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CONTEXTO HISTÓRICO DA VACINAÇÃO NO BRASIL

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CONTEXTO HISTÓRICO DA VACINAÇÃO NO BRASIL 
 
Andreza de Souza Brito 
Pedro Henrique Guedes 
Verônica Kelly da Silva 
Willma Gerlanny Alves da Silva 
 
 
RESUMO 
As vacinas são formas de prevenção para doenças, algumas doenças estão praticamente 
erradicadas graças ao surgimento das campanhas de vacinação no Brasil. Com muita 
resistência e revolta a vacina hoje tem um espaço importante, mas ainda precisa de muita 
conscientização da população. 
 
INTRODUÇÃO 
 
As vacinas são substâncias constituídas por agentes patogênicos (vírus ou bactéria), vivos ou 
mortos, ou seus derivados, introduzida no organismo provoca a formação de anticorpos contra 
determinado agente infectante. 
No século 18 iniciou-se a história da vacina. A primeira vacina que se tem registro foi criada 
pelo médico inglês Edward Jenner, ele dedicou cerca de 20 anos de sua vida aos estudos 
sobre varíola. Em 1796 realizou uma experiência que permitiu a descoberta da vacina em 
1798. A vacina surgiu depois do médico observar que pessoas que ordenhavam vacas não 
contraíram a varíola, desde que tivessem adquirido a forma animal da doença. A doença 
semelhante à varíola chamava-se cowpox. Depois de um número expressivo de pessoas que 
se mostraram imunes à varíola todas eram ordenhadoras e tinham se contaminado com a 
doença do gado, a semelhante à varíola se dava pela formação de pústulas, mas que não 
causava a morte dos animais. Após uma série de experiências contou-se que estes indivíduos 
se mantinham refratários a varíola mesmo quando inoculadas com vírus. 
Em 4 de maio de 1796, Jenner extraiu o pus da mão de uma ordenhadeira Sarah Nelmes, que 
havia contraído a varíola bovina e o inoculou em um menino, James Phipps, de 8 anos. O 
garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, 10 dias depois estava recuperado. 
Meses depois, Jenner inaculava Phipps com pus variloso. O menino não adoeceu, O que 
significava que estava imune à varíola. 
A partir de então Janner começou a imunizar crianças com material retirado diretamente das 
costas do animal e passando braço a braço em 1798 divulgava sua descoberta no trabalho “An 
Inquiry into the Causes and Effects of the Variolae Vaccinae, a Disease Known by the Name of 
Cow Pox". 
A princípio, a experiência não obteve reconhecimento, Jenner enfrentou sérias resistências. A 
classe médica demonstrou ceticismo. Grupos religiosos alertavam para o risco da degeneração 
da raça humana pela contaminação com material bovino: a vacalização ou a minotaurização, 
como foi chamado. 
O reconhecimento em seu país só foi alcançado após médicos de outros países adotarem a 
vacina e obterem resultados positivos. 
 Em pouco tempo a vacina conquistou a Inglaterra. Em 1799, era criado o primeiro instituto 
vacínico em Londres, em 1802 sobre a auspícios da família real fundava-se a Sociedade Real 
Jenneriana para a extinção da varíola. 
A descoberta de Jenner ficou popular pelo mundo. A partir de 1800 a Marinha britânica 
começou a adotar a vacinação. Napoleão Bonaparte introduziu em seus exércitos e fez 
imunizar seu filho. Nas Américas chegou pela mão de médico Benjamin Waterhouse, 
popularizando-se a partir de 1801 quando o presidente Thomas Jefferson foi vacinado. 
A vacina chegou a Portugal, em 1799, dentro de um pequeno frasco. D. Pedro, futuro 
imperador do Brasil, e seu irmão foram inoculados. Em 1804, o marquês de Barbacena trouxe 
a vacina para o Brasil, transportando-a pelo Atlântico, por seus escravos, que iam passando a 
infecção vacinal, um para o outro, braço a braço, durante a viagem. 
 
CHEGADA DA VACINA DA VARÍOLA NO BRASIL 
No Brasil, os registros sobre as primeiras medidas de imunização coletiva são imprecisos. 
Alguns estudiosos apontam o cirurgião-mor da milícia do Rio de Janeiro, Francisco Mendes 
Ribeiro de Vasconcelos, como pioneiro na utilização desse procedimento, em 1789. Outros 
pesquisadores, no entanto, informam que o precursor nacional da variolização ou da vacinação 
foi o clínico baiano Felisberto Caldeira Brant Pontes, permanecendo até hoje a dúvida se ele 
utilizou o pus variólico ou a vacina Jenneriana, transportado ‘braço a braço'. Em 1804, esse 
médico e senhor de engenho foi enviado a Lisboa sob o patrocínio de alguns negociantes 
nordestinos que queriam ver-se livres do mal que roubava vidas, dificultava o comércio e fazia 
minguar os lucros. Acompanhado por sete jovens escravos, o Dr. Brant Pontes fez com que um 
primeiro negro fosse inoculado na metrópole e, no torna-viagem, procedeu a imunização 
sequencial dos demais escravos. De regresso à Bahia, preservou a substância salvadora do 
último cativo inoculado, o que permitiu a prática do método por vastas áreas da colônia 
(Peixoto, 1922, p. 117; Santos Filho, 1977, vol. 2, p. 270). 
Em um manuscrito “Por uma história da vacina no Brasil”, assinado por Joaquim Norberto de 
Souza Silva e Joaquim Manuel de Macedo, mostra como foi que a vacina chegou ao Brasil: 
 “Só no ano de 1805 é que se tomaram medidas eficazes; pelo menos tem essa data o 
primeiro documento oficial que aparece sobre a inoculação da vacina [...] Com a 
chegada da família real em 1808 decaíram os trabalhos de vacinação [...] a vacina teve 
de refugiar-se numa botica fronteira à mesma casa; era porém o local mal escolhido pela 
sua pequenez e impropriedade, e os vacinadores começaram a descuidar-se de sua 
missão, não obstante a inspeção do doutor Teodoro Ferreira de Aguiar, comissionado 
pelo governo. O conde de Linhares, então ministro de Estado dos Negócios do Reino, 
mandou removê-la em janeiro de 1811 para a casa do intendente geral da polícia Paulo 
Fernandes Viana, de acordo com o físico-mor do reino, a fim de darem-lhe forma 
regular[...]Finalmente, em 4 de abril de 1811, baixou o alvará da organização do 
estabelecimento permanente para com mais extensão e regularidade se propagar e se 
conservar em benefício dos povos o reconhecido preservativo da vacina.” 
Com a implantação da estratégia imunizadora, delineou-se outra função a ser desempenhada 
pelos agentes oficiais: buscar induzir e em seguida forçar a população a deixar-se inocular. Os 
paulistanos relutavam em se submeter à ordenação sanitária oficial; o medo suscitado pela 
inoculação assemelhava-se em intensidade ao terror inspirado pelo recrutamento militar e 
pelas próprias epidemias de varíola. As reações a estas circunstâncias eram sempre as 
mesmas: lágrimas das mulheres e dos pequenos e fuga dos jovens e adultos para o sertão 
indevassável. A administração pública ressentia-se, mas mesmo assim buscava conseguir, a 
qualquer custo, a almejada imunização grupal; primeiramente esperava a presença espontânea 
dos bandeirantes nas sessões de escarificação, para em seguida obrigar os mais temerosos a 
se deixarem 'vaccinar'. (FILHO, 2008) 
Foi no início do século XX que a vacinação antivariólica, a sua obrigatoriedade e a resistência 
de setores da sociedade se entrelaçaram em um episódio dramático. A República instaurada 
em novembro de 1889 tinha como metas a modernização do país e o seu ingresso no mundo 
civilizado. O comércio internacional, a imigração, o fluxo marítimo e a vida econômica e social 
eram frequentemente paralisadas pelas epidemias de febre amarela e varíola. A primeira 
tentativa efetiva para mudar o status quo sanitário e péssima imagem internacional da capital 
federal e do Brasil foi uma ampla reforma urbana inspirada nas reformas de Haussmann em 
Paris. Essas reformas foram acompanhadas por grandes campanhas sanitárias contra a febre 
amarela, a varíola e a peste bubônica durante a presidência de Rodrigues Alves (1903-1906)19. 
Estas foram lideradas pelo médico Oswaldo Cruz, diretor da saúde pública entre 1903 e 1909, 
e que desde 1902 dirigia o Instituto Soroterápico Federal, criado em 1900 (renomeado Instituto 
Oswaldo Cruz em 1907) para produzir soros e vacinas17. Na gestão de Cruz, o Instituto se 
transformaria em um importante centro de produção de soros e vacinas e de pesquisa nos 
camposda medicina tropical e da microbiologia (HOCHAMAN, 2011) 
INSTITUTO SOROTERÁPICO FEDERAL 
O site da Fiocruz, conta sobre a implantação do Soroterápico: 
“Em 25 de maio de 1900, por meio do Ofício nº 1, ainda em papel timbrado do Instituto 
Vacínico Municipal, Pedro Affonso Franco (Barão de Pedro Affonso), diretor do Instituto 
Soroterápico Federal, comunicava à Diretoria Geral de Saúde Pública que, em 
conseqüência da autorização do dia anterior, começariam nesta data os trabalhos do 
laboratório de Manguinhos, "esperando em breve poder começar o trabalho de 
inoculação nos cavalos". O laboratório fora criado com o objetivo de produzir o soro para 
o combate à peste bubônica que ameaçava a Capital Federal. 
No cenário internacional, a medicina era transformada pela revolução pasteuriana e pela 
microbiologia. Cada vez mais a cura das doenças se beneficiava dos estudos realizados 
em laboratórios que, aos poucos, tornavam-se tão ou mais importantes do que os 
hospitais. Ensino e pesquisa eram atividades complementares no Instituto Pasteur de 
Paris, fundado em 1888, com ampla autonomia administrativa em relação ao governo 
francês. No mesmo ano de 1888, foi inaugurado o Instituto Pasteur do Rio de Janeiro, 
vinculado à Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Este, contudo, restringiu-se à 
produção da vacina anti-rábica e jamais conquistou grande expressão científica. 
Oswaldo Cruz foi nomeado para a Diretoria e fazia parte do projeto de governo de 
Rodrigues Alves, presidente da república entre 1902 e 1906, o qual pretendia assentar 
sua proposta de remodelação da Capital Federal sobre três bases: a reforma urbana 
encarregada ao prefeito Francisco Pereira Passos, a modernização do porto incumbida 
ao engenheiro Lauro Müller e o saneamento da cidade vitimada pelas frequentes 
epidemias de febre amarela, peste bubônica e varíola, tarefa para a qual Oswaldo Cruz 
foi designado. Para concretizar seu projeto, Rodrigues Alves dotou seus três agentes de 
amplos poderes. 
Além de atuar nos centros urbanos e, em particular, na Capital Federal, a partir do final 
de sua primeira década de existência o Instituto começou a deslocar sua atenção 
também para o sertão, promovendo expedições científicas. A maior parte das vezes, 
essas expedições eram contratadas por empresas como a que construía no norte a 
Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, terminando por revelar dados de extrema relevância 
acerca das condições de vida das populações do interior, influindo na mentalidade e nas 
ações políticas não só de médicos e sanitaristas, como também de intelectuais e 
autoridades públicas a respeito das prioridades no enfrentamento da questão social no 
Brasil.” 
Oswaldo Cruz, o fundador da saúde pública no país, iniciou a primeira campanha de vacinação 
no país, a campanha tinha o objetivo de controlar a varíola, que então dizimava boa parte da 
população do Rio de Janeiro. 
REVOLTA DA VACINA 
O médico Oswaldo Cruz contratado para combater as doenças, impôs vacinação obrigatória 
contra a varíola. Políticos, militares e a população se opuseram, alegando que o cidadão tinha 
o direito de preservar o próprio corpo e não aceitar aquele líquido desconhecido. 
Entre 10 e 16 de novembro de 1904, as camadas populares do Rio de Janeiro saíram às ruas 
para enfrentar os agentes da Saúde Pública e a polícia. 
No dia 16 de novembro, foi decretado estado de sítio e, a partir daí, a revolta dos populares e 
dos operários perdeu força. O saldo da Revolta da Vacina foi de 30 mortos, 110 feridos e a 
deportação de 461 pessoas para o Acre, além de muita destruição material na cidade. Apesar 
de tudo, a campanha de vacinação conseguiu erradicar a varíola do Rio de Janeiro. 
O GRANDE SALTO NOS PROGRAMAS DE VACINAÇÃO 
http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/instvacmun.htm
http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/instvacmun.htm
http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/stcasarj.htm
https://www.todamateria.com.br/variola/
Em 1973 foi formulado o Programa Nacional de Imunização (PNI) aqui no Brasil, foi formulado 
pelo Ministério da Saúde e tem como objetivo oferecer aos brasileiros de forma gratuita e 
sustentável a vacina. 
Ao longo dos anos, a atuação do PNI apresentou consideráveis avanços. 
O programa de imunização é gratuito e é um doas maiores do mundo, O objetivo da vacinação 
maciça da população é a erradicação de determinadas doenças. Por meio da imunização, cada 
vez mais as doenças diminuem a contaminação da população, reduzindo a zero a incidência 
de algumas delas. 
A primeira campanha de vacinação em massa em território brasileiro ocorreu em 1904, quando 
o governo criou a Lei da Vacina Obrigatória, para erradicar a varíola, gerando revolta na 
população carioca. 
Com a elucidação da erradicação das doenças, campanhas de vacinação em massa foram 
realizadas na década de 1960, mesmo tendo havido a revolta da vacina, os últimos casos de 
varíola no Brasil foram em 1971. 
Em 1980 foi realizada a campanha de poliomielite, o objetivo era vacinar todas as crianças. A 
ação passou a ser realizada anualmente e, o último caso registrado de poliomielite no Brasil foi 
em 1989. 
Atualmente, o PNI é muito mais abrangente, e realiza campanhas para erradicação de outras 
doenças, como o sarampo e o tétano neonatal. Mas há também campanha para controle de 
doenças imunopreveníveis, como o tétano acidental, a coqueluche, a difteria, as meningites, a 
febre amarela, a hepatite B, e a rubéola e a caxumba. 
Ao todo, são 27 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas. O país também conta com vacinas 
consideradas especiais para grupos em condições clínicas diferenciadas, como os portadores 
do HIV. 
O programa de imunização é gratuito e é um dos maiores do mundo, O objetivo da vacinação 
em massa da população é a erradicação de determinadas doenças. Por meio da imunização, 
cada vez mais as doenças diminuem a contaminação da população, reduzindo e zera a 
incidência de algumas delas. 
LINHA DO TEMPO: VACINAÇÃO NO BRASIL 
No site oficial da Fiocruz, eles mostram essa linha do tempo com a progressão da vacinação 
no Brasil. 
• 1804 - Chegada da vacina contra a varíola no Brasil 
• 1900-1901 - Criação do Instituto Soroterápico do Rio de Janeiro, com direção de 
Oswaldo Cruz (futura Fiocruz), e Instituto Serumtherápico, com Vital Brazil, em São 
Paulo (futuro Instituto Butantan) 
• 1904 - Revolta da Vacina 
• 1927 - Início da vacinação contra a tuberculose no Brasil com a vacina BCG 
• 1942 - Eliminação da febre amarela urbana no Brasil 
• 1966 - Campanha de Erradicação da Varíola 
• 1973 - Criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) 
• 1975 - Campanha contra a Meningite Meningocócica 
• 1976 - Criação do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos, da 
Fiocruz) 
• 1977 - Primeiro calendário básico de vacinação 
• 1980 - Campanha de vacinação contra a poliomielite 
• 1985 - Programa de Autossuficiência Nacional em Imunobiológicos (Pasni), voltado ao 
suprimento da demanda nacional de vacinas e soros 
• 1986 - Nasce o personagem Zé Gotinha 
• 1989 - Último caso de pólio no Brasil, em Souza (PB) 
• 1992 - Plano de Eliminação do Tétano Neonatal (mulheres em idade fértil, entre 15 e 
49 anos) e Plano Nacional de Eliminação do Sarampo 
• 1993 - “Operação Gota”, em áreas de difícil acesso e para populações indígenas 
• 1995 - Substituição da vacina monovalente contra o sarampo pela tríplice viral 
(sarampo, caxumba e rubéola) 
• 1997 - Implantação gradativa da vacina contra a rubéola para mulheres em idade fértil 
• 1998 - Substituição da vacina isolada contra tétano (toxoide tetânico) pela vacina dupla 
bacteriana, tipo adulto (dT), contendo também o toxoide diftérico 
• 1999 - Campanha nacional de vacinação contra a gripe para a população a partir dos 
65 anos 
• 
• 1999 - Incorporação da vacina contra febre amarela ao calendário e introdução da 
vacina contra o Haemophilus influenzae b (Hib) 
• 2002 - Introduçãoda vacina tetravalente no calendário (difteria, tétano, coqueluche e 
Hib), aos dois, quatro e seis meses de vida 
• 2004 - Instituição dos Calendários da Criança, do Adolescente e do Adulto e Idoso 
• 2006 - Introdução da vacina contra rotavírus 
• 2006 - Eliminação do tétano neonatal como problema de saúde pública no Brasil, 
segundo OMS 
• 2008 - Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola 
• 2010 - Instituição do Calendário de Vacinação para os Povos Indígenas 
• 2011 - Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, incluindo gestantes, 
indígenas, crianças de 6 meses a 2 anos e trabalhadores da saúde, além dos idosos 
• 2012 - Introdução da vacina pentavalente (DTP, Hib e hepatite B) e da VIP (pólio com 
vírus inativos) no calendário da criança, essa última substituindo as duas primeiras 
doses da vacina oral (VOP), que foi mantida em duas doses de reforço 
• 2013 - Inclusão da varicela (catapora) na vacina tetraviral (tríplice viral + varicela) 
• 2014 - Introdução de 3 vacinas: contra hepatite A para crianças (15 meses de idade); 
contra o HPV (Papiloma vírus humano), para meninas de 9 a 13 anos; e dTpa (tétano, 
difteria e coqueluche acelular) para gestantes 
• 2018 - Vacina contra HPV ampliada para meninos de 11 a 15 anos. 
 
CONCLUSÃO 
Mais de um século após o levante da Vacina, a visão de mundo e a sociedade 
brasileira mudaram no que diz respeito à vacinação. A população que considerava 
como um ato de violência e a coerção hoje tem uma percepção diferente do passado, 
um meio eficaz de prevenir doenças. É importante observar que ainda hoje os métodos 
usados por Edward Jenner são fundamentais para o desenvolvimento de novas 
vacinas. Os avanços tecnológicos também entraram no campo da imunobiológica. Um 
exemplo disso é o uso da biotecnologia, que envolve pesquisas de DNA e células-
tronco por meio de DNA recombinante (uma combinação de DNA pode produzir 
vacinas contra bactérias e insetos, o que antes só era conseguido com soros de 
pacientes já infectados com doenças) O desenvolvimento da produção de muitas 
vacinas é considerado um feito histórico. 
O Brasil é considerado um dos países com maior calendário de vacinação do mundo. 
Anualmente acontecem campanhas específicas de vacinação para certas doenças, 
como a poliomielite e, mais recentemente, para o HPV, que já estão previstas no 
calendário de vacinação do adolescente. Essas imunizações específicas têm como 
objetivo controlar o foco e prevenir as doenças. 
A PNI, contribuiu positivamente para o avanço da erradicação de varias doenças no 
pais, mas hoje está acontecendo uma queda da imunização no Brasil, essa queda 
pode se dá pelo fato da grande eficácia da imunização na população anos atrás, assim 
a população hoje não vive grandes surtos de sarampo, varíola, febre amarela, entre 
outras, muitos não percebem a importância da imunização. 
É preciso sempre ressaltar a importância da vacinação, hoje vivemos em uma 
pandemia do Covid-19, onde grande parte da população espera ansiosa pela 
imunização e trouxe para o foco a importância da imunização para erradicação de 
doenças. 
Mesmo com vários estudos mostrando a eficácia e importância da vacinação, cresce o 
número de pessoas que se recusam a vacinar seus filhos, fomentando um movimento 
perigoso que pode trazer de volta doenças como o sarampo e a poliomielite. 
O programa de imunização no Brasil tem 44 anos e é marcado pela recomendação 
social e cientifica, é de grande importância a conscientização da população. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
FERNANDES, Tania Maria Dias. Varíola e vacina no Brasil no século XX: institucionalização da 
educação sanitária. Ciênc. saúde coletiva vol.16 no.2 Rio de Janeiro Feb. 2011 
 FILHO, Claudio Bertolli. História da vacina e da vacinação em São Paulo: séculos XVIII e XIX. 
Cad. hist. ciênc. v.4 n.1 São Paulo jan./jun. 2008 
FIOCRUZ. https://portal.fiocruz.br/ 
 HOCHMAN, Gilberto. Vacinação, varíola e uma cultura da imunização no Brasil. Ciênc. saúde 
coletiva vol.16 no.2 Rio de Janeiro Feb. 2011 
Imunização (PNI) e sua importância para o Sistema Único de Saúde (SUS). Out 2016 a Ago 
2017 - v.7 - n.1 
LIMA, Adeânio Almeida. O contexto histórico da implantação do Programa Nacional de 
LOPES, Myriam Bahia. “Para uma história da vacina no Brasil “: um manuscrito inédito de 
Norberto e Macedo. Belo Horizonte – MG, v.14, n.2, p.595-605, abr.-jun. 2007. 
Peixoto, Afranio. Higiene. 3ª. ed., Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1922, 2 vols.

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