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04 - REGIME MILITAR E CONFINAMENTO DA CIDADANIA

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O REGIME MILITAR E A OPRESSÃO DA CIDADANIA
O golpe militar foi decretado no Brasil em 31/03/64. Os militares tomaram o Poder, afastaram o Presidente e submeteram o
Congresso à sua disciplina. Foi baixada pelos militares a Constituição de 1967. Os militares passaram a governar por meio
de Atos Institucionais.
O mais duro golpe contra a cidadania foi a supressão do voto direto. As eleições eram indiretas. Os direitos e garantias
individuais foram amesquinhados, permitindo-se prisões injustas e desrespeito ao Judiciário. Reduziram-se as
competências estaduais e municipais. O Poder Executivo, exercido pelos Militares, legislava por Decretos-leis a Atos
Institucionais, em desrespeito ao Legislativo. Estes dois instrumentos eram baixados pelos Generais e juntas militares que
ocupavam a Presidência da República. O mais duro Ato Institucional foi o de nº 5, que previa suspensão de direitos
políticos, possibilidade de fechamento do Congresso Nacional, cassação de mandatos dos parlamentares, suspensão das
garantias da magistratura e de funcionários públicos. Proibiu-se o habeas corpus em matéria de crimes políticos. Os
partidos políticos em geral foram levados à clandestinidade e ilegalidade, passando a viger o bipartidarismo.
A Emenda 1/69, considerada por muitos como nova Constituição, manteve o golpe militar. Criou os Tribunais de Contas
Municipais em Municípios com mais de 2 milhões de habitantes, a possibilidade de perda do mandato parlamentar em
casos de atentado à ordem vigente e a exigência do prévio esgotamento das vias administrativas para ingresso em juízo (em
diminuição à inafastabilidade da jurisdição).
Nesta fase da história do Brasil, os poderes do Presidente da República e Ministros militares eram enormes. Havia
novamente a pena de morte, prisão perpétua, banimento e confisco nos casos de guerra e atos revolucionários ou
subversivos, mais ou menos um remodelamento da Constituição de 1937. O abuso de direitos individuais culminava com a
suspensão de direitos políticos. O mandato presidencial era de 5 anos e as eleições no Brasil eram indiretas.
Todavia, em 1978 iniciou-se o processo de redemocratização do Brasil, até chegarmos à Constituição de 1988. Em 1978, o
AI 5 foi revogado. Os direitos políticos foram paulatinamente restaurados. Ficou igualmente proibida a dissolução do
Legislativo pelo Executivo.
A Lei da Anistia foi promulgada e publicada em 28.08.79, concedendo perdão aos que cometeram crimes políticos e
eleitorais entre 1961 e 1979, e quem teve seus direitos políticos cassados foi perdoados. Todos os servidores públicos que
sofreram algum tipo de punição foram perdoados.
A Reforma Partidária começou em 1979, e ficou definitivamente instalado no Brasil o pluripartidarismo. Em 1980, voltam
as eleições diretas, porém apenas para Governadores. Em virtude disso, surge o movimento “Diretas Já”, pedindo eleições
diretas para Presidente da República e em todo país.
Uma lenta volta da cidadania plena.
Em 1985 foi eleito, de forma indireta, Tancredo Neves, vindo a falecer logo em seguida e antes de assumir o cargo. O
Vice-Presidente da República, José Sarney, assumiu, então, o posto, e tínhamos, assim, após mais de 20 anos de Ditadura
Militar, um governo civil que segue até os dias de hoje. José Sarney convocou uma Assembleia Nacional Constituinte e em
1988 tivemos a promulgação da atual Constituição.

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