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APOSTILA GESTÃO E TRATAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS 1

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ÍNDICE
1º BIMESTRE
· Hidrologia;
· Bacias Hidrográficas;
· Gestão de Bacias Hidrográficas;
· Drenagem pluvial;
· Lenções Freáticos;
· Distribuição de chuvas; macro drenagem e micro drenagem;
· Abastecimento e qualidade da água (prática);
· Contaminação da água;
CONCEITOS BÁSICOS DE HIDROLOGIA
A água doce é um dos recursos naturais mais escassos e importantes, se não o mais importante, de todos os que constituem a vida sobre o planeta. Está relacionada tanto com a própria sobrevivência humana, animal e vegetal, quanto com a realização de atividades e serviços que vão atender os seres vivos em suas necessidades, desde as mais básicas, como consumo próprio e produção de alimentos, até as mais subjetivas (porém não menos necessárias e valorizadas), como o lazer (Leal, 1998).
O uso eficiente da água nos rios do Brasil significa a possibilidade de suprir as necessidades humanas básicas, sem destruir o meio ambiente, a qualidade da água, garantir o crescimento econômico e social com proteção ambiental (Rebouças, 2004).
Para entender como funciona a gestão desses recursos, torna-se necessário compreender como funcionam os mecanismos básicos que envolvem o ciclo da água na natureza. É nesse ponto que os conceitos de Hidrologia, que serão abordados a seguir, tornam-se tão importantes.
CICLO HIDROLÓGICO
A pesar de a maior parte da superfície do nosso planeta ser formada por água, 97% desse recurso encontram-se nos mares e oceanos. O que efetivamente sobra para o consumo e o desenvolvimento de atividades como agricultura é uma quantidade muito inferior e se encontra mal distribuída no globo terrestre.
Além das desigualdades naturalmente envolvidas nessa distribuição da água através das diversas regiões da Terra, determinadas ações antrópicas podem agravar ainda mais essa má distribuição. Isso se deve principalmente às alterações causadas ao meio ambiente e, consequentemente, ao ciclo da água.
Então, o que é o ciclo da água ou ciclo hidrológico?
O movimento realizado pela água entre os continentes, oceanos e a atmosfera é chamado de ciclo hidrológico. O Ciclo hidrológico é um fenômeno global de circulação fechada da água que é impulsionada fundamentalmente pela energia solar associada à gravidade e à rotação do planeta. O esquema geral do seu funcionamento pode ser observado na Figura abaixo.
A ciência que estuda o ciclo hidrológico é a Hidrologia. Os principais profissionais envolvidos nesses estudos são os hidrólogos ou os engenheiros hidrólogos.
A compreensão desse sistema possibilita que os gestores tomem decisões acertadas sobre como utilizar os recursos causando os menores danos possíveis ao conjunto. Os tópicos principais que fazem parte do ciclo hidrológico são abordados na sequência.
PRECIPITAÇÃO
Em hidrologia, considera-se como precipitação toda a água proveniente da atmosfera (Figura 1.3) e que atinge a superfície terrestre, podendo variar segundo o estado da água, em: neblina, chuva, granizo, orvalho, geada e neve.
A variabilidade temporal e espacial da precipitação influencia a disponibilidade hídrica de uma bacia hidrográfica, porque a precipitação é a variável mais importante do sistema e representa a sua alimentação.
Mas o que é uma bacia hidrográfica?
Pode-se definir uma bacia hidrográfica como sendo uma área de captação natural da água da precipitação, que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída, o seu exutório ou foz. É uma área geográfica natural delimitada pelos pontos mais altos do seu relevo. Possui um sistema hídrico no qual a água escoa dos pontos mais altos para os mais baixos (Figura abaixo).
A disponibilidade, ao longo do ano, de dados de quantificação e distribuição da precipitação em uma bacia hidrográfica possibilita determinar ou estimar a necessidade de irrigação de culturas, o abastecimento doméstico e industrial, estudos para controle e prevenção de enchentes, planejamento de drenagens urbanas, além de permitir a gestão do uso do solo e um melhor controle de erosões.
EVAPORAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO
A evaporação e a evapotranspiração são a conversão da água do seu estado líquido para vapor de água, estado no qual a água é transferida para a atmosfera. Esses processos necessitam do ingresso de energia no sistema, que pode ser proveniente do sol, da atmosfera ou de ambas as fontes, e serão controladas pela taxa de energia disponível.
Essas taxas se constituem em informações quantitativas de extrema importância dentro do processo do ciclo hidrológico, pois são utilizadas na resolução de diferentes problemas e planejamentos. Pode-se citar estudos para áreas agrícolas de sequeiro ou irrigadas, previsão de cheias e enchentes, construção e operação de reservatórios, entre outros.
ÁGUA SUBTERRÂNEA
A escassez de água doce, que há muito tempo vem sendo prevista, tem se tornado, cada vez mais, uma grande ameaça ao desenvolvimento socioeconômico e à própria vida do planeta. Entre uma das soluções para esse problema, está o completo conhecimento do ciclo hidrológico, de forma a possibilitar uma correta avaliação da disponibilidade dos recursos hídricos de cada região. Uma das partes mais importantes é entender o que acontece com as águas subterrâneas que é uma das fases menos conhecidas desse ciclo.
Água subterrânea pode ser considerada toda a água que ocupa os vazios de uma formação geológica. Mas o sistema natural formado pelas águas subterrâneas pode ser modificado pela interferência do homem. Entre as principais ações está a alteração do ambiente natural com a construção de barragens, canalização de rios, perfuração de poços e irrigação.
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
A origem do escoamento superficial é, fundamentalmente, nas precipitações ou eventos de chuva. Quando a chuva chega ao solo, parte da água se infiltra, parte é retida nas depressões da superfície e parte se escoa.
Na primeira fase a água se infiltra, mas tão logo a intensidade da chuva exceda a capacidade de infiltração do solo, a água passa a ser coletada pelas pequenas depressões existentes. Quando os níveis das águas que estão sendo retidas se elevam e começa a ocorrer a transposição desses obstáculos, o fluxo ou escoamento superficial se inicia, seguindo a tendência da maior para a menor depressão. Esse escoamento vai se somar a outros escoamentos que, juntos, formam sucessivamente as enxurradas, os córregos, os ribeirões, os rios, os reservatórios e os lagos.
O escoamento superficial, entre as outras partes do ciclo hidrológico, é a fase de maior importância para a compreensão e o estudo dos recursos hídricos. Isso porque a maior parte dos estudos hidrológicos está ligada ao aproveitamento da água superficial, a sua previsão e aos efeitos da sua transposição.
Assim, a vazão (volume) de um corpo d’água em uma bacia hidrográfica é o resultado da interação de todos os componentes do ciclo hidrológico, entre eles a precipitação, a infiltração e o escoamento superficial.
Nos mais diversos estudos e levantamentos estudos hidrológicos utiliza-se um gráfico denominado hidrograma, que é a relação entre a vazão e o tempo, para avaliar e separar esses componentes. A forma e o comportamento do hidrograma pode variar, dependendo de um grande número de fatores, tais como: relevo, cobertura da bacia, solo, modificações artificiais no rio e distribuição da precipitação, além da sua intensidade e duração.
APLICAÇÕES DA HIDROLOGIA
A aplicação da hidrologia principalmente na engenharia desdobra-se, entretanto, em diversas atividades, algumas das quais são apresentadas abaixo:
a- escolha de fontes de abastecimento de água para uso doméstico ou industrial;
b- projeto e construção de obras hidráulicas:
b.1. fixação das dimensões hidráulicas de obras de arte, tais como: pontes, bueiros, etc.
b.2. projeto de barragens: localização e escolha do tipo de barragem, de fundação e de extravasor; dimensionamento;
b.3. estabelecimento do método de construção;
c- irrigação drenagem de terras agrícolas: balanço hídrico, disponibilidades superficiais e subterrâneas, construção de açudes e reservatórios, perdas de água em canais por evaporaçãoe infiltração no solo;
d- regularização de cursos d’água e controle de inundações:
d.1. estudo das variações de vazão; previsão de vazões máximas e mínimas;
d.2. exame das oscilações de nível e das áreas de inundação;
d.3. dimensionamento da capacidade de reservatórios;
e- controle da poluição: análise de capacidade de recebimento de corpos receptores dos efluentes de sistemas de esgotos: vazões mínimas de cursos d’água, capacidade de regeneração e velocidade de escoamento;
f- controle da erosão:
f.1. análise de intensidade e frequência das precipitações máximas, determinação de coeficiente de escoamento superficial;
f.2. estudo da ação erosiva das águas e da proteção por meio de vegetação e outros recursos;
g- navegação fluvial;
h- barragens e aproveitamento hidrelétrico: avaliação de potenciais hidrelétricos, localização do aproveitamento, tipo de barragem, dimensionamento de vertedores e dispositivos de descarga, instalações de aproveitamento, regularização de potências;
i- recreação e preservação do meio-ambiente;
j- operação de sistemas hidráulicos complexos;
k- projeto do sistema de drenagem urbana incluindo canais, drenagem de rodovias e aeroportos.
BACIA HIDROGRÁFICA
Uma bacia hidrográfica de um curso de água é uma área de captação natural da água da precipitação que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída, seu exutório. É composta basicamente de um conjunto de superfícies vertentes de uma rede de drenagem formada por cursos de água que confluem até resultar um leito único no exutório. Bacia hidrográfica é, portanto, uma área definida topograficamente, drenada por um curso d’água ou por um sistema conectado de cursos d’água, de forma tal que toda a vazão efluente seja descarregada por uma simples saída. Pode ser considerada um sistema físico onde a entrada é o volume de água precipitado e a saída é o volume de água escoado pelo exutório (Figura 2), considerando-se como perdas intermediárias os volumes evaporados e transpirados e também os infiltrados profundamente.
A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis dos terrenos que direcionam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas. É uma área geográfica e, como tal, mede-se em km².
A bacia hidrográfica é o elemento fundamental de análise no ciclo hidrológico, principalmente na sua fase terrestre, que engloba a infiltração e o escoamento superficial. Ela pode ser definida como uma área limitada por um divisor de águas (Figura 3), que a separa das bacias adjacentes e que serve de captação natural da água de precipitação através de superfícies vertentes.
Atualmente, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, de acordo com a Resolução nº 32 de 15 de outubro de 2003, divide o Brasil em 12 regiões hidrográficas. Diferentemente das bacias hidrográficas, que podem ultrapassar as fronteiras nacionais, as regiões hidrográficas estão restritas ao espaço territorial pertencente ao Brasil, como mostra a Figura 4.
As 12 Regiões Hidrográficas Brasileiras: Amazônica, Tocantins-Araguaia, Atlântico NE Ocidental, Parnaíba, Atlântico NE Oriental, São Francisco, Atlântico Leste, Atlântico Sudeste, Paraná, Paraguai, Uruguai, Atlântico Sul.
Região Hidrográfica Amazônica: constituída pela bacia hidrográfica do Amazonas, sendo esta a mais extensa rede hidrográfica da Terra. Sua nascente localiza-se nos Andes Peruanos e sua foz, no Oceano Atlântico. É uma bacia hidrográfica que se estende pelo Brasil (63%), Peru (17%), Bolívia (11%), Colômbia (5,8%), Equador (2,2%), Venezuela (0,7%) e Guiana (0,2%). Segundo a Agência Nacional das Águas, as maiores demandas de uso ocorrem nas sub-bacias dos rios Madeira, Tapajós e Negro e seu principal uso é a irrigação.
Região Hidrográfica do Tocantíns-Araguaia: esta região abrange os estados de Goiás (26,8%), Tocantins (34,2%), Pará (20,8%), Maranhão (3,8%), Mato Grosso (14,3) e Distrito Federal (0,1%). Sua maior demanda de uso é irrigação, correspondendo a 66% do total.
Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental: situada no Maranhão e Pará, sua principal demanda de uso está relacionada com consumo humano, 64% do total.
Região Hidrográfica do Parnaíba: segunda região mais importante do Nordeste, ocupa os estados do Piauí (99%), Maranhão (19%) e Ceará (10%).
Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental: região que se estende pelos estados do Ceará (46%), Rio Grande do Norte (19%), Paraíba (20%), Pernambuco (10%), Alagoas (5%) e Piauí (1%). Nesta região hidrográfica pode-se observar uma evolução da ação antrópica sobre a vegetação nativa, bastante significativa. 
Região Hidrográfica do São Francisco: abrange os estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, e Goiás, e também o Distrito Federal. Esta região possui a maior quantidade e diversidade de peixes de água doce da região nordeste.
Região hidrográfica do Atlântico Leste: região que ocupa os estados da Bahia (66,8%), Minas Gerais (26,2%), Sergipe (3,8%) e Espírito Santo (3,2%). 
Região Hidrográfica do Paraguai: inclui a região do Pantanal, que é uma das maiores extensões úmidas continuas da Terra. Abrange os países de Brasil (33%), Argentina, Bolívia e Paraguai.
Região Hidrográfica do Paraná: é a região com o maior desenvolvimento econômico do Brasil. Esta região se estende pelos estados de São Paulo (25%), Paraná (21%), Mato Grosso do Sul (20%), Minas Gerais (18%), Goiás (14%), Santa Catarina (1,5%) e Distrito Federal (0,5%).
Região Hidrográfica do Sudeste: sua característica social principal é a elevada concentração populacional e a presença de indústrias em seu território. Seus principais rios são o Paraíba do Sul e o Doce.
Bacia Hidrográfica do Uruguai: ocupa os territórios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Esta região tem importância devido às atividades de agroindústria e o potencial hidrelétrico.
Região Hidrográfica do Atlântico Sul: abrange 4 estados da União, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se pela importância no turismo e desenvolvimento econômico.
PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Para o entendimento da importância da hidrologia no planejamento dos recursos hídricos é oportuno lembrar o que seja este planejamento.
"Planejamento de recursos hídricos é o processo de prever, coordenar e ordenar racionalmente todas as ações e a execução de todas as atividades previstas com relação ao uso da água para satisfazer as demandas sociais. Este uso da água necessita de um planejamento ao deparar-se com a escassez devida às características geográficas do local, à aleatoriedade dos fenômenos hidrometeorológicos e à qualidade degradada pela poluição"(AZPURA e GABALDON, 1975).
A partir da proposição acima, torna-se evidente que a aplicação principal da hidrologia se dá nos estudos relativos à estimativa da disponibilidade hídrica e sua variação temporal e espacial, destinando-se à elaboração de planos de manejo da água frente aos usos pretendidos.
Para se iniciar ao estudo da hidrologia é importante que se tenha um conhecimento das várias disponibilidades de água no globo terrestre. A questão que se coloca é, portanto, qual é a quantidade de água no mundo?
GESTÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Agora que você já possui os conhecimentos básicos sobre hidrologia, que foram apresentados na Unidade 1, começaremos a falar da gestão da principal área que envolve os recursos hídricos, a Bacia Hidrográfica.
A gestão dos recursos hídricos se realiza mediante procedimentos integrados de planejamento e de administração. Esse planejamento deverá visar à avaliação prospectiva das demandas e das disponibilidades desses recursos, além da sua alocação entre os usos múltiplos para que se obtenha os máximos benefícios econômicos e sociais, mas com a mínima degradação ambiental.
Para tanto é necessário que ocorra a redução das fontes potenciais de poluição, se implementem políticas de uso e manejo adequados do solo e se viabilize a ocorrência de possíveis impactos sociais positivos para a região a ser gerenciada.
Assim, o gerenciamento dos recursos hídricos é composto por ações do poderpúblico que procuram adequar os usos, o controle e a proteção das águas às necessidades sociais e ambientais. Entre as principais ações, pode-se citar: o gerenciamento dos usos setoriais da água; o gerenciamento interinstitucional; o gerenciamento das intervenções para compatibilização e integração dos planejamentos; o gerenciamento da oferta de água; e o gerenciamento ambiental que engloba o monitoramento da área, licenciamento de projetos, fiscalização e medidas administrativas e legais.
HIDROGRAFIA
Hidrografia é a área que estuda as águas do planeta ou de uma região, abrangendo, portanto, rios, mares, oceanos, lagos, geleiras, água do subsolo e da atmosfera. Na Figura 2.1, pode-se observar o mapa hidrográfico da Bacia do rio São Francisco.
O estudo da hidrografia é fundamental para a identificação dos componentes naturais e antropogênicos envolvidos no fluxo hidráulico. Este estudo permite quantificar cada um dos componentes envolvidos na dinâmica da bacia, identificando suas magnitudes, frequências e durações, sempre considerando sua importância geográfica e ecológica e a determinação do volume mínimo requerido para um pré-determinado estado de conservação (ZUCCARI, 2005).
PROCESSOS EROSIVOS
Nos últimos anos, tem se reconhecido a necessidade de se incluir estratégias de controle de sedimentos dentro de projetos de gerenciamento de bacias hidrográficas, isso porque as fontes de produção de sedimentos estão relacionadas com os tipos de processos erosivos que ocorrem em uma bacia hidrográfica. Assim, as informações sobre as fontes de sedimentos transportados por um determinado rio são dados importantes para as estratégias de controle efetivo do aporte de sedimentos nos corpos d’água e, portanto, para controlar ou diminuir o seu assoreamento.
Os tipos de erosão que ocorrem em uma bacia hidrográfica são basicamente a erosão hídrica, a erosão fluvial, a erosão eólica e a remoção em massa. Os processos que compõem a dinâmica da produção de sedimentos em uma área hidrográfica estão o transporte e a deposição de sedimentos que poderão gerar o assoreamento dos corpos d’água e lagos. Esses processos possuem similaridades com o que ocorre em uma bacia urbana, como pode ser observado na Figura 2.2. 
Mas, além dos problemas de assoreamento dos corpos d’água, os problemas erosivos podem comprometer todo o ecossistema aquático e o meio ambiente do entorno. A Figura 2.3 apresenta uma boçoroca.
Segundo Almeida Filho (2008), esse tipo de processo erosivo atinge grandes dimensões, gerando vários impactos ambientais na sua área de ação e na drenagem a jusante, tornando-se um complicador para o uso do solo nessas áreas. Formadas pelo aprofundamento das ravinas e interceptação do lençol freático, onde se pode observar grande complexidade de processos do meio físico (piping, liquefação de areia, escorregamentos laterais, erosão superficial) devido à ação concomitante das águas superficiais e subsuperficiais (Rodrigu es, 1982; 1984). 
ASSOREAMENTO DE CORPOS D’ÁGUA
Grande parte dos sedimentos transportados em bacias hidrográficas ocorre durante os eventos de chuva. Por isso, a avaliação temporal da concentração de sedimentos deve ser realizada por meio de um programa de monitoramento capaz de coletar amostras durante os eventos de cheia.
Entretanto, podem ocorrer diversas dificuldades ao se executar um programa de monitoramento. Por exemplo, um grande problema enfrentado em pequenas bacias urbanas é que os eventos ocorrem em poucas horas e algumas vezes durante a noite, o que normalmente dificulta qualquer tipo de avaliação. Muitas vezes tenta-se utilizar amostradores automáticos para facilitar a obtenção de amostras, mas algumas bacias hidrográficas possuem altas concentrações de resíduos sólidos (Figura 2.4) e matéria orgânica, fazendo com que normalmente os aparelhos sejam danificados, ou simplesmente, obstruídos. 
 Os sedimentos podem ser definidos como fragmentos de rochas e de solo desagregados que são transportados por um fluido. Além das partículas minerais, as partículas orgânicas transportadas por um determinado fluido, também são denominadas de sedimentos.
Em ambientes fluviais encontram-se três tipos de sedimentos: grosseiros, finos e orgânicos. A proporção de cada um dependerá de vários fatores como a geologia, o relevo, o uso do solo, o clima, a localização da calha fluvial e a ação antrópica de lançamento ou não de efluentes.
Em geral, em regiões próximas às nascentes, a calha fluvial terá uma proporção grande de sedimentos grosseiros compostos por fragmentos de rochas, enquanto que nos trechos inferiores da bacia é mais comum encontrar-se sedimentos originados da erosão do solo que são compostos basicamente por partículas que variam de tamanho entre areia e argila.
Um dos problemas físicos gerados pelos sedimentos é o assoreamento dos corpos d’água. Mas um dos fatores mais importantes nos estudos sedimentológicos é a existência de uma estreita relação entre a qualidade da água e os sedimentos fluviais. A simples presença dos sedimentos na água afeta as condições de potabilidade através do aumento da sua turbidez. Além desse aspecto, os sedimentos fluviais representam um potencial poluidor para a água devido a sua natureza geoquímica que possibilita a transferência de poluentes da bacia vertente para calha fluvial.
GESTÃO DE BACIAS URBANAS
O desenvolvimento urbano, além das alterações causadas ao ecossistema terrestre, traz profundas alterações ao ecossistema aquático. Entre as muitas ações antrópicas que poderão provocar desde pequenas alterações ou até mesmo a completa degradação dos sistemas aquáticos, estão a substituição da vegetação original por áreas impermeáveis, a concentração e o lançamento de grandes cargas de esgoto in natura e a adição de contaminantes químicos através das mais diversas fontes.
As alterações antrópicas na bacia hidrográfica, principalmente a urbanização, geram alterações severas ao hidrograma que em parte explicam os problemas de inundações urbanas, atualmente enfrentados.
A permeabilidade do solo é substituída por superfícies impermeáveis tal como ruas, telhados, estacionamentos e calçadas, que acumulam pouca água, reduzem a infiltração de água no solo e aceleram o escoamento superficial em redes e canais de drenagem. Uma alta porcentagem de área impermeabilizada, onde os eventos de chuva tendem a ter um tempo de concentração menor e picos de vazão maiores, se reflete em alterações nos hidrogramas (Figura 2.5).
Assim, para que os efeitos da urbanização sejam minimizados, o gestor deverá procurar alternativas para equilibrar o sistema novamente. Entre as possibilidades encontradas para melhorar a infiltração das águas da chuva no solo e reduzir o escoamento superficial, estão:
· A construção de pavimentos permeáveis e/ou semipermeáveis e-
· A adoção do sistema conhecido como “Bairro Ecológico”.
Em ambos os casos, vários experimentos e estudos foram realizados e os resultados foram tecnicamente muito bons.
COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA
A expectativa que apenas os órgãos governamentais seriam suficientes para gerenciar os recursos hídricos foi uma das principais falhas ocorridas nesse setor. Esse desempenho insatisfatório levou muitos países a repensarem suas estruturas organizacionais e buscarem uma maior eficiência com a aplicação de tarifas e o apoio com incentivos.
De um modo geral, a tarifação e os incentivos procuram motivar os consumidores a adotarem práticas eficientes de uso da água, que pode ser maior ou menor de acordo com o valor relativo da água.
Em muitas regiões do mundo, a subtarifação causou e ainda tem causado sérios problemas de abusos e desperdícios com relação ao uso da água. Um exemplo disso é quando a região possui abundância de água de boa qualidade, o que a torna barata e, portanto, pode inviabilizar o investimento em projetos de monitoramento e de tarifação de alto custo. Entretanto, torna-se viável medir, monitorar e tarifar a água à medida que esta vai se tornando um recurso mais escasso.
Alguns autores defendem a possibilidade de ajuste de tarifas deacordo com a demanda. Para Howe (1998), poder-se-ía adotar preços variáveis, aumentando as tarifas em períodos secos, para forçar a redução do consumo. Ainda, o mesmo poderia ser empregado em horários diários de picos de consumo.
Uma forma indireta de cobrança para usuários de larga escala, segundo Winpenny (1994), que reproduz resultados similares, é a taxação através do volume de efluentes. Essa é uma forma interessante de incentivar as indústrias na busca por métodos e equipamentos que desperdicem ou utilizem uma menor quantidade de água.
Por outro lado, um dos maiores consumidores de água é a irrigação para a agricultura, entretanto, segundo Easter, Beeken e Tsur (1997), é o setor que menos pode pagar e acaba sendo subsidiado pelos governos. Como conseqüência, esses consumidores acabam sendo incentivados, pelas baixas tarifas, a consumir cada vez mais água durante o processo.
Dentro deste contexto, e para viabilizar um uso equilibrado e consciente da água, deve-se destacar as seguintes medidas para melhorar o gerenciamento dos recursos hídricos:
· adotar-se valores diferentes para os usos urbanos e rurais;
· realizar estudos de realocação de água;
· implementar preços diferenciados para os usos industriais;
· criar tarifas diferenciados para os usos industriais;
· buscar a conservação dos recursos hídricos; e 
· privatizar parte dos recursos e incentivar a participação dos usuários nos programas de descentralização.
A PROPORÇÃO DA ÁGUA NO PLANETA
Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, a vida surgiu da Água, o grande útero da Terra. Antigamente muitas homenagens religiosas eram prestadas à água. As pessoas acreditavam que ela era a morada de seres divinos, dos quais só podiam se aproximar com grande reverência. Mas os seres humanos, aos poucos, perderam o conhecimento e a experiência da natureza espiritual da Água. Hoje a tratam apenas como uma substância inanimada e pensam em seu aproveitamento a serviço do homem, que de forma lenta, aprendeu a compreender a sua importância e sua necessidade dela e, a partir daí, começou a acumulá-la artificialmente em grande quantidade em represas.
OS ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA
Os recursos hídricos são águas superficiais ou subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de uso em de região ou bacia. A água é um componente essencial à vida de todos os organismos vivos (homem, animais e plantas) no planeta terra. E este é o único planeta do sistema solar que possui água nos três estados (sólido, líquido e gasoso), e essas mudanças de estado físico da água são fundamentais e influenciam os processos nos ecossistemas terrestres e aquáticos.
As fontes hídricas geralmente são abundantes, o problema é que na grande maioria das vezes são mal distribuídas na superfície do planeta.
A ÁGUA NO PLANETA
O planeta terra possui muito mais água do que terra. A água do planeta pode ser encontrada em quase tudo ao nosso redor, chegando a ocupar mais de 70% da superfície terrestre e pode ser encontrada, também, na atmosfera (sob a forma de vapor) e em lençóis subterrâneos, rios no interior de cavernas, bolsões, etc. Na região central e no Nordeste do Brasil, por exemplo, existem gigantescos bolsões de água, com muitos quilômetros quadrados de extensão, dos quais ela pode ser extraída pela perfuração de poços não muito profundos. O volume total de água do planeta está distribuído, aproximadamente, da seguinte maneira:
TIPOS DE RECURSOS HÍDRICOS
AÇUDE
Conjunto constituído por barragem ou barramento de um curso d’água (escoamento superficial que tem lugar após as chuvas e que cessa após algum tempo).
AQUÍFERO
Formação geológica que contém água e permite que quantidades significativas dessa água se movimentem no seu interior, em condições naturais.
LAGO
É uma depressão natural na superfície da Terra que contém permanentemente uma quantidade variável de água. Essa água pode ser proveniente da chuva, de uma nascente local, ou de curso de água, como rios e glaciares geleiras que deságuem nessa depressão. Normalmente, a água dos lagos é doce, mas existem no mundo alguns importantes lagos salgados, como o Grande Lago Salgado da América do Norte.
LAGOA
É uma porção de água cercada por terra. Segundo outras definições, lagoa é um “lago pouco extenso”, no entanto, há várias “lagoas” maiores do que muitos chamados “lagos”. Ao lado, a Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro. Atualmente sofre problemas de poluição por despejo de esgoto e substâncias químicas das atividades do entorno.
LAGUNA
É uma depressão formada por água salobra ou salgada, localizada na borda litorânea, comunicando-se com o mar através de canal, constituindo, assim, uma espécie de “quase-lago”.
RIO
Um rio é uma corrente natural de água que flui com continuidade. Possui um caudal considerável e desemboca no mar, em um lago ou em outro rio.
AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E O CICLO HIDROLÓGICO
O ciclo hidrológico, ou ciclo da água, é o movimento contínuo da água presente nos oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera (Figura 2). Esse movimento é alimentado pela força da gravidade e pela energia do Sol, que provocam a evaporação das águas dos oceanos e dos continentes.
Na atmosfera, forma as nuvens que, quando carregadas, provocam precipitações, na forma de chuva, granizo, orvalho e neve. Nos continentes, a água precipitada pode seguir os diferentes caminhos:
• Infiltra e percola (passagem lenta de um líquido através de um meio) no solo ou nas rochas, podendo formar aquíferos, ressurgir na superfície na forma de nascentes, fontes, pântanos, ou alimentar rios e lagos.
• Flui lentamente entre as partículas e espaços vazios dos solos e das rochas, podendo ficar armazenada por um período muito variável, formando os aquíferos.
• Escoa sobre a superfície, nos casos em que a precipitação é maior do que a capacidade de absorção do solo.
• Evapora retornando à atmosfera. Em adição a essa evaporação da água dos solos, rios e lagos, uma parte da água é absorvida pelas plantas. Essas, por sua vez, liberam a água para a atmosfera através da transpiração. A esse conjunto, evaporação mais transpiração, dá-se o nome de evapotranspiração.
• Congela formando as camadas de gelo nos cumes de montanha e geleiras.
Apesar das denominações água superficial, subterrânea e atmosférica, é importante salientar que, na realidade, a água é uma só e está sempre mudando de condição. A água que precipita na forma de chuva, neve ou granizo, já esteve no subsolo, em icebergs e passou pelos rios e oceanos. A água está sempre em movimento; é graças a isto que ocorrem: a chuva, a neve, os rios, lagos, oceanos, as nuvens e as águas subterrâneas.
OS AQUÍFEROS E SUAS CARACTERÍSTICAS
Para entendermos melhor o que são os aquíferos e suas características, serão apresentadas algumas definições que ajudarão a compreender o tema. 
As águas subterrâneas são aquelas que se encontram sob a superfície da Terra, preenchendo os espaços vazios existentes entre os grãos do solo, rochas e fissuras (rachaduras, quebras, descontinuidades e espaços vazios).
A Figura 3 mostra o caminho percorrido pelas águas, desde a superfície, passando pela:
• zona não saturada, onde a água e o ar preenchem os espaços vazios entre os grânulos;
• zona saturada, onde a maioria dos espaços vazios é preenchida por água.
No limite entre as duas zonas, ocorre o nível freático, que demarca o contato entre estas, conhecido popularmente como lençol freático.
Hidrogeologia é a ciência que estuda as águas subterrâneas (aquíferos), seu movimento, ocorrência, propriedades, interações com o meio físico e biológico, bem como os impactos das ações dos seres humanos na qualidade e quantidade nessas águas (poluição, contaminação e superexplotação).
As rochas saturadas que permitem a circulação, armazenamento e extração de água são chamadas de aquíferos. Geralmente os aquíferos possuem a capacidade de armazenar grande quantidade de água.
Neste contexto, é importante observar que as rochas podem ser classificadas em sedimentares, ígneas ou metamórficas:
• ígneas (granitos, basaltos, diabásio e piroclásticas)são aquelas formadas diretamente pelo magma, material similar aquele lançado pelos vulcões. São também chamadas rochas cristalinas ou embasamento cristalino, onde a água subterrânea ocorre nas fraturas e fissuras.
• sedimentares (conglomerados, arenitos, siltitos, argilitos, pelitos, folhelhos, sedimentos calcários, lentes, entre outras) são formadas por fragmentos de rochas préexistentes, desagregados pela erosão, transportados e acumulados em locais propícios à deposição. São as rochas que compõem as bacias sedimentares, formando os melhores aqüíferos.
• metamórficas (metassedimentos, metacalcários, mármores, gnaisses, xistos, milonitos, etc) são formadas pela transformação de outras rochas, sob ação da pressão ou temperatura.
TIPOS DE AQUÍFEROS
Os aquíferos podem ser classificados quanto aos tipos de espaços vazios em (Figura 4):
(a) Poroso – com água armazenada nos espaços entre os grãos criados durante a formação da rocha; é o caso das rochas sedimentares, como os arenitos do Sistema Aquífero Guarani. Os aquíferos porosos funcionam com esponjas onde os espaços vazios são ocupados por água. 
(b) Fissural (cristalino/embasamento cristalino) – a água circula pelas fissuras resultantes do fraturamento das rochas relativamente impermeáveis (ígneas ou metamórficas), como os basaltos, que estão sobre arenitos do Guarani.
(c) Cársticos – São os aquíferos formados em rochas carbonáticas (sedimentares, ígneas ou metamórficas). Constituem um tipo peculiar de aquífero fraturado, onde as fraturas, devido à dissolução do carbonato pela água, podem atingir aberturas muito grandes, criando, neste caso, verdadeiros rios subterrâneos. São exemplos destes, as regiões da Gruta de Maquiné, São Domingos, Vale do Ribeira e Bonito.
Pode-se também classificar os aquíferos segundo a sua posição e estrutura (Figura 5): 
(a) Livres – aquíferos que se localizam mais próximos à superfície. Como no caso do aquífero Pantanal.
(b) Confinados – presença de uma camada de menor permeabilidade (confinante) que submete as águas a uma pressão superior à atmosférica, caso da porção central do Sistema Aquífero Guarani. Nos aquíferos confinados os poços tubulares profundos podem apresentar artesianismo, isto é, a água jorra do poço sem necessidade de equipamento de bombeamento.
(c) Semiconfinados – situação intermediária entre os dois.
O acesso dos seres humanos às águas subterrâneas normalmente se dá por meio da perfuração de poços. Estes podem ser escavados manualmente, como as cacimbas, poços amazonas e cisternas ou perfurados com equipamentos, caso dos poços tubulares profundos.
PROPRIEDADES DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Com a crescente degradação da qualidade das águas superficiais, as águas subterrâneas tendem a assumir uma posição de maior importância. Devido às suas características e propriedades podem exercer diferentes funções que são apresentadas na Figura 7.
Além disso, estas características e propriedades conferem às águas subterrâneas diversas vantagens entre elas:
• Qualidade – As águas subterrâneas possuem elevado padrão de qualidade físico-química e bacteriológica. Por serem naturalmente protegidas (mas não imunes) dos agentes de poluição e contaminação, essas águas dispensam, na maioria dos casos, tratamento físico-químico.
• Quantidade – Os volumes são superiores aos das águas superficiais. Sua vazão (quantidade de água/tempo) é menos afetada por períodos de estiagem prolongada e não apresenta perdas por evaporação, como nos reservatórios de superfície.
• Distribuição – As águas subterrâneas ocupam áreas muito maiores do que a calha deum rio ou lagoa, o que permite a perfuração de poços nos locais onde as demandas ocorrem. 
Nesse sentido, as águas subterrâneas facilitam a distribuição setorizada, visto que a distância dos poços até o reservatório ou caixa de água é, em geral, de pequena extensão.
• Usos – Além dos diversos usos das águas subterrâneas (por exemplo, abastecimento, indústria, agricultura, entre outros), aquelas que apresentam temperaturas elevadas também podem ser exploradas economicamente em atividades relacionadas com o turismo termal (estâncias termais) e na indústria.
• Custos – O valor de perfuração dos poços, assim como os prazos de execução, é geralmente inferior aos necessários para as obras de captação e transporte de águas de superfície. Outro fator a ser destacado é a facilidade da perfuração de poços que permite planejar a implantação gradual do sistema de abastecimento à medida que cresce a demanda, e os custos de manutenção e operação são mais baixos. Além disso, não há custo de armazenamento primário, como nas barragens e açudes, e não requer a desapropriação de grandes áreas.
• Meio ambiente – Os impactos ambientais relacionados com as instalações para o aproveitamento das águas subterrâneas são consideravelmente pequenos, quando instalados e operados adequadamente, ficando restritos a área de captação (poço tubular). Para efeito de comparação citam-se os impactos causados pelas barragens, que envolvem grandes áreas e alteram o equilíbrio dos ecossistemas.
Por outro lado, devido as suas peculiaridades as águas subterrâneas exigem certos cuidados:
• A renovação (recarga) das águas retiradas dos aquíferos nem sempre ocorre na mesma velocidade da extração, o que pode provocar a superexplotação ou sua exaustão. Nesse sentido, a exploração das águas subterrâneas exige um monitoramento constante dos volumes extraídos.
• Por estarem “escondidas” no subsolo, as águas subterrâneas são mais difíceis de serem avaliadas, exigindo metodologias complexas.
• A baixa circulação da água nas fraturas (aquíferos fissurais), principalmente em áreas com índice elevado de evaporação, pode provocar a salinização (aumento do teor de sal) do aquífero.
• A exploração dos aquíferos de forma inadequada, principalmente em áreas carbonáticas, pode causar subsidência (afundamentos) de terrenos como, por exemplo, o que ocorre na região de Sete Lagoas (MG).
• No caso de poluição ou contaminação os custos e a complexidade técnica de remediação (processo de despoluição e minimização dos impactos negativos) e recuperação podem ser extremamente elevados, demandado longos períodos.
Além disso, a falta de monitoramento, conhecimento e pessoal técnico especializado em águas subterrâneas são desafios a serem superados na gestão integrada e sistêmica de recursos hídricos.
SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL
O que é sistema de drenagem pluvial?
Um sistema de drenagem de águas pluviais é formado por estruturas e instalações de engenharia destinadas ao transporte, retenção, tratamento e disposição final das águas das chuvas.
Classificação
Os sistemas de drenagem pluvial são classificados da seguinte forma:
Micro drenagem: este sistema inclui a coleta das águas superficiais ou subterrâneas através de pequenas e médias galerias.
Macro drenagem: já este sistema engloba, além da rede de micro drenagem, galerias de grande porte e os corpos receptores destas águas (rios ou canais).
Estrutura de um sistema de drenagem pluvial
Conheça os componentes de um sistema de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas:
· Guia ou meio-fio: é a faixa longitudinal de separação do passeio com a rua;
· Sarjeta: é o canal situado entre a guia e a pista, destinada a coletar e conduzir as águas de escoamento superficial até os pontos de coleta;
· Bocas-de-lobo ou bueiros: são estruturas destinadas à captação das águas superficiais transportadas pelas sarjetas; em geral situam-se sob o passeio ou sob a sarjeta;
· Galerias: são condutos destinados ao transporte das águas captadas nas bocas coletoras até os pontos de lançamento. Possuem diâmetro mínimo de 400 milímetros;
· Poços de visita: são câmaras situadas em pontos previamente determinados, destinados a permitir a inspeção e limpeza dos condutos subterrâneos;
· Trecho de galeria: é a parte da galeria situada entre dois poços de visita consecutivos;
· Bacias de amortecimento: são grandes reservatórios construídos para o armazenamento temporário das chuvas, que liberam esta água acumulada de forma gradual.MICRODRENAGEM E MACRODRENAGEM – OS SUBSISTEMAS CARACTERÍSTICOS DA DRENAGEM URBANA
A drenagem urbana é uma rede de infraestrutura da cidade, tida como um de seus equipamentos urbanos. Como já abordado em outro post (Era uma vez um patinho feio na história do saneamento), sabemos que a drenagem faz parte do conjunto de sistemas que compõem o leque do saneamento ambiental, que congrega, de forma integrada:
· sistema de abastecimento de água
· sistema de esgotamento sanitário
· sistema de drenagem de águas pluviais
· sistema de coleta de lixo
Dentro do contexto de saneamento ambiental, o sistema de drenagem é o responsável, primordialmente, pela coleta, manejo e disposição das águas pluviais em corpos d’água aptos para sua recepção. Nessa definição, utiliza-se a palavra manejo para dar maior abrangência ao tratamento dado às águas coletadas. Tradicionalmente, esta etapa se referia, exclusivamente, à condução dos escoamentos. Mais recentemente, a condução é uma das possibilidades, mas também se devem incluir as possibilidades de amortecimento e infiltração. A função da drenagem se mostra essencial no contexto de uma cidade, pois uma rede de drenagem que apresenta mal funcionamento é responsável por enchentes severas, com grandes áreas alagadas, causando prejuízos e expondo a população à riscos diversos.
Os sistemas de drenagem urbana englobam dois subsistemas principais característicos: a microdrenagem e a macrodrenagem. 
Por micro drenagem pode-se entender o sistema de condutos construídos destinados a receber e conduzir as águas das chuvas vindas das construções, lotes, ruas, praças, etc. Em uma área urbana, a microdrenagem é essencialmente definida pelo traçado das ruas. 
Já a macrodrenagem corresponde à rede de drenagem natural, pré-existente à urbanização, constituída por rios e córregos, localizados nos talvegues dos vales, e que pode receber obras que a modificam e complementam, tais como canalizações, barragens, diques e outras.
As cheias urbanas estão diretamente associadas à falha destes subsistemas, em conjunto ou separadamente, por erro de concepção, falta de manutenção ou por obsolescência devido ao acelerado crescimento urbano. É por esse motivo que os projetos de drenagem devem ser pensados em conjunto com o plano urbanístico da cidade, tanto no que diz respeito às questões de zoneamento e uso do solo, como em relação ao crescimento urbano.
CONCEITOS GERAIS
O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
O sistema de drenagem faz parte do conjunto de melhoramentos públicos existentes em uma área urbana, assim como as redes de água, de esgotos sanitários, de cabos elétricos e telefônicos, além da iluminação pública, pavimentação de ruas, guias e passeios, parques, áreas de lazer, e outros.
Em relação aos outros melhoramentos urbanos, o sistema de drenagem tem uma particularidade: o escoamento das águas das tormentas sempre ocorrerá, independente de existir ou não sistema de drenagem adequado. A qualidade desse sistema é que determinará se os benefícios ou prejuízos à população serão maiores ou menores.
Outra característica, de certo modo única, do sistema de drenagem é a sua solicitação não permanente, isto é, durante e após a ocorrência de tormentas, contrastando com outros melhoramentos públicos que são essencialmente de uso contínuo.
O sistema tradicional de drenagem urbana deve ser considerado como composto por dois sistemas distintos que devem ser planejados e projetados sob critérios diferenciados: o Sistema Inicial de Drenagem e o Sistema de Macrodrenagem.
O Sistema Inicial de Drenagem ou de Microdrenagem ou, ainda, Coletor de Águas Pluviais, é aquele composto pelos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias de águas pluviais e, também, canais de pequenas dimensões. Esse sistema é dimensionado para o escoamento de vazões de 2 a 10 anos de período de retorno. Quando bem projetado, e com manutenção adequada, praticamente elimina as inconveniências ou as interrupções das atividades urbanas que advém das inundações e das interferências de enxurradas.
Já o Sistema de Macrodrenagem é constituído, em geral, por canais (abertos ou de contorno fechado) de maiores dimensões, projetados para vazões de 25 a 100 anos de período de retorno. Do seu funcionamento adequado depende a prevenção ou minimização dos danos às propriedades, dos danos à saúde e perdas de vida das populações atingidas, seja em consequência direta das águas, seja por doenças de veiculação hídrica.
Esses sistemas encaixam-se no contexto do controle do escoamento superficial direto, tendo tradicionalmente como base o enfoque orientado para o aumento da condutividade hidráulica do sistema de drenagem.
As tendências modernas desse controle, que já vêm amplamente aplicadas ou preconizadas internacionalmente, passam a dar ênfase ao enfoque orientado para o armazenamento das águas por estruturas de detenção ou retenção. Esse enfoque é mais indicado a áreas urbanas ainda em desenvolvimento, podendo ser utilizado também em áreas de urbanização mais consolidadas desde que existam locais (superficiais ou subterrâneas) adequados para a implantação dos citados armazenamentos. Este conceito não dispensa, contudo, a suplementação por sistemas de micro e macrodrenagem.
OBJETIVOS DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
Dentro do contexto de desenvolvimento global de uma região, os programas de drenagem urbana devem ser orientados, de maneira geral, pelos seguintes objetivos principais:
1. reduzir a exposição da população e das propriedades ao risco de inundações;
2. reduzir sistematicamente o nível de danos causados pelas inundações;
3. preservar as várzeas não urbanizadas numa condição que minimize as interferências com o escoamento das vazões de cheias, com a sua capacidade de armazenamento, com os ecossistemas aquáticos e terrestres de especial importância e com a interface entre as águas superficiais e subterrâneas;
4. assegurar que as medidas corretivas sejam compatíveis com as metas e objetivos globais da região;
5. minimizar os problemas de erosão e sedimentação;
6. proteger a qualidade ambiental e o bem-estar social;
7. promover a utilização das várzeas para atividades de lazer e contemplação.
PRINCÍPIOS DO SISTEMA DE DRENAGEM
Os princípios que devem nortear os programas de drenagem urbana são os seguintes:
a) O sistema de drenagem é parte do sistema ambiental urbano.
O sistema de drenagem é parte de um sistema urbano visto de uma forma mais ampla. Pode ser encarado simplesmente como parte da infraestrutura urbana ou como um meio para alcançar metas e objetivos em termos mais abrangentes. Nesse último sentido, constitui-se num meio e não num fim em si mesmo.
A urbanização tem potencial para aumentar tanto o volume quanto as vazões do escoamento superficial direto. A influência da ocupação de novas áreas deve ser analisada no contexto da bacia hidrográfica na qual estão inseridas, de modo a se efetuarem os ajustes necessários para minimizar a criação de futuros problemas de inundações. 
O estabelecimento prévio de metas e objetivos, locais e regionais, é de grande valia na concepção das obras de drenagem de um curso d'água.
b) As várzeas são áreas de armazenamento natural
As várzeas, embora estejam com menor frequência sob as águas, fazem parte dos cursos naturais, tanto quanto a sua calha principal. Por esta razão, em geomorfologia a várzea também recebe a denominação de leito maior ou secundário. 
As funções primárias de um curso d'água e de sua várzea associada são a coleta, armazenamento e veiculação das vazões de cheias. Essas funções não podem ser relegadas a um plano secundário em favor de outros usos que se possa imaginar para as várzeas, sem a adoção de medidas compensatórias normalmente onerosas. Respeitada essa restrição, as várzeas têm a potencialidade de contribuir para a melhoria da qualidade da água e do ar, a manutenção de espaços abertos, a preservação de ecossistemas importantes e acomodação de redes de sistemas urbanos adequadamente planejados.
c) Drenagem é um problema de destinação de espaço
O volume de água presenteem um dado instante numa área urbana não pode ser comprimido ou diminuído. É uma demanda de espaço que deve ser considerada no processo de planejamento. Se o armazenamento natural é reduzido pela urbanização ou outros usos do solo sem as adequadas medidas compensatórias, as águas das cheias buscarão outros espaços para seu trânsito, podendo atingir inevitavelmente locais em que isso não seja desejável.
O primeiro passo para sua utilização é providenciar meios necessários para seu armazenamento. As áreas para esse fim podem ser planejadas de modo a incorporar valores estéticos locais, assim como espaços para uso recreativo. A água armazenada pode, em determinadas circunstâncias, ser utilizada para irrigação, recarga do lençol freático, incremento de vazões mínimas e, também, abastecimento industrial.
d) As medidas de controle de poluição são parte essencial num plano de drenagem
Ao se tratar as águas do escoamento superficial direto de uma área urbana como recurso, ou quando se cogitar a utilização de bacias de detenção, deve ser dada atenção aos aspectos da qualidade dessas águas. Estes, por sua vez, estão relacionados com as práticas de limpeza das ruas, coleta e remoção de lixos e detritos urbanos, ligação clandestina de esgotos na rede de galerias, coleta e tratamento de esgoto e regulamentação do movimento de terras em áreas de desenvolvimento, tendo em vista o controle de erosão e, consequente, carga de sedimentos. 
O controle da poluição das águas é essencial para que sejam alcançados os benefícios potenciais que podem oferecer os cursos d'água urbanos e suas várzeas.
DISTRIBUIÇÃO DAS CHUVAS NO BRASIL 
A Amazônia e as Chuvas no Brasil
Existe uma relação entre a Amazônia e as chuvas no Brasil que se evidencia pela umidade gerada pela floresta que é dispersada para todo o país.
O Brasil, a despeito das eventuais secas que ocorrem em algumas regiões, é o país onde as chuvas são mais frequentes, com uma média de 15.200 km³/ano. O Canadá, por exemplo, que possui um território maior do que o do nosso país, apresenta apenas um terço dessa média anual de precipitação. Tal fator deve-se, principalmente, à existência da Amazônia, a maior floresta tropical do planeta.
A relação entre a Amazônia e as chuvas no Brasil ocorre em razão da existência dos Rios Voadores, que, basicamente, consistem na umidade do ar gerada pela Floresta Amazônica e disseminada para várias outras partes do país e do continente sul-americano. São essas chuvas, inclusive, que garantem a sobrevivência da própria floresta e dos recursos hídricos de boa parte das bacias hidrográficas brasileiras.
De acordo com o Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e a Expedição Rios Voadores*, a Amazônia é uma floresta que faz chover. De acordo com os pesquisadores, a floresta emite vapores orgânicos para o ar por meio da evapotranspiração, provocando o condensamento e a formação das chuvas. O ar úmido que também é gerado pode precipitar-se e deslocar-se para outras regiões, incluindo o Centro-Oeste do país, o Sudeste e também o Sul.
É válido mencionar que a taxa de evaporação da água na floresta é maior que em outras áreas, sobretudo aquelas que foram desmatadas. A título de comparação, podemos citar que a evapotranspiração na Amazônia ocorre em um ritmo de 3,6 a 4,2 mm por dia, ao passo em que nas áreas de pastagem essa média passa para 1 ou 2 mm diários em épocas chuvosas.
Portanto, os regimes de chuvas no Brasil dependem muito da Floresta Amazônica, pois é ela que emite a maior parte do ar úmido que se condensa em forma de chuva em outras regiões do país. Alguns estudiosos estimam que as secas ocorridas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil no ano de 2014 ocorreram, em grande parte, em razão dos sucessivos desmatamentos da Amazônia ao longo dos últimos tempos. No entanto, existem discordâncias com relação a essa conclusão, uma vez que não existem dados definitivos que comprovem essa tese.
De toda forma, é importante perceber que, caso o processo de destruição da floresta amazônica continue ocorrendo, haverá um grande impacto nas chuvas do Brasil, gerando alterações climáticas de todas as ordens, como o aumento das temperaturas e a ocorrência mais frequente de secas rigorosas. A questão da água no Brasil depende, portanto, da conservação de suas vegetações.
EXERCÍCIOS
1. Faça um ESQUEMA, sobre os tópicos já vistos em sala de aula. Na apostila, inicia nos tópicos CONCEITOS BÁSICOS DE HIDROLOGIA e termina no tópico de ESCOAMENTO SUPERFICIAL.
2. Cite as aplicações da hidrologia.
3. A partir dos estudos sobre o planejamento dos recursos hídricos, conceitue o que é planejamento de recursos hídricos e qual a principal aplicação da hidrologia?
4. O gerenciamento dos recursos hídricos é comporto por ações do poder público que procuram adequar os usos, o controle e a proteção das águas às necessidades sociais e ambientais, entre essas principais ações cite 5 delas.
5. Sobre os processos erosivos, especificamente nos tipos de erosão: hídrica, fluvial, eólica e remoção em massa, caracterize cada um deles.
6. Dentre as medidas para melhorar o gerenciamento dos recursos hídricos, é incorreto afirmar:
a) Realizar estudos de realocação de água.
b) Implementar preços diferenciados para os usos industriais.
c) Privatizar todos os recursos e incentivar a participação dos usuários nos programas de centralização.
d) Adotar-se valores diferentes para usos urbanos e rurais.
7. Em ambientes fluviais é possível encontrar três tipos de sedimentos, cite os tipos de sedimentos encontrados e a proporção de cada um dependerá de quais fatores?
8. Defina sedimentos.
9. Defina aquífero e cite suas principais características.
10. Qual a relação entre o ciclo hidrológico e águas subterrâneas?
11. É a ciência que estuda as águas subterrâneas (aquíferos), seu movimento, ocorrência, propriedades, interações com o meio físico e biológico, bem como os impactos das ações dos seres humanos na qualidade e quantidade nessas águas (poluição, contaminação e superexplotação).
a) hidrologia
b) ciclo hidrológico
c) hidroecologia
d) aquífero
12. Os aquíferos podem ser classificados quanto aos tipos de espaços vazios na qual podem ser encontrados, que pode ser: poroso, fissural e cárstico. Como esses espaços se diferenciam?
13. Sobre as propriedades das águas subterrâneas, marque V para verdadeiro e F para falso.
( ) A crescente degradação das águas subterrâneas e observando sua importância para a sociedade e
para a natureza e preservação dos recursos naturais, as atenções devem assumir uma posição de maior
importância.
( ) As águas subterrâneas possuem um baixo padrão de qualidade físico-química e bacteriológica.
( ) Por serem imunes em relação os agentes de poluição e contaminação, essas águas dispensam, na
maioria dos casos, tratamento físico-químico.
( ) As águas subterrâneas ocupam áreas muito maiores do que a calha de um rio ou lagoa, permitindo
assim a penetração de poços nos locais onde as demandas ocorrem.
( ) Aquelas que apresentam temperaturas elevadas também podem ser exploradas economicamente
em atividades relacionadas com o turismo termal e na indústria.
( ) Os impactos ambientais relacionados com as instalações para o aproveitamento das águas
subterrâneas são consideravelmente muito grandes, quando instalados e operados adequadamente,
ficando restritos a área de captação (poço tubular).
( ) Outro fator a ser destacado é a facilidade da perfuração de poços que permite planejar a implantação gradual do sistema de abastecimento à medida que cresce a demanda, e os custos de manutenção e operação são mais baixos.
( ) A alta circulação da água nas fraturas (aquíferos fissurais), principalmente em áreas com índice elevado de evaporação, pode provocar a salinização (aumento do teor de sal) do aquífero.
14. Sobre as principais funções do aquíferos, relacione a segunda coluna com a primeira.
1- PRODUÇÃO
2- ESTOCAGEM E REGULARIZAÇÃO
3- FILTRAGEM
4- TRANSPORTE
5- ESTRATÉGICA
6- ENERGÉTICA
7- AMBIENTAL
( ) Conduzem água de uma área de recarga (onde a águainfiltra) para as áreas de bombeamento, onde estão situados os poços.
( ) Protegem a água armazenada tanto da evaporação, como das consequências das guerras e sabotagens.
( ) Armazenam água em períodos de chuva e cedem em épocas de estiagem para rios e lagos.
( ) Permitem a utilização da água subterrânea aquecida pelo gradiente geotermal, como fonte de energia elétrica ou termal.
( ) Atuam como filtros naturais, minimizando os custos de tratamento para consumo.
( ) Fornecem água para a manutenção dos ecossistemas e da biodiversidade.
( ) Fornecem água em quantidade e qualidade adequadas para os usos múltiplos.
15. Descreva o ciclo hidrológico baseado na imagem abaixo.

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