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INTRODUÇÃO À ÓPTICA: LUZ E FONTES DE LUZ 1 1 INTRODUÇÃO À ÓPTICA 1.1 O que é óptica Óptica corresponde à parte da Física responsável pelo estudo da luz e dos fenômenos que a envolvem. A parte da Óptica que se preocupa em estudar a essência da luz, ou seja, sua natureza, é chamada Óptica física. Já a parte da Óptica responsável por estudar a propagação da luz e a formação de imagens é chamada Óptica geométrica. 1.2 O que é luz De acordo com os estudos na área da Óptica Física, a luz tem dupla natureza: onda eletromagnética e partícula fóton. A fim de entendermos o que isso significa, vamos fazer uma analogia com uma onda na superfície de um líquido. Quando deixamos um objeto cair sobre a superfície de um líquido, perturbamos esse líquido, transferindo energia para ele. Essa energia se propaga na forma de ondas circulares, conforme a figura a seguir: INTRODUÇÃO À ÓPTICA: LUZ E FONTES DE LUZ 2 De forma similar, quando se perturba uma carga elétrica, cria-se uma onda nos campos elétrico e magnético, que se propaga no vácuo com a velocidade de 83 10 /c m s . Cuidado: ano-luz é uma unidade de distância, não de tempo! 1 ano-luz corresponde à distância que a luz percorre em um ano no vácuo: 8 8 8 8 15 1 ano-luz = 3 10 1 3 10 365 dias = 3 10 365 24 h = 3 10 365 24 3600 9,46 10 m m m ano s s s m s m s Nem toda onda eletromagnética é luz. Para que seja considerada luz, a onda eletromagnética deve ser capaz de sensibilizar nossos órgãos visuais: os olhos. Dessa forma, para a Óptica Geométrica, luz é aquilo que nos proporciona a visão. As ondas eletromagnéticas luminosas, ao atingirem as células da retina, sensibilizam-nas, proporcionando ao sujeito a visão, conforme a figura a seguir: 1.3 Como representar a luz Vamos representar a luz através do uso de linhas orientadas, indicando a direção e o sentido da propagação. O nome que vamos dar a essas linhas é raio de luz. raio de luz INTRODUÇÃO À ÓPTICA: LUZ E FONTES DE LUZ 3 Ao conjunto de raios luminosos, daremos o nome ou de pincel, ou se feixe luminoso. Os pinceis luminosos podem ser classificados quanto à geometria: Cônicos Convergentes: os raios convergem para um mesmo ponto. Cônicos Divergentes: os raios de luz divergem a partir de um mesmo ponto. Cilíndricos: os raios são paralelos entre si. pincel divergente pincel convergente pincel cilíndrico INTRODUÇÃO À ÓPTICA: LUZ E FONTES DE LUZ 4 Importante: não somos capazes de ver o raio de luz que não atinge nossos olhos. Por exemplo, quando utilizamos uma ponteira laser em um local com ar limpo, vemos apenas a luz refletida na parede iluminada pelo laser: Na figura a seguir, o mesmo experimento foi feito após ser lançada “fumaça” no ar. As partículas dessa “fumaça” refletem a luz, permitindo que você veja o trajeto: 1.4 Fontes de luz Fontes de luz são os objetos dos quais se originam os raios luminosos. É possível classificar as fontes de luz segundo vários critérios. O primeiro que vamos observar é o critério de transformação de energia: INTRODUÇÃO À ÓPTICA: LUZ E FONTES DE LUZ 5 Fonte primária ou objeto luminoso: corresponde à fonte na qual se transformam outras modalidades de energia em energia luminosa. É o caso das lâmpadas elétricas (energia elétrica em energia luminosa), do sol (energia nuclear em energia luminosa), da vela (energia química em energia luminosa) etc. Fonte secundária ou objeto iluminado: corresponde à fonte na qual não se transformam outras modalidades de energia em energia luminosa. Nesse caso, o objeto recebe luz de outra fonte e a reflete. É o seu caso! Sim, você pode ser uma fonte de luz quando é iluminado pelas lâmpadas ou pelo sol. Além disso, também se podem classificar as fontes luminosas segundo o tamanho. Nessa situação, lembre-se de que o tamanho é algo relativo. A fim de classificar algo como grande ou pequeno, é preciso haver um referencial. Fonte puntiforme: corresponde à fonte cujas dimensões são muito pequenas quando comparadas aos objetos que ela estará iluminando. Assim, é preciso saber o contexto para classifica-la dessa forma. A palavra puntiforme está relacionada à forma de um ponto. Fonte extensa: corresponde à fonte cujas dimensões não podem ser desprezadas quando comparadas aos objetos que ela estará iluminando. Note que uma lâmpada incandescente comum seria considerada extensa, caso estivesse iluminando uma formiguinha próxima a ela. Por outro lado, se ela estiver iluminando um grande salão com pessoas, consideramo-la puntiforme. INTRODUÇÃO À ÓPTICA: LUZ E FONTES DE LUZ 6 INTRODUÇÃO À ÓPTICA: LUZ E FONTES DE LUZ 7 1.5 Cores da luz Veremos mais adiante que a cor corresponde a uma sensação subjetiva. Nada garante que todos tenhamos a mesma percepção de uma determinada cor, apesar de conseguirmos diferenciar uma cor de outra. Além disso, é possível também “enganar” o cérebro e o olho com respeito à cor de um objeto. Contudo, sabemos que há uma relação entre a frequência da vibração luminosa e a cor que interpretamos. Observe o prisma da figura a seguir. Nele, vemos que a luz branca, ao atravessá- lo, decompõe-se nas famosas cores do arco-íris. A luz de menor frequência que é capaz de sensibilizar nossos olhos corresponde à cor vermelha, a de maior, à violeta. Abaixo do vermelho, temos o infravermelho que não é visível, e, acima do violeta, temos o ultravioleta que também é invisível. (minha imagem) Quando todas as cores decompostas atingem nossos olhos misturadas, vemos a cor branca. Quando não há luz atingindo nossos olhos, ou quando há pouca luz chegando até eles, vemos o preto. INTRODUÇÃO À ÓPTICA: LUZ E FONTES DE LUZ 8 As fontes luminosas podem ser classificadas também em relação às cores: Fonte monocromática: emite apenas uma frequência luminosa e, portanto, apenas uma cor. Fonte policromática: emite mais de uma frequência luminosa. Poderá ser vista apenas uma cor resultante dessa “mistura” (como é o caso do branco). Cuidado, na decomposição, costumamos dar nome a 7 cores. Contudo, há uma infinidade de cores, não há apenas 7. Por exemplo, entre o azul e o verde, há o “verde-azulado” ou o “azul-esverdeado”. Nota: as ondas possuem uma propriedade chamada comprimento de onda c f , onde c é a velocidade, e f é a frequência. 1.6 Meios de propagação da luz A luz pode propagar-se em diversos materiais. Quando ela é capaz de propagar-se de forma regular no interior de determinado meio, dizemos que ele é transparente. Nesse caso, é possível observar nitidamente os objetos que estão do outro lado do meio: (imagem minha) INTRODUÇÃO À ÓPTICA: LUZ E FONTES DE LUZ 9 Quando a luz consegue se propagar no meio, mas de forma irregular, dizemos que o meio é translúcido. Nesse caso, não conseguimos observar nitidamente o que se encontra do outro lado do meio: Quando o meio não permite a propagação da luz, ele é chamado opaco:
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