Prévia do material em texto
SÉRIE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Robson Braga de Andrade Presidente DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Robson Braga de Andrade Presidente do Conselho Nacional SENAI – Departamento Nacional Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor Geral Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira Diretor Adjunto Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações SÉRIE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO FICHA CATALOGRÁFICA _____________________________________________________________________________ S491s Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Saúde e segurança do trabalho / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2015. 97 p. : il. (Série Aprendizagem Industrial). ISBN 978-85-7519-829-2 1. Segurança do trabalho. 2. Saúde e trabalho. 3. Qualidade ambiental. 4. Drogas. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título. III. Série. CDU: 331.45 _____________________________________________________________________________ SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sede Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317- 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br © 2015. SENAI – Departamento Nacional © 2015. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ- nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional de Santa Catarina Núcleo de Educação – NED SUMÁRIO Leia o fechamento que o autor preparou para você! Aproveite todos os cami- nhos que levam ao conheci- mento. Conheça mais detalhes so- bre o autor deste livro, sua formação e experiências profissionais, entre outros. Confira agora as referências utilizadas nessa Unidade Curricular. Aproveite e am- plie seus conhecimentos! Conheça aqui a abertura da Uni- dade Curricular. Explore essa oportunidade de aprendizagem e veja quantas descobertas serão possíveis! CONHECENDO O AUTOR CAPÍTULO 1 Saúde e Segurança no Trabalho Como você pode identificar as si- tuações de risco no seu local de trabalho? É possível evitar aciden- tes de trabalho? Leia o texto na ín- tegra e descubra a melhor forma de proteger-se!9 CAPÍTULO 2 Qualidade Ambiental, Meio Ambiente e Sustentabilidade Qual o seu papel no cumprimento das normas ambientais de saúde e segurança? Sua participação neste processo é muito importan- te. Leia o capítulo e aprenda mais sobre o tema.39 CAPÍTULO 3 Álcool, Tabaco e Outras drogas: Das Relações com o Trabalho Você sabia que o uso de drogas cau- sa sérios problemas para o indivíduo e isso impacta diretamente no tra- balho? Para aprender mais sobre o tema, leia o texto na íntegra. 53 CAPÍTULO 4 Individualidades, Respeito às Diferenças e Saúde Sexual Você já pensou como somos todos di- ferentes? O respeito a essas diferenças é primordial em qualquer situação e no trabalho não é diferente. Leia o texto na íntegra e aprenda mais sobre o assunto. 73 91 93 95 REFERÊNCIAS PALAVRAS DO AUTOR 7 MENSAGEM AO APRENDIZ Olá, seja bem-vindo à Unidade Curricular Saúde e Segurança do Trabalho! No decorrer dos seus estudos, você desenvolverá competências para a identificação de riscos no trabalho e na vida. Você entenderá que apesar de diferentes, estes riscos podem trazer consequências muito parecidas. Nesta unidade curricular, você vai conhecer os conceitos básicos de saúde e segurança do trabalho. Conhecerá também as maneiras de se evitar acidentes, e o seu papel no cum- primento das normas ambientais e de segurança. Outros aspectos que impactam a saúde do trabalhador também serão abordados, tais como o uso e a dependência de drogas e a saúde sexual e reprodutiva. Espero que aproveite seus estudos e use esse conhecimento no seu dia a dia! Siga em frente e bons estudos! PROFo. EVANDRO MEDEIROS MARQUES MENSAGEM AO APRENDIZ 9SEGURANÇA • ACIDENTES PREVENÇÃO CAPÍTULO 1 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 11 1.1. SEGURANÇA DO TRABALHO A segurança do trabalho é um conjunto de medidas tomadas para se evitar ou minimizar os acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais e também proteger a integridade física e a capacidade do trabalhador em exercer sua função. (PEIXOTO, 2010). co ok el m a ([2 0- -? ]) Neste capítulo, você vai estudar temas relacionados à segurança no tra- balho. Aprenderá a reconhecer riscos à saúde e segurança do trabalhador e as formas de proteção a esses riscos. 1.1.1. ACIDENTES DE TRABALHO O art. 19 da Lei n. 8.213/91, define acidente de trabalho como aquele “que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho”. Mas, só será considerado acidente de trabalho quando provoca lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução (permanente ou temporária) da capacidade para o trabalho. Perceba que são considerados acidentes de traba- lho não apenas aqueles decorrentes de atividades laborais exercidas a cargo das empresas, mas tam- bém todos os acidentes ocorridos no exercício de atividades laborais individuais ou em regime de eco- nomia familiar. LABORAIS Adjetivo que relacio- na alguma coisa com o mundo do trabalho. (SIGNIFICADOS, 2015). SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO12 No regime de economia familiar, os membros da família trabalham de forma a sobreviver em regime de colaboração, sem empregados. De acordo com a Lei no 8.212, são caracterizados como acidentes de tra- balho: ■ aqueles ocorridos durante o trajeto entre a residência do trabalhador e a empresa; ■ doença profissional produzida pelo exercício de uma determinada tarefa; ■ doença do trabalho que pode ser adquirida ou desencadeada pelas condições em que a função é exercida. Para tornar seu aprendizado mais efetivo, na sequência, você aprenderá sobre os três tipos de acidentes de trabalho: acidente típico, de trajeto e doença profissional ou do trabalho. Estas definições correspondem à Lei nº 8.123/91, nos artigos 20 e 21. Acompanhe! Acidente típico: ocorre na execução da atividade profissional do indiví- duo. EXEMPLO: Um carpinteiro está trabalhando em uma construção de um assoalho de madeira. Quando ele está pregando uma tábua na estrutura, acontece um acidente: ele erra uma martelada, acertando seu dedo. po jo sl aw ([ 20 --? ]) Acidente de trajeto: acidentes de trânsito e outros que possam ocorrer no trajeto que o trabalhador faz de casa ao trabalho e vice-versa. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 13 EXEMPLO: Um auxiliar de escritório faz seu trajeto até o trabalho de motocicleta dia- riamente. Certo dia, durante o trajeto, ele colide sua motocicleta em um carro e acaba com dores no pescoço. Vu k Vu km iro vi c ([2 0- -? ]) Doença profissional: a doença profissional também é considerada um acidente e é desencadeadapelo exercício de uma determinada função. EXEMPLO: Certo operador de manufatura trabalha com montagem de refrigeradores. Parte de sua atividade é parafusar manualmente uma pequena peça. Após anos de trabalho executando sempre a mesma função, o operador come- ça a sentir dores no punho, que são diagnosticadas como LER ou DORT. A LER, uma vez diagnosticada e caracterizada como decorrente do traba- lho, é caracterizada como uma DORT. LER Sigla para as Lesões por Esforços Repetiti- vos. A exposição a mo- vimentos repetitivos com frequência ele- vada e agravada por aspectos ergonômicos causa a LER. (BRASIL, 2001). DORT Sigla para as Doenças Osteoarticulares Rela- cionadas ao Trabalho. (BRASIL, 2001). SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO14 Ro st is la v_ Se dl ac ek ([ 20 --? ]) Na sequência, aprenda sobre a doença do trabalho. Doença do trabalho: está mais ligada ao meio ambiente de trabalho. Portanto, a doença do trabalho é aquela que tem ligação com o ambiente onde a atividade profissional é exercida. EXEMPLO: Um operador trabalha na construção civil operando uma máquina para polir pisos de concreto. A inalação do pó gerado pelo processo de poli- mento durante um longo tempo desencadeia uma doença pulmonar gra- ve. Você aprendeu o que é um acidente de trabalho e como pode ser carac- terizado. Também estudou sobre as doenças profissionais ou do trabalho. Essas doenças podem ser desencadeadas quando o trabalhador está ex- posto diretamente aos agentes agressores à saúde e serão seu próximo tema de estudo. Siga em frente! 1.1.2. CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO Você terá a oportunidade de aprender sobre as principais causas de acidentes de trabalho. Você vai iniciar seus estudos aprendendo sobre os agentes agressores à saúde. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 15 AGENTES AGRESSORES À SAÚDE Você sabe o que são agentes agressores à saúde? Agentes agressores também podem ser chamados de agentes ambien- tais. Os agentes agressores podem ser: físicos, químicos, biológicos, er- gonômicos e de acidentes, presentes nos ambientes de trabalho. Esses agentes podem causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador (LOURENÇO, 2008). Th in ks to ck ([ 20 --? ]) Na sequência, você conhecerá as características dos tipos de agentes agressores, conforme apresentado em Lourenço (2008). Acompanhe. Agentes Físicos: estão presentes no ambiente de trabalho e são de natu- rezas diversas. Eles podem ser ruídos, vibrações, radiações ionizantes, ra- diações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais, umidade e lumino- sidade. Os agentes agressores estão diretamente relacionados com o ramo de atividade das empresas. Por exemplo, em uma construtora estarão pre- sentes o ruído, frio, calor e umidade. Já em uma fábrica de cosméticos, os agentes agressores presentes podem incluir também a luminosidade como um fator de risco. O trabalhador deve estar bem informado quanto ao prejuízo que cada um desses agentes oferece à sua saúde e saber quais os meios necessários para que as medidas de controle sejam adotadas, conforme o risco a que está exposto. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO16 H ig hw ay st ar z- Ph ot og ra ph y ([2 0- -? ]) Você já percebeu que quando ficamos por um período expostos a um som muito alto temos a impressão de estarmos “surdos” por um tempo? Essa exposição por pequenos períodos nos dá esta sensação. Já se esses períodos forem grandes e frequentes, acabamos perdendo nossa audição gradativamente e permanentemente. Agentes Químicos: em muitas empresas, o contato com produtos quími- cos durante o processo produtivo é necessário. A enorme utilização de pro- dutos químicos acarreta grande incidência de doenças profissionais causa- das por esses produtos. Esses produtos podem ser encontrados nas formas líquida, gasosa, de vapores e sólida, e podem penetrar no organismo pelas vias respiratórias, digestiva e, também, através da pele. LI sh er w oo d ([2 0- -? ]) SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 17 EXEMPLO: Em uma operação de montagem de compressores herméticos, usados para equipar refrigeradores e sistemas de refrigeração, o processo exige a presença de óleo nos componentes que serão montados. Um operador inevitavelmente vai ter contato com o óleo. Para se evitar a contaminação por este agente químico, o operador precisa fazer o uso de luvas de bor- racha. A efetiva proteção a esses riscos inicia com a identificação de cada um deles. Mais a frente, você vai conhecer os equipamentos de proteção para cada um desses riscos. Agentes Biológicos: os agentes biológicos desencadeiam doenças cau- sadas por microrganismos, ou seja, bactérias, vírus, fungos e protozoários adquiridos no exercício da atividade laboral. Eles podem ser encontrados em sanitários, hospitais, laboratórios, lavanderias e outros mais variados lugares. Al ex an de r R at hs ([ 20 --? ]) EXEMPLO: Uma enfermeira que trata um paciente com tuberculose pode contrair a doença. Não longe disso, também é um exemplo as doenças respiratórias adqui- ridas por trabalhadores em um escritório onde a frequência de limpeza dos filtros dos condicionadores de ar não é cumprida, permitindo assim o acúmulo de pó e a proliferação de bactérias pelo ar. Um aspecto muito importante para se evitar os riscos biológicos é a ma- nutenção dos ambientes limpos! SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO18 Agentes Ergonômicos: a ergonomia estuda as relações entre o homem e o seu ambiente de trabalho. Os agentes ergonômicos causadores de doen- ças se caracterizam por atitudes e hábitos profissionais prejudiciais à saú- de, mas não se limitam a isso. en do pa ck ([ 20 --? ]) Outros aspectos como o mau dimensionamento de um posto de trabalho podem apresentar riscos para o trabalhador, que pode estar sendo forçado a trabalhar com uma postura inadequada. São exemplos de riscos ergonômicos: esforço físico intenso, posturas ina- dequadas, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolonga- das, e monotonia e repetitividade. REFLITA O seu posto de trabalho está bem dimensionado? Você se sente confortá- vel – ergonomicamente falando – em executar suas tarefas? Os problemas ergonômicos são muito comuns. Dores em certas partes do corpo como ombros e costas, por exemplo, são comuns em pessoas que ficam muito tempo na frente de um computador em uma postura inade- quada. Esses problemas podem ser diagnosticados como LER, que segun- do o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é o campeão no ranking de afastamento do trabalho. Em tradução livre, sig- nifica, posição, clas- sificação. Ex, qual sua posição no ranking de melhores jogadores de futebol? Eu estou em primeiro lugar na classificação. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 19 FIQUE POR DENTRO Você sabia que existem manuais que nos ajudam a garantir um posto de trabalho ergonomicamente adequado? A Microsoft, grande multinacional norte-americana que desenvolve softwares, desenvolveu um manual para orientar como trabalhar de maneira saudável em frente a um computador. Dê uma olhada no Guia de Saúde e Computadores e aprenda mais sobre o assunto. O texto está disponível em: <http://www.microsoft.com/ hardware/pt-br/support/healthy-computing-guide>. Acesso em: 10 dez. 2014. Uma vez que você aprendeu sobre agentes ergonômicos, conhecerá os riscos de acidentes de trabalho. Acompanhe na sequência. RISCOS DE ACIDENTES Os riscos de acidentes são os responsáveis por uma série de lesões nos trabalhadores, como cortes, fraturas, escoriações, queimaduras (LOUREN- ÇO, 2008). hx db zx y ([2 0- -? ]) Vale lembrar que os agentes aqui citados quando presentes no ambiente de trabalho poderão causar imediatamente prejuízos à saúde. Para que o acidente ocorra, é necessário que se tenha a combinação de vários fatores, como, por exemplo: o tempo de exposição, a possibilidade de a pessoa ab- sorver as substâncias químicas ou biológicas e as condições do ambiente de trabalho. Porém, a prevenção deve ser constante.SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO20 PRATICANDO Faça um levantamento dos tipos de agentes agressores presentes no seu local de trabalho. Na sequência de seus estudos, você estudará sobre os equipamentos que protegem o trabalhador do risco de acidentes. 1.1.3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA Você estudou que possivelmente estamos ou estaremos expostos a al- gum tipo de risco e que esse risco pode nos trazer prejuízos para a saúde. Mas, o que fazer para nos protegermos? Para minimizar os riscos de acidentes, é preciso fazer o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC). A empresa contratante deve fornecer esses equipamentos sem- pre que necessário. Na sequência, você estudará sobre os tipos de equipamentos que existem e como eles podem ajudar a proteger a saúde do trabalhador. Acompanhe! EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Os Equipamentos de Proteção Individual são dispositivos ou produtos, de uso individual do trabalhador, destinado à proteção contra riscos capa- zes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde (BRASIL, 2014). O quadro a seguir mostra os tipos mais comuns de equipamentos de pro- teção individual e suas aplicações. Acompanhe! TIPO DE EPI IMAGEM ILUSTRATIVA DESCRIÇÃO DO TIPO DE PROTEÇÃO Capacete in di go lo to s ( [2 0- -? ]) Proteção do crânio contra impactos, choques elétricos e no combate a incêndios. Óculos de Segurança Co pr id ([ 20 --? ]) Proteção contra partículas, luz intensa, radia- ção, respingos de produtos químicos. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 21 Luvas de Segurança in di go lo to s ( [2 0- -? ]) Proteção contra riscos químicos e físicos. Sapato de Segurança in di go lo to s ( [2 0- -? ]) Proteção contra riscos de origem térmica, umidade, produtos químicos e quedas. Cintos de Segurança Cp t2 12 ([ 20 --? ]) Proteção contra quedas e alturas superiores a dois metros. Proteção respiratória (máscaras) de im ag in e ([2 0- -? ]) Proteção contra gases, névoas, vapores e poeiras. Protetores auriculares Th in ks to ck ([ 20 --? ]) Proteção contra ruídos. Quadro 1 - Equipamentos de proteção individual mais comuns Fonte: Adaptado de Brasil (2014) SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO22 Observe que no quadro anterior você encontra os tipos de EPIs mais uti- lizados na indústria. Você pode contar com a identificação dos EPIs, uma foto ilustrativa e uma breve explicação do risco que o equipamento prote- ge. Por exemplo, os cintos de segurança devem ser utilizados para a prote- ção contra quedas e alturas superiores a dois metros. PRATICANDO Faça um levantamento dos EPIs que são utilizados em sua empresa. Verifi- que para quais riscos do seu ambiente de trabalho eles protegem. Segundo o primeiro parágrafo do artigo 19, da Lei n. 8.213/91, as em- presas são obrigadas a fornecer os equipamentos de proteção individual. Por outro lado, o uso do equipamento por parte do colaborador também é obrigatório sempre que os riscos não forem eliminados com o uso de Equi- pamentos de Proteção Coletiva (EPCs). Mas o que são os Equipamentos de Proteção Coletiva? Dê sequência aos seus estudos e aprenda sobre os EPCs! EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) são dispositivos utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos. Como o nome diz, são equipamentos de proteção coletiva e são utilizados para reduzir os riscos de acidentes. Por exemplo, um equipamento que emite muito ruído pode ser enclau- surado acusticamente. Esse equipamento pode ser fechado dentro de uma câmara com isolação acústica com a finalidade de reduzir o nível de ruído no local de trabalho. Acompanhe, na sequência, uma lista com os principais Equipamentos de Proteção Coletiva. TIPO DE EPC IMAGEM ILUSTRATIVA DESCRIÇÃO DO TIPO DE PROTEÇÃO Enclausura- mento acústico de fontes de ruído am pl itu de ac us tic a. co m .b r ( 20 15 ) Este EPC é usado para diminuir o ruído gerado por um determinado equipa- mento. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 23 Ventilação dos locais de trabalho so la st er (2 01 5) É utilizado para garantir a circulação de ar em ambientes quentes ou mesmo ambientes poluídos com gases, fumos e poeira. Proteção de partes móveis de máquinas W ag ne r N as ci m en to (2 01 5) São usadas para garantir que partes móveis de máquinas não fiquem expostas. Essas proteções evitam que o colaborador prenda partes de seu corpo nas máquinas. Exaustores para gases e vapores im an ts u ([2 0- -? ]) Os exaustores servem para sugar gases e vapores de ambientes fechados. Tela / grade para proteção de polias, peças ou engrenagens móveis em ei nd (2 01 5) Tem a mesma função das proteções de partes móveis de máquinas. Ar-condiciona- do/aquecedor para locais frios Ja re k Jo ep er a ([2 0- -? ]) São utilizados para garantir um padrão fisiologicamente aceitável de tempera- tura para a execução do trabalho. Sinalização de segurança Th in ks to ck ([ 20 --? ]) A sinalização de segurança serve para apontar de forma visual os perigos de um ambiente de trabalho. Também é utilizada para delimitar áreas seguras de circulação de pessoas com a demarcação de corredores. Corrimão An to ni oG ui lle m ([ 20 --? ]) Serve como ponto de apoio para evitar quedas em escadas. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO24 Fitas antider- rapantes de degrau de escada Fo oT To o ([2 0- -? ]) As fitas antiderrapantes servem para ser colocadas em pisos e escadas para evitar escorregões acidentais. Iluminação hx db zx y ([2 0- -? ]) Visa a atender os limites aceitáveis de iluminação para a execução do trabalho. Piso antiderra- pante an _p op ([ 20 --? ]) Visa a evitar escorregões e quedas na área protegida. Guarda-corpos ar te in ox cu rit ib a (2 01 5) O guarda-corpos oferece uma barreira em uma altura mínima para que uma pessoa não corra o risco de cair de uma determinada altura. Sirene de alar- me incêndio M el B ed gg oo d ([2 0- -? ]) A sirene de alarme de incêndio é ligada a um dispositivo de disparo, manual ou automático e serve para sinalizar uma emergência. Cabines para pintura ST K (2 01 5) As cabines para pintura servem para limitar a área contaminada com tinta nos processos de pintura. Algumas cabines são dotadas de equipamentos que retiram a tinta do ar como exausto- res, filtros e barreiras de água. Quadro 2 - Equipamentos de Proteção Coletiva Fonte: Adaptado do Portal da Educação (2013) O quadro mostra uma variedade de equipamentos de proteção coletiva. Esses são os mais comuns, no entanto, existe uma infinidade de equipa- mentos para os mais variados tipos de riscos. A aplicação correta dos EPCs pode eliminar um risco do ambiente de trabalho, tornando o uso de deter- minado EPI desnecessário. Um exemplo disso é um armazém que tem o transito de empilhadeiras a gás. Se a exaustão do local for eficiente, o uso de máscaras de proteção é desnecessário. Na sequência, aprenda quais as orientações para prevenção de aciden- tes. Siga em frente! SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 25 1.1.4. ORIENTAÇÕES DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES Você estudou sobre acidentes, riscos e agentes agressores a saúde. Mas, será que é possível prevenir-se desses riscos? Claro que sim! No entanto, para se prevenir de acidentes do trabalho, é preciso seguir orientações. Aprenda essas orientações na sequência de seus estudos. MAPA DE RISCOS Mapa de Risco é uma representação gráfica que tem o objetivo de apre- sentar de forma simples e padronizada os riscos presentes no ambiente de trabalho (ZOCCHIO, 2002). É apresentado de acordo com o layout do local analisado através de cír- culos com cores diferentes, de acordo com o nível dos riscos e com as cores correspondentes a eles. A legenda apresenta os riscos associados às cores.Já o tamanho dos cír- culos no mapa representa a intensidade ou o tamanho do risco na área. 2P Administração 4P CPD 5P Almoxarifado 2P WC Jardim Linha de montagem 15P Refeitório Recepção Tornearia e soldagem 18P Depósito 6P Cozinha 5P Dispensa Riscos físicos Riscos químicos Riscos biológicos Riscos ergonômicos Riscos de acidentes Lu iz M en eg he l ( 20 15 ) Figura 1 - Representação de um Mapa de Riscos simplificado Fonte: Adaptado de Zocchio (2002) O mapa de riscos serve para mostrar quais são os riscos presentes nas áreas abrangidas pelo mapa. O mapa também visa a conscientizar as pes- soas sobre esses riscos. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO26 INSPEÇÕES DE SEGURANÇA As inspeções de segurança são procedimentos avaliativos e investigati- vos sobre determinados serviços, ambientes ou produtos. Elas visam à de- tecção de possíveis riscos que possam ocasionar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. (ZOCCHIO, 2002). ? PERGUNTA Mas quais os objetivos das inspeções de segurança? Entre os principais objetivos da inspeção de segurança, estão: ■ detecção dos riscos que possam contribuir para a ocorrência de aci- dentes de trabalho e doenças ocupacionais; ■ redução do número de acidentes de trabalho e doenças ocupacio- nais; ■ elevação do interesse dos trabalhadores pelas questões de seguran- ça e saúde do trabalho; ■ diminuição da ocorrência de danos ao patrimônio físico da empresa; ■ redução dos encargos trabalhistas e previdenciários. Existem cinco tipos de inspeção de segurança. Aprenda quais são os tipos distintos observando o quadro a seguir. TIPOS DE INSPEÇÃO DESCRIÇÃO DA INSPEÇÃO Inspeção de Rotina Esta inspeção deve ser diária ou sempre que um determinado procedimento a exigir. Um exemplo deste tipo de inspeção é a checklist que um piloto faz antes de decolar um avião. Inspeção Periódica A inspeção periódica é realizada em períodos e locais preesta- belecidos, podendo ser realizada em intervalos regulares de tempo, como semanal, mensal ou anual. A verificação periódica das pastilhas de freio de um carro é um exemplo deste tipo de inspeção. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 27 Inspeção Especial A inspeção especial é realizada somente em casos especiais, fora do comum. É uma inspeção bastante técnica e deve ser executada por pessoal capacitado. Um exemplo de inspeção especial são as grandes caldeiras pressurizadas que só podem ser executada por pessoal especializado. Inspeção Eventual É um tipo de inspeção realizada em local e período não prede- terminado. Pode acontecer a qualquer momento para garantir a segurança de um posto de trabalho ou equipamento. Inspeção Oficial É a inspeção realizada pelos agentes dos órgãos oficiais. Por exemplo: Bombeiros, Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Vigilância Sanitária e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Quadro 3 - Tipos de Inspeção Fonte: Adaptado de Zocchio (2002) As inspeções pretendem determinar as medidas preventivas e corretivas para eliminação ou minimização desses riscos. Na sequência, estude sobre o Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI). PLANO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS (PPCI) O PPCI foi criado pelo corpo de bombeiros e é exigido por órgãos públicos para qualquer imóvel, a fim de proporcionar maior segurança às pessoas. Esse mesmo plano é utilizado para os diversos imóveis, desde os residen- ciais até os industriais. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO28 U la dz im ir Ch ab er ku s ( [2 0- -? ]) O PPCI é regulamentado pela Norma Reguladora 23 – Proteção Contra Incêndios – e sua finalidade é garantir itens básicos de segurança contra incêndios. O PPCI regulamenta, por exemplo, o número mínimo de saídas de emergência, equipamentos suficientes e treinamento para combate a incêndios. FIQUE POR DENTRO Algumas regras são universais, tais como as regras em caso de incêndio e emergências. No site Reta Safety, você encontra várias dicas de como se portar em caso de incêndios e situações de pânico. Disponível em: <http://www.retasafety.com.br/informacoes-dicas.html>. Acesso em: 29 dez. 2014. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) O PPRA visa à identificação dos riscos ambientais e à tomada de decisão para a contenção desses riscos. O plano está dividido em quatro fases: an- tecipação dos riscos, reconhecimento dos riscos, controle e avaliação dos riscos ambientais (BARBOSA FILHO 2011). O PPRA está em conformidade com a NR 9. Este programa deve ser elabo- rado pelo setor de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, caso a empresa o tenha. Se por ventura a empresa for desobrigada de manter esse departamento, o PPRA pode ser elaborado por empresas terceirizadas especializadas na elaboração e aplicação de PPRA. O quadro a seguir traz exemplos de riscos ambientais, acompanhe: As Normas Regula- mentadoras são ela- boradas pelo Minis- tério de Trabalho e Emprego (MTE). Essas normas foram criadas a fim de promover saúde e segurança do trabalho na empresa. Uma das principais funções das NRs é ga- rantir o cumprimento da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e também para deta- lhá-la. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 29 RISCOS AMBIENTAIS GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V AGENTES QUÍMICOS AGENTES FÍSICOS AGENTES BIOLÓGICOS AGENTES ERGONÔMICOS AGENTES MECÂNICOS Poeira Ruído Vírus Trabalho físico pesado Arranjo físico defi- ciente Fumos Metálicos Vibração Bactéria Posturas incor- retas Máquinas sem proteção Névoas Radiação ionizante e não ionizante Protozoários Treinamento inadequado, inexistente Matéria-prima fora de especificação Vapores Pressões anor- mais Fungos Jornadas prolon- gadas de trabalho Equipamentos inadequados, defeituosos ou inexistentes Gases Temperatura extremas Bacilos Trabalho noturno Ferramentas defei- tuosas, inadequa- das ou inexistentes Produtos quími- cos em geral Frio Calos Parasitas Responsabilidade e conflito Tensões emocio- nais Iluminação defi- ciente Eletricidade Substâncias, compostos ou produtos quími- cos em geral Umidade Insetos, cobras, aranhas etc Desconforto Monotonia Incêndio Edificações Armazenamento outros outros outros outros Outros VERMELHO VERDE MARROM AMARELO AZUL Quadro 4 - Riscos ambientais Fonte: Adaptado de Brasil (2014) Perceba que no quadro anterior os riscos são divididos em grupos, sen- do os riscos ambientais os grupos I (vermelho), II (verde), III (marrom) e IV (amarelo). Eles representam os agentes químicos, físicos, biológicos e SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO30 ergonômicos, respectivamente. Agora, se você analisar coluna a coluna, encontrará cada risco ambiental. Por exemplo, os insetos estão na coluna do grupo III, são agentes biológicos. PRATICANDO Faça um levantamento dos riscos ambientais do seu local de trabalho e procure identificar medidas para eliminar ou minimizar esses riscos. Utilize o quadro dos riscos ambientais como referência. O PPRA deve ser visto como um programa de ação contra os riscos am- bientais e não é apenas um documento que deve estar à disposição da fis- calização. O PPRA é um plano das iniciativas para reduzir a exposição dos trabalhadores aos riscos nos processos. 1.1.5. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO TRABALHO E NORMAS REGULAMENTADORAS Dando sequência aos seus estudos sobre Saúde e Segurança do trabalha- dor, você aprenderá sobre os procedimentos de segurança no trabalho e as normas regulamentadoras. Siga em frente! PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO TRABALHO As empresas podem elaborar os procedimentos básicos de segurança no trabalho. Esses procedimentos podem variar de acordo com a atividade exercida. Normalmente, são escritos com base em normas padronizadas de segurança no trabalho. Os procedimentos de segurança procedimentos têm o objetivo de assegurar a integridade física dos fun- cionários durante o exercício de suas atividades la- borais, além de favorecer uma cultura decomporta- mento seguro. Estes procedimentos podem fazer parte do regulamento interno e seu objetivo principal é o de diminuir os riscos de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais, garantindo uma melhor qualidade de vida do tra- balhador. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 31 Os procedimentos de segurança podem ser escritos pela área de segu- rança do trabalho, pelo fabricante de um equipamento – quando este for o instrumento de trabalho – ou por um especialista no processo onde o trabalho está sendo executado. O procedimento pode ser apresentado como uma simples checklist de atividades. Na sequência, você poderá observar um exemplo de checklist de segu- rança empregado em uma máquina de solda. Check – Máquina de solda Código: SEG-NWN/12 Folha: 1/1 Revisão: 00 Itens a serem observados Cabos elétricos Alicate terra Alicate eletrodo Chave coltagem Carcaça máquina em bom estado A máquina tem rodas, se tem estão em bom estado O equipamento está aterrado Porta eletrodos Soldador é qualificado Biombos sem proteção Fios, pinças e alicates livres de óleo, graxas ou umidade Máscaras de solda articulada com lente de acordo com a luminosidade etc. Perneiras de raspa Avental de raspa Mangotes de raspa Máscara semifacial PFF2 para fumos de solda Trabalhador treinado quanto aos riscos do trabalho e uso de EPI Existem trabalhadores aptos a usar o extintor em todos os turnos de trabalho Existe algum extintor nas proximidades C NC P NA Legenda C = conforme NC = Não conforme P = Parcialmente NA = Não se aplica Setor: Empresa: Observações: Nome Cargo Visto Data / / Lu iz M en eg he l ( 20 15 ) Figura 2 - Checklist de segurança Fonte: Segurança do Trabalho (s.d) Note que os itens de segurança a serem verificados vão desde itens bási- cos como a integridade da máquina até a certificação do operador (que vai utilizar o equipamento), se este conhece os riscos e as formas de proteção. Dando sequência aos seus estudos sobre Segurança no Trabalho, apren- da sobre as normas que regulamentam a proteção do trabalhador. CHECKLIST É uma lista com várias atividades a serem executadas ou verifi- cadas, como um pro- cedimento operacio- nal ou mesmo como um manual de instru- ções. (ZOCCHIO, 2002, p. 182). SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO32 NORMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO As normas de segurança do trabalho estabelecem procedimentos de se- gurança, visando a garantir a segurança do trabalho nas empresas e insti- tuições. Normas Regulamentadoras (NRs) As Normas Regulamentadoras são elaboradas pelo Ministério de Traba- lho e Emprego (MTE). Essas normas foram criadas a fim de promover saúde e segurança do trabalho na empresa. Uma das principais funções das NRs é garantir o cumprimento da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e tam- bém para detalhá-la. Vamos conhecer a lista de Normas? N. DA NR TEMA DA NR N. DA NR TEMA DA NR NR 01 Disposições Gerais NR 19 Explosivos NR 02 Inspeção Prévia NR 20 Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis NR 03 Embargo ou Interdição NR 21 Trabalho a Céu Aberto NR 04 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração NR 05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes NR 23 Proteção Contra Incêndios NR 06 Equipamentos de Proteção Individual - EPI NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR 07 Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO NR 25 Resíduos Industriais NR 08 Edificações NR 26 Sinalização de Segurança NR 09 Programas de Prevenção de Riscos Ambien- tais NR 27 Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008 - Registro Profissional do Téc- nico de Segurança do Trabalho no MTB NR 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 28 Fiscalização e Penalidades NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR 29 Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos NR 30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NR 13 Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações NR 31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 33 NR 14 Fornos NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde NR 15 Atividades e Operações Insalubres NR 33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados NR 16 Atividades e Operações Perigosas NR 34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval NR 17 Ergonomia NR 35 Trabalho em Altura NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NR 36 Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados Quadro 5 - Normas Regulamentadoras – NRs Fonte: Adaptado de Ministério do Trabalho (s.d) FIQUE POR DENTRO O Ministério do Trabalho e Emprego mantém a lista das NRs atualizadas e publicadas em sua página da internet. As normas estão disponíveis em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 23 nov. 2014. OHSAS 18001 A OHSAS 18001 é uma norma de caráter preventivo que visa à redução e controle dos riscos no ambiente de trabalho. A OHSAS 18001 estabelece os requisitos para Sistemas de Gestão da Saú- de e Segurança do Trabalho. Veja os itens principais da norma que uma organização deverá atender, segundo o Portal total Qualidade: ■ estabelecer uma Política de Saúde e Segurança do Trabalho (SST); ■ identificar perigos, avaliação de riscos e determinação de medidas de controle; ■ atender a legislação de SST; ■ estabelecer objetivos e programas de SST. ■ definir recursos, responsabilidades e autoridade para as atividades ligadas a SST; ■ definir competência e treinamento necessários aos colaboradores; ■ estabelecer mecanismos para comunicação, participação e consulta SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO34 a partes interessadas; ■ desenvolver e implementar a documentação do seu Sistema de Ges- tão de SST; ■ estabelecer controle de documentos e registros; ■ estabelecer métodos de controle operacional; ■ estabelecer métodos de resposta a emergências; ■ medir e monitorar o desempenho de SST; ■ estabelecer métodos para avaliar incidentes, não conformidades, ações corretivas e preventivas; ■ estabelecer um processo de auditoria interna e análises críticas pela direção. Você acabou de conhecer as normas que regulamentam e promovem a saúde e segurança do trabalho na empresa, agora chegou a hora de estu- dar sobre Saúde Ocupacional. Vamos lá?! 1.2. SAÚDE OCUPACIONAL Saúde Ocupacional é uma área da saúde que cuida da saúde do trabalha- dor. Este é o seu próximo tema de estudo! 1.2.1. SAÚDE OCUPACIONAL: CONCEITO Como foi dito, a Saúde Ocupacional é uma área da saúde que cuida da saúde do trabalhador. Essa área olha especialmente para a prevenção de doenças ou problemas que possam ser gerados pelo trabalho e seu obje- tivo é promover o bem-estar tanto físico quanto mental e social dos traba- lhadores no exercício de suas ocupações. (BARBOSA FILHO (2011). A saúde ocupacional não se limita apenas a cuidar das condições físicas do trabalhador, já que também trata da questão psicológica. Para os em- pregadores, a saúde ocupacional supõe um apoio ao aperfeiçoamento do funcionário e à conservação da sua capacidade de trabalho. Todas as empresas com mais de um funcionário têm a obrigação de manter um Programa de Controle Médi- co e Saúde Ocupacional (PCMSO). Este programa tem uma série de documentos padronizados para registro e acompanhamento da evolução das condições físicas dos trabalhadores. Esses documentos devem ser elaborados por profissionais competentes, pertencentes à empresa ou terceirizados. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 35 M im aC Z ([2 0- -? ]) O PCMSO está presente na NR 7 e também é respaldado pela Convenção 161 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), conhecida como Con- vençãosobre os Serviços de Saúde no Trabalho, respeitando os princípios éticos, morais e técnicos. 1.2.2. EXPOSIÇÃO AO RISCO Você aprendeu os agentes agressores e como combatê-los, não é mes- mo? Na sequência, poderá complementar seus conhecimentos sobre o tema, aprendendo sobre os riscos ocupacionais e a exposição a esses riscos. ? PERGUNTA No entanto, o que são riscos ocupacionais? Os riscos ocupacionais são os perigos que incidem sobre a saúde huma- na. Neste caso, os riscos sobre o trabalhador. Eles podem afetar o bem-es- tar dos trabalhadores que exercem determinadas profissões. Embora sejam feitos esforços para minimizar estes riscos no trabalho, eles sempre continuaram presentes em todos os ramos de negócios, sejam eles administrativos, industriais, comerciais e demais ambientes profissio- nais. (BARSANO; BARBOSA, 2014). SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO36 Reconhecer os riscos ocupacionais é o primeiro pas- so para elaborar e implementar programas de segu- rança do trabalho e redução de riscos, onde o foco é manter a qualidade de vida dos trabalhadores, espe- cialmente os que atuam em locais insalubres, como na indústria de mineração ou no setor elétrico. A exposição está diretamente relacionada ao trabalhador. O controle des- ta exposição deve ser feito através de educação, treinamento e uso de EPIs. m ad y7 0 [(2 0- -? ]) Além de todas as capacitações, EPIs e EPCs que o trabalhador recebe para trabalhar de forma segura, ele também precisa ficar atento ao com- portamento seguro. O comportamento seguro nada mais é do que a uti- lização correta dos equipamentos e ferramentas, seguir com atenção os procedimentos de segurança e agir com cautela sempre que houver riscos. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 37 1.2.3. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO A Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV [s.d]) afirma que a “qualidade de vida no trabalho refere-se ao nível de felicidade ou insatis- fação com a própria carreira”. Assim, se uma pessoa gosta do que faz, ela têm uma alta qualidade de vida no trabalho, enquanto aqueles que são infelizes ou cujas necessidades não são preenchidas, de alguma forma, são considerados com uma baixa qualidade de vida no trabalho. Sobre esse assunto, é possível acrescentar alguns pontos relacionados à saúde e à administração do estresse, fatores que também influenciam a qualidade de vida no trabalho. O fato é que uma baixa qualidade de vida no trabalho influencia direta- mente no desempenho profissional. Esse baixo desempenho pode trazer consequências como a dificuldade de ascensão na carreira e pode ocasio- nar até mesmo a demissão do profissional. FIQUE POR DENTRO O Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) lista uma série de dicas para au- mentar a qualidade de vida no trabalho. Você pode acessar essas dicas no endereço disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre- coaching/rh-e-gestao-de-pessoas/qualidade-de-vida-no-trabalho-dicas- -e-conceitos/>. Acesso em: 12 fev. 2015. Você aprendeu neste capítulo aspectos da Saúde e Segurança do Traba- lho. Na sequência de seus estudos, você aprenderá sobre o Meio Ambiente e a Sustentabilidade. Siga em frente e bons estudos! SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO38 RESUMINDO S a ú d e e s e g u ra n ça n o T ra b a lh o A ci d e n te s d e t ra b a lh o N o rm a s d e S e g u ra n ça d o T ra b a lh o C o m p o rt a m e n to s e g u ro Q u a li d a d e d e v id a n o t ra b a lh o S a ú d e o cu p a ci o n a l O ri e n ta çã o p a ra p re v e n çã o d e a ci d e n te s A g e n te s a g re ss o re s à s a ú d e C o n ce it o s T ip o s T íp ic o D e tr a je to D o en ça s P ro fi ss io n a is E q u ip a m e n to s d e P ro te çã o E P I E P C C a p a ce te s, p ro te to re s a u ri cu la re s, lu va s, v es ti m en ta s et c. S in a li za çã o d e se g u ra n ça , ve n ti la çã o fo rç a d a , p ro te çã o d e p a rt es m ó ve is . M a n u a is d e eq u ip a m en to s C h ec kl is ts d e in íc io d e a ti vi d a d e C h ec kl is ts d e se g u ra n ça P ro ce d im e n to s d e s e g u ra n ça d o t ra b a lh o N rs O S H A S 1 8 0 0 1 A g e n te s fí si co s A g e n te s q u ím ic o s A g e n te s b io ló g ic o s A g e n te s e rg o n ô m ic o s R is co s d e a ci d e n te s R u íd o s, v ib ra çõ es , f ri o , ca lo r, r a d ia çõ es M ic ro -o rg a n is m o s, v ír u s, b a ct ér ia s, fu n go s P o st u ra s in a d eq u a d a s, es fo rç o s re p et it iv o s M a p a d e r is co s In sp e çõ e s d e S e g u ra n ça P re v e n çã o e c o m b a te a in cê n d io P P R A In sp eç ã o d e ro ti n a In sp eç ã o p er ió d ic a In sp eç ã o e sp ec ia l In sp eç ã o o fi ci a l P P C I A n te ci p a çã o d o s ri sc o s R ec o n h ec im en to d o s ri sc o s C o n tr o le d o s ri sc o s A va li a çã o d o s ri sc o s P C M S O C o n ce it o E x p o si çã o a o s ri sc o s o cu p a ci o n a is C u id a d o s co m a s a ú d e A d m in is tr a çã o d o e st re ss e C a ra ct e rí st ic a s Lu iz M en eg he l ( 20 15 ) 39 MEIO AMBIENTE • QUALIDADE AMBIENTAL • SUSTENTABILIDADE CAPÍTULO 2 QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 41 2.1. QUALIDADE AMBIENTAL “Qualidade ambiental é o estado das condições do meio ambiente, expressas em termos de indicadores ou índices relacionados com os padrões de qualidade ambiental”, este é o conceito apresentado pelo Glossary of Environment Statistics (1997). O meio ambiente é composto de muitas variáveis como florestas, ani- mais, cidades. O ser humano é somente uma delas. A qualidade ambiental pode ser seriamente afetada pelo modo como nos comportamos em rela- ção ao meio ambiente. Na sequência, aprenda como o ser humano pode interferir nos índices de qualidade ambiental. 2.1.1. O SER HUMANO E O MEIO AMBIENTE O meio ambiente é constituído por água, terra, ar, vegetais, seres huma- nos e animais e pode ser muito variado. Por exemplo, um jardim pode ser o meio ambiente de uma formiga. Já o meio ambiente do ser humano é a cidade onde ele vive. vi ol et ka ip a ([2 0- -? ]) As ações tomadas por todos os indivíduos refletem no meio ambiente. Por exemplo, uma cidade com forte emissão de poluentes, com várias in- dústrias e muitos carros, pode ter uma qualidade do ar baixa. Já, uma cida- de bem arborizada e com menos emissão de poluentes provavelmente terá uma melhor qualidade do ar. Para uma melhor qualidade ambiental, devemos buscar o equilíbrio na utilização dos nossos recursos, sejam eles os naturais ou artificiais. É pensando em uma melhor qualidade ambiental que se deve tomar ações para proteger o meio ambiente. Prevenir a poluição ambiental é, portanto, necessário para atingirmos altos índices de qualidade ambien- tal. Glossary of Environ- ment Statistics é uma publicação da Organi- zação das Nações Uni- das (ONU) que serve como ferramenta de referência rápida para os termos e as defini- ções relevantes e para a produção de dados ambientais. (UNITED NATIONS, 1997). Recursos naturais – são elementos da na- tureza que o homem pode utilizar no pro- cesso de desenvolvi- mento. Recursos artificiais – são todos aqueles que são artificiais, por exemplo o papel. Ele não existe pronto na natureza. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO42 2.1.2. PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL Polluere, do latim, significa sujar, corromper, profanar. Poluição deriva dessa palavra latina e é qualquer alteração das características originais do ambiente, sendo capaz de prejudicar os seresvivos que nele habitam. hx db zx y ([2 0- -? ]) No meio ambiente, a poluição ocorre não só quando substâncias tóxicas e micro-organismos patogênicos são lançados no ambiente, mas também quando os recursos naturais são usados de forma não sustentável. A polui- ção dos recursos naturais como a água e o ar resulta em prejuízos à saúde do ser humano. ? PERGUNTA Você sabe como evitar a poluição ambiental? É possível evitar a poluição ambiental utilizando os recursos naturais de forma racional e minimizando a quantidade de substâncias tóxicas lança- das no meio ambiente. As políticas ambientais vigentes prevêem multas pesadas para empresas que descartam ou liberam substâncias tóxicas no meio ambiente. O resul- tado é o investimento por parte dessas empresas na instalação de filtros para reduzir a emissão de gases e partículas no ar, a implantação de sis- temas de tratamento de efluentes e até reciclagem de água para reuso e devolução aos rios (BRASIL, 2010). PATOGÊNICOS Organismos microscó- picos como bactérias, fungos e vírus, que provocam ou podem provocar uma doença direta ou indireta. QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 43 Existem poucas as políticas que tratam do indivíduo, penalizando as pes- soas por pequenas práticas que fazem mal ao meio ambiente. Ficam para os indivíduos, as campanhas de conscientização da preservação do meio ambiente. 2.1.3. AQUECIMENTO GLOBAL Você já ouviu falar em aquecimento global? A energia proveniente do sol atravessa o espaço, passando pela atmos- fera terrestre em forma de radiação. Essa radiação se transforma em calor quando entra em contato com a Terra. Ela aquece o planeta e sua atmos- fera, fornecendo as condições necessárias para a manutenção da vida no planeta. Ro y Fl oo ks ([ 20 --? ]) Quando é queimado combustíveis, por exemplo, nos motores de au- tomóveis e indústrias, queimadas em florestas etc., é gerado uma gran- de quantidade de gás carbônico. Este gás é liberado para o ar e age, na atmosfera, como uma barreira, como se fosse uma estufa de plantas, que deixa a radiação do sol entrar, retendo o calor na superfície ter- restre. Esse fenômeno é chamado de efeito estufa e aumenta grada- tivamente a temperatura do planeta (POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA, [s.d]). SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO44 Bk am pr at h ([2 0- -? ]) O aumento da temperatura do planeta provoca alterações climáticas que afetam a agricultura e os ecossistemas. REFLITA O que você tem feito para evitar o aquecimento global? Você vai ouvir falar, ou já ouviu em algum lugar, que o maior agressor do meio ambiente é o ser humano, que utiliza mal os recursos do planeta. Isso é verdade, nós somos os responsáveis por grande parte da poluição. Por isso, as ações de preservação devem partir de nós mesmos se quisermos termos qualidade ambiental. Na sequência, você aprenderá formas de pre- servação do meio ambiente. 2.2. MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE Com o passar do tempo, o ser humano se desenvolveu, fixou residência e começou a aumentar os impactos de suas ações sobre o meio ambiente. Nesse processo de desenvolvimento, foram construídas cidades, criadas máquinas e o ser humano se tornou especialistas em poluir. Após muito tempo, a humanidade começou a entender que era preciso agir de formas atitudes mais sustentáveis, em uma tentativa de proteger inclusive a vida humana. A seguir, você conhecerá um pouco mais sobre algumas práticas e ações para que a sustentabilidade ambiental seja al- cançada. Acompanhe! SUSTENTABILIDADE Vem do verbo susten- tar, que significa man- ter, manter-se. (SIGNI- FICADOS, [s.d]). QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 45 2.2.1. DESCARTE DE RESÍDUOS Já ouviu falar em resíduo? Os resíduos comumente são chamados de lixo. Eles são classificados em resíduos sólidos urbanos, resíduos industriais, re- síduos hospitalares e resíduos agrícolas. Cada um desses resíduos é gerado de uma forma diferente e, da mesma forma, necessitam de tratamento di- ferenciado (CONSERVAÇÃO AMBIENTAL PARA ENSINO MÉDIO, [s.d]). Na sequência, você acompanhará um quadro que divide os tipos de resí- duos de acordo com a fonte e o tratamento adequado. Acompanhe. TIPOS DE RESÍDUOS FONTES RESÍDUOS GERADOS TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL Resíduo Sóli- do Urbano Residência, empresas, comércios e escolas Sobras de alimentos, lixo de banheiro, embalagens de papel, metal, vidro, plástico, isopor, pilhas, eletrônicos, baterias, Fraldas, entre outros. ■ Aterro sanitário. ■ Reciclagem. ■ Compostagem. Resíduo Industrial Indústria Plástico, papel, madeira, metal, cinza, lodo, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, efluentes, entre outros. ■ ETAE (Estação de Tratamento de Água e Efluentes). ■ Reciclagem. ■ Aterro sanitário. ■ Aterro industrial. Resíduo Hospitalar Hospitais, clínicas, laboratórios etc. Biológicos: sangue, tecidos, resí- duos de análises clínicas etc. Químicos: medicamentos ven- cidos, termômetros e objetos cortantes. Radioativos. Comuns: Não contaminados, papeis, plásticos, vidros, emba- lagens, entre outros. ■ Incineração. ■ Aterro Sanitário. ■ Reciclagem. ■ Outros específicos: vala séptica, micro- -ondas e autoclave. Resíduo Agrícola Agricultura Embalagens de medicamentos veterinários e de agrotóxicos, plásticos, pneus e óleo usados. Central de embala- gens vazias do Inpev (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias). Quadro 6 - Tipos de resíduos de acordo com a fonte e o tratamento adequado Fonte: Adaptado de Jacobi e Besen (2011) O quadro anterior relaciona o tipo de resíduo com a sua fonte. Descreve brevemente quais são os resíduos gerados e qual o tratamento e disposi- ção final do resíduo. Por exemplo, um resíduo industrial é gerado pela indústria. Seguindo a mesma linha da Indústria na tabela, se este resíduo for um plástico, ele deve ser destinado à reciclagem. Se for um efluente, deve ser destinado à uma estação de tratamento de águas e efluentes - ETAE. RESÍDUO É tudo aquilo não aproveitado nas ati- vidades humanas, proveniente das in- dústrias, comércios e residências (CONSER- VAÇÃO AMBIENTAL PARA ENSINO MÉDIO, [s.d]). LIXO É um sinônimo para resíduo. COMPOSTAGEM Processo biológico em que os micro-orga- nismos transformam a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de co- mida, num material semelhante ao solo (PROCESSO DE COM- POSTAGEM, [s.d]). VALA SÉPTICA Método de destinação final específico para o aterramento da fra- ção infectante dos resíduos sólidos hos- pitalares. Consiste em valas escavadas em lo- cal isolado no aterro, revestidas por mate- rial impermeável que recebem os resíduos de saúde e logo após uma cobertura de solo (CCIH, [200]). SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO46 Atenção ao próximo tema! A separação de resíduos para posterior reci- clagem é uma ação simples, mas que contribui muito para a sustentabili- dade ambiental. 2.2.2. RECICLAGEM DE RESÍDUOS Conceitualmente a reciclagem é o processo de transformação de um re- síduo, trazendo-o para sua forma original possibilitando que seja utilizado novamente na fabricação de produtos iguais ou qualquer outro. (BARBOSA FILHO, 2011). Portanto, reciclar é diferente de reutilizar. Reutili- zar significa que o material vai ser usado novamente sem passar por um processo de transformação, como na reciclagem. Acompanhe, na sequência, o processo de utilização e reciclagem das la- tas de alumínio. 1-O consumidor compra os produtos em embalagens de alumínio. 2-Depois de usada, a lata de alumínio vazia é coletada. 3-As latas são encaminhadas a centros de Processamento para uma pré-limpeza. 4- Onde são prensadas em fardos para facilitar o transporte. 5-Em seguida, as latas chegam ao centro de Reciclagem, onde passam por um processo de limpeza e, em fornos especiais, voltam a ser líquido. 6-O metal é encaminhado à fundição, onde é transformado em grandes placas. 7-Asplacas passam por um processo chamados de laminação e se transformam em bobinas de alumínio. 8-As bobinas são utilizadas para fazer novas latas de alumínio. 9-Na fábrica de bebida, as latas de alumínio passam novamente pelo processo de enchimento. 10-Mais uma vez as latas de alumínio são distribuídas aos pontos de venda (supermercados, bares, restaurantes etc.) Lu iz M en eg he l ( 20 15 ) Figura 3 - Reciclagem de latas de alumínio Fonte: Blog N2W (2012) QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 47 FIQUE POR DENTRO No que diz respeito à reciclagem das latas de alumínio, o Brasil é o campeão mundial, reciclando aproximadamente 97,9% do volume produzido! Esses dados foram levantados pela Associação Brasileira do Alumínio e se referem ao ano de 2012. Para aprender mais sobre esse tema, acesse o site da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), disponível em: <http:// www.abal.org.br/noticias/lista-noticia/integra-noticia/?id=1170>. Acesso em: 09 fev. 2015. A reciclagem, sob o ponto de vista ambiental, traz uma série de bene- fícios como, por exemplo, reduzir a quantidade de resíduos acumulados, reduzir a utilização de recursos naturais e o consumo de energia. 2.2.3. USO RACIONAL DE RECURSOS E ENERGIAS DISPONÍVEIS O uso racional de recursos e energias disponíveis significa utilizar somen- te o necessário de um determinado recurso. Ed i_ Ec o ([2 0- -? ]) RACIONAL A palavra racional nos remete à razão. O uso racional significa usar com razão, com pre- cisão. (Caldas Aulete, [s.d]). SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO48 ? PERGUNTA Você já parou para pensar por que é tão importante economizar energia elétrica, por exemplo? Na verdade, economizar determinado recurso, como, por exemplo, água, energia elétrica, significa preservar o meio ambiente. Assim, utilizar menos dos recursos oferecidos pelo nosso planeta contribui para a preservação ambiental. FIQUE POR DENTRO Quer aprender como conservar a energia elétrica no seu local de trabalho? A Eletrobrás desenvolveu um manual para a conservação de energia em prédios públicos. Os conceitos inseridos no manual podem ser utilizados em qualquer lugar! O manual está disponível em: <http://www.mma.gov.br/images/ arquivo/80063/manual_PROCEL_orientacoes_gerais_predios_publicos. pdf>. Acesso em: 01 fev. 2014. Agora que você já aprendeu sobre o uso racional de energia disponível, aprenderá sobre as energias renováveis. Você sabe o que são energias re- nováveis? Siga em frente e aprenda mais sobre esse assunto! 2.2.4. ENERGIAS RENOVÁVEIS Energias renováveis são todas aquelas que são naturalmente reabaste- cidas. Exemplos de energia renováveis: luz solar, ventos, chuvas, marés, energia geotérmica. Segundo o Renewables 2010 Global Status Report, em 2008, cerca de 19% da energia produzida no mundo veio de fontes renováveis. Dessa energia, 13% vieram da queima de biomassa, 3,2% provenientes da hidroeletricida- de e aproximadamente 2,7% das novas fontes de energia, como a solar e a eólica. Apesar de pequeno, o volume de energia das novas fontes vem crescen- do no mundo todo. No Brasil, já existem políticas que incentivam a geração de energia destas novas fontes, através de investimentos na criação de par- ques eólicos, por exemplo. ENERGIA GEOTÉRMICA É uma energia caracte- rizada pelo calor pro- veniente da Terra, é gerada a menos de 64 quilômetros da super- fície terrestre, em uma camada de rochas, chamada magma, que chega a atingir até 6.000°C. Geo sig- nifica terra e térmica corresponde a calor, portanto, geotérmica é a energia calorífica oriunda da terra. (BRA- SIL ESCOLA, [s.d.]). BIOMASSA Derivados recentes de organismos vivos, o que exclui carvão e petróleo. (USINA ECOELÉTRICA, [s.d]). QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 49 Go ve rn o do E st ad o do R S (2 01 5) Acrescentar a palavra ambiental, após sustentabilidade. Você sabe o que é sustentabilidade ambiental? Fique atento ao próximo tema de estudo e aprenda mais sobre a sustentabilidade e o meio ambien- te! Siga em frente! 2.2.5. RESPONSABILIDADES SOCIOAMBIENTAIS Nos últimos anos, a sociedade avançou quando o assunto é conscienti- zação ambiental. No entanto, apesar das inúmeras discussões sobre efeito estufa, reaproveitamento e reciclagem de materiais e uso racional dos re- cursos, pouco se fala em responsabilidade socioambiental. In gr am P ub lis hi ng ([ 20 --? ]) O que você está fazendo para reduzir as emissões de poluentes? Você está apagando a luz ao sair? Você está separando o lixo? Tem certeza que o lixo separado está sendo coletado pela coleta seletiva de sua cidade? SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO50 Responsabilidade socioambiental nada mais é que fa- zer a sua parte. Inserir-se no processo e agir de for- ma correta, utilizando o mínimo possível dos recur- sos naturais. Mas, depender das ações individuais pode não gerar os resultados espe- rados a curto prazo, então é preciso investir em políticas públicas ambien- tais. E é esse o próximo tema de estudo. Acompanhe. POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS As políticas públicas são o conjunto de ações, programas e atividades de- senvolvidas pelo Estado. Essas políticas envolvem entes públicos e priva- dos e visam a assegurar alguns direitos para a sociedade. As políticas públicas ambientais servem para prote- ger o meio ambiente e fomentar o crescimento sus- tentável, garantindo assim uma evolução da socieda- de em harmonia com o meio ambiente. São exemplos de políticas públicas ambientais: ■ processo de licenciamento ambiental para implantação de determi- nados tipos de atividades, obras etc.; ■ o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e suas resoluções que criam padrões de qualidade e controle da poluição do ar; ■ criação de áreas de proteção ambiental; ■ política nacional de recursos hídricos. Acordos internacionais de proteção ao meio ambiente servem de base para a elaboração de políticas públicas. Um exemplo é o Protocolo de Mon- treal. O Protocolo é um acordo internacional que visa à redução do uso de substâncias que destroem a camada de ozônio. Um exemplo de Política Pública Ambiental é o Protocolo de Montreal, que é um acordo internacional que visa à redução do uso de substâncias que destroem a camada de ozônio. O Brasil aderiu a esse tratado em 1990 através de um decreto de lei com metas para eliminar o CFC (cloro-flúor- carbono) completamente até 2010. O Brasil é signatário de outro protocolo: o de Quioto. Este também discu- te políticas públicas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. O Protocolo de Quioto é um acordo internacional criado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mu- danças Climáticas, aprovado na cidade de Quioto, no Japão, em 1997 e que entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. Seu principal objetivo é estabilizar a emissão de gases de efei- to estufa (GEE) na atmosfera e assim frear o aquecimento glo- bal e seus possíveis impactos. Ao todo, 184 países ratificaram o tratado até o momento. (BRASIL, [201?]). QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 51 A INDÚSTRIA E O MEIO AMBIENTE Você já ouviu falar em licença ambiental? O licenciamento ambiental é obrigatório para a implantação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora e é emitido pelos órgãos estaduais de meio ambiente e pelo IBAMA. Uma de suas caracterís- ticas é a participação social na tomada de decisão da sua liberação ou não, por meio de audiências públicas. O objetivo do licenciamento ambiental é garantir que tal atividade possa ser realizada ou implantada com o mínimo risco ambiental possível, bem como medidas de contenção desses riscos. Um exemplo de exigência é a obrigatoriedade de manutenção de certa área de mata no terreno da empresa para balancear a emissão de poluen- tes dessa empresa. st ud io gs to ck ([ 20 --? ]) As empresas Brasileiras já estão cientes da necessidade de adotarem práticas de gestão ambiental. Já é fatoque grande parte dessas empresas estão planejando o aumento de seu investimento nessas práticas. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO52 RESUMINDO E n e rg ia s re n o v á v e is E n er g ia g eo té rm ic a M a ré s C h u va s Ve n to s Lu z so la r U so r a ci o n a l d o s re cu rs o s e e n e rg ia s d is p o n ív e is R e ci cl a g e m d e r e sí d u o s D e sc a rt e d e r e sí d u o s D es ca rt e d e re sí d u o s só li d o u rb a n o D es ca rt e d e re sí d u o s h o sp it a la r D es ca rt e d e re sí d u o s in d u st ri a l D es ca rt e d e re sí d u o s a g rí co la A q u e ci m e n to g lo b a l P re v e n çã o à p o lu iç ã o a m b ie n ta l O s e r h u m a n o e o m e io a m b ie n te O q u e é o m ei o a m b ie n te ? Q u a li d a d e a m b ie n ta l, m e io a m b ie n te e su st e n ta b il id a d e M e io a m b ie n te e s u st e n ta b il id a d e Q u a li d a d e a m b ie n ta l R e sp o n sa b il id a d e s so ci o a m b ie n ta is P o lí ti ca s p ú b li ca s a m b ie n ta is A in d ú st ri a e o m e io a m b ie n te Lu iz M en eg he l ( 20 15 ) 53DROGAS • DEPENDÊNCIA QUÍMICA TRABALHO • SAÚDE CAPÍTULO 3 ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 55 3.1. DEPENDÊNCIA QUÍMICA Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química é uma doença que atinge 10% da população mundial. Ela é considerada uma doença primária, sobre a qual podem se instalar outras doenças de- correntes de sequela do uso ou não. O dependente químico desenvolve a doença quando o uso de drogas é associado a predisposições mórbidas de cada indivíduo. Essa predisposi- ção pode ser herdada da família quando, por exemplo, há uma tendência à dependência do uso de certas substâncias. ? PERGUNTA Você sabe qual a definição de Droga? Segundo o Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas (OBID), a palavra Droga tem a origem do holandês drogg que significa folha seca. No passado, todos os medicamentos usavam vegetais em sua composição, o que justifica o uso dessa palavra. Atualmente o termo droga tem uma definição muito mais ampla, como denominada pela OMS (2003), que diz que droga é “qualquer substância não produzida pelo organismo e que tem propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento”. Vários problemas de saúde estão associados ao uso de drogas. Quando ocorre a dependência química, a exposição aos riscos de se adquirir um desses problemas é aumentada. O indivíduo dependente acaba consumin- do uma quantidade maior dessas substâncias, numa frequência e num pe- ríodo maiores. Neste capítulo, você vai conhecer um pouco sobre alguns tipos de drogas, sua definição, seus efeitos sociais e na saúde do indivíduo, bem como as medidas de prevenção e tratamento ao uso e dependência. REFLITA Você já viu alguma campanha de prevenção ao uso de drogas, cigarros ou álcool? As campanhas que pretendem informar sobre os malefícios à saúde cau- sados por drogas, cigarros e álcool são bem comuns. No entanto, ainda as- sim, inúmeras pessoas fazem uso dessas substâncias. Isso porque o uso de drogas geralmente se inicia de forma social e com o objetivo de propiciar SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO56 prazer. É normal começar com o álcool, que é uma droga bem aceita pela sociedade. Como a pessoa sente prazer, o consumo se repete e, somado a outros fatores, inicia-se o processo de dependência. 3.1.1. FASES DO PROCESSO DE DEPENDÊNCIA O processo de dependência química é composto por fases e inicia-se no uso social conforme afirma Diehl...[et al.] (2011). Na sequência, você co- nhecerá as três fases: uso social, manifestação de dependência e depen- dência total. Acompanhe! USO SOCIAL Geralmente, nesta fase a pessoa experimenta algumas sensações advin- das do uso da substância. Também é possível identificar as alterações de humor, sensação de euforia e outras experiências emocionais. MANIFESTAÇÃO DA DEPENDÊNCIA Na manifestação da dependência, a pessoa pode começar a desenvolver a tolerância à substância química. Nesta fase, doses cada vez maiores são necessárias para atingir o mesmo efeito da fase anterior. A pessoa passa a usar a substância para normalizar seu estado de humor, seja ele depressivo ou não. DEPENDÊNCIA TOTAL Quando o corpo do usuário sente a necessidade da substância, pode ser uma ocorrência de dependência física. A partir, desta dependência o usuá- rio precisa manter certa quantidade da droga permanentemente no orga- nismo para evitar a “síndrome da abstinência”. A essa altura, é provável que a pessoa já esteja totalmente dependente da substância química. Nesta fase, são comuns que o dependente tenha alucinações e profundas alterações de humor. Também é comum que o usuário tenha depressão e baixa autoestima. Agora que você já conhece alguns aspectos da dependência química, é hora de conhecer as formas de tratamento! 3.1.2. TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA O tratamento da dependência química passa por duas etapas. A etapa da desintoxicação e a etapa do tratamento integral. Em ambas o dependente vai precisar de ajuda da família e possivelmente médica. DESINTOXICAÇÃO A fase de desintoxicação consiste em remover a substância do corpo. Ge- ralmente a síndrome de abstinência aguda (SAA) aparece quando a subs- tância química é retirada. ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 57 A síndrome de abstinência é um problema médico e deve ser tratado por profissional especializado. A SSA acontece algum tempo após a interrupção brusca do consumo da droga. Os sintomas dessa síndrome dependem do tipo de droga utilizada, e podem ser disforia, insônia, ansiedade, irritabilidade, náusea, agitação, taquicardia e hipertensão. Delírios e convulsões também podem aparecer bem como sono e o aumento do apetite. Na sequência de seus estudos, você aprenderá sobre o tratamento inte- gral. TRATAMENTO INTEGRAL A recuperação total de um dependente químico requer mudanças físicas, psicológicas, de comportamento e mudanças sociais. Alguns programas de tratamento também incluem a integração do dependente com alguma reli- gião, procurando apoio espiritual para o dependente. Essas mudanças têm de ser duradouras, senão todo o processo de tratamento da dependência será comprometido. O auxílio da família e de grupos de auxílio aos dependentes são essen- ciais nesse processo de tratamento. Ainda não existe uma política nacional de integração total do SUS para o tratamento dos dependentes químicos. Contudo, muitos estados brasi- leiros têm buscado recursos para cadastrar e fechar parcerias com clínicas particulares de reabilitação. Um exemplo é o Estado de Santa Catarina que, em 2014, cadastrou 42 clínicas com recursos para atender até 1,2 mil pes- soas ao ano. FIQUE POR DENTRO Existem vários grupos de auxílio a dependentes químicos. Os mais conhe- cidos são os Alcoólicos Anônimos (AA) e os Narcóticos Anônimos (NA). A intenção desses grupos é reunir usuários e ex-usuários das substâncias para compartilhar experiências positivas e negativas. A troca de experiên- cias ajuda os frequentadores a lutar contra o vício. O auxílio da família e de grupos de auxílio aos dependentes são essen- ciais nesse processo de tratamento. Mas qual o impacto da dependência química na vida das pessoas? Acom- panhe, na sequência, como o abuso de substância pode afetar o trabalho, a família e demais áreas da vida de uma pessoa. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO58 3.1.3. DEPENDÊNCIA QUÍMICA – IMPACTO SOBRE O TRABALHO São inúmeros os problemas relacionados à dependência química e à atividade profissional, por exemplo, o custo econômico. Essa relação de dependência química etrabalho impacta diretamente na saúde do traba- lhador, no bem-estar, na produtividade, na segurança etc. É nesse contexto que estamos direcionando os seus estudos. Fique aten- to e aprenda, por exemplo, sobre os impactos que a dependência química acarreta ao desempenho profissional. Aliás, é exatamente esse seu próxi- mo tema de estudo! IMPACTOS NO DESEMPENHO PROFISSIONAL Existem várias formas de se medir os impactos causados pelas drogas no desempenho profissional. Vamos conhecer algumas? ■ Absenteísmo: faltas nos dias depois dos pagamentos, após finais de semana e feriados tendem a aumentar. ■ Ausência frequente durante a jornada de trabalho: atrasos frequen- tes e excessivos após as refeições, idas frequentes à copa/bebedouro, ao estacionamento, banheiro etc. Muitas vezes o dependente se au- senta para fazer o uso da droga, por exemplo. m am ah oo ho ob a ([2 0- -? ]) ■ Baixa produtividade e comprometimento da qualidade do trabalho: a pessoa passa a necessitar de um tempo maior para executar deter- minadas tarefas por causa da dificuldade de concentração e lapsos de memória. ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 59 EXPOSIÇÃO A RISCOS Em decorrência dos efeitos causados com o uso de drogas, como a difi- culdade de atenção, concentração e a inobservância das regras, o depen- dente está mais propenso a sofrer acidentes de trabalho. EXEMPLO Um trabalhador da indústria que trabalha com eletricidade está sofrendo com a dependência alcoólica. Com o passar do tempo, o rendimento bai- xa e ele passa a gradativamente perder a atenção enquanto executa suas atividades. Esse trabalhador precisa observar as normas de segurança, como usar equipamentos com proteção contra choques elétricos. Esse trabalhador pode acidentalmente escolher uma ferramenta inade- quada ou mesmo esquecer-se do uso do EPI. Essa ação pode resultar em um grave acidente de trabalho. Além dessas consequências, a dependência química também pode acar- retar em impactos na vida pessoal. Vamos conhecer esses impactos? IMPACTOS NA VIDA PESSOAL, FAMILIAR, PROFISSIONAL E SOCIAL A dependência química pode comprometer a vida pessoal e profissional de uma pessoa. As consequências do abuso dessas substâncias podem provocar mudanças significativas no estilo de vida e promover a perda das amizades, da família e da carreira profissional. REFLITA Você acredita que uma pessoa dependente em drogas pode ascender em sua carreira profissional? Agora que você já conheceu de forma geral as consequências da depen- dência química para a vida de uma pessoa, chegou a hora de conhecer os diferentes tipos de dependência química que existem e suas consequên- cias para a saúde humana e as formas de prevenção e tratamento. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO60 3.2. ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS 3.2.1. ÁLCOOL O álcool é uma droga lícita, permitida por lei, e está presente nas bebi- das alcoólicas. O álcool encontrado nessas bebidas é o etanol, que é uma substância resultante da fermentação de produtos naturais, tais como a cana-de-açúcar, cevada, arroz, entre outros. Apesar de ser legal e seu uso ser bem aceito pela sociedade, o álcool ofe- rece vários perigos tanto para quem bebe, quanto para quem está próximo. O álcool é uma droga e o seu uso constante causa danos irreversíveis ao nosso corpo! Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde ([s.d]), grande parte dos aciden- tes de trânsito, comportamentos antissociais, violência doméstica, proble- mas no trabalho, como alterações na percepção, reação e reflexos (o que aumenta a chance de acidentes de trabalho) são provenientes do abuso de álcool. Além dessas consequências, o abuso do álcool traz outras. Na sequência de seus estudos sobre o assunto, você conhecerá os principais malefícios do uso do álcool. PRINCIPAIS MALEFÍCIOS DO USO DO ÁLCOOL O uso constante do álcool pode prejudicar todos os órgãos, em especial o fígado. O fígado é responsável pela destruição das substâncias tóxicas in- geridas ou produzidas pelo corpo durante o processo de digestão. Quando uma pessoa ingere uma grande quantidade de álcool, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo. Uma doença comumente associada ao abuso no uso do álcool é a cir- rose. A cirrose, ou cirrose hepática, é a formação de nódulos e fibrose no fígado. Essa doença é silenciosa, visto que não apresenta sintomas até que o fígado já esteja totalmente comprometido. Não existe cura para a cirrose, mas existe tratamento. E, se a doença não for tratada, pode levar a morte. ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 61 Er ax io n ([2 0- -? ]) No organismo humano, o álcool pode causar diferentes tipos de inflama- ções, por exemplo: gastrite, quando afeta o estômago; hepatite alcoólica; pancreatite; e neurite, quando ocorre nos nervos. Depois do álcool, o fumo (ou tabagismo) é uma das drogas mais conheci- da e será estudada na sequência. 3.2.2. TABACO (FUMO) Assim como o álcool, o cigarro também é uma droga lícita. Foi fortemente introduzido à população no passado com massivos esforços de marketing. Pode parecer estranho, mas até a década de 2000, os comerciais de TV sugeriam que as pessoas que fumam são mais legais, bonitas e saudáveis! Temos hoje muitos viciados em cigarros que foram vítimas desse tipo de publicidade. Para se ter ideia de como as coisas mudaram de lá para cá, hoje as polí- ticas públicas estão voltadas à tolerância zero com fumantes. Um exem- plo desse tipo de legislação é a Lei n. 12.546, que entrou em vigor em 03/12/2014. A lei proíbe o fumo em qualquer lugar fechado, público ou pri- vado, incluindo os chamados fumódromos. Segundo a revista The Economist, importante publicação Inglesa, os ci- garros estão entre os produtos mais lucrativos do mundo. A revista ainda complementa dizendo que esse produto, se usado como deveria, vicia a maioria dos seus consumidores, podendo até matá-los (apud AreaSeg, [s.d]). Em um único cigarro existem centenas de aditivos químicos – cerca de 700. Esses aditivos são substâncias tão tóxicas que são proibidos de serem despejados em aterros sanitários. No total, são mais de 4.700 substâncias tóxicas no cigarro. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO62 M in is té rio d a sa úd e (2 01 5) A legislação brasileira ainda permite que os fabricantes mantenham essa lista de aditivos em segredo. O que dificulta ainda mais na conscientização da população. Estima-se que os pulmões dos fumantes ativos – quem está fumando – e dos fumantes passivos – quem está próximo de quem está fumando – estão expos- tos a aproximadamente 43 substâncias comprovadamente cancerígenas. No trabalho, a pessoa fumante pode ter seu rendimento afetado por causa das frequentes saídas para fumar. O cheiro característico do cigarro pode tornar desagradável o contato com a pessoa fumante, atrapalhando no relacionamento com os colegas e com o público, quando o trabalho exi- ge esse tipo de contato. Algumas empresas, durante o processo de recru- tamento, questionam se os candidatos são fumantes ou não. Em alguns casos, a resposta para a pergunta pode ser fator decisivo em uma contra- tação ou não. PRINCIPAIS MALEFÍCIOS DO USO DO CIGARRO O cigarro oferece vários problemas à saúde. A pessoa fumante perde a sensibilidade do paladar e a disposição física, por exemplo. Respirar tam- bém é uma tarefa difícil para um fumante, assim como a alteração de apa- rência também é comum. O fumante tende a ficar com a pele opaca, com os olhos, cabelos, dentes e unhas amareladas. O site especializado em Segurança do Trabalho, o Areaseg, dispõe de uma lista com o resumo dos malefícios advindos do uso do cigarro, obtida em mais de 50.000 estudos científicos. O uso do cigarro pode ocasionar, por exemplo: ■ câncer de pulmão – 87% das mortes por câncer de pulmão ocorrem entre os fumantes; ■ doenças cardíacas – os fumantes correm um risco 70% maior de apresentar doenças cardíacas; ■ câncer de mama – as mulheres que fumam 40ou mais cigarros por dia têm uma probabilidade 74% maior de morrer de câncer de mama; ■ complicações da diabetes – os diabéticos que fumam ou que mas- cam tabaco correm maior risco de ter graves complicações renais e apresentam retinopatia (distúrbios da retina) de evoluções mais rá- pidas; ■ asma – a fumaça pode piorar a asma em crianças; ■ memória – doses altas de nicotina podem reduzir a destreza mental em tarefas complexas; ■ depressão – psiquiatras estão investigando evidências de que há uma relação entre o fumo e a depressão profunda, além da esquizofrenia. ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 63 FIQUE POR DENTRO Para ter acesso à lista completa com todos os malefícios que o cigarro provoca à saúde humana, acesse o texto: “Fumo, cigarro e suas conse- quências”. Disponível em: <http://www.areaseg.com/toxicos/fumo.html>. Acesso em: 13 dez. 2014. ? PERGUNTA Você sabe o que ocorre com o corpo de uma pessoa quando ela para de fumar? Quando uma pessoa para de fumar, já pode sentir os efeitos benéficos em alguns minutos, como: ■ após 20 minutos sem o cigarro, a pressão sanguínea e a pulsação vol- tam ao normal; ■ duas horas depois, já não existe mais nicotina circulando pelo san- gue; ■ após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue volta ao normal; ■ após 2 dias, nota-se uma melhora no paladar; ■ em 3 semanas, a circulação sanguínea melhora e a respiração fica mais fácil; ■ entre 5 a 10 anos sem o cigarro, o risco de infarto fica quase igual ao de quem nunca fumou – mas não menor. Existem outras drogas menos populares que o álcool e o cigarro que são muito mais poderosas quanto à dependência e aos malefícios para a saúde e vida em sociedade. Você vai conhecê-las na sequência. 3.2.3. OUTRAS DROGAS Agora que você já conhece as duas principais drogas lícitas – álcool e ta- baco –, continuaremos aprendendo sobre algumas drogas ilícitas, e outras substâncias que, mesmo lícitas, se usadas sem o auxílio médico, podem viciar e causar problemas similares aos de outras drogas. Você iniciará seus estudos sobre as outras drogas, pela maconha. Acom- panhe. LÍCITAS Que se encontra em conformidade com a lei; de acordo com os princípios do direito; legalizada. ILÍCITO Oposto de lícito; Ilegal. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO64 MACONHA A maconha se assemelha ao cigarro. Sua fumaça contém cerca de 400 substâncias tóxicas. Como o cigarro de maconha normalmente não possui filtro, a absorção dessas substâncias pelo pulmão é ainda maior, podendo agravar os problemas para a saúde. O uso da maconha pode causar dependência e o consumo pode trazer problemas físicos e psicológicos, como câncer de pulmão e problemas de memória. Os malefícios do uso da maconha são muito similares aos do uso do ta- baco, por exemplo: asma, enfisema pulmonar, bronquite e alguns tipos de câncer que têm suas causas associadas ao uso do cigarro e da maconha. O uso da maconha pode ocasionar ainda a diminuição das defesas do organismo, facilitando o desenvolvimento de infecções, dores de garganta e tosses crônicas. FIQUE POR DENTRO Você sabia que ultimamente tem se discutido muito o uso da maconha para fins terapêuticos? Já existem evidências de que algumas substâncias da planta auxiliam no controle da dor, a redução de espasmos em pessoas com algum tipo de paralisia e também a redução dos ataques de pessoas que sofrem com epilepsia. A substância está sendo estudada em outras doenças, mas ain- da sem resultados comprovados. Alguns países, como os Estados Unidos, já estão um passo à frente no uso da maconha para fins medicinais. Aqui no Brasil algumas pessoas já consegui- ram importar e utilizar a substância legalmente por meio de ações judiciais. Na sequência de seus estudos sobre dependência química, você estuda- rá sobre a cola de sapateiro. Siga em frente! COLA DE SAPATEIRO A cola de sapateiro é uma mistura de compostos orgânicos que pode diminuir a capacidade intelectual, limitar a concentração, memória, aten- ção, ânimo e produtividade. A incidência maior do uso da cola como droga acontece em crianças e adolescentes. ? PERGUNTA Você sabe quais as consequências do uso da cola de sapateiro para o or- ganismo humano? ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 65 O uso cola de sapateiro pode destruir os neurônios e causar a diminuição da capacidade cerebral. Em decorrência disto, o indivíduo tem problemas com a memória, concentração, produtividade e ânimo. COCAÍNA A cocaína é uma droga derivada da folha de coca, planta que pode ser encontrada em países da América do Sul e Central. Esta droga pode ser inalada ou injetada. Cada um desses métodos pode ocasionar consequências para a saúde humana. Quando a droga for injeta- da, um risco é o de infecções ou contração do vírus da AIDS ao se comparti- lhar seringas, por exemplo. DA J ([2 0- -? ]) O uso da cocaína pode provocar alterações profundas no sistema nervo- so central. Pode levar à morte por ataque cardíaco, causando ainda convul- são, crises de hipertensão e hemorragia cerebral. CRACK O crack é uma das drogas mais devastadoras, podendo viciar uma pessoa quase instantaneamente. Geralmente, um usuário de crack já passou por outras drogas, como a maconha e a cocaína. Eles acabam procurando esta droga por ser mais ba- rata e por produzir efeitos mais fortes. Para o crack, os efeitos maléficos são os mesmos da cocaína, porém am- plificados. O crack é um derivado da cocaína e pode causar uma intensa euforia de curta duração. A euforia é logo substituída por uma depressão profunda, seguida de paranoia e ânsia por mais droga. Isso faz com que o consumo seja grande se a pessoa tiver fácil acesso à droga. Independente SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO66 da quantidade consumida, a pessoa que usa o crack aumenta a possibili- dade de uma morte repentina por ataque cardíaco, derrame cerebral, ata- que epilético ou insuficiência respiratória. Você sabe o que são anfetaminas? Esse será o próximo tema de estudo. ANFETAMINAS As anfetaminas são drogas estimulantes desenvolvidas na década de 30 com o intuito de tratar os transtornos de déficit de atenção e hiperativida- de. Com o passar do tempo, estas drogas acabaram saindo de uso, sendo utilizadas apenas para alguns tratamentos específicos, ainda com ressal- vas. As anfetaminas possuem substâncias que estimulam o sistema nervo- so central, que passa a funcionar mais intensamente. Nos últimos 30 anos, estas drogas passaram a ser sintetizadas em labo- ratórios clandestinos para serem utilizadas em fins não médicos. A anfeta- mina mais conhecida no Brasil e que passou por esse processo é o ecstase. A pessoa que experimenta esta droga pode ficar mais agitada, pode ainda demonstrar irritação e agressividade e também pode apresentar delírios de perseguição. O uso excessivo pode causar estado de paranoia e alucina- ções. Esse estado pode ser seguido de tremores, confusão do pensamento, respiração acelerada e repetição compulsiva de atividades, podendo che- gar a um estado de esquizofrenia. Você estudou até aqui algumas das principais drogas, os malefícios que elas trazem para a saúde do indivíduo e também os problemas com a de- pendência. Agora, você conhecerá os programas de prevenção e sua im- portância para a sociedade. Acompanhe! 3.3. PROGRAMAS DE PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS Os programas de Prevenção têm o objetivo de proteger indivíduo e co- munidade dos malefícios do uso de drogas. Segundo especialistas, os pro- gramas são custo-efetivos, ou seja, todo dinheiro gasto com a prevenção resulta em economia no tratamento e outros problemas sociais relaciona- dos. ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 67 pr ud ko v ([2 0- -? ]) Seguindo o conceito de que os programas de prevenção resultam em economia para a sociedade, vamos usar como exemplo a mistura álcool e direção e os custos que isso pode gerar. Estatísticas comprovam que o hábito de beber e dirigir não é uma combi- naçãosaudável. Motoristas bêbados estão envolvidos com frequência em acidentes de trânsito. Esses acidentes geram custos com a manutenção de equipes de resgate, estradas, hospitais etc. A pessoa ferida em um acidente precisa de cuidados e utiliza a rede hospitalar. Muitas vezes, o atendimento dessa pessoa tira da fila uma pessoa que precisa de uma cirurgia ou exame preventivo. Você percebeu como a prevenção pode beneficiar toda a população? Isso porque os recursos públicos serão melhor aproveitados. Além disso, segun- do relatório do NIDA (National Institute on Drug Abuse) dos Estados Unidos da América, vários especialistas afirmam que a cada um dólar gasto com prevenção, economiza-se de quatro a cinco dólares nos custos relaciona- dos ao tratamento e outros problemas relacionados ao uso de drogas. Portanto, prevenir o uso de drogas traz benefícios para toda a sociedade. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO68 PRATICANDO Faça uma pesquisa sobre os custos sociais do uso de drogas. Tente encon- trar pelo menos um que tenha impacto com sua atividade no trabalho e discuta-o com um colega. Agora que você já aprendeu que o uso de drogas não é somente um pro- blema individual, mas sim um problema social, vamos aprender um pouco sobre a importância dos programas de prevenção? IMPORTÂNCIA DOS PROGRAMAS DE PREVENÇÃO Os programas de prevenção são os conjuntos de iniciativas para impedir, retardar, reduzir ou minimizar o uso das drogas. Esses conjuntos de inicia- tivas visam à sobrevivência da espécie (nós). Diante das necessidades e dos problemas apresentados para a socieda- de, o conceito de prevenção ao consumo de drogas foi ampliado, sendo colocado dentro do conceito de “Promoção da Saúde”. FIQUE POR DENTRO A Promoção da Saúde é um processo de capacitação da sociedade para atuar de modo a melhorar sua qualidade de vida. O Ministério da Saúde, através da portaria n. 687, de 30 de março de 2006, aprovou a Política de Promoção da Saúde. Para conhecer essa política pública, acesse o endereço disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promo- cao_saude_3ed.pdf>. Acesso em: 18 dez. 2014. Acompanhe, na sequência, como funciona um programa de prevenção ao uso de drogas. FUNCIONAMENTO DE UM PROGRAMA DE PREVENÇÃO Segundo o Observatório Brasileiro de Informação Sobre Drogas – OBID, os programas de prevenção são o conjunto de ações preventivas que po- dem ser classificadas em três níveis: ■ prevenção primária – tem o objetivo de impedir o uso da droga ou evitar que outras pessoas passem a usar; ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 69 ■ prevenção secundária – destina-se às pessoas que já fazem o uso da droga e que têm tendência de aumentar a frequência e quantidade de consumo para níveis prejudiciais; ■ prevenção terciária – abordagens necessárias no processo de recu- peração dos indivíduos que já apresentam problemas com o uso da droga ou dependência. Podemos dizer que não existe um modelo ideal para um programa de prevenção às drogas, nem mesmo um melhor ou pior. Contudo, podemos dizer que existem práticas que podem reforçar os fatores de proteção e di- minuir os fatores de risco. ? PERGUNTA Você sabe o que são fatores de risco ou fatores de proteção quanto ao uso de drogas? Os fatores de risco são os fatores que tornam a pessoa mais vulnerável a desenvolver comportamentos que podem levar ao uso de drogas. Já os fatores de proteção são os fatores que fazem com que o indivíduo, mesmo tendo contato com drogas, se proteja do uso. Acompanhe, na sequência, exemplos de fatores de risco e de proteção. EXEMPLO: Exemplos de fatores de risco são a exclusão social, a busca por prazer, as más companhias, a violência e descrença nas instituições. Exemplos de fatores de proteção são as habilidades sociais, a autoestima desenvolvida, pais que acompanham as atividades dos filhos, prazer em aprender. Você já pensou em como é feito a prevenção quanto ao uso de drogas? Acompanhe, no quadro a seguir, os quatro modelos de prevenção. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO70 MODELOS DE PREVENÇÃO ABORDAGEM FOCO MÉTODO Solicitação de informações sobre drogas. Ampliação do conhecimento sobre os diversos tipos de substâncias, seus efeitos e suas consequências. Promo- ção de atitudes de mudança de entendimento sobre o uso de drogas. Palestras, discussões, áudio ou vídeo, pôsteres, panfletos, mensagens eletrônicas, mensagens em demonstrativos de paga- mentos, jornal interno. Educação afetiva. Desen- volvimento de habilidades pessoais e sociais. Melhoria de autoestima. Tomada de decisões. Asser- tividade. Desenvolvimento interpessoal e das habilidades de comunicação. Palestras discussões, dinâmicas de grupo para desenvolvimento pessoal e resolução de problemas. Criação de alternativas ao uso de drogas. Melhoria da autoestima. Autoconfiança. Redução de condições de estresse, da pressão e da alienação. Organização e desenvol- vimento de atividades de lazer, de convivência, recreacionais e culturais. Participação em projetos de serviços comunitários. Orientação profissional. Desenvolvimento de habili- dades de enfrentamento ao uso de drogas. Desenvolvimento de habilida- des para enfrentar a pressão social para o uso de drogas. Ampliação do conhecimento sobre as consequências nega- tivas imediatas. Discussões em grupo, dramatização, atividades monitoradas por profis- sionais especialistas em prevenção. Quadro 7 - Modelos de Prevenção às drogas Fonte: Sesi (2013) No quadro acima são apresentados quatro modelos de prevenção ao uso de drogas. Ele relaciona uma abordagem com um foco específico baseado na utilização de um método. É possível perceber, por exemplo, se a abor- dagem for a criação de alternativas ao uso de drogas, o foco deve ser na melhoria da autoestima, no aumento da autoconfiança e na redução de condições de estresse, na pressão e na alienação. O método utilizado, por sua vez, deve ser a organização e desenvolvimento de atividades de lazer, de convivência, recreacionais e culturais; além da participação em projetos de serviços comunitários e de orientação profissional. Agora, que você já estudou sobre o álcool, o tabaco e outras drogas, bem como as relações deles com o trabalho, é hora de aprender sobre a indivi- dualidades, o respeito às diferenças e a saúde sexual, vamos lá?! ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 71 RESUMINDO D e p e n d ê n ci a q u ím ic a Á lc o o l, T a b a co e O u tr a s D ro g a s P ro g ra m a s d e P re v e n çã o Im p o rt â n ci a d o s p ro g ra m a s F u n ci o n a m e n to d o s p ro g ra m a s d e p re v e n çã o Im p a ct o s so b re o tr a b a lh o T ra ta m e n to d a d e p e n d ê n ci a Fa to re s d e d e p e n d ê n ci a M a le fí ci o s d e u so d e d ro g a s D e fi n iç ã o d e d ro g a s T ip o s d e d ro ga s A lc o o l Ta b a co O u tr a s d ro ga s M a co n h a , c o la d e sa p a te ir o , co ca ín a , c ra ck , a n fe ta m in a s, á lc o o l, t a b a co G a st ri te , n eu tr it e, c ir ro se , h ep a ti te , p a n cr ea ti te e tc . C â n ce r, a sm a , d o en ça s ca rd ía ca s et c A sm a , c â n ce r, a lu ci n a çõ es , cr is es d e a n si ed a d e et c. D ep en d ên ci a t o ta l M a n if es ta çã o d a d ep en d ên ci a U so s o ci a l Im p a ct o s n a v id a fa m il ia r, p es so a l, p ro fi ss io n a l e so ci a l E xp o si çã o a r is co s Im p a ct o s so b re o d es em p en h o p ro fi ss io n a l Tr a ta m en to in te g ra l D es in to xi ca çã o Lu iz M en eg he l ( 20 15 ) SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO72 ANOTAÇÕES 73 SAÚDE SEXUAL • DIFERENÇAS GÊNEROCAPÍTULO 4 INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 75 4.1. O SER HUMANO COMO UM SER SOCIAL Você algum minuto da sua vida parou para pensar no ser humano como um ser social? Você já tentou ficar um dia inteiro sozinho, sem ter contato com absolu- tamente ninguém? Talvez até possa ter conseguido, mas isso é muito difícil porque precisamos de nossos semelhantes para compartilhar nosso tem- po e espaço. O ser humano não consegue viver sozinho, ele precisa da presença de seus semelhantes, por isso vive em sociedade. Li sa AF is ch er ([ 20 --? ]) O ser humano tem necessidade de pertencer a algum grupo, seja a famí- lia, o trabalho, a escola e tantos outros. EXEMPLO: A criança nasce, cresce e vai passando por vários grupos. O primeiro grupo é a família. Depois a criança vai para a escolinha e passa a ter contato com outras crianças de sua idade. Chegando à adolescência, o jovem já vai descobrindo outros grupos e aca- ba escolhendo os seus. Como um determinado grupo de jovens, grupos de trabalho de escola, esportes, música entre outros. Em todos esses grupos, a pessoa vai exercitando suas relações interpes- soais, passa a ser influenciada e também influencia outros membros do grupo. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO76 4.2. DIREITOS E DEVERES DOS CIDADÃOS Vivemos em sociedade. Dividimos nosso tempo e espaço com pessoas dos mais diferentes grupos e, para vivermos em harmonia, temos que nos respeitar e entender as necessidades individuais e coletivas de todos. Ro be rt C hu rc hi ll ([2 0- -? ]) Os direitos e deveres dos cidadãos brasileiros são assegurados pela Cons- tituição Brasileira. Os artigos referentes a esse assunto podem ser encon- trados no Capítulo I, Artigo 5º, que trata Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos. Nós temos o direito de viver, o direito de ser livres, de termos nossas ca- sas, de sermos respeitados como pessoas. Temos o direito de não termos medo, de não sermos discriminados por causa do gênero ou orientação sexual, de nossa cor e da idade, de nossos trabalhos, da cidade de onde viemos. H el de r A lm ei da ([ 20 --? ]) INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 77 Por outro lado, temos o dever de cumprir as leis, escolher nossos gover- nantes por meio do voto, respeitar os direitos dos outros cidadãos, tratar com respeito outros cidadãos, proteger e educar nossos filhos e demais dependentes, cuidar do patrimônio público e ter atitudes que ajudem a cuidar do meio ambiente e dos recursos naturais. FA BI O R O DR IG U ES -P O ZZ EB O M /A BR ([2 0- -? ]) Perante a lei, todo ser humano é igual, portanto todos têm os mesmos di- reitos. Esses direitos são sagrados e nunca nos podem ser tirados. Se esses direitos forem desrespeitados, continuamos a ser gente e devemos lutar para que eles sejam reconhecidos. FIQUE POR DENTRO Para conhecer todos os direitos e deveres dos Cidadãos Brasileiros, acesse o site do Governo federal e conheça a Constituição Brasileira. Lembre-se, os direitos e deveres estão no Capítulo l, Artigo 5°! A constituição está disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 16 dez. 2014. Você sabe o que é respeito à individualidade? É este o próximo tema de estudo! Siga em frente e perceba como este tema é importante para o bom desempenho das suas atividades e para sua vida! SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO78 4.2.1. RESPEITO ÀS INDIVIDUALIDADES DA PESSOA Todos são diferentes! Você já parou para pensar que nos relacionamos estamos esperando uma coisa das pessoas próxima a nós. Da mesma for- ma, as pessoas ao nosso redor sempre esperam algo de nós. REFLITA O que você espera das pessoas? O que as pessoas esperam de você? As pessoas são diferentes e se comportam de forma diferente. Esse com- portamento foi desenvolvido ao longo de anos de vida do indivíduo e re- cebeu influência na forma de criação da pessoa, das pessoas próximas no período de desenvolvimento, da região onde esta pessoa cresceu entre ou- tras. Essas diferenças vão além do comportamento. Elas podem ser cultu- rais, religiosas, regionais, raciais e sexuais. PRATICANDO Você trabalha em uma empresa e convive com diferentes pessoas, certo? Converse com seus colegas de trabalho sobre o tema e tente identificar pequenos aspectos que diferem uns dos outros. Tente identificar se determinada pessoa tem algum hábito proveniente do local onde ela cresceu. Outro aspecto importante para se perceber é a religião de alguém. Respeitar as diferenças das pessoas é um ponto-chave para a vida em so- ciedade e é um dever do cidadão, assim como ser respeitado é um direito nosso, garantido pela nossa constituição. As nossas diferenças é que nos tornam únicos e especiais. Temos o di- reito de sermos respeitados independente de nossas origens, credos, raça e também de acordo com nossa orientação sexual. E é sobre o direito de respeito à orientação sexual que vamos falar agora. Acompanhe. INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 79 DIREITO DE RESPEITO À ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO A Associação para o planejamento da Família (APF), entidade portuguesa sem fins lucrativos com ênfase na promoção da saúde sexual e reproduti- va, traz as seguintes definições: a identidade sexual refere-se ao que cada pessoa pensa sobre si própria e sobre a sua sexualidade, sobre as emoções e sobre o desejo que sente em relação aos outros, que podem ser do mes- mo sexo, de outro sexo ou de ambos os sexos. Já a identidade de gêne- ro refere-se ao modo como cada um de nós se vê: se como homem (mascu- lino), se como mulher (feminino). A orientação sexual refere-se à atração sexual mais significativa ou ex- clusiva que cada pessoa sente ao longo da sua vida. Uma pessoa pode ser considerada: heterossexual, quando se sente, sobretudo, atraída por pes- soas de sexo diferente; homossexual, quando se sente, sobretudo, atraída por pessoas do mesmo sexo; ou bissexual, quando se sente atraída por am- bos os sexos. Normalmente, a orientação sexual revela-se durante a puberdade e não pode sofrer influências externas que a alterem, ou seja, a orientação sexual diz respeito ao indivíduo. TRANSEXUALIDADE Quando uma pessoa não se identifica com o seu gênero biológico, esta- mos perante alguém que é transexual. Trata-se de uma questão de iden- tidade de gênero e não de orientação sexual. Frequentemente, os transe- xuais sentem a necessidade de proceder a cirurgias de adequação do sexo. O respeito à identidade sexual e à livre expressão de sua orientação sexual é um direito fundamental ga- rantido. Conforme você estudou no início deste capítulo, o artigo 5° do Capítulo I da Constituição Federal diz que todos somos iguais perante a lei, que te- mos o direito de ser reconhecidos e termos nossas diferenças respeitadas. 4.3. SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA: CONCEITOS E IMPLICAÇÕES A saúde sexual e reprodutiva está relacionada ao direito dos indivíduos de ter uma vida sexual prazerosa e segura. Eles devem receber informações sobre a sexualidade e prevenção das DST/AIDS e ter garantida a liberdade para decidirem se querem ter filhos ou não através do acesso à informação e aos métodos contraceptivos. Os casais e indivíduos têm o direito de planejar sua família. É garantido às pessoas o acesso à informação e aos meios de contracepção. No Brasil, todos os níveis de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) são obrigados a garantir à mulher, ao homem ou ao casal a assistência à con- cepção e contracepção. Essas obrigações fazem parte da assistência inte- gral à saúde. CONTRACEPÇÃO É qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implan- tação do ovo. De uma forma ou de outra, é praticada pelos hu- manos há milhares de anos. A concepção é o oposto da contracep- ção. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO80 Aa ro n Be lfo rd ([ 20 --? ]) FIQUE POR DENTRO A biblioteca virtualda saúde, mantida pelo ministério da saúde, desenvol- veu uma cartilha sobre os direitos sexuais e reprodutivos que trata sobre a política de planejamento familiar. Quer conhecer a cartilha e aprender mais sobre direitos reprodutivos? Acesse o endereço a seguir e aproveite! Cartilha Direitos Reprodutivos. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov. br/bvs/publicacoes/cartilha_direitos_sexuais_reprodutivos.pdf>.Acesso em: 09 jan. 2015. É importante considerarmos que também existe a possibilidade de ado- ção de crianças, tanto por casais heterossexuais como pelos homossexuais, desde que essas pessoas atendam aos requisitos mínimos para a adoção, como a capacidade de cuidar de uma criança comprovada por assistente social. INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 81 Cr ea ta s ( [2 0- -? ]) Optar em ter filhos implica em várias mudanças para uma pessoa. Novas responsabilidades são geradas, pois uma vida vai passar a ser dependente dessa pessoa. Outros aspectos devem ser levados em consideração na de- cisão de se ter filhos, como as implicações de um filho na vida profissional do indivíduo, com algumas limitações de horários e deslocamentos que algumas empresas podem solicitar. Algumas empresas também somente disponibilizam alguns cargos para pessoas sem filhos. 4.3.1. VIOLÊNCIA SEXUAL: CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E IMPLICAÇÕES LEGAIS Por conceito, a violência sexual envolve as relações sexuais não consen- tidas. Essas relações podem ser praticadas tanto por um estranho, conhe- cido ou familiar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência sexual é: [...] qualquer ato sexual ou tentativa do ato não desejada, ou atos para traficar a sexualidade de uma pessoa, utilizando repressão, ameaças ou força física, praticados por qualquer pessoa independente de suas relações com a vítima, qualquer cenário, incluindo, mas não limitado ao do lar ou do trabalho. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO82 Existem muitos canais que podem ser utilizados para que a violência ocorra, a internet é um deles. Muitas vezes, criminosos utilizam esse meio para alcançar suas vítimas, sobretudo crianças, e atraí-las para uma arma- dilha e abusá-las sexualmente. O turismo sexual é outra forma de disseminação da violência sexual. Qua- drilhas especializadas utilizam de meios para o recrutamento de jovens, que podem ser homens e mulheres, para a exploração sexual dentro e fora do Brasil. Uma das formas utilizadas é a promessa de uma oportunidade de emprego, agenciamento de modelos, por exemplo. co eh m ([ 20 --? ]) De forma geral, a violência sexual é mais praticada por homens onde ele exerce o papel de dominador. É uma questão de poder e controle que acaba atingindo mulheres de todos os tipos e lugares, crianças e outros homens. A violência sexual traz consequências, principalmente, às vítimas. Na se- quência, você aprenderá mais sobre esse tema. Acompanhe. CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA SEXUAL A pessoa que é vítima violência sexual pode sofrer de várias formas, ad- quirindo traumas que podem durar por toda a sua vida. Na sequência, você será apresentado às possíveis consequências da violência sexual, acompa- nhe: ■ sequelas dos problemas físicos gerados pela violência sexual – DSTs, lesões e hematomas; ■ dificuldade de ligação afetiva e amorosa; ■ dificuldade em manter uma vida sexual saudável; ■ tendência em sexualizar demais os relacionamentos sociais. INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 83 Li nd sa y Ba ss on ([ 20 --? ]) No entanto, é importante lembrar que nem todas as pessoas que sofrem com a violência sexual irão apresentar esses traumas e outras consequên- cias poderão ocorrer. Tudo depende da forma como ela foi exposta à vio- lência, o tempo e a fase da vida em que isso aconteceu. 4.3.2. TIPOS E IMPLICAÇÕES LEGAIS DA VIOLÊNCIA SEXUAL O código penal brasileiro estabelece que a violência sexual é uma trans- gressão pesada, dividida em três tipos, com penalidade diferenciadas, que serão listadas abaixo. ■ Estupro - descrito no Código Penal artigo 213, “Constranger mulher à conjunção carnal mediante violência ou grave ameaça. Pena: reclu- são, de 6 a 10 anos”. ■ Atentado violento ao pudor – descrito no Código Penal artigo 214, “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ela se pratique ato libidinoso diverso da conjun- ção carnal. Pena: reclusão de 6 a 10 anos”. ■ Assédio sexual – descrito no Código Penal artigo 216A, “ constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerente ao exercício de emprego, cargo ou função. Pena: detenção, de 1 a 2 anos”. Assim como o racismo já é considerado crime passível de detenção, a ho- mofobia está em discussão pelos nossos governantes para que também se torne. O tema é levantado com frequência e a cada dia está mais presente em nossas realidades. 4.3.3. DENÚNCIA A vergonha é um dos principais motivos para que não exista a denúncia. As pessoas que sofrem violência sexual têm dificuldade de pedir ajuda. No entanto, se a denúncia não acontecer, os direitos da vítima não po- dem ser garantidos. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO84 A vítima de violência sexual tem direitos garantidos pelo Estado. Esses direitos vão desde o registro de ocorrência policial até o recebimento gra- tuito de assistência médica com indicação de contracepção de emergên- cia para evitar a gravidez indesejada (no caso de mulheres). Além desses, também é garantido o recebimento de profilaxia para HIV e para Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). A Lei n. 12845 garante às vítimas de vio- lência sexual atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde. A legislação brasileira garante que o aborto legal em caso de gravidez de- corrente de estupro, conforme previsto no Código Penal no artigo 128. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República disponibiliza um disque denúncia que pode ser usado para notificar casos de violência sexual. Esse canal pode ser usado não só para notificar esses abusos mas também qualquer outro que infrinja os direitos humanos. Quando a violência sexual for praticada com abuso do pátrio poder ou da qualidade de padrasto, tutor ou curador, por exemplo, ou quando a vítima não tiver condições de prover as despesas do processo, quem promove a Ação Penal para responsabilização do agressor (processar o agressor) é o Ministério Público. Isso quer dizer que sempre que a violência ocorrer por parte da pessoa responsável pelo menor ou quando a família não tiver re- cursos para pagar as despesas do processo contra o agressor, o Ministério Público é o responsável por arcar com essas despesas. Na sequência de seus estudos, você estudará sobre a educação sexual. 4.4. EDUCAÇÃO SEXUAL Falar sobre sexo ainda constrange algumas pessoas. O fato é que o tema é de vital importância porque precisamos esclarecer questões livre de pre- conceitos e tabus. REFLITA Você conversa sobre sexo com seus pais, familiares e amigos? Essas con- versas são saudáveis? PROFILAXIA Visa a prevenir uma doença em nível populacional por meio de diversas medidas que vão desde proce- dimentos mais sim- ples, como o uso de medicamentos, até os mais complexos. INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 85 A educação sexual pretende preparar os adolescentes para a vida sexual de forma segura. Ao fazer isso, a intenção é chamá-los à responsabilidade de cuidar de seu próprio corpo. O objetivo da educação sexual é evitar que ocorram situações indesejadas, como a contração de uma doença ou uma gravidez precoce. Além disso, é objetivo também que as pessoas tenham uma vida sexual saudável. 4.4.1. PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO SEXUAL Falar sobre sexo e saúde sexual para crianças e adolescentes é uma obri- gação dos pais, mas na escola é que ela tem acontecido mais efetivamente. Ela busca ensinar e esclarecer questões relacionadasao sexo às crianças e aos adolescentes. Hoje no Brasil ainda não existe uma lei que obrigue às escolas a inserirem a educação sexual em seus currículos. Contudo, os Padrões Curriculares Nacionais (PCNs) orientam que o assunto seja abordado em todas as disci- plinas sempre que houver uma oportunidade. Mesmo sem uma legislação específica, o número de institui- ções que abordam a Educação Sexual em diversas áreas do aprendizado tem aumentado. Além disso, projetos nacionais que abordam a sexualidade relacionada à saúde ganham cada vez mais força no ambiente escolar. Um exemplo é o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) criado em 2003, por meio de uma parceria entre o Ministério da Saúde e o MEC. O Programa tem como objetivo promover a saúde sexual, reduzir a vulnerabilidade de adolescentes e jovens às doen- ças sexualmente transmissíveis (DST), à infecção pelo HIV e à gravidez não-planejada. Qualquer escola pode aderir ao Programa Saúde e Prevenção. Basta entrar em contato com a Secretaria de Educação do respectivo Estado. (QUEEN, 2013). O objetivo principal da educação sexual é preparar os adolescentes para uma vida sexual segura, chamando para si a responsabilidade de cuidar dos seus corpos, evitando a contração de doenças e gravidez precoce não planejada. 4.4.2. PROMOÇÃO DOS CUIDADOS DE SAÚDE PERINATAIS Segundo a Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (s.d), o período pe- rinatal na gravidez humana ocorre entre as 22 semanas completas de ges- tação e os 7 dias após o nascimento. Neste período, a saúde materna e do bebê estão proximamente ligadas. Promover a saúde perinatal vai um pouco além desse conceito. Os cuida- dos perinatais se iniciam mesmo antes da concepção e servem para melho- rar a saúde materna, a educação e o cuidado reprodutivo da mulher, bem como melhorar os cuidados no pré-natal e no parto. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO86 In gr am P ub lis hi ng ([ 20 --? ]) São estratégias de promoção dos cuidados de saúde perinatais as infor- mações sobre a preconcepção, que são as informações sobre o planeja- mento familiar, a identificação de fatores de risco e as intervenções e os aconselhamentos à mulher quando necessário. EXEMPLO: Uma mulher que passa por aconselhamentos com um especialista antes da concepção pode receber a orientação de praticar exercícios físicos para melhorar sua saúde, reduzindo alguns fatores de risco para uma gravidez. Assistência Pré-natal com o objetivo de orientar para hábitos alimenta- res, assistência psicológica da gestante, orientações sobre o uso de medi- cações e identificação de gravidez de risco. 4.4.3. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são transmitidas princi- palmente pelo contato sexual sem proteção com pessoas já infectadas. Geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, verrugas e bolhas nas regiões genitais. As doenças mais conhecidas são a gonorreia e a sífilis. A forma mais simples de prevenir o contágio dessas doenças é a prática do uso de camisinha ou preservativo. INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 87 Usar preservativos em todas as relações sexuais reduz o risco de trans- missão das DST, em especial do vírus da AIDs, o HIV. FIQUE POR DENTRO Algumas DSTs podem não apresentar sintomas, nem no homem nem na mulher. Isso requer que quando ambos pratiquem sexo sem camisinha, procurem por uma consulta com um profissional em um serviço de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo podem trazer complicações graves, podendo levar até a morte! Você se lembra dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)? A cami- sinha pode ser comparada com um EPI! 4.4.4. AIDS A AIDs é uma doença do sistema imunológico em sua fase mais avança- da. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada em português, é causada pelo vírus HIV. Esse vírus ataca as células de defe- sa do nosso organismo, nos deixando mais vulneráveis a diversas doenças, que podem ir de um simples resfriado a infecções mais graves como tuber- culose ou o câncer. A AIDs pode ser transmitida por meio das relações sexuais, como você estudou no tópico anterior. O contágio também pode ocorrer por meio de transfusões de sangue contaminado e pelo compartilhamento de seringas e agulhas, no caso de usuários de drogas. Ab le st oc k. co m ([ 20 --? ]) SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO88 A doença também pode ser transmitida para o bebê de uma mãe infec- tada sem tratamento ou no momento do parto. Também pode acontecer durante a amamentação. O tratamento da AIDs é gratuito e fornecido pelo SUS e melhora a qua- lidade de vida do paciente. Ele também contribui para a interrupção da cadeia de transmissão da doença. 4.4.5. DIREITO DE ESCOLHA (CONTRACEPÇÃO) A contracepção é qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. De uma forma ou de outra, é praticada pelos huma- nos há milhares de anos. (JANSSEN, [s.d]). Todo o indivíduo ou família tem o direito de decidir se quer ter ou não filhos e escolher o momento de ter. Esse direito é essencial ao bem-estar social. ? PERGUNTA Você tem ideia de todos os métodos anticoncepcionais disponíveis? Provavelmente você pensou na camisinha e na pílula anticoncepcional certo? Na verdade, existem inúmeros métodos e todos têm o direito de es- colher o melhor para o seu corpo. pe de rk ([ 20 --? ]) INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 89 Os métodos contraceptivos podem ser divididos em: ■ natural – coito interrompido, temperatura basal, tabelinha, muco cervical, por exemplo; ■ hormonal – pílulas anticoncepcionais, injeção anticoncepcional, DIU hormonal, anel vaginal, adesivo hormonal, implante, pílula do dia se- guinte, dentre outros; ■ não hormonal – camisinha masculina, camisinha feminina, diafrag- ma, espermicida, DIU de cobre etc; ■ cirúrgico – laqueadura e vasectomia. FIQUE POR DENTRO Um grande fabricante de medicamentos desenvolveu um portal para tirar todas as dúvidas sobre a contracepção e explicar como funcionam todos os métodos anticoncepcionais. Nesse portal, é possível também comparar todos os métodos contraceptivos e garantir as informações necessárias para se escolher o melhor método anticoncepcional. Dê uma olhada! Disponível em: <http://www.direitodeescolha.com.br/>. Acesso em: 05 jan. 2015. É sabido que durante a adolescência é comum as dúvidas, as incertezas e as descobertas. A maior parte dos adolescentes ainda não pensa em ter fi- lhos, por exemplo. Para evitar uma gravidez e doenças sexualmente trans- missíveis o caminho mais indicado é usar preservativos. Proteger-se e pro- teger o parceiro também pode ser considerado um ato de amor e carinho. Lembrem-se de que evitar uma gravidez é responsabilidade de homens e mulheres. Você aprendeu neste capítulo que existem muitos aspectos que envol- vem a saúde sexual e reprodutiva como as DSTs, o planejamento familiar e o direito de escolha. Coloque em prática esses ensinamentos. Eles são importantes para sua vida profissional e pessoal! SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO90 RESUMINDO R es p ei to a s in d iv id u a li d a d es d a p es so a A ce ss o à in fo rm a çã o P la n ej a m en to fa m il ia r S a ú d e se xu a l e r ep ro d u ti vi d a d e Te m a s a ss o ci a d o s à s a ú d e s e x u a l C a u sa s C o n se q u ên ci a s Im p li ca çõ es le ga is C o m b a te à v io lê n ci a s ex u a l V io lê n ci a s ex u a l P ro m o çã o d a e d u ca çã o s ex u a l P ro m o çã o d o s cu id a d o s d a s a ú d e p er in a ta is D S Ts e A ID S D ir ei to d e es co lh a - c o n tr a ce p çã o D ir ei to d e re sp ei to - id en ti d a d e se xu a l E d u ca çã o s e x u a l S a ú d e s e x u a l e te m a s re la ci o n a d o s O s e rh u m a n o c o m o se r so ci a l, s e x u a l e te m a s re la ci o n a d o s O s e r h u m a n o c o m o s e r so ci a l D ir e it o s D e v e re s V id a e m so ci e d a d e Lu iz M en eg he l ( 20 15 ) 91 PALAVRAS DO AUTOR Parabéns pela conclusão da unidade curricular Saúde e Segurança do Trabalho! Aqui você conheceu os conceitos de saúde, segurança e meio ambiente envolvidos nas atividades laborais. Aprendeu que a segurança vai além do ambiente de trabalho e que ela está ligada à identificação e contenção dos riscos. Também conheceu os aspectos ambien- tais e seu papel para o cumprimento das normas de saúde, segurança e meio ambiente. Espero que você tenha aprendido sobre os temas propostos e que possa utilizá-los na execução de suas atividades e na vida. Desejo que busque o aprendizado contínuo e sucesso em todas as suas atividades! PROFo. EVANDRO MEDEIROS MARQUES PALAVRAS DO AUTOR 93 EVANDRO MEDEIROS MARQUES Tem formação em Engenharia de Produção e Sistemas e 15 anos de experiência em ati- vidades industriais. É especialista em estratégias de redução de custos ligadas à redução de desperdícios nos processos fabris englobando a padronização de atividades laborais, conservação de equipamentos e desenho de sistemas logísticos enxutos. CONHECENDO O AUTOR CONHECENDO O AUTOR 95 ■ ABC da Saúde. Educação sexual. Disponível em: <http://www.abcdasaude.com.br/sex- ologia/educacao-sexual>. Acesso em: 06 jan. 2015. ■ AREA SEG. Fumo, cigarro e suas consequências. Disponível em: <http://www.areaseg. com/toxicos/fumo.html>. Acesso em: 13 dez. 2014. ■ Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Brasil continua líder na reciclagem de latas de alumínio para bebidas. (31/10/2013). Disponível em: <http://www.abal.org.br/noti- cias/lista-noticia/integra-noticia/?id=1170>. Acesso em: 30 mar. 2015. ■ ASSOCIAÇÃO Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV). Qualidade de vida no trabalho: identidade e orientação sexual. Disponível em: <http://www.abqv.com.br/portal/Con- tent.aspx?id=384>. Acesso em: 12 fev. 2015. ■ BARBOSA FILHO, Antonio Nunes. Segurança do trabalho & gestão ambiental. 4. ed. São Paulo (SP): Atlas, 2011. 378 p. ■ BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira. Controle de Riscos: Prevenção de Acidentes no Ambiente Ocupacional. 1. Ed. São Paulo: Érica, C2014. 120 p. ■ BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência em planejamento familiar: manual técnico. 4. ed. Brasília (DF): 2002. (Série A Normas e Manuais Técnicos. n. 40). Disponível em: - <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2014. ■ BRASIL. Lei n. 12.845, de 1º de agosto de 2013. Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual. Portal da Legislação: Leis Ordinári- as. 2013. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/ lei/l12845.htm>. Acesso em: 30 mar. 2015. ■ ______. Biblioteca Virtual da Saúde. Alcoolismo. Julho, 2014. Disponível em: <http:// bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/58alcoolismo.html>. Acesso em: 03 dez. 2014. ■ ______. Decreto-Lei n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Dispõe sobre o Código Pe- nal Brasileiro. Portal da Legislação: Leis Ordinárias. 2013. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm>. Acesso em: 30 mar. 2015. ■ ______. Lei n.° 8212, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l8212cons.htm>. Acesso em: 01 abr 2015. ■ ______. Lei n.° 8213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em: 01 abr 2015. ■ ______. Ministério da Educação. Educação Profissional. Referências Curriculares Na- cionais Profissional de Nível Técnico. Brasília, 2010. Disponível em: <http://portal.mec. gov.br/setec/arquivos/pdf/meioambi.pdf>. Acesso em: 02 abr 2015. REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO96 ■ ______. Equipamento de Proteção Individual. 2014. Disponível em: <http://portal. mte.gov.br/data/files/8A7C816A47594D04014767F2933F5800/NR-06%20(atualiza- da)%202014.pdf> Acesso em: 02 abr 2015. ■ ______. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas Reguladoras. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 02 abr 2015. ■ ______. Ministério da Justiça do Brasil. Prevenção. Disponível em: <http://www. obid.senad.gov.br/portais/OBID/conteudo/index.php?id_conteudo=11431&ra- stro=PREVEN%C3%87%C3%83O%2FTipos+de+Preven%C3%A7%C3%A3o/Pre- ven%C3%A7%C3%A3o+prim%C3%A1ria%2C+secundaria+e+terci%C3%A1ria>. Acesso em: 29 dez. 2014. ■ ______. Ministério do Trabalho. Normas Regulamentadoras. Disponível em: <http:// portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 05 mar. 2015. ■ ______. Portal Brasil. Saiba mais sobre o Protocolo de Quioto. Disponível em: <http:// www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2010/11/protocolo-de-quioto> Acesso em: 29 nov. 2014. ■ CALDAS AULETE. [s.d]. Disponível em: < http://www.aulete.com.br/racional>. Acesso em: 30 mar. 2015. CCIH. Consulta Pública nº 48, de 4 de julho de 2000. [2000]. Dis- ponível em: <http://www.ccih.med.br/portaria.html>. Acesso em: 30 mar. 2015. ■ CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: uma abord- agem holística: segurança integrada á missão organizacional com produtividade, quali- dade ambiental e desenvolvimento de pessoas. São Paulo (SP): Atlas, 1999c. ■ COSTA, Marco Antonio F. da; COSTA, Maria de Fátima Barrozo da. Segurança e saúde no trabalho: cidadania, competitividade e produtividade. Rio de Janeiro (RJ): Quality- mark, 2005c. 195 p. ■ Conservação Ambiental para Ensino Médio. http://eco.ib.usp.br/lepac/conservacao/ ensino/lixo_residuos.htm> DIEHL, Alessandra; CORDEIRO, Daniel Cruz; LARANJEIRA, Ronaldo. Dependência Química: Prevenção, Tratamento e Políticas Públicas. – Da- dos eletrônicos. Porto Alegre: Artmed, 2011. Disponível em: <https://books.google. com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=zzivab1phXwC&oi=fnd&pg=PP1&dq=fases+da+de- pend%C3%AAncia+qu%C3%ADmica&ots=pfPtIvji4i&sig=9J_tgi74EuPrmBfMRhxMoK- 9N674#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 02 abr. 2015. ■ FRANCISCO, Wagner de Cerqueira. Energia geotérmica. In: BRASIL ESCOLA. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/energia-geotermica-1.htm>. Acesso em: 09 fev. 2015. ■ GONÇALVES, Edwar Abreu. Segurança e medicina do trabalho: em 1.200 perguntas e respostas. 3. ed. São Paulo (SP): LTr, 2000. ■ INACIO, Clesio; BORSZCZ, Iraci (Org.). Segurança do trabalho. Florianópolis: SENAI/SC DR, 2001. (Série material didático). ■ INPEV. Destinação de embalagens agrícolas. Disponível em: <http://www.inpev.org. br/logistica-reversa/destinacao-das-embalagens/reciclagem-incineracao>. Acesso em: 02 jan. 2015. ■ JACOBI, Pedro Roberto; BENSEN, Gina Rizpah. Gestão de resíduos sólidos em São Paulo: desafios da sustentabilidade. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? pid=S0103-40142011000100010&script=sci_arttext>. Acesso em: 06 jan. 2015. 97REFERÊNCIAS ■ JANSSEN. Contracepção. [s.d]. Disponível em: <http://www.janssen-cilag.com.br/con- tracepcao>. Acesso em: 29 dez. 2014. ■ LOURENÇO, Avelino Moreira (Org.). SMS: Segurança. 2ed. Rio de Janeiro: SENAI-RJ, 2008. ■ MACHADO, Flávia. As Diferenças entre as Pessoas. [s.d]. In: JORNAL EXISTENCIAL. Dis- ponível em: <http://www.existencialismo.org.br/jornalexistencial/flaviamdiferencas. htm>. Acesso em: 02 jan. 2015. ■ MAGALHÃES, Luiz Carlos. Orientações Gerais para Conservação de Energia Elétrica em Prédios Públicos. (abril, 2001). Disponível em: < http://www.mma.gov.br/images/ arquivo/80063/manual_PROCEL_orientacoes_gerais_predios_publicos.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2015. ■ MARQUES, José Roberto. QVT – Qualidade de Vida noTrabalho. 2014. Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/rh-e-gestao-de-pessoas/quali- dade-de-vida-no-trabalho-dicas-e-conceitos/>. Acesso em: 02 abr. 2015. ■ MELDAU, Débora Carvalho. Alcoolismo. In: INFOESCOLA. Disponível em: <http://www. infoescola.com/doencas/alcoolismo/>. Acesso em: 12 dez. 2014. ■ MINHA VIDA. Cirrose. [s.d]. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/te- mas/cirrose>. Acesso em: 01 dez. 2014. ■ MENDES, Eduardo. Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. (dez. 2012).In: BLOG Se- gurança é nosso compromisso. Disponível em: <http://grupoalphaseg.blogspot.com. br/2012/12/prevencao-de-riscos-ambientais.html#.VJPmCl4AHQ>. Acesso em: 05 mar. 2015. ■ NETO, Nestor Waldhelm. Check list Máquina de solda. In: SEGURANÇA do Trabalho. Disponível em: <http://segurancadotrabalhonwn.com/check-list-maquina-de-solda/>. Acesso em: 12 fev. 2015. ■ [OMS] Organização Mundoal da Saúde, CIF: Classificação Internacional de Funcional- idade, Incapacidade e Saúde [Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para a Família de Classificações Internacionais, org.; coordenação da tradução Cassia Maria Buchalla]. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo - EDUSP; 2003. ■ PARANÁ. Secretaria da Saúde do Estado do Paraná. Conceitos e definições. Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=668>. Acesso em: 12 fev. 2015. ■ PEIXOTO, Neverton Hofstadler. Curso técnico em automação industrial: segurança do trabalho. 3 ed. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria: Colégio Técnico In- dustrial de Santa Maria, 2010. ■ PINHEIRO, Pedro. Doenças do Cigarro – Como Parar de Fumar. (27 mar. 2014). In: MD Saúde. Disponível em: <http://www.mdsaude.com/2008/09/cigarro.html>. Acesso em: 05 dez. 2014. ■ POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA – Poluição Ambiental. Efeito Estuda. [s.d.]. Disponível em: <http://www.rudzerhost.com/ambiente/estufa.htm>. Acesso em: 30 mar. 2015. ■ PROCESSO DE COMPOSTAGEM. Como funciona a compostagem?. [s.d.]. Disponível em: <http://www.ib.usp.br/coletaseletiva/saudecoletiva/compostagem.htm>. Acesso em: 30 mar. 2015. ■ QUEEN, Mariana. Como a escola deve falar de sexo? (12 jun. 2013). Educar para Crescer. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/educacao-sex- ual-406667.shtml>. Acesso em: 11 fev. 2015. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO98 ■ REN21. Renewable energy policy network for the 21st century – Renewables 2010 Global Status Report. 2010. Disponível em: <http://www.martinot.info/REN21_ GSR_2010_full.pdf>. Acesso em: 09 fev. 2015. ■ ROBLES JUNIOR, Antonio; BONELLI, Valerio Vitor. Gestão da qualidade e do meio am- biente: enfoque econômico, financeiro e patrimonial. São Paulo (SP): Atlas, 2006. ■ SANTA CATARINA. Governo do Estado assina convênio com 42 instituições de trata- mento a dependentes químicos. Disponível em: <http://sc.gov.br/index.php/mais-so- bre-desenvolvimento-social/5353-governo-do-estado-assina-convenio-com-43-insti- tuicoes-de-tratamento-a-dependentes-quimicos>. Acesso em: 05 mar. 2015. ■ SÃO PAULO. Prefeitura Municipal de São Paulo. Saúde Sexual e Reprodutiva. [s.d]. disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/saude_da_ mulher/index.php?p=5696>. Acesso em: 02 jan. 2015. ■ SEGURANÇA DO TRABALHO. (s.d.) Disponível em: <http://segurancadotrabalhonwn. com/check-list-maquina-de-solda/>. Acesso em: 12 fev 2015. ■ SESI. Departamento Regional do Paraná. Modelos de Prevenção às Drogas. Disponível em: <http://www.sesipr.org.br/cuide-se-mais/alcool-e-outras-drogas/programas-de-pre- vencao-no-ambiente-de-trabalho-qual-e-o-melhor-modelo-1-23999-216388.shtml> Acesso em: 18 dez. 2014. ■ SIGNIFICADOS. O que é sustentabilidade. [s.d.]. Disponível em: <http://www.significa- dos.com.br/sustentabilidade/>. Acesso em: 01 abr 2015. ■ ____________. O que é laboral. [s.d.]. Disponível em: <http://www.significados.com. br/laboral/>. Acesso em: 01 abr 2015. ■ ______. Departamento Regional de São Paulo. Manual de segurança e saúde no tra- balho: indústria calçadista. São Paulo, SP: SESI, 2002. (Coleção manuais). ■ RIGONI, José Ricardo. Norma OHSAS 18001:2007 - Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho. (nov. 2012). In: TOTAL Qualidade. Disponível em: <http://www. totalqualidade.com.br/2012/11/norma-ohsas-180012007-sistema-de-gestao.html>. Acesso em: 05 mar. 2014. ■ UNITED NATIONS. Departaments for Economic and Social Information and Policy Anal- ysis. Studies in Methods. Série F, nº 67. New York: United Nations, 2007. Disponível em: <http://unstats.un.org/unsd/publication/SeriesF/SeriesF_67E.pdf>. Acesso em: 02 abr 2015. ■ USINA ECOELÉTRICA. Energia da Biomassa. [s.d.]. Disponível em: <http://www.dee. feis.unesp.br/usinaecoeletrica/index.php/biomassa>. Acesso em: 30 mar. 2015. ■ VARELLA, Drauzio. Maconha. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/dependen- cia-quimica/maconha/>. Acesso em: 23 dez. 2014. ■ ZOCCHIO, Álvaro. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho. 7. ed. rev. e ampl. São Paulo (SP): LTr, 2002. SENAI - DEPARTAMENTO NACIONAL UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP Felipe Esteves Pinto Morgado Gerente Executivo de Educação Profissional e Tecnológica Waldemir Amaro Gerente de Tecnologias Educacionais Nina Rosa Silva Aguiar Gerente de Educação Profissional e Tecnológica Fabíola de Luca Coimbra Bomtempo Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros Didáticos Paula Martini Coordenação Geral do Programa SENAI de Educação a Distância SENAI - DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA Cleberson Silva Coordenação do Desenvolvimento dos Livros Didáticos Mauricio Cappra Pauletti Coordenação Educacional Maycon Cim Coordenação Núcleo Técnico e Assessoria e Consultoria em Educação Gisele Umbelino Coordenação Assessoria e Consultoria em Educação Kácio Flores Jara Técnico em Educação a Distância Michele Antunes Corrêa Coordenação Desenvolvimento de Recursos Didáticos Michele Antunes Corrêa Roberta de Fátima Martins Projeto Educacional Carlos Filip Lehmkuhl Loccioni Luiz Eduardo de Souza Meneghel Projeto Gráfico Evandro Medeiros Marques Elaboração Daiani Machado Gustavo Lucas Alves Revisão Técnica Alda Yoshi Uemura Reche Inês Helena de Melo Pires Josilda Maria Carvalho de Barros Vitorio Donato Comitê Técnico de Avaliação Roberta Martins Design Educacional Luiz Eduardo de Souza Meneghel Ilustrações e Tratamento de Imagens Felipe da Silva Machado Diagramação Davi Leon Dias Revisão e Fechamento de Arquivos Luciana Effting Takiuchi CRB-14/937 Ficha Catalográfica Jaqueline Tartari Contextuar Revisão Ortográfica e Gramatical Jaqueline Tartari Contextuar Normalização