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Medição de Vazão Definição das Grandezas de Medida Vazão Definição Quantidade de fluido (líquido, gás ou vapor) que passa pela seção reta de um tubo por unidade de tempo Unidade SI Metros cúbicos por segundo ( m3 / s ) Outras unidades usadas Metros cúbicos por hora ( m3 / h ) Litros por hora ( l / h ) Conceitos Gerais das Grandezas de Medida Vazão Volumétrica É a taxa de transferência de um fluido, tomada em unidades de volume no tempo. É a velocidade com que se transporta um volume Mássica Condutividade Viscosidade Compressibilidade Variação da massa específica do material em função da pressão Número de Reynolds Perfil de velocidade e regime de escoamento Perfil de vazão ideal Em uma tubulação sem atrito junto às paredes, o perfil de velocidade ideal é “flat” pode ser, ou seja, as partículas do fluido se movem na mesma velocidade, em camadas concêntricas ISA 5.1 Vazão Elemento primário FE Transmissor com indicação FIT Transmissor com registro FRT Controlador com indicação FIC Alarme baixo FSL Alarme alto FSH Chave de deteção de alto e baixo FSHL Elemento final de controle FV (Válvula) Técnicas de Medição de Vazão Medidores de Vazão por Pressão Diferencial Autor do Mapa Conceitual: Lucas Costa Souza Q = A * v Vazão = Area * Velocidade Litros por segundo ( l / s ) Galões por minuto ( GPM ) Quilogramas por segundo ( kg / s ) A vazão que flui por um tubo de área de seção transversal A, faz com que uma partícula do fluido percorra uma distância h entre os pontos a e b deste tubo num dado intervalo de tempo t Q = V / t Q – vazão volumétrica em m3/h ou outra unidade de volume/tempo V - volume escoado (m3) t - tempo decorrido (h) Q = A / v Velocidade do escoamento v = h / t V = A * h v - Velocidade de escoamento ( m / s ) V - volume do fluido (m3) A - Área da seção do tubo ( m2 ) t - Intervalo de tempo ( s ) h - Comprimento do tubo (m) h - Comprimento do tubo (m) v - Velocidade de escoamento ( m / s ) Q – vazão volumétrica em m3/h ou outra unidade de volume/tempo Q = A / v v - Velocidade de escoamento ( m / s ) A - Área da seção do tubo ( m2 ) Relação entre a massa escoada e o tempo de escoamento dessa massa ω = m / t ω - vazão mássica em kg/h ou outra unidade de massa dividida por tempo m - massa escoada (kg) t - tempo decorrido (h) Massa específica ρ = m / V ρ - Massa específica ( kg / m3 ) m - Massa do objeto ( kg ) V - Volume do objeto ( m3 ) ω = ρ * V / t ρ - Massa específica ( kg / m3 ) V - Volume do objeto ( m3 ) t - tempo decorrido (h) ω - vazão mássica em kg/h ou outra unidade de massa dividida por tempo ω = ρ * Q ω - vazão mássica em kg/h ou outra unidade de massa dividida por tempo ρ - Massa específica ( kg / m3 ) Q – vazão ( m3 / s ) Facilidade de condução de corrente elétrica. No caso dos fluidos, a corrente será conduzida pelos íons dos quais são constituídos Propriedade dos fluidos cuja origem são as forças dissipativas existentes entre as moléculas. Interfere diretamente nos regimes de escoamento Viscosidade absoluta ou dinâmica (𝝁) Resistência do fluido à força tangencial (ao movimento) μ = F * e / A * v A - Área da placa deslizante (m2) v - Velocidade da placa deslizante ( m / s ) e - Espaço entre placas (m) F - Força tangencial (N) μ – Viscosidade absoluta ou dinâmica (Pa.s) Viscosidade cinemática (𝜈) A relação entre a viscosidade absoluta (μ) e a massa específica do fluido (ρ), à mesma temperatura, dada em m2/s 𝜈 = μ / ρ ρ - Massa específica ( kg / m3 ) 𝜈 - Viscosidade cinemática ( m2 / s ) μ – Viscosidade absoluta ou dinâmica (Pa.s) Os líquidos normalmente são tratados como incompressíveis (a massa específica não varia com a pressão) Os gases e vapores como compressíveis (a massa específica pode variar significativamente com a pressão) A vazão volumétrica se altera conforme as condições de pressão e temperatura mudam A vazão mássica permanece constante durante o escoamento permanente de um gás Parâmetro adimensional que caracteriza o regime de escoamento de um fluido em uma tubulação, como laminar ou turbulento Re = ρ * vm * D / μ Re - Número de Reynolds μ – Viscosidade absoluta ou dinâmica (Pa.s) ρ - Massa específica ( kg / m3 ) vm – Velocidade média( m / s ) D - Diâmetro da tubulação (m) A relação entre fluxo e queda de pressão varia com a velocidade. Logo, tem-se um escoamento laminar quando Re ≤ 2000 e turbulento quando Re ≥ 4000 Perfil de vazão típico (real) Com a mesma velocidadedo fluido (meio) há três númerosde Reynolds possíveis, devido à viscosidade e densidade dos fluidos diferentes vapor ( Re > 8000 ) água ( Re > 2000 ) óleo cru pesado ( Re < 2000 ) Regime de Escoamento Laminar ( Re < 2000 ) Neste regime, as particulas dos fluidos se movem em linhas retas. Como resultado, a velocidade aumenta de zero, junto às paredes, até o valor máximo, no centro da tubulação, e há um coeficiente de vazão através da tubulação O perfil de um escoamento laminar é uma parábola, com velocidade no centro igual a duas vezes a vazão média Regime de Escoamento Turbulento ( Re > 8000 ) Neste regime, as camadas do fluido se misturam de maneira desordenada, até uma mistura completa Obstruções em uma tubulação, como curvas, cotovelos, reduções, expansões, restrições, válvulas de controle e tês, alteram o perfil de vazão e afetam a incerteza associada à medição Equação da continuidade Equação de Bernoulli Para fluidos incompressíveis (líquidos - ρ constante), que fluem em uma tubulação completamente preenchida, cuja seção varia de A1 para A2 (conservação de massa) A1 * V1 = A2 * V2 = Qv A1 - Área da seção transversal 1 ( m2 ) A2 - Área da seção transversal 2 ( m2 ) V2 - Velocidade do fluido na seção 2 ( m / s ) V1 - Velocidade do fluido na seção 1 ( m / s ) Qv - Vazão volumétrica ( m3 / s ) Relaciona as velocidades e pressões de escoamento de um fluido líquido em uma tubulação (conservação de energia) ( P1 / ρ * g ) + ( v1^2 / 2g ) + h1 = ( P2 / ρ * g ) + ( v2^2 / 2g ) + h2 P1 - Pressão do fluido na seção 1 ( Pa ) ρ - Massa específica ( kg / m3 ) g - Aceleração da gravidade ( m / s2 ) v1 - Velocidade do fluido na seção 1 ( m / s ) P2 - Pressão do fluido na seção 2 ( Pa ) h1 - Altura da tubulação na seção 1 ( m ) v2 - Velocidade do fluido na seção 2 ( m / s ) h2 - Altura da tubulação na seção 2 ( m ) A medição de vazão, neste caso, se dá por meio do efeito produzido por uma obstrução à passagem do fluido A obstrução gera uma queda de pressãona tubulação e, com isso, a pressão à jusante é menor que a pressão à montante da obstrução Vazão teórica Vazão real Calculada a partir de medidas precisas das dimensões do elemento obstrutor ( elemento deprimogênio), massa específica do fluido e da pressão diferencial Medida pelo tempo necessário para medir um volume pré-determinado ou para completar um peso específico de fluido Placa de Orifício Consiste em um disco chato, de pouca espessura, com um orifício para passagem do fluido, que é instalado por meio de flanges na tubulação, como indicado ao lado Idealmente, as tomadas de pressão (TAPS) devem estar, uma a montante da placa, para detectar a pressão do fluido no ponto de mínima velocidade, e outra a jusante da placa, para detectar a pressão no ponto de vena contracta Concêntrica Segmentada Excêntrica Bordos retos Bordos arredondados Para escoamento de gás úmido deve-se usar furo de dreno, de modo que quaisquer gotas líquidas ou partículas sólidas possam facilmente passar Vantagens Desvantagens Instalação fácil entre flanges Econômica Robusta Construção simples Manutenção e troca simples Criam perda de carga permanente(função do tipo do medidor) Baixa rangeabilidade Tubo de Venturi O Tubo Venturi combina dentro de uma unidade, uma curta “garganta”, estreitada entre duas seções cônicas, e é usualmente instalado entre dois flanges numa tubulação Exemplo: São recomendados quando é necessário um elemento primário que introduza pouca perda de carga e admita sólidos em suspensão e/ou fluidos viscosos Bocal (Flownozzle) E um meio termo entre a placa de orifício e o tubo Venturi. O perfil dos bocais de vazão favorece aplicações em serviços onde o fluído é abrasivoe corrosivo O perfil de entrada guia o fluído até a seção mais estrangulada do elemento de medição, seguindo uma curva elíptica O Bocal possui as mesmas vantagens e desvantagens das Placas de Orifício Exemplo: É recomendado para vapores e gases com velocidades superiores a 30 m/s ou para fluidos abrasivos ou corrosivos Tubo de Pitot Mede a diferença entre a pressão estática e a pressão total, dada pela soma da pressões estática e dinâmica (pressão devido a velocidade do fluido) Possui duas aberturas para a medição das pressões, uma perpendicular ao eixo do fluxo (tomada de baixa pressão) e a outra com frente para o fluido (tomada de alta) Desvantagens Custo elevado (em alguns casos 20 vezes mais caros que uma placa de orifício) Dimensões grandes e incômodas Dificuldade de manutenção e troca uma vez instalado Vantagens Boa precisão (0,75%) Resistência a abrasão e ao acúmulo de poeira ou sedimentos Capacidade de medição de grandes escoamentos de líquidos em grandes tubulações Permite medições de vazão 60% superiores à placa de orifício nas mesmas condições de serviço Vantagens Desvantagens Custo reduzido para compra e manutenção Oferece baixa perda de carga na tubulação Possibilidade de medir velocidade de escoamento do fluido (velocímetro em aeronaves) Possui precisão relativamente alta para medições de vazão, cerca de 1,5 a 3% Não aplicáveis a fluidos que contenham sólidos em suspensão, abrasivos ou muito viscosos, devido a riscos de entupimento Exemplo: São recomendados apenas para vapores e gases, tendo poucas aplicações industriais Oferece erro considerável quando há distribuições anormais de velocidades na tubulação Tubo Annubar (Pitot de Média) Annubaré uma versão comercial industrial do Tubo de Pitot, sendo aplicado para medições de vazão tanto de líquidos, como de vapores e de gases Consiste em dois tubos inseridos na tubulação, perpendiculares ao fluxo do fluido Um tubo contém vários orifícios para coletar pontos de pressão diferentes e, por meio de um tubo interno, tem-se a média desses pontos O outro tubo mede apenas a Pressão Estática A diferença entre as duas é a Pressão Dinâmica Vantagens Desvantagens Custo reduzido para compra e manutenção Oferece baixa perda de carga na tubulação Oferece a possibilidade de se medir velocidade de escoamento média do fluido Precisão maior que o Tubo de Pitotpara medições de vazão, cerca de 0,5% em relação à pressão diferencial medida São menos sensíveis a distribuições anormais de velocidade na tubulação Possuem aplicação restrita e não podem ser aplicados a fluidos que contenham sólidos em suspensão, abrasivos ou muito viscosos, devido a riscos de entupimento Medidor de Vazão por Área Variável Rotâmetro Devido à sua simplicidade e versatilidade, um medidor de vazão por área variável amplamente utilizado é o rotâmetro, que opera com quedas de pressão relativamente constantes, à custa da variação da área da seção transversal do tubo Tubo de vidro de formato cônico Colocado verticalmente na tubulação em que passará o fluido que se quer medir Flutuador Se moverá verticalmente em função da vazão medida Desvantagens Vantagens Construção simples Alta confiabilidade Rangeabilidade razoável e típica de 10:1 Aplica-se a gases, líquidos e vapores Incertezas da ordem de 0,4% a 4% do fluxo máximo Atraente relação custo-benefício ( investimento e instalação baixos) Necessitam ser instalados em tubulações verticais, fluxo de baixo para cima São frágeis por serem constituídos de vidro Medidor de Vazão por Força de Arrasto Baseado na força de arrasto do fluido, impressa em uma placa submersa e posicionada no centro da tubulação F = Cd * ( ρ * v^2 / 2 ) * A F - Força exercida na placa ρ - Densidade do fluido A - Área da placa submersa v - Velocidade do fluido Cd – Constante experimental (coeficiente de descarga) Vantagens Desvantagens Não possui partes móveis Alta confiabilidade, longo ciclo de vida, robustez Pode ser instalado em tubulações de ½“ até diâmetros tão superiores quanto se queira Facilidade de adaptação do range (ou ao fluido), apenas modificando a distância de submersão da haste (placa) É capaz de medir vazões bidirecionais, podendo indicar um sinal negativo no caso de fluxo contrário Pode medir vazões mínimas de 0,3 L/min até 40.000 L/min, com erro máximo de 1% A calibração deve ser feita no local de instalação, com o medidor instalado Medidor de Vazão Eletromagnético Baseia-se na lei de Faraday: a força eletromotriz induzida no condutor móvel ao longo do campo magnético é proporcional à velocidade do condutor Como a velocidade do fluido é diretamente proporcional à sua vazão, pode-se medir a vazão através da medição da velocidade Exemplo: Permite sua aplicação em serviços onde o fluído é abrasivo e corrosivo Exemplo: Indicação de vazão em cromatógrafos Exemplo: Utilizado com líquidos que contenham alguma quantidade de sólidos em suspensão, gases e vapores, incluso criogénicos O princípio de funcionamento requer o tubo sempre cheio de líquido U = B * D * v U - Fem induzida ( V ) D - Diâmetro interno do sensor (ou distância entre os eletrodos) ( m ) B - Densidade de fluxo magnético ( T ) v - Velocidade do fluido ( m / s ) Vantagens Desvantagens Exemplo: Utilizado com líquidos que contenham alguma quantidade de sólidos em suspensão, gases e vapores, incluso criogénicos Sua perda de carga é exatamente igual à perda de uma tubulação de igual tamanho Como não apresenta nenhuma obstrução à linha, pode medir vazão de fluidos sujos, corrosivos, abrasivos, com sólidos em suspensão A medição não é afetada pela viscosidade, densidade, temperatura ou pressão Não possui peças móveis e desde que a velocidade não ultrapassa o limite de 6,0 m/s, não há desgaste Exige-se a condutividade mínima de 0,1 μS/m a 200 μS/m A calibração do medidor magnético exige a simulação da vazão conhecida É um instrumento elétrico e, portanto, sua montagem é limitada a locais seguros, ou se exige técnica adicional de segurança para montagem em local classificado Medidor de Vazão Ultrassônico A velocidade de propagação do som em um fluido depende da massa específica do meio Assim, em um fluido com massa específica constante, 𝜌, pode-se utilizar uma onda sonora ultrassônica para determinar a velocidade média do fluido Por tempo de trânsito Por efeito Doppler Mede o tempo gasto pela energia ultrassônica para atravessar a seção do tubo, indo a favor e contra a vazão do fluido dentro da tubulação A diferença no tempo de trânsito das ondas é proporcional a vazão do fluido Mede a aparente variação de frequência produzida pelo movimento relativo de um emissor e de um receptor de frequência t12 = ( d / cos θ ) / vs + ( vf * sen θ ) ) t21 = ( d / cos θ ) / vs - ( vf * sen θ ) ) t12 - Tempo de transmissão ( s ) t21 - Tempo de transmissão ( s ) vs - Velocidade do som no fluido ( m / s ) vf - Velocidade do fluido ( m / s ) vs - Velocidade do som no fluido ( m / s ) vf - Velocidade do fluido ( m / s ) A variação de frequência ocorre quando as ondas são refletidas pelaspartículas móveis do fluído Os ultrassons refletidos por partículas ou bolhas presentes no fluído têm sua frequência alterada proporcionalmente à componente de velocidade das partículas na direção do feixe vf = ( ft - fr ) * vt / 2 * ft * sen θt vf – Velocidade do fluido vt - Velocidade do som no material do transmissor ft – Frequência de transmissão (0,5 a 10MHz) fr - Frequência detectada pelo receptor θt - Ângulo do feixe no sensor Vantagens Alta precisão Não necessita estar em contato com o fluido Sem perdas de carga no sistema Modelo Clamp-on Fácil instalação, instalado externamente e sem modificações na tubulação Fácil ajuste e manutenção Desvantagens Fácil ajuste e manutenção Sensíveis a vibrações na tubulação Desvantagens Desvantagens Só podem ser utilizados em fluidos limpos Só podem ser utilizados em fluidos com sólidos em suspensão ou bolhas de ar Medidores de Vazão por Vórtices Os medidores de vazão por vórtices baseiam-se no princípio físico de formação de vórtices (ou turbilhões), que são criados quando se provoca uma mudança de direção súbita no escoamento de um fluido Um obstáculo inserido transversalmente ao eixo da tubulação gera os vórtices, que: Para velocidades maiores As linhas não conseguem acompanhar a forma do obstáculo e se separam –o que provoca velocidades locais ainda maiores que associadas a zonas locais de baixa pressão, resulta em vórtices ou turbilhões Para velocidades médias O vórtice permanece em posição fixa em relação ao obstáculo. Todavia, aumentando-se a velocidade, o vórtice aumenta e separa-se do obstáculo e continua a jusante levado pelo fluido Para velocidade muito baixas As linhas de fluxo acompanharão a forma do obstáculo, não ocorrendo a formação de vórtices. (Pode ser usado um medidor com redução da seção transversal, o que acelera o fluxo e produz vórtices) Logo, tem-se que a frequência de sucessão de vórtices é diretamente proporcionalà velocidade do fluido, consequentemente à vazão Q = A * f * D / St Q - Vazão volumétrica ( m3 / s ) A - Área transversal da tubulação (m2) f - Frequência de sucessão de vórtices (Hz) D - Dimensão do obstáculo (m) St - Número de Strouhal (adimensional) A forma de detecção pode ser por meio de: Sensores de pressão (mais comum), magnéticos ou térmicos (filamento quente) A vantagem de se utilizar sensores térmicos e de pressão é a possibilidade de se medir a densidade do fluido e com isso ter a relação direta da vazão volumétrica com a vazão mássica Vantagens Desvantagens Pode ser utilizado em fluidos com comportamento turbulento, todavia, com o número de Reynolds ≥ 10.000 Possui boa rangeabilidadevariando de 15:1 a 100:1 e boa precisão, na ordem de 1%, podendo atingir 0,1% Podem operar em uma faixa de temperatura razoável, de -260 a 230 ºC, como também em pressões altas, cerca de 1500 psi Exemplo: São recomendados para medições de vazão de líquidos e gases, com velocidades limites altas, de 30m/s e 6m/s, respectivamente Custo elevado Podem ser utilizados em tubulação de até 8” Não podem ser utilizados para fluidos abrasivos ou muito viscosos Não podem ser utilizados em fluidos com velocidades de escoamento baixas ão podem ser utilizados em fluidos com velocidades de escoamento baixas Exemplo: Usado no sistema de distribuição de água no Brasil com canal aberto Medidores de Vazão Mecânicos Utilizam técnicas diretas baseadas no deslocamento de algum elemento mecânico. Turbina Medidores de vazão por deslocamento positivo Consiste em um rotor balanceado com diâmetro um pouco menor que o diâmetro interno da tubulação Sua velocidadede rotação é proporcional ao fluxo volumétricoe pode ser detectada por dispositivos eletrônicos (indutivos, capacitivos, efeito Hall, diodo + fototransistor) ou por sensores mecânicos Q = A * f * D / St Q - Vazão volumétrica ( m3 / s ) A - Área transversal da tubulação (m2) f - Frequência de sucessão de vórtices (Hz) D - Dimensão do obstáculo (m) St - Número de Strouhal (adimensional) Vantagens Desvantagens Altíssima precisão, na ordem de 0,2% do fundo escala Alta repetibilidadee confiabilidade Sua rangeabilidade* é a maior entre todos os medidores de vazão, pois a relação matemática envolvida é linear A turbina é de pequeno tamanho e peso, sendo de fácil instalação, sendo geralmente, é instalada entre flanges A turbina possui peça móvel. Pode ser danificado por velocidade acima da calculada Não se aplica para medição de vazão de fluidos abrasivos, sujos, corrosivos e de alta velocidade Seu custo é elevado A turbina requer trechos retos longos e distúrbios podem afetar a medição São medidores que possuem uma relação bem definida entre o volume do fluido que passa pelo medidor e o acionamento de um dispositivo de medição Para cada unidade de volume que atravessa o medidor, o dispositivo de medição é acionado um certo número de vezes Engrenagens ovais Disco de nutação Muito utilizados para medição de vazões muito pequenas (micro vazões), todavia para fluidos com viscosidade mínima de 𝟑𝟎𝒄𝑷 Junto às turbinas é um dos medidores mais comuns para o uso em hidrômetros O seu princípio de funcionamento é baseado em um disco móvel preso a uma esfera central. Uma haste presa por uma biela é fixa à esfera O disco é instalado em uma câmara com laterais arrendondadas e com as superfícies do topo e do fundo cônico. Uma volta completa do disco corresponde a um volume de fluido transportado, determinado pelo fabricante Medidores de Vazão Mássica Determinam diretamente a massa do fluxo. Não dependem da massa específica, da pressão e da viscosidade do fluido Medidores térmicos de fluxo de massa Medidores por efeito Coriolis Baseados na transferência de calor Qualquer objeto movendo acima da terra, com velocidade espacial constante, é defletido em relação a superfície de rotação da terra Uma quantidade conhecida de energia é fornecida ao fluido através de uma resistência elétrica e a temperatura do fluido é medida a montante e a jusante ω = Pr / Cp * ( T1 - T2 ) ω - Vazão mássica ( kg / s ) Cp - Calor específico do fluido ( J / kg * K ) T1,2 - Temperatura medida a montante e a jusante (K) Pr - Potência fornecida a resistência ( J / s ) Nos medidores usados em fluxos laminares, os resistores R1 e R2 são fixos e os outros dois são imersos no fluxo, sendo R3 a montante e Rx a jusante do aquecedor (estes dois podem ser PT100, por exemplo) O fluxo faz com que a temperatura em R3 seja diferente da temperatura em Rx Dispersão Térmica A face plana da ponta do sensor éaquecida a poucos graus acima da temperatura do fluído de medição Quando o líquido escoa pela tubulação, o calor gerado no sensor é transferido para o líquido, assim o sensor é resfriado O sinal do sensor aquecido é comparado com o de um segundo sensor de temperatura, utilizado para medir a temperatura do fluido após o sensor, possibilitando assim uma referência de comparação e compensação para o medidor Gaspard Coriolis estabeleceu (1835) que uma massa m deslocando-se com velocidade vf relativa em relação a um sistema, por sua vez em movimento de rotação com velocidade angular ω, é submetido a uma força F, de acordo com a equação O princípio desses medidores é gerar artificialmente a aceleração de Coriolis e medir a massa pela detecção do momento angular Quando um fluido escoa em uma tubulação, está sujeito à aceleração de Coriolis, através da introdução mecânica de rotação da tubulação Os tubos de medição são submetidos a uma oscilação e ficam vibrando na sua própria freqüência natural à baixa amplitude, quase imperceptível a olho nu Quando um fluido qualquer é introduzido no tubo em vibração,o efeito do Coriolis se manifesta causando uma deformação, i. e., uma torção, que é captada por meio de sensores magnéticos, que geram uma tensão em formato de ondas senoidais F = 2 * m * ω * vf F - Força de Corilis (N) m - Massa de fluido na seção reta do tubo (kg); ω - Velocidade angular do fluido na seção em U ( rad / s ) vf - Velocidade linear do fluido ( m / s ). W = εs * θ / 4 * ω * r εs - Módulo de elasticidade θ - Ângulo de torção ω - Velocidade angular r - Raio do tubo W - Vazão mássica Medidores de Vazão em Canais Abertos Destinam-se a medir a vazão de líquidos que escoam por gravidade e apresentam uma superfície livre (ao contrário de outros métodos citados em que é necessário que a tubulação esteja completamente cheia) Se uma obstrução é colocada dentro de um canal, qualquer líquido que flui através do mesmo deve elevar-se no lado a montante da obstrução até fluir para o outro lado Medindo esta subida do nível do líquido a montante, é possível inferir a taxa de fluxo de líquido passado o obstáculo Vertedores Medem a altura estática do fluxo em reservatório, que verte o fluído de uma abertura com forma variável Retangular Triangular com ângulo de abertura de 90º Trapezoidal Q = 1,838 * ( L - ( 0,2 * h ) ) * sqrt(h^3) Q - Vazão ( m3 / s ) L - Soleira (borda inferior da abertura) ( m ) h - Carga hidráulica ( m ) Q = 1,32 * ( h ^ 2,47 ) Q - Vazão ( m3 / s ) h - Carga hidráulica ( m ) Q = 1,86 * L * sqrt(h^3) Q - Vazão ( m3 / s ) L - Soleira (borda inferior da abertura) ( m ) h - Carga hidráulica ( m ) Um vertedor deve formar um ângulo de 90º com a direção da vazão e o canal a jusante deve retilíneo, com um comprimento mínimo de 10 vezes a sua largura (10:1) Calha de Parshall É um tipo de Venturi aberto que mede a altura estática do fluxo, em canais abertos, de líquidos escoando por gravidade É uma medição mais vantajosa que o vertedouro, porque apresenta menor perda de carga e serve para medir fluídos com sólidos em suspensão Não necessitam de um trecho retilíneo extenso (10:1) à jusante da calha
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