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Aulas de Liturgia Jardel

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FACULDADE DE FILOSOFIA E TEOLOGIA PAULO VI
JARDEL DA SILVA CERQUEIRA RGM: 20162008
Prof. Pe. Gabriel Gonzaga Bina Disciplina: Liturgia
Questionário das aulas do período de 17 de Março a 15 de Abril de 2020
A cada capitulo estudado responder as seguintes questões:
· Ler o texto apontando o que achou mais interessante;
· Comentar se na prática pastoral da sua paróquia e da sua diocese as orientações da Igreja para a liturgia estão sendo seguidas. Por que sim ou por que não? 
1. Sobre o proêmio e o capítulo 1 da SC (17 de Março): Antes de falar do capítulo 1, faço questão de responder as duas perguntas, também em relação ao proêmio. Percebo, que há uma grande riqueza nos primeiros números da SC.
A. No nº01 da SC percebe-se 5 preocupações do padres conciliares: participação dos fiéis no mistério de Cristo; na Igreja existem instituições que não são cristalizadas, podem e devem ser adaptadas conforme a mudança de época; uma liturgia que preserve a unidade (e acredito que não só entre católicos romanos, mas que seja um sinal visível para todos os cristãos); retorno às origens, uma liturgia viva que expresse a vida das comunidades.
B. O nº 04 da SC fez surgir um questionamento: se todas a normas e princípios da constituição visam a reforma do rito romano, faz sentido celebrar no rito extraordinário (vulgo tridentino)? Percebo que na diocese há uma valorização, ainda fraca, a diversidade de ritos. Temos, por exemplo uma comunidade maronita. Com relação a paróquia de pastoral, percebo que há resquícios de um excelente trabalho, mas que perdeu o fôlego com o passar do tempo. Acredito que seja possível colocar em prática essas exigências.
a. O primeiro capítulo é maior em relação aos outros e é uma espécie de chave de compreensão dos capítulos sucessores. A ideia do Concílio Vaticano II ser um concilio bíblico, patrístico e retorno as fontes se faz presente na SC, principalmente nesse capítulo. Também se percebe um número dedicado a detalhar a obra de salvação (SC Nº05; algo presente nas outras constituições cf. Nº02 LG; Nº03 DV; Nº12GS). Fora esses detalhes, o que chama a atenção é a insistência na formação dos padres e dos leigos, principalmente dos leigos. Para isso o capítulo apresenta a criação de uma pastoral litúrgica, de modo específico nos últimos números.
b. Sobre a formação litúrgica, é algo de grande interesse dos fiéis, no seminário da diocese há uma preocupação no estudo da liturgia. Entretanto, falta um apoio à pastoral de liturgia diocesana, desde a formação de padres e leigos (um exemplo é que só temos dois padres que são formados em liturgia, um número pequeno para um clero de 250 padres aproximadamente).
2. Sobre o capítulo 2 da SC (18 de Março): Este capítulo contém temas como: adaptação do culto da Igreja, sobretudo em países de missão, emprego das línguas vernáculas, da concelebração e da comunhão sob as duas espécies. Esse capitulo enfatiza que toda a reforma de matéria litúrgica é função dos bispos, uma vez que esses devem ser os primeiros a instruir os fiéis a uma participação ativa.
A. Percebe-se que o capitulo dois segue o ordinário da missa: os ritos de entrada, a liturgia da Palavra, liturgia Eucarística (apresentação das ofertas, preparação do altar, a oração consecratória, rito de comunhão e os ritos finais. Esse esquema fixado em Trento, tornou-se difícil mudar; todavia, ele se mantém, mas busca que ele seja revisado, e se mantenha de forma simples. De forma que os fiéis compreendem as duas partes principais da missa: Palavra e Eucaristia.
B. Não tem-se grandes problemas na diocese com relação a essa estrutura, mas o problema como sempre se refere a formação de uma pastoral litúrgica diocesana, ou melhor sobre a capacitação de membros, pessoas interessadas. Além disso, é necessário o apoio aos padres que estão a frente dessa pastoral. Na maioria das vezes o povo é instruído com a seguinte premissa: “o que vocês aprendem é para vocês rezarem melhor e não ensinarem os padres”. A pergunta que sempre faço é: a Missa é uma oração individual? Certamente não. Logo é um compromisso de todos os fiéis; é claro que um fiel não tem que ter como premissa ensinar o padre a rezar a Missa. Mas, o padre tem que ter a humildade de buscar formação sempre e se corrigir, se assim for necessário. Deixa-se claro que a questão não é uniformidade, uma vez que é o Espirito que suscita os diversos carismas, mas valorizar a simplicidade do rito romano e aquilo que é necessário (as devidas inculturações) para sua execução e celebração com os fiéis.
3. Sobre o capítulo 3 da SC (24 de Março): Esse capítulo é dedicado aos outros sacramentos e aos sacramentais. Nele busca-se apresentar a natureza e importância dos sacramentos. A necessidade de reformá-los e a diferenciação dos sacramentais. Além da importância dos fiéis terem conhecimento dos ritos para bem celebrar o mistério pascal.
A. Dois números chamaram atenção: nº66 e 69 que se referem a reforma do rito do batismo. O primeiro se caracterizou uma novidade, até então acreditava que o batismo sempre foi uma celebração que tinha a opção dentro da missa; já o último não é uma novidade, mas percebo que há uma dificuldade com relação a prática, que é a inserção da criança batizada na Igreja.
B. Acredito que a Igreja particular de Mogi das Cruzes, tem tido uma abertura muito grande para as crianças, mas é necessário um trabalho mais aprofundado. O primeiro passo, seria ter catequistas pedagogos (ao menos trabalhar noções de pedagogia) uma vez que esses, supõe, tem a habilidade de transmitir o conhecimento para criança de forma acessível. Muitas vezes as pessoas que estão à frente de grupo que trabalha com criança não tem essa habilidade. 
4. Sobre o capítulo 4 da SC (25 de Março): este capítulo aborda o Oficio Divino, ele é dividido em duas partes, a primeira é dedicada a natureza da liturgia das horas; a segunda dedicada as motivações para a reforma.
A. O mais interessante desse capítulo é o resgate da liturgia das horas na vida dos fiéis, de maneira que todos exerçam o seu sacerdócio batismal. Prática essa que era comum nos primeiros séculos e que foi caindo em desuso com o passar do tempo.
B. Acredito que esse capitulo seja o mais complicado em todas as dioceses. Mesmo com todas as mudanças realizadas no Ofício pelo Concílio, as propostas do capitulo IV estão distante da realidade. É claro que depois de tanto tempo sendo uma oração privada, não é tão simples colocar na vida do povo que esse meio de rezar tem um valor inestimável. Uma outra dificuldade é que na mentalidade do clero a oração da liturgia das horas não é uma oração de todo o povo, por isso não é incentivada nem cultivada na vida do povo. Além disso, com a secularização, ao afazeres do dia-a-dia, o próprio clero tem uma visão de que a Liturgia é para os religiosos, ao passo que mesmo os clérigos perderam o hábito de rezar a oração do Oficio; algo muito grave, visto que assumiram o compromisso de rezar no dia da ordenação diaconal. 
5. Sobre o capítulo 5 da SC (31 de Março): esse capitulo é dedicado ao Ano Litúrgico, busca ressaltar que é o período mediante o qual a Igreja celebra todo o mistério de Cristo.
A. Visto as muitas críticas provindas do senso comum, o que é mais interessante desse capítulo é recordar que a Igreja celebra o Mistério Pascal. Apesar de óbvio, essa dimensão é muito esquecida, principalmente pela supervalorização dos santos. Dessa forma, o capítulo busca recordar que os santos são celebrados por causa dos méritos de Cristo, ou seja, são testemunhas de quem viveu segundo as verdades evangélicas e por isso alcançaram a perfeição e a salvação eterna.
B. A compreensão do Ano Litúrgico é bem desenvolvida na diocese, principalmente com relação ao Tempo da Quaresma. Entretanto, encontramos um certo exagero com relação a festa do Divino: a festa que era celebrada por algumas paróquias da diocese, hoje é celebrada por uma grande maioria, mas o problema ainda não é esse; se ao menos fossem celebradas dentro do Tempo Pascal e terminasse em Pentecostes ou alguns diasdepois, não seria problema. O problema é que são celebradas durante datas aleatórias, fazendo com que durante todo ano tenha festa do Divino. Isso faz com que Pentecostes seja esvaziado do seu significado dentro do Ano Litúrgico. As pessoas tem um forte sentimento por essa festas, um exemplo é um grupo de mais ou menos 60 pessoas que procuram a festa do Divino o ano todo pelas paróquias da diocese. Dessa forma esquecendo de viver o restante do Ano Litúrgico.
6. Sobre o capítulo 6 da SC (01 de Abril): Este capitulo da SC busca apresentar a música como um dos elementos da celebração, que valoriza a dignidade do que a Igreja celebra. A música traz beleza e faz com que os fiéis louvem a Deus; ao mesmo tempo que os colocam em união com a liturgia celeste.
A. Acredito que o número que mais chama a atenção desse capítulo da SC são os números 118 e 119. Que se referem aos cânticos populares e a música sacra nas regiões de missões. É fato que deve-se ter o conhecimento dos cantos gregorianos e polifônico, e reconhecer que eles trazem uma beleza para a liturgia. Mas os cânticos populares traduzem os sentimentos e experiências do povo, por isso devem ser valorizado. Que eles estejam em consonância com os textos das Sagradas Escrituras, já que esses são relatos da experiência popular de um povo; aumentando assim a beleza do que está sendo celebrado.
B. Acredito que esse número é uma novidade, por mais que na diocese tem-se muitos cantores, e com excelentes vozes, falta uma pastoral do canto. Falta pessoas que ajudam a trabalhar o canto na liturgia. Muitos cantos não são conhecidos do povo; ou quando são, são sempre repetidos, não respeitando o tempo litúrgico; ou há um exagero nos instrumentos, não incentivando as vozes e não promovendo uma liturgia que vai de encontro com a liturgia celeste. 
7. Sobre o capítulo 7 da SC (14 de Abril): esse capitulo se dedica a apresentar a importância da arte sacra e sua evolução.
A. Esse capitulo como um todo é o que mais me interessa, uma vez que gosto muito de artes. Mas destaco três números; 123, 124 e 129.
B. Essa prática definitivamente é a menos seguida na diocese, pode-se contar em uma mão o número de igrejas que foram construídas levando em consideração esse critério. Aqui não digo que as igrejas devam ser renascentistas ou barrocas, mas nem mesmo igrejas modernas formam um conjunto harmonioso. Não há uma formação no seminário que proporciona o estudo da arte, muitos seminaristas acreditam que arte é só períodos citados acima; mas arte leva em consideração a história de uma comunidade, muitas vezes não é a arte que mais agrada um padre, mas que retrata a história de um povo (espero que fica em off padre, mas é a minha crítica com relação a reforma das de Santa Isabel e do Caiuby, foram igrejas construídas de acordo com a história do povo e tinha um significado litúrgico). Falta uma comissão litúrgica de arte na diocese, as construções são feitas de forma irregular; é valido ressaltar que nem todas as comunidades tem condição financeira para construir grandes arquiteturas, mas ai entraria o trabalho da pastoral de arte diocesana. Ela encontraria, os meios mais baratos e acessíveis de construir uma igreja digna artisticamente e liturgicamente.
8. Sobre o texto do Boróbio p.147 a 159 (15 de Abril): o texto aborda as iniciativas para a implantação das declarações apresentadas na SC.
A. O mais interessante desse texto é a apresentar a proposta de criação da Comissão para Implementação da Constituição sobre a Liturgia, conhecido como Consilium em 1954. Este foi órgão responsável pela orientação e por colocar em prática a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, na preparação dos novos livros litúrgicos, assessorado pela Sagrada Congregação de Ritos.
B. Acredito que a preocupação de São Paulo VI, conforme o texto apresenta de um liturgia pós-conciliar que tenha um sentido do sagrado e proporcione uma experiência de oração mística, vai de encontro com a afirmação de Karl Rahner: ou os cristãos de hoje são místicos, ou não são cristãos. Essa experiência mística não é um ascetismo, mas uma resposta encarnada as dificuldades do dia-a-dia da mesma maneira que Jesus e seus discípulos enfrentaram. Acredito que essa preocupação tem sido o grande desafio não só da diocese de Mogi, mas de toda a Igreja; hoje encontramos muitos cristãos presos apenas a simbologia, não conseguem ir além do símbolo: isso se observa, quando desejam a voltar a um período da Igreja que já não responde mais aos desafios do nosso tempo.

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