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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT DEPARTAMENTO TÉCNICO-ESPECIALIZADO DIVISÃO DE PESQUISA E PRODUÇÃO DE MATERIAIS ESPECIALIZADOS Caderno de Pré-Leitura Para o Sistema Braille Orientação Metodológica Elaborado pela professora: Maria da Glória de Souza Almeida Impressão Braille em volume único, na diagramação de 28 linhas por 34 caracteres, DPME — 2011 Volume Único Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant DTE/DPME Av. Pasteur, 350/368 — Urca 22290-240 Rio de Janeiro RJ — Brasil Tel.: (21) 3478-4474 Fax: (21) 3478-4475 E-mail: ibc@ibc.gov.br www.ibc.gov.br 2011 1 Apresentação O presente trabalho nasceu da observação da grande dificuldade por que passam muitas crianças no momento em que se defrontam com a aprendizagem da leitura através do Sistema Braille. Sabe-se que para que o processo da aquisição da leitura seja facilitado e, por consequência, venha constituir-se numa conquista real, é preciso que o alfabetizando cego tenha tido oportunidade de trabalhar inúmeras "capacidades" e "habilidades" a fim de preparar-se convenientemente para essa complexa empreitada. As áreas perceptomotora e cognitiva precisam compatibilizar-se para que a criança adquira a prontidão desejável para a aprendizagem. Quando se faz o cortejo entre as etapas evolutivas de uma criança vidente e de outra cega, percebe-se de pronto, que há entre ambas, um dado importante que as diferencia imediatamente: O volume de oportunidades e de experiências frente ao "objeto da aprendizagem". Este é um fato simples e claro de fácil constatação. Não que a criança vidente possua por natureza maior capacidade de apreensão, mas porque ela experimenta situações variadas de aprendizagem; cerca-a um "mundo de estímulos externos", que a faz despertar para inúmeras frentes de saberes diversos que lhe possibilitam apropriar-se de informações em vários níveis de conhecimento. A criança cega tem diminuído esse grau de oportunidades. Deste modo, necessita de estímulos dirigidos, necessita de que se abram para ela condições de desenvolvimento, contato e interação com tudo que a rodeia. A leitura e a escrita são objetos socialmente estabelecidos. Esses dois elementos têm funções socioculturais bem definidas, que acompanham o homem por toda a trajetória de sua existência. O "Universo das Letras" integra a vida humana sem que disso o homem se aperceba. As mensagens escritas, "letras falantes", invadem seu cotidiano e comunicam toda sorte de conhecimento. Se atentarmos bem para esta questão, veremos que, desde o berço o bebê vidente entra em convivência estreita com o elemento escrito . Tudo que o cerca tem uma marca, tem um nome: produto de higiene, chupetas, mamadeiras, brinquedos, etc. Sem que se dê conta, a criança vai se apropriando desse bem cultural, a palavra escrita . Aqueles riscos, imperceptíveis no começo, vão se introjetando em sua mente e com o passar do tempo ganham múltiplas significações, são incorporados e, mais tarde, decodificados por ele. Para uma criança vidente, torna-se fácil absorver o ato da leitura. Ao observar os adultos, manuseando livros, revistas, jornais, a criança forja hábitos e comportamentos de um futuro leitor. Neste particular, a criança cega leva uma enorme desvantagem. O Sistema Braille não é um instrumento socialmente estabelecido. O Braille é afeto apenas aos seus usuários, e assim uma criança cega só entra em contato com o seu código de escrita e de leitura no instante em que ingressa na escola. 2 Conclui-se, portanto, que há uma significativa perda de oportunidades de aprendizagem para esse educando. A interpretação do conjunto de pontos constitutivos do Sistema Braille, muitas vezes, transforma-se num obstáculo que retarda o aprendizado da leitura. Depreende-se pois, que o alfabetizador precisa buscar meios e trabalhar com consciência e afinco todas as possibilidades disponíveis que darão ao aluno maior condição de desenvolver-se plenamente. Cabe à escola promover a diminuição, ou mesmo, a eliminação dessas defasagens, falhas que levantam e intensificam problemas na caminhada da criança cega no processo de aquisição da leitura. A configuração das letras mostra uma grande variedade de desenhos e nuances interessantes. O aspecto gráfico enriquece as informações e exige do educando um bom nível de refinamento da percepção visual. Linhas retas, curvas, inclinadas, morrinhos, bolinhas, hastes alongadas e curtas, que sobem e descem, que se posicionam à esquerda e à direita, traços cortados, pingos, etc., projetam uma imagem que caracteriza cada signo escrito. Aos poucos, sem dar por isso, a criança se familiariza e se apossa do sistema da escrita, assenhoreando-se dele e abstraindo seu verdadeiro significado. As letras do Sistema Braille também possuem uma configuração, uma imagem. Este aspecto é pouco ou nada explorado pelos professores. A criança cega, tanto quanto a criança vidente, precisa ser trabalhada a fim de perceber a formulação dessas imagens. Para que as imagens mentais se instalem e se cristalizem, o alfabetizador deve propor à criança cega trabalhos onde ela possa depreender as noções de semelhança e diferença , a ideia de oposição, a localização espacial, a noção de distância, o domínio da lateralidade, etc. Tal procedimento didático trará à criança mecanismos de interpretação mais ricos e o necessário refinamento tátil. O "Caderno de Pré-Leitura para o Sistema Braille" pretende ser tão somente mais um recurso de que poderá valer-se o professor para conduzir seu aluno com maior facilidade e melhor desempenho na fase preparatória da leitura, etapa fundamental no lançamento de conceitos e no aprimoramento de apreensão e capacidades que levarão à construção do conhecimento. Maria da Glória de Souza Almeida 3 Objetivos O "Caderno de Pré-Leitura para o Sistema Braille" deverá levar a criança a: 1. Conhecer o universo das formas através do tato; 2. Formular imagens variadas pelo concurso das informações táteis; 3. Perceber semelhanças e diferenças; 4. Compreender o jogo das oposições; 5. Localizar a posição das linhas na folha de papel; 6. Adquirir noção de distância entre as linhas na folha de papel; 7. Estabelecer associações; 8. Fazer transferências. Metodologia • Pág. 1: O professor mostrará à criança uma linha reta, vertical, longa à esquerda da página, chamando-lhe a atenção para o seu posicionamento (em pé, do lado esquerdo da folha) e para seu comprimento (longa). • Pág. 2: Agora, vê-se uma linha reta, vertical, longa à direita da página. O professor fará as mesmas observações da página anterior, destacando como único traço diferente a questão da lateralidade (posicionamento da linha do lado direito). • Pág. 3: Tem-se uma linha reta, vertical, curta ao centro da página. Há dois aspectos diferentes a serem trabalhados: o comprimento (curto) e a localização espacial (centro da página). • Pág. 4: Temos uma linha reta, horizontal, longa em cima. O professor falará sobre o posicionamento da linha (traço deitado, colocado na parte superior da página) e sobre seu comprimento. A criança deslizará o dedo indicador sobre a linha para melhor avaliar o seu tamanho. 4 • Pág. 5: Aparece uma linha reta, horizontal, longa embaixo. Aqui, existe uma só diferença em relação à página 4: a localização espacial (parte inferior da página). • Pág. 6: Vemos uma linha reta, horizontal, curta no meio da página. Comparando-se as duas páginas anteriores, veem-se dois traços diferentes: o comprimento (linha curta) e a localização espacial (centro da página). • Pág. 7: Temos agora, duas linhas paralelas verticais. A criança deverá ser levada a perceber que as linhas estão dispostas no mesmo sentido (verticalmente), que tem o mesmo comprimento, que se localizam uma ao lado da outrae que estão com um espaço vazio entre elas. Demonstrar a simetria entre as duas linhas. • Pág. 8: Vemos duas linhas paralelas horizontais próximas. A ideia do paralelismo (correspondência simétrica entre duas coisas) já foi lançada. Fazer a criança entender a diferença em relação à página anterior: agora, as linhas posicionam-se deitadas, uma embaixo da outra com espaço mínimo entre elas. • Pág. 9: Temos duas linhas paralelas horizontais afastadas. O professor levará a criança a compreender que o único traço diferente existente entre a figura da página 9 e a figura da página 8, é o distanciamento entre as linhas que as constituem. • Pág. 10: Tem-se uma linha inclinada disposta de cima para baixo, curta à esquerda da página; à direita da página, vê-se uma linha inclinada disposta de cima para baixo e longa. O professor deverá orientar o aluno, mostrando-lhe que a linha começa na parte superior esquerda da página e desce para a direita. O traço distintivo entre as duas linhas é o comprimento de ambas. • Pág. 11: Vê-se uma linha inclinada de baixo para cima, curta à esquerda da página; à direita da página, vê-se uma linha inclinada disposta de baixo para cima e longa. Será mostrado ao aluno, que agora, a linha começa na parte inferior da página à esquerda e sobe até a parte superior da folha à direita. O traço distintivo entre as duas linhas é o comprimento de ambas. 5 • Pág. 12: Temos um semicírculo aberto à esquerda. Agora, vemos uma linha curva, formando um semicírculo. Faça, com o dedo indicador da criança, o contorno desse semicírculo para que ela se dê conta do seu formato através do movimento volteado que executa. • Pág. 13: Tem-se um semicírculo aberto para a direita. O professor deverá ter o mesmo procedimento indicado na página anterior, entretanto, precisa chamar a atenção da criança para o lado para o qual o semicírculo tem sua abertura. • Pág. 14: Vemos a presença de duas linhas retas: uma horizontal e uma vertical. A linha vertical é curta e sai da parte superior direita da linha horizontal e desce (abertura à esquerda). • Pág. 15: Vê-se uma figura semelhante. As duas linhas retas, uma horizontal e outra vertical, encontram-se. A linha vertical é curta e sai da parte superior esquerda da linha horizontal e desce (abertura à direita). • Pág. 16: Mostrar-se-á uma figura formada por uma linha horizontal; puxa-se à direita, uma linha alongada para baixo. Há, portanto, uma abertura do lado esquerdo da figura. • Pág. 17: Temos duas linhas retas que se juntam: da linha horizontal à esquerda, desce uma linha alongada. Assim, percebe-se uma abertura à direita. • Pág. 18: Temos, novamente, o encontro de duas linhas retas: da linha vertical curta à esquerda, sai uma linha horizontal que se estende para a direita. Logo temos uma abertura para a direita. • Pág. 19: Vemos duas linhas que se unem. Da linha vertical curta à direita, sai uma linha horizontal que se estende para a esquerda. Assim, temos uma abertura para a esquerda. • Pág. 20: Temos uma figura constituída por duas linhas retas: uma vertical alongada e outra horizontal. 6 A criança precisa ser alertada que a linha horizontal sai da parte inferior da linha vertical e é puxada para a direita. Tem-se uma abertura à direita. • Pág. 21: Vê-se uma figura formada por duas linhas retas: uma vertical alongada à direita. Da parte inferior dessa linha, sai uma linha horizontal puxada para a esquerda. Aí, temos, uma abertura para a esquerda. • Pág. 22: Vê-se uma linha reta à esquerda; na extremidade superior desta linha, parte uma pequena linha inclinada para cima à direita. • Pág. 23: Vê-se uma linha reta à direita; na extremidade superior desta linha, parte uma pequena linha inclinada à esquerda. • Pág. 24: Aparece uma linha reta à esquerda; na extremidade inferior desta linha, parte uma pequena linha inclinada para baixo à direita. • Pág. 25: Aparece uma linha reta à direita; na extremidade inferior desta linha, parte uma pequena linha inclinada para baixo à esquerda. • Pág. 26: Vemos uma linha reta horizontal; pouco abaixo, em direção à extremidade esquerda, temos um ponto. • Pág. 27: Temos agora uma linha reta horizontal com um ponto posicionado um pouco abaixo em direção à extremidade direita. Mostrar à criança que a única diferença existente entre as duas figuras (páginas 26 e 27), é a localização do ponto. Página 26 — ponto localizado à esquerda. Página 27 — ponto localizado à direita. • Pág. 28: Vemos uma linha reta horizontal e, um pouco acima, um ponto na direção da extremidade esquerda da linha horizontal. • Pág. 29: Temos uma linha reta horizontal e, um pouco acima, um ponto na direção da extremidade direita da linha horizontal. 7 A criança deverá ser levada a perceber que o que difere uma figura da outra é o fato de os pontos colocados acima das linhas horizontais estarem um à esquerda (página 28 e o outro à direita (página 29). • Pág. 30: Vemos uma linha reta, horizontal, curta no meio da página, com dois pontos: um acima da linha horizontal à esquerda e outro embaixo da mesma linha à direita. A figura localiza-se à esquerda da página. • Pág. 31: Vemos uma linha reta, horizontal, curta no meio da página, com dois pontos: um acima da linha horizontal à direita e outro embaixo da mesma linha à esquerda. A figura localiza-se à direita da página. • Pág. 32: Temos duas linhas retas, paralelas e verticais: uma longa à esquerda e outra curta à direita. • Pág. 33: Temos duas linhas retas, paralelas e verticais: uma longa à direita e outra curta à esquerda. • Pág. 34: Vê-se duas linhas retas, paralelas e verticais: uma longa à esquerda e outra curta à direita. • Pág. 35: Vê-se duas linhas retas, paralelas e verticais: uma curta à esquerda e outra longa à direita. • Pág. 36: Temos duas linhas retas: uma vertical longa à esquerda e outra horizontal curta, puxada à direita do meio da linha vertical. • Pág. 37: Temos duas linhas retas: uma vertical longa à direita e outra horizontal curta, puxada à esquerda do meio da linha vertical. • Pág. 38: Mostramos três linhas retas: uma vertical longa à direita e duas linhas horizontais curtas, puxadas para a esquerda, uma na parte superior e a outra na parte inferior da linha vertical. 8 • Pág. 39: Mostramos três linhas retas: uma vertical longa à esquerda e duas linhas horizontais curtas puxadas para a direita, uma na parte superior e outra na parte inferior da linha vertical. • Pág. 40: Vemos três linhas: uma horizontal em cima, uma vertical que desce da parte direita desta horizontal e uma terceira linha inclinada puxada para baixo à esquerda da parte inferior da linha vertical. • Pág. 41: Vemos três linhas: uma horizontal em cima, uma vertical que desce da parte esquerda desta horizontal e uma terceira linha inclinada puxada para baixo à direita da parte inferior da linha vertical. • Pág. 42: Mostramos três linhas: uma horizontal embaixo, uma vertical que sobe da direita da linha horizontal e uma terceira inclinada puxada para cima à esquerda da parte superior da linha vertical. • Pág. 43: Mostramos três linhas: uma horizontal embaixo, uma vertical que sobe da esquerda da linha horizontal e uma terceira inclinada puxada para cima à direita da parte superior da linha vertical. Observações: 1ª- Nas páginas 1 e 3, vemos uma grande semelhança. O traço que as distingue é somente o comprimento das linhas. Posteriormente, quando a criança estiver iniciando o aprendizado do braille, ela poderá entender que a linha vertical mais curta, representa a consoante b e a mais longa é a consoante l. 2ª- A apreensão dos conceitos de horizontalidade e verticalidade são fundamentais, pois que neles repousa a configuração da maioria das letras do Sistema Braille. 3ª- Napágina 7, configura-se a imagem do e com acento agudo. 4ª- Na página 8, vemos a configuração do que mais tarde, a criança reconhecerá como a consoante g. 5ª- Na página 9, tem-se a configuração da consoante x. 9 6ª- Na página 10, vemos uma linha inclinada de cima para baixo, que a criança, ao começar a ler, pode fazer a transferência para a vogal e; abrindo-se um pouco os pontos, teremos como resultado a configuração do a com acento circunflexo. 7ª- Na página 11, temos uma linha inclinada de baixo para cima. Esta imagem gera a configuração da vogal i; afastando-se um pouco os pontos do i, obteremos a configuração do i com acento agudo. 8ª- Nas páginas 12 e 13, temos a imagem de semicírculos. Aquele que tem a abertura para a esquerda, lembra a vogal o e o que tem a abertura para a direita, evoca o o com acento til. 9ª- As figuras das páginas 14 e 15, têm as linhas verticais curtas; a figura da página 14 tem a abertura para a esquerda, configura a consoante d e a figura da página 15 tem a abertura para a direita, configurando a consoante f. 10ª- As figuras das páginas 16 e 17, guardam uma enorme semelhança com as figuras das páginas imediatamente anteriores. O aspecto que as diferencia é o fato de as linhas verticais serem mais longas nas duas últimas. A figura da página 16, evoca a vogal o com acento circunflexo e a figura da página 17, evoca a consoante p. 11ª- As figuras das páginas 18 e 19, têm uma linha vertical que se traça acima da linha horizontal. Na figura da página 18, que configura a consoante h, a linha vertical posiciona-se à esquerda e na figura da página 19, que configura a consoante j, a linha vertical posiciona-se à direita. Observa-se, neste caso, que as linhas verticais são curtas. Nas páginas 20 e 21, as figuras também se assemelham bastante. O aspecto que as distingue é apenas o alongamento das linhas verticais. Temos na página 20, a configuração da consoante v e na página 21, a configuração do sinal de número. 12ª- O traço distintivo entre as páginas 22 e 23 é que, na figura da página 22 (que representa a consoante s) a linha inclinada aponta para cima à direita e na página 23 (que representa a vogal u com acento grave) a linha inclinada aponta para cima à esquerda. O que diferencia a página 24 (que representa a vogal e com acento circunflexo) da página 25 (que representa a vogal a com acento til) é a linha inclinada para baixo que aponta para a direita na página 24 e para a esquerda na página 25. 13ª- Nas páginas 26 e 27, há uma única diferença: a colocação do ponto abaixo da linha horizontal. O ponto posicionado à esquerda (página 26), configura a consoante m e o ponto posicionado à direita (página 27), configura a vogal i com acento grave. 10 14ª- Nas páginas 28 e 29, observa-se um dado diferente: o posicionamento do ponto acima da linha horizontal. Na figura da página 28, vê-se o ponto colocado à esquerda, configurando a vogal u; na página 29, vê-se o ponto colocado à direita, configurando a vogal o com acento agudo. 15ª- Na página 30, temos a configuração do u tremado. 16ª- Na página 31, temos a configuração da consoante t. 17ª- Na página 32, temos a configuração da consoante q. 18ª- Na página 33, temos a configuração do i tremado. 19ª- Na página 34, temos a configuração da vogal a com acento agudo. 20ª- Na página 35, temos a configuração da vogal u com acento agudo. 21ª- Na página 36, temos a configuração da consoante r. 22ª- Na página 37, temos a configuração da consoante w ou a vogal o com acento grave. 23ª- Na página 38, temos a configuração da consoante y. 24ª- Na página 39, temos a configuração da consoante c cedilhado. 25ª- Na página 40, temos a configuração da consoante n. 26ª- Na página 41, temos a configuração da vogal a com acento grave ou craseado. 27ª- Na página 42, temos a configuração da consoante z. 28ª- Na página 43, temos a configuração da vogal e com acento grave. 29ª- A criança que é levada, desde a pré-escola, a observar todas essas características, a perceber toda essa gama de possibilidades, tende a obter maior sucesso no processo de aquisição da leitura. Sua capacidade de interpretação terá sido mais trabalhada e o alfabetizando poderá transferir para o conjunto de pontos, formadores do Sistema Braille, a experiência ganha nesses estudos prévios. Assim, poderão ser evitados problemas de localização espacial, lateralidade e as tão frequentes inversões praticadas pelas crianças cegas. 30ª- Este trabalho é dirigido à criança da pré-escola. No entanto, pode ser aplicado nas classes de alfabetização quando os alunos demonstrarem dificuldades ou quando não tiverem tido qualquer nível de escolaridade anterior a esse período. 11 31ª- A sequência estabelecida neste caderno não obedece, evidentemente, à ordem do alfabeto Braille. O que pretendemos foi oferecer à criança a oportunidade de trabalhar diferentes noções, principalmente, fazendo-a compreender o jogo significativo das associações e das oposições. Sugestões Sugerimos aos professores: 1. Que confeccionem cadernos que trabalhem todas essas noções básicas: linhas retas, sinuosas, curvas, inclinadas, verticais, horizontais, etc. Este caderno pode usar material concreto (barbante, lã, cordonê, etc.) ou utilizar- se dos próprios pontos do Sistema Braille. 2. Que montem, com a tela ou borracha de desenho, folhas de exercícios ou cadernos onde se possa aferir a aprendizagem do aluno, tomando por base o Caderno de Pré-Leitura para o Sistema Braille. Os exercícios devem sempre propor ao aluno o espírito da análise: levantando dados, comparando aspectos, associando ideias, estabelecendo pontos de contato, identificando atributos e discriminando características contrárias. Maria da Glória de Souza Almeida Fim da Obra Distribuição gratuita, de acordo com a Portaria Ministerial nº 504, de 17/09/1949.