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SINAIS VITAIS Enfa.Mykaelle SSVV - Conceito São sinais clínicos de vida que refletem o equilíbrio ou desequilíbrio do organismo de acordo com a situação vivenciada. A atenção especial aos sinais vitais foi defendida desde a antiguidade por Hipócrates como importantes dados a serem avaliados durante o exame físico de um ser humano. SINAIS VITAIS Os sinais vitais são um meio rápido e eficiente para se monitorar as condições de um paciente ou identificar a presença de problemas; são os sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida, que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença; São medidas que nos fornecem dados fisiológicos indicando as condições de saúde da pessoa; Temperatura (T), Pulso ou batimentos cardíacos (P ou bpm), Respiração (R ou rpm) e Pressão ou Tensão Arterial (PA ou TA). DIRETRIZES PARA A VERIFICAÇÃO SSVV O profissional deve conhecer a variação normal dos SSVV; Conhecer a história médica do paciente, bem como o tratamento e medicações que ele está utilizando; Deve-se controlar os fatores ambientais que possam influenciar os valores de um sinal vital; Se necessário, pode-se aumentar a freqüência de avaliação dos SSVV; Certificar-se de que o equipamento é o adequado e está em funcionamento; Deve-se realizar uma abordagem organizada e sistemática para a verificação SSVV; Comunicar e confirmar as alterações significativas encontradas; Quando verificar os sinais vitais Na admissão do paciente; Dentro da rotina de atendimento; Pré consulta ou consulta hospitalar ou ambulatorial; Antes e depois de qualquer procedimento cirúrgico; Antes e depois de qualquer procedimento invasivo de diagnóstico; Antes e depois da administração de medicamentos que afetam as funções cardiovasculares, respiratória e de controle da temperatura; Sempre que o paciente manifestar quaisquer sintomas inespecífico de desconforto físico. SSVV Permitem diagnosticar doenças como hipertensão arterial assintomática, choque, febre, parada cardiorrespiratória entre outros. São eles: Temperatura ; Respiração; Pulso; Pressão arterial; Atualmente temos a presença do 5º sinal vital: a Dor. Material para SSVV Termômetro de mercúrio/digital; Recipiente c/ algodão/ álcool 70%; Esfigmomanômetro calibrado; Estetoscópio; Papel (formulário próprio p/ registro) caneta; relógio TEMPERATURA DEFINIÇÃO: Equilíbrio entre o calor produzido pelo corpo por meio de atividades metabólica, muscular e outros fatores, e a quantidade de calor perdida para o ambiente externo. No Brasil, é medida em graus Celsius ( ºC). TEMPERATURA O centro regulador da temperatura é o hipotálamo. A temperatura corporal de um indivíduo pode sofrer variações durante as 24 horas devido a vários fatores como: alterações emocionais; influência da temperatura ambiente; atividade física; roupas inadequadas; processos patológicos ; ritmo circadiano. LOCAIS DE VERIFICAÇÃO: Método timpânico : Vantagens: método não invasivo, rapidez, facilidade de uso, proximidade com o hipotálamo, exatidão de medida da temperatura central . Desvantagens: técnica inadequada pode afetar a medida, contraindicada em clientes com fratura maxilofacial, fratura de base de crânio e otorragia; Retal: Vantagens: facilidade na introdução e na medida da temperatura visceral e pode ser um índice favorável da temperatura central. Desvantagens: causa desconforto físico e emocional; presença de fezes no reto,presença de fezes no reto afeta a exatidão da medida; Verificação da Temperatura Retal Descrição e Sequência dos Passos: Higienize as mãos; Prepare o material necessário para o procedimento em uma bandeja; Leve o material para o quarto; Promova a privacidade do paciente colocando o biombo e ou fechando a porta do quarto; Explique o procedimento para o paciente; Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebido em álcool a 70%; Certifique-se que a coluna de mercúrio está abaixo de 35°C; caso não esteja, agite vigorosamente o termômetro, para que o mercúrio desça; Coloque o paciente em decúbito lateral esquerdo com a perna direita flexionada (posição de Sims); Lubrifique a ponta do termômetro e introduza-o no ânus, acompanhando a curvatura do reto; Retire o termômetro após 3min, realize a leitura e memorize o resultado; Recolha o material, mantendo a unidade organizada; Lave o termômetro com água e sabão; Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebido em álcool a 70% e guarde-o em local apropriado; Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e passe álcool a 70%; Retire as luvas de procedimento; Higienize as mãos; Cheque o procedimento realizado, registrando o valor obtido na folha de anotação de enfermagem do prontuário do paciente. LOCAIS DE VERIFICAÇÃO: Via oral: Vantagens: facilidade de aplicação, método não invasivo. Desvantagens: dificuldade na utilização em crianças jovens, o uso de máscara de oxigênio ou tubo oro traqueal, contraindicada em traumas maxilo-facial. Axilar: Vantagens: facilidade de uso, método não invasivo. Desvantagens: não reflete a temperatura central, facilidade do deslocamento durante a medida. Verificação da Temperatura Axilar Descrição e Sequência dos Passos: Higienize as mãos; Prepare o material necessário para o procedimento em uma bandeja; Leve o material para o quarto; Explique o procedimento para o paciente; Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebido em álcool a 70%; Certifique-se que a coluna de mercúrio está abaixo de 35°C; caso não esteja, agite vigorosamente o termômetro, para que o mercúrio desça; Enxugue a axila, caso seja necessário. Coloque o termômetro na região axilar com o bulbo em contato direto com a pele do paciente, pedindo ao paciente que mantenha o braço por sobre o tórax, com a mão no ombro oposto e o cotovelo rente ao corpo; Retire o termômetro após 5min, realize a leitura e memorize o resultado; Agite novamente o termômetro para que o mercúrio desça abaixo de 35°C; Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebido em álcool a 70% e guarde-o em local apropriado; Recolha o material, mantendo a unidade organizada; Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e passe álcool a 70%; Retire as luvas de procedimento; Higienize as mãos; Cheque o procedimento realizado, registrando o valor obtido na folha de anotação de enfermagem do prontuário do paciente. Verificação da Temperatura Oral Descrição e Sequência dos Passos: Higienize as mãos; Prepare o material necessário para o procedimento em uma bandeja; Leve o material para o quarto; Explique o procedimento para o paciente; Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebido em álcool a 70%; Certifique-se que a coluna de mercúrio está abaixo de 35°C; caso não esteja, agite vigorosamente o termômetro, para que o mercúrio desça; Coloque o termômetro sob a língua do paciente, recomendando a ele que o conserva na posição, mantendo a boca fechada; Retire o termômetro após 5min, realize a leitura e memorize o resultado; Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebido em álcool a 70% e guarde-o em local apropriado; Recolha o material, mantendo a unidade organizada; Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e passe álcool a 70%; Retire as luvas de procedimento; Higienize as mãos; Cheque o procedimento realizado, registrando o valor obtido na folha de anotação de enfermagem do prontuário do paciente. VERIFICAÇÃO MANUAL: TEMPERATURA MATERIAL NECESSÁRIO: Termômetro de mercúrio , digital, ou com sensor infravermelho; Lubrificante no caso da verificação via retal; algodão com álcool; Relógio; Duração:3 a 5min; TEMPERATURA PROCEDIMENTOS: Lavar as mãos antes do procedimento; Avisar o cliente sobre o procedimento a ser realizado; Colocar o cliente na posição indicada de acordo com a via: Na axila; Sob a língua; No ducto auditivo;No reto. Zerar a temperatura do termômetro sem tocar na ponta do mesmo; Usar luvas de procedimento; Concluindo a verificação , colocar o paciente na posição confortável; Retirar o material; Lavar as mãos; Registra a temperatura mensurada no prontuário. TERMINOLOGIA BÁSICA VALORES NORMAIS – AFEBRIL Normotermia: temperatura corporal normal Febrícula: 37,5º C a 37,8 ºC. Febre ou Hipertermia: a partir de 38 ºC. Pirexia: maior que 39 a 40 °C Hiperpirexia: maior que 40°C a 41 ºC. Hipotermia: temperatura abaixo do normal. T = 36,2º e 37,5ºC TERMÔMETRO FEBRE Chamamos de febre a temperatura corpórea acima do normal. Resultado de processo patológico ou ferimentos e ou doenças. Existe variações da temperatura normal conforme local de verificação TIPOS DE FEBRE Sustentada; Intermitente; Remitente; Recidivante TIPOS DE FEBRE Febre Contínua –permanece sempre acima do normal(38°C) com variações de até 1oC e sem grandes oscilações(febre tifoide, tuberculose e pneumonia). Febre Remitente – hipertermia diária, com variações de mais de 1oC e sem períodos de apirexia (septicemia, pneumonia, tuberculose). Picos e quedas de febre sem retorno ao normal. Febre Intermitente – ciclicamente interrompida por um período de temperatura normal. A temperatura volta a um valor normal pelo menos uma vez em 24hs. Febre Recorrente ou Ondulante ou Recidivante – período de temperatura normal que dura dias ou semanas até que seja interrompido por períodos de temperatura elevada (brucelose, Hodgkin e outros linfomas). SSVV – RESPIRAÇÃO DEFINIÇÃO Mecanismo que o organismo utiliza para realizar a troca de gases entre o ambiente e o sangue e destes com as células do corpo humano. No exame físico, medimos a frequência, profundidade e ritmo dos movimentos ventilatórios. A frequência (FR) é medida em respirações por minuto – rpm ,ou movimentos por minuto – mpm ,ou ventilações por minuto – vpm. RESPIRAÇÃO X VENTILAÇÃO Respiração: É um processo químico que ocorre a nível celular ,onde o ocorre as trocas gasosas :oxigênio é captado e o gás carbônico é eliminado. Ventilação: É um processo físico de entrada e saída de ar nos pulmões. 23 23 FATORES QUE AFETAM A FR: Dor e ansiedade; Exercício; Emoções; Medicamentos (sedativos, morfina); Posição do corpo, lesão neurológica (AVC). Profundidade Ventilatória É avaliada através da observação do grau de movimento na parede torácica; Deve descrever, os movimentos respiratórios como profundos, normais ou superficiais; Respiração Profunda: envolve a expansão plena dos pulmões, com expiração completa; Respiração Superficiais: quando apenas pequena quantidade de ar atravessa os pulmões, e o movimento ventilatório é difícil de observar. SSVV – RESPIRAÇÃO VERIFICAÇÃO Material: Relógio Procedimento: O paciente deve estar em repouso por no mínimo 5 a 10 min; Não deixar que o paciente perceba a verificação da frequência respiratória; Observação dos movimentos inspiratórios do tórax contando a sua quantidade no intervalo de 1 minuto. Durante a contagem da frequência respiratória deve avaliar a expansão torácica. Registrar no prontuário. 26 26 SSVV – RESPIRAÇÃO VALORES NORMAIS - EUPNÉICO * ALTERAÇÕES NA FREQUÊNCIA - ADULTO IDADE VALORES RN 30 a 70 ipm PRÉ-ESCOLAR (2 anos) 20 a 25 ipm ESCOLAR (3 anos) 15 a 20 ipm ADULTO 12 a 20 ipm TERMOS USADOS VALORES BRADIPNÉIA 12 ipm TAQUIPNÉIA 20 ipm incursões por minuto: (ipm); 27 27 TERMINOLOGIA CARACTERÍSTICAS EUPNÉIA Respiração em ritmo e frequência normais,não ruidosa e sem esforços. DISPNÉIA Dificuldade de respirar,causando dor e esforço respiratório. TAQUIPNÉIA Aumento da frequência respiratória. BRADIPNÉIA Diminuição da frequência respiratória. APNÉIA Ausência de movimentos respiratórios,que pode ser transitória em indivíduos com distúrbios cerebrais. ORTOPNÉIA é um tipo de dispnéia (falta de ar) que surge algum tempo após o paciente deitar-se na cama (adoção da posição horizontal) e só melhora na posição sentada. HIPERPNÉIA Respiração profunda,rápida e anormal. CHEYNE STOKES caracterizado por períodos alternados de apnéia e respiração rápida e profunda. O período de apnéia pode durar 3 a 30 segundos. KUSSMAUL Respiração rápida, profunda e trabalhosa, sem pausa. SSVV – PULSO DEFINIÇÃO Após cada batimento ,quando o sangue é ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta ,a pressão e o volume resultantes provocam oscilações na parede da artéria. FATORES QUE AFETAM A FC: Idade e exercício; Medicamentos ; Temperatura; Ansiedade. 30 30 A expansão das artérias pode ser verificada manualmente pelas polpas do dedos do examinador (indicador e médio)em vários locais onde elas se encontram superficialmente. A Verificação do pulso radial é a mais utilizada. Determinando a frequência cardíaca Características do pulso FREQUÊNCIA; RITMO; INTENSIDADE/VOLUME; RITMO DO PULSO Refere-se ao padrão das pulsações e das pausas entre elas. Quando regulares são sucessivos. Quando irregular é chamado de arritmia ou disritmia. INTENSIDADE OU VOLUME DE PULSAÇÃO Reflete o volume de sangue ejetado. A avaliação requer prática. Pulso normal é cheio, facilmente palpável, não sendo facilmente interrompido pelos dedos. Pulso fraco é de difícil palpação e facilmente interrompido. Locais de verificação do pulso VERIFICAÇÃO DO PULSO PROCEDIMENTO: Higienize as mãos; Explique o procedimento ao paciente e posicione confortavelmente; Colocar o dedo médio e o indicador sobre a artéria, comprimindo-a levemente; Verificar freqüência, ritmo Contar durante 1 minuto inteiro; Repita o procedimento, se necessário; Higienize as mãos; Anotar no prontuário OBSERVAÇÕES: Ter as mãos aquecidas; Nunca fazer pressão muito forte sobre a artéria; Certificar-se primeiro do ritmo, depois contá-lo; Evite verificação do pulso durante situações de estresse para o paciente; Os locais para a verificação depende do estado do paciente; Nunca usar o dedo polegar na verificação, pois pode confundir a sua pulsação com a do paciente; Evitar verificar o pulso em membros afetados; As artérias femoral e carótida são locais de fácil palpação. Procedimento Lavar as mãos do procedimento e aquecê-las para evitar sensação de desconforto ao cliente; Avisar o cliente quanto ao procedimento; Acomodar o paciente confortavelmente; Posicionar os dedos sobre a artéria escolhida , fazendo ligeira pressão até sentir a pulsação, durante 60segundos observando: A frequência A intensidade O ritmo Registrar os dados obtidos no prontuário do cliente; OBS: Não se deve usar o polegar na verificação do pulso devido o risco de confundir a pulsação do profissional com a do cliente; Não se deve na verificar do pulso em locais onde há cateterismo cardíaco ou em fistulas para hemodiálise. SSVV – PULSO PONTOS DE VERIFICAÇÃO: Carótida, temporal, femoral, braquial, radial, poplítea e tibial posterior. 40 40 SSVV – PULSO VALORES NORMAIS – NORMOCARDIA * ALTERAÇÕES NA FREQUÊNCIA - ADULTO IDADE VALORES RN 120 a 160 bpm PRÉ-ESCOLAR (2 anos) 80 a 110 bpm ESCOLAR (3 anos) 75 a 100 bpm ADULTO 60 a 100 bpm TERMOS USADOS VALORES BRADISFIGMIA 60 bpm TAQUISFIGMIA 100 bpm 41 41 TERMINOLOGIA SIGNIFICADO NORMOCÁRDICO Frequência cardíaca de pulso central normal. TAQUICÁRDICO Frequência cardíaca de pulso central acima do normal. BRADICÁRDICO Frequência cardíaca de pulso central abaixo do normal. NORMOSFÍGMICO Frequência cardíaca de pulso periférico normal. TAQUISFÍGMICO Frequência cardíaca de pulso periférico acima do normal. BRADISFÍGMICO Frequência cardíaca de pulso periférico abaixo do normal. SSVV – PULSO VERIFICAÇÃO AUTOMÁTICA: Oxímetro de pulso 43 43 PRESSÃO ARTERIAL SSVV– PRESSÃO ARTERIAL DEFINIÇÃO É a força exercida pelo sangue, a partir do coração, na parede dos vasos (arteriais). Ela é expressa em milímetros de mercúrio (mmHg). A pressão máxima ou SISTÓLICA é resultado da contração dos ventrículos para ejetar o sangue nas grandes artérias, e a pressão mínima ou DIASTÓLICA é a que ocorre assim que o coração relaxa na sua contratilidade. 45 45 46 46 Pressão arterial é resultado de um produto: Débito Cardíaco x Resistência Vascular Periférica. Débito Cardíaco: volume de sangue a ser ejetado Resistência Vascular Periférica: flexibilidade das artérias; Ou seja, basicamente 2 coisas podem aumentar a pressão do corpo: O excesso de líquido que o coração precisa bombear; Ou a rigidez das artérias que fazem com que o coração aumente sua força de contração para mandar sangue para o organismo. FATORES QUE AFETAM A PA: Idade Digestão; Exercício; Dor; Hemorragias Medicamentos (furosemida, captopril); Estresse, raça. MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL A posição recomendada para a medida da pressão arterial (PA) é a sentada. Entretanto, a medida da PA na posição ortostática deve ser feita pelo menos na primeira avaliação, especialmente em idosos, diabéticos, pacientes em uso de medicação anti-hipertensiva. MATERIAL ESFIGMOMANÔMETRO ESTETOSCÓPIO PRESSÃO ARTERIAL O estetoscópio é o instrumento que amplifica os sons e os transmite até os ouvidos do operador. campânula biauricular Olivas auriculares diafragma tubo Tensiômetro SONS DE KOROTKOV NICOLAI KOROTKOV: médico russo que propôs o método auscultatório para medida indireta da pressão arterial. SONS DE KOROTKOV:São auscultados à medida que se desinsufla o manguito. Procedimento para a medida da pressão arterial 1. Explicar o procedimento ao paciente, orientando que não fale e descanse por 5-10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. 2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60- 90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas. 3. Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento, envolver pelo menos 80%. 4. Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido. 5. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro . 6. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível a pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardas um minuto antes de inflar novamente. 7. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. 8. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som que determinou a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente. Procedimento para a medida da pressão arterial Procedimento para a medida da pressão arterial 9. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). 10. Registrar os valores das pressões sistólicas e diastólica.Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos terminados em 0 ou 5. 11. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. 12. O paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento. OBS: Antes de usar o estetoscópio é importante que se limpe sua ogivas e a campânula com álcool a 70. Testar o esfimomanômetro para detectar possíveis defeitos . SSVV – PRESSÃO ARTERIAL VALORES NORMAIS – NORMOTENSO * ALTERAÇÕES NA PRESSÃO – ADULTO IDADE VALORES 1 MÊS 85 / 54 mmHg PRÉ-ESCOLAR (2 anos) 95 / 65 mmHg 6 ANOS 110 / 65 mmHg ADULTO 120 / 80 mmHg TERMOS USADOS VALORES HIPOTENSO PAS 90 mmHg HIPERTENSO 140 / 90 mmHg 60 60 Classificação da PA (> 18 anos) Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) Normal < 120 < 80 Pré - Hipertensão 120 – 139 80 – 89 Hipertensão Estágio I 140 – 159 90 – 99 Hipertensão Estágio II > 160 >100 TERMINOLOGIA SIGNIFICADO HIPERTENSÃO Pressão arterial acima do nível considerado normal pelo Ministério da Saúde. HIPOTENSÃO Pressão arterial abaixo do nível considerado normal pelo Ministério da Saúde. PRESSÃO CONVERGENTE Quando a pressão máxima e a mínima possuem valores aproximados. PRESSÃO DIVERGENTE Quando a pressão máxima e a mínima possuem valores muito distantes. SSVV – PRESSÃO ARTERIAL PARTICULARIDADES: MEDIDA INDIRETA / NÃO INVASIVA: Verificada através de esfigmomanômetro e estetoscópio ou com cabo ligado ao monitor. MEDIDA DIRETA / INVASIVA: Verificada através de um cateter inserido diretamente na artéria (radial) e ligado a um monitor. Exemplo: PA de pacientes graves (terapia intensiva). 63 63 CAUSAS DE ENGANO DA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL ENGANOS DEVIDOS AO EQUIPAMENTO: Sistemas inadequadamente calibrados ou testados; Defeitos do esfigmomanômetro ponteiro ou de coluna de mercúrio: orifício de ar obstruído; Tamanho da braçadeira em desacordo com o do braço; ENGANOS DEVIDOS À TÉCNICA DE EXAMINAR Braços sem apoio dão pressões falsamente altas; Examinador posiciona o instrumento ao nível acima ou abaixo do coração ou comprime o estetoscópio demasiado firme sobre o vaso; Mãos do examinador e equipamento frios provocam aumento da pressão sanguínea; Sistema acústico danificado; Interação entre examinado e examinador pode afetar a leitura da pressão arterial. OBRIGADA !
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