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ESCOLA ESTADUAL CARMO GIFFONI Disciplina: Física Rua do Colar, 85 - Jatobá Professora: Daniela Ribeiro Belo Horizonte- MG Ensino Médio UNIDADE(S) TEMÁTICA(S): Eixo Temático IV: Luz, Som e Calor – Tema 9: Luz OBJETO DE CONHECIMENTO: 22. Propagação da luz HABILIDADE(S): 22.1. Compreender os fenômenos de reflexão e refração da luz. Óptica Geométrica Óptica é a parte da Física que estuda a luz e os fenômenos luminosos. A luz é uma onda eletromagnética e a sua velocidade no vácuo é de aproximadamente 3,0 x 105 km/h. A Óptica, por sua vez, é dividida em: 1) Óptica Física: Estuda a natureza física da luz e fenômenos como interferência, polarização, difração, dispersão, entre outros. 2) Óptica Geométrica: estuda os fenômenos luminosos com base em leis empíricas (experimentais). Eles são explicados sem que haja necessidade de se conhecer a natureza física da luz. Usa como ferramenta de estudo a Geometria. Além disso, ela se preocupa em analisar a trajetória da propagação da luz. Ela é responsável pelo estudo de vários conceitos físicos, entre eles a formação de sombra, penumbra e eclipse; a reflexão e a refração da luz, bem como a formação da imagem em espelhos, nas lentes e nos instrumentos ópticos. Aqui, nos preocuparemos em estudar apenas a Óptica Geométrica e alguns dos seus conceitos. 1. Conceitos importantes da Óptica Geométrica Antes de conhecermos os princípios da óptica geométrica, faz-se necessário conhecer conceitos importantes. Raios de luz: segmentos de reta que representam a direção e o sentido de propagação da luz. Eles podem ser emitidos por dois tipos de fonte: Fontes primárias: que emitem luz própria, como o sol ou a chama de uma vela; Elas podem ser: Incandescentes: quando emitem luz em altas temperaturas. Exemplos: o Sol, a chama de uma vela e as lâmpadas de filamento. Luminescentes: quando emitem luz em baixas temperaturas. As fontes de luz primária luminescentes podem ser: Fluorescentes: emitem luz apenas enquanto durar a ação do agente excitador. Ex.: lâmpadas fluorescentes. Fosforescentes: Emitem luz por um certo tempo, mesmo após ter cessado a ação do excitador. Nessas fontes, a energia radiante é proveniente de uma energia potencial química. Ex.: Interruptores de lâmpadas e ponteiros luminosos de relógios. https://brasilescola.uol.com.br/fisica/optica.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-que-sao-ondas-eletromagneticas.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-fenomeno-interferencia.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/polarizacao-ondas.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/difracao-ondas.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/sombra-penumbra.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/eclipse.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/reflexao-luz.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-refracao-luz.htm Fontes secundárias: que refletem a luz que recebem de uma fonte primária, como a lua que reflete a luz que recebe do Sol. As fontes luminosas também podem ser classificadas em relação à sua dimensão: Fontes extensas: quando possuem dimensões consideráveis se comparadas às dimensões do objeto a ser iluminado. Exemplo: Sol iluminando a Terra. Fontes pontuais: se as dimensões da fonte de luz forem consideradas desprezíveis em relação ao objeto a ser iluminado. Emite luz uniformemente em todas as direções. Exemplo: estrelas muito distantes. Feixes de luz: um conjunto de raios de luz constitui um feixe de luz. Pode ser definido como: Feixes paralelos: os raios de luz são paralelos entre si e por isso nunca se cruzam. Feixes Divergentes: os raios de luz têm origem no mesmo ponto e afastam-se uns dos outros. Feixes Convergentes: os raios de luz se aproximam uns dos outros e podem se cruzar no mesmo ponto. 2. Meios de Propagação da Luz Os meios de propagação da luz, ou meios ópticos, se referem à forma como a luz interage com alguns meios. Estes podem ser classificados como transparentes, translúcidos e opacos. Meio transparente: permite a propagação regular da luz. Ou seja, um objeto colocado atrás dele pode ser percebido com detalhes, com nitidez. Ex.: papel celofane, vidro, ar, etc. Meio translúcido: a propagação da luz ocorre de forma irregular, ou seja, eles são meios intermediários. Nesse tipo de meio óptico o observador não consegue enxergar com nitidez o objeto através do meio. Ex.: papel vegetal, vidro fosco, etc. Meio opaco: não permite a propagação da luz. Nesse tipo de meio o observador não consegue enxergar o objeto através do meio. Ex.: madeira, placa metálica, tijolo, etc. 3. Princípios da Óptica Geométrica Existem três princípios adotados pela Óptica Geométrica para explicar os fenômenos luminosos. a) Princípio da independência dos raios luminosos: “Quando dois ou mais feixes de luz se cruzam, um não altera a propagação do outro.” A figura ao lado mostra duas lanternas dispostas de modo que os raios de luz se cruzem. O princípio da independência dos raios luminosos diz que os dois raios de luz, ao se cruzarem, seguem cada um a sua trajetória, de forma independente. b) Princípio da reversibilidade dos raios luminosos: “A trajetória seguida pela luz independe do seu sentido de propagação.” Esse princípio diz que a trajetória seguida pelo raio de luz, em um sentido, é a mesma trajetória quando o raio de luz troca o sentido de percurso. c) Princípio da propagação retilínea dos raios luminosos: “Em meios homogêneos e transparentes, a luz propaga- se em linha reta.” O princípio da propagação retilínea diz que todo raio de luz percorre trajetórias retilíneas quando em meios transparentes e homogêneos. Vocês sabiam que tem como determinar a altura de um objeto a partir da sombra que ele provoca? Pois é, graças aos estudos em Óptica Geométrica, podemos determinar a altura de um prédio, por exemplo. A partir dos conceitos aprendidos até então sobre a Luz, temos dois métodos de medir altura de objetos: a) Medindo usando trigonometria Imagine então que você precise medir a altura do prédio, e este faz uma grande sombra no chão. Para saber a altura do prédio você precisa saber o comprimento desta sombra e o ângulo que o sol está em relação a este prédio. Pronto, temos um triângulo retângulo e então podemos aplicar a trigonometria nele. Usamos então a seguinte fórmula: Lembre- se: se o cateto está junto ao ângulo de referência, é chamado adjacente; se está oposto a este ângulo, é chamado oposto. Logo, para uma sombra de 40m, que forma um ângulo θ=30° entre os feixes de luz e a sombra, teremos: Agora é a sua vez, faça os exercícios do PET- Volume 1, semanas 1 e 2, abaixo: 1) Um muro de 2,50 m de altura produz uma sombra de 75 cm de comprimento. Ao mesmo tempo, um prédio produz uma sombra de 20,0 m de comprimento. Calcule a altura do prédio. 2) Um objeto de 80 cm de altura está posicionado a 3,0 m de uma câmara escura de 30 cm de comprimento. Calcule a altura da imagem formada na parede oposta ao orifício. 3) Uma fonte luminosa puntiforme ilumina um disco metálico de raio 10 cm. A fonte e o centro do disco estão alinhados com uma parede. A distância entre a fonte e o disco é de 30 cm e do disco à parede é 60 cm. Calcule o raio da sombra do disco projetada na parede. 4) A um aluno foi dada a tarefa de medir a altura do prédio da escola que frequentava. O aluno, então, pensou em utilizar seus conhecimentos de óptica geométrica e mediu, em determinada hora da manhã, o comprimentodas sombras do prédio e a dele própria projetadas na calçada (L e ℓ, respectivamente). b) Medindo usando Teorema de Tales Não consegue diferenciar os catetos ou não consegue identificar (ou não possui) o ângulo do sol? Bom, então você pode usar o Teorema de Tales para te ajudar, que nada mais é do que comparação de dois triângulos que são semelhantes. Imagine o mesmo prédio com a mesma sombra. Se coloque ao lado deste edifício. O edifício projeta uma sombra no chão que você precisa saber quanto mede. Você projeta uma sobra no chão, meça-a também. Suponha que você conhece a sua altura (neste caso 2m), então isto basta para aplicar o Teorema de Tales que nada mais é do que comparar a sua altura com a altura do prédio através da sombra que vocês projetam. Pelo Teorema de Tales temos que: Facilmente chegou à conclusão de que a altura do prédio da escola era de cerca de 22,1m. As medidas por ele obtidas para as sombras foram L =10,4 m e l = 0,16 m. Qual é a altura do aluno? 5) (Fuvest – Adaptada) Um aparelho fotográfico rudimentar é constituído por uma câmara escura com um orifício em uma face e um anteparo de vidro fosco na face oposta. Um objeto luminoso em forma de L se encontra a 2m do orifício e tem uma altura de 1m. Sua imagem no anteparo é de 20cm. Faça o que se pede. a) Esboce a imagem vista pelo observador O indicado na figura. b) Calcule a largura d da câmara.
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