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Unidade III
Unidade III
7 EXAMES DE TRAÇADO
7.1 Eletroencefalograma
Em 1929, o psiquiatra alemão Hans Berger anunciou ao mundo científico e médico que era possível 
registrar as fracas correntes elétricas geradas no cérebro humano, sem a necessidade de abrir o crânio, e 
mostrá‑las na forma de um registro em papel. Berger denominou essa nova forma de registro fisiológico 
de eletroencefalograma (ou EEG). Observou que essa atividade mudava de características de acordo 
com o estado funcional do cérebro, tais como no sono, na anestesia, na hipóxia e em certas doenças, 
como na epilepsia.
No entanto, os eletrodos usados por Berger eram grandes demais para que ele pudesse discernir no 
EEG algum tipo de localização específica da atividade elétrica em determinadas partes do cérebro (o 
que chamamos de estudo topográfico). Em outras palavras, o que se queria era usar a atividade elétrica 
cerebral registrada para determinar com precisão as áreas de projeção sensorial (regiões do cérebro que 
são ativadas apenas quando estímulos externos, como luz e som, são recebidos).
Essa descoberta foi feita pelo notável cientista britânico W. Grey Walter, o qual, em 1936, provou 
que se fosse usado um grande número de eletrodos pequenos colocados sobre a pele da cabeça, seria 
possível identificar atividade elétrica normal e anormal em determinadas áreas do cérebro, inclusive 
podendo se diagnosticar claramente um tumor, que tem atividade anormal ao seu redor e diminuída ou 
nula em seu interior.
O estudo topográfico da atividade elétrica cerebral somente veio a renascer quando mini e 
microcomputadores, rápidos e baratos, se tornaram disponíveis na década de 1980. Dessa forma, a 
topografia cerebral do EEG foi desenvolvida e está desfrutando de grande utilização. Ela também é 
chamada de mapeamento colorido do cérebro.
O conhecimento da composição de frequências da atividade elétrica cerebral é elemento fundamental, 
tanto em pesquisa quanto em aplicações clínicas do EEG. A análise quantitativa da atividade elétrica 
cerebral utiliza recursos da informática na avaliação do EEG e permite a quantificação dos dados. A 
contribuição da perspectiva quantitativa é importante, pois o EEG convencional é baseado no exame 
visual do traçado, comportando, portanto, significativo componente subjetivo. Houve grande difusão do 
EEGq como extensão do EEG convencional no estudo de várias condições clínicas, procurando ampliar a 
contribuição da análise da atividade elétrica cerebral para a clínica. Vários tipos de medidas podem ser 
realizados no EEGq. A análise das potências absoluta e relativa das bandas de frequências delta, teta, alfa 
(1 e 2) e beta tem sido amplamente utilizada.
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BASES DIAGNÓSTICAS
 Saiba mais
KELMANN, G.; BERNARDO, W. M. O eletroencefalograma com mapeamento 
cerebral é superior ao eletroencefalograma tradicional no diagnóstico de 
patologias neurológicas? Revista da Associação Médica Brasileira, São 
Paulo, v. 58, n. 1, jan./fev., 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104‑42302012000100005>. 
Acesso em: 16 jan. 2017.
Para a realização do eletroencefalograma, colocam‑se os eletrodos no couro cabeludo, aplicando 
uma pasta condutora para fixação e aquisição adequada dos sinais elétricos (derivação). O aparelho está 
ligado a um fio condutor de eletricidade. 
Um poderoso amplificador eletrônico aumenta milhares de vezes a amplitude do fraco sinal elétrico 
que é gerado pelo cérebro e que pode ser captado na superfície do córtex (geralmente menos do que 
alguns microvolts). 
Existem duas formas de registro:
• Registro espontâneo da atividade elétrica cerebral durante a vigília (paciente acordado). Caso 
possível, essa atividade é registrada também durante a sonolência e o sono. 
• Provas de ativação:
— hiperpneia (o paciente realiza incursões respiratórias forçadas e rápidas, por 3 a 4 minutos); 
— fotoestimulação intermitente (coloca‑se, diante do paciente, uma lâmpada que produz flashes 
com frequências que variam de 0,5 a 30 Hz); o objetivo é aumentar a sensibilidade do exame, 
bem como detectar alterações específicas que podem ser provocadas por essas frequências. 
A ocorrência de crise epiléptica durante as provas de ativação (hiperpneia e fotoestimulação) é 
rara; mas, caso ocorra, o atendimento deve ser priorizado. Devem ser documentados queixas de auras, 
queixas clínicas e movimentos estereotipados. 
Indicações do exame:
• Suspeitas de alterações da atividade elétrica cerebral e dos ritmos cerebrais fisiológicos. 
• Epilepsia ou suspeita clínica dessa doença. 
• Pacientes com alteração da consciência. 
• Avaliação diagnóstica de pacientes com outras doenças neurológicas (infecciosas, degenerativas). 
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Unidade III
Cuidados na fase pré‑analítica:
• O paciente deve estar bem‑alimentado. 
• Cabelo limpo e seco para permitir melhor fixação dos eletrodos. 
• Para registro de sonolência e sono, recomenda‑se especial atenção à privação parcial de sono na 
noite anterior à realização do exame. Portanto, o paciente deverá dormir no mínimo 4 horas a 
menos do que o habitual.
7.2 Eletrocardiograma
7.2.1 Eletrofisiologia cardíaca
O coração é uma bomba que envia sangue para o resto do corpo através de sua contração (sístole). 
A cada contração atrial, segue‑se uma contração ventricular, segundo um sistema de condução próprio 
do coração.
Para que possamos entender melhor esse mecanismo, faremos uma breve revisão do sistema de 
condução elétrico do coração, responsável por propagar o estímulo elétrico dos átrios para os ventrículos. 
As seguintes estruturas compõem o sistema:
•	 nó sinusal ou sinoatrial: localizado no alto do átrio direito, abaixo da abertura da veia cava 
superior. Funciona como o marca‑passo cardíaco normal e é responsável por iniciar a ativação 
elétrica. Um ritmo sinusal normal significa que os impulsos originários no nó sinoatrial geraram 
uma frequência de 60 a 100 batimentos cardíacos por minuto;
•	 nó atrioventricular: localizado na parte inferior do átrio direito, próximo à valva tricúspide, tem 
função de retardar a condução do impulso dos átrios para os ventrículos. Funciona também com 
marca‑passo reserva;
•	 feixe de His: feixe curto de fibras na base do nó atrioventricular, responsável por levar o impulso 
elétrico para os ramos direito e esquerdo;
•	 ramos direito e esquerdo: localizados no septo interventricular, conduzem rapidamente os 
estímulos elétricos para os ventrículos direito e esquerdo;
•	 fibras de Purkinje: fibras muito finas, que se propagam do ramo direito e esquerdo para a superfície 
endocárdica dos ventrículos.
Ilustraremos a ordem em que o estímulo elétrico acontece. Ele se origina no nó sinoatrial, 
propagando‑se para os átrios, gerando a despolarização ou contração atrial. Imediatamente, o estímulo 
propaga‑se para o nó atrioventricular, sofrendo um retardo de um décimo de segundo, para que ocorra 
a contração atrial e enchimento ventricular. A partir daí, o estímulo é enviado para o feixe de His, que 
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se divide em ramos direito e esquerdo, os quais conduzem o estímulo até as fibras de Purkinje, para que 
ocorra a despolarização ou contração ventricular.
7.2.2 Considerações gerais sobre o eletrocardiograma
Willem Einthoven, em 1902, idealizou um aparelho para registrar as correntes elétricas que se 
originavam no coração. Nesses mais de cem anos, tanto os aparelhos quanto a própria metodologia 
de interpretação se modernizaram. Surgiram novas aplicações, fazendo com que o eletrocardiograma 
continue sendo um exame de extrema importância.
O eletrocardiograma(ECG) é o registro gráfico da atividade elétrica cardíaca, por meio de um 
aparelho denominado eletrocardiógrafo. É uma ferramenta básica e valiosa de investigação dos 
problemas cardíacos e pode também ajudar em casos de problemas extracardíacos, mas sempre deve ser 
analisada no contexto clínico do paciente. Seus achados devem ser correlacionados com a história e o 
exame físico cuidadoso do paciente. Por ser um método simples e barato, é indicado como a primeira 
investigação realizada no paciente com suspeita de cardiopatia, podendo ser seguido por radiografia de 
tórax, ecocardiograma, estudo com radioisótopos, tomografia, ressonância e cateterismo/angiografia, 
mas nenhum deles substituiu o eletrocardiograma.
O ECG é composto de 12 derivações, sendo seis periféricas (DI, DII, DIII, aVF, aVL, aVR) e seis precordiais 
(V1, V2, V3, V4, V5, V6). Em alguns casos, são recomendadas derivações especiais para analisar o 
ventrículo direito (V3r a V6r) e a parede posterior do ventrículo esquerdo (V7 e V8). Portanto, cada uma 
das derivações representa uma topografia cardíaca e, assim, faz‑se necessário o correto posicionamento 
dos eletrodos.
Quadro 12 – Derivações e posicionamento correto dos eletrodos do eletrocardiógrafo
Derivação Posicionamento dos eletrodos
DI Membro superior direito e membro superior esquerdo
DII Membro superior direito e membro inferior esquerdo
DIII Membro superior esquerdo e membro inferior esquerdo
aVR Membro superior direito
aVF Membro superior esquerdo
aVF Membro inferior esquerdo
V1 4º espaço intercostal à direita, próximo ao esterno
V2 4º espaço intercostal à esquerda, próximo ao esterno
V3 5º espaço intercostal à esquerda, entre V2 e V4
V4 5º espaço intercostal à esquerda na linha hemiclavicular
V5 5º espaço intercostal à esquerda na linha axilar anterior
V6 5º espaço intercostal à esquerda na linha axilar média
Adaptado de: Barros (2016, p. 384).
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Linha hemiclavicular
Linha axilar anterior
Linha axilar média
V1 V2 V3 V4 V5 V6
V6R V5R V4R V3R V2R V1R
Plano horizontal de V4‑V6
Derivações precordiais 
direitas suplementares
Aparelho de ECG
Fita do ECG
BEBD
PD PE
Figura 3 – Posicionamento dos eletrodos
Para o registro do eletrocardiograma, deve‑se usar um papel milimetrado que possui divisões 
específicas para a sua correta interpretação. O papel é dividido em quadrados pequenos de 1 mm2 e 
quadrados maiores marcados por linhas mais fortes, que correspondem a cinco quadrados menores, 
tanto na horizontal como na vertical. Na linha abscissa, marca‑se o tempo, em que cada quadrado 
menor equivale a 0,04 segundo; no eixo vertical, registra‑se a voltagem, em que cada quadrado menor 
equivale a 0,1 mV.
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BASES DIAGNÓSTICAS
Tempo
0,1 mV
1 mV
0,2 s
0,04 s
Velocidade: 25 mm/s
Vo
lta
ge
m
PR
ST
QRS
Intervalo QT
Intervalo
Intervalo
P
R
T U
Q
S
Ponto J
Segmento
Figura 4 – Papel de registro do eletrocardiograma e ondas intervalos e segmentos do traçado
Para análise e interpretação do ECG, devemos conhecer o significado das ondas registradas no papel 
do eletrocardiograma, bem como suas morfologias e intervalos. Dentre elas, destacam‑se:
•	 onda P: corresponde ao estímulo elétrico que passa pelos átrios, levando a despolarização (contração) 
atrial. Dura até 0,10 segundo e tem amplitude de 0,25 a 0,30 mV. Ela é pequena e arredondada;
•	 intervalo PR: equivale ao intervalo que ocorre do início da onda P até o início do complexo QRS. 
Varia de 0,12 a 0,20 segundo;
•	 complexo QRS: assemelha‑se ao estímulo elétrico que passa pelos ventrículos, levando a 
despolarização (contração) ventricular. Dura de 0,06 a 0,12 segundo. Em relação à morfologia, 
apresenta três deflexões – Q (deflexão negativa), R (deflexão positiva) e S (deflexão negativa). 
Porém, sua morfologia é extremamente variável, dependendo da derivação registrada;
•	 segmento ST: equipara‑se ao intervalo que acontece após o QRS até o início da onda T. Esse é o 
tempo que separa o fim da despolarização e o início da repolarização ventricular. Não pode ter um 
desnível maior que 1 mm; caso ocorra, isso indicará supra ou infradesnivelamento do segmento ST;
•	 onda T: corresponde a repolarização (relaxamento) ventricular. Deve ser menor que o complexo 
QRS e sua amplitude não ultrapassa 0,5 mV nas derivações periféricas e 1,0 mV nas precordiais.
7.2.3 Cuidados na fase pré‑analítica
São eles:
•	 o eletrocardiograma é um exame simples e barato que não exige preparos complexos para sua 
realização;
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•	 o jejum não é necessário;
•	 o paciente deve ficar deitado na posição supina e imóvel durante o registro do ECG, para não 
gerar interferências nas ondas eletrocardiográficas;
•	 peles gordurosas podem prejudicar o registro das ondas. Nesse caso, o local da pele onde o eletrodo 
será posicionado pode ser limpo com algodão embebido em álcool.
7.2.4 Fase pós‑analítica
Para se analisar um ECG, os seguintes aspectos devem ser verificados:
•	 frequência cardíaca: para determinar a frequência cardíaca, deve‑se avaliar a distância entre uma 
onda R e a próxima onda R, dividindo 1.500 pelo número de quadrados menores entre as duas 
ondas. A frequência cardíaca normal em adultos fica entre 60 a 100 bpm;
•	 avaliar o ritmo cardíaco: ele pode ser regular ou irregular. O ritmo é considerado regular, portanto 
normal, quando os intervalos entre uma onda R e a próxima R são iguais; se forem diferentes ou 
inconstantes, será considerado como irregular;
•	 avaliar as ondas P: a presença da onda P, precedendo cada complexo QRS, determina que o ritmo 
é sinusal, portanto normal, pois o estímulo elétrico está partindo do nó sinusal. Também deve ser 
observada sua morfologia, que deve ser pequena e arredondada;
•	 medir o intervalo PR: é o tempo medido do início da onda P para o início do complexo QRS. Para 
ser considerado normal, esse intervalo não deve ser menor que 0,20 segundo (cinco quadrados 
menores) e precisa ser igual em todo o eletrocardiograma;
•	 avaliar o complexo QRS: ele necessita estar presente em todos os ciclos cardíacos. Para ser 
considerado normal, deve ser estreito (menor que 0,12 segundo), indicando que a ativação elétrica 
do ventrículo ocorreu pelo feixe de His e pelas fibras de Purkinje;
•	 avaliar o segmento ST: ele precisa ser avaliado medindo‑se do final do complexo QRS até o início 
da onda T. Deve‑se avaliar se o segmento ST está isoelétrico (normal), deprimido ou elevado;
•	 avaliar a onda T: sua morfologia é maior que a onda P e corresponde à repolarização ventricular;
•	 identificar o ritmo: o ritmo sinusal ou sinoatrial é considerado normal. Existe um grande número 
de ritmos que podem ser identificados dependendo da patologia ou condição metabólica do 
paciente, entretanto, apenas citaremos as principais arritmias – bradicardia sinusal, taquicardia 
sinusal, extrassístoles atriais, extrassístoles ventriculares, fibrilação atrial, flutter atrial, bloqueio 
atrioventricular de primeiro grau, bloqueio atrioventricular de segundo grau (Mobitz I e II), além 
de bloqueio atrioventricular de terceiro grau ou total.
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BASES DIAGNÓSTICAS
8 EXAMES ESPECIAIS
8.1 Gasometria arterial e venosa
O funcionamento orgânico normal depende fundamentalmente do equilíbrio hidroeletrolítico e 
acidobásico, bem como da troca gasosa pulmonar. Vários fatores podem afetar a homeostase, como 
estresse, infecções graves, distúrbios endócrinos e metabólicos, entre outros.
A coleta de sangue arterial para análise de gases sanguíneos tem o objetivo de avaliar a adequação 
da oxigenação, da ventilação pulmonar e do estado acidobásico,tanto de pacientes críticos como no 
período perioperatório e pós‑operatório. A análise dos gases do sangue venoso fornece informações 
sobre a extração de oxigênio nos tecidos e, consequentemente, o estado do metabolismo celular.
Os exames gasométricos fornecem as seguintes informações:
•	 pH (potencial hidrogeniônico);
•	 PO2 (pressão parcial de oxigênio no sangue);
•	 PCO2 (pressão parcial de dióxido de carbono no sangue);
•	 HCO3 (bicarbonato);
•	 BE/BD (base excess – excesso de base/déficit de base);
•	 SaO2 (saturação de oxigênio).
Cerca de 97% do oxigênio liberado dos pulmões estão ligados e carreados pela hemoglobina, o 
restante encontra‑se dissolvido no plasma. A PO2 refere‑se ao oxigênio dissolvido no plasma e a SaO2 
mede o oxigênio ligado à hemoglobina. É importante ressaltar que a afinidade da molécula de oxigênio 
pela hemoglobina fica comprometida com alterações da temperatura e pH sanguíneo.
Conceituação do equilíbrio acidobásico
A quantidade de hidrogênio (H+) livre existente dentro e fora das células é um dos fatores mais 
importantes para o metabolismo celular. As variações da concentração do H+ podem produzir grandes 
alterações na velocidade das reações químicas celulares. Portanto, a unidade de medida da concentração 
dos íons hidrogênio no organismo é denominada pH.
O equilíbrio acidobásico é um delicado equilíbrio químico entre os ácidos e as bases existentes no 
organismo para a manutenção da quantidade ideal de H+ nos líquidos intra e extracelulares. Quando 
a concentração de H+ se eleva ou se reduz, alteram‑se a permeabilidade das membranas e as funções 
enzimáticas celulares e, em consequência, deterioram‑se as funções de diversos órgãos e sistemas.
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Unidade III
Quem são os ácidos do organismo?
São as substâncias que cedem H+ na solução. O metabolismo celular produz ácidos que são liberados 
continuamente na corrente sanguínea e precisam ser neutralizados. O ácido carbônico (H2CO3) é o 
principal ácido do organismo. Ele se transforma facilmente em dióxido de carbono (CO2) e água (H2O). 
O CO2 é transportado pelo sangue e eliminado pelos pulmões, enquanto o excesso de H2O é eliminado 
pela urina.
Os demais ácidos do organismo são fixos, ou seja, permanecem em estado líquido, como os ácidos 
alimentares, o ácido lático e os cetoácidos.
Quem são as bases/tampões do organismo?
São as substâncias que captam o H+ na solução. O HCO3 é a principal base ou tampão do organismo, 
sendo produzido a partir do metabolismo celular pela combinação do CO2 com H2O. As demais bases 
são os fosfatos, numerosas proteínas e a hemoglobina. À medida que mais ácido ingressa na corrente 
sanguínea, mais HCO3 e menos CO2 são produzidos. Portanto, dizemos que são soluções tampão aquelas 
que atenuam a variação de pH quando expostas a um desequilíbrio em sua concentração de H+.
Três sistemas participam da regulação do equilíbrio acidobásico:
•	 Sistema químico de tampões acidobásico: conforme explicado, ele é considerado a primeira linha 
de defesa contra as variações do pH. A Equação de Henderson‑Hasselbalch deduz de forma clara 
as reações químicas:
H2O + CO2 →← H2CO3 →← HCO3 + H
+
•	 Regulação respiratória: o centro respiratório regula a quantidade de CO2 expirado, através do 
controle da frequência e profundidade da respiração. À medida que a concentração sérica de 
CO2 diminui, o sangue torna‑se mais básico. Conforme a concentração sérica de CO2 aumenta, o 
sangue torna‑se mais ácido.
•	 Regulação renal: a excreção do excesso de ácido demora vários dias. Os túbulos renais absorvem 
Na+ e H+, promovendo o aumento ou diminuição da concentração de HCO3 no plasma.
Cuidados na fase pré‑analítica
A amostra de sangue arterial pode ser realizada através da punção arterial ou retirada do sangue de 
cateteres instalados previamente em uma artéria. Os seguintes cuidados devem ser tomados:
•	 antes da punção, realizar o teste de Allen para avaliar o fluxo sanguíneo da mão (avalia a artéria 
ulnar e radial e tem como objetivo averiguar qual das mãos teria maior risco de sofrer isquemia 
quando as artérias que as irrigam forem cateterizadas);
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BASES DIAGNÓSTICAS
•	 palpar e aplicar pressão sobre as artérias radial e ulnar, obstruindo o fluxo de sangue para a mão;
•	 pedir ao paciente que aperte e abra a mão por 10 vezes, terminado com a mão aberta, mas não 
hiperextendida (a palma da mão deverá estar pálida);
•	 remover a pressão da artéria ulnar e observar o retorno da coloração;
•	 um teste de Allen positivo ocorre quando demora mais que 5 segundos para o sangue voltar para 
a palma da mão;
•	 repetir o processo para a outra artéria;
•	 limpar a região com solução antisséptica e palpar a artéria a ser puncionada;
•	 puncionar com a agulha posicionada em um ângulo de 90º com a pele e conectada a uma seringa 
pré‑heparinizada;
•	 após a retirada da agulha, fazer compressão vigorosa, por no mínimo dois minutos, dois dedos 
antes da punção, respeitando o sentido da artéria e seu fluxo;
•	 expelir todas as bolhas de ar da amostra de sangue contida na seringa (1 a 3 ml), pois o ar altera 
os valores dos gases arteriais, e tampar a seringa;
•	 a amostra deve ser encaminhada imediatamente ao laboratório ou ser refrigerada na impossibilidade 
de fazê‑lo imediatamente.
A amostra de sangue para análise dos gases venosos deve ser de origem central, ou seja, coletada 
somente do cateter da artéria pulmonar ou de cateteres próximos ao átrio direito (cateter venoso 
central). O sangue venoso coletado a partir de um membro fornece informações, na maioria das vezes, 
daquele membro. O metabolismo do membro pode diferir do metabolismo do corpo como um todo. Os 
seguintes cuidados devem ser tomados para a coleta da amostra:
•	 desprezar 1 a 2 ml de solução da via do cateter na qual será coletada a amostra, pois a presença 
de medicamentos ou outras soluções parenterais pode comprometer o resultado da amostra;
•	 aspirar a amostra de sangue em seringa pré‑heparinizada;
•	 retirar bolhas de ar da amostra, se houver;
•	 encaminhar imediatamente ao laboratório ou refrigerá‑la na impossibilidade de fazê‑lo 
imediatamente.
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Unidade III
Fase pós‑analítica (interpretação dos resultados)
O valor de normalidade da gasometria arterial e venosa estão ilustrados a seguir. Embora o resultado 
mostre vários parâmetros, para se fazer o diagnóstico de um distúrbio acidobásico, como acidose ou 
alcalose, metabólica ou respiratória, devemos considerar o pH, PCO2, HCO3 e bases do sangue arterial.
Tabela 5 – Valores de referência da gasometria arterial e venosa
Sangue arterial Sangue venoso
pH 7,35 – 7,45 7,32 – 7,42
PCO2 35 – 45 mmHg 41 – 51 mmHg 
PO2 > 60 mmHg 30 – 40 mmHg 
HCO3 22 – 26 mEq/L 22 – 26 mEq/L
BE (BD) +/‑2 mEq/L +/‑2 mEq/L
SaO2 > 95% 65 – 75%
•	 pH: nota‑se que o pH do sangue é ligeiramente alcalino. Se estiver dentro das faixas citadas, 
indica ausência de desvios, isto é, acidose ou alcalose;
•	 PCO2: os distúrbios respiratórios são avaliados pelos valores do ácido carbônico no sangue arterial. 
Ele encontra‑se sob forma de gás carbônico (CO2 + H2O). A PCO2 acima de 45 mmHg indica 
retenção de CO2 com consequente redução do pH, portanto, acidose respiratória. Tal distúrbio está 
relacionado ao déficit da ventilação pulmonar, por condições patológicas tais como traumatismo 
cranioencefálico, intoxicações exógenas, coma, atelectasia, pneumonia, entre outros;
•	 por outro lado, se a PCO2 estiver abaixo de 35 mmHg, indica que está havendo eliminação excessiva 
de CO2, através da hiperventilação, e o pH se eleva, ocorrendo uma alcalose respiratória. As causas 
associadas a esse distúrbio são: emoção, hiperventilação em pacientes com ventilação mecânica, 
hipoxemiaetc.;
•	 bicarbonato: o HCO3 é o principal regulador metabólico. Quando há excesso de H
+ livre, o HCO3 
combina‑se a esse íon, formando o ácido carbônico (H2CO3), que por sua vez se decompõe em 
CO2 e H2O. O excesso de CO2 é eliminado pela respiração e a H2O pelos rins. A acidose metabólica 
ocorre quando o HCO3 está baixo e a PCO2 normal. A alcalose metabólica ocorre quando o HCO3 
está elevado e o PCO2 normal;
•	 bases: os valores do excesso de base (BE) ou déficit de base (BD) devem estar entre ‑2 mEq/L e +2 mEq/L. 
Na vigência de acidose, o BD estará abaixo de ‑2 mEq/L e na alcalose o BE estará acima de +2 mEq/L.
O principal objetivo do sistema cardiorrespiratório é garantir oferta de oxigênio adequada aos tecidos, 
de modo que eles possam desempenhar suas atividades metabólicas (oferta direcionada pela demanda). 
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Desse modo, quando houver gasto energético e aumento da necessidade de substratos para geração 
de energia, haverá paralelamente aumento do fluxo sanguíneo e da taxa de extração de oxigênio local. 
Assim, em condições nas quais há redução da oferta de oxigênio, o organismo é capaz de aumentar a 
taxa de extração de oxigênio como tentativa de evitar o prejuízo no consumo de oxigênio.
Essa avaliação é particularmente útil na presença de grandes hemorragias ou síndrome da resposta 
inflamatória sistêmica, condição que precede infecções.
A gasometria venosa auxilia na avaliação do consumo e transporte de oxigênio. Quando a amostra 
de sangue venoso for obtida de um cateter de artéria pulmonar, dizemos que ele determina a saturação 
venosa mista (SvO2 = 65‑75%), pois o sangue já passou por todos os tecidos do organismo, inclusive 
o lado direito do coração. Isso reflete a adequada relação entre oferta e consumo de oxigênio. Valores 
inferiores a 65% refletem comprometimento da oferta de oxigênio e valores acima de 75% refletem o 
consumo reduzido de oxigênio pelos tecidos.
Na ausência do cateter de artéria pulmonar, quando a amostra for obtida do cateter venoso central, 
obteremos a saturação venosa central (ScO2).
 Saiba mais
Para aprofundar seu conhecimento, recomendamos a leitura dos artigos:
VIEGAS, C. A. A. Gasometria arterial. Jornal de Pneumologia, São 
Paulo, v. 28, supl. 3, jan./fev. 2002, p. 233‑238. Disponível em: <http://
www.jornaldepneumologia.com.br/PDF/Suple_138_45_1212%20
Gasometria%20arterial.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2017.
MACHADO, F. R. et al. Saturação venosa central e mista de oxigênio no choque 
séptico: existe diferença clinicamente relevante? Revista Brasileira de Terapia 
Intensiva, São Paulo, v. 20, n. 4, p. 398‑404, 2008. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/rbti/v20n4/v20n4a13.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2017.
8.2 Espirometria e oximetria de pulso
Para falarmos sobre os exames de prova de função pulmonar, necessitaremos fazer uma breve revisão 
da fisiologia pulmonar. A principal função do pulmão é fornecer ventilação adequada para satisfazer 
as demandas metabólicas do corpo durante o repouso e o exercício. Durante o processo da respiração 
(inspiração/expiração), o sistema pulmão‑tórax funciona como um fole, para prover os alvéolos de ar, a 
fim de que aconteça a troca gasosa apropriada.
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Unidade III
Existem três pilares fundamentais da função pulmonar que devemos considerar:
•	 perfusão: está relacionada com o fluxo de sangue dos vasos pulmonares, cuja finalidade é conduzir 
o sangue venoso até os capilares alveolares para que o oxigênio possa ser captado pelo sangue e 
que o dióxido de carbono possa ser removido do sangue;
•	 difusão: diz respeito ao movimento do dióxido de carbono através das membranas alvéolo‑capilares;
•	 ventilação: troca gasosa entre os espaços alveolares e a atmosfera.
Quando a ventilação é comprometida por um aumento da resistência da via respiratória, dizemos que há 
um comprometimento ventilatório obstrutivo. Quando a ventilação é pré‑comprometida por uma limitação 
na movimentação da parede torácica, dizemos que há um comprometimento ventilatório restritivo.
Quadro 13 – Condições que afetam a ventilação
Condições que afetam a ventilação Algumas causas
Comprometimentos restritivos
Doença da parede torácica
Condições extratorácicas
Doença pulmonar intersticial
Doença pleural
Lesões que ocupam espaço
Cifoscoliose, espondilite, distrofia muscular
Obesidade, ascite, gravidez
Pneumonite, fibrose, pneumoconiose, edema
Pneumotórax, hemotórax, derrame pleural
Tumores, cistos, abcessos
Comprometimento obstrutivo
Doença da via respiratória periférica
Doença parenquimatosa pulmonar
Doença da via respiratória superior
Bronquite, bronquiectasia, asma, bronquiolite
Enfisema
Tumor faríngeo, traqueais ou laríngeos, edema, corpo 
estranho, estenose
Adaptado de: Fishbach e Dunning (2010).
8.2.1 Espirometria
Espirometria é a medida do ar que entra e sai dos pulmões, a cada movimento respiratório. A palavra 
vem do latim spirare, que significa respirar, associada à metrum, que significa medida. A espirometria 
difere de muitos outros exames, principalmente porque, para a sua realização, é necessária a compreensão 
e colaboração do paciente em todas as manobras respiratórias. O equipamento utilizado, espirômetro, 
deve estar calibrado e ser acurado, além de precisar de profissional treinado. Tudo isso, para se obter um 
exame adequado sobre as provas de função pulmonar.
Esse exame pode revelar a localização das anormalidades nas vias respiratórias, nos alvéolos e no 
leito vascular pulmonar quando o exame físico e os exames radiológicos ainda parecem normais. As 
provas de função pulmonar são divididas em três categorias:
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•	 velocidade de fluxo na via respiratória: mede a velocidade do fluxo de ar durante a expiração 
forçada máxima, a fim de avaliar a resistência da via respiratória. Nessa etapa, também se considera 
a resposta aos broncodilatadores;
•	 capacidades e volumes pulmonares: mede os diversos compartimentos de ar no pulmão, ajudando 
a diferenciar comprometimentos obstrutivos dos restritivos;
•	 troca de gases (capacidade de difusão): mede a velocidade de transferência de gás através das 
membranas alveolocapilares.
 Lembrete
Os testes de função pulmonar, especialmente a espirometria, são 
indicados para o diagnóstico e monitorização de diversas condições de 
distúrbio respiratório.
Os espirômetros estão inclusos em duas categorias: os de deslocamento de volume e os com sensores de 
fluxo. Esses últimos são computadorizados ou têm um microprocessador, permitindo a realização de muitos 
testes de forma mais rápida. O espirômetro deve ter acurácia, facilidade de operação, recursos de software, 
armazenamento de dados, valores de referência e sua atualização, assistência técnica e manutenção.
O espirômetro mede as capacidades pulmonares, os volumes e as velocidades de fluxo do ar. O 
sinal mecânico é convertido em sinal elétrico que registra a quantidade de ar inspirada e expirada, 
produzindo uma espirografia.
Os volumes expiratórios forçados (VEF) ou exalados dentro de 1, 2 e 3 segundos são referidos como 
VEF1, VEF2 e VEF3, respectivamente.
O fluxo expiratório forçado entre 25% e 75% (FEF25‑75) é o fluxo médio de ar expirado medido entre 
25 e 75% durante o volume forçado.
Em geral, se a VEF1 < 80% (0,80) do previsto ou a FEF25‑75 < 60% (0,60) do previsto, administram‑se 
broncodilatadores por nebulizador manual e se repete a espirometria.
Cuidados na fase pré‑analítica da espirometria:
•	 explicar a finalidade e o procedimento do exame ao paciente e que ele pode sentir tontura, falta 
de ar ou outros desconfortos discretos que, se ocorrerem, melhoram com o repouso adequado;
•	 o exame pode ser executado com o paciente sentado;
•uma refeição leve pode ser ingerida antes do exame, porém deve‑se evitar a cafeína;
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Unidade III
•	 colocar um grampo específico sobre o nariz do paciente e pedir que ele respire normalmente 
através de um bocal, com filtro bacteriano/viral, para dentro do espirômetro;
•	 pedir ao paciente que faça uma inspiração máxima e, em seguida, expire de modo forçado e ao 
máximo dentro do espirômetro;
•	 repetir essa manobra por, pelo menos, três vezes e registrar os dois melhores traçados;
•	 administrar broncodilatadores com um nebulizador manual e repetir a espirometria, quando indicado.
Fase pós‑analítica (interpretação dos resultados)
Na interpretação do exame, muitos fatores epidemiológicos, individuais (idade, altura, peso, etnia 
e sexo) e de comorbidades são levados em consideração para a sua fiel análise. Os valores obtidos são 
comparados a outros (parâmetros de normalidade) obtidos em estudos epidemiológicos e validados 
dentro de rigorosos critérios científicos.
De um modo geral, após o uso do broncodilatador, se houver um aumento de 20% ou mais (> 0,20), 
acima do nível pré‑broncodilatador, nos valores do VEF1 e FEF25‑75, sugere‑se o diagnóstico de doença 
pulmonar obstrutiva reversível da via respiratória (asma brônquica).
Pessoas com enfisema, em geral, não apresentam melhora do VEF1 e FEF25‑75 após o uso 
de broncodilatador.
Em geral, um valor > 80% (0,80) do previsto é considerado dentro dos limites normais.
8.2.2 Oximetria de pulso
A avaliação da saturação de oxigênio (SO2) nos mostra o conteúdo real de O2 da hemoglobina e a 
capacidade de transporte máxima de O2 pela hemoglobina. Essa avaliação pode ser feita pela gasometria 
arterial, já descrita, e por um aparelho denominado oxímetro de pulso.
A oximetria de pulso (SpO2) é a modalidade de monitorização não invasiva e contínua em tempo real 
e tendência da saturação de oxigênio arterial. A SO2 se refere à porção de hemoglobina no sangue capaz 
de se combinar, reversivelmente, com o oxigênio (oxi‑hemoglobina e desoxi‑hemoglobina). No entanto, 
a SpO2 não consegue diferenciar a carboxiemoglobina, por isso, ela é ligeiramente mais elevada do que 
a saturação de oxigênio direta obtida por uma amostra de sangue arterial.
Os oxímetros de pulso combinam o princípio da espectrometria e pletismografia, utilizando o 
princípio da absorção de luz vermelha e infravermelha, dirigido de um diodo emissor de luz a um 
fotorreceptor, a partir de um leito tecidual pulsátil. Assim, um pequeno sensor semelhante a um grampo 
é colocado em um dedo sobre o leito ungueal. A absorção da luz na sístole cardíaca é determinada, 
preponderantemente, pelo sangue arterial sobre outros tecidos.
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Figura 5 – A) Sensor de oximetria e B) oxímetro de pulso
Cuidados para a instalação do oxímetro de pulso:
•	 explicar a finalidade e os benefícios do aparelho;
•	 pedir ao paciente para permanecer com o dedo imóvel durante a verificação da SpO2;
•	 os locais mais indicados para instalação do oxímetro são: dedos dos membros superiores e 
inferiores e lóbulo da orelha;
•	 para pacientes internados que necessitem permanecer continuamente com monitorização da SpO2, 
é recomendável o rodízio dos dedos para utilização do oxímetro, a fim de evitar lesões de pele.
É importante salientar que algumas situações podem comprometer a acurácia dos valores de SpO2 
obtidos pela oximetria de pulso, tais como:
•	 posicionamento incorreto do sensor no dedo;
•	 baixa amplitude de pulso que ocorre na hipotermia e hipotensão e no choque hemodinâmico;
•	 presença de esmaltes;
•	 extremidades frias.
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Unidade III
8.3 Métodos de monitorização
A monitorização das funções vitais de pacientes internados visa contribuir com o processo de 
reabilitação e cura, sendo considerada uma das mais importantes e essenciais ferramentas no manuseio 
do paciente. No que se refere à assistência de enfermagem, além dos cuidados básicos, a vigilância 
contínua das funções hemodinâmicas é fundamental para a assistência de enfermagem com qualidade, 
tanto para pacientes clínicos e cirúrgicos como para aqueles gravemente enfermos.
Os sinais vitais indicam a condição hemodinâmica de uma pessoa. A observação rigorosa desses 
parâmetros fornece excelentes informações para intervenções rápidas e eficientes, no intuito de se 
conseguir o retorno à condição basal do paciente. As variáveis e métodos recomendados como 
componentes da monitorização hemodinâmica básica são: frequência cardíaca e respiratória, 
temperatura, pressão arterial não invasiva, oximetria de pulso, pressão venosa central (para pacientes 
portadores de cateter venoso central) e pressão arterial invasiva, dependendo da gravidade do paciente.
Abordaremos a medida na pressão arterial invasiva (PAI), pressão venosa central (PVC) e oximetria 
de pulso.
8.3.1 Pressão arterial invasiva
Os antigos egípcios já tinham conhecimento sobre a origem da pulsação e da função de bombeamento 
do coração. A observação do pulso vascular é muito antiga, enquanto a obtenção da pressão arterial 
só ocorreu séculos mais tarde. Muitos experimentos em aparelhos foram desenvolvidos, porém foram 
o médico italiano Scipione Riva‑Rocci, em 1896, e, mais tarde, o médico russo Nikolai Sergeyevich 
Korotkov, em 1905, que contribuíram, sobremaneira, para o desenvolvimento da medida da pressão 
arterial pelo método indireto e auscultatório.
Riva‑Rocci desenvolveu um esfigmomanômetro que ocluía a artéria e Korotkov demonstrou que 
o pulso podia ser auscultado, ao invés de palpado, durante os procedimentos da medida da pressão. 
Assim, a combinação do esfigmomanômetro de Riva‑Rocci, que ocluía a artéria, com a ausculta dos 
sons de Korotkov, originados pela perturbação do fluxo sanguíneo, deu origem ao método auscultatório 
da medida da pressão arterial indireta. Essa é a razão pela qual o método indireto é também conhecido 
como “Método de Korotkov” ou “Método auscultatório”.
Uma vez que pode haver erros importantes quando se verifica a pressão arterial por métodos não 
invasivos, principalmente nos pacientes em uso de drogas vasoativas ou com instabilidade hemodinâmica 
grave, deve‑se optar pela medida invasiva da pressão arterial, que permite a avaliação de forma contínua 
e mais precisa dos níveis pressóricos, garantindo a adequada perfusão tecidual. A instalação do cateter 
para obtenção da PAI proporciona contínua mensuração da pressão arterial sistólica, diastólica e média, 
além de facilitar a coleta de sangue arterial para exames laboratoriais, sem gerar desconforto ao paciente.
É indicado para pacientes em emergências hipertensivas, choque hemodinâmico, em uso de aminas 
vasoativas, vasodilatadores, vasopressores ou inotrópicos. Outra indicação, é a necessidade da obtenção 
frequente de amostras de sangue para gasometria arterial, como no paciente com insuficiência 
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respiratória e grave anormalidade do equilíbrio ácido‑base. Ainda deve ser realizada em pacientes em 
intra e pós‑operatório imediato de cirurgia cardíaca e neurológica ou outras condições nas quais não se 
pode tolerar hipotensão ou variações bruscas da pressão arterial média (PAM).
A PAM é o valor médio da pressão durante todo um ciclo do pulso de pressão. É ela que determina 
a intensidade média com que o sangue vai fluir pelos vasos sistêmicos, daí sua importância no paciente 
crítico. O monitor cardíaco multiparamétrico fornece automaticamente os valores da pressão sistólica, 
diastólica e média, entretanto, existe uma fórmula que permite seu cálculo:
PAM = PAS + (PAD x 2)/3
A artéria escolhida, geralmente, é a radial pelo seu fácilacesso, mas as artérias femoral, braquial ou 
pediosa também podem ser utilizadas.
Cuidados na fase pré‑analítica
Tanto o médico como o enfermeiro habilitados podem realizar a punção arterial com cateter flexível, 
desde que os seguintes cuidados sejam tomados:
•	 caso a escolha seja pela artéria radial, realizar a manobra de Allen antes da punção (o tempo de 
enchimento capilar da mão pela artéria ulnar deve ser entre 5 e 7 segundos). Isso garante, mesmo 
que de forma subjetiva, a integridade da arcada palmar;
•	 preparar o transdutor e zerar o sistema em relação à pressão atmosférica;
•	 procurar e reparar vazamentos e bolhas, além de corrigi‑los;
•	 analisar a morfologia da curva (para descartar sub e superamortecimento);
•	 determinar a resposta dinâmica do sistema de mensuração através do “teste de lavagem” (fast flush);
•	 manter o posicionamento neutro do membro no qual está inserido o cateter;
•	 fixar adequadamente o sistema e cateter.
Fase pós‑analítica
O valor normal da PAM varia de 70 a 100 mmHg.
Manter, durante toda a permanência do cateter, soro fisiológico com heparina (seguir protocolo 
institucional) sob pressurização a 300 mmHg. Sob essa pressurização ocorrerá a infusão de 3 ml/h do 
soro heparinizado, garantindo assim a permeabilidade do cateter durante toda sua permanência.
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Unidade III
Durante a permanência do cateter, deve‑se observar a ocorrência de sinais flogísticos, sangramentos, 
perfusão periférica do membro puncionado, sinais de isquemia ou necrose e obstruções do cateter. 
Todos esses eventos determinam a necessidade de retirada imediata do cateter.
Nenhuma medicação ou droga deve ser inserida pelo cateter arterial.
O cateter de PAI deve ser retirado o mais precocemente possível, desde que o paciente não mais 
necessite da punção arterial.
8.3.2 Pressão venosa central
A PVC, também chamada de pressão do átrio direito, é a avaliação da função ventricular direita e a 
pressão de retorno do sangue ao lado direito do coração. É um método indireto para se determinar a 
pré‑carga do ventrículo direito. A PVC deve ser utilizada em todo paciente no qual haja dúvida quanto 
ao estado volêmico e cuja correção interfira na evolução clínica, principalmente nos estágios iniciais das 
seguintes condições: choque de qualquer etiologia; desconforto respiratório grave; insuficiência renal 
aguda; sepse grave; paciente com alto risco cirúrgico e submetido à cirurgia de grande porte.
Um cateter venoso é posicionado na veia cava, na altura do átrio direito, e consegue perceber a 
variação de pressão do sangue de retorno ao coração. Com isso, a PVC torna‑se um excelente método 
de avaliação do estado hídrico do paciente. No momento da sístole atrial, com a válvula tricúspide 
aberta, o cateter de PVC consegue também avaliar a pressão diastólica final do ventrículo direito. A 
PVC diminuída indica uma queda do volume sanguíneo circulante (hipovolemia); e a PVC aumentada 
apresenta um estado de sobrecarga volêmica (hipervolemia).
O cateter venoso central é posicionado através da punção da veia subclávia, jugular externa, 
antecubital ou femoral. Tal procedimento pode ser realizado pelo médico e pelo enfermeiro, esse último 
se for habilitado para inserção do cateter venoso central por inserção periférica. A confirmação do 
posicionamento do cateter é feita por radiografia de tórax. O cateter venoso central é empregado para 
mensuração de PVC e também para infundir líquidos e administrar medicamentos intravenosos.
A medida da PVC através da medida eletrônica continua com a utilização de transdutores de pressão. 
Ela apresenta melhor correlação com a medida através do registro do traçado de pressão venosa, 
considerado como padrão ouro.
Cuidados na fase pré‑analítica
As recomendações de cuidados para se medir a PVC devem seguir a seguinte ordem:
•	 manter o paciente em posição supina, sem o travesseiro;
•	 certificar‑se do correto posicionamento do transdutor;
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•	 identificar o zero hidrostático (4° espaço intercostal, à altura da linha axilar média – altura do 
átrio direito – o transdutor deve estar a esse ponto);
•	 verificar o preenchimento completo do cateter com líquido (remover bolhas e coágulos);
•	 realizar o teste de lavagem;
•	 zerar o sistema, em relação à pressão atmosférica;
•	 analisar o posicionamento da ponta do cateter venoso central;
•	 executar a medida no final da expiração, tanto em pacientes intubados como em ventilação espontânea;
•	 checar a morfologia da curva (afastar sub ou superamortecimento) e sua relação com o ciclo respiratório.
Fase pós‑analítica
O valor normal da PVC varia de 8 a 12 mmHg.
Em pacientes com ventilação mecânica invasiva, o valor da PVC poderá estar aumentado. As 
complicações mais comuns relacionadas à presença do cateter venoso central são: embolia gasosa, 
infecção da corrente sanguínea relacionada à presença do cateter venoso central e pneumotórax 
causado durante a passagem do cateter.
Em relação ao cateter, os seguintes cuidados devem ser tomados:
•	 manter curativo no local do cateter e realizar a sua troca conforme protocolo institucional;
•	 observar sinais flogísticos durante a inserção;
•	 utilizar técnica asséptica em sua manipulação;
•	 manter o sistema do transdutor pressurizado a 300 mmHg, com infusão contínua de soro com heparina.
 Observação
O processo de avaliação do doente crítico faz‑se, também, por meio da 
utilização do monitor cardíaco, das linhas de monitorização hemodinâmica 
e das análises laboratoriais, o que difere na sua avaliação de outros doentes. 
Porém, os dados da monitorização não significam nada se não forem 
somados a achados físicos e analisados de forma crítica pelo enfermeiro.
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8.4 Anatomopatológico
Os exames anatomopatológicos são realizados através da análise de fragmentos, de tecido ou órgão, 
retirados por meio de biópsias, cirurgias, endoscopias, punção aspirativa com agulha grossa, necrópsias, 
entre outros. O estudo desses fragmentos permite análises macro e microscópicas com o objetivo de 
estabelecer o diagnóstico e avaliar fatores histopatológicos prognósticos e as margens cirúrgicas.
Dentre os procedimentos especializados realizados nos últimos anos, os exames anatomopatológicos 
estão entre os três procedimentos que apresentaram maior crescimento de gastos, com anestesia e ações 
especializadas em odontologia. Pode ser realizado ambulatorialmente ou em pacientes internados.
A análise patológica de material cirúrgico serve para guiar os cuidados 
e tratamentos do paciente, além disso, para garantir que procedimentos 
documentados sejam realizados tanto em caráter médico‑legal, como para 
confirmar diagnósticos presumidos (TORRES NETO, 2010, p. 152‑153).
Vários são os sítios corporais que podem ser analisados quanto à presença de células benignas, tóxicas 
ou malignas, como mama, fígado, rim, linfonodos, pele, osso, músculo, pulmão, bexiga, próstata, tireoide, 
colo uterino, entre outros. A quantidade de tecido obtido para submeter ao exame anatomopatológico 
depende do sítio da amostra e do processo patológico.
A qualidade do laudo depende de como a amostra foi coletada, armazenada, identificada e transportada:
•	 Coleta: o material a ser examinado nunca deve ser enviado em soro fisiológico, sendo necessário o 
uso de fixadores ou conservantes especiais, tais como solução de Bouin, fixador de Zenker, formalina 
a 10%, ácido acético, glutaraldeído, paraformaldeído a 4%, fixador de Karnovsky, entre outros.
•	 Acondicionamento: as peças cirúrgicas maiores devem ser colocadas em sacos plásticos coletores 
firmes e bem vedados, de preferência duplicando a embalagem para evitar vazamentos, com uma 
quantidade suficientede fixador (ele deve ser colocado em volume cerca de 10 vezes maior que 
o da peça a ser fixada). Frascos pequenos só devem ser utilizados para material muito pequeno, 
como biópsias endoscópicas e de agulha. As lâminas citológicas devem ser fixadas com spray, 
acondicionando em recipientes próprios para lâminas.
•	 Identificação: deve constar tanto na amostra como na requisição o nome, a idade e o sexo do paciente, 
o nome do médico que solicitou o exame, a data da coleta, o lugar anatômico do qual se origina 
amostra e se o material representa mera biópsia ou é uma excisão para diagnóstico pós‑operatório.
O exame pode ser citológico (celulares) e histológico (tecidos), o qual gera mínima quantidade de trauma 
para o paciente. Os aspirados podem ser obtidos de todas as regiões do corpo, incluindo boca, mama, fígado, 
trato genital, trato respiratório, urina, líquido cefalorraquidiano e tireoide. Descreveremos aqui alguns exames:
•	 líquidos (urina, lavado vesical, derrame pleural, ascite, líquido articular, lavado peritoneal, lavado 
brônquico, conteúdo de cisto etc.): enviar ao laboratório logo depois da coleta, sem fixador. Se 
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BASES DIAGNÓSTICAS
houver demora para o encaminhamento ao laboratório, deixar em geladeira ou o material poderá 
também ser colocado em um frasco com partes iguais de álcool a 50%. Não é necessário enviar 
todo o material coletado: 5 a 10 ml do líquido obtido são suficientes;
•	 escarro: se o material for enviado no mesmo dia ao laboratório, não é necessário fixador. Caso 
contrário, deve ser colhido em frasco de boca larga, contendo álcool a 50% (cerca de 1/5 do 
volume do frasco). O paciente deve ser orientado no sentido de enviar escarro propriamente, e 
não saliva;
•	 líquido cefalorraquidiano: enviar logo após a coleta, sem líquido fixador. Não sendo possível, 
conservar em geladeira por pouco tempo;
•	 colo de útero: o raspado deve ser feito com espátula de Ayre, acompanhada de escova para a 
coleta da endocérvice. Fazer um esfregaço fino na lâmina, colocando‑a imediatamente em álcool 
comercial puro ou recobrindo‑a com a solução alcoólica de Carbowax (polietilenoglicol). É muito 
importante representar no esfregaço a ecto e a endocérvice;
•	 biópsia aspirativa com agulha fina (de linfonodo, tireoide, parótida, fígado, mama, rim, pulmão, 
tumores diversos): o sucesso está diretamente relacionado ao uso da agulha fina (calibre 7, 23 ou 
24 Gauge), pois as agulhas mais grossas trazem muito sangue e poucas células, além de formarem 
frequentes hematomas. A punção de tumoração profunda em tórax ou abdome necessita de 
auxílio de método de imagem.
Métodos de análise
Depois que a amostra da biópsia é enviada ao laboratório, diversos testes podem ser efetuados, 
a fim de identificar as características das células do material biológico enviado. Descreveremos 
aqui alguns deles:
•	 imuno‑histoquímico: detecta moléculas (antígenos) teciduais, sendo de grande valor nos 
diagnósticos anatomopatológicos e na investigação científica. O mecanismo básico é o 
reconhecimento do antígeno por um anticorpo primário, associado a diversos tipos de processos 
de visualização;
•	 imunofluorescência: muito utilizada para biópsia de pele e de rim. Existem três formas distintas:
— fluorescência específica: deve‑se à reação entre o substrato e a proteína marcada com o 
fluorocromo (reação antígeno‑anticorpo);
— fluorescência não específica: deve‑se à coloração dos tecidos por corante livre ou proteínas 
fluoresceinadas, ou ambos;
— autofluorescência: ocorre devido à fluorescência natural dos tecidos (amarela, azul), quando 
expostos à luz ultravioleta.
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Unidade III
•	microscopia eletrônica: muito utilizada no diagnóstico morfológico das doenças glomerulares 
e musculoesqueléticas.
8.4.1 Necrópsias
É o exame macro e microscópico, realizado após a morte, com a finalidade de caracterizar a causa do 
óbito e doenças associadas e também avaliar procedimentos terapêuticos e conduta clínica.
De acordo com o artigo 162 do Código Penal, a necrópsia será feita pelo menos 6 horas após o óbito, 
salvo os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o 
que declararão no laudo.
Os seguintes passos deverão ser seguidos:
•	 exame externo do cadáver;
•	 abertura das cavidades craniana, torácica, abdominal e pélvica com exame in situ dos 
respectivos órgãos;
•	 retirada dos órgãos das cavidades, dos órgãos do pescoço e do retroperitônio, com avaliação 
macro e microscópica;
•	 lavagem e fechamento do corpo, deixando‑o à disposição com o atestado de óbito.
O serviço de verificação de óbito (SVO) é indicado para pacientes com menos de 24 horas de 
internação e que venham a falecer sem diagnóstico.
O Instituto Médico Legal (IML) é aconselhado para pessoas vítimas de morte violenta. Pacientes com 
morte natural internados por pelo menos 24 horas serão submetidos à necrópsia, caso haja interesse dos 
médicos que o acompanhavam e com o consentimento, por escrito, dos familiares ou responsáveis legais.
Em caso de morte fetal, de acordo com a Resolução Normativa nº 1601/2000, do Conselho Federal 
de Medicina, deve‑se fornecer atestado de óbito para fetos com 20 ou mais semanas gestacionais, ou 
que tenham peso corporal igual ou superior a 500 gramas ou medirem 25 cm ou mais. A solicitação da 
necrópsia deve ser sempre acompanhada da autorização dos responsáveis.
 Observação
Os fetos com menos de 500 gramas são encaminhados diretamente 
para exame, com o pedido do médico. Não há obrigatoriedade da emissão 
de um atestado de óbito.
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BASES DIAGNÓSTICAS
Cuidados da pré‑necrópsia com a família
São eles:
•	 explicar os motivos dos procedimentos pós‑morte. A preocupação e o respeito pelo morto e por 
seus parentes reduz a ansiedade da família;
•	 identificar o corpo com etiqueta, com o nome do morto, sexo e idade;
•	 considerar hábitos culturais;
•	 garantir à família que nada será feito sem sua permissão, exceto o que for exigido por lei.
 Saiba mais
WERNER, B. Biópsia de pele e seu estudo histológico. Por quê? Para 
quê? Como? Parte I. Anais Brasileiros de Dermatologia, Curitiba, v. 84, n. 
4, p. 391‑395, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abd/v84n4/
v84n04a10.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2017.
 Lembrete
A leitura e interpretação dos exames laboratoriais de rotina e 
complementares fazem parte do cotidiano do cuidado realizado pelo 
enfermeiro. Para isto, devemos sempre buscar subsídios científicos para 
aprofundar nossos conhecimentos.
 Resumo
O eletrocardiograma é um exame simples e barato que não exige 
jejum. O paciente deve ficar deitado e imóvel na posição supina durante 
o registro das ondas eletrocardiográficas, para não gerar interferências. 
Peles gordurosas podem prejudicar o registro das ondas. Nesse caso, o local 
da pele onde o eletrodo será posicionado pode ser limpo com algodão 
embebido em álcool.
A coleta de gasometria arterial e venosa é uma rotina comum em 
pacientes criticamente enfermos e fornece informações importantes acerca 
da ventilação, oxigenação e metabolismo celular. Embora a gasometria 
arterial mostre vários parâmetros para se fazer o diagnóstico de um 
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Unidade III
distúrbio acidobásico como acidose ou alcalose, metabólica ou respiratória, 
devemos considerar o pH, PCO2 e HCO3 do sangue arterial. A gasometria 
venosa deve ser coletada apenas do cateter de artéria pulmonar ou cateter 
venoso central.
A espirometria é um dos exames que avalia a função pulmonar e é 
muito útil em pacientes portadores de doença ventilatória obstrutiva ou 
restritiva. Para sua realização, é fundamentala colaboração do paciente.
A instalação de um cateter para obtenção da pressão arterial invasiva 
proporciona contínua mensuração da pressão arterial sistólica, diastólica 
e média, além de facilitar a coleta de sangue arterial para exames 
laboratoriais, sem gerar desconforto ao paciente. É muito utilizado em 
pacientes criticamente enfermos ou em cirurgias de grande porte, quando 
há a necessidade da mensuração contínua da pressão arterial.
Os exames anatomopatológicos avaliam a presença de células benignas, 
malignas ou tóxicas. Para o sucesso da análise, especial atenção deve ser 
dada aos cuidados durante a coleta, acondicionamento adequado da 
amostra e identificação correta do pedido e do material.
 Exercícios
Questão 1. Sobre o eletroencefalograma (EEG) é correto afirmar que:
A) É o registro eletrofisiológico da ativação sináptica de uma grande quantidade de neurônios 
piramidais do córtex cerebral.
B) É o registro eletromagnético da ativação sináptica de uma grande quantidade de neurônios 
piramidais do córtex cerebral.
C) É o registro eletrofisiológico da ativação sináptica de uma grande quantidade de neurônios 
piramidais do sistema simpático, após bulbo raquidiano.
D) É o registro eletrofisiológico da ativação sináptica de uma grande quantidade de neurônios 
piramidais do parassimpático, após bulbo raquidiano.
E) É o registro eletrofisiológico da ativação sináptica de uma grande quantidade de neurônios 
piramidais ligados ao coração.
Resposta correta: alternativa A.
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BASES DIAGNÓSTICAS
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: o EEG é realizado através da colocação de eletrodos no couro cabeludo, com auxílio de uma 
pasta condutora que, além de fixá‑los, permite a aquisição adequada dos sinais elétricos que constituem a 
atividade elétrica cerebral. Inicialmente é feito um registro espontâneo da atividade elétrica cerebral durante 
a vigília (paciente acordado). Se possível, essa atividade é registrada também durante a sonolência e o sono. O 
registro em todos esses estados aumenta a sensibilidade do método na detecção de diversas anormalidades.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o eletroencefalograma (EEG) ou eletroencefalografia é um exame que permite o estudo 
do registro gráfico das correntes elétricas espontâneas desenvolvidas no cérebro, através de eletrodos 
aplicados no couro cabeludo, na superfície encefálica ou até mesmo dentro da substância encefálica.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o EEG registra as correntes elétricas encefálicas e envolve o sistema nervoso autônomo 
simpático e parassimpático.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: é de registro encefálico. O bulbo faz parte do sistema nervoso central, porém se localiza 
abaixo do cerebelo.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: avalia e detecta os sinais elétricos espontâneos de registro cerebral.
Questão 2. A maioria das análises laboratoriais e amostras de sangue, urina e líquidos biológicos, sejam 
bioquímicas, imunológicas ou mesmo de coagulação, requer uma centrifugação prévia para separar o soro 
ou o plasma das células sanguíneas. Uma centrifugação eficaz é dependente de algumas variáveis, exceto:
A) Tempo de centrifugação.
B) Força centrífuga relativa, que é a força gerada quando uma determinada massa é submetida a 
um movimento circular.
C) Tamanho do tubo utilizado.
D) Temperatura em que ocorre a centrifugação.
E) Horário da coleta da amostra do paciente.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 3
FISCHBACH, F. T.; DUNNING III, M. B. Manual de enfermagem: exames laboratoriais e diagnósticos. 8. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. p. 430.
Figura 4
BARROS, A. L. B. L. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2016. p. 387.
Figura 5
FISCHBACH, F. T.; DUNNING III, M. B. Manual de enfermagem: exames laboratoriais e diagnósticos. 8. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. p. 524.
REFERÊNCIAS
Textuais
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Procedimentos Laboratoriais: da Requisição 
do Exame à Análise Microbiológica, 2004. Módulo III. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/
servicosaude/manuais/microbiologia/mod_3_2004.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2017.
___. Resolução n. 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre Regulamento Técnico para 
funcionamento de Laboratórios Clínicos. Brasília, 2005. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
saudelegis/anvisa/2005/res0302_13_10_2005.html>. Acesso em: 20 jan. 2017.
ARAUJO, M. R. E. Hemocultura: recomendações de coleta, processamento e interpretação dos 
resultados. Journal of Infection Control, v. 1, n. 1, p. 8‑19, 2012. Disponível em: <http://jic.abih.net.br/
index.php/jic/article/view/12/11>. Acesso em: 18 jan. 2017.
BARROS, A. L. B. L. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2016.
BITTENCOURT, R. I. et al. Trombocitose essencial: o que é essencial saber. Revista Brasileira de 
Hematologia e Hemoterapia, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 162‑170, 2010. Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516‑84842010000200017>. Acesso em: 18 jan. 2017.
BJERKLUND‑JOHANSEN, T. E. et al. Diretrizes para infecções urológicas (texto atualizado em abril de 
2010). Tradução de: Geraldo de Aguiar Cavalcanti. Disponível em: <http://uroweb.org/wp‑content/
uploads/Urological‑Infections‑2012‑port.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2017.
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=S0102‑35862001000600007>. Acesso em: 18 jan. 2017.
BRASIL. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. Mamografia para o 
rastreamento do câncer de mama em mulheres com idade abaixo de 50 anos, entre 50 a 69 
anos e com mais de 70 anos. n. 178, out. 2015. Disponível em: <http://conitec.gov.br/images/
Relatorios/2015/Rastreamento_Mamografia_final.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2017.
___. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 
2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_
guia_bolso.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2017.
CARRARA, D. Boas práticas para a assistência ao paciente portador de agentes multirresistentes: medidas 
de prevenção e controle. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, 2010. Disponível em: <http://
inter.coren‑sp.gov.br/sites/default/files/agentes‑multiresistentes.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2017.
CENEVIVA, R.; VICENTE, Y. A. M. V. A. Equilíbrio hidroeletrolítico e hidratação no paciente cirúrgico. 
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Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. J. Bras. Pneumol., São 
Paulo, v. 35, n. 10, p. 1018‑1048, 2009.
DELLALIBERA‑JOVILIANO, R. Uroanálise: abordagens gerais. Centro de Estudo e Pesquisa do 
Desenvolvimento Regional das Faculdades Integradas Fafibe; Hospital das Clínicas da Faculdade 
de Medicina de Ribeirão Preto/USP, Departamento de Cirurgia e Anatomia. Revist@ Fafibe Online, 
Ribeirão Preto, 2006. Disponível em: <http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/hispecielemaonline/sumario/17/30032011215549.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2017.
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FERREIRA, A. M.; ANDRADE, D. de. Swab de feridas: recomendável? Revista de Enfermagem da UERJ, 
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FISCHBACH, F. Manual de enfermagem: exames laboratoriais e diagnósticos. 7. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2005.
FISCHBACH, F.; DUNNING III, M. B. Manual de enfermagem: exames laboratoriais e diagnósticos. 8. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
FLORENCIO, R. T. Prova de função pulmonar ventilatória. Parecer n. 2.397/2012 – CRM‑PR. Conselho 
Regional de Medicina do Estado do Paraná, Paraná, 2012.
HEILBERG, I. P.; SCHOR, N. Abordagem diagnóstica e terapêutica na infecção do trato urinário – ITU. 
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HIRATA, M. H.; MANCINI‑FILHO, J. Manual de biossegurança. Barueri: Manole, 2002.
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eletroencefalograma tradicional no diagnóstico de patologias neurológicas? Revista da Associação 
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coleta e preparo da amostra biológica. Barueri: Manole/Minha Editora, 2014.
TORRES NETO, J. R. et al. É o exame anatomopatológico de rotina indispensável em cirurgias orificiais? 
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Exercícios
Unidade I – Questão 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ. Coordenadoria permanente de seleção (Copese) 
– Cargo: Técnico de Laboratório/Análises Clínicas. Questão 31. Disponível em: <http://copese.ufpi.br/
subsiteFiles/copesenovo/arquivos/files/tecnico_lab_analises%20clinica.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2017.
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Unidade I – Questão 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ. Coordenadoria permanente de seleção (Copese) 
– Cargo: Técnico de Laboratório/Análises Clínicas. Questão 21. Disponível em: <http://copese.ufpi.br/
subsiteFiles/copesenovo/arquivos/files/tecnico_lab_analises%20clinica.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2017.
Unidade II – Questão 1: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Centro de seleção e de promoção de eventos 
(Cespe). Conhecimentos específicos. Questão 31. Disponível em: <http://www.cespe.unb.br/concursos/
SESA_ES_13/arquivos/SESAES13_071_78.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2017.
Unidade II – Questão 2: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Centro de seleção e de promoção de eventos 
(Cespe). Conhecimentos específicos. Questão 65. Disponível em: <http://www.cespe.unb.br/concursos/
SESA_ES_13/arquivos/SESAES13_071_78.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2017.
Unidade III – Questão 1: CONSULPLAN. Consórcio intermunicipal da microrregião do vale do piranga 
(Cisamapi) – Cargo: Técnico em Eletroencefalograma. Questão 24. Disponível em: <https://arquivo.
pciconcursos.com.br/provas/16150878/b036a59ed199/t_cnico_em_eletroencefalograma.pdf>. Acesso 
em: 18 jan. 2017.
Unidade III – Questão 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ. Coordenadoria permanente de seleção (Copese) 
– Cargo: Técnico de Laboratório/Análises Clínicas. Questão 33. Disponível em: <http://copese.ufpi.br/
subsiteFiles/copesenovo/arquivos/files/tecnico_lab_analises%20clinica.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2017.
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