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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986.
	Mensagem de veto
Regulamentação
(Vide Decreto nº 8.778, de 1946)
(Vide Lei nº 7.498, de 1986)
	Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições desta lei.
Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício.
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de habilitação.
Art. 3º O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem planejamento e programação de enfermagem.
Art. 4º A programação de enfermagem inclui a prescrição da assistência de enfermagem.
Art. 5º (VETADO).
§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
Art. 6º São enfermeiros:
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei;
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiverem título de Enfermeiro conforme o disposto na alínea d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.
Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:
I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente;
II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem.
Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem:
I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino, nos termos da lei e registrado no órgão competente;
II - o titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;
III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
IV - o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967;
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
Art. 9º São Parteiras:
I - a titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
II - a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois) anos após a publicação desta lei, como certificado de Parteira.
Art. 10. (VETADO).
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I - privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem;
d) (VETADO);
e) (VETADO);
f) (VETADO);
g) (VETADO);
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
II - como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral;
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de enfermagem;
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
i) execução do parto sem distocia;
j) educação visando à melhoria de saúde da população.
Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do art. 6º desta lei incumbe, ainda:
a) assistência à parturiente e ao parto normal;
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária.
Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
a) participar da programação da assistência de enfermagem;
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o disposto no parágrafo único do art. 11 desta lei;
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
d) participar da equipe de saúde.
Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
b) executar ações de tratamento simples;
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
d)  participar da equipe de saúde.
Art. 14. (VETADO).
Art. 15. As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei, quando exercidas em instituições de saúde, públicas e privadas, e em programas de saúde, somente podem ser desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro.
Art. 16. (VETADO).
Art. 17. (VETADO).
Art. 18. (VETADO).
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 19. (VETADO).
Art. 20. Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios observarão, no provimento de cargos e funções e na contratação de pessoal de enfermagem, de todos os graus, os preceitos desta lei.
Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as medidas necessárias à harmonização das situações já existentes com as disposições desta lei, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
Art. 21. (VETADO).
Art. 22. (VETADO).
Art. 23. O pessoal que se encontra
executando tarefas de enfermagem, em virtude de carência de recursos humanos de nível médio nessa área, sem possuir formação específica regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho Federal de Enfermagem, a exercer atividades elementares de enfermagem, observado o disposto no art. 15 desta lei.
Parágrafo único. A autorização referida neste artigo, que obedecerá aos critérios baixados pelo Conselho Federal de Enfermagem, somente poderá ser concedida durante o prazo de 10 (dez) anos, a contar da promulgação desta lei.
Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de enfermagem, admitidos antes da vigência desta lei, o exercício das atividades elementares da enfermagem, observado o disposto em seu artigo 15.        (Redação dada pela Lei nº 8.967, de 1986)
Art. 24. (VETADO).
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 25. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua publicação.
Art. 26. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 27. Revogam-se (VETADO) as demais disposições em contrário.
Brasília, 25 de junho de 1986; 165º da Independência e 98º da República.
JOSÉ SARNEY
Almir Pazzianotto Pinto
Este texto não substitui o publicado no DOU de 26.6.1986
DECRETO No 94.406, DE 8 DE JUNHO DE 1987.
	 
	Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 25 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986,
DECRETA:
Art. 1º O exercício da atividade de enfermagem, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e respeitados os graus de habilitação, é privativo de Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e só será permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva Região.
Art. 2º As instituições e serviços de saúde incluirão a atividade de enfermagem no seu planejamento e programação.
Art. 3º A prescrição da assistência de enfermagem é parte integrante do programa de enfermagem.
Art. 4º São Enfermeiros:
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei;
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
IV - aqueles que, não abrangidos pelos itens anteriores, obtiveram título de Enfermeiro conforme o disposto na letra d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.
Art. 5º São Técnicos de Enfermagem:
I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado no órgão competente;
II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem.
Art. 6º São auxiliares de Enfermagem:
I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino, nos termos da lei, e registrado no órgão competente;
II - o titular do diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;
III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o item III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
IV - o titular do certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967;
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
Art. 7º São Parteiros:
I - o titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
II - o titular do diploma ou certificado de Parteiro, ou equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as respectivas leis, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil até 26 de junho de 1988, como certificado de Parteiro.
Art. 8º Ao Enfermeiro incumbe:
I - privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
e) consulta de enfermagem;
f) prescrição da assistência de enfermagem;
g) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
h) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;
II - como integrante de equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro das respectivas comissões;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de enfermagem;
g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de vigilância epidemiológica;
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto risco;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distocia;
m) participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria de saúde do indivíduo, da família e da população em geral;
n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde, particularmente nos programas de educação continuada;
o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e do trabalho;
p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contra-referência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde;
r) participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de enfermagem, nos concursos para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal técnico e Auxiliar de Enfermagem.
Art. 9º Às profissionais titulares de diploma ou certificados de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, além das atividades de que trata o artigo precedente, incumbe:
I - prestação
de assistência à parturiente e ao parto normal;
II - identificação das distocias obstétricas e tomada de providência até a chegada do médico;
III - realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação de anestesia local, quando necessária.
Art. 10. O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de enfermagem, cabendo-lhe:
I - assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de vigilância epidemiológica;
d) na prevenção e no controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante a assistência de saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras i e o do item II do art. 8º;
II - executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do enfermeiro e as referidas no art. 9º deste Decreto;
III - integrar a equipe de saúde.
Art. 11. O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe de enfermagem, cabendo-lhe:
I - preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II - observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III - executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de enfermagem, tais como:
a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
b) realizar controle hídrico;
c) fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
IV - prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependências de unidades de saúde;
V - integrar a equipe de saúde;
VI - participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de enfermagem e médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a saúde;
VII - executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes;
VIII - participar dos procedimentos pós-morte.
Art. 12. Ao Parteiro incumbe:
I - prestar cuidados à gestante e à parturiente;
II - assistir ao parto normal, inclusive em domicílio; e
III - cuidar da puérpera e do recém-nascido.
Parágrafo único. As atividades de que trata este artigo são exercidas sob supervisão de Enfermeiro Obstetra, quando realizadas em instituições de saúde, e, sempre que possível, sob controle e supervisão de unidade de saúde, quando realizadas em domicílio ou onde se fizerem necessárias.
Art. 13. As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11 somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação e direção de Enfermeiro.
Art. 14. Incumbe a todo o pessoal de enfermagem:
I - cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia da Enfermagem;
II - quando for o caso, anotar no prontuário do paciente as atividades da assistência de enfermagem, para fins estatísticos.
Art. 15. Na administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios será exigida como condição essencial para provimento de cargos e funções e contratação de pessoal de enfermagem, de todos os graus, a prova de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades compreendidos neste artigo promoverão, em articulação com o Conselho Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adaptação das situações já existentes com as disposições deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 8 de junho de 1987; 166º da Independência e 99º da República.
JOSÉ SARNEY
Eros Antonio de Almeida
Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.6.1987
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM
RESOLUÇÃO Nº 564, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2017
Aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
O Conselho Federal de Enfermagem - Cofen, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº 421, de 15 de fevereiro de 2012, e
CONSIDERANDO que nos termos do inciso III do artigo 8º da Lei 5.905, de 12 de julho de 1973, compete ao Cofen elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-lo, quando necessário, ouvidos os Conselhos Regionais;
CONSIDERANDO que o Código de Deontologia de Enfermagem deve submeter-se aos dispositivos constitucionais vigentes;
CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos Hu manos, promulgada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genébra (1949), cujos postulados estão contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiras (1953, revisado em 2012);
CONSIDERANDO a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (2005);
CONSIDERANDO o Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (1976), o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993, reformulado em 2000 e 2007), as normas nacionais de pesquisa (Resolução do Conselho Nacional de Saúde - CNS nº 196/1996), revisadas pela Resolução nº 466/2012, e as normas internacionais sobre pesquisa envolvendo seres humanos;
CONSIDERANDO a proposta de Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, consolidada na 1ª Conferência Nacional de Ética na Enfermagem - 1ª CONEENF, ocorrida no período de 07 a 09 de junho de 2017, em Brasília - DF, realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem e Coordenada pela Comissão Nacional de Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, instituída pela Portaria Cofen nº 1.351/2016;
CONSIDERANDO a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal e a Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, que estabelece a notificação compulsória, no território nacional, nos casos de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos e privados;
CONSIDERANDO a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.741, de 01 de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.216, de 06 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;
CONSIDERANDO a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes;
CONSIDERANDO as sugestões apresentadas na Assembleia Extraordinária de Presidentes dos Conselhos Regionais de Enfermagem, ocorrida na sede do Cofen, em Brasília, Distrito Federal, no dia 18 de julho de 2017, e
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do Conselho Federal de Enfermagem em sua 491ª Reunião Ordinária, resolve:
Art. 1º Aprovar o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, conforme o anexo desta Resolução, para observância e respeito dos profissionais de Enfermagem, que poderá ser consultado através do sítio de internet do Cofen (www.cofen.gov.br).
Art. 2º Este
Código aplica-se aos Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem, Obstetrizes e Parteiras, bem como aos atendentes de Enfermagem.
Art. 3º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem.
Art. 4º Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Fe deral de Enfermagem, por proposta de 2/3 dos Conselheiros Efetivos do Conselho Federal ou mediante proposta de 2/3 dos Conselhos Regionais.
Parágrafo Único. A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria, coordenada pelos Conselhos Regionais, sob a coordenação geral do Conselho Federal de Enfermagem, em formato de Conferência Nacional, precedida de Conferências Regionais.
Art. 5º A presente Resolução entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias a partir da data de sua publicação no Diário Oficial da União, revogando-se as disposições em contrário, em especial a Resolução Cofen nº 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007.
MANOEL CARLOS N. DA SILVA
Presidente do Conselho
MARIA R. F. B. SAMPAIO
1ª Secretária
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
ACÓRDÃOS
RECURSO EM PEDIDO DE DESAGRAVO
RECURSO EM PEDIDO DE DESAGRAVO CFM Nº 3762/2017 - ORIGEM: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Sindicância nº 200.036/2015). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, em que são partes as acima indicadas, ACORDAM os Conselheiros membros da 4ª Câmara do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina, por unanimidade de votos, em conhecer e negar provimento ao recurso interposto pelo recorrente, mantendo a decisão do Conselho de origem, que indeferiu o pedido de desagravo, nos termos do voto do conselheiro relator. Brasília, 25 de outubro de 2017. (data do julgamento) DILZA TERESINHA AMBROS RIBEIRO, Presidente; JOSÉ FERNANDO MAIA VINAGRE, Relator.
REMESSA EM PROCESSO ÉTICO-PROFISSIONAL
REMESSA EM PROCESSO ÉTICO-PROFISSIONAL CFM Nº 0997/2017 - ORIGEM: Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul (Processo nº 71/11). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, em que são partes as acima indicadas, ACORDAM os Conselheiros membros do Pleno do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina, por unanimidade de votos, em manter a decisão do Conselho de origem, que aplicou ao apenado a pena de "CASSAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL", prevista na letra e do artigo 22 da Lei nº 3.268/57, por infração aos artigos 29, 32, 45, 69 e 135 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.246/88, DOU 26.01.1988), cujos fatos também estão previstos nos artigos 1º, 4º, 17, 87 e 115 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.931/09, DOU 13.10.2009), nos termos do voto do conselheiro relator. Brasília, 27 de outubro de 2017. (data do julgamento) CARLOS VITAL TAVARES CORRÊA LIMA, Presidente; LÚCIO FLÁVIO GONZAGA SILVA, Relator; JOSÉ FERNANDO MAIA VINAGRE, Corregedor.
REMESSA EM PROCESSO ÉTICO-PROFISSIONAL CFM Nº 0994/2017 - ORIGEM: Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul (Processo nº 70/2011). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, em que são partes as acima indicadas, ACORDAM os Conselheiros membros do Pleno do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina, por unanimidade de votos, em manter a decisão do Conselho de origem, que aplicou ao apenado a pena de "CASSAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL", prevista na letra e do artigo 22 da Lei nº 3.268/57, por infração aos artigos 29 (maioria), 30, 45, 69 e 135 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.246/88, DOU 26.01.1988), cujos fatos também estão previstos nos artigos 1º, 2º, 17, 87 e 115 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.931/09, DOU 13.10.2009), nos termos do voto do conselheiro relator. Brasília, 23 de novembro de 2017. (data do julgamento) JECÉ FREITAS BRANDÃO, Presidente; ADEMAR CARLOS AUGUSTO, Relator.
RECURSO EM PROCESSO ÉTICO-PROFISSIONAL
PROCESSO ÉTICO-PROFISSIONAL CFM Nº 5692/2015 -
ORIGEM: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Processo nº 9.216-208/10). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, em que são partes as acima indicadas, ACORDAM os Con selheiros membros da 3ª Câmara do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina, por unanimidade de votos, em conhecer e negar provimento ao recurso interposto pelo apelante, mantendo a decisão do Conselho de origem, que lhe aplicou a pena de "SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL POR 30 (TRINTA) DIAS", prevista na letra d do artigo 22 da Lei nº 3.268/57, por infração aos artigos 80, 104, 131, 132, 133 e 142 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.246/88, DOU 26.01.1988), cujos fatos também estão previstos respectivamente nos artigos 51, 75, 111, 112, 113 e 18 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.931/09, DOU 13.10.2009), nos termos do voto do conselheiro relator. Brasília, 25 de outubro de 2017. (data do julgamento) MAURO LUIZ DE BRITTO RIBEIRO, Presidente da Sessão; ANASTÁCIO KOTZIAS NETO, Relator.
PROCESSO ÉTICO-PROFISSIONAL CFM Nº 9595/2015 -
ORIGEM: Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná (Processo nº 014/2010). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, em que são partes as acima indicadas, ACORDAM os Conselheiros membros da 1ª Câmara do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina, por unanimidade de votos, em conhecer e dar provimento parcial ao recurso interposto pelo apelante, mantendo a decisão do Conselho de origem, que lhe aplicou a pena de "CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL", prevista na letra c do artigo 22 da Lei nº 3.268/57, por infração aos artigos 30 e 38 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.246/88, DOU 26.01.1988), cujos fatos também estão previstos nos artigos 2º e 10 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.931/09, DOU 13.10.2009) e descaracterizando infração ao artigo 44 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.246/88, DOU 26.01.1988), nos termos do voto do conselheiro relator. Brasília, 25 de outubro de 2017. (data do julgamento) HENRIQUE BATISTA E SILVA, Presidente da Sessão; HERMANN ALEXANDRE VIVACQUA VON TIESENHAUSEN, Relator.
PROCESSO ÉTICO-PROFISSIONAL CFM Nº 9939/2015 -
ORIGEM: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Processo nº 8310-376/2008). Vistos, relatados e discutidos os pre sentes autos, em que são partes as acima indicadas, ACORDAM os Conselheiros membros da 2ª Câmara do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina, por unanimidade de votos, em conhecer e negar provimento aos recursos interpostos pelos apelantes, mantendo a decisão do Conselho de origem, que lhes aplicou a pena de "SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL POR 30 (TRINTA) DIAS", prevista na letra d do artigo 22 da Lei nº 3.268/57, por infração aos artigos 80, 104, 131, 132 e 142 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.246/88, DOU 26.01.1988), cujos fatos também estão previstos nos artigos 51, 75, 111, 112 e 18 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.931/09, DOU 13.10.2009), nos termos do voto do conselheiro relator. Brasília, 25 de outubro de 2017. (data do julgamento) JEANCARLO FERNANDES CAVALCANTE, Presidente da Sessão; CLÁUDIO BALDUÍNO SOUTO FRANZEN, Relator.
PROCESSO ÉTICO-PROFISSIONAL CFM Nº 12845/2015
- ORIGEM: Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná (Processo nº 172/2011). Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, em que são partes as acima indicadas, ACORDAM os Conselheiros membros da 5ª Câmara do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina, por unanimidade de votos, em conhecer e dar provimento parcial ao recurso interposto pelo apelante, reformando a decisão do Conselho de origem, que lhe aplicou a pena de "Censura Confidencial em Aviso Reservado", prevista na letra b do artigo 22 da Lei nº 3.268/57, abrandando para "ADVERTÊNCIA CONFIDENCIAL EM AVISO RESERVADO", prevista na letra a do artigo 22 do mesmo dispositivo legal, por infração aos artigos 44 e 142 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.246/88, DOU 26.01.1988), cujos fatos também estão previstos, respectivamente, nos artigos
21 e 18 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1.931/09, DOU 13.10.2009), nos termos do voto do conselheiro relator. Brasília, 25 de outubro de 2017. (data do julgamento) ALDEMIR HUMBERTO SOARES, Presidente da Sessão; EMMANUEL FORTES SILVEIRA CAVALCANTI, Relator.
Biossegurança em saúde
A biossegurança pode ser compreendida como um conjunto de normas e medidas que visa à proteção da população e dos profissionais de saúde.
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A biossegurança pode ser definida como um conjunto de medidas que busca minimizar os riscos inerentes a uma determinada atividade. Esses riscos não são apenas aqueles que afetam o profissional que desempenha uma função, e sim todos aqueles que podem causar danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas.
No que diz respeito aos profissionais de saúde, a biossegurança preocupa-se com as instalações laboratoriais, as boas práticas em laboratório, os agentes biológicos aos quais o profissional está exposto e até mesmo a qualificação da equipe de trabalho. Isso é importante porque, nesses locais, existe a frequente exposição a agentes patogênicos, além, é claro, de riscos físicos e químicos.
Apesar de muitos profissionais considerarem a biossegurança como normas que dificultam a execução de seu trabalho, são essas regras que garantem a saúde do trabalhador e do restante da população. O não cumprimento das normas básicas de biossegurança pode acarretar problemas como transmissão de doenças e até mesmo epidemias.
Uma das principais normas de biossegurança em hospitais, clínicas e laboratórios diz respeito à higienização das mãos. Elas sempre devem ser lavadas antes do preparo e da ministração de medicamentos e do manuseio do paciente. Apesar de simples, essa é uma das medidas que mais evitam a propagação de doenças.
Os profissionais de saúde também devem ficar atentos aos seus equipamentos de proteção, tais como jalecos e aventais, que devem ser usados apenas no local de trabalho e nunca em áreas públicas ou mesmo refeitórios e copas no interior da unidade de saúde. Além disso, é importante não abraçar pessoas ou carregar bebês utilizando jalecos, uma vez que existe o risco de contaminá-los.
Apesar de ser uma recomendação conhecida por todos os profissionais da saúde, é muito comum observar essas pessoas utilizando jalecos em áreas públicas e transportando-os de maneira inadequada. Isso pode ocasionar o transporte de agentes patogênicos para fora das unidades de saúde, causando doenças na população. Um ponto importante e que merece destaque é a propagação de bactérias resistentes, que normalmente são encontradas restritas ao ambiente hospitalar, porém podem ser facilmente levadas até a população em virtude da falta de conhecimento dessas normas de biossegurança.
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As luvas também são um dos equipamentos de proteção que merecem destaque. Elas devem ser usadas sempre que necessário e trocadas após cada procedimento. Após a remoção, é fundamental dar a destinação correta a esse material, assim como a todos os materiais que tiveram contato com material biológico. O descarte correto é extremamente importante para a segurança de todos.
Os profissionais de saúde estão expostos frequentemente a material biológico, por isso os riscos de contaminação podem ser altos a depender da atividade realizada. Os acidentes com esses profissionais geralmente envolvem ferimentos com agulhas ou outro material cortante e contato direto com sangue ou materiais contaminados. Dentre os mais envolvidos com esses acidentes, destacam-se os profissionais de enfermagem.
Diante da exposição frequente a agentes patogênicos, recomenda-se que os profissionais de saúde mantenham atualizadas suas carteiras de vacinação. As vacinas são umas das melhores formas de prevenção contra doenças infecciosas.
É importante frisar que qualquer acidente ocorrido com os profissionais da saúde durante o desenvolvimento de sua atividade é considerado um acidente de trabalho. Em casos de acidentes com material biológico, é importante lavar o local de contato ou a lesão e notificar a chefia imediata, que analisará o acidente. Essa análise observará qual material biológico esteve envolvido e como ocorreu o acidente. Posteriormente, será observado se o material pode ou não transmitir HIV e hepatites. Se for esse o caso, será necessária a realização de uma quimioprofilaxia. Após esse momento, ocorrerá o seguimento clínico laboratorial apropriado.
Curiosidade: Um exemplo clássico de despreparo em relação à biossegurança foi o acidente com Césio 137, em que um aparelho de radioterapia foi abandonado em uma clínica desativada. O descarte inadequado causou consequências graves à população goianiense que ficou exposta à radiação.
Doenças infecciosas e parasitárias
ENFERMAGEM
Os agentes etiológicos das doenças infecciosas podem ser bactérias, vírus, riquétsias, clamídias e fungos. As parasitárias são transmitidas por protozoários, helmintos e artrópodes que atuam como hospedeiros intermediários (BRASIL, 2001).
Também podem ocorrer casos de alergias e irritações resultantes do contato dos trabalhadores com substâncias alergênicas, tóxicas e picadas de insetos ou mordeduras. Como esses agentes estão no meio ambiente de forma generalizada, em determinados casos não é fácil confirmar a relação causal com o trabalho.
Dentre as principais doenças desse grupo poderíamos citar casos de tuberculose, brucelose, carbúnculo, paracoccidioidomicose, dermatofitose/micoses, leptospirose, tétano, psitacose – doenças dos tratadores de aves, dengue, febre amarela, malária, leishmanioses, hepatites e a doença pelo vírus da imunodeficiência humana.
Assistência e cuidados gerais:
• Medidas de educação e informação aos trabalhadores sobre os riscos e efeitos para a saúde, os modos de transmissão e de controle dos agentes envolvidos;
• Vigilância sanitária das condições e dos ambientes de trabalho, por meio do estudo das atividades de risco potencial para os agentes biológicos;
• Vigilância epidemiológica de agravos, com confirmação do diagnóstico clínico da doença e o estabelecimento da sua relação causal com o trabalho;
• Identificação das medidas gerais e específicas necessárias para eliminação ou controle da exposição aos fatores de risco e para proteção dos trabalhadores;
• Controle da ocorrência desses agravos na população em geral, uma vez que uma prevalência alta do agravo contribui para aumentar o risco para os trabalhadores.
Afecções cardiovasculares
1. 1. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AFECÇÕES CARDIOVASCULARES
2. 2. ANGINA PECTORIS• É uma doença cardíaca aterosclerótica, caracterizada por dor ou opressão na parte anterior do tórax, devido a ma irrigação e consequentemente hipoxia do miocárdio.• Causas: Insuficiência Coronariana, por aterosclerose coronariana e obstrução importante de uma artéria coronária principal. Pode ocorrer durante ou após exercícios e atividades físicas mais ou menos intensa ou devido a transtornos emocionais ou a ingestão exagerada na refeição,exposição ao frio, etc.
3. 3. SINTOMAS• Dor de forte intensidade, com sensação de aperto e peso na região do esterno, com irradiação para o pescoço, ombro e MSE. A dor é acompanhada de palidez e sudorese.
4. 4. TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA• Repouso durante a crise ate a dor ceder, em posição ereta, para facilitar o efeito da medicação• Terapêutica medicamentosa (sedativos, tranquilizantes, etc.• Tratamento cirúrgico: Revascularização do miocárdio isquêmico ( Ponte de safena ou mamaria, Angioplastia )• Acalmar o cliente, mantê-lo em posição confortável• Vigilância constante• Avisar ao enfermeiro ou o medico, em caso de qualquer anormalidade• Observar aceitação da dieta.
5. 5. TRATAMENTO
6. 6. REVASCULARIZAÇÃO MIOCARDICA
7. 7. STENT CARDÍACO
8. 8. INFARTO DO MIOCÁRDIO Destruição tecidual no miocárdio, decorrente de um suprimento sanguíneo insuficiente pelas artérias coronarianas resultando em NECROSE TECIDUAL DO MIOCÁRDIO. CAUSAS Pode esta associado a:• Doença coronariana oclusiva de alto grau, como Aterosclerose e arteriosclerose.•
Oclusão total de uma artéria coronariana normal, devido a um embolo ou trombo e/ou vasoespasmo.• Redução súbita e acentuada do fluxo sanguíneo coronariano nos estados de choque.
9. 9. SINTOMAS• Dor súbita, não relacionada a esforços nem a estresse, que pode ocorrer em qualquer região da face anterior do tórax, epigástrio, mandíbula, ombros e braços.• Dispneia, palidez, sudorese fria e pegajosa, náuseas e vômitos• Pulso rápido e fraco• É comum o Choque Cardiogênico, caracterizado por palidez, sudorese abundante fria e pegajosa.
10. 10. DIAGNÓSTICOBaseia-se no histórico, quadro clinico,resultado do ECG e exames laboratoriais.
11. 11. TRATAMENTO Em UTI com monitorização eletrocardiográfica• Prevenir e corrigir o Choque• Aliviar a dor• Administrar medicamentos• Oxigenoterapia• Repouso absoluto no leito nos primeiros dias• Dieta de fácil digestão
12. 12. CUIDADOS DE ENFERMAGEM• Manter repouso absoluto• Promover ambiente calmo e tranquilo• Evitar esforços físicos para o cliente• Prestar cuidados higiênicos, sempre que necessário• Controle dos SSVV, principalmente PA e Pulso• Atenção ao monitor cardiaco para visualizar Arritmias• Observar queixas de dor pré cordial, sudorese, náuseas e vômitos, agitação, palidez, cianose e desmaio• Balanço Hídrico ,rigoroso• C omunicar intercorrências imediatamente.
13. 13. PERICARDITE Condição inflamatória do pericárdio Causas:• Infecção bacteriana, viral ou micótica• Associação com doença renal• Em cosequencia de traumatismos torácicos acidental ou provindo de procedimentos cirúrgicos• Reações imunológicas e medicamentosas, infecções respiratórias• Febre Reumática
14. 14. PERICARDITE
15. 15. SINTOMAS• Dor precordial que pode irradiar-se para a clavícula e o pescoço• Atrito pericárdico, ruído de fricção audível no exame com o estetoscópio• Dispneia• Febre
16. 16. TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA• Repouso em posição de Fowler que ajuda aliviar os sintomas de compressão• Observar sinais de Tamponamento Cardiaco• Administrar os medicamentos prescritos para o alivio da dor, diminuição do processo inflamatório ou processo infeccioso se for o caso
17. 17. TAMPONAMENTO
18. 18. MIOCARDITE Trata-se de condição inflamatória do miocárdio, ou seja, o comprometimento das fibras musculares do coração.Causas:• Processos Infecciosos de origem bacteriana, viral, micótica ou por protozoários• Reações de hipersensibilidade, como na Febre Reumática
19. 19. MIOCARDITE
20. 20. DOENÇA DE CHAGAS
21. 21. SINTOMATOLOGIADepende do tipo de infecção, do grau de lesãodo miocárdio e de sua capacidade derecuperação, também podem ser inexistentes,discretos ou o cliente pode queixa-se defadiga, dispneia e palpitações.
22. 22. TRATAMENTOUso de ATBUso de antinflamatorioTratamento Sintomático
23. 23. ENDOCARDITE Condição inflamatória do endocárdio ( membrana mucosa que reveste as cavidades do coração e recobre os folhetos das válvulas). Causas:• Infecção bacteriana ou micótica• Complicações da febre Reumática.
24. 24. Endocardite
25. 25. Endocardite
26. 26. SINTOMATOLOGIA• Febre, mal estar generalizado• Anorexia, artralgia• Sopros cardíacos
27. 27. TRATAMENTO• Antibioticoterapia de acordo com o agente etiológico
28. 28. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVAO coração é incapaz de bombear quantidades suficientes de sangue para suprir as necessidades de O2 e nutrientes do organismo. Pode ser decorrente do ventrículo direito ( ICC Direita ) e /ou do ventrículo esquerdo (ICC Esquerda).
29. 29. SINTOMATOLOGIA ICC Direita• Dispneia ao esforço, tosse. ICC Esquerda• Edema dos MMII• Desconforto Abdominal devido a congestão do fígado• Distensão Abdominal secundaria• Ascite e Anorexia
30. 30. CAUSAS• Aterosclerose Coronariana• HAS• Miocardite• IAM• Insuficiência Valvular ( indiretamente )• Outras
31. 31. TRATAMENTO• Repouso• Manter cliente confortável no leito, com cabeceira elevada ( contribui para diminuir a congestão pulmonar )• Redução do estresse• Controle dos SSVV, PVC, Controle Hídrico e de Peso• Dieta Hipossódica c/ restrições de gordura• Medicamentos específicos.
32. 32. NO STRESS
33. 33. Edema de MMII
34. 34. Ascite
35. 35. Ascite
36. 36. Punção
37. 37. Líquido Ascítico
38. 38. ATÉ A PRÓXIMA AULA
Doenças endócrinas
Por 
John E. Morley 
, MB, BCh, Saint Louis University School of Medicine
Última revisão/alteração completa abr 2019| Última modificação do conteúdo abr 2019
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O sistema endócrino é composto por um grupo de glândulas e órgãos que regulam e controlam várias funções do organismo por meio da produção e secreção de hormônios. Os hormônios são substâncias químicas que afetam a atividade de outra parte do corpo. Em essência, os hormônios atuam como mensageiros que controlam e coordenam as atividades em todo o corpo.
As doenças endócrinas dizem respeito a
· Um excesso de secreção de hormônio (denominada “hiper” função)
· Uma deficiência de secreção de hormônio (denominada “hipo” função)
As doenças podem ser causadas por um problema na própria glândula ou porque o eixo hipotálamo-hipófise (a interação dos sinais hormonais entre o hipotálamo e a hipófise) está fornecendo estímulo excessivo ou insuficiente. Dependendo do tipo de célula da qual são originados, os tumores podem produzir hormônios em excesso ou destruir o tecido glandular normal, diminuindo a produção hormonal. Às vezes, o sistema imunológico do organismo ataca uma glândula endócrina (uma doença autoimune), o que diminui a produção hormonal.
Exemplos de doenças endócrinas incluem
· Hipertireoidismo
· Hipotireoidismo
· Doença de Cushing
· Doença de Addison
· Acromegalia
· Baixa estatura em crianças
· Diabetes
· Distúrbios da puberdade e da função reprodutiva
Geralmente, o médico mede a concentração dos hormônios no sangue para obter informações sobre o funcionamento da glândula endócrina. Às vezes, a concentração sanguínea isolada não consegue prestar informações suficientes sobre a função da glândula endócrina e, por isso, o médico faz a dosagem dos níveis hormonais.
· Em determinados horários ou mais de uma vez ou em horários diferentes (por exemplo, o cortisol)
· Depois de ter administrado um agente estimulante ou supressor (por exemplo, uma bebida açucarada, um medicamento ou um hormônio que podem desencadear ou bloquear a liberação do hormônio)
· Depois que a pessoa cumpriu uma determinada instrução (por exemplo, ficar de jejum)
As doenças endócrinas costumam ser tratadas pela reposição de um hormônio cujo nível esteja deficiente ou pela redução de um hormônio cujo nível esteja excessivo. Contudo, às vezes, a causa da doença pode ser tratada. Por exemplo, se houver um tumor em uma glândula endócrina, é possível que ele seja removido.
O que é a DII?
Doença inflamatória intestinal (DII) é um termo genérico usado para descrever distúrbios que envolvem inflamação crônica do trato digestivo.
Tipos mais comuns de DII:
· Colite Ulcerativa – esta condição provoca inflamação de longa duração e feridas (úlceras) no revestimento interno do intestino grosso (cólon) e reto.
· Doença de Crohn – Este tipo de DII é caracterizado pela inflamação do revestimento do trato digestivo, que muitas vezes se espalha profundamente nos tecidos afetados.
Tanto a colite ulcerativa quanto a doença de Crohn geralmente tem como sintomas comuns a diarreia grave, dor abdominal, fadiga e perda de peso.
A DII pode ser debilitante e, por vezes, leva a complicações fatais.
Sintomas
Os sintomas da DII variam, dependendo da gravidade da inflamação e onde ela ocorre. Os sintomas podem variar de leve a grave. É provável que a pessoa tenha períodos de doença ativa seguidos por períodos de remissão.
Sinais e sintomas comuns à doença de Crohn e à colite ulcerativa incluem:
· Diarreia
· Febre
· Fadiga
· Dor abdominal e cólicas
· Sangue nas fezes
· Apetite reduzido
· Perda de peso não intencional
Quando procurar auxílio médico
Consulte o seu médico se tiver uma alteração persistente nos seus hábitos intestinais ou se tiver algum dos sinais e sintomas de doença inflamatória intestinal. A DII
pode se agravar e, mesmo em casos mais leves, quando não tratada atrapalha a vida diária de quem convive com ela.
Causas
A causa exata da DII permanece desconhecida. A dieta e o estresse podem agravar os sintomas de DII, no entanto não são causadores dessa condição.
Uma causa possível é um mau funcionamento do sistema imunológico. Quando o sistema imunológico tenta combater um vírus ou uma bactéria invasora, uma resposta imune anormal faz com que o sistema imunológico também atinja as células do trato digestivo.
A hereditariedade também parece desempenhar um papel em que a DII é mais comum em pessoas que têm familiares com a doença. No entanto, a maioria das pessoas com DII não tem esse histórico familiar.
Fatores de risco​
Idade
A maioria das pessoas que desenvolvem DII é diagnosticada antes dos 30 anos de idade. Mas algumas pessoas não desenvolvem a doença até os 50 ou 60 anos.
1
Histórico familiar
Você corre um risco maior se tiver um parente próximo – como pai, mãe e irmãos – com a doença.
2
Fumar
O tabagismo é o mais importante fator de risco controlável para o desenvolvimento da Doença de Crohn.
3
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides
Estes incluem o Ibuprofeno, Naproxeno sódico, Diclofenaco de sódio e outros. Esses medicamentos podem aumentar o risco de desenvolver DII ou piorar a doença em pessoas com DII.
4
Fator ambiental
Se você mora em um país industrializado, é mais provável que você desenvolva DII. Portanto, pode ser que fatores ambientais, incluindo uma dieta rica em gordura ou alimentos refinados, processados e ultra processados desempenhem um papel. As pessoas que vivem em climas frios também parecem estar em maior risco.
5
Complicações
A colite ulcerativa e a doença de Crohn têm algumas complicações em comum e outras específicas para cada condição.
As complicações encontradas em ambas as condições podem incluir:
Câncer de cólon
Ter DII aumenta o risco de câncer de cólon. As diretrizes gerais de rastreamento do câncer de cólon para pessoas sem DII sugerem uma colonoscopia a cada 10 anos, a partir dos 50 anos. Pergunte ao seu médico se você precisa fazer esse teste com mais rapidez e frequência.
Inflamação da pele, dos olhos e das articulações
Alguns distúrbios, incluindo artrite, lesões na pele e inflamação ocular (uveíte), podem ocorrer durante os surtos de DII.
Efeitos colaterais de medicação
Certos medicamentos para DII estão associados a um pequeno risco de desenvolver certos tipos de câncer. Os corticosteróides podem estar associados a um risco de osteoporose, hipertensão arterial e outras condições.
Colangite esclerosante primária
Nessa condição, a inflamação causa cicatrizes nos ductos biliares, tornando-os estreitos e gradualmente causando danos ao fígado.
Coágulos de sangue
A DII aumenta o risco de coágulos sanguíneos nas veias e artérias.
Colangite esclerosante primária
Nessa condição, a inflamação causa cicatrizes nos ductos biliares, tornando-os estreitos e gradualmente causando danos ao fígado.
Complicações da doença de Crohn podem incluir:
Obstrução intestinal
A doença de Crohn afeta toda a espessura da parede intestinal. Com o tempo, partes do intestino podem engrossar e estreitar, o que pode bloquear o fluxo de conteúdo digestivo. Você pode precisar de uma cirurgia para remover a porção doente do seu intestino.
Desnutrição
Diarreia, dor abdominal e cãibras podem dificultar a ingestão de alimentos ou o intestino para absorver nutrientes suficientes para mantê-lo nutrido. Também é comum desenvolver anemia devido ao baixo teor de ferro ou vitamina B12 causada pela doença.
Úlceras
A inflamação crônica pode levar a feridas abertas (úlceras) em qualquer parte do trato digestivo, incluindo boca e ânus, e na área genital (períneo).
Fístulas
Às vezes, as úlceras podem se estender completamente através da parede intestinal, criando uma fístula - uma conexão anormal entre as diferentes partes do corpo. Fístulas próximas ou ao redor da região anal (perianal) são as mais comuns. Em alguns casos, uma fístula pode se infectar e formar um abscesso.
Fissura anal
Este é um pequeno rasgo no tecido que reveste o ânus ou na pele ao redor do ânus, onde as infecções podem ocorrer. É frequentemente associada a movimentos intestinais dolorosos e pode levar a uma fístula perianal.
Complicações da colite ulcerativa podem incluir:
Megacólon tóxico
A colite ulcerativa pode fazer com que o cólon aumente rapidamente e inche, uma condição grave conhecida como megacólon tóxico.
Perfuração de cólon
Um cólon perfurado é mais comumente causado por megacólon tóxico, mas também pode ocorrer sozinho.
Desidratação grave
Diarreia excessiva pode resultar em desidratação.
Dor musculoesquelética
Por 
Alexandra Villa-Forte 
, MD, MPH, Cleveland Clinic
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A dor é o sintoma mais comum da maioria das doenças musculoesqueléticas. A dor varia de leve a grave, bem como de aguda e de curta duração a crônica e de longa duração, podendo ser localizada ou generalizada (difusa).
Causas
A dor musculoesquelética pode ser causada por doenças nos ossos, articulações, músculos, tendões, ligamentos, bursas ou uma combinação destes quadros clínicos (consulte Introdução à biologia do sistema musculoesquelético). Lesões são a causa mais comum de dor.
A dor óssea é geralmente profunda, penetrante ou surda. Geralmente, ela resulta de uma lesão. Outras causas menos comuns da dor óssea incluem infecção do osso (osteomielite), distúrbios hormonais e tumores.
A dor muscular (conhecida como mialgia) geralmente é menos intensa do que a dor óssea, mas pode ser bem desagradável. Por exemplo, um espasmo muscular (uma contração muscular dolorida contínua) na panturrilha é uma dor intensa popularmente conhecida como cãibra. A dor ocorre quando o músculo é afetado por uma lesão ou quando há perda de fluxo de sangue para o músculo, infecção ou tumor. Polimialgia reumática é um distúrbio que causa dor intensa e rigidez no pescoço, ombros, parte superior e inferior das costas e quadris. 
A dor no tendão e ligamento geralmente é menos intensa do que a dor óssea. Ela é descrita frequentemente como “aguda”, piora quando o tendão ou ligamento afetados são alongados ou movimentados e geralmente melhora com repouso. As causas comuns de dor no tendão incluem tendinite, tenossinovite, epicondilite lateral ou epicondilite medial e lesões no tendão. A causa mais comum de dor no ligamento é lesão (entorse).
A dor nas bursas pode ser causada por um trauma, uso excessivo, gota ou infecção. Bursas são pequenas bolsas preenchidas com líquido que fornecem um amortecimento protetor ao redor das articulações. Geralmente, a dor piora com movimento envolvendo a bursa e melhora com repouso. A bursa afetada pode ficar inchada.
Dor articular (denominada artralgia) pode ou não estar relacionada à inflamação da articulação (denominada artrite). A artrite pode causar inchaço e dor. Uma grande variedade de distúrbios pode causar artrite, incluindo artrite inflamatória (como artrite reumatoide), osteoartrite, artrite infecciosa, gota e doenças relacionadas, doenças autoimunes (como lúpus eritematoso sistêmico) e vasculites (como vasculite associada à imunoglobulina A), osteonecrose e lesões que afetam a parte do osso dentro da articulação. A dor relacionada à artrite pode ser nova (aguda, por exemplo, quando causada por infecções, lesões ou gota) ou persistente (crônica, por exemplo, quando causada por artrite reumatoide ou osteoartrite). A dor resultante da artrite geralmente é pior quando a articulação é movimentada, mas, normalmente, está presente quando a articulação não está em movimento. Algumas vezes a dor originada nas estruturas próximas da articulação, como ligamentos, tendões e bursa, parece vir da articulação.
Fibromialgia pode causar dor nos músculos, tendões ou ligamentos.
A dor é geralmente sentida ou causa sensibilidade em diversos locais e pode ser difícil descrevê-la precisamente, porém, ela normalmente não é originada nas articulações. As pessoas afetadas geralmente apresentam outros sintomas, como fadiga e sono de má qualidade.
Algumas doenças musculoesqueléticas causam dor ao comprimirem os nervos. Essas doenças incluem síndromes do túnel (por exemplo, síndrome do túnel do carpo, síndrome do túnel cubital e síndrome do túnel do tarso). A dor tende a se irradiar pelo percurso do nervo e pode estar associada a ardor. Geralmente, ela é acompanhada de formigamento, dormência ou ambos.
Algumas vezes, uma dor que parece ser musculoesquelética é, na verdade, causada por uma doença em outro sistema orgânico. Por exemplo, dor no ombro pode ser causada por um distúrbio que afeta os pulmões, baço ou vesícula biliar. Dor nas costas pode ser causada por um cálculo renal, aneurisma da aorta abdominal, inflamação do pâncreas ou, em mulheres, por distúrbios pélvicos. Dor no braço pode estar associada a um ataque cardíaco (infarto do miocárdio).
Avaliação
Ao tentar estabelecer a causa da dor articular, os médicos primeiramente determinam
· Quantas e quais articulações estão envolvidas
· Se a parte central do esqueleto (como a coluna vertebral e a pelve) está envolvida
· Se a dor articular é grave ou crônica
· Quais fatores diminuem ou pioram a dor
· Se há outros sintomas afetando outros órgãos (por exemplo, erupções cutâneas, febre ou secura ocular)
Determinar esses fatores fornece pistas importantes sobre qual distúrbio provavelmente está causando a dor. Os médicos fazem um exame físico para ajudar a determinar esses fatores e detectar outros achados importantes que podem ajudar a determinar a causa da dor.
Em alguns casos, o tipo de dor sugere sua origem. Por exemplo, uma dor que piora com movimento sugere uma doença musculoesquelética. Dor com espasmo muscular sugere que a causa é uma doença muscular (algumas vezes uma lesão crônica da medula espinhal). O local do inchaço ou sensível ao toque quando o médico examina (apalpa) a área (por exemplo, articulação, ligamento ou bursa) ou movimenta passivamente uma articulação geralmente indica a fonte da dor. No entanto, essas características da dor frequentemente não indicam sua origem ou causa. Portanto, os médicos geralmente estabelecem um diagnóstico específico com base na presença de outros sintomas, achados de exame físico e, frequentemente, resultados de exames laboratoriais e radiografias. Por exemplo, a doença de Lyme muitas vezes provoca dores nas articulações com inchaço e prurido de caráter circular e exames de sangue indicam anticorpos contra a bactéria que causa a doença de Lyme. Gota é caracterizada por uma crise repentina de dor, inchaço e vermelhidão na articulação na base do primeiro pododáctilo ou em outras articulações. Exames realizados no líquido articular geralmente mostram a presença de cristais de ácido úrico.
Exames
Exames de sangue são úteis apenas como suporte a um diagnóstico feito pelo médico após um exame. O diagnóstico não é estabelecido ou confirmado apenas pelo exame de sangue. Exemplos desses exames de sangue incluem fator reumatoide e anticorpos antinucleares, utilizados para ajudar a diagnosticar causas frequentes da artrite, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico. Geralmente, esses exames são recomendados apenas se os sintomas sugerirem especificamente algum quadro clínico desse tipo.
ANÁLISE LABORATORIAL
FAN
ANÁLISE LABORATORIAL
Anti-DNA nativo (dupla hélice)
As radiografias são utilizadas principalmente para capturar imagens dos ossos, mas elas não mostram músculos, tendões e ligamentos. Geralmente é feita uma radiografia se os médicos suspeitam de uma fratura ou, menos frequentemente, de um tumor ou infecção no osso, bem como para procurar alterações que confirmem que a pessoa tem certo tipo de artrite (por exemplo, artrite reumatoide ou osteoartrite).
A ressonância magnética (RM), diferentemente da radiografia simples, pode identificar anomalias dos tecidos moles, como músculos, bursas, ligamentos e tendões. Portanto, a RM pode ser utilizada quando os médicos suspeitam de lesão em um ligamento ou tendão de grande porte ou lesão em uma estrutura importante dentro da articulação; ela pode não ser melhor do que uma radiografia padrão na avaliação de muitos quadros clínicos dolorosos. A RM pode detectar fraturas que não são visíveis em radiografias.
A tomografia computadorizada (TC) é mais sensível do que a radiografia e é utilizada com frequência para obtenção de mais detalhes sobre uma fratura ou problema no osso que foram identificados na radiografia simples. Pode ser feita uma TC se não puder ser feita uma RM ou se esta não estiver indisponível.
Outros exames de imagem incluem ultrassonografia, artrografia (um procedimento radiográfico em que o contraste radiopaco é injetado no espaço articular para delinear as estruturas, como ligamentos dentro da articulação) e cintilografia óssea. Esses exames podem ajudar os médicos a diagnosticarem certos problemas. Os médicos podem retirar uma amostra do osso do revestimento da articulação (sinóvia) ou de outros tecidos para exame microscópio (biópsia).
No geral, o exame do líquido articular é realizado quando a articulação está inchada. Os médicos extraem o líquido articular inicialmente esterilizando a área com solução antisséptica e, em seguida, anestesiando a pele com um anestésico. Então, uma agulha é inserida na articulação e o líquido é retirado (um procedimento chamado aspiração articular ou artrocentese). Esse procedimento causa pouca ou nenhuma dor. O líquido geralmente é testado para, entre outras coisas, verificar a presença de bactérias que podem causar infecção, além de ser examinado em um microscópio para verificar a presença de cristais que causam gota e doenças relacionadas.
Tratamento
· Analgésicos
· Outras medidas para aliviar a dor
Geralmente, o alívio da dor é melhor tratando-se sua causa. O médico pode recomendar analgésicos ( Tratamento da dor), como paracetamol, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou, se a dor for intensa, opioides. Dependendo da causa, aplicar compressas frias ou quentes ou imobilizar a articulação são medidas que podem ajudar a aliviar a dor musculoesquelética.
A neoplasia pode ser definida como um tumor que surge devido ao aumento anormal do número de células, ou seja, caracteriza-se como proliferação anormal do tecido. O termo tumor refere-se a um aumento do volume de uma parte do organismo, entretanto, é comumente usado como sinônimo de neoplasia. As neoplasias podem ser consideradas benignas ou malignas usando como critério o seu comportamento biológico.
 
Leia também: Avanços no tratamento do câncer
Tipos de neoplasia
Nas neoplasias ocorre o aumento anormal de células.
As neoplasias podem ser classificadas em benignas e malignas. As neoplasias benignas, também chamadas de tumores benignos, apresentam limites nítidos, possuem crescimento lento, não invadem tecidos adjacentes e não são capazes de provocar metástases. As neoplasias malignas, também chamadas de tumores malignos ou câncer, apresentam limites pouco definidos, crescem rapidamente e são capazes de invadir tecidos e provocar metástase.
	Características principais das neoplasias
	Neoplasia benigna
	Neoplasia maligna
	Apresenta limites bem definidos
	Apresenta limites pouco definidos
	Crescimento lento
	Crescimento rápido
	Incapaz de invadir outros tecidos
	Capaz de invadir outros tecidos
	Não provoca metástases
	Pode provocar metástase
 
Quando falamos em metástase, referimo-nos a uma situação em que o tumor espalha-se para além do local onde se originou, ou seja, para outras partes do organismo. Como dito, apenas os tumores malignos são capazes de provocar metástase.
As neoplasias benignas, geralmente, não apresentam risco grave à vida, entretanto, podem complicar-se quando aumentam em grande quantidade, levando à compressão de órgãos e tecidos próximos. As neoplasias malignas, por sua vez, são formas mais graves,
podendo ser de difícil tratamento, principalmente quando descobertas tardiamente.
Leia também: Tumor é câncer?
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Exemplos de neoplasias benignas
Como exemplo de neoplasias benignas podemos citar:
· Condroma: tumor benigno que possui origem na cartilagem.
· Lipoma: tumor benigno que se origina a partir do tecido adiposo.
· Mioma: tumor benigno que possui origem no tecido muscular.
Exemplos de neoplasias malignas
Como exemplo de neoplasias malignas podemos citar:
· Câncer colorretal
· Câncer de bexiga
· Câncer de boca
· Câncer de estômago
· Câncer de fígado
· Câncer de laringe
· Câncer de mama
· Câncer de ovário
· Câncer de pâncreas
· Câncer de pele
· Câncer de pênis
· Câncer de próstata
· Câncer de pulmão
· Câncer do colo do útero
· Leucemia
· Linfoma
Leia também: Dúvidas sobre doação de medula óssea
Neoplasias malignas ou câncer
As neoplasias malignas, mais conhecidas como câncer, surgem devido a mudanças no DNA das células que alteram o seu funcionamento normal. O desenvolvimento do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese.
Alterações no DNA da célula provocam alteração no seu funcionamento normal.
Existe uma série de agentes que são considerados cancerígenos, ou seja, agentes que podem provocar ou estimular o desenvolvimento do câncer. O tabaco, por exemplo, apresenta uma série de substâncias cancerígenas e é responsável pelo desenvolvimento de câncer em várias pessoas.
Estima-se que mais de 90% dos casos de câncer de pulmão são consequências do uso crônico do tabaco. Vale salientar, no entanto, que nem sempre os agentes cancerígenos sozinhos são capazes de desencadear o desenvolvimento da neoplasia.
Leia também: O curioso caso do câncer formado por células de tênia
As neoplasias podem ser curadas?
As neoplasias podem sim ser curadas. As neoplasias benignas, por exemplo, normalmente não causam risco de morte, entretanto, algumas podem crescer de maneira exagerada e comprometer o funcionamento de outras estruturas. Geralmente, os tumores benignos podem ser retirados e não voltam a aparecer.
A quimioterapia é um dos tratamentos realizados em caso de câncer. A queda de cabelo pode ser um dos efeitos colaterais desse tratamento.
As neoplasias malignas, por sua vez, podem ser mais graves e necessitar de tratamentos mais complexos. Além das cirurgias para a retirada do tumor, podemos citar como tratamentos do câncer:
· Quimioterapia: baseia-se no uso de determinados medicamentos que destruirão as células que formam o tumor. A quimioterapia pode ser administrada via oral, intravenosa, intramuscular, subcutânea, intratecal e tópica.
· Radioterapia: consiste no tratamento do câncer utilizando radiações ionizantes. O tratamento visa destruir as células que causam o tumor ou impedir que ele aumente. A radioterapia pode ser feita de duas formas: radioterapia externa ou braquiterapia. Na radioterapia externa, o aparelho que emite a radiação fica afastado do paciente e direcionado para a área que deve ser tratada. Na braquiterapia, são colocados aplicadores no paciente e a radiação é emitida do aparelho para os aplicadores.
· Transplante de medula óssea: é um tratamento feito quando o paciente apresenta doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias. Nesse tratamento, o paciente receberá células normais da medula óssea. O transplante pode ser autogênico, quando a medula é proveniente do próprio paciente, ou alogênico, quando a medula vem de um doador.
Vale destacar que muitas neoplasias malignas possuem cura por completo, e o sucesso do tratamento está muitas vezes relacionado ao estágio em que a doença foi diagnosticada. Muitos tipos de câncer, se descobertos no início, apresentam altas taxas de cura.
 
Por Ma. Vanessa dos Santos
O câncer de pulmão é um exemplo de neoplasia maligna.
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Neoplasia"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/neoplasia.htm. Acesso em 08 de outubro de 2020.
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DOENÇAS E PATOLOGIASLinfoma
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NEOPLASIA
1. 
Neoplasia é uma proliferação desordenada de células no organismo, formando, assim, uma massa anormal de tecido. Pode ser classificada como benigna ou maligna. A neoplasia benigna tem, geralmente, crescimento lento, ordenado e apresentando limites definidos. A neoplasia maligna, também conhecida como câncer, de forma geral, tem um crescimento mais rápido, as células não apresentam diferenciação e invadem tecidos vizinhos.
As neoplasias podem ser ocasionadas por fatores genéticos ou ambientais. Diante disso, alguns cuidados, como não fumar e evitar exposição ao Sol entre as 10 e 16 horas, sem proteção adequada, podem auxiliar na prevenção de alguns tipos de câncer. O tratamento é determinado pelo médico, que deve levar em consideração, por exemplo, o tipo de neoplasia e o estado clínico do paciente.
Veja também: Câncer – saiba mais sobre a 2ª maior causa de mortes no Brasil
O que é neoplasia?
Neoplasia, também denominada de tumor, é um crescimento desordenado de células no organismo. Esse crescimento desordenado leva à formação de uma massa anormal de tecido. A maioria das células dos tecidos estão em constante multiplicação, até mesmo porque essa é uma forma de repor as células mortas. No entanto, esse crescimento é controlado por diversos fatores. Nas neoplasias, as células sofrem alterações e a sua proliferação passa a ser desordenada.
Nas neoplasias, as células sofrem alterações e a sua proliferação passa a ser desordenada.
As neoplasias apresentam dois componentes básicos: um parênquima, composto por células em proliferação, as quais determinam o comportamento e as consequências da doença, e um estroma, formado por tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, os quais definem o crescimento e a evolução da neoplasia. É importante destacar aqui que nem toda neoplasia é um câncer. O termo câncer é utilizado para se referir às neoplasias malignas, como veremos mais adiante.
Leia também: Mutação: o que é e por que acontece?
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Tipos de neoplasia
As neoplasias podem ser de dois tipos, benigna ou maligna, como podemos ver a seguir.
→ Neoplasia benigna
A neoplasia benigna, também chamada de tumor benigno, caracteriza-se por apresentar células bem semelhantes às do tecido original, ou seja, apresentam diferenciação; crescem de forma lenta; são bem vascularizadas; comprimem os tecidos vizinhos, no entanto, não os infiltram. A migração dessas células só ocorre em caso de lesão ou rompimento do tecido.
Embora seja denominada de benigna, essa neoplasia também pode gerar complicações, pois comprime órgãos e vasos, além de poder causar a secreção em excesso de algumas substâncias, o que pode ser prejudicial. Um exemplo de neoplasia benigna que pode causar complicações severas são as pancreáticas, pois podem desencadear uma secreção excessiva de insulina, podendo levar a uma hipoglicemia fatal.
→ Neoplasia maligna
A neoplasia maligna, também chamada de tumor maligno ou câncer, caracteriza-se por um crescimento mais rápido do que a benigna e suas células são menos diferenciadas, o que faz com que muitas percam a sua função no tecido original. Como essas células apresentam uma redução das estruturas juncionais e moléculas de adesão, elas apresentam maior mobilidade, invadindo os tecidos adjacentes.
Além de serem agressivas localmente, as neoplasias malignas podem também se propagar pelo organismo em um processo denominado de metástase, em que há a formação de uma nova massa tumoral a partir de uma primeira sem que haja, no entanto, continuidade entre elas. Isso ocorre porque
as células da massa tumoral primária podem desprender-se e entrar na corrente sanguínea ou vasos linfáticos, deslocando-se pelo organismo e fixando-se em outro local, no qual dará origem a um novo tumor.
Nas neoplasias malignas, as células podem invadir tecidos adjacentes.
Causas de neoplasia
As neoplasias apresentam inúmeras causas, podendo ser desencadeadas por fatores genéticos ou ambientais. Esses fatores causam alterações em genes e proteínas, o que ocasiona proliferação, bem como a perda da diferenciação celular. As neoplasias benignas estão mais relacionadas com fatores genéticos.
Dentre os fatores ambientais que podem desencadear neoplasias, principalmente as malignas, podemos destacar algumas substâncias químicas, como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos presentes no cigarro, um dos principais causadores de câncer no pulmão; vírus, como o Papiloma Vírus Humano (HPV), causador de uma infecção sexualmente transmissível e um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento de câncer de colo de útero; além de radiações, como a ultravioleta, que pode desencadear o câncer de pele, quando ocorre uma exposição excessiva a ela.
A exposição aos raios ultravioletas sem a devida proteção pode desencadear o câncer de pele.
Alguns hábitos alimentares não saudáveis, consumo de álcool e uso de determinados medicamentos devem ser observados, pois também podem desencadear o desenvolvimento de neoplasias.
Acesse também: Efeitos nocivos do Sol
Sintomas e diagnóstico de neoplasia
Os sintomas variam conforme a região onde está localizado o tumor. Em casos de tumores no sistema digestório, por exemplo, é comum grande perda de peso sem motivo aparente. Já no sistema respiratório, a fadiga pode ser um sinal. Assim, mediante o surgimento de sintomas, exames serão solicitados para realizar o diagnóstico, como tomografia, ressonância magnética e biópsia.
O diagnóstico também pode ser realizado por meio do rastreamento, que é a realização de exames em pessoas assintomáticas com o objetivo de diagnosticar precocemente o desenvolvimento de um tumor. Atualmente, o rastreamento é indicado para o câncer de mama e o de colo de útero. O diagnóstico precoce é um grande aliado no tratamento das neoplasias.
Prevenção da neoplasia
Alguns fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento de neoplasias, principalmente as malignas, como o tabagismo, o alcoolismo e a obesidade. Assim, alguns cuidados podem auxiliar na prevenção de alguns tipos de tumor, como:
· Não fumar;
· Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas;
· Alimentar-se de forma saudável;
· Realizar atividades físicas diariamente;
· Manter o peso corporal adequado;
· Evitar exposição ao Sol, sem proteção, entre as 10 e 16 horas;
· Amamentar (A amamentação exclusiva até os 6 meses de idade do bebê pode contribuir na prevenção da mãe contra o câncer de mama.);
· Realizar periodicamente exame preventivo ginecológico (Mulheres, conversem com seu médico!);
· Vacinar contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos.
Veja também: Benefício das atividades físicas
Tratamento da neoplasia
O tratamento das neoplasias varia conforme o tipo detectado. Geralmente, as neoplasias benignas não requerem tratamento, devendo ser apenas realizado o acompanhamento médico. No entanto, em alguns casos, como quando ocorre a compressão de determinados órgãos, uma cirurgia pode ser realizada.
As neoplasias malignas podem ser tratadas por meio da realização de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, até mesmo, transplante, como o de medula óssea. O médico avaliará qual a melhor forma de tratamento, mediante o tipo de neoplasia, e o estado clínico do paciente, podendo, inclusive, fazer uso de mais de uma forma de tratamento. Todos esses tratamentos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Por Helivania Sardinha dos Santos
O QUE SÃO DOENÇAS 
NEUROLÓGICAS?
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3. O que são Doenças Neurológicas?
nov12017
Neurologia
Doenças neurológicas são doenças que afetam o Sistema nervoso, ou seja, cérebro, medula espinhal, e/ou os nervos periféricos, e todas as estruturas que deles fazem parte.
Existem mais de 600 doenças neurológicas conhecidas, como tumores cerebrais, epilepsia, Doença de Parkinson, Acidente Vascular Cerebral (ou Encefálico), assim como outras doenças menos comuns, como demência frontotemporal, neuropatias.
As doenças neurológicas são tratadas por médicos Neurologistas, especialistas em doenças do Sistema Nervoso.
Quais são as causas de uma doença neurológica?
As causas das doenças neurológicas podem ser muito variadas. Como o Sistema Nervoso é um sistema complexo, com estruturas diversas, qualquer alteração em uma de suas estruturas ou funções pode gerar sintomas, e constituir uma doença neurológica. Como causas gerais mais conhecidas das doenças neurológicas, temos:
· Estilo de vida
· Infecções
· Genética
· Alimentação
· Influências ambientais
· Lesões físicas e acidentes
Quais são os principais sintomas das doenças neurológicas?
Os sintomas das doenças neurológicas podem variar significativamente, dependendo do tipo da doença, bem como da área específica que foi afetada.
Os sintomas físicos das doenças neurológicas incluem, mas não estão limitados a:
· Paralisias completas ou parciais;
· Fraqueza muscular;
· Perda parcial ou completa da sensibilidade;
· Convulsões;
· Dor de cabeça;
· Dores sem causas aparentes;
· Redução do estado de consciência;
Como o sistema nervoso é a base do nosso comportamento, algumas doenças neurológicas se manifestam também com alterações emocionais ou do comportamento. Por exemplo, mudanças repentinas de humor, ou explosões súbitas de raiva, depressão, alteração de memória, alucinações, alteração do sono, confusão mental, etc.
A avaliação médica especializada consegue identificar uma série de sinais que sugerem alteração do sistema nervoso, e indicar os exames complementares mais adequados para fazer um diagnóstico preciso.
Diagnóstico das doenças neurológicas
Além do exame clínico feito por um neurologista competente, e da identificação dos sintomas acima relacionados, uma série de exames pode auxiliar no diagnóstico das doenças neurológicas. Dentre eles estão:
· Estudos de imagem: diversos exames de imagem contribuem para o diagnóstico correto de doenças neurológicas, como a Ressonância Magnética, a Tomografia Computadorizada, ou ambos. A Ultrassonografia e o Doppler também podem ser utilizados também podem ser utilizados quando existe a suspeita de doenças específicas.
· Estudos fisiológicos: existem vários tipos de exames neurofisiológicos (e.g. eletroencefalograma, eletroneuromiografia, potenciais evocados), possibilitando métodos de avaliação das funções do Sistema Nervoso Central e Periférico, ajudando no diagnóstico e na definição do tratamento das doenças neurológicas.
· Testes neuropsicológicos: esses testes envolvem entrevistas, aplicações de questionários e testes específicos, com o objetivo de testar áreas como atenção, memória, linguagem, raciocínio, e aprendizado.
· Análise do líquido cerebroespinhal: feita através de uma punção lombar, por meio de uma agulha que retira uma pequena quantidade de líquor, que é enviada para análise laboratorial.
· Exames de sangue: incluindo testes genéticos, pesquisas de níveis terapêuticos de drogas no organismo, testes para anticorpos específicos, e testes gerais para inúmeras outras doenças que podem causar sintomas neurológicos.
· Biópsias: remoção de pequena parte de tecido nervoso, pele, ou músculos, para posterior análise.
Tratamentos conhecidos para doenças neurológicas
Por mais assustador que possa parecer ser diagnosticado com uma doença neurológica, é importante entender que existem tratamentos disponíveis. A medicina tem evoluído bastante, e novas opções de medicamentos têm surgido para auxiliar no manejo dessas condições.
O tipo de medicamento utilizado para o tratamento da doença dependerá do tipo de doença de base, e dos sintomas apresentados pelo paciente. Em alguns casos, podem ser necessários procedimentos

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