 281) o princípio da legalidade é:
“O princípio da legalidade está a exigir que qualquer obrigação imposta ao cidadão deve ser instituída por meio de lei. Trata-se de um princípio constitucional que norteia todos os atos da Administração Pública e vem reforçado em determinadas áreas do Direito como o Administrativo, o Penal e o Tributário.“
	O princípio da isonomia ou igualdade pauta-se na concepção de que a norma tributária deve ser aplicada de igual modo aos contribuintes que partilham de situação equivalente e isto independe da atividade profissional, tendo como base filosófica o princípio constitucional da isonomia (artigo 150, II, da Constituição Federal). 
“Art. 150...é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
 ... II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.” 
Esse princípio é fundamental para a concretude de direitos e a garantia fundamental dos contribuintes em nossa Ordem Constitucional.
	O princípio da anterioridade é baseado na noção de anteparo à ira estatal. De modo que este princípio comporta duas espécies, são elas: anterioridade genérica e anterioridade nonagesimal. Desse modo, não se pode olvidar o princípio da anterioridade restringindo a cobrança do tributo no mesmo exercício financeiro em que a lei o instituiu. Machado ( 2001, p.35) justifica que:
“A lei fiscal há de ser anterior ao exercício financeiro em que o Estado arrecada o tributo. Com isto se possibilita o planejamento anual das atividades econômicas, sem o inconveniente da insegurança, pela incerteza quanto ao ônus tributário a ser considerado." 
O princípio da competência determina as receitas e as despesas que necessitam serem incluídas na apuração de determinado período. De acordo com Harada (2016, p. 225):
O Texto Magno estabelecesse a repartição de competência legislativa de cada uma, delimitando o campo de atuação de cada pessoa jurídica de direito público interno, notadamente em matéria tributária, que mereceu um tratamento específico em atenção à tipicidade da Federação Brasileira, onde o contribuinte é súdito, ao mesmo tempo, de três governos distintos.” 
Nesta ambiência de competência tributária  vale ressaltar que:  
“Portanto, competência tributária é a faculdade outorgada às pessoas jurídicas de direito público interno, pela Constituição, atendidos seus princípios e regras e dentro do campo de sua atuação, para instituir, pelo instrumento legal designado, seus tributos, o que significa em resumo, legislar sobre o regime jurídico, regulando-o e estruturando-o.” 
	O princípio da capacidade contributiva, estabelecido através da Constituição Republicana no art. 145, § 1º, norma prevista na Constituição de
1946 versando o seguinte:
“Art. 145 ... 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
	Esse princípio tem por finalidade o atingimento da justiça fiscal, fazendo a repartição de encargos do estado dentro das possibilidades e proporções da cada indivíduo contribuinte. Desse modo, o princípio refere-se refere-se à “capacidade econômica do contribuinte, que corresponde à capacidade contributiva” (HARADA,2016, p.225).
	O princípio da vedação de confisco veta os tributos excessivos onerosos com o caráter de punir infrações e também visa a preservação da capacidade econômica do indivíduo. De acordo com Amaro (2014, p. 45) salienta que:
“É óbvio que os tributos (de modo mais ostensivo, os impostos) traduzem transferências compulsórias (não voluntárias) de recursos do indivíduo para o Estado. Desde que a tributação se faça nos limites autorizados pela Constituição, a transferência de riqueza do contribuinte para o Estado é legítima e não confiscatória. Portanto, não se quer, com a vedação do confisco, outorgar à propriedade uma proteção absoluta contra a incidência do tributo, o que anularia totalmente o poder de tributar. O que se objetiva é evitar que, através do tributo, o Estado anule a riqueza privada. Vê-se, pois, que o princípio atua em conjunto com o da capacidade contributiva, que também visa a preservar a capacidade econômica do indivíduo”.
E o princípio de liberdade de tráfego previsto no art. 150, V da a Constituição Federal, proibindo as entidades políticas de estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, através de tributos interestaduais ou intermunicipais e ainda ressalva a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
1.3 QUAL A IMPORTÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO  
O direito tributário está presente em tudo em nossas vidas, tudo está envolvido com o direito tributário. O direito tributário tem sua importância, uma vez que o mesmo está presente em vários aspectos do nosso dia a dia, a tributação é o que faz o país andar. O direito tributário tem quatros pilares: renda, consumo, comércio exterior e propriedade.
O modo como a sociedade passou a enxergar o sistema de direito tributário, sofreu grandes alterações ao longo dos anos. Nos dias atuais, pagar tributação não carrega o sentimento de rejeição. A tributação passou a ser um instrumento da sociedade para a consecução dos seus próprios objetivos. Paulsen (2012) salienta da seguinte forma:
Pagar tributo já não é mais uma submissão ao Estado, tampouco um mal necessário. É, isto sim, dever fundamental de toda pessoa que integra uma sociedade e que, por isso, tem responsabilidade pela sua organização e manutenção” (PAULSEN, 2012, p.16).
Portanto, o ato de tributar, não pode ser visto como uma ato de sacrifício, contudo na pior das hipóteses pode-se dizer que é um mal necessário, uma vez que o Estado, necessita cumprir suas tarefas, onde busca o interesse da sociedade como um todo, ou seja, os recursos necessitados por cada cidadão. Sendo assim é necessária a captação de recursos, o que torna a tributação a ferramenta principal dessa arrecadação, fazendo com que o Estado cumpra seus objetivos.
O direito tributário atua como uma ação de proteção contra a arbitrariedade do governo. Tributar trata-se de uma circunstância conformadora do meio ambiente inserido no meio jurídico, onde são normalmente exercitados os direitos de liberdade e de propriedade dos indivíduos. Dessa forma compreende-se que não direito sem Estado, nem Estado sem tributo. Para o professor Hugo Machado (2011):
O direito tributário existe para delimitar o poder de tributar, transformando a relação tributária, que antigamente foi uma relação simplesmente de poder, em relação jurídica. A finalidade essencial do direito tributário, portanto, não é a arrecadação do tributo, até porque está sempre aconteceu, e acontece, independentemente da existência daquele. O direito tributário surgiu para delimitar o poder de tributar e evitar os abusos no exercício deste.” (MACHADO, 201, p.52).
Alessandro (2014), salienta que “cumprimento desse dever está diretamente vinculado à possibilidade concreta de efetivação dos direitos fundamentais assegurados aos cidadãos brasileiros”. Desse modo a tributação é um ato verdadeiro de uma responsabilidade social e não apenas de um simples dever com a face do aparato estatal. Ao se negar contribuir, não está apenas descumprindo uma exigência legal, mas sim quebrando o seu vínculo de responsabilidade com sociedade.
Desse modo, tributa-se porque percebe-se uma necessidade de se ter recursos que visam manter as atividades a cargo do poder público, ou pelo menos as atividades que são de interesse público. Sendo assim, são os princípios do Direito Tributário que apontam para os valores a serem promovidos, de tal forma que possa indicar o modo que será imposto a identificação da conduta devida a ser seguida.
Entretanto, por questão de entendimento aponta-se que dentro da área de direito tributário, os princípios são fundamentais sendo o de maior importância. Desse modo, podendo garantir a segurança entre o cidadão como contribuinte com o Estado. E por sua vez o Estado passa a ter a obrigatoriedade de cumprimento com os objetivos que estão direcionamos a sociedade. Sendo assim, a importância dos princípios do Direito Tributário, está na atuação de uma ferramenta que permite que o contribuinte, ou seja, o cidadão, frente a veracidade direcionada para atuação do Estado para a sociedade como um todo, dentro do ambiente tributário.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. Assembleia Nacional Constituinte, 05 de outubro de 1988. Disponível em www.planalto.gov.br. Acesso em 13 de março de 2021.
CARDOSO, Alessandro Mendes. O dever fundamental de recolher tributos no Estado democrático de direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2014.
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 25ª ed. São Paulo: Atlas. 2016. p. 225
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 19ª Edição. São Paulo: Malheiros Editores, 2001
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 32ª. Ed. Revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Malheiros, 2011, p.52.
MARTINS, Ives Gandra da Silva – Coordenador. Curso de Direito Tributário. 14ª ed. São Paulo: Saraiva. 2013. p. 282.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros editores, 20ª edição, 2005, pág. 902/903, apud SILVA, José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo, São Paulo, editora Malheiros, 22ª edição, 2003, pág. 91.
PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo / Leandro Paulsen. 4. Ed. Ver. Atual. E ampla. – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2012.

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