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Anamnese e exame físico da cabeça e pescoço Anamnese É importante valorizar os dados da identificação: nome, idade, sexo, raça, profissão, procedência do paciente Fatores de risco: dieta (regimes); tipo de atividade física (característica do treinamento, alterações da velocidade, distância, frequência dos dias, condicionamento físico, tempo de reabilitação, tipo de calçado ou piso); fatores epidemiológicos; sinais e sintomas como dor (insidiosa, progressiva, limitando a atividade esportiva, relacionada com o gesto esportivo); mudança nos hábitos esportivos. Utilização de faixas elásticas, palmilhas e órteses Dor É a queixa mais frequente de pacientes com patologias Deve-se investigar · Início: súbito, insidioso · Tipo de dor: em queimação, pontada, latejante, intermitente · Local e irradiação · Relação com movimento ou posição · Fatores de piora ou melhora O exame físico da cabeça deve ser dividido em: exame da face, exame dos olhos, exame da boca, cadeias linfáticas, tireoide, carótidas e jugulares, exame físico da coluna cervical Exame físico da face Tipo de face (fácies) Pesquisar edema, paralisia muscular, movimentos involuntários, nódulos/ tumores e outras lesões e deformidades Fáceis acromegálica Proeminência das maçãs do rosto, maior desenvolvimento da mandíbula. Aumento do nariz, lábios e orelhas. Olhos parecem pequenos dentro do conjunto de estruturas hipertrofiadas Fáceis lúpica Lesão eritrmato-papulo-escamosa acometendo os maxilares (asa de borboleta) Fáceis parkinsoniana A cabeça inclina-se para frente e permanece imóvel nesta posição. Olhar fixo, supercílios elevados e a fronte enrugada conferem ao paciente uma expressão de espanto. A fisionomia é impassível Fáceis hipotireoideia Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada e acentuação de seus sulcos. As pálpebras yomam-se infiltradas e enrugadas. Os supercílios são escassos e os cabelos secos e sem brilho Fáceis hipertireoidea Olhos salientes e brilhantes. Rosto magro. A expressão fisionômica indica vivacidade Fáceis miastênica Ptose palpebral que obriga a franzir a testa e levantar a cabeça Fáceis adenoideana Nariz pequeno e afilado e boca sempre entreaberta. Aparece nos indivíduos portadores de hipertrofia das adenoides. Respiração bucal. Fáceis cunshingóide Arredondamento do rosto, com atenuação dos traços faciais. Aparecimento de acne. Fáceis hipocrática e ictérica Olhos fundos, parados, inexpressivos. Nariz afilado, lábios adelgaçados, “batimentos das asas do nariz”. Rosto sudoreico, palidez cutânea e discreta cianose labial. Ictérica pode estar presente Fáceis tetânica Contratura muscular da face e acentuação dos sulcos naturais. Enrugamento da região frontal e lábios distendidos (riso sardônico). Sobrancelhas contraídas. Olhar fixo e angustiado Fáceis leonina A pele espessa e com grande número de lepromas de tamanhos variados e confluentes. Supercílios caem (madarose). Nariz espesso e largo. Lábios grossos e proeminentes. Bochechas e o mento deformados pelo aparecimento de nódulos. Barba escasseia ou desaparece Exame físico dos olhos Pesquisar: · Edema · Alterações de pilificação · Queda da pálpebra superior (blefaroptose ou ptose palpebral) · Alterações do globo ocular: exoftalmia (protusão), microftalmia (globo pequeno), hipertelorismo (afastamento das cavidades orbitárias), estrabismo, nistagmo (movimentação involuntária) · Acuidade visual (teste de Snellen) Exame físico da orofaringe Observar: lábios, gengivas, dentes e língua Examinar a garganta: presença de alterações de coloração, secreção e placas, que podem indicar processos infecciosos. Observar reflexo de vômito e paralisia muscular Exame de linfonodos Cadeia de linfonodos Palpação: exame dos gânglios linfáticos ou linfonodos se faz por meio da inspeção e da palpação, um método complementando o outro. A palpação é realizada com as polpas digitais e a face ventral dos dedos médio, indicador e anular. As posições do paciente e examinador variam de acordo com a cadeia ganglionar a ser pesquisada Pescoço A avaliação da coluna deve ser integrada à coluna vertebral como um todo. Após a anamnese geral do aparelho locomotor e específica quanto as queixas na região cervical, passa-se ao exame físico Exame físico do pescoço Inspeção estática: Observar assimetrias do pescoço, desvio de cabeça, presença de movimentos involuntários anormais, alterações de pele e fâneros, presença de cicatrizes Assimetrias do pescoço: · Torcicolos ou malformações · Torcicolos espasmódico: presença de contrações involuntárias da musculatura cervical Presença de torcicolos pode estar associada ao: · Espasmo protetor pos traumático · Infecções tonsilares · Doença do corpo vertebral Quadros avançados de infecção ou tumores: a cabeça pode estar sendo sustentada pelas mãos do paciente Pode ser observadas alterações: tegumento, altura da implantação dos cabelos, quaisquer outras características que possam indicar a presença de alguma malformação associada Presença de tumores: tumor de Pancost – assimetria na fossa supraclavicular Inspeção dinâmica Coluna cervical: avaliada amplitude dos movimentos da coluna cervical Paciente faz movimentos ativos de: flexão, extensão da cabeça, rotação para ambos os lados, inclinação lateral para ambos os lados Pode pedir para o paciente colocar uma espátula entre os dentes, para ser usada como ponto de referência Palpação Duas zonas: face anterior (trígono) e face posterior Face anterior: · Esternocledomastoideo, mandíbula, incisura supra-extenal; · Esternocledomastoideo à procura de hematomas (trauma) · Cadeia linfática na borda anterior do músculo geralmente não é palpável · Tireoide, parotida, fossa supra-clavicular; · Pulso carotídeo – tubérculo de C6 Exame da tireoide: Alterações do volume, forma, temperatura, consistência (ferroelástica), e mobilidade Palpação: podendo ser realizada por via anterior ou posterior Exame jugular Estase jugular Exame físico carótidas: Pulsação arterial não é visível fisiologicamente, exceto em magros Palpação é o método eleito para avaliação Ausência ou diminuição de pulso indica obstrução parcial ou total Pesquisar frêmito (vibração) na palpação e/ou sopro na ausculta Face posterior: Paciente preferencialmente sentado Palpar trapézio Hematomas, cadeia linfática em sua face anterior (se palpável=patologia) Base do crânio, na protuberância occipital, podem-se palpar os nervos occipitais aumentados por processos inflamatórios Pontos dolorosos no ligamento nucal que vai do occipto ao processo espinhoso de C7 Palpação óssea Face anterior (referência para altura das vértebras) · Osso hioide – altura de C3 · Cartilagem tireoide – C4 · Primeiro anel cricóide – C6 Protuberância occipital externa, linha nucal superior, processo mastoide Processos espinhosos de C2 a C7 faceis palpação, demais são profundos Procurar dor, crepitação, desalinhamento Lateralmente pode se procurar palpar as superfícies articulares Exame de amplitude de movimento passivo da coluna cervical Exame neurológico Deve ser parte rotineira da semiologia da coluna cervical Algumas afecções cervicais se manifestam por dores irradiadas por compressão de raízes cervicais Para cada nível neurológico existe uma distribuição sensitiva, um teste motor e um exame de reflexos Testes especiais Teste de distração Com o paciente sentado. Ao abrir os forames intervertebrais pode aliviar os sintomas compressivos; Manobra de Spurling Rotação lateral com compressão sobre o topo cabeça; O teste é positivo quando há reprodução da radiculopatia Dores inespecíficas podem ser devidas a compressão articular ou espasmos musculares Sinal de Lhermitte Irritação meníngea e esclerose múltipla Com o paciente sentado fletir a cabeça. Pode-se sensibilizar o teste com flexão dos quadris Positivo quando o paciente refere dor ou parestesias, podendo também se queixar de dor irradiada para as extremidades Manobra de Valsava Paciente prende a respiração e fazforça como se quisesse evacuar Aumento da pressão intratecal com agravamento dos sintomas de lesões que comprimem o canal (tumores, hérnias de disco) Teste de deglutição Dor e dificuldade de deglutição podem ser devido a doenças na coluna cervical (hematomas, osteófitos, infecções, tumores) Teste da artéria vertebral Pescoço estendido, rotação para direita, rotação para esquerda e ambas as rotações com pescoço estendido. Por 30 seg cada posição A rotação para a D geralmente afeta a artéria E Sintomas são tonturas, sensação de cabeça vazia, nistagmo Teste de Adson Testa permeabilidade da subclávia que pode ser comprimida pela costela cervical ou contratura entre os escalenos anterior e médio Palpando-se o pulso radial, deve-se abduzir e rodar externamente o MS Paciente deve prender a respiração e mover a cabeça em direção ao membro examinado Compressão: diminuição ou desaparecimento do pulso radial
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