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Saúde e epidemiologia

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SAÚDE COLETIVA E EPIDEMIOLOGIA
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Saúde Coletiva e Epidemiologia – Prof.ª Esp.Mona Lisa Tasca Chaguri
Olá! Meu nome é Mona Lisa Tasca Chaguri. Sou bacharel 
em Enfermagem e licenciada pela EERP-USP, especialista em 
Saúde da Família pelo Centro Universitário Barão de Mauá. 
Atualmente trabalho como coordenadora da Vigilância 
Epidemiológica no município de Jardinópolis/SP e atuo como 
docente no curso presencial de enfermagem no Claretiano 
Centro Universitário de Batatais. Será um prazer colaborar com 
sua formação profissional procurando garantir a qualidade e a 
motivação nesse processo de aprendizagem dinâmico.
E-mail: monachaguri@gmail.com
SAÚDE COLETIVA E EPIDEMIOLOGIA
Guia de Estudo
Prof.ª Esp. Mona Lisa Tasca Chaguri
© Ação Educacional Claretiana, 2014 – Batatais (SP)
Trabalho realizado pelo Claretiano - Centro Universitário
Cursos: Graduação
 Saúde Coletiva e Epidemiologia
Versão: fev./2015
Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva
Vice-Reitor: Prof. Ms. Pe. José Paulo Gatti
Pró-Reitor Administrativo: Pe. Luiz Claudemir Botteon
Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Ms. Pe. José Paulo Gatti
Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Ms. Luís Cláudio de Almeida
Coordenador Geral de EaD: Prof. Ms. Artieres Estevão Romeiro
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera
Raquel Baptista Meneses Frata
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rafael Antonio Morotti
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
GUIA DE ESTUDO
1 PLANO DE ENSINO ........................................................................................... 8
2 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO ..................................................................... 12
3 DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE ESTUDO ........................................................ 35
4 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................ 103
INFORMAÇÃO: ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Esta disciplina é desenvolvida com Conteúdos Básicos de Referência. Isso sig-
nifica que, neste caso, não são disponibilizados na Sala de Aula Virtual (SAV) 
os conteúdos referentes a esta disciplina, mas, sim, um Guia de Estudos no 
qual constam as orientações que vão ajudá-lo no decorrer de seus estudos, bem 
como as referências bibliográficas que fundamentam esta disciplina. Lembre-se 
de que, para o melhor aproveitamento de seus estudos, você contará, também, 
com as orientações do seu tutor a distância.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1
GUIA DE ESTUDOS
Este Guia de Estudos foi elaborado para auxiliá-lo durante o 
estudo deste conteúdo. Portanto, sugerimos que você fique aten-
to às informações aqui contidas.
Neste Guia de Estudos, você terá acesso aos seguintes itens: 
Plano de Ensino, Orientações para o Estudo da Disciplina, Descri-
ção das Unidades, Considerações Gerais, Bibliografia Básica, Bi-
bliografia Complementar e E-referências.
As mudanças demográficas, epidemiológicas e de assistência 
vivenciadas pelo nosso País nas últimas décadas como melhoria 
da qualidade de vida, diminuição da taxa de mortalidade infantil, 
aumento da expectativa de vida e o aumento do numero de casos 
de doenças cronico degenerativas torna necessário o estudo do 
modelo de assistência e dos indicadores de avaliação dessa assis-
tência.
Vale ressaltar a importância de se conhecer a história natu-
ral das doenças, evolução, tratamento para intervir de forma eficaz 
nesse processo de adoecimento.
GE
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
8 Claretiano - Centro Universitário
Com intuito de formar profissionais com visão generalista, 
humanista e com senso de responsabilidade social, desenvolver 
habilidades para a análise crítica, reflexiva e investigativa do pro-
cesso saúde-doença em sua dimensão coletiva, desenvolver com-
petências, atitudes e valores éticos do atendimento do indivíduo, 
da família e da comunidade
é lançado esse Guia.
A obra Saúde Coletiva e Epidemiologia por meio deste ma-
terial lança uma ferramenta para apoio na construção do conhe-
cimento.
Por tanto, o Guia aborda tematicas para o entendimento 
do processo de mudanças da pratica de saúde, como modelos de 
assistencia, epidemiologia, qualidade de vida com o cuidado de 
agregar informações que associam o conhecimento teorico com a 
futura pratica profissional.
É indiscutível e relevante o papel da prevenção e promoção a 
saúde principalmente, o impacto que causam na incidencia e pre-
valencia de muitas doenças.
Esperamos que á partir das discussões, textos e materiais 
de apoio que compõem esse estudo voce seja incentivado a fazer 
uma reflexão critica sobre o cenario atual do nosso sistema de saú-
de e prevenção de doenças.
Vamos lá?
1. PLANO DE ENSINO
Ementa
A prática de enfermagem em saúde coletiva. Fundamen-
to nas diretrizes do SUS. Funções administrativas e assistenciais 
do enfermeiro nos serviços de saúde. O planejamento das inter-
venções de enfermagem em Saúde Coletiva e Epidemiologia com 
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
9 Claretiano - Centro Universitário
aplicação de conhecimentos administrativo-assistenciais para qua-
lificação da assistência de enfermagem ao indivíduo, família e co-
munidade, inseridos no contexto atual das políticas de saúde. Pro-
moção, prevenção e recuperação da saúde do indivíduo. Família 
e comunidade. Planejamento da educação em saúde na Atenção 
Básica. Metodologias de investigação em saúde coletiva e epide-
miologia.
Objetivo geral
Os alunos da disciplina Saúde Coletiva e Epidemiologia, dos 
cursos de Graduação na modalidade EaD do Claretiano, dado o 
Sistema Gerenciador de Aprendizagem e suas ferramentas, serão 
capazes de compreender a organização política e administrativa 
do Estado brasileiro, conhecendo suas bases e fundamentos.
Com esse intuito, os alunos contarão com recursos técnico-
-pedagógicos facilitadores de aprendizagem, como Material Didá-
tico Mediacional, bibliotecas físicas e virtuais, ambiente virtual, 
bem como acompanhamento do professor responsável, do tutor 
a distância e do tutor presencial, complementados por debates no 
Fórum. 
Ao final desta obra, de acordo com a proposta orientada pelo 
professor responsável e pelo tutor a distância, terão condições de 
interagir com argumentos contundentes, além de dissertar com 
comparações e demonstrações sobre o tema estudado, elaboran-
do um resumo, entre outras atividades. Para esse fim, levarão em 
consideração as ideias debatidas na Sala de Aula Virtual, por meio 
de suas ferramentas, bem como o que produziram durante o es-
tudo.
Objetivo específico 
 Ao final do estudo daobra, espera-se que você tenha condi-
ções de compreender a administração do Sistema Único de Saúde 
a participação do enfermeiro na Administração do SUS e de suas 
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
10 Claretiano - Centro Universitário
Unidades de saúde, bem como o impacto das medidas preventivas 
e estudos epidemiológicos sobre a saúde da comunidade.
Competências
Ao final deste estudo, os alunos dos cursos de Graduação 
contarão com uma sólida base teórica para fundamentar critica-
mente sua prática profissional. Além disso, adquirirão as habilida-
des necessárias não somente para cumprir seu papel nesta área 
do saber, mas também para agir com ética e com responsabilidade 
social.
Carga horária
A carga horária da disciplina Saúde Coletiva e Epidemiologia 
é de 90 horas. O conteúdo programático para o estudo das cinco 
unidades na qual constam as obras indicadas como referência de 
conteúdo neste Guia de Estudos, e os exercícios propostos cons-
tam no Plano de Ensino e Guia de Estudo (PEGE).
É importante que você releia, no Guia Acadêmico do seu curso, as 
informações referentes à Metodologia e à Forma de Avaliação da 
disciplina Saúde Coletiva e Epidemiologia. Na Sala de Aula Virtual 
– SAV, ferramenta Cronograma, serão disponibilizadas algumas 
instruções referentes à maneira como você deverá proceder em 
relação às atividades e às interatividades ao longo desta disciplina. 
O intuito é facilitar a visualização de informações importantes e, 
com isso, possibilitar um melhor aproveitamento em seus estudos.
Bibliografia Básica
CARVALHO, S.R. Saúde coletiva e promoção da saúde. São Paulo: Hucitec. 2005.
HELMAN, C. G.Cultura, saúde e doença. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003
ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA-FILHO, N. Epidemiologia e saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Medsi. 2003.
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
11 Claretiano - Centro Universitário
Bibliografia Complementar
BARATA, R. C. B. O desafio das doenças emergentes e a revalorização da epidemiologia 
descritiva. Revista de Saúde Pública. 1997; 31(5): 531-537.
BRASIL - Ministério da Saúde: PORTARIA Nº 648/GM de 28 de março de 2006 - sobre 
Política Nacional de Atenção Básica. 
BRASIL - Ministério da Saúde: NOB - SUS / 96 - Norma Operacional Básica do Sistema 
Único de Saúde - SUS. (Publicada no D.O.U.de 6/11/1996).
______. Conselho Nacional de Secretários da Saúde. Conass. Atenção Primária e 
Promoção da Saúde: Coleção para Entender a Gestão do SUS. Brasília: Conass, 
2011. 197 p. (3)
______. Conselho Nacional de Secretários da Saúde. Conass. Assistência de 
Média e Alta Complexidade no SUS: Coleção para Entender a Gestão do SUS. 
Brasília: Conass, 2011. 223 p. (4).
CARVALHO, G. I.; SANTOS, L. Sistema Único de Saúde. Comentários à Lei Orgânica da 
Saúde. São Paulo, Editora UNICAMP, 3. d. revista e atualizada, 2002.
CARVALHO, S. R. Saúde coletiva e promoção da saúde. São Paulo: Hucitec. 2005
DINIZ, D. Conflitos morais e bioética. Brasília: Letras Livres, 2001. 
FORATTINI, O. P. Ecologia, epidemiologia e sociedade. 2. ed São Paulo: Artes Médicas, 
2004. 
GUIZZO , J.História da saúdepública no Brasil.4. ed. São Paulo: Ática, 2003. 
MELO, E. C. P. (Org.). Saúde e doença no Brasil: como analisar os dados epidemiológicos. 
Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2004.
SCLIAR, M. et al. Saúde pública: histórias, políticas e revolta. São Paulo: Scipione, 2002. 
TEIXEIRA, C. F. SUS, Modelos Assistenciais e Vigilância da Saúde. IESUS, 1998.
E-referências
BIBLIOTECA VIRTUAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE – BVS MS.Disponível em: <https://www.
bvsms.saude.gov.br>. Acesso em: 02 jan. 2015.
MINISTÉRIO DA SAÚDE – Portal da Saúde. Disponivel em: <https:// www.saude.gov.br>. 
Acesso em: 02 jan. 2015
______.< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_principios.pdf>. Acesso em: 
02 jan. 2015.
PORTAL DO DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Disponível em: <https://www.dab.
saude.gov.br>. Acesso em: 02 jan. 2015.
INFORMAÇÕES DE SAÚDE (TABNET) - DATASUS. Disponível em: <https://www2.datasus.
gov.br/DATASUS/index.php?area=0203>. Acesso em: 02 jan. 2015. 
CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Disponível em: <https://www.cve.saude.
sp.gov.b>. Acesso em: 02 jan. 2015.
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
12 Claretiano - Centro Universitário
2. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO 
Apresentação 
Seja bem-vindo! 
Você está iniciando o estudo de Saúde Coletiva e Epidemio-
logia, que é uma das obras que compõem os cursos de Graduação 
e que será desenvolvida na modalidade EaD. Trataremos dos as-
pectos relevantes para o desenvolvimento de um conhecimento 
solido dos conceitos fundamentais de enfermagem saúde coletiva 
e epidemiologia com domínio de conhecimento e novas tecnolo-
gias de informação e comunicação, com capacidade de liderança, 
apto a tomar decisões, analisar os problemas de saúde coletiva e 
recomendar possíveis soluções. Ser critico e humano, por meio de 
uma visão integral do homem.
Toda a teoria apresentada neste Guia de Estudos será ampa-
rada na legislação específica da matéria em estudo, com referên-
cias aos artigos aplicáveis, bem como na bibliografia utilizada. Nos-
so objetivo é respaldar seus estudos para um aprendizado sólido, 
de forma a orientá-lo no aprofundamento dos temas abordados.
Nosso principal foco será Integralizar novos conhecimentos, 
reconhecer a interação do homem com o meio ambiente; atuar 
nos diferentes cenários da prática profissional considerando os 
pressupostos dos modelos clínico e epidemiológico; realizar levan-
tamento de dados que possibilitem identificar as necessidades in-
dividuais e coletivas da saúde da população, seus condicionantes 
e determinantes
Desse modo, esta obra será dividida em cinco unidades, que 
tratam dos seguintes tópicos:
1) Princípios e diretrizes do sistema único de saúde.
2) Modelos assistenciais da atenção básica. 
3) Níveis de assistência em saúde - sistema de referência e 
contra - referência.
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
13 Claretiano - Centro Universitário
4) Princípios e conceitos da epidemiologia.
5) Indicadores de saúde.
Vale ressaltar que, esta obra e fundamentada na constante 
busca do conhecimento o que pode levar a mudanças na forma 
como a gestão é realizada, com o objetivo de tornar o processo 
de aprendizagem dinâmico e participativo. Sua dedicação e de-
sempenho serão essenciais para o máximo aproveitamento. Fique 
atento aos cronogramas. Desejamos a você uma ótima gestão de 
atividades! 
Bons estudos!
Abordagem Geral 
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estu-
dado nesta obra. Aqui, você entrará em contato com os assuntos 
principais deste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportu-
nidade de aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. 
Esta Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento bá-
sico necessário, a partir do qual você possa construir um referen-
cial teórico com base sólida – científica e cultural, para que, no 
futuro exercício de sua profissão, você a exerça com competência 
cognitiva, ética e responsabilidade social. Vamos começar nossa 
aventura pela apresentação das ideias e dos princípios básicos que 
fundamentam esta disciplina.
A obra Saúde Coletiva e Epidemiologia engloba vários aspec-
tos da saúde no que tange o homem como um todo, bem como 
sua inserção no meio ambiente. A visão geral e humanizada é es-
sencial para compreender o papel das nossas intervenções como 
profissional de saúde.
O Sistema Único de Saúde - SUS - foi criado pela Constitui-
ção Federal de 1988 e regulamentado pelas Leis n.º 8080/90 (Lei 
Orgânica da Saúde) e nº 8.142/90, com a finalidade de alterar a 
situação de desigualdade na assistência à Saúde da população, 
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
14 Claretiano - Centro Universitário
tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, 
sendo proibidas cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto.
Os princípios e Diretrizes do Sistema Único de Saúde regem 
todas as decisões que englobam o sistemade saúde do país. Fi-
nanciamentos, políticas de saúde, protocolos são sempre funda-
mentados nos princípios do SUS, bem como o que tange a assis-
tência integral ao ser humano.
Nesse sentido, o SUS está regido pelos princípios funda-
mentais da Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção 
à saúde da população brasileira, se tornando um sistema capaz 
de garantir o acesso universal da população a bens e serviços que 
garantam sua saúde de forma equitativa e integral. As diretrizes 
descentralização, regionalização, hierarquização e a participação 
social são tidos como ferramenta para atingir os princípios funda-
mentais.
Modelos Assistenciais
Modelos assistenciais da atenção básica para garantir a as-
sistência integral e coletiva, a atenção básica volta seu campo de 
atuação em modelos de assistência. O modelo de assistência re-
flete o modo como são organizadas, em uma dada sociedade, as 
ações de atenção à saúde, envolvendo os aspectos tecnológicos, 
assistenciais e financeiros disponíveis para enfrentar e resolver os 
problemas de saúde de uma coletividade. Em meados da década 
de 1990, foi implantada uma estratégia para mudança do modelo 
hegemônico Estratégia de Saúde da Família (ESF), financiada pelo 
Ministério da Saúde que visa garantir assistência integral a família.
Nosso modelo de assistência segue alicerçado pela atenção 
básica e no topo rede hospitalar fluindo de forma organizada entre 
os vários níveis por meio de mecanismos formais de referência e 
contra-referência (normas de fluxos de usuários na busca de al-
ternativas de assistência). Visando garantir os diversos níveis de 
assistência.
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
15 Claretiano - Centro Universitário
 Níveis de Prevenção - assistência e vigilância em atenção 
básica o significado do termo promoção a saúde atualmente esta 
associado a cidadania, laser,saúde e coletividade. Os níveis de pre-
venção visam garantir desde a prevenção até a reabilitação do in-
dividuo ou coletividade. Temos como níveis de prevenção:
• primordial (intervir no padrão de vida que possa levar a 
doença);
• primário (visa evitar ou remover fatores de risco que pos-
sam levar ao estado patológico);
• secundário (este nível pressupõe o conhecimento da his-
toria natural da doença para que seja possívela detecção 
precoce evitando a evolução da doença ou evitando o 
avanço para estadios mais graves reduzindo inclusive a 
prevalência da doença);
• terciário (tem como objetivo restabelecer ou diminuir as 
incapacidades, sequelas ou complicações da doença já 
estabelecida);
• quaternário ( trata-se de um nível de prevenção inseri-
do precocemente visando evitar excesso de intervenções 
medicas, curar sem dano).
A principal finalidade do estudo dos níveis de prevenção é 
garantir a atuação do profissional de saúde nos diversos níveis.
Principios e conceitos da epidemiologia
A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública 
voltada para a compreensão do processo saúde-doença , que tem 
por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos in-
dividuais preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para 
as ações voltadas para a proteção e promoção da saúde da comu-
nidade.
 A epidemiologia constitui também instrumento para o de-
senvolvimento de políticas no setor da saúde. Sua aplicação deve 
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
16 Claretiano - Centro Universitário
levar em conta o conhecimento disponível e a realidade local 
onde as medidas serão implementadas.
Conceitualmente a epidemiologia pode ser descrita como:
Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos de-
terminantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em es-
pecíficas populações e a aplicação desses estudos no controle dos 
problemas de saúde (J. LAST, 1995).
O desenvolvimento da epidemiologia como ciência tem por 
objetivo final a melhoria das condições de saúde da população hu-
mana, o que demonstra o elo da pesquisa epidemiológica com o 
aprimoramento da assistência integral à saúde.
Indicadores de Saúde a disponibilidade de indicadores confi-
áveis é condição essencial para analise objetiva da situação social 
e sanitária, assim como a tomada de decisões e ações efetivas em 
saúde. Os indicadores apontam dados de mortalidade, natalida-
de, prevalência e diz muito sobre a efetividade das medidas de 
controle das doenças e qualidade de assistência a saúde. Os indi-
cadores são medidas que contem informações relevantes sobre a 
qualidade dos serviços de saúde visto que pode refletir a situação 
sanitária de uma população e servir para vigilância das condições 
de saúde.
Estudaremos nesta obra o entrelaçamento dos diversos tó-
picos para compreender a magnitude da Saúde Coletiva e a Epide-
miologia.
Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um 
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados na disciplina Saúde Coletiva e 
Epidemiologia. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos:
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
17 Claretiano - Centro Universitário
1) Agente Infeccioso: agente biológico capaz de produzir-
-infecção ou doença infecciosa. Agente: entidade bioló-
gica, física ou química capaz de causar doença. 
2) Alado: fase adulta do vetor, presença de asas.
3) Anticorpo Monoclonal: anticorpo produzido pela progê-
nie de uma única célula e que por isso é extremamente 
puro, preciso e homogêneo.
4) Anticorpo: globulina encontrada em fluidos teciduais 
e no soro, produzida em resposta ao estímulo de antí-
genos específicos, sendo capaz de se combinar com os 
mesmos, neutralizando ou destruindo.
5) Antigenicidade: capacidade de um agente ou de fração 
do mesmo estimular a formação de anticorpos.
6) Antígeno: porção ou produto de um agente biológico 
capaz de estimulara formação de anticorpos específicos. 
7) Antissepsia: conjunto de medidas empregadas para im-
pedir a proliferação microbiana.
8) Antrópico: tudo que pode ser atribuído à atividade hu-
mana.
9) Antroponose: infecção cuja transmissão se restringe aos 
seres humanos.
10) Antropozoonose: infecção transmitida ao homem, por 
reservatório animal.
11) Arboviroses: viroses transmitidas de um hospedeiro 
para outro por meio de um ou mais tipos de artrópodes.
12) Área de Foco: área de transmissão para uma determina-
da doença, porém de localização bem definida, limitada 
a uma localidade ou pequeno número destas, (um mu-
nicípio).
13) Área Endêmica: aqui considerada como área geográfica 
reconhecidamente de transmissão para uma determina-
da doença.
14) Assepsia: conjunto de medidas utilizadas para impedir 
a penetração de microorganismos (contaminação) em 
local que não os contenha.
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
18 Claretiano - Centro Universitário
15) Bacteriófago: vírus que lisa a bactéria. Vírus capaz de in-
fectar e destruir bactérias. São frequentemente usados 
como vetores pela engenharia genética.
16) Busca Ativa: é a busca de casos suspeitos, que se dá de 
forma permanente ou não; visitas periódicas do serviço 
de saúde em áreas silenciosas e na ocorrência de casos 
em municípios vizinhos.
17) Cadeia de Transmissão (epidemiológica): é a caracte-
rização dos mecanismos de transmissão de um agente 
infeccioso, envolvendo os suscetíveis, os agentes pato-
gênicos e os reservatórios.
18) Capacidade Vetorial: propriedade do vetor, mensurada 
por meio de parâmetros como abundância, sobrevivên-
cia e grau de domiciliação. É relacionada à transmissão 
do agente infeccioso em condições naturais.
19) Caracteres Epidemiológicos: modos de ocorrência na-
tural das doenças em uma comunidade, em função da 
estrutura epidemiológica da mesma.
20) Autóctone: caso contraído pelo enfermo na zona de sua 
residência.
21) Caso Confirmado: pessoa de quem foi isolado e iden-
tificado o agente etiológico ou de quem foram obtidasoutras evidências epidemiológicas e/ou laboratoriais da 
presença do agente etiológico, como por exemplo, a con-
versão sorológica em amostras de sangue colhidas nas 
fases aguda e de convalescência. Esse indivíduo pode ou 
não apresentar a síndrome indicativa da doença causada 
pelo agente. A confirmação do caso está sempre con-
dicionada à observação dos critérios estabelecidos pela 
definição de caso, que, por sua vez, está relacionada ao 
objetivo do programa de controle da doença e/ou do sis-
tema de vigilância.
22) Caso Esporádico: caso que, segundo informações dispo-
níveis, não se apresenta epidemiologicamente relacio-
nado a outros já conhecidos.
23) Caso Importado: caso contraído fora da zona onde se fez 
o diagnóstico. O emprego dessa expressão dá a ideia de 
Guia de Estudos
© Saúde Coletiva e Epidemiologia
19 Claretiano - Centro Universitário
que é possível situar, com certeza, a origem da infecção 
numa zona conhecida.
24) Caso Índice: primeiro entre vários casos de natureza si-
milar e epidemiologicamente relacionados. O caso índi-
ce é muitas vezes identificado como fonte de contamina-
ção ou infecção.
25) Caso Suspeito: pessoa cuja história clínica, sintomas e 
possível exposição a uma fonte de infecção sugerem que 
possa estar ou vir a desenvolver alguma doença infec-
ciosa.
26) Caso: pessoa ou animal infectado ou doente apresen-
tando características clínicas, laboratoriais e/ou epide-
miológicas específicas.
27) Caso-Control: tipo de estudo epidemiológico no qual se 
busca aferir uma associação entre um determinado fator 
de risco e a ocorrência de uma determinada doença, em 
grupos selecionados a partir da presença ou ausência da 
doença em questão.
28) CEPA: população de uma mesma espécie descendente 
de um único ante passado ou que tenha espécie descen-
dente de um único antepassado ou que tenha a mesma 
origem, conservada mediante uma série de passagens 
por hospedeiros ou subculturas adequadas. As cepas de 
comportamento semelhante chamam-se “homólogas” e 
de comportamento diferente “heterólogas”. Antigamen-
te empregava-se o termo “cepa” de maneira imprecisa, 
para aludir a um grupo de organismos estreitamente re-
lacionados entre si, e que perpetuavam suas característi-
cas em gerações sucessivas. Ver também cultura isolada.
29) Cobertura Vacinal: indicador que expressa a proporção 
da população-alvo que foi vacinada, medindo a capa-
cidade de alcance das metas estabelecidas conforme a 
estratégia de vacinação. Para se obter a cobertura vaci-
nal, são necessárias as seguintes informações: popula-
ção-alvo, número de vacinados por idade, doses e área 
geográfica. A cobertura pode ser avaliada pelo método 
administrativo, analisando as informações obtidas no 
sistema de registro dos serviços de saúde e pelo método 
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estatístico, que consiste em inquéritos ou levantamen-
tos de campo, realizados através de entrevistas em uma 
adequada amostra de domicílios.
30) Coeficiente de Incidência: constitui medida de risco de 
doença ou agravo, fundamentalmente nos estudos da 
etiologia de doenças agudas e crônicas. É a razão entre 
o número de casos novos de uma doença que ocorre em 
uma coletividade, em um intervalo de tempo determi-
nado, e a população exposta ao risco de adquirir referida 
doença no mesmo período multiplicando-se por potên-
cia de 10, que é a base referencial da população. CI = n° 
de casos novos de uma doença, ocorrentes em determi-
nada comunidade, em certo período de tempo X 1On/ 
n° de pessoas expostas ao risco de adquirir a doença no 
referido período
31) Coeficiente de Mortalidade: relação entre a frequência 
absoluta de óbitos e o número dos expostos ao risco de 
morrer. Pode ser geral, quando inclui todos os óbitos e 
toda a população da área em estudo, e pode ser específi-
co por idade, sexo, ocupação, causa de morte, etc. CMG 
= n° total de óbitos em determinada, área e período X 
10n / n° total da população da mesma área, estimada na 
metade do período.
32) Coeficiente de Prevalência: coeficiente que mede a for-
ça com que subsiste a doença na coletividade. Expressa-
-se com a relação entre o número de casos conhecidos 
de uma dada doença e a população, multiplicando-se o 
resultado pela base referencial da população, que é po-
tência de 10, usualmente 1 0, 10 0 ou 100 0. CP = n° de 
casos de uma dada doença X 10n / população
33) Coeficiente I Taxa: relação entre número de eventos re-
ais e os que poderiam acontecer, multiplicando-se o re-
sultado dessa relação pela base referencial do denomi-
nador, que é potência de 10. Muito utilizado em saúde 
pública para indicar a relação (quociente) entre dois va-
lores numéricos, no sentido de estimar a probabilidade 
da ocorrência ou não de determinado evento.
34) Colonização: propagação de um microorganismo na su-
perfície ou no organismo de um hospedeiro, sem causar 
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agressão celular. Um hospedeiro colonizador pode atuar 
como fonte de infecção.
35) Consolidação dos Dados: consiste no agrupamento e 
distribuição dos dados segundo: número de casos; pe-
ríodo de ocorrência por município, localidade, bairro e 
rua; faixa etária; semana epidemiológica; zona urbana/
rural; antecedência vacinal; cobertura vacinal; hospitali-
zação; complicações; coletas para amostras, etc.
36) Contágio: sinônimo de transmissão direta.
37) Contaminação: ato ou momento em que uma pessoa ou 
um objeto se converte em veículo mecânico de dissemi-
nação de um determinado agente patogênico.
38) Contato Eficiente: contato entre um suscetível e uma 
fonte primária de infecção, em que o agente etiológico é 
realmente transferido dessa para o primeiro.
39) Contato: pessoa ou animal que teve contato com pessoa 
ou animal infectado, ou com ambiente contaminado, 
criando a oportunidade de adquirir o agente etiológico.
40) Controle: quando aplicado a doenças transmissíveis e 
alguns não transmissíveis, significa operações ou pro-
gramas desenvolvidos com o objetivo de reduzir sua in-
cidência e/ou prevalência em níveis muito baixos.
41) Coorte: grupo de indivíduos que têm um atributo em 
comum. Designa também um tipo de estudo epidemio-
lógico, no qual se busca aferir a incidência de um deter-
minado evento entre grupos expostos e não expostos ao 
fator de risco estudado.
42) Desinfecção Concorrente: é a aplicação de medidas de-
sinfetantes o mais rápido possível, após a expulsão de 
material infeccioso do organismo de uma pessoa infec-
tada, ou depois que a mesma tenha se contaminado 
com referido material. Reduz ao mínimo o contato de 
outros indivíduos com esse material ou objetos.
43) Desinfecção: destruição de agentes infecciosos que se 
encontram fora do corpo, por meio de exposição direta 
a agentes químicos ou físicos. Dimorfismo: propriedade 
de existir em duas diferentes formas estruturais.
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44) Disseminação por fonte Comum: disseminação do agen-
te de uma doença a partir da exposição de um determi-
nado número de pessoas, num certo espaço de tempo, a 
um veículo que é comum. Exemplo: água, alimentos, ar, 
seringas contaminadas.
45) Doença Transmissível: doença causada por um agente 
infeccioso específico, ou pela toxina por ele produzida, 
por meio da transmissão desse agente, ou de seu produ-
to, tóxico a partir de uma pessoa ou animal infectado, ou 
ainda, de um reservatório para um hospedeiro suscetí-
vel, seja direta ou indiretamente intermediado por vetor 
ou ambiente.
46) Doenças Quarentenárias: doenças de grande transmis-
sibilidade, em geral graves, que requerem notificação 
internacional imediata à Organização Mundial de Saúde, 
isolamento rigoroso de casos clínicos e quarentena dos 
comunicantes, além de outras medidas de profilaxia, 
com o intuito de evitar a sua introdução em regiões até 
então indenes.
47) Dose de Reforço:quantidade de antígeno que se admi-
nistra com o fim de manter ou reavivar a resistência con-
ferida pela imunização.
48) Ecossistema: é o conjunto constituído pela biota e o am-
biente.
49) Eliminação: é a redução a zero da incidência de uma do-
ença/agravo, porém com manutenção indefinidamente 
no tempo, das medidas de controle.
50) Endemia: é a presença contínua de uma enfermidade ou 
de um agente infeccioso em uma zona geográfica deter-
minada; pode também expressar a prevalência usual de 
uma doença particular numa zona geográfica.
51) Enzootla: presença constante ou prevalência usual da 
doença ou agente infeccioso na população animal de 
uma dada área geográfica.
52) Epidemia: é a manifestação, em uma coletividade ou 
região, de um corpo de casos de alguma enfermidade 
que excede claramente a incidência prevista. O número 
de casos que indica a existência de uma epidemia varia 
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com o agente infeccioso, o tamanho e as características 
da população exposta, sua experiência prévia ou falta de 
exposição à enfermidade e o local e a época do ano em 
que ocorre. Por decorrência, a epidemia guarda relação 
com a frequência comum da enfermidade na mesma re-
gião, na população especificada e na mesma estação do 
ano. O aparecimento de um único caso de doença trans-
missível que durante um lapso de tempo prolongado 
não havia afetado uma população, ou que invade pela 
primeira vez uma região, requer notificação imediata e 
uma completa investigação de campo; dois casos dessa 
doença associados no tempo ou no espaço podem ser 
evidência suficiente de uma epidemia.
53) Epizootia: ocorrência de casos de natureza similar em 
população animal de uma área geográfica particular, 
que se apresenta claramente em excesso, em relação à 
incidência esperada.
54) Erradicação: cessação de toda a transmissão da infecção 
pela extinção artificial da espécie do agente em ques-
tão. A erradicação pressupõe a ausência completa de 
risco de reintrodução da doença, de forma a permitir a 
suspensão de toda e qualquer medida de prevenção ou 
controle. A erradicação regional ou eliminação é a cessa-
ção da transmissão de determinada infecção em ampla 
região geográfica ou jurisdição política.
55) Especificidade: é a capacidade do procedimento de 
diagnose em diagnosticar corretamente a ausência de 
doença, quando a mesma está ausente. Verdadeiros ne-
gativos, é a capacidade que tem o sistema de excluir os 
não casos. Quando as taxas de diagnósticos falso-positi-
vos são altas, ocorre uma baixa especificidade.
56) Fômites: objetivos de uso pessoal do caso clínico ou 
portador, que podem estar contaminados e transmitir 
agentes infecciosos e cujo controle é feito por meio da 
desinfecção.
57) Fonte de infecção: pessoa, animal, objeto ou substância 
a partir da qual o agente é transmitido para o hospedei-
ro.
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58) Fonte notificadora: são os serviços de saúde e outros 
segmentos formais e informais da sociedade que notifi-
cam as autoridades sanitárias, pelo menos, a ocorrência 
das doenças de notificação compulsória.
59) Frequência (Ocorrência): é um termo genérico utilizado 
em epidemiologia para descrever a frequência de uma 
doença ou de outro atributo ou evento identificado na 
população, sem fazer distinção entre incidência ou pre-
valência.
60) História Natural da Doença: descrição que inclui as 
características das funções de infecção, distribuição 
da doença segundo os atributos das pessoas, tempo e 
espaço, distribuição e características ecológicas do(s) 
reservatório(s) do agente; mecanismos de transmissão 
e efeitos da doença sobre o homem. 
61) Hospedeiro: organismo simples ou complexo, incluindo 
o homem, que é capaz de ser infectado por um agente 
específico.
62) Imunidade Ativa: imunidade adquirida naturalmente 
pela infecção, com ou sem manifestações clínicas, ou ar-
tificialmente pela inoculação de frações ou produtos de 
agentes infecciosos ou do próprio agente morto, modifi-
cado ou de uma forma variante.
63) Imunidade de Rebanho: resistência de um grupo ou 
população à introdução e disseminação de um agente 
infeccioso. Essa resistência é baseada na elevada pro-
porção de indivíduos imunes entre os membros desse 
grupo ou população e na uniforme distribuição desses 
indivíduos imunes.
64) Imunidade Passiva: imunidade adquirida naturalmente 
da mãe ou artificialmente pela inoculação de anticorpos 
protetores específicos (soro imune de convalescentes ou 
imunoglobulina sé rica). A imunidade passiva é pouco 
duradoura.
65) Imunidade: resistência usualmente associada à presen-
ça de anticorpos que têm o efeito de inibir microorganis-
mos específicos ou suas toxinas responsáveis por doen-
ças infecciosas particulares.
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66) Imunoglobullna: solução estéril de globulinas que con-
têm aqueles anticorpos normalmente presentes no san-
gue do adulto.
67) Imunoprofilaxia: prevenção da doença através da imu-
nidade conferida pela administração de vacinas ou soros 
a uma pessoa ou animal.
68) Incidência: número de casos novos de uma doença ocor-
ridos em uma população particular durante um período 
específico de tempo.
69) Infecção: penetração, alojamento e, em geral, multipli-
cação de um agente etiológico animado no organismo 
de um hospedeiro, produzindo lhe danos, com ou sem 
aparecimento de sintomas clinicamente reconhecíveis. 
Em essência, a infecção é uma competição vital entre 
um agente etiológico animado (parasita “sensu latu”) e 
um hospedeiro; é, portanto, uma luta pela sobrevivência 
entre dois seres vivos, que visam a manutenção de sua 
espécie.
70) Infectante: aquele que pode causar uma infecção; apli-
ca-se, geralmente, ao parasita (por exemplo, o gametó-
cito, o esporozoíto). 
71) Infestação: entende-se por infestação de pessoas ou 
animais o alojamento, desenvolvimento e reprodução 
de artrópodes na superfície do corpo ou nas roupas. Os 
objetos ou locais infestados são os que albergam ou ser-
vem de alojamento a animais, especialmente, artrópo-
des e roedores.
72) Investigação Epidemiológica de Campo: (classicamen-
te conhecida por Investigação Epidemiológica): estudos 
efetuados a partir de casos clínicos ou de portadores 
para a identificação das fontes de infecção e dos modos 
de transmissão do agente. Pode ser realizada em face de 
casos esporádicos ou surtos.
73) Isolamento: segregação de um caso clínico do convívio 
das outras pessoas durante o período de transmissibili-
dade, a fim de evitar que os suscetíveis sejam infecta-
dos. Em certos casos, o isolamento pode ser domiciliar 
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ou hospitalar, em geral, é preferível esse último, por ser 
mais eficiente.
74) Janela Imunológica: intervalo entre o início da infecção 
e a possibilidade de detecção de anticorpos, através 
de técnicas laboratoriais. Larvitrampas: recipiente com 
água onde se observam as larvas dos mosquitos após a 
eclosão.
75) Latência: período, na evolução clínica de uma doença 
parasitária, no qual os sintomas desaparecem apesar de 
estar o hospedeiro ainda infectado e de já ter sofrido o 
ataque primário, ou uma ou várias recaídas. Terminolo-
gia utilizada com frequência em relação à malária.
76) Morbidade: é como se apresenta o comportamento de 
uma doença ou de um agravo à saúde em uma popula-
ção exposta. Sendo calculada pelos coeficientes de inci-
dência e prevalência.
77) Notificação Negativa: denominação da notificação rea-
lizada periodicamente, mesmo na ausência de casos. O 
serviço de saúde informa por intermédio de um boletim, 
telegrama ou até por telefone, que não ocorreram casos 
de uma determinada doença. Esse sistema é útil: sendo 
a doença objeto de erradicação, de eliminação ou con-
trole; quando a incidência da doença é baixa,e pode ha-
ver um período mais ou menos longo sem que ocorram 
casos; dessa forma, os serviços de saúde obrigando-se a 
informar que não houve casos, estão sempre vigilantes.
78) Notificação: consiste na informação periódica do regis-
tro de doenças de notificação compulsória, obtidas por 
meio de todas fontes notificadoras.
79) Oportunista: organismo que, vivendo normalmente 
como comensal ou de vida livre, passa a atuar como pa-
rasita, geralmente em decorrência da redução da resis-
tência natural do hospedeiro. OVIPOSIÇAO: ato do inse-
to fêmea por ovos.
80) Parasita: organismo, geralmente microorganismo, cuja 
existência se dá à expensa de um hospedeiro. O parasita 
não é obrigatoriamente nocivo ao seu hospedeiro. 
Existem parasitas obrigatórios e facultativos; os primeiros 
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sobrevivem somente na forma parasitária e os últimos 
podem ter uma existência independente.
81) Periodo de Incubaçao: intervalo entre a exposição efe-
tiva do hospedeiro suscetível a um agente biológico e 
o início dos sinais e sintomas clínicos da doença nesse 
hospedeiro.
82) Período de Transmissibilldade: intervalo de tempo du-
rante o qual uma pessoa ou animal infectado elimina 
um agente biológico para o meio ambiente ou para o 
organismo de um vetor hematófago, possível, portanto, 
a sua transmissão a outro hospedeiro.
83) Período Prodrômico: é o lapso de tempo entre os pri-
meiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sinto-
mas com base nos quais o diagnóstico pode ser estabe-
lecido momento, não os apresenta.
84) Portador: pessoa ou animal que não apresenta sintomas 
clinicamente reconhecíveis de uma determinada doença 
transmissível ao ser examinado, mas que está albergan-
do o agente etiológico respectivo.
85) Prevenção: termo que, em saúde pública, significa a 
ação antecipada, tendo por objetivo interceptar ou anu-
lar a ação de uma doença. As ações preventivas têm por 
fim eliminar elos da cadeia patogênica, ou no ambiente 
físico ou social, ou no meio interno dos seres vivos afeta-
dos ou suscetíveis PRÓDROMS: sintomas indicativos do 
início de uma doença.
86) Profilaxia: conjunto de medidas que têm por finalida-
de prevenir ou atenuar as doenças, suas complicações 
e consequências. Quando a profilaxia está baseada no 
emprego de medicamentos, trata-se da quimioprofila-
xia. -uça de filó: instrumento na forma de grande coador 
utilizado para a captura de mosquito adulto.
87) Quimioprofilaxia: administração de uma droga, incluin-
do antibióticos, para prevenir uma infecção ou a pro-
gressão de uma infecção com manifestações da doença.
88) Recorrente: estado patológico que evolui através de re-
caídas sucessivas.
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89) Reservatório de Agentes Infecciosos (fonte primária 
de infecção): qualquer ser humano, animal, artrópodo, 
planta, solo, matéria ou uma combinação deles, no qual 
normalmente vive e se multiplica um agente infeccioso, 
dela depende para sua sobrevivência, reproduzindo-se 
onde se reproduz de maneira que pode ser transmitido 
a um hospedeiro suscetível.
90) Resistência: conjunto de mecanismos específicos e ines-
pecíficos do organismo que servem de defesa contra a 
invasão ou multiplicação de agentes infecciosos, ou con-
tra os efeitos nocivos de seus produtos tóxicos. Os me-
canismos específicos constituem a imunidade e os ines-
pecíficos, a resistência inerente ou natural.
91) Retroalimentação: é a devolução de informação aos ní-
veis de menor complexidade, desde a mais específica ao 
notificante até uma análise mais complexa da situação 
epidemiológica de determinada região
92) Sinal: evidência objetiva de doença.
93) Sintoma: evidência subjetiva de doença.
94) Surto: epidemia de proporções reduzidas, atingindo 
uma pequena comunidade humana. Muitos restringem 
o termo para o caso de instituições fechadas, outros o 
usam como sinônimo de epidemia.
95) Susceptível: qualquer pessoa ou animal que suposta-
mente não possui resistência suficiente contra um de-
terminado agente patogênico, que a proteja da enfermi-
dade caso venha a entrar em contato com o agente.
96) Taxa (ou Coeficiente) de Letalldade: é a medida de fre-
quência de óbitos por determinada causa entre mem-
bros de uma população atingida pela doença.
97) Taxa (ou Coeficiente) de Mortalidade: é a medida de 
frequência de óbitos em uma determinada população 
durante um intervalo de tempo específico. Ao se incluir 
os óbitos por todas as causas tem-se a taxa de mortali-
dade geral. Caso se inclua somente óbitos por determi-
nada causa, tem-se a taxa de mortalidade específica.
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98) Taxa (ou Coeficiente) de Natalidade: é a medida de fre-
quência de nascimentos em uma determinada popula-
ção, durante um período de tempo especificado.
99) Taxa de Ataque: coeficiente ou taxa de incidência referi-
da a uma população específica ou a um grupo bem defi-
nido de pessoas, limitadas a uma área e tempo restritos. 
E muito útil para investigar surtos epidêmicos logo em 
sua eclosão e durante a sua vigência.
100) Taxa de Letalidade: coeficiente resultante da relação en-
tre o número de óbitos decorrentes de uma determina-
da causa e o número de pessoas que foram realmente 
acometidas pela doença, expressando sempre em per-
centual.
101) Taxa de Morbidade: medida de frequência de doença 
em uma população. Existem dois grupos importantes de 
taxa de morbidade: as de incidência e as de prevalência.
102) Transmissão: transferência de um agente etiológico ani-
mado de uma fonte primária de infecção para um novo 
hospedeiro. A transmissão pode ocorrer de forma direta 
ou indireta.
103) Vacina: preparação contendo microorganismos vivos ou 
mortos ou suas frações, possuidora de propriedades an-
tigênicas. As empregadas para induzir em um indivíduo 
a erradicação retira apenas um dos componentes da 
transmissão da doença.
104) Vigilânciade doença: é o levantamento contínuo de to-
dos os aspectos relacionados com a manifestação e pro-
pagação de uma doença, que sejam importantes para o 
seu controle eficaz. Inclui a coleta e avaliação sistemáti-
ca de:
Vigilância Epidemiológica (I): é, conforme o Art. 2° da lei n° 6 259, 
de 30 de outubro de 1975, o conjunto de informações, investiga-
ções e levantamentos necessários a programação e a avaliação de 
medidas de controle de doenças e situações de agravos à saúde.
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Esquema dos Conceitos-chave 
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Es-
quema dos Conceitos-chave da disciplina. O mais aconselhável é 
que você mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até 
mesmo o seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você 
construir o seu conhecimento, ressignificando as informações a 
partir de suas próprias percepções. 
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos 
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais 
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você 
na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de 
ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-
-se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em 
esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu co-
nhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pe-
dagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendiza-
gem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pelaassimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem.
Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
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de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados. 
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você 
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por 
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor-
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com 
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do 
site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010).
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Bacharelado em Enfermagem 
Coordenador do Curso: Prof. Renata 
Disciplina: Saúde Coletiva e Epidemiologia  
Autoras: Profª. Glaucia e Monalisa 
Preparação:  
Revisão:  
Figura 1 Esquema dos Conceitos‐chave da disciplina Saúde Coletiva e Epidemiologia. 
Como você pode observar, esse Esquema oferece a você, como dissemos anteriormente, uma 
visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo. Ao segui‐lo, será possível transitar entre os 
CONSTITUIÇÃO 
Poder 
Constituinte 
Originário 
Poder Constituinte 
Derivado 
Decorrente 
Constituição 
Estadual 
Direito Administrativo 
Controle de Constitucionalidade 
Organização 
Administrativa 
Organização 
do Estado 
Federação: 
União, Estados, 
Distrito Federal e 
Municípios 
Poder Executivo, 
Poder Legislativo 
e Poder 
Judiciário 
Repartição de 
Competências 
Administração 
Agentes Públicos 
Emendas 
Constitucionais 
Reformador 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave da disciplina Saúde Coletiva e Epidemiologia.
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33 Claretiano - Centro Universitário
Como você pode observar, esse Esquema oferece a você, 
como dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais 
importantes deste estudo. Ao segui-lo, será possível transitar entre 
os principais conceitos desta disciplina e descobrir o caminho para 
construir o seu processo de ensino-aprendizagem. O Esquema dos 
Conceitos-chave é mais um dos recursos de aprendizagem que 
vem se somar àqueles disponíveis no ambiente virtual, por meio 
de suas ferramentas interativas, bem como àqueles relacionados 
às atividades didático-pedagógicas realizadas presencialmente no 
polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, deve valer-se da sua au-
tonomia na construção de seu próprio conhecimento.
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem 
ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertati-
vas. 
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como 
relacioná-las com a prática do ensino de Direito Constitucional e 
Direito Administrativo pode ser uma forma de você avaliar o seu 
conhecimento. Assim, mediante a resolução de questões pertinen-
tes ao assunto tratado, você estará se preparando para a avaliação 
final, que será dissertativa. Além disso, essa é uma maneira privile-
giada de você testar seus conhecimentos e adquirir uma formação 
sólida para a sua prática profissional. 
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias apresentadas no Plano de Ensino e no Tópico Orientações 
para o estudo da unidade.
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34 Claretiano - Centro Universitário
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos da disciplina, pois relacionar aquilo que está no campo vi-
sual com o conceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
O estudo desta obra convida você a olhar, de forma mais apu-
rada, a Educação como processo de emancipação do ser humano.É 
importante que você se atente às explicações teóricas, práticas e 
científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem 
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se 
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a 
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto, 
uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno dos Cursos de Graduação na modalidade 
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. 
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor 
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades 
nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discu-
ta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoau-
las. 
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No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
esta disciplina, entre em contato com seu tutor. Ele estará pronto 
para ajudar você.
3. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE ESTUDO
A seguir, será apresentada a descrição das unidades.
UNIDADE 1 –PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SISTEMA ÚNICO 
DE SAÚDE
1. Objetivo
• Compreender a organização do Sistema Único de 
Saúde,reconhecer sua importância na administração das 
políticas publicas de saúde coletiva em termos de organi-
zação de saúde e financiamento.
2. Conteúdos
• Princípios e Fundamentos do Sistema Único de Saúde.
• Normalização e Financiamento do SUS.
• Administração do SUS: Gestão, Gerência e Assistência.
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3. Referências
Brasil - Ministério da Saúde: NOB - SUS / 96 - Norma Operacional Básica do Sistema Único 
de Saúde - SUS. (Publicada no D.O.U.de 6/11/1996).
______. PORTARIA Nº 648/GM de 28 de março de 2006 - sobre Política Nacional de 
Atenção Básica.
4. Competência
• O aluno deverá desenvolver as atividades amparado pelas 
referencias citadas bem como E referencias,procurando 
compreender a importância do SUS, buscando vincular o 
aprendizado com o futuro exercício profissional.
5. Orientações para o estudoda unidade
Para o estudo desta unidade, você deverá realizar a leitura 
das portarias específicas da referência citada acima.
Os Princípios do Sistema Único de Saúde
O SUS pode ser entendido como uma "Política de Estado”, 
adotada pelo Congresso Nacional, em 1988, na Constituição, de 
considerar a Saúde como um "Direito de Cidadania e um dever 
do Estado”. O SUS é um sistema que assume os princípios da Uni-
versalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde da po-
pulação, um sistema de saúde que visa de garantir o acesso uni-
versal da população a bens e serviços que garantam sua saúde e 
bem-estar, de forma equitativa e integral. As diretrizes do SUS são: 
Descentralização, Regionalização, Hierarquização e a Participação 
social essênciais para que os princípios da integralidade, equidade 
e universalidade sejam alcançados.
O princípio fundamental esta embasado no artigo 196 da 
Constituição Federal (1988), que afirma: 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de do-
ença e de outros agravos e ao acesso igualitário às ações e serviços 
para sua promoção, proteção e recuperação.
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A universalidade é um ideal a ser alcançado, para que o SUS 
venha a ser universal, é preciso um processo de extensão de co-
bertura dos serviços, acessível a toda a população, através de, 
diminuição das barreiras jurídicas, econômicas, culturais e sociais 
que se interpõem entre a população e os serviços.
O princípio da equidade, mais um dos princípios do SUS. A 
noção de equidade diz respeito à necessidade de se "tratar desi-
gualmente os desiguais" de modo assegurar a igualdade de assis-
tência entre os membros de uma dada sociedade. Primeiramente, 
é preciso reconhecer a desigualdade entre as pessoas e os grupos 
sociais para que o principio da equidade seja bem empregado. É 
necessário garantir igualdade no direito de adoecer e morrer.
A integralidade diz respeito promoção da saúde, prevenção 
de riscos e agravos e assistência a doentes, o atendimento das 
necessidades de saúde. Desse modo, a atenção integral à saúde 
contempla o conjunto de ações de promoçãoda saúde, prevenção 
de riscos e agravos, assistência e recuperação contando com uni-
dades de prestação de serviços, pessoal capacitado e recursos ne-
cessários, à produção de ações de saúde que vão desde as ações 
inespecíficas de promoção da saúde em grupos populacionais, às 
ações específicas de vigilância ambiental, sanitária e epidemiológi-
ca dirigidas ao controle de riscos e danos, até ações de assistência 
e recuperação de indivíduos enfermos, sejam ações para a detec-
ção precoce de doenças, sejam ações de diagnóstico, tratamento 
e reabilitação.
As diretrizes do SUS são: 
• descentralização;
• regionalização;
• hierarquização;
• participação da comunidade.
A descentralização é uma estratégia de organização do siste-
ma criando um elo entre as esferas federal, estadual e municipal. 
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Na descentraliza cada esfera assume sua responsabilidade para o 
favorecimento do processo. As esferas são:
• federal (Ministério da Saúde);
• estadual (Secretaria Estadual de Saúde);
• municipal (Secretaria Municipal de Saúde). 
Existe uma distribuição de poder da união para os estados e 
municípios. As ações não devem ser verticalizadas, já que os pro-
blemas locais são mais conhecidos pelos gestores estaduais e prin-
cipalmente, municipais.
As diretrizes de regionalização e hierarquização determinam 
que sejam delimitados territórios com perfil semelhante e desen-
volvam ações de saúde que atenda a população de forma mais 
integral possível. Na regionalização deve ser considerado os níveis 
de complexidade requeridos em caráter hierárquico, desenvolven-
do de menor complexidade as de maior complexidade. 
Principios do SUS/NOB 96 
A NOB/SUS 96 - publicada no DOU de 6/11/96, por meio da 
portaria n.º 2.203 e alterada pela portaria 1882 de 18/12/97- foi 
resultado de amplo e participativo processo de discussão. O foco 
central da NOB é a redefinição do modelo de gestão, o que repre-
senta um importante marco no processo de consolidação do SUS 
e, por conseguinte, no efetivo cumprimento dos princípios e dire-
trizes que o orientam.
Esse marco se expressa, em especial, na finalidade da Nor-
ma:
[…] promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder 
público municipal e do Distrito Federal, da função de gestor da 
atenção à saúde de seus munícipes.
O gestor municipal irá, por conseguinte, prover aos seus mu-
nícipes a atenção à saúde por eles requerida, com a devida coope-
ração técnica e financeira da União e dos Estados, caracterizando 
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um processo de transformação profunda, no qual se desloca poder 
- gestão, atribuições e decisões - para o nível mais local do sistema.
Na NOB 96 está definido que os gestores Federal e Estadual 
são os promotores da harmonização, modernização e integração 
do SUS, nas dimensões nacional e estadual, respectivamente. Essa 
tarefa acontece, especialmente, na Comissão Intergestores Bipar-
tite - CIB -, no âmbito estadual, e na Comissão Intergestores Tripar-
tite - CIT - no âmbito nacional.
O desempenho dos papéis que cabem aos gestores concre-
tiza-se mediante um conjunto de responsabilidades, que estão de-
talhadas na NOB, o que caracteriza a palavra-chave do novo mo-
delo que é a responsabilização de cada gestor, de cada instância 
de governo.
Esse novo paradigma de gestão configura, assim, instrumen-
to altamente favorecedor na implantação de um novo modelo de 
atenção à saúde, até então centrado na doença. Nessa transfor-
mação, destaca-se a atenção integral, vez que o modelo abarca o 
conjunto das ações e serviços de promoção, proteção e recupera-
ção da saúde. Esse é um diferencial entre a NOB 96 e as anteriores, 
cujo foco era a assistência.
Entre os novos conceitos inseridos pela norma ressaltam-
-se os relativos à gestão e à gerência. Assumir a gestão significa 
apropriar-se do comando do sistema, o que é de exclusiva compe-
tência do poder público. Assim, são gestores do SUS o Prefeito e 
Secretário Municipal de Saúde, o Governador e Secretário Estadu-
al de Saúde e o Presidente da República e Ministro da Saúde, que 
representam, respectivamente, os governos Municipais, Estaduais 
e Federal.
No que se refere à gerência, assumi-la significa ter a respon-
sabilidade pela administração de uma unidade ou órgão de saúde 
- ambulatório, hospital, instituto, fundação etc. - que presta servi-
ços ao sistema. Em outros termos, assumir a gerência quer dizer 
dirigir uma determinada unidade ou órgão prestador de serviços 
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de saúde. Dessa forma, a gerência de estabelecimentos prestado-
res de serviços pode ser estatal ou privada, esta última desde que 
conveniada ou contratada por um gestor do SUS (PORTAL DA SAÚ-
DE. Disponível em: <www.saude.gov.br/descent/nob96.htm>. 
Acesso em: 09 jan. 2015).
Politica nacional de atenção básica
CAPÍTULO I
Da Atenção Básica
 1 - DOS PRINCÍPIOS GERAIS
 A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saú-
de, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a 
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tra-
tamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida 
por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democrá-
ticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a 
populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a 
responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente 
no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias 
de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver 
os problemas de saúdede maior frequência e relevância em seu 
território. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de 
saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibili-
dade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da 
integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade 
e da participação social.
A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na com-
plexidade, na integralidade e na inserção sociocultural e busca a 
promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e 
a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer 
suas possibilidades de viver de modo saudável.
A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia priori-
tária para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema 
Único de Saúde.
A Atenção Básica tem como fundamentos:
I - possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de 
qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada 
preferencial do sistema de saúde, com território adscrito de forma 
a permitir o planejamento e a programação descentralizada, e em 
consonância com o princípio da equidade;
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II - efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: inte-
gração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação 
das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à 
saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar 
e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços;
III - desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as 
equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das 
ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado;
IV - valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do 
acompanhamento constante de sua formação e capacitação;
V - realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resulta-
dos alcançados, como parte do processo de planejamento e pro-
gramação; 
VI - estimular a participação popular e o controle social.
 Visando à operacionalização da Atenção Básica, definem-se como 
áreas estratégicas para atuação em todo o território nacional a eli-
minação da hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hi-
pertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a eliminação da 
desnutrição infantil, a saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde 
do idoso, a saúde bucal e a promoção da saúde. Outras áreas serão 
definidas regionalmente de acordo com prioridades e pactuações 
definidas nas CIBs.
Para o processo de pactuação da atenção básica será realizado e 
firmado o Pacto de Indicadores da Atenção Básica, tomando como 
objeto as metas anuais a serem alcançadas em relação a indica-
dores de saúde acordados. O processo de pactuação da Atenção 
Básica seguirá regulamentação específica do Pacto de Gestão. Os 
gestores poderão acordar nas CIBs indicadores estaduais de Aten-
ção Básica a serem acompanhados em seus respectivos territórios.
 2 - DAS RESPONSABILIDADES DE CADA ESFERA DE GOVERNO
Os municípios e o Distrito Federal, como gestores dos sistemas lo-
cais de saúde, são responsáveis pelo cumprimento dos princípios 
da Atenção Básica, pela organização e execução das ações em seu 
território.
 2.1 - Compete às Secretarias Municipais de Saúde e ao Distrito Fe-
deral:
I - organizar, executar e gerenciar os serviços e ações de Atenção 
Básica, de forma universal, dentro do seu território, incluindo as 
unidades próprias e as cedidas pelo estado e pela União;
II - incluir a proposta de organização da Atenção Básica e da forma 
de utilização dos recursos do PAB fixo e variável, nos Planos de Saú-
de municipais e do Distrito Federal;
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III - inserir preferencialmente, de acordo com sua capacidade 
institucional, a estratégia de Saúde da Família em sua rede de 
serviços, visando à organização sistêmica da atenção à saúde;
IV - organizar o fluxo de usuários, visando a garantia das referências 
a serviços e ações de saúde fora do âmbito da Atenção Básica;
V - garantir infraestrutura necessária ao funcionamento das 
Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de recursos materiais, 
equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de ações 
propostas;
VI - selecionar, contratar e remunerar os profissionais que compõem 
as equipes multiprofissionais de Atenção Básica, inclusive os da 
Saúde da Família, em conformidade com a legislação vigente;
VII - programar as ações da Atenção Básica a partir de sua base 
territorial, utilizando instrumento de programação nacional ou 
correspondente local;
VIII - alimentar as bases de dados nacionais com os dados produzidos 
pelo sistema de saúde municipal, mantendo atualizado o cadastro 
de profissionais, de serviços e de estabelecimentos ambulatoriais, 
públicos e privados, sob sua gestão;
IX - elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e 
avaliação da Atenção Básica na esfera municipal;
X - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais 
de qualificação de recursos humanos para gestão, planejamento, 
monitoramento e avaliação da Atenção Básica;
XI - definir estratégias de articulação com os serviços de saúde com 
vistas à institucionalização da avaliação da Atenção Básica;
XII - firmar, monitorar e avaliar os indicadores do Pacto da Atenção 
Básica no seu território, divulgando anualmente os resultados 
alcançados;
XIII - verificar a qualidade e a consistência dos dados alimentados 
nos sistemas nacionais de informação a serem enviados às outras 
esferas de gestão;
XIV - consolidar e analisar os dados de interesse das equipes locais, 
das equipes regionais e da gestão municipal, disponíveis nos 
sistemas de informação, divulgando os resultados obtidos;
XV - acompanhar e avaliar o trabalho da Atenção Básica com ou 
sem Saúde da Família, divulgando as informações e os resultados 
alcançados;
XVI - estimular e viabilizar a capacitação e a educação permanente 
dos profissionais das equipes; 
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XVII - buscar a viabilização de parcerias com organizações 
governamentais, não governamentais e com o setor privado para 
fortalecimento da Atenção Básica no âmbito do seu território.
 2.2 - Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e ao Distrito 
Federal:
I - contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde por 
meio do apoio à Atenção Básica e estímulo à adoção da estratégia 
Saúde da Família pelos serviços municipais de saúde em caráter 
substitutivo às práticas atualmente vigentes para a Atenção Básica;
II - pactuar, com a Comissão Intergestores Bipartite, estratégias, 
diretrizes e normas de implementação da Atenção Básica no Estado, 
mantidos os princípios gerais regulamentados nesta Portaria;
III - estabelecer, no Plano de Saúde Estadual e do Distrito Federal, 
metas e prioridades para a organização da Atenção Básica no seu 
território;
IV - destinar recursos estaduais para compor o financiamento 
tripartite da Atenção Básica;
V - pactuar com a Comissão Intergestores Bipartite e informar à 
Comissão Intergestores Tripartite a definição da utilização dos 
recursos para Compensação de Especificidades Regionais;
VI - prestar assessoria técnica aos municípios no processo de 
qualificação da Atenção Básica e de ampliação e consolidação 
da estratégia Saúde da Família, com orientação para organização 
dos serviços que considere a incorporação de novos cenários 
epidemiológicos;
VII - elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e 
avaliação da Atenção Básica na esfera estadual;
VIII - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais 
de qualificação de recursos humanos para gestão, planejamento, 
monitoramento e avaliação da Atenção Básica;
IX - definir estratégias de articulação com as gestões municipais do 
SUS com vistas à institucionalização da avaliação da Atenção Básica;
X - firmar, monitorar e avaliaros indicadores do Pacto da Atenção 
Básica no território estadual, divulgando anualmente os resultados 
alcançados;
XI - estabelecer outros mecanismos de controle e regulação, 
monitoramento e avaliação das ações da Atenção Básica e da 
estratégia Saúde da Família no âmbito estadual ou do Distrito 
Federal;
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XII - ser corresponsável, junto ao Ministério da Saúde, pelo 
monitoramento da utilização dos recursos da Atenção Básica 
transferidos aos municípios e ao Distrito Federal;
XIII - submeter à CIB, para resolução acerca das irregularidades 
constatadas na execução do PAB fixo e variável, visando:
a) aprazamento para que o gestor municipal corrija as 
irregularidades;
b) comunicação ao Ministério da Saúde; 
c) bloqueio do repasse de recursos ou demais providências 
consideradas necessárias e regulamentadas pela CIB;
XIV - assessorar os municípios para implantação dos sistemas de 
informação da Atenção Básica, como instrumentos para monitorar 
as ações desenvolvidas;
XV - consolidar, analisar e transferir os arquivos dos sistemas de 
informação enviados pelos municípios para o Ministério da Saúde, 
de acordo com os fluxos e prazos estabelecidos para cada sistema;
XVI - verificar a qualidade e a consistência dos dados enviados pelos 
municípios por meio dos sistemas informatizados, retornando 
informações aos gestores municipais;
XVII - analisar os dados de interesse estadual, gerados pelos 
sistemas de informação, divulgar os resultados obtidos e utilizá-los 
no planejamento;
XVIII - assessorar municípios na análise e gestão dos sistemas 
de informação, com vistas ao fortalecimento da capacidade de 
planejamento municipal;
XIX - disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e 
pedagógicos que facilitem o processo de formação e educação 
permanente dos membros das equipes;
XX - articular instituições, em parceria com as Secretarias Municipais 
de Saúde, para capacitação e garantia de educação permanente 
aos profissionais de saúde das equipes de Atenção Básica e das 
equipes de saúde da família;
XXI - promover o intercâmbio de experiências entre os diversos 
municípios, para disseminar tecnologias e conhecimentos voltados 
à melhoria dos serviços da Atenção Básica; 
XXII - viabilizar parcerias com organismos internacionais, com 
organizações governamentais, não-governamentais e do setor 
privado para fortalecimento da Atenção Básica no âmbito do 
estado e do Distrito Federal.
 2.3 - Compete ao Ministério da Saúde:
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I - contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde 
no País, por meio do apoio à Atenção Básica e do estímulo à 
adoção da estratégia de Saúde da Família como estruturante para a 
organização dos sistemas municipais de saúde;
II - garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento 
do Piso da Atenção Básica – PAB fixo e variável;
III - prestar assessoria técnica aos estados, ao Distrito Federal e 
aos municípios no processo de qualificação e de consolidação da 
Atenção Básica e da estratégia de Saúde da Família;
IV - estabelecer diretrizes nacionais e disponibilizar instrumentos 
técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de capacitação e 
educação permanente dos profissionais da Atenção Básica;
V - apoiar a articulação de instituições, em parceria com as 
Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, 
para capacitação e garantia de educação permanente para os 
profissionais de saúde da Atenção Básica;
VI - articular com o Ministério da Educação estratégias de indução às 
mudanças curriculares nos cursos de graduação na área da saúde, 
em especial de medicina, enfermagem e odontologia, visando à 
formação de profissionais com perfil adequado à Atenção Básica;
VII - assessorar estados, municípios e o Distrito Federal na 
implantação dos sistemas de informação da Atenção Básica;
VIII - analisar dados de interesse nacional, relacionados com a 
Atenção Básica, gerados pelos sistemas de informação em saúde, 
divulgando os resultados obtidos;
IX - elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e 
avaliação da Atenção Básica de âmbito nacional;
X - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais 
de qualificação de recursos humanos para gestão, planejamento, 
monitoramento e avaliação da Atenção Básica;
XI - definir estratégias de articulação com as gestões estaduais e 
municipais do SUS com vistas à institucionalização da avaliação da 
Atenção Básica;
XII - monitorar e avaliar os indicadores do Pacto da Atenção 
Básica, no âmbito nacional, divulgando anualmente os resultados 
alcançados, de acordo com o processo de pactuação acordado na 
Comissão Intergestores Tripartite;
XIII - estabelecer outros mecanismos de controle e regulação, de 
monitoramento e de avaliação das ações da Atenção Básica e da 
estratégia de Saúde da Família no âmbito nacional;
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XIV - promover o intercâmbio de experiências e estimular 
o desenvolvimento de estudos e pesquisas que busquem o 
aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e conhecimentos 
voltados à Atenção Básica; 
XV - viabilizar parcerias com organismos internacionais, com 
organizações governamentais, não governamentais e do setor 
privado, para fortalecimento da Atenção Básica e da estratégia de 
saúde da família no País.
 3 - DA INFRA-ESTRUTURA E DOS RECURSOS NECESSÁRIOS
São itens necessários à realização das ações de Atenção Básica nos 
municípios e no Distrito Federal:
I - Unidade(s) Básica(s) de Saúde (UBS) com ou sem Saúde da 
Família inscrita(s) no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de 
Saúde do Ministério da Saúde, de acordo com as normas sanitárias 
vigentes;
II – UBS com ou sem Saúde da Família que, de acordo com o 
desenvolvimento de suas ações, disponibilizem:
III - equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, 
cirurgião dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico em 
higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem 
e agente comunitário de saúde, entre outros;
IV - consultório médico, consultório odontológico e consultório de 
enfermagem para os profissionais da Atenção Básica;
V - área de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de 
cuidados básicos de enfermagem, uma sala de vacina e sanitários, 
por unidade;
VI - equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações 
propostas, de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica;
VII - garantia dos fluxos de referência e contra-referência aos 
serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, 
ambulatorial e hospitalar; 
VIII - existência e manutenção regular de estoque dos insumos 
necessários para o funcionamento das unidades básicas de saúde, 
incluindo dispensação de medicamentos pactuados nacionalmente.
Para Unidade Básica de Saúde (UBS) sem Saúde da Família em 
grandes centros urbanos, recomenda-se o parâmetro de uma UBS 
para até 30 mil habitantes, localizada dentro do território pelo 
qual tem responsabilidade sanitária, garantindo os princípios da 
Atenção Básica.
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Para UBS com Saúde da Família em grandes centros urbanos, 
recomenda-se o parâmetro de uma UBS para até 12 mil habitantes, 
localizada dentro do território pelo qual tem responsabilidade 
sanitária, garantindo os princípios da Atenção Básica.
 4 - DO CADASTRAMENTO DAS UNIDADES QUE PRESTAM SERVIÇOS 
BÁSICOS DE SAÚDE
O cadastramento das Unidades Básicas de Saúde será feito pelos 
gestores municipais e do Distrito Federal em consonância com as 
normas do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.
 5 - DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA
São características do processo de trabalho das equipes de Atenção 
Básica:
I - definição do território de atuação das

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