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SÉRIE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
SAÚDE E 
SEGURANÇA DO 
TRABALHO
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira
Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Nacional
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor Geral
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira 
Diretor Adjunto
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
SÉRIE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
SAÚDE E 
SEGURANÇA DO 
TRABALHO
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
_____________________________________________________________________________ 
S491s 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. 
Saúde e segurança do trabalho / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento 
Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2015. 
97 p. : il. (Série Aprendizagem Industrial). 
 
 ISBN 978-85-7519-829-2 
 
 1. Segurança do trabalho. 2. Saúde e trabalho. 3. Qualidade ambiental. 4. Drogas. I. 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. 
II. Título. III. Série. 
 CDU: 331.45 
_____________________________________________________________________________ 
 
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2015. SENAI – Departamento Nacional
© 2015. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por 
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de 
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por 
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina 
Núcleo de Educação – NED
SUMÁRIO
Leia o fechamento que o 
autor preparou para você! 
Aproveite todos os cami-
nhos que levam ao conheci-
mento.
Conheça mais detalhes so-
bre o autor deste livro, sua 
formação e experiências 
profissionais, entre outros.
Confira agora as referências 
utilizadas nessa Unidade 
Curricular. Aproveite e am-
plie seus conhecimentos!
Conheça aqui a abertura da Uni-
dade Curricular. Explore essa 
oportunidade de aprendizagem 
e veja quantas descobertas serão 
possíveis!
 CONHECENDO O AUTOR
CAPÍTULO 1
Saúde e Segurança no Trabalho
Como você pode identificar as si-
tuações de risco no seu local de 
trabalho? É possível evitar aciden-
tes de trabalho? Leia o texto na ín-
tegra e descubra a melhor forma 
de proteger-se!9
CAPÍTULO 2
Qualidade Ambiental, Meio Ambiente e 
Sustentabilidade
Qual o seu papel no cumprimento 
das normas ambientais de saúde 
e segurança? Sua participação 
neste processo é muito importan-
te. Leia o capítulo e aprenda mais 
sobre o tema.39
CAPÍTULO 3
Álcool, Tabaco e Outras drogas: Das 
Relações com o Trabalho
Você sabia que o uso de drogas cau-
sa sérios problemas para o indivíduo 
e isso impacta diretamente no tra-
balho? Para aprender mais sobre o 
tema, leia o texto na íntegra.
53
CAPÍTULO 4
Individualidades, Respeito às Diferenças 
e Saúde Sexual
Você já pensou como somos todos di-
ferentes? O respeito a essas diferenças 
é primordial em qualquer situação e no 
trabalho não é diferente. Leia o texto na 
íntegra e aprenda mais sobre o assunto. 73
91
93
95
REFERÊNCIAS
PALAVRAS 
DO AUTOR
7
MENSAGEM
AO APRENDIZ  
Olá, seja bem-vindo à Unidade Curricular Saúde e Segurança do Trabalho!
No decorrer dos seus estudos, você desenvolverá competências para a identificação de 
riscos no trabalho e na vida. Você entenderá que apesar de diferentes, estes riscos podem 
trazer consequências muito parecidas.
Nesta unidade curricular, você vai conhecer os conceitos básicos de saúde e segurança 
do trabalho. Conhecerá também as maneiras de se evitar acidentes, e o seu papel no cum-
primento das normas ambientais e de segurança.
Outros aspectos que impactam a saúde do trabalhador também serão abordados, tais 
como o uso e a dependência de drogas e a saúde sexual e reprodutiva. 
Espero que aproveite seus estudos e use esse conhecimento no seu dia a dia!
Siga em frente e bons estudos!
PROFo. EVANDRO MEDEIROS MARQUES
MENSAGEM 
AO APRENDIZ
9SEGURANÇA • ACIDENTES PREVENÇÃO
CAPÍTULO 1
SAÚDE E SEGURANÇA 
NO TRABALHO
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 11
1.1. SEGURANÇA DO TRABALHO
A segurança do trabalho é um conjunto de medidas tomadas para se 
evitar ou minimizar os acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais e 
também proteger a integridade física e a capacidade do trabalhador em 
exercer sua função. (PEIXOTO, 2010).
co
ok
el
m
a 
([2
0-
-?
])
Neste capítulo, você vai estudar temas relacionados à segurança no tra-
balho. Aprenderá a reconhecer riscos à saúde e segurança do trabalhador e 
as formas de proteção a esses riscos. 
1.1.1. ACIDENTES DE TRABALHO
O art. 19 da Lei n. 8.213/91, define acidente de trabalho como aquele “que 
ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do 
trabalho”. Mas, só será considerado acidente de trabalho quando provoca 
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a 
redução (permanente ou temporária) da capacidade para o trabalho.
Perceba que são considerados acidentes de traba-
lho não apenas aqueles decorrentes de atividades 
laborais exercidas a cargo das empresas, mas tam-
bém todos os acidentes ocorridos no exercício de 
atividades laborais individuais ou em regime de eco-
nomia familiar. 
LABORAIS
Adjetivo que relacio-
na alguma coisa com 
o mundo do trabalho. 
(SIGNIFICADOS, 2015).
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO12
No regime de economia familiar, os membros da família trabalham de 
forma a sobreviver em regime de colaboração, sem empregados. 
De acordo com a Lei no 8.212, são caracterizados como acidentes de tra-
balho: 
 ■ aqueles ocorridos durante o trajeto entre a residência do trabalhador 
e a empresa;
 ■ doença profissional produzida pelo exercício de uma determinada 
tarefa;
 ■ doença do trabalho que pode ser adquirida ou desencadeada pelas 
condições em que a função é exercida.
Para tornar seu aprendizado mais efetivo, na sequência, você aprenderá 
sobre os três tipos de acidentes de trabalho: acidente típico, de trajeto e 
doença profissional ou do trabalho. Estas definições correspondem à Lei nº 
8.123/91, nos artigos 20 e 21. Acompanhe!
Acidente típico: ocorre na execução da atividade profissional do indiví-
duo.
EXEMPLO:
Um carpinteiro está trabalhando em uma construção de um assoalho de 
madeira. Quando ele está pregando uma tábua na estrutura, acontece um 
acidente: ele erra uma martelada, acertando seu dedo.
po
jo
sl
aw
 ([
20
--?
])
Acidente de trajeto: acidentes de trânsito e outros que possam ocorrer 
no trajeto que o trabalhador faz de casa ao trabalho e vice-versa. 
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 13
EXEMPLO:
Um auxiliar de escritório faz seu trajeto até o trabalho de motocicleta dia-
riamente. Certo dia, durante o trajeto, ele colide sua motocicleta em um 
carro e acaba com dores no pescoço.
Vu
k 
Vu
km
iro
vi
c 
([2
0-
-?
])
Doença profissional: a doença profissional também é considerada um 
acidente e é desencadeadapelo exercício de uma determinada função.
EXEMPLO:
Certo operador de manufatura trabalha com montagem de refrigeradores. 
Parte de sua atividade é parafusar manualmente uma pequena peça. Após 
anos de trabalho executando sempre a mesma função, o operador come-
ça a sentir dores no punho, que são diagnosticadas como LER ou DORT.
A LER, uma vez diagnosticada e caracterizada como decorrente do traba-
lho, é caracterizada como uma DORT.
LER
Sigla para as Lesões 
por Esforços Repetiti-
vos. A exposição a mo-
vimentos repetitivos 
com frequência ele-
vada e agravada por 
aspectos ergonômicos 
causa a LER. (BRASIL, 
2001).
DORT
Sigla para as Doenças 
Osteoarticulares Rela-
cionadas ao Trabalho.
(BRASIL, 2001).
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO14
Ro
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 ([
20
--?
])
Na sequência, aprenda sobre a doença do trabalho. 
Doença do trabalho: está mais ligada ao meio ambiente de trabalho. 
Portanto, a doença do trabalho é aquela que tem ligação com o ambiente 
onde a atividade profissional é exercida.
EXEMPLO:
Um operador trabalha na construção civil operando uma máquina para 
polir pisos de concreto. A inalação do pó gerado pelo processo de poli-
mento durante um longo tempo desencadeia uma doença pulmonar gra-
ve.
Você aprendeu o que é um acidente de trabalho e como pode ser carac-
terizado. Também estudou sobre as doenças profissionais ou do trabalho. 
Essas doenças podem ser desencadeadas quando o trabalhador está ex-
posto diretamente aos agentes agressores à saúde e serão seu próximo 
tema de estudo. Siga em frente!
1.1.2. CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO
Você terá a oportunidade de aprender sobre as principais causas de 
acidentes de trabalho. Você vai iniciar seus estudos aprendendo sobre os 
agentes agressores à saúde. 
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 15
AGENTES AGRESSORES À SAÚDE
Você sabe o que são agentes agressores à saúde? 
Agentes agressores também podem ser chamados de agentes ambien-
tais. Os agentes agressores podem ser: físicos, químicos, biológicos, er-
gonômicos e de acidentes, presentes nos ambientes de trabalho. Esses 
agentes podem causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador 
(LOURENÇO, 2008).
Th
in
ks
to
ck
 ([
20
--?
])
Na sequência, você conhecerá as características dos tipos de agentes 
agressores, conforme apresentado em Lourenço (2008). Acompanhe.
Agentes Físicos: estão presentes no ambiente de trabalho e são de natu-
rezas diversas. Eles podem ser ruídos, vibrações, radiações ionizantes, ra-
diações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais, umidade e lumino-
sidade. Os agentes agressores estão diretamente relacionados com o ramo 
de atividade das empresas. Por exemplo, em uma construtora estarão pre-
sentes o ruído, frio, calor e umidade. Já em uma fábrica de cosméticos, os 
agentes agressores presentes podem incluir também a luminosidade como 
um fator de risco. 
O trabalhador deve estar bem informado quanto ao prejuízo que cada 
um desses agentes oferece à sua saúde e saber quais os meios necessários 
para que as medidas de controle sejam adotadas, conforme o risco a que 
está exposto.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO16
H
ig
hw
ay
st
ar
z-
Ph
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og
ra
ph
y 
([2
0-
-?
])
Você já percebeu que quando ficamos por um período expostos a um 
som muito alto temos a impressão de estarmos “surdos” por um tempo? 
Essa exposição por pequenos períodos nos dá esta sensação. Já se esses 
períodos forem grandes e frequentes, acabamos perdendo nossa audição 
gradativamente e permanentemente.
Agentes Químicos: em muitas empresas, o contato com produtos quími-
cos durante o processo produtivo é necessário. A enorme utilização de pro-
dutos químicos acarreta grande incidência de doenças profissionais causa-
das por esses produtos. Esses produtos podem ser encontrados nas formas 
líquida, gasosa, de vapores e sólida, e podem penetrar no organismo pelas 
vias respiratórias, digestiva e, também, através da pele.
LI
sh
er
w
oo
d 
([2
0-
-?
])
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 17
EXEMPLO:
Em uma operação de montagem de compressores herméticos, usados 
para equipar refrigeradores e sistemas de refrigeração, o processo exige 
a presença de óleo nos componentes que serão montados. Um operador 
inevitavelmente vai ter contato com o óleo. Para se evitar a contaminação 
por este agente químico, o operador precisa fazer o uso de luvas de bor-
racha.
A efetiva proteção a esses riscos inicia com a identificação de cada um 
deles. Mais a frente, você vai conhecer os equipamentos de proteção para 
cada um desses riscos.
Agentes Biológicos: os agentes biológicos desencadeiam doenças cau-
sadas por microrganismos, ou seja, bactérias, vírus, fungos e protozoários 
adquiridos no exercício da atividade laboral. Eles podem ser encontrados 
em sanitários, hospitais, laboratórios, lavanderias e outros mais variados 
lugares.
Al
ex
an
de
r R
at
hs
 ([
20
--?
])
EXEMPLO:
Uma enfermeira que trata um paciente com tuberculose pode contrair a 
doença.
Não longe disso, também é um exemplo as doenças respiratórias adqui-
ridas por trabalhadores em um escritório onde a frequência de limpeza 
dos filtros dos condicionadores de ar não é cumprida, permitindo assim o 
acúmulo de pó e a proliferação de bactérias pelo ar.
Um aspecto muito importante para se evitar os riscos biológicos é a ma-
nutenção dos ambientes limpos!
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO18
Agentes Ergonômicos: a ergonomia estuda as relações entre o homem e 
o seu ambiente de trabalho. Os agentes ergonômicos causadores de doen-
ças se caracterizam por atitudes e hábitos profissionais prejudiciais à saú-
de, mas não se limitam a isso. 
en
do
pa
ck
 ([
20
--?
])
Outros aspectos como o mau dimensionamento de um posto de trabalho 
podem apresentar riscos para o trabalhador, que pode estar sendo forçado 
a trabalhar com uma postura inadequada.
São exemplos de riscos ergonômicos: esforço físico intenso, posturas ina-
dequadas, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolonga-
das, e monotonia e repetitividade.
REFLITA
O seu posto de trabalho está bem dimensionado? Você se sente confortá-
vel – ergonomicamente falando – em executar suas tarefas?
Os problemas ergonômicos são muito comuns. Dores em certas partes 
do corpo como ombros e costas, por exemplo, são comuns em pessoas que 
ficam muito tempo na frente de um computador em uma postura inade-
quada. Esses problemas podem ser diagnosticados como LER, que segun-
do o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é o campeão no ranking de 
afastamento do trabalho. 
Em tradução livre, sig-
nifica, posição, clas-
sificação. Ex, qual sua 
posição no ranking de 
melhores jogadores de 
futebol? 
Eu estou em primeiro 
lugar na classificação.
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 19
FIQUE POR DENTRO
Você sabia que existem manuais que nos ajudam a garantir um posto de 
trabalho ergonomicamente adequado? A Microsoft, grande multinacional 
norte-americana que desenvolve softwares, desenvolveu um manual para 
orientar como trabalhar de maneira saudável em frente a um computador. 
Dê uma olhada no Guia de Saúde e Computadores e aprenda mais 
sobre o assunto. O texto está disponível em: <http://www.microsoft.com/
hardware/pt-br/support/healthy-computing-guide>. Acesso em: 10 dez. 
2014.
Uma vez que você aprendeu sobre agentes ergonômicos, conhecerá os 
riscos de acidentes de trabalho. Acompanhe na sequência. 
RISCOS DE ACIDENTES
Os riscos de acidentes são os responsáveis por uma série de lesões nos 
trabalhadores, como cortes, fraturas, escoriações, queimaduras (LOUREN-
ÇO, 2008).
hx
db
zx
y 
([2
0-
-?
])
Vale lembrar que os agentes aqui citados quando presentes no ambiente 
de trabalho poderão causar imediatamente prejuízos à saúde. Para que o 
acidente ocorra, é necessário que se tenha a combinação de vários fatores, 
como, por exemplo: o tempo de exposição, a possibilidade de a pessoa ab-
sorver as substâncias químicas ou biológicas e as condições do ambiente 
de trabalho. Porém, a prevenção deve ser constante.SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO20
PRATICANDO
Faça um levantamento dos tipos de agentes agressores presentes no seu 
local de trabalho. 
Na sequência de seus estudos, você estudará sobre os equipamentos que 
protegem o trabalhador do risco de acidentes.
1.1.3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA
Você estudou que possivelmente estamos ou estaremos expostos a al-
gum tipo de risco e que esse risco pode nos trazer prejuízos para a saúde. 
Mas, o que fazer para nos protegermos?
Para minimizar os riscos de acidentes, é preciso fazer 
o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e 
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC). A empresa 
contratante deve fornecer esses equipamentos sem-
pre que necessário.
Na sequência, você estudará sobre os tipos de equipamentos que existem 
e como eles podem ajudar a proteger a saúde do trabalhador. Acompanhe!
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Os Equipamentos de Proteção Individual são dispositivos ou produtos, 
de uso individual do trabalhador, destinado à proteção contra riscos capa-
zes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde (BRASIL, 2014).
O quadro a seguir mostra os tipos mais comuns de equipamentos de pro-
teção individual e suas aplicações. Acompanhe!
TIPO DE EPI IMAGEM ILUSTRATIVA DESCRIÇÃO DO TIPO DE PROTEÇÃO
Capacete
in
di
go
lo
to
s (
[2
0-
-?
]) Proteção do crânio contra impactos, choques 
elétricos e no combate a incêndios.
Óculos de Segurança
Co
pr
id
 ([
20
--?
]) Proteção contra partículas, luz intensa, radia-
ção, respingos de produtos químicos.
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 21
Luvas de Segurança
in
di
go
lo
to
s (
[2
0-
-?
])
Proteção contra riscos químicos e físicos.
Sapato de Segurança
in
di
go
lo
to
s (
[2
0-
-?
]) Proteção contra riscos de origem térmica, 
umidade, produtos químicos e quedas.
Cintos de Segurança
Cp
t2
12
 ([
20
--?
])
Proteção contra quedas e alturas 
superiores a dois metros.
Proteção respiratória 
(máscaras)
de
im
ag
in
e 
([2
0-
-?
])
Proteção contra gases, névoas, vapores e 
poeiras.
Protetores auriculares
Th
in
ks
to
ck
 ([
20
--?
])
Proteção contra ruídos.
Quadro 1 - Equipamentos de proteção individual mais comuns
Fonte: Adaptado de Brasil (2014)
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO22
Observe que no quadro anterior você encontra os tipos de EPIs mais uti-
lizados na indústria. Você pode contar com a identificação dos EPIs, uma 
foto ilustrativa e uma breve explicação do risco que o equipamento prote-
ge. Por exemplo, os cintos de segurança devem ser utilizados para a prote-
ção contra quedas e alturas superiores a dois metros.
PRATICANDO
Faça um levantamento dos EPIs que são utilizados em sua empresa. Verifi-
que para quais riscos do seu ambiente de trabalho eles protegem.
Segundo o primeiro parágrafo do artigo 19, da Lei n. 8.213/91, as em-
presas são obrigadas a fornecer os equipamentos de proteção individual. 
Por outro lado, o uso do equipamento por parte do colaborador também é 
obrigatório sempre que os riscos não forem eliminados com o uso de Equi-
pamentos de Proteção Coletiva (EPCs).
Mas o que são os Equipamentos de Proteção Coletiva?
Dê sequência aos seus estudos e aprenda sobre os EPCs!
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) são dispositivos utilizados 
no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos 
riscos inerentes aos processos. Como o nome diz, são equipamentos de 
proteção coletiva e são utilizados para reduzir os riscos de acidentes. 
Por exemplo, um equipamento que emite muito ruído pode ser enclau-
surado acusticamente. Esse equipamento pode ser fechado dentro de uma 
câmara com isolação acústica com a finalidade de reduzir o nível de ruído 
no local de trabalho.
Acompanhe, na sequência, uma lista com os principais Equipamentos de 
Proteção Coletiva. 
TIPO DE EPC IMAGEM ILUSTRATIVA DESCRIÇÃO DO TIPO DE PROTEÇÃO
Enclausura-
mento acústico 
de fontes de 
ruído
am
pl
itu
de
ac
us
tic
a.
co
m
.b
r (
20
15
)
Este EPC é usado para diminuir o ruído 
gerado por um determinado equipa-
mento.
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 23
Ventilação 
dos locais de 
trabalho
so
la
st
er
 (2
01
5)
É utilizado para garantir a circulação de 
ar em ambientes quentes ou mesmo 
ambientes poluídos com gases, fumos 
e poeira.
Proteção de 
partes móveis 
de máquinas
W
ag
ne
r N
as
ci
m
en
to
 (2
01
5)
São usadas para garantir que partes 
móveis de máquinas não fiquem 
expostas. Essas proteções evitam que 
o colaborador prenda partes de seu 
corpo nas máquinas.
Exaustores 
para gases e 
vapores
im
an
ts
u 
([2
0-
-?
])
Os exaustores servem para sugar gases 
e vapores de ambientes fechados.
Tela / grade 
para proteção 
de polias, 
peças ou 
engrenagens 
móveis em
ei
nd
 (2
01
5)
Tem a mesma função das proteções de 
partes móveis de máquinas.
Ar-condiciona-
do/aquecedor 
para locais 
frios
Ja
re
k 
Jo
ep
er
a 
([2
0-
-?
]) São utilizados para garantir um padrão 
fisiologicamente aceitável de tempera-
tura para a execução do trabalho.
Sinalização de 
segurança
Th
in
ks
to
ck
 ([
20
--?
])
A sinalização de segurança serve para apontar 
de forma visual os perigos de um ambiente de 
trabalho. Também é utilizada para delimitar 
áreas seguras de circulação de pessoas com a 
demarcação de corredores.
Corrimão
An
to
ni
oG
ui
lle
m
 ([
20
--?
])
Serve como ponto de apoio para evitar 
quedas em escadas.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO24
Fitas antider-
rapantes de 
degrau de 
escada
Fo
oT
To
o 
([2
0-
-?
])
As fitas antiderrapantes servem para 
ser colocadas em pisos e escadas para 
evitar escorregões acidentais.
Iluminação
hx
db
zx
y 
([2
0-
-?
])
Visa a atender os limites aceitáveis 
de iluminação para a execução do 
trabalho.
Piso antiderra-
pante
an
_p
op
 ([
20
--?
])
Visa a evitar escorregões e quedas na 
área protegida.
Guarda-corpos
ar
te
in
ox
cu
rit
ib
a 
(2
01
5)
O guarda-corpos oferece uma barreira 
em uma altura mínima para que uma 
pessoa não corra o risco de cair de uma 
determinada altura.
Sirene de alar-
me incêndio
M
el
 B
ed
gg
oo
d 
([2
0-
-?
])
A sirene de alarme de incêndio é ligada 
a um dispositivo de disparo, manual ou 
automático e serve para sinalizar uma 
emergência.
Cabines para 
pintura
ST
K 
(2
01
5)
As cabines para pintura servem para 
limitar a área contaminada com tinta 
nos processos de pintura. Algumas 
cabines são dotadas de equipamentos 
que retiram a tinta do ar como exausto-
res, filtros e barreiras de água.
Quadro 2 - Equipamentos de Proteção Coletiva
Fonte: Adaptado do Portal da Educação (2013)
O quadro mostra uma variedade de equipamentos de proteção coletiva. 
Esses são os mais comuns, no entanto, existe uma infinidade de equipa-
mentos para os mais variados tipos de riscos. A aplicação correta dos EPCs 
pode eliminar um risco do ambiente de trabalho, tornando o uso de deter-
minado EPI desnecessário. Um exemplo disso é um armazém que tem o 
transito de empilhadeiras a gás. Se a exaustão do local for eficiente, o uso 
de máscaras de proteção é desnecessário.
Na sequência, aprenda quais as orientações para prevenção de aciden-
tes. Siga em frente!
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 25
1.1.4. ORIENTAÇÕES DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Você estudou sobre acidentes, riscos e agentes agressores a saúde. Mas, 
será que é possível prevenir-se desses riscos? 
Claro que sim! No entanto, para se prevenir de acidentes do trabalho, 
é preciso seguir orientações. Aprenda essas orientações na sequência de 
seus estudos. 
MAPA DE RISCOS
Mapa de Risco é uma representação gráfica que tem o objetivo de apre-
sentar de forma simples e padronizada os riscos presentes no ambiente de 
trabalho (ZOCCHIO, 2002).
É apresentado de acordo com o layout do local analisado através de cír-
culos com cores diferentes, de acordo com o nível dos riscos e com as cores 
correspondentes a eles.
A legenda apresenta os riscos associados às cores.Já o tamanho dos cír-
culos no mapa representa a intensidade ou o tamanho do risco na área. 
 2P
Administração
4P
CPD
5P
Almoxarifado
2P
WC
Jardim
Linha de montagem
15P Refeitório
Recepção
Tornearia e soldagem 18P
Depósito 6P
Cozinha
5P
Dispensa
Riscos físicos
Riscos químicos
Riscos biológicos
Riscos ergonômicos
Riscos de acidentes
Lu
iz
 M
en
eg
he
l (
20
15
)
Figura 1 - Representação de um Mapa de Riscos simplificado
Fonte: Adaptado de Zocchio (2002)
O mapa de riscos serve para mostrar quais são os riscos presentes nas 
áreas abrangidas pelo mapa. O mapa também visa a conscientizar as pes-
soas sobre esses riscos.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO26
INSPEÇÕES DE SEGURANÇA
As inspeções de segurança são procedimentos avaliativos e investigati-
vos sobre determinados serviços, ambientes ou produtos. Elas visam à de-
tecção de possíveis riscos que possam ocasionar acidentes de trabalho e 
doenças ocupacionais. (ZOCCHIO, 2002). 
?
PERGUNTA
Mas quais os objetivos das inspeções de segurança?
Entre os principais objetivos da inspeção de segurança, estão:
 ■ detecção dos riscos que possam contribuir para a ocorrência de aci-
dentes de trabalho e doenças ocupacionais;
 ■ redução do número de acidentes de trabalho e doenças ocupacio-
nais;
 ■ elevação do interesse dos trabalhadores pelas questões de seguran-
ça e saúde do trabalho;
 ■ diminuição da ocorrência de danos ao patrimônio físico da empresa;
 ■ redução dos encargos trabalhistas e previdenciários.
Existem cinco tipos de inspeção de segurança. Aprenda quais são os tipos 
distintos observando o quadro a seguir.
TIPOS DE INSPEÇÃO DESCRIÇÃO DA INSPEÇÃO
Inspeção de Rotina
Esta inspeção deve ser diária ou sempre que um determinado 
procedimento a exigir. Um exemplo deste tipo de inspeção é a 
checklist que um piloto faz antes de decolar um avião.
Inspeção Periódica
A inspeção periódica é realizada em períodos e locais preesta-
belecidos, podendo ser realizada em intervalos regulares de 
tempo, como semanal, mensal ou anual. A verificação periódica 
das pastilhas de freio de um carro é um exemplo deste tipo de 
inspeção.
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 27
Inspeção Especial
A inspeção especial é realizada somente em casos especiais, 
fora do comum. É uma inspeção bastante técnica e deve ser 
executada por pessoal capacitado. Um exemplo de inspeção 
especial são as grandes caldeiras pressurizadas que só podem 
ser executada por pessoal especializado.
Inspeção Eventual
É um tipo de inspeção realizada em local e período não prede-
terminado. Pode acontecer a qualquer momento para garantir a 
segurança de um posto de trabalho ou equipamento.
Inspeção Oficial
É a inspeção realizada pelos agentes dos órgãos oficiais. Por 
exemplo: Bombeiros, Delegacia Regional do Trabalho (DRT), 
Vigilância Sanitária e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Quadro 3 - Tipos de Inspeção
Fonte: Adaptado de Zocchio (2002)
As inspeções pretendem determinar as medidas preventivas e corretivas 
para eliminação ou minimização desses riscos.
Na sequência, estude sobre o Plano de Prevenção Contra Incêndios 
(PPCI).
PLANO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS (PPCI)
O PPCI foi criado pelo corpo de bombeiros e é exigido por órgãos públicos 
para qualquer imóvel, a fim de proporcionar maior segurança às pessoas. 
Esse mesmo plano é utilizado para os diversos imóveis, desde os residen-
ciais até os industriais.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO28
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O PPCI é regulamentado pela Norma Reguladora 23 – Proteção Contra 
Incêndios – e sua finalidade é garantir itens básicos de segurança contra 
incêndios. O PPCI regulamenta, por exemplo, o número mínimo de saídas 
de emergência, equipamentos suficientes e treinamento para combate a 
incêndios.
FIQUE POR DENTRO
Algumas regras são universais, tais como as regras em caso de incêndio 
e emergências. No site Reta Safety, você encontra várias dicas de como 
se portar em caso de incêndios e situações de pânico. Disponível em: 
<http://www.retasafety.com.br/informacoes-dicas.html>. Acesso em: 29 
dez. 2014.
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA)
O PPRA visa à identificação dos riscos ambientais e à tomada de decisão 
para a contenção desses riscos. O plano está dividido em quatro fases: an-
tecipação dos riscos, reconhecimento dos riscos, controle e avaliação dos 
riscos ambientais (BARBOSA FILHO 2011). 
O PPRA está em conformidade com a NR 9. Este programa deve ser elabo-
rado pelo setor de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, caso 
a empresa o tenha. Se por ventura a empresa for desobrigada de manter 
esse departamento, o PPRA pode ser elaborado por empresas terceirizadas 
especializadas na elaboração e aplicação de PPRA.
O quadro a seguir traz exemplos de riscos ambientais, acompanhe:
As Normas Regula-
mentadoras são ela-
boradas pelo Minis-
tério de Trabalho e 
Emprego (MTE). Essas 
normas foram criadas 
a fim de promover 
saúde e segurança do 
trabalho na empresa. 
Uma das principais 
funções das NRs é ga-
rantir o cumprimento 
da CLT (Consolidação 
das Leis do Trabalho) 
e também para deta-
lhá-la.
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 29
RISCOS AMBIENTAIS
GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V
AGENTES 
QUÍMICOS
AGENTES 
FÍSICOS
AGENTES 
BIOLÓGICOS
AGENTES 
ERGONÔMICOS
AGENTES 
MECÂNICOS
Poeira Ruído Vírus
Trabalho físico 
pesado
Arranjo físico defi-
ciente
Fumos
Metálicos
Vibração Bactéria
Posturas incor-
retas
Máquinas sem 
proteção
Névoas
Radiação 
ionizante e não 
ionizante
Protozoários
Treinamento 
inadequado, 
inexistente
Matéria-prima fora 
de especificação
Vapores
Pressões anor-
mais
Fungos
Jornadas prolon-
gadas de trabalho
Equipamentos 
inadequados, 
defeituosos ou 
inexistentes
Gases
Temperatura 
extremas
Bacilos Trabalho noturno
Ferramentas defei-
tuosas, inadequa-
das ou inexistentes
Produtos quími-
cos em geral
Frio
Calos
Parasitas
Responsabilidade 
e conflito
Tensões emocio-
nais
Iluminação defi-
ciente
Eletricidade
Substâncias, 
compostos ou 
produtos quími-
cos em geral
Umidade
Insetos, cobras, 
aranhas etc
Desconforto
Monotonia
Incêndio
Edificações
Armazenamento
outros outros outros outros Outros
VERMELHO VERDE MARROM AMARELO AZUL
Quadro 4 - Riscos ambientais
Fonte: Adaptado de Brasil (2014) 
Perceba que no quadro anterior os riscos são divididos em grupos, sen-
do os riscos ambientais os grupos I (vermelho), II (verde), III (marrom) e 
IV (amarelo). Eles representam os agentes químicos, físicos, biológicos e 
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO30
ergonômicos, respectivamente. 
Agora, se você analisar coluna a coluna, encontrará cada risco ambiental. 
Por exemplo, os insetos estão na coluna do grupo III, são agentes biológicos.
PRATICANDO
Faça um levantamento dos riscos ambientais do seu local de trabalho e 
procure identificar medidas para eliminar ou minimizar esses riscos. 
Utilize o quadro dos riscos ambientais como referência.
O PPRA deve ser visto como um programa de ação contra os riscos am-
bientais e não é apenas um documento que deve estar à disposição da fis-
calização. O PPRA é um plano das iniciativas para reduzir a exposição dos 
trabalhadores aos riscos nos processos.
1.1.5. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO TRABALHO E NORMAS 
REGULAMENTADORAS
Dando sequência aos seus estudos sobre Saúde e Segurança do trabalha-
dor, você aprenderá sobre os procedimentos de segurança no trabalho e as 
normas regulamentadoras. Siga em frente!
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA NO TRABALHO
As empresas podem elaborar os procedimentos básicos de segurança no 
trabalho. Esses procedimentos podem variar de acordo com a atividade 
exercida. Normalmente, são escritos com base em normas padronizadas 
de segurança no trabalho. 
Os procedimentos de segurança procedimentos têm o 
objetivo de assegurar a integridade física dos fun-
cionários durante o exercício de suas atividades la-
borais, além de favorecer uma cultura decomporta-
mento seguro.
Estes procedimentos podem fazer parte do regulamento interno e seu 
objetivo principal é o de diminuir os riscos de acidentes de trabalho ou 
doenças ocupacionais, garantindo uma melhor qualidade de vida do tra-
balhador. 
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 31
Os procedimentos de segurança podem ser escritos pela área de segu-
rança do trabalho, pelo fabricante de um equipamento – quando este for 
o instrumento de trabalho – ou por um especialista no processo onde o 
trabalho está sendo executado.
O procedimento pode ser apresentado como uma simples checklist de 
atividades. 
Na sequência, você poderá observar um exemplo de checklist de segu-
rança empregado em uma máquina de solda. 
Check – Máquina de solda
Código:
SEG-NWN/12
Folha:
1/1
Revisão:
00
Itens a serem observados
Cabos elétricos
Alicate terra
Alicate eletrodo
Chave coltagem
Carcaça máquina em bom estado
A máquina tem rodas, se tem estão em bom estado
O equipamento está aterrado
Porta eletrodos
Soldador é qualificado
Biombos sem proteção
Fios, pinças e alicates livres de óleo, graxas ou umidade
Máscaras de solda articulada com lente de acordo com a luminosidade etc.
Perneiras de raspa
Avental de raspa
Mangotes de raspa
Máscara semifacial PFF2 para fumos de solda
Trabalhador treinado quanto aos riscos do trabalho e uso de EPI
Existem trabalhadores aptos a usar o extintor em todos os turnos de trabalho
Existe algum extintor nas proximidades
C NC P NA
Legenda C = conforme NC = Não conforme P = Parcialmente NA = Não se aplica
Setor:
Empresa:
Observações:
Nome Cargo Visto Data
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Figura 2 - Checklist de segurança
Fonte: Segurança do Trabalho (s.d)
Note que os itens de segurança a serem verificados vão desde itens bási-
cos como a integridade da máquina até a certificação do operador (que vai 
utilizar o equipamento), se este conhece os riscos e as formas de proteção.
Dando sequência aos seus estudos sobre Segurança no Trabalho, apren-
da sobre as normas que regulamentam a proteção do trabalhador. 
CHECKLIST
É uma lista com várias 
atividades a serem 
executadas ou verifi-
cadas, como um pro-
cedimento operacio-
nal ou mesmo como 
um manual de instru-
ções. (ZOCCHIO, 2002, 
p. 182).
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO32
NORMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO
As normas de segurança do trabalho estabelecem procedimentos de se-
gurança, visando a garantir a segurança do trabalho nas empresas e insti-
tuições. 
Normas Regulamentadoras (NRs)
 As Normas Regulamentadoras são elaboradas pelo Ministério de Traba-
lho e Emprego (MTE). Essas normas foram criadas a fim de promover saúde 
e segurança do trabalho na empresa. Uma das principais funções das NRs é 
garantir o cumprimento da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e tam-
bém para detalhá-la. 
Vamos conhecer a lista de Normas?
N. DA NR TEMA DA NR N. DA NR TEMA DA NR
NR 01 Disposições Gerais NR 19 Explosivos
NR 02 Inspeção Prévia NR 20
Segurança e Saúde no Trabalho com 
Inflamáveis e Combustíveis
NR 03 Embargo ou Interdição NR 21 Trabalho a Céu Aberto
NR 04
Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho
NR 22
Segurança e Saúde Ocupacional na 
Mineração
NR 05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes NR 23 Proteção Contra Incêndios
NR 06 Equipamentos de Proteção Individual - EPI NR 24
Condições Sanitárias e de Conforto 
nos Locais de Trabalho
NR 07
Programas de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional - PCMSO
NR 25 Resíduos Industriais
NR 08 Edificações NR 26 Sinalização de Segurança
NR 09
Programas de Prevenção de Riscos Ambien-
tais
NR 27
Revogada pela Portaria GM n.º 262, 
29/05/2008 - Registro Profissional do Téc-
nico de Segurança do Trabalho no MTB
NR 10
Segurança em Instalações e Serviços em 
Eletricidade
NR 28 Fiscalização e Penalidades
NR 11
Transporte, Movimentação, Armazenagem e 
Manuseio de Materiais
NR 29
Segurança e Saúde no Trabalho 
Portuário
NR 12
Segurança no Trabalho em Máquinas e 
Equipamentos
NR 30
Segurança e Saúde no Trabalho 
Aquaviário
NR 13 Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações NR 31
Segurança e Saúde no Trabalho na 
Agricultura, Pecuária Silvicultura, 
Exploração Florestal e Aquicultura
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 33
NR 14 Fornos NR 32
Segurança e Saúde no Trabalho em 
Estabelecimentos de Saúde
NR 15 Atividades e Operações Insalubres NR 33
Segurança e Saúde no Trabalho em 
Espaços Confinados
NR 16 Atividades e Operações Perigosas NR 34
Condições e Meio Ambiente de 
Trabalho na Indústria da Construção e 
Reparação Naval
NR 17 Ergonomia NR 35 Trabalho em Altura
NR 18
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção
NR 36
Segurança e Saúde no Trabalho em 
Empresas de Abate e Processamento 
de Carnes e Derivados
Quadro 5 - Normas Regulamentadoras – NRs
Fonte: Adaptado de Ministério do Trabalho (s.d) 
FIQUE POR DENTRO
O Ministério do Trabalho e Emprego mantém a lista das NRs atualizadas 
e publicadas em sua página da internet. As normas estão disponíveis em: 
<http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. 
Acesso em: 23 nov. 2014.
OHSAS 18001
A OHSAS 18001 é uma norma de caráter preventivo que visa à redução e 
controle dos riscos no ambiente de trabalho.
A OHSAS 18001 estabelece os requisitos para Sistemas de Gestão da Saú-
de e Segurança do Trabalho.
Veja os itens principais da norma que uma organização deverá atender, 
segundo o Portal total Qualidade:
 ■ estabelecer uma Política de Saúde e Segurança do Trabalho (SST);
 ■ identificar perigos, avaliação de riscos e determinação de medidas 
de controle;
 ■ atender a legislação de SST;
 ■ estabelecer objetivos e programas de SST.
 ■ definir recursos, responsabilidades e autoridade para as atividades 
ligadas a SST;
 ■ definir competência e treinamento necessários aos colaboradores;
 ■ estabelecer mecanismos para comunicação, participação e consulta 
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO34
a partes interessadas;
 ■ desenvolver e implementar a documentação do seu Sistema de Ges-
tão de SST;
 ■ estabelecer controle de documentos e registros;
 ■ estabelecer métodos de controle operacional;
 ■ estabelecer métodos de resposta a emergências;
 ■ medir e monitorar o desempenho de SST;
 ■ estabelecer métodos para avaliar incidentes, não conformidades, 
ações corretivas e preventivas;
 ■ estabelecer um processo de auditoria interna e análises críticas pela 
direção.
Você acabou de conhecer as normas que regulamentam e promovem a 
saúde e segurança do trabalho na empresa, agora chegou a hora de estu-
dar sobre Saúde Ocupacional. Vamos lá?!
1.2. SAÚDE OCUPACIONAL
Saúde Ocupacional é uma área da saúde que cuida da saúde do trabalha-
dor. Este é o seu próximo tema de estudo!
1.2.1. SAÚDE OCUPACIONAL: CONCEITO
Como foi dito, a Saúde Ocupacional é uma área da saúde que cuida da 
saúde do trabalhador. Essa área olha especialmente para a prevenção de 
doenças ou problemas que possam ser gerados pelo trabalho e seu obje-
tivo é promover o bem-estar tanto físico quanto mental e social dos traba-
lhadores no exercício de suas ocupações. (BARBOSA FILHO (2011).
A saúde ocupacional não se limita apenas a cuidar das condições físicas 
do trabalhador, já que também trata da questão psicológica. Para os em-
pregadores, a saúde ocupacional supõe um apoio ao aperfeiçoamento do 
funcionário e à conservação da sua capacidade de trabalho.
Todas as empresas com mais de um funcionário têm a 
obrigação de manter um Programa de Controle Médi-
co e Saúde Ocupacional (PCMSO).
Este programa tem uma série de documentos padronizados para registro 
e acompanhamento da evolução das condições físicas dos trabalhadores. 
Esses documentos devem ser elaborados por profissionais competentes, 
pertencentes à empresa ou terceirizados.
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 35
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O PCMSO está presente na NR 7 e também é respaldado pela Convenção 
161 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), conhecida como Con-
vençãosobre os Serviços de Saúde no Trabalho, respeitando os princípios 
éticos, morais e técnicos. 
1.2.2. EXPOSIÇÃO AO RISCO
Você aprendeu os agentes agressores e como combatê-los, não é mes-
mo?
Na sequência, poderá complementar seus conhecimentos sobre o tema, 
aprendendo sobre os riscos ocupacionais e a exposição a esses riscos.
?
PERGUNTA
No entanto, o que são riscos ocupacionais?
Os riscos ocupacionais são os perigos que incidem sobre a saúde huma-
na. Neste caso, os riscos sobre o trabalhador. Eles podem afetar o bem-es-
tar dos trabalhadores que exercem determinadas profissões. 
Embora sejam feitos esforços para minimizar estes riscos no trabalho, 
eles sempre continuaram presentes em todos os ramos de negócios, sejam 
eles administrativos, industriais, comerciais e demais ambientes profissio-
nais. (BARSANO; BARBOSA, 2014).
 
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO36
Reconhecer os riscos ocupacionais é o primeiro pas-
so para elaborar e implementar programas de segu-
rança do trabalho e redução de riscos, onde o foco é 
manter a qualidade de vida dos trabalhadores, espe-
cialmente os que atuam em locais insalubres, como na 
indústria de mineração ou no setor elétrico.
A exposição está diretamente relacionada ao trabalhador. O controle des-
ta exposição deve ser feito através de educação, treinamento e uso de EPIs. 
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Além de todas as capacitações, EPIs e EPCs que o trabalhador recebe 
para trabalhar de forma segura, ele também precisa ficar atento ao com-
portamento seguro. O comportamento seguro nada mais é do que a uti-
lização correta dos equipamentos e ferramentas, seguir com atenção os 
procedimentos de segurança e agir com cautela sempre que houver riscos.
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 37
1.2.3. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
A Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV [s.d]) afirma que a 
“qualidade de vida no trabalho refere-se ao nível de felicidade ou insatis-
fação com a própria carreira”. Assim, se uma pessoa gosta do que faz, ela 
têm uma alta qualidade de vida no trabalho, enquanto aqueles que são 
infelizes ou cujas necessidades não são preenchidas, de alguma forma, são 
considerados com uma baixa qualidade de vida no trabalho.
Sobre esse assunto, é possível acrescentar alguns pontos relacionados 
à saúde e à administração do estresse, fatores que também influenciam a 
qualidade de vida no trabalho.
O fato é que uma baixa qualidade de vida no trabalho influencia direta-
mente no desempenho profissional. Esse baixo desempenho pode trazer 
consequências como a dificuldade de ascensão na carreira e pode ocasio-
nar até mesmo a demissão do profissional.
FIQUE POR DENTRO
O Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) lista uma série de dicas para au-
mentar a qualidade de vida no trabalho. Você pode acessar essas dicas no 
endereço disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-
coaching/rh-e-gestao-de-pessoas/qualidade-de-vida-no-trabalho-dicas-
-e-conceitos/>. Acesso em: 12 fev. 2015.
Você aprendeu neste capítulo aspectos da Saúde e Segurança do Traba-
lho. Na sequência de seus estudos, você aprenderá sobre o Meio Ambiente 
e a Sustentabilidade. Siga em frente e bons estudos!
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO38
RESUMINDO
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MEIO AMBIENTE • QUALIDADE 
AMBIENTAL • SUSTENTABILIDADE
CAPÍTULO 2
QUALIDADE AMBIENTAL, 
MEIO AMBIENTE E 
SUSTENTABILIDADE
QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 41
2.1. QUALIDADE AMBIENTAL
“Qualidade ambiental é o estado das condições do meio ambiente, 
expressas em termos de indicadores ou índices relacionados com os 
padrões de qualidade ambiental”, este é o conceito apresentado pelo 
Glossary of Environment Statistics (1997). 
O meio ambiente é composto de muitas variáveis como florestas, ani-
mais, cidades. O ser humano é somente uma delas. A qualidade ambiental 
pode ser seriamente afetada pelo modo como nos comportamos em rela-
ção ao meio ambiente.
Na sequência, aprenda como o ser humano pode interferir nos índices de 
qualidade ambiental.
2.1.1. O SER HUMANO E O MEIO AMBIENTE
O meio ambiente é constituído por água, terra, ar, vegetais, seres huma-
nos e animais e pode ser muito variado. Por exemplo, um jardim pode ser 
o meio ambiente de uma formiga. Já o meio ambiente do ser humano é a 
cidade onde ele vive.
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As ações tomadas por todos os indivíduos refletem no meio ambiente. 
Por exemplo, uma cidade com forte emissão de poluentes, com várias in-
dústrias e muitos carros, pode ter uma qualidade do ar baixa. Já, uma cida-
de bem arborizada e com menos emissão de poluentes provavelmente terá 
uma melhor qualidade do ar.
Para uma melhor qualidade ambiental, devemos buscar o equilíbrio na 
utilização dos nossos recursos, sejam eles os naturais ou artificiais.
É pensando em uma melhor qualidade ambiental que se deve tomar 
ações para proteger o meio ambiente. Prevenir a poluição ambiental é, 
portanto, necessário para atingirmos altos índices de qualidade ambien-
tal.
Glossary of Environ-
ment Statistics é uma 
publicação da Organi-
zação das Nações Uni-
das (ONU) que serve 
como ferramenta de 
referência rápida para 
os termos e as defini-
ções relevantes e para 
a produção de dados 
ambientais. (UNITED 
NATIONS, 1997).
Recursos naturais – 
são elementos da na-
tureza que o homem 
pode utilizar no pro-
cesso de desenvolvi-
mento.
Recursos artificiais 
– são todos aqueles 
que são artificiais, por 
exemplo o papel. Ele 
não existe pronto na 
natureza.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO42
2.1.2. PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL
Polluere, do latim, significa sujar, corromper, profanar. Poluição deriva 
dessa palavra latina e é qualquer alteração das características originais do 
ambiente, sendo capaz de prejudicar os seresvivos que nele habitam. 
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([2
0-
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])
No meio ambiente, a poluição ocorre não só quando substâncias tóxicas 
e micro-organismos patogênicos são lançados no ambiente, mas também 
quando os recursos naturais são usados de forma não sustentável. A polui-
ção dos recursos naturais como a água e o ar resulta em prejuízos à saúde 
do ser humano.
?
PERGUNTA
Você sabe como evitar a poluição ambiental?
É possível evitar a poluição ambiental utilizando os recursos naturais de 
forma racional e minimizando a quantidade de substâncias tóxicas lança-
das no meio ambiente.
As políticas ambientais vigentes prevêem multas pesadas para empresas 
que descartam ou liberam substâncias tóxicas no meio ambiente. O resul-
tado é o investimento por parte dessas empresas na instalação de filtros 
para reduzir a emissão de gases e partículas no ar, a implantação de sis-
temas de tratamento de efluentes e até reciclagem de água para reuso e 
devolução aos rios (BRASIL, 2010).
PATOGÊNICOS
Organismos microscó-
picos como bactérias, 
fungos e vírus, que 
provocam ou podem 
provocar uma doença 
direta ou indireta.
QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 43
Existem poucas as políticas que tratam do indivíduo, penalizando as pes-
soas por pequenas práticas que fazem mal ao meio ambiente. Ficam para 
os indivíduos, as campanhas de conscientização da preservação do meio 
ambiente. 
2.1.3. AQUECIMENTO GLOBAL
Você já ouviu falar em aquecimento global?
A energia proveniente do sol atravessa o espaço, passando pela atmos-
fera terrestre em forma de radiação. Essa radiação se transforma em calor 
quando entra em contato com a Terra. Ela aquece o planeta e sua atmos-
fera, fornecendo as condições necessárias para a manutenção da vida no 
planeta.
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 ([
20
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])
Quando é queimado combustíveis, por exemplo, nos motores de au-
tomóveis e indústrias, queimadas em florestas etc., é gerado uma gran-
de quantidade de gás carbônico. Este gás é liberado para o ar e age, na 
atmosfera, como uma barreira, como se fosse uma estufa de plantas, 
que deixa a radiação do sol entrar, retendo o calor na superfície ter-
restre. Esse fenômeno é chamado de efeito estufa e aumenta grada-
tivamente a temperatura do planeta (POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA, [s.d]).
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO44
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([2
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])
O aumento da temperatura do planeta provoca alterações climáticas que 
afetam a agricultura e os ecossistemas.
REFLITA
O que você tem feito para evitar o aquecimento global? 
Você vai ouvir falar, ou já ouviu em algum lugar, que o maior agressor do 
meio ambiente é o ser humano, que utiliza mal os recursos do planeta. Isso 
é verdade, nós somos os responsáveis por grande parte da poluição. Por 
isso, as ações de preservação devem partir de nós mesmos se quisermos 
termos qualidade ambiental. Na sequência, você aprenderá formas de pre-
servação do meio ambiente.
2.2. MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Com o passar do tempo, o ser humano se desenvolveu, fixou residência 
e começou a aumentar os impactos de suas ações sobre o meio ambiente. 
Nesse processo de desenvolvimento, foram construídas cidades, criadas 
máquinas e o ser humano se tornou especialistas em poluir. 
Após muito tempo, a humanidade começou a entender que era preciso 
agir de formas atitudes mais sustentáveis, em uma tentativa de proteger 
inclusive a vida humana. A seguir, você conhecerá um pouco mais sobre 
algumas práticas e ações para que a sustentabilidade ambiental seja al-
cançada. Acompanhe!
SUSTENTABILIDADE
Vem do verbo susten-
tar, que significa man-
ter, manter-se. (SIGNI-
FICADOS, [s.d]).
QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 45
2.2.1. DESCARTE DE RESÍDUOS
Já ouviu falar em resíduo? Os resíduos comumente são chamados de lixo. 
Eles são classificados em resíduos sólidos urbanos, resíduos industriais, re-
síduos hospitalares e resíduos agrícolas. Cada um desses resíduos é gerado 
de uma forma diferente e, da mesma forma, necessitam de tratamento di-
ferenciado (CONSERVAÇÃO AMBIENTAL PARA ENSINO MÉDIO, [s.d]).
Na sequência, você acompanhará um quadro que divide os tipos de resí-
duos de acordo com a fonte e o tratamento adequado. Acompanhe.
TIPOS DE 
RESÍDUOS
FONTES RESÍDUOS GERADOS
TRATAMENTO E 
DISPOSIÇÃO FINAL
Resíduo Sóli-
do Urbano
Residência, 
empresas, 
comércios e 
escolas
Sobras de alimentos, lixo de 
banheiro, embalagens de papel, 
metal, vidro, plástico, isopor, 
pilhas, eletrônicos, baterias, 
Fraldas, entre outros.
 ■ Aterro sanitário. 
 ■ Reciclagem.
 ■ Compostagem.
Resíduo 
Industrial
Indústria
Plástico, papel, madeira, metal, 
cinza, lodo, óleos, resíduos 
alcalinos ou ácidos, efluentes, 
entre outros.
 ■ ETAE (Estação de 
Tratamento de Água 
e Efluentes).
 ■ Reciclagem.
 ■ Aterro sanitário.
 ■ Aterro industrial.
Resíduo 
Hospitalar
Hospitais, 
clínicas, 
laboratórios 
etc.
Biológicos: sangue, tecidos, resí-
duos de análises clínicas etc.
Químicos: medicamentos ven-
cidos, termômetros e objetos 
cortantes. 
Radioativos.
Comuns: Não contaminados, 
papeis, plásticos, vidros, emba-
lagens, entre outros.
 ■ Incineração.
 ■ Aterro Sanitário.
 ■ Reciclagem.
 ■ Outros específicos: 
vala séptica, micro-
-ondas e autoclave.
Resíduo 
Agrícola
Agricultura
Embalagens de medicamentos 
veterinários e de agrotóxicos, 
plásticos, pneus e óleo usados.
Central de embala-
gens vazias do Inpev 
(Instituto Nacional de 
Processamento de 
Embalagens Vazias). 
Quadro 6 - Tipos de resíduos de acordo com a fonte e o tratamento adequado
Fonte: Adaptado de Jacobi e Besen (2011)
O quadro anterior relaciona o tipo de resíduo com a sua fonte. Descreve 
brevemente quais são os resíduos gerados e qual o tratamento e disposi-
ção final do resíduo.
Por exemplo, um resíduo industrial é gerado pela indústria. Seguindo a 
mesma linha da Indústria na tabela, se este resíduo for um plástico, ele 
deve ser destinado à reciclagem. Se for um efluente, deve ser destinado à 
uma estação de tratamento de águas e efluentes - ETAE.
RESÍDUO
É tudo aquilo não 
aproveitado nas ati-
vidades humanas, 
proveniente das in-
dústrias, comércios e 
residências (CONSER-
VAÇÃO AMBIENTAL 
PARA ENSINO MÉDIO, 
[s.d]).
 
LIXO
É um sinônimo para 
resíduo.
COMPOSTAGEM
Processo biológico em 
que os micro-orga-
nismos transformam 
a matéria orgânica, 
como estrume, folhas, 
papel e restos de co-
mida, num material 
semelhante ao solo 
(PROCESSO DE COM-
POSTAGEM, [s.d]).
VALA SÉPTICA
Método de destinação 
final específico para 
o aterramento da fra-
ção infectante dos 
resíduos sólidos hos-
pitalares. Consiste em 
valas escavadas em lo-
cal isolado no aterro, 
revestidas por mate-
rial impermeável que 
recebem os resíduos 
de saúde e logo após 
uma cobertura de solo 
(CCIH, [200]).
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO46
Atenção ao próximo tema! A separação de resíduos para posterior reci-
clagem é uma ação simples, mas que contribui muito para a sustentabili-
dade ambiental.
2.2.2. RECICLAGEM DE RESÍDUOS
Conceitualmente a reciclagem é o processo de transformação de um re-
síduo, trazendo-o para sua forma original possibilitando que seja utilizado 
novamente na fabricação de produtos iguais ou qualquer outro. (BARBOSA 
FILHO, 2011).
Portanto, reciclar é diferente de reutilizar. Reutili-
zar significa que o material vai ser usado novamente 
sem passar por um processo de transformação, como 
na reciclagem.
Acompanhe, na sequência, o processo de utilização e reciclagem das la-
tas de alumínio.
1-O consumidor
compra os produtos em
embalagens de alumínio.
2-Depois de usada,
 a lata de alumínio
 vazia é coletada.
3-As latas são
encaminhadas
a centros de
Processamento
para uma
pré-limpeza.
4- Onde são
prensadas
em fardos
para facilitar
o transporte.
5-Em seguida, as latas
chegam ao centro de
Reciclagem, onde passam
por um processo de
limpeza e, em fornos
especiais, voltam a
ser líquido.
6-O metal é encaminhado
à fundição, onde é transformado
em grandes placas.
7-Asplacas passam por um
processo chamados de laminação
e se transformam em bobinas
de alumínio.
8-As bobinas
são utilizadas
para fazer
novas
latas de
alumínio.
9-Na fábrica de
bebida, as
latas de
alumínio
passam
novamente
pelo processo
de enchimento.
10-Mais uma vez as
latas de alumínio são
distribuídas aos pontos
de venda (supermercados,
bares, restaurantes etc.)
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15
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Figura 3 - Reciclagem de latas de alumínio
Fonte: Blog N2W (2012)
QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 47
FIQUE POR DENTRO
No que diz respeito à reciclagem das latas de alumínio, o Brasil é o campeão 
mundial, reciclando aproximadamente 97,9% do volume produzido!
Esses dados foram levantados pela Associação Brasileira do Alumínio e 
se referem ao ano de 2012. Para aprender mais sobre esse tema, acesse o 
site da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), disponível em: <http://
www.abal.org.br/noticias/lista-noticia/integra-noticia/?id=1170>. Acesso 
em: 09 fev. 2015. 
A reciclagem, sob o ponto de vista ambiental, traz uma série de bene-
fícios como, por exemplo, reduzir a quantidade de resíduos acumulados, 
reduzir a utilização de recursos naturais e o consumo de energia.
2.2.3. USO RACIONAL DE RECURSOS E ENERGIAS DISPONÍVEIS
O uso racional de recursos e energias disponíveis significa utilizar somen-
te o necessário de um determinado recurso.
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RACIONAL
 A palavra racional nos 
remete à razão. O uso 
racional significa usar 
com razão, com pre-
cisão. (Caldas Aulete, 
[s.d]).
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO48
?
PERGUNTA
Você já parou para pensar por que é tão importante economizar energia 
elétrica, por exemplo?
Na verdade, economizar determinado recurso, como, por exemplo, água, 
energia elétrica, significa preservar o meio ambiente. Assim, utilizar menos 
dos recursos oferecidos pelo nosso planeta contribui para a preservação 
ambiental. 
FIQUE POR DENTRO
Quer aprender como conservar a energia elétrica no seu local de trabalho?
A Eletrobrás desenvolveu um manual para a conservação de energia em 
prédios públicos. Os conceitos inseridos no manual podem ser utilizados 
em qualquer lugar!
O manual está disponível em: <http://www.mma.gov.br/images/
arquivo/80063/manual_PROCEL_orientacoes_gerais_predios_publicos.
pdf>. Acesso em: 01 fev. 2014.
Agora que você já aprendeu sobre o uso racional de energia disponível, 
aprenderá sobre as energias renováveis. Você sabe o que são energias re-
nováveis? Siga em frente e aprenda mais sobre esse assunto! 
2.2.4. ENERGIAS RENOVÁVEIS
Energias renováveis são todas aquelas que são naturalmente reabaste-
cidas. Exemplos de energia renováveis: luz solar, ventos, chuvas, marés, 
energia geotérmica.
Segundo o Renewables 2010 Global Status Report, em 2008, cerca de 19% 
da energia produzida no mundo veio de fontes renováveis. Dessa energia, 
13% vieram da queima de biomassa, 3,2% provenientes da hidroeletricida-
de e aproximadamente 2,7% das novas fontes de energia, como a solar e 
a eólica.
Apesar de pequeno, o volume de energia das novas fontes vem crescen-
do no mundo todo. No Brasil, já existem políticas que incentivam a geração 
de energia destas novas fontes, através de investimentos na criação de par-
ques eólicos, por exemplo.
ENERGIA GEOTÉRMICA
É uma energia caracte-
rizada pelo calor pro-
veniente da Terra, é 
gerada a menos de 64 
quilômetros da super-
fície terrestre, em uma 
camada de rochas, 
chamada magma, 
que chega a atingir 
até 6.000°C. Geo sig-
nifica terra e térmica 
corresponde a calor, 
portanto, geotérmica 
é a energia calorífica 
oriunda da terra. (BRA-
SIL ESCOLA, [s.d.]).
BIOMASSA
Derivados recentes 
de organismos vivos, 
o que exclui carvão 
e petróleo. (USINA 
ECOELÉTRICA, [s.d]).
QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 49
Go
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01
5)
Acrescentar a palavra ambiental, após sustentabilidade.
Você sabe o que é sustentabilidade ambiental? Fique atento ao próximo 
tema de estudo e aprenda mais sobre a sustentabilidade e o meio ambien-
te! Siga em frente!
2.2.5. RESPONSABILIDADES SOCIOAMBIENTAIS
Nos últimos anos, a sociedade avançou quando o assunto é conscienti-
zação ambiental. No entanto, apesar das inúmeras discussões sobre efeito 
estufa, reaproveitamento e reciclagem de materiais e uso racional dos re-
cursos, pouco se fala em responsabilidade socioambiental.
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 ([
20
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O que você está fazendo para reduzir as emissões de poluentes? Você 
está apagando a luz ao sair? Você está separando o lixo? Tem certeza que o 
lixo separado está sendo coletado pela coleta seletiva de sua cidade?
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO50
Responsabilidade socioambiental nada mais é que fa-
zer a sua parte. Inserir-se no processo e agir de for-
ma correta, utilizando o mínimo possível dos recur-
sos naturais.
Mas, depender das ações individuais pode não gerar os resultados espe-
rados a curto prazo, então é preciso investir em políticas públicas ambien-
tais. E é esse o próximo tema de estudo. Acompanhe.
POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS
As políticas públicas são o conjunto de ações, programas e atividades de-
senvolvidas pelo Estado. Essas políticas envolvem entes públicos e priva-
dos e visam a assegurar alguns direitos para a sociedade.
As políticas públicas ambientais servem para prote-
ger o meio ambiente e fomentar o crescimento sus-
tentável, garantindo assim uma evolução da socieda-
de em harmonia com o meio ambiente.
São exemplos de políticas públicas ambientais:
 ■ processo de licenciamento ambiental para implantação de determi-
nados tipos de atividades, obras etc.;
 ■ o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e suas resoluções 
que criam padrões de qualidade e controle da poluição do ar;
 ■ criação de áreas de proteção ambiental;
 ■ política nacional de recursos hídricos.
Acordos internacionais de proteção ao meio ambiente servem de base 
para a elaboração de políticas públicas. Um exemplo é o Protocolo de Mon-
treal. O Protocolo é um acordo internacional que visa à redução do uso de 
substâncias que destroem a camada de ozônio. 
Um exemplo de Política Pública Ambiental é o Protocolo de Montreal, 
que é um acordo internacional que visa à redução do uso de substâncias 
que destroem a camada de ozônio. O Brasil aderiu a esse tratado em 1990 
através de um decreto de lei com metas para eliminar o CFC (cloro-flúor-
carbono) completamente até 2010.
O Brasil é signatário de outro protocolo: o de Quioto. Este também discu-
te políticas públicas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
O Protocolo de Quioto é um acordo internacional criado no 
âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mu-
danças Climáticas, aprovado na cidade de Quioto, no Japão, 
em 1997 e que entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. 
Seu principal objetivo é estabilizar a emissão de gases de efei-
to estufa (GEE) na atmosfera e assim frear o aquecimento glo-
bal e seus possíveis impactos. Ao todo, 184 países ratificaram 
o tratado até o momento. (BRASIL, [201?]).
QUALIDADE AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 51
A INDÚSTRIA E O MEIO AMBIENTE
Você já ouviu falar em licença ambiental?
O licenciamento ambiental é obrigatório para a implantação de qualquer 
empreendimento ou atividade potencialmente poluidora e é emitido pelos 
órgãos estaduais de meio ambiente e pelo IBAMA. Uma de suas caracterís-
ticas é a participação social na tomada de decisão da sua liberação ou não, 
por meio de audiências públicas.
O objetivo do licenciamento ambiental é garantir que tal atividade possa 
ser realizada ou implantada com o mínimo risco ambiental possível, bem 
como medidas de contenção desses riscos.
Um exemplo de exigência é a obrigatoriedade de manutenção de certa 
área de mata no terreno da empresa para balancear a emissão de poluen-
tes dessa empresa.
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As empresas Brasileiras já estão cientes da necessidade de adotarem 
práticas de gestão ambiental. Já é fatoque grande parte dessas empresas 
estão planejando o aumento de seu investimento nessas práticas. 
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO52
RESUMINDO
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53DROGAS • DEPENDÊNCIA QUÍMICA TRABALHO • SAÚDE
CAPÍTULO 3
ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS 
DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O 
TRABALHO
ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 55
3.1. DEPENDÊNCIA QUÍMICA 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química 
é uma doença que atinge 10% da população mundial. Ela é considerada 
uma doença primária, sobre a qual podem se instalar outras doenças de-
correntes de sequela do uso ou não. 
O dependente químico desenvolve a doença quando o uso de drogas é 
associado a predisposições mórbidas de cada indivíduo. Essa predisposi-
ção pode ser herdada da família quando, por exemplo, há uma tendência à 
dependência do uso de certas substâncias.
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PERGUNTA
Você sabe qual a definição de Droga?
Segundo o Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas (OBID), 
a palavra Droga tem a origem do holandês drogg que significa folha seca. 
No passado, todos os medicamentos usavam vegetais em sua composição, 
o que justifica o uso dessa palavra.
Atualmente o termo droga tem uma definição muito mais ampla, como 
denominada pela OMS (2003), que diz que droga é “qualquer substância 
não produzida pelo organismo e que tem propriedade de atuar sobre um 
ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento”.
Vários problemas de saúde estão associados ao uso de drogas. Quando 
ocorre a dependência química, a exposição aos riscos de se adquirir um 
desses problemas é aumentada. O indivíduo dependente acaba consumin-
do uma quantidade maior dessas substâncias, numa frequência e num pe-
ríodo maiores. Neste capítulo, você vai conhecer um pouco sobre alguns 
tipos de drogas, sua definição, seus efeitos sociais e na saúde do indivíduo, 
bem como as medidas de prevenção e tratamento ao uso e dependência.
REFLITA
Você já viu alguma campanha de prevenção ao uso de drogas, cigarros ou 
álcool?
As campanhas que pretendem informar sobre os malefícios à saúde cau-
sados por drogas, cigarros e álcool são bem comuns. No entanto, ainda as-
sim, inúmeras pessoas fazem uso dessas substâncias. Isso porque o uso de 
drogas geralmente se inicia de forma social e com o objetivo de propiciar 
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO56
prazer. É normal começar com o álcool, que é uma droga bem aceita pela 
sociedade. Como a pessoa sente prazer, o consumo se repete e, somado a 
outros fatores, inicia-se o processo de dependência.
3.1.1. FASES DO PROCESSO DE DEPENDÊNCIA
O processo de dependência química é composto por fases e inicia-se no 
uso social conforme afirma Diehl...[et al.] (2011). Na sequência, você co-
nhecerá as três fases: uso social, manifestação de dependência e depen-
dência total. Acompanhe!
USO SOCIAL
Geralmente, nesta fase a pessoa experimenta algumas sensações advin-
das do uso da substância. Também é possível identificar as alterações de 
humor, sensação de euforia e outras experiências emocionais. 
MANIFESTAÇÃO DA DEPENDÊNCIA
Na manifestação da dependência, a pessoa pode começar a desenvolver 
a tolerância à substância química. Nesta fase, doses cada vez maiores são 
necessárias para atingir o mesmo efeito da fase anterior. A pessoa passa a 
usar a substância para normalizar seu estado de humor, seja ele depressivo 
ou não.
DEPENDÊNCIA TOTAL
Quando o corpo do usuário sente a necessidade da substância, pode ser 
uma ocorrência de dependência física. A partir, desta dependência o usuá-
rio precisa manter certa quantidade da droga permanentemente no orga-
nismo para evitar a “síndrome da abstinência”. A essa altura, é provável 
que a pessoa já esteja totalmente dependente da substância química.
Nesta fase, são comuns que o dependente tenha alucinações e profundas 
alterações de humor. Também é comum que o usuário tenha depressão e 
baixa autoestima.
Agora que você já conhece alguns aspectos da dependência química, é 
hora de conhecer as formas de tratamento! 
3.1.2. TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA
O tratamento da dependência química passa por duas etapas. A etapa da 
desintoxicação e a etapa do tratamento integral. Em ambas o dependente 
vai precisar de ajuda da família e possivelmente médica.
DESINTOXICAÇÃO
A fase de desintoxicação consiste em remover a substância do corpo. Ge-
ralmente a síndrome de abstinência aguda (SAA) aparece quando a subs-
tância química é retirada.
ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 57
A síndrome de abstinência é um problema médico e deve 
ser tratado por profissional especializado.
A SSA acontece algum tempo após a interrupção brusca do consumo da 
droga. Os sintomas dessa síndrome dependem do tipo de droga utilizada, 
e podem ser disforia, insônia, ansiedade, irritabilidade, náusea, agitação, 
taquicardia e hipertensão. Delírios e convulsões também podem aparecer 
bem como sono e o aumento do apetite.
Na sequência de seus estudos, você aprenderá sobre o tratamento inte-
gral.
TRATAMENTO INTEGRAL
A recuperação total de um dependente químico requer mudanças físicas, 
psicológicas, de comportamento e mudanças sociais. Alguns programas de 
tratamento também incluem a integração do dependente com alguma reli-
gião, procurando apoio espiritual para o dependente. Essas mudanças têm 
de ser duradouras, senão todo o processo de tratamento da dependência 
será comprometido.
O auxílio da família e de grupos de auxílio aos dependentes são essen-
ciais nesse processo de tratamento.
Ainda não existe uma política nacional de integração total do SUS para 
o tratamento dos dependentes químicos. Contudo, muitos estados brasi-
leiros têm buscado recursos para cadastrar e fechar parcerias com clínicas 
particulares de reabilitação. Um exemplo é o Estado de Santa Catarina que, 
em 2014, cadastrou 42 clínicas com recursos para atender até 1,2 mil pes-
soas ao ano. 
FIQUE POR DENTRO
Existem vários grupos de auxílio a dependentes químicos. Os mais conhe-
cidos são os Alcoólicos Anônimos (AA) e os Narcóticos Anônimos (NA).
A intenção desses grupos é reunir usuários e ex-usuários das substâncias 
para compartilhar experiências positivas e negativas. A troca de experiên-
cias ajuda os frequentadores a lutar contra o vício.
O auxílio da família e de grupos de auxílio aos dependentes são essen-
ciais nesse processo de tratamento.
Mas qual o impacto da dependência química na vida das pessoas? Acom-
panhe, na sequência, como o abuso de substância pode afetar o trabalho, 
a família e demais áreas da vida de uma pessoa.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO58
3.1.3. DEPENDÊNCIA QUÍMICA – IMPACTO SOBRE O TRABALHO
São inúmeros os problemas relacionados à dependência química e à 
atividade profissional, por exemplo, o custo econômico. Essa relação de 
dependência química etrabalho impacta diretamente na saúde do traba-
lhador, no bem-estar, na produtividade, na segurança etc. 
É nesse contexto que estamos direcionando os seus estudos. Fique aten-
to e aprenda, por exemplo, sobre os impactos que a dependência química 
acarreta ao desempenho profissional. Aliás, é exatamente esse seu próxi-
mo tema de estudo!
IMPACTOS NO DESEMPENHO PROFISSIONAL
Existem várias formas de se medir os impactos causados pelas drogas no 
desempenho profissional. Vamos conhecer algumas?
 ■ Absenteísmo: faltas nos dias depois dos pagamentos, após finais de 
semana e feriados tendem a aumentar.
 ■ Ausência frequente durante a jornada de trabalho: atrasos frequen-
tes e excessivos após as refeições, idas frequentes à copa/bebedouro, 
ao estacionamento, banheiro etc. Muitas vezes o dependente se au-
senta para fazer o uso da droga, por exemplo.
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 ■ Baixa produtividade e comprometimento da qualidade do trabalho: 
a pessoa passa a necessitar de um tempo maior para executar deter-
minadas tarefas por causa da dificuldade de concentração e lapsos 
de memória.
ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 59
EXPOSIÇÃO A RISCOS
Em decorrência dos efeitos causados com o uso de drogas, como a difi-
culdade de atenção, concentração e a inobservância das regras, o depen-
dente está mais propenso a sofrer acidentes de trabalho.
EXEMPLO
Um trabalhador da indústria que trabalha com eletricidade está sofrendo 
com a dependência alcoólica. Com o passar do tempo, o rendimento bai-
xa e ele passa a gradativamente perder a atenção enquanto executa suas 
atividades. 
Esse trabalhador precisa observar as normas de segurança, como usar 
equipamentos com proteção contra choques elétricos. 
Esse trabalhador pode acidentalmente escolher uma ferramenta inade-
quada ou mesmo esquecer-se do uso do EPI. Essa ação pode resultar em 
um grave acidente de trabalho.
Além dessas consequências, a dependência química também pode acar-
retar em impactos na vida pessoal. Vamos conhecer esses impactos? 
IMPACTOS NA VIDA PESSOAL, FAMILIAR, PROFISSIONAL E SOCIAL
A dependência química pode comprometer a vida pessoal e profissional 
de uma pessoa. As consequências do abuso dessas substâncias podem 
provocar mudanças significativas no estilo de vida e promover a perda das 
amizades, da família e da carreira profissional.
REFLITA
Você acredita que uma pessoa dependente em drogas pode ascender em 
sua carreira profissional?
Agora que você já conheceu de forma geral as consequências da depen-
dência química para a vida de uma pessoa, chegou a hora de conhecer os 
diferentes tipos de dependência química que existem e suas consequên-
cias para a saúde humana e as formas de prevenção e tratamento. 
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO60
3.2. ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS
3.2.1. ÁLCOOL
O álcool é uma droga lícita, permitida por lei, e está presente nas bebi-
das alcoólicas. O álcool encontrado nessas bebidas é o etanol, que é uma 
substância resultante da fermentação de produtos naturais, tais como a 
cana-de-açúcar, cevada, arroz, entre outros.
Apesar de ser legal e seu uso ser bem aceito pela sociedade, o álcool ofe-
rece vários perigos tanto para quem bebe, quanto para quem está próximo.
O álcool é uma droga e o seu uso constante causa 
danos irreversíveis ao nosso corpo!
Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde ([s.d]), grande parte dos aciden-
tes de trânsito, comportamentos antissociais, violência doméstica, proble-
mas no trabalho, como alterações na percepção, reação e reflexos (o que 
aumenta a chance de acidentes de trabalho) são provenientes do abuso de 
álcool. 
Além dessas consequências, o abuso do álcool traz outras. Na sequência 
de seus estudos sobre o assunto, você conhecerá os principais malefícios 
do uso do álcool.
PRINCIPAIS MALEFÍCIOS DO USO DO ÁLCOOL
O uso constante do álcool pode prejudicar todos os órgãos, em especial 
o fígado. O fígado é responsável pela destruição das substâncias tóxicas in-
geridas ou produzidas pelo corpo durante o processo de digestão. Quando 
uma pessoa ingere uma grande quantidade de álcool, o fígado sofre uma 
sobrecarga para metabolizá-lo. 
Uma doença comumente associada ao abuso no uso do álcool é a cir-
rose. A cirrose, ou cirrose hepática, é a formação de nódulos e fibrose no 
fígado. Essa doença é silenciosa, visto que não apresenta sintomas até que 
o fígado já esteja totalmente comprometido.
Não existe cura para a cirrose, mas existe tratamento. E, se a doença não 
for tratada, pode levar a morte.
ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 61
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No organismo humano, o álcool pode causar diferentes tipos de inflama-
ções, por exemplo: gastrite, quando afeta o estômago; hepatite alcoólica; 
pancreatite; e neurite, quando ocorre nos nervos.
Depois do álcool, o fumo (ou tabagismo) é uma das drogas mais conheci-
da e será estudada na sequência.
3.2.2. TABACO (FUMO)
Assim como o álcool, o cigarro também é uma droga lícita. Foi fortemente 
introduzido à população no passado com massivos esforços de marketing. 
Pode parecer estranho, mas até a década de 2000, os comerciais de TV 
sugeriam que as pessoas que fumam são mais legais, bonitas e saudáveis! 
Temos hoje muitos viciados em cigarros que foram vítimas desse tipo de 
publicidade.
Para se ter ideia de como as coisas mudaram de lá para cá, hoje as polí-
ticas públicas estão voltadas à tolerância zero com fumantes. Um exem-
plo desse tipo de legislação é a Lei n. 12.546, que entrou em vigor em 
03/12/2014. A lei proíbe o fumo em qualquer lugar fechado, público ou pri-
vado, incluindo os chamados fumódromos.
Segundo a revista The Economist, importante publicação Inglesa, os ci-
garros estão entre os produtos mais lucrativos do mundo. A revista ainda 
complementa dizendo que esse produto, se usado como deveria, vicia a 
maioria dos seus consumidores, podendo até matá-los (apud AreaSeg, 
[s.d]).
Em um único cigarro existem centenas de aditivos químicos – cerca de 
700. Esses aditivos são substâncias tão tóxicas que são proibidos de serem 
despejados em aterros sanitários. No total, são mais de 4.700 substâncias 
tóxicas no cigarro.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO62
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A legislação brasileira ainda permite que os fabricantes mantenham essa 
lista de aditivos em segredo. O que dificulta ainda mais na conscientização 
da população.
Estima-se que os pulmões dos fumantes ativos – quem está fumando – e dos 
fumantes passivos – quem está próximo de quem está fumando – estão expos-
tos a aproximadamente 43 substâncias comprovadamente cancerígenas.
No trabalho, a pessoa fumante pode ter seu rendimento afetado por 
causa das frequentes saídas para fumar. O cheiro característico do cigarro 
pode tornar desagradável o contato com a pessoa fumante, atrapalhando 
no relacionamento com os colegas e com o público, quando o trabalho exi-
ge esse tipo de contato. Algumas empresas, durante o processo de recru-
tamento, questionam se os candidatos são fumantes ou não. Em alguns 
casos, a resposta para a pergunta pode ser fator decisivo em uma contra-
tação ou não. 
PRINCIPAIS MALEFÍCIOS DO USO DO CIGARRO
O cigarro oferece vários problemas à saúde. A pessoa fumante perde a 
sensibilidade do paladar e a disposição física, por exemplo. Respirar tam-
bém é uma tarefa difícil para um fumante, assim como a alteração de apa-
rência também é comum. O fumante tende a ficar com a pele opaca, com 
os olhos, cabelos, dentes e unhas amareladas. 
O site especializado em Segurança do Trabalho, o Areaseg, dispõe de 
uma lista com o resumo dos malefícios advindos do uso do cigarro, obtida 
em mais de 50.000 estudos científicos.
O uso do cigarro pode ocasionar, por exemplo:
 ■ câncer de pulmão – 87% das mortes por câncer de pulmão ocorrem 
entre os fumantes; 
 ■ doenças cardíacas – os fumantes correm um risco 70% maior de 
apresentar doenças cardíacas; 
 ■ câncer de mama – as mulheres que fumam 40ou mais cigarros por 
dia têm uma probabilidade 74% maior de morrer de câncer de mama;
 ■ complicações da diabetes – os diabéticos que fumam ou que mas-
cam tabaco correm maior risco de ter graves complicações renais e 
apresentam retinopatia (distúrbios da retina) de evoluções mais rá-
pidas; 
 ■ asma – a fumaça pode piorar a asma em crianças; 
 ■ memória – doses altas de nicotina podem reduzir a destreza mental 
em tarefas complexas;
 ■ depressão – psiquiatras estão investigando evidências de que há uma 
relação entre o fumo e a depressão profunda, além da esquizofrenia. 
ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 63
FIQUE POR DENTRO
Para ter acesso à lista completa com todos os malefícios que o cigarro 
provoca à saúde humana, acesse o texto: “Fumo, cigarro e suas conse-
quências”. Disponível em: <http://www.areaseg.com/toxicos/fumo.html>. 
Acesso em: 13 dez. 2014.
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PERGUNTA
Você sabe o que ocorre com o corpo de uma pessoa quando ela para de 
fumar?
Quando uma pessoa para de fumar, já pode sentir os efeitos benéficos 
em alguns minutos, como:
 ■ após 20 minutos sem o cigarro, a pressão sanguínea e a pulsação vol-
tam ao normal;
 ■ duas horas depois, já não existe mais nicotina circulando pelo san-
gue;
 ■ após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue volta ao normal;
 ■ após 2 dias, nota-se uma melhora no paladar;
 ■ em 3 semanas, a circulação sanguínea melhora e a respiração fica 
mais fácil;
 ■ entre 5 a 10 anos sem o cigarro, o risco de infarto fica quase igual ao 
de quem nunca fumou – mas não menor.
Existem outras drogas menos populares que o álcool e o cigarro que são 
muito mais poderosas quanto à dependência e aos malefícios para a saúde 
e vida em sociedade. Você vai conhecê-las na sequência.
3.2.3. OUTRAS DROGAS
Agora que você já conhece as duas principais drogas lícitas – álcool e ta-
baco –, continuaremos aprendendo sobre algumas drogas ilícitas, e outras 
substâncias que, mesmo lícitas, se usadas sem o auxílio médico, podem 
viciar e causar problemas similares aos de outras drogas.
Você iniciará seus estudos sobre as outras drogas, pela maconha. Acom-
panhe.
LÍCITAS
Que se encontra em 
conformidade com a 
lei; de acordo com os 
princípios do direito; 
legalizada.
ILÍCITO
Oposto de lícito; Ilegal.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO64
MACONHA
A maconha se assemelha ao cigarro. Sua fumaça contém cerca de 400 
substâncias tóxicas. Como o cigarro de maconha normalmente não possui 
filtro, a absorção dessas substâncias pelo pulmão é ainda maior, podendo 
agravar os problemas para a saúde. 
O uso da maconha pode causar dependência e o consumo pode trazer 
problemas físicos e psicológicos, como câncer de pulmão e problemas de 
memória.
Os malefícios do uso da maconha são muito similares aos do uso do ta-
baco, por exemplo: asma, enfisema pulmonar, bronquite e alguns tipos de 
câncer que têm suas causas associadas ao uso do cigarro e da maconha.
O uso da maconha pode ocasionar ainda a diminuição das defesas do 
organismo, facilitando o desenvolvimento de infecções, dores de garganta 
e tosses crônicas.
FIQUE POR DENTRO
Você sabia que ultimamente tem se discutido muito o uso da maconha 
para fins terapêuticos?
Já existem evidências de que algumas substâncias da planta auxiliam no 
controle da dor, a redução de espasmos em pessoas com algum tipo de 
paralisia e também a redução dos ataques de pessoas que sofrem com 
epilepsia. A substância está sendo estudada em outras doenças, mas ain-
da sem resultados comprovados.
Alguns países, como os Estados Unidos, já estão um passo à frente no uso da 
maconha para fins medicinais. Aqui no Brasil algumas pessoas já consegui-
ram importar e utilizar a substância legalmente por meio de ações judiciais.
Na sequência de seus estudos sobre dependência química, você estuda-
rá sobre a cola de sapateiro. Siga em frente!
COLA DE SAPATEIRO
A cola de sapateiro é uma mistura de compostos orgânicos que pode 
diminuir a capacidade intelectual, limitar a concentração, memória, aten-
ção, ânimo e produtividade. A incidência maior do uso da cola como droga 
acontece em crianças e adolescentes.
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PERGUNTA
Você sabe quais as consequências do uso da cola de sapateiro para o or-
ganismo humano?
ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 65
O uso cola de sapateiro pode destruir os neurônios e causar a diminuição 
da capacidade cerebral. Em decorrência disto, o indivíduo tem problemas 
com a memória, concentração, produtividade e ânimo.
COCAÍNA
A cocaína é uma droga derivada da folha de coca, planta que pode ser 
encontrada em países da América do Sul e Central.
Esta droga pode ser inalada ou injetada. Cada um desses métodos pode 
ocasionar consequências para a saúde humana. Quando a droga for injeta-
da, um risco é o de infecções ou contração do vírus da AIDS ao se comparti-
lhar seringas, por exemplo. 
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O uso da cocaína pode provocar alterações profundas no sistema nervo-
so central. Pode levar à morte por ataque cardíaco, causando ainda convul-
são, crises de hipertensão e hemorragia cerebral.
CRACK
O crack é uma das drogas mais devastadoras, podendo viciar uma pessoa 
quase instantaneamente.
Geralmente, um usuário de crack já passou por outras drogas, como a 
maconha e a cocaína. Eles acabam procurando esta droga por ser mais ba-
rata e por produzir efeitos mais fortes.
Para o crack, os efeitos maléficos são os mesmos da cocaína, porém am-
plificados. O crack é um derivado da cocaína e pode causar uma intensa 
euforia de curta duração. A euforia é logo substituída por uma depressão 
profunda, seguida de paranoia e ânsia por mais droga. Isso faz com que o 
consumo seja grande se a pessoa tiver fácil acesso à droga. Independente 
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO66
da quantidade consumida, a pessoa que usa o crack aumenta a possibili-
dade de uma morte repentina por ataque cardíaco, derrame cerebral, ata-
que epilético ou insuficiência respiratória.
Você sabe o que são anfetaminas? Esse será o próximo tema de estudo.
ANFETAMINAS
As anfetaminas são drogas estimulantes desenvolvidas na década de 30 
com o intuito de tratar os transtornos de déficit de atenção e hiperativida-
de. Com o passar do tempo, estas drogas acabaram saindo de uso, sendo 
utilizadas apenas para alguns tratamentos específicos, ainda com ressal-
vas. As anfetaminas possuem substâncias que estimulam o sistema nervo-
so central, que passa a funcionar mais intensamente. 
Nos últimos 30 anos, estas drogas passaram a ser sintetizadas em labo-
ratórios clandestinos para serem utilizadas em fins não médicos. A anfeta-
mina mais conhecida no Brasil e que passou por esse processo é o ecstase.
A pessoa que experimenta esta droga pode ficar mais agitada, pode ainda 
demonstrar irritação e agressividade e também pode apresentar delírios 
de perseguição. O uso excessivo pode causar estado de paranoia e alucina-
ções. Esse estado pode ser seguido de tremores, confusão do pensamento, 
respiração acelerada e repetição compulsiva de atividades, podendo che-
gar a um estado de esquizofrenia.
Você estudou até aqui algumas das principais drogas, os malefícios que 
elas trazem para a saúde do indivíduo e também os problemas com a de-
pendência. Agora, você conhecerá os programas de prevenção e sua im-
portância para a sociedade. Acompanhe!
3.3. PROGRAMAS DE PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS
Os programas de Prevenção têm o objetivo de proteger indivíduo e co-
munidade dos malefícios do uso de drogas. Segundo especialistas, os pro-
gramas são custo-efetivos, ou seja, todo dinheiro gasto com a prevenção 
resulta em economia no tratamento e outros problemas sociais relaciona-
dos.
ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 67
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Seguindo o conceito de que os programas de prevenção resultam em 
economia para a sociedade, vamos usar como exemplo a mistura álcool e 
direção e os custos que isso pode gerar.
Estatísticas comprovam que o hábito de beber e dirigir não é uma combi-
naçãosaudável. Motoristas bêbados estão envolvidos com frequência em 
acidentes de trânsito. Esses acidentes geram custos com a manutenção de 
equipes de resgate, estradas, hospitais etc. A pessoa ferida em um acidente 
precisa de cuidados e utiliza a rede hospitalar. Muitas vezes, o atendimento 
dessa pessoa tira da fila uma pessoa que precisa de uma cirurgia ou exame 
preventivo.
Você percebeu como a prevenção pode beneficiar toda a população? Isso 
porque os recursos públicos serão melhor aproveitados. Além disso, segun-
do relatório do NIDA (National Institute on Drug Abuse) dos Estados Unidos 
da América, vários especialistas afirmam que a cada um dólar gasto com 
prevenção, economiza-se de quatro a cinco dólares nos custos relaciona-
dos ao tratamento e outros problemas relacionados ao uso de drogas.
Portanto, prevenir o uso de drogas traz benefícios para toda a sociedade.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO68
PRATICANDO
Faça uma pesquisa sobre os custos sociais do uso de drogas. Tente encon-
trar pelo menos um que tenha impacto com sua atividade no trabalho e 
discuta-o com um colega.
Agora que você já aprendeu que o uso de drogas não é somente um pro-
blema individual, mas sim um problema social, vamos aprender um pouco 
sobre a importância dos programas de prevenção? 
IMPORTÂNCIA DOS PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
Os programas de prevenção são os conjuntos de iniciativas para impedir, 
retardar, reduzir ou minimizar o uso das drogas. Esses conjuntos de inicia-
tivas visam à sobrevivência da espécie (nós). 
Diante das necessidades e dos problemas apresentados para a socieda-
de, o conceito de prevenção ao consumo de drogas foi ampliado, sendo 
colocado dentro do conceito de “Promoção da Saúde”.
FIQUE POR DENTRO
A Promoção da Saúde é um processo de capacitação da sociedade para 
atuar de modo a melhorar sua qualidade de vida. O Ministério da Saúde, 
através da portaria n. 687, de 30 de março de 2006, aprovou a Política de 
Promoção da Saúde.
Para conhecer essa política pública, acesse o endereço disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promo-
cao_saude_3ed.pdf>. Acesso em: 18 dez. 2014.
Acompanhe, na sequência, como funciona um programa de prevenção 
ao uso de drogas. 
FUNCIONAMENTO DE UM PROGRAMA DE PREVENÇÃO
Segundo o Observatório Brasileiro de Informação Sobre Drogas – OBID, 
os programas de prevenção são o conjunto de ações preventivas que po-
dem ser classificadas em três níveis:
 ■ prevenção primária – tem o objetivo de impedir o uso da droga ou 
evitar que outras pessoas passem a usar;
ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 69
 ■ prevenção secundária – destina-se às pessoas que já fazem o uso da 
droga e que têm tendência de aumentar a frequência e quantidade 
de consumo para níveis prejudiciais;
 ■ prevenção terciária – abordagens necessárias no processo de recu-
peração dos indivíduos que já apresentam problemas com o uso da 
droga ou dependência.
Podemos dizer que não existe um modelo ideal para um programa de 
prevenção às drogas, nem mesmo um melhor ou pior. Contudo, podemos 
dizer que existem práticas que podem reforçar os fatores de proteção e di-
minuir os fatores de risco.
?
PERGUNTA
Você sabe o que são fatores de risco ou fatores de proteção quanto ao uso 
de drogas?
Os fatores de risco são os fatores que tornam a pessoa mais vulnerável 
a desenvolver comportamentos que podem levar ao uso de drogas. Já os 
fatores de proteção são os fatores que fazem com que o indivíduo, mesmo 
tendo contato com drogas, se proteja do uso.
Acompanhe, na sequência, exemplos de fatores de risco e de proteção.
EXEMPLO:
Exemplos de fatores de risco são a exclusão social, a busca por prazer, as 
más companhias, a violência e descrença nas instituições.
Exemplos de fatores de proteção são as habilidades sociais, a autoestima 
desenvolvida, pais que acompanham as atividades dos filhos, prazer em 
aprender.
Você já pensou em como é feito a prevenção quanto ao uso de drogas? 
Acompanhe, no quadro a seguir, os quatro modelos de prevenção.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO70
MODELOS DE PREVENÇÃO
ABORDAGEM FOCO MÉTODO
Solicitação de informações 
sobre drogas.
Ampliação do conhecimento 
sobre os diversos tipos de 
substâncias, seus efeitos e 
suas consequências. Promo-
ção de atitudes de mudança 
de entendimento sobre o uso 
de drogas.
Palestras, discussões, 
áudio ou vídeo, pôsteres, 
panfletos, mensagens 
eletrônicas, mensagens em 
demonstrativos de paga-
mentos, jornal interno.
Educação afetiva. Desen-
volvimento de habilidades 
pessoais e sociais.
Melhoria de autoestima. 
Tomada de decisões. Asser-
tividade. Desenvolvimento 
interpessoal e das habilidades 
de comunicação.
Palestras discussões, 
dinâmicas de grupo para 
desenvolvimento pessoal e 
resolução de problemas.
Criação de alternativas ao 
uso de drogas.
Melhoria da autoestima. 
Autoconfiança. Redução de 
condições de estresse, da 
pressão e da alienação.
Organização e desenvol-
vimento de atividades 
de lazer, de convivência, 
recreacionais e culturais. 
Participação em projetos 
de serviços comunitários. 
Orientação profissional.
Desenvolvimento de habili-
dades de enfrentamento ao 
uso de drogas.
Desenvolvimento de habilida-
des para enfrentar a pressão 
social para o uso de drogas. 
Ampliação do conhecimento 
sobre as consequências nega-
tivas imediatas.
Discussões em grupo, 
dramatização, atividades 
monitoradas por profis-
sionais especialistas em 
prevenção.
Quadro 7 - Modelos de Prevenção às drogas
Fonte: Sesi (2013)
No quadro acima são apresentados quatro modelos de prevenção ao uso 
de drogas. Ele relaciona uma abordagem com um foco específico baseado 
na utilização de um método. É possível perceber, por exemplo, se a abor-
dagem for a criação de alternativas ao uso de drogas, o foco deve ser na 
melhoria da autoestima, no aumento da autoconfiança e na redução de 
condições de estresse, na pressão e na alienação. O método utilizado, por 
sua vez, deve ser a organização e desenvolvimento de atividades de lazer, 
de convivência, recreacionais e culturais; além da participação em projetos 
de serviços comunitários e de orientação profissional.
Agora, que você já estudou sobre o álcool, o tabaco e outras drogas, bem 
como as relações deles com o trabalho, é hora de aprender sobre a indivi-
dualidades, o respeito às diferenças e a saúde sexual, vamos lá?!
ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS: DAS RELAÇÕES COM O TRABALHO 71
RESUMINDO
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SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO72
ANOTAÇÕES
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SAÚDE SEXUAL • DIFERENÇAS 
GÊNEROCAPÍTULO 4
INDIVIDUALIDADES, RESPEITO 
ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE 
SEXUAL
INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 75
4.1. O SER HUMANO COMO UM SER SOCIAL
Você algum minuto da sua vida parou para pensar no ser humano como 
um ser social?
Você já tentou ficar um dia inteiro sozinho, sem ter contato com absolu-
tamente ninguém? Talvez até possa ter conseguido, mas isso é muito difícil 
porque precisamos de nossos semelhantes para compartilhar nosso tem-
po e espaço.
O ser humano não consegue viver sozinho, ele precisa da presença de 
seus semelhantes, por isso vive em sociedade.
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O ser humano tem necessidade de pertencer a algum grupo, seja a famí-
lia, o trabalho, a escola e tantos outros.
EXEMPLO:
A criança nasce, cresce e vai passando por vários grupos. O primeiro grupo 
é a família. Depois a criança vai para a escolinha e passa a ter contato com 
outras crianças de sua idade.
Chegando à adolescência, o jovem já vai descobrindo outros grupos e aca-
ba escolhendo os seus. Como um determinado grupo de jovens, grupos de 
trabalho de escola, esportes, música entre outros.
Em todos esses grupos, a pessoa vai exercitando suas relações interpes-
soais, passa a ser influenciada e também influencia outros membros do 
grupo.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO76
4.2. DIREITOS E DEVERES DOS CIDADÃOS
Vivemos em sociedade. Dividimos nosso tempo e espaço com pessoas 
dos mais diferentes grupos e, para vivermos em harmonia, temos que nos 
respeitar e entender as necessidades individuais e coletivas de todos.
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Os direitos e deveres dos cidadãos brasileiros são assegurados pela Cons-
tituição Brasileira. Os artigos referentes a esse assunto podem ser encon-
trados no Capítulo I, Artigo 5º, que trata Dos Direitos e Deveres Individuais 
e Coletivos. 
Nós temos o direito de viver, o direito de ser livres, de termos nossas ca-
sas, de sermos respeitados como pessoas. Temos o direito de não termos 
medo, de não sermos discriminados por causa do gênero ou orientação 
sexual, de nossa cor e da idade, de nossos trabalhos, da cidade de onde 
viemos.
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INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 77
Por outro lado, temos o dever de cumprir as leis, escolher nossos gover-
nantes por meio do voto, respeitar os direitos dos outros cidadãos, tratar 
com respeito outros cidadãos, proteger e educar nossos filhos e demais 
dependentes, cuidar do patrimônio público e ter atitudes que ajudem a 
cuidar do meio ambiente e dos recursos naturais.
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Perante a lei, todo ser humano é igual, portanto todos têm os mesmos di-
reitos. Esses direitos são sagrados e nunca nos podem ser tirados. Se esses 
direitos forem desrespeitados, continuamos a ser gente e devemos lutar 
para que eles sejam reconhecidos.
FIQUE POR DENTRO
Para conhecer todos os direitos e deveres dos Cidadãos Brasileiros, acesse 
o site do Governo federal e conheça a Constituição Brasileira. Lembre-se, 
os direitos e deveres estão no Capítulo l, Artigo 5°!
A constituição está disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 16 dez. 2014.
Você sabe o que é respeito à individualidade? É este o próximo tema de 
estudo! Siga em frente e perceba como este tema é importante para o bom 
desempenho das suas atividades e para sua vida! 
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO78
4.2.1. RESPEITO ÀS INDIVIDUALIDADES DA PESSOA
Todos são diferentes! Você já parou para pensar que nos relacionamos 
estamos esperando uma coisa das pessoas próxima a nós. Da mesma for-
ma, as pessoas ao nosso redor sempre esperam algo de nós.
REFLITA
O que você espera das pessoas? O que as pessoas esperam de você?
As pessoas são diferentes e se comportam de forma diferente. Esse com-
portamento foi desenvolvido ao longo de anos de vida do indivíduo e re-
cebeu influência na forma de criação da pessoa, das pessoas próximas no 
período de desenvolvimento, da região onde esta pessoa cresceu entre ou-
tras. Essas diferenças vão além do comportamento. Elas podem ser cultu-
rais, religiosas, regionais, raciais e sexuais.
PRATICANDO
Você trabalha em uma empresa e convive com diferentes pessoas, certo?
Converse com seus colegas de trabalho sobre o tema e tente identificar 
pequenos aspectos que diferem uns dos outros.
Tente identificar se determinada pessoa tem algum hábito proveniente 
do local onde ela cresceu. Outro aspecto importante para se perceber é a 
religião de alguém.
Respeitar as diferenças das pessoas é um ponto-chave para a vida em so-
ciedade e é um dever do cidadão, assim como ser respeitado é um direito 
nosso, garantido pela nossa constituição.
As nossas diferenças é que nos tornam únicos e especiais. Temos o di-
reito de sermos respeitados independente de nossas origens, credos, raça 
e também de acordo com nossa orientação sexual. E é sobre o direito de 
respeito à orientação sexual que vamos falar agora. Acompanhe.
INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 79
DIREITO DE RESPEITO À ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO
A Associação para o planejamento da Família (APF), entidade portuguesa 
sem fins lucrativos com ênfase na promoção da saúde sexual e reproduti-
va, traz as seguintes definições: a identidade sexual refere-se ao que cada 
pessoa pensa sobre si própria e sobre a sua sexualidade, sobre as emoções 
e sobre o desejo que sente em relação aos outros, que podem ser do mes-
mo sexo, de outro sexo ou de ambos os sexos. Já a identidade de gêne-
ro refere-se ao modo como cada um de nós se vê: se como homem (mascu-
lino), se como mulher (feminino).
A orientação sexual refere-se à atração sexual mais significativa ou ex-
clusiva que cada pessoa sente ao longo da sua vida. Uma pessoa pode ser 
considerada: heterossexual, quando se sente, sobretudo, atraída por pes-
soas de sexo diferente; homossexual, quando se sente, sobretudo, atraída 
por pessoas do mesmo sexo; ou bissexual, quando se sente atraída por am-
bos os sexos.
Normalmente, a orientação sexual revela-se durante a puberdade e não 
pode sofrer influências externas que a alterem, ou seja, a orientação sexual 
diz respeito ao indivíduo.
TRANSEXUALIDADE
Quando uma pessoa não se identifica com o seu gênero biológico, esta-
mos perante alguém que é transexual. Trata-se de uma questão de iden-
tidade de gênero e não de orientação sexual. Frequentemente, os transe-
xuais sentem a necessidade de proceder a cirurgias de adequação do sexo. 
O respeito à identidade sexual e à livre expressão de 
sua orientação sexual é um direito fundamental ga-
rantido.
Conforme você estudou no início deste capítulo, o artigo 5° do Capítulo 
I da Constituição Federal diz que todos somos iguais perante a lei, que te-
mos o direito de ser reconhecidos e termos nossas diferenças respeitadas.
4.3. SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA: CONCEITOS E 
IMPLICAÇÕES
A saúde sexual e reprodutiva está relacionada ao direito dos indivíduos 
de ter uma vida sexual prazerosa e segura. Eles devem receber informações 
sobre a sexualidade e prevenção das DST/AIDS e ter garantida a liberdade 
para decidirem se querem ter filhos ou não através do acesso à informação 
e aos métodos contraceptivos. 
Os casais e indivíduos têm o direito de planejar sua família. É garantido 
às pessoas o acesso à informação e aos meios de contracepção.
No Brasil, todos os níveis de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) são 
obrigados a garantir à mulher, ao homem ou ao casal a assistência à con-
cepção e contracepção. Essas obrigações fazem parte da assistência inte-
gral à saúde.
CONTRACEPÇÃO
É qualquer processo 
que evite a fertilização 
do óvulo ou a implan-
tação do ovo. De uma 
forma ou de outra, é 
praticada pelos hu-
manos há milhares de 
anos. A concepção é o 
oposto da contracep-
ção.
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FIQUE POR DENTRO
A biblioteca virtualda saúde, mantida pelo ministério da saúde, desenvol-
veu uma cartilha sobre os direitos sexuais e reprodutivos que trata sobre 
a política de planejamento familiar. Quer conhecer a cartilha e aprender 
mais sobre direitos reprodutivos? Acesse o endereço a seguir e aproveite! 
Cartilha Direitos Reprodutivos. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.
br/bvs/publicacoes/cartilha_direitos_sexuais_reprodutivos.pdf>.Acesso 
em: 09 jan. 2015.
É importante considerarmos que também existe a possibilidade de ado-
ção de crianças, tanto por casais heterossexuais como pelos homossexuais, 
desde que essas pessoas atendam aos requisitos mínimos para a adoção, 
como a capacidade de cuidar de uma criança comprovada por assistente 
social.
INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 81
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Optar em ter filhos implica em várias mudanças para uma pessoa. Novas 
responsabilidades são geradas, pois uma vida vai passar a ser dependente 
dessa pessoa. Outros aspectos devem ser levados em consideração na de-
cisão de se ter filhos, como as implicações de um filho na vida profissional 
do indivíduo, com algumas limitações de horários e deslocamentos que 
algumas empresas podem solicitar. Algumas empresas também somente 
disponibilizam alguns cargos para pessoas sem filhos.
4.3.1. VIOLÊNCIA SEXUAL: CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E IMPLICAÇÕES 
LEGAIS
Por conceito, a violência sexual envolve as relações sexuais não consen-
tidas. Essas relações podem ser praticadas tanto por um estranho, conhe-
cido ou familiar.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência sexual é:
[...] qualquer ato sexual ou tentativa do ato não desejada, ou 
atos para traficar a sexualidade de uma pessoa, utilizando 
repressão, ameaças ou força física, praticados por qualquer 
pessoa independente de suas relações com a vítima, qualquer 
cenário, incluindo, mas não limitado ao do lar ou do trabalho.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO82
Existem muitos canais que podem ser utilizados para que a violência 
ocorra, a internet é um deles. Muitas vezes, criminosos utilizam esse meio 
para alcançar suas vítimas, sobretudo crianças, e atraí-las para uma arma-
dilha e abusá-las sexualmente.
O turismo sexual é outra forma de disseminação da violência sexual. Qua-
drilhas especializadas utilizam de meios para o recrutamento de jovens, 
que podem ser homens e mulheres, para a exploração sexual dentro e fora 
do Brasil. Uma das formas utilizadas é a promessa de uma oportunidade 
de emprego, agenciamento de modelos, por exemplo. 
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De forma geral, a violência sexual é mais praticada por homens onde ele 
exerce o papel de dominador. É uma questão de poder e controle que acaba 
atingindo mulheres de todos os tipos e lugares, crianças e outros homens.
A violência sexual traz consequências, principalmente, às vítimas. Na se-
quência, você aprenderá mais sobre esse tema. Acompanhe.
CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA SEXUAL
A pessoa que é vítima violência sexual pode sofrer de várias formas, ad-
quirindo traumas que podem durar por toda a sua vida. Na sequência, você 
será apresentado às possíveis consequências da violência sexual, acompa-
nhe:
 ■ sequelas dos problemas físicos gerados pela violência 
sexual – DSTs, lesões e hematomas;
 ■ dificuldade de ligação afetiva e amorosa;
 ■ dificuldade em manter uma vida sexual saudável;
 ■ tendência em sexualizar demais os relacionamentos sociais.
INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 83
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No entanto, é importante lembrar que nem todas as pessoas que sofrem 
com a violência sexual irão apresentar esses traumas e outras consequên-
cias poderão ocorrer. Tudo depende da forma como ela foi exposta à vio-
lência, o tempo e a fase da vida em que isso aconteceu.
4.3.2. TIPOS E IMPLICAÇÕES LEGAIS DA VIOLÊNCIA SEXUAL
O código penal brasileiro estabelece que a violência sexual é uma trans-
gressão pesada, dividida em três tipos, com penalidade diferenciadas, que 
serão listadas abaixo.
 ■ Estupro - descrito no Código Penal artigo 213, “Constranger mulher 
à conjunção carnal mediante violência ou grave ameaça. Pena: reclu-
são, de 6 a 10 anos”.
 ■ Atentado violento ao pudor – descrito no Código Penal artigo 214, 
“constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar 
ou permitir que com ela se pratique ato libidinoso diverso da conjun-
ção carnal. Pena: reclusão de 6 a 10 anos”.
 ■ Assédio sexual – descrito no Código Penal artigo 216A, “ constranger 
alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, 
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico 
ou ascendência inerente ao exercício de emprego, cargo ou função. 
Pena: detenção, de 1 a 2 anos”.
Assim como o racismo já é considerado crime passível de detenção, a ho-
mofobia está em discussão pelos nossos governantes para que também se 
torne. O tema é levantado com frequência e a cada dia está mais presente 
em nossas realidades.
4.3.3. DENÚNCIA
A vergonha é um dos principais motivos para que não exista a denúncia. 
As pessoas que sofrem violência sexual têm dificuldade de pedir ajuda.
No entanto, se a denúncia não acontecer, os direitos da vítima não po-
dem ser garantidos.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO84
A vítima de violência sexual tem direitos garantidos pelo Estado. Esses 
direitos vão desde o registro de ocorrência policial até o recebimento gra-
tuito de assistência médica com indicação de contracepção de emergên-
cia para evitar a gravidez indesejada (no caso de mulheres). Além desses, 
também é garantido o recebimento de profilaxia para HIV e para Doenças 
Sexualmente Transmissíveis (DST). A Lei n. 12845 garante às vítimas de vio-
lência sexual atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde. 
A legislação brasileira garante que o aborto legal em caso de gravidez de-
corrente de estupro, conforme previsto no Código Penal no artigo 128.
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da 
República disponibiliza um disque denúncia que pode 
ser usado para notificar casos de violência sexual. 
Esse canal pode ser usado não só para notificar esses 
abusos mas também qualquer outro que infrinja os 
direitos humanos.
Quando a violência sexual for praticada com abuso do pátrio poder ou da 
qualidade de padrasto, tutor ou curador, por exemplo, ou quando a vítima 
não tiver condições de prover as despesas do processo, quem promove a 
Ação Penal para responsabilização do agressor (processar o agressor) é o 
Ministério Público. Isso quer dizer que sempre que a violência ocorrer por 
parte da pessoa responsável pelo menor ou quando a família não tiver re-
cursos para pagar as despesas do processo contra o agressor, o Ministério 
Público é o responsável por arcar com essas despesas.
Na sequência de seus estudos, você estudará sobre a educação sexual. 
4.4. EDUCAÇÃO SEXUAL
Falar sobre sexo ainda constrange algumas pessoas. O fato é que o tema 
é de vital importância porque precisamos esclarecer questões livre de pre-
conceitos e tabus. 
REFLITA
Você conversa sobre sexo com seus pais, familiares e amigos? Essas con-
versas são saudáveis?
PROFILAXIA
Visa a prevenir 
uma doença em nível 
populacional por meio 
de diversas medidas 
que vão desde proce-
dimentos mais sim-
ples, como o uso de 
medicamentos, até os 
mais complexos.
INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 85
A educação sexual pretende preparar os adolescentes para a vida sexual 
de forma segura. Ao fazer isso, a intenção é chamá-los à responsabilidade 
de cuidar de seu próprio corpo. O objetivo da educação sexual é evitar que 
ocorram situações indesejadas, como a contração de uma doença ou uma 
gravidez precoce. Além disso, é objetivo também que as pessoas tenham 
uma vida sexual saudável.
4.4.1. PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO SEXUAL
Falar sobre sexo e saúde sexual para crianças e adolescentes é uma obri-
gação dos pais, mas na escola é que ela tem acontecido mais efetivamente. 
Ela busca ensinar e esclarecer questões relacionadasao sexo às crianças e 
aos adolescentes.
Hoje no Brasil ainda não existe uma lei que obrigue às escolas a inserirem 
a educação sexual em seus currículos. Contudo, os Padrões Curriculares 
Nacionais (PCNs) orientam que o assunto seja abordado em todas as disci-
plinas sempre que houver uma oportunidade.
Mesmo sem uma legislação específica, o número de institui-
ções que abordam a Educação Sexual em diversas áreas do 
aprendizado tem aumentado. Além disso, projetos nacionais 
que abordam a sexualidade relacionada à saúde ganham 
cada vez mais força no ambiente escolar. Um exemplo é 
o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) criado em 
2003, por meio de uma parceria entre o Ministério da Saúde e 
o MEC. 
O Programa tem como objetivo promover a saúde sexual, 
reduzir a vulnerabilidade de adolescentes e jovens às doen-
ças sexualmente transmissíveis (DST), à infecção pelo HIV e 
à gravidez não-planejada. Qualquer escola pode aderir ao 
Programa Saúde e Prevenção. Basta entrar em contato com a 
Secretaria de Educação do respectivo Estado. (QUEEN, 2013).
O objetivo principal da educação sexual é preparar os adolescentes para 
uma vida sexual segura, chamando para si a responsabilidade de cuidar 
dos seus corpos, evitando a contração de doenças e gravidez precoce não 
planejada.
4.4.2. PROMOÇÃO DOS CUIDADOS DE SAÚDE PERINATAIS
Segundo a Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (s.d), o período pe-
rinatal na gravidez humana ocorre entre as 22 semanas completas de ges-
tação e os 7 dias após o nascimento. Neste período, a saúde materna e do 
bebê estão proximamente ligadas.
Promover a saúde perinatal vai um pouco além desse conceito. Os cuida-
dos perinatais se iniciam mesmo antes da concepção e servem para melho-
rar a saúde materna, a educação e o cuidado reprodutivo da mulher, bem 
como melhorar os cuidados no pré-natal e no parto.
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO86
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São estratégias de promoção dos cuidados de saúde perinatais as infor-
mações sobre a preconcepção, que são as informações sobre o planeja-
mento familiar, a identificação de fatores de risco e as intervenções e os 
aconselhamentos à mulher quando necessário.
EXEMPLO:
Uma mulher que passa por aconselhamentos com um especialista antes 
da concepção pode receber a orientação de praticar exercícios físicos para 
melhorar sua saúde, reduzindo alguns fatores de risco para uma gravidez.
Assistência Pré-natal com o objetivo de orientar para hábitos alimenta-
res, assistência psicológica da gestante, orientações sobre o uso de medi-
cações e identificação de gravidez de risco.
4.4.3. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são transmitidas princi-
palmente pelo contato sexual sem proteção com pessoas já infectadas. 
Geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, verrugas e 
bolhas nas regiões genitais. As doenças mais conhecidas são a gonorreia 
e a sífilis.
A forma mais simples de prevenir o contágio dessas doenças é a prática 
do uso de camisinha ou preservativo.
INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 87
Usar preservativos em todas as relações sexuais reduz o risco de trans-
missão das DST, em especial do vírus da AIDs, o HIV.
FIQUE POR DENTRO
Algumas DSTs podem não apresentar sintomas, nem no homem nem na 
mulher. Isso requer que quando ambos pratiquem sexo sem camisinha, 
procurem por uma consulta com um profissional em um serviço de saúde 
periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a 
tempo podem trazer complicações graves, podendo levar até a morte!
Você se lembra dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)? A cami-
sinha pode ser comparada com um EPI!
4.4.4. AIDS
A AIDs é uma doença do sistema imunológico em sua fase mais avança-
da. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada 
em português, é causada pelo vírus HIV. Esse vírus ataca as células de defe-
sa do nosso organismo, nos deixando mais vulneráveis a diversas doenças, 
que podem ir de um simples resfriado a infecções mais graves como tuber-
culose ou o câncer.
A AIDs pode ser transmitida por meio das relações sexuais, como você 
estudou no tópico anterior. O contágio também pode ocorrer por meio de 
transfusões de sangue contaminado e pelo compartilhamento de seringas 
e agulhas, no caso de usuários de drogas.
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SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO88
A doença também pode ser transmitida para o bebê de uma mãe infec-
tada sem tratamento ou no momento do parto. Também pode acontecer 
durante a amamentação.
O tratamento da AIDs é gratuito e fornecido pelo SUS e melhora a qua-
lidade de vida do paciente. Ele também contribui para a interrupção da 
cadeia de transmissão da doença. 
4.4.5. DIREITO DE ESCOLHA (CONTRACEPÇÃO)
A contracepção é qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou 
a implantação do ovo. De uma forma ou de outra, é praticada pelos huma-
nos há milhares de anos. (JANSSEN, [s.d]). 
Todo o indivíduo ou família tem o direito de decidir se quer ter ou não 
filhos e escolher o momento de ter. Esse direito é essencial ao bem-estar 
social.
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PERGUNTA
Você tem ideia de todos os métodos anticoncepcionais disponíveis?
Provavelmente você pensou na camisinha e na pílula anticoncepcional 
certo? Na verdade, existem inúmeros métodos e todos têm o direito de es-
colher o melhor para o seu corpo.
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INDIVIDUALIDADES, RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E SAÚDE SEXUAL 89
Os métodos contraceptivos podem ser divididos em: 
 ■ natural – coito interrompido, temperatura basal, tabelinha, muco 
cervical, por exemplo;
 ■ hormonal – pílulas anticoncepcionais, injeção anticoncepcional, DIU 
hormonal, anel vaginal, adesivo hormonal, implante, pílula do dia se-
guinte, dentre outros;
 ■ não hormonal – camisinha masculina, camisinha feminina, diafrag-
ma, espermicida, DIU de cobre etc;
 ■ cirúrgico – laqueadura e vasectomia.
FIQUE POR DENTRO
Um grande fabricante de medicamentos desenvolveu um portal para tirar 
todas as dúvidas sobre a contracepção e explicar como funcionam todos 
os métodos anticoncepcionais. Nesse portal, é possível também comparar 
todos os métodos contraceptivos e garantir as informações necessárias 
para se escolher o melhor método anticoncepcional.
Dê uma olhada! Disponível em: <http://www.direitodeescolha.com.br/>. 
Acesso em: 05 jan. 2015.
É sabido que durante a adolescência é comum as dúvidas, as incertezas e 
as descobertas. A maior parte dos adolescentes ainda não pensa em ter fi-
lhos, por exemplo. Para evitar uma gravidez e doenças sexualmente trans-
missíveis o caminho mais indicado é usar preservativos. Proteger-se e pro-
teger o parceiro também pode ser considerado um ato de amor e carinho. 
Lembrem-se de que evitar uma gravidez é responsabilidade de homens e 
mulheres. 
Você aprendeu neste capítulo que existem muitos aspectos que envol-
vem a saúde sexual e reprodutiva como as DSTs, o planejamento familiar 
e o direito de escolha. Coloque em prática esses ensinamentos. Eles são 
importantes para sua vida profissional e pessoal!
SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO90
RESUMINDO
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PALAVRAS
DO AUTOR
Parabéns pela conclusão da unidade curricular Saúde e Segurança do Trabalho!
Aqui você conheceu os conceitos de saúde, segurança e meio ambiente envolvidos nas 
atividades laborais. Aprendeu que a segurança vai além do ambiente de trabalho e que ela 
está ligada à identificação e contenção dos riscos. Também conheceu os aspectos ambien-
tais e seu papel para o cumprimento das normas de saúde, segurança e meio ambiente.
Espero que você tenha aprendido sobre os temas propostos e que possa utilizá-los na 
execução de suas atividades e na vida.
Desejo que busque o aprendizado contínuo e sucesso em todas as suas atividades!
PROFo. EVANDRO MEDEIROS MARQUES
PALAVRAS DO AUTOR
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EVANDRO MEDEIROS MARQUES
Tem formação em Engenharia de Produção e Sistemas e 15 anos de experiência em ati-
vidades industriais. É especialista em estratégias de redução de custos ligadas à redução 
de desperdícios nos processos fabris englobando a padronização de atividades laborais, 
conservação de equipamentos e desenho de sistemas logísticos enxutos.
CONHECENDO
O AUTOR
CONHECENDO O AUTOR
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SENAI - DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Felipe Esteves Pinto Morgado
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Waldemir Amaro
Gerente de Tecnologias Educacionais
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Gerente de Educação Profissional e Tecnológica
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Projeto Educacional
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Projeto Gráfico
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Elaboração
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Revisão Técnica
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Comitê Técnico de Avaliação
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Contextuar
Normalização

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