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DINÂMICA DOS CORPOS RÍGIDOS U1 - CINEMÁTICA PLANAR DE CORPOS RÍGIDOS S3 – Movimento Relativo 1.3 Movimento relativo O movimento geral no plano de um corpo rígido é dado por uma combinação de translação e rotação. A análise do movimento relativo simplifica a descrição desses movimentos É formulada através da utilização de uma referência fixa (sistema de coordenadas x, y), que indica a posição absoluta de dois pontos A e B, e de uma referência móvel (sistema de coordenadas x’, y’), que acompanha o ponto A e se move em relação à referência fixa. 1.3 Movimento relativo Coordenadas fixas: x,y Coordenadas móveis: x’,y’ 1.3 Movimento relativo Em relação ao sistemas de coordenadas fixo, temos: 1.3 Movimento relativo Vamos exemplificar com o movimento realizado pela barra através do espaço. O ponto A desloca-se em A enquanto que o ponto B desloca-se em . 1.3 Movimento relativo Observando a figura vemos que a barra realiza dois movimentos distintos, um de TRANSLAÇÃO e outro de ROTAÇÃO. 1.3 Movimento relativo O movimento completo pode ser descrito como uma translação do ponto A, realizando um deslocamento da referência móvel em relação à referência fixa. O ponto B da barra, por sua vez, sofre um movimento de rotação em torno do referencial móvel, em torno do ponto A, girando uma quantidade angular dθ , fazendo com que o ponto B’ sofra um deslocamento relativo , movendo-se até a sua posição final B. 1.3 Movimento relativo Finalmente, tem-se que o deslocamento do ponto B, que, devido à translação e rotação, é dado pela soma dos deslocamentos (devido à translação) e (devido à rotação, com módulo ): As velocidades dos pontos A e B são determinadas pela derivada da equação de posição: 1.3 Movimento relativo Assim temos: Substituindo na equação da velocidade: 1.3 Movimento relativo Para aceleração, fazemos raciocínio análogo, assim temos: 1.3 Movimento relativo Centro instantâneo de velocidade nula 1.3 Movimento relativo Rotação do sistema de coordenadas A posição de dois pontos A e B é especificada pelos vetores e , respectivamente, que são calculados em relação ao sistema de coordenadas fixo X, Y, Z. O ponto A é a origem do sistema de coordenadas x, y, z que tem movimento de translação e rotação em relação ao sistema X, Y, Z. 1.3 Movimento relativo A posição de B é obtida realizando a adição vetorial dos vetores apresentados: A posição relativa de B em relação a A é determinada pelo vetor posição relativa . Em relação ao sistema móvel x, y, o ponto B tem as coordenadas (xB,yB), portanto: 1.3 Movimento relativo C 1.3 Movimento relativo Velocidade do ponto B A velocidade angular da referência x, y, z calculada em relação à referência X, Y, Z é dada por: 1.3 Movimento relativo 1.3 Movimento relativo é a aceleração absoluta do ponto B, observada a partir do sistema X, Y, Z; é a aceleração absoluta da origem do sistema x, y, z, observada a partir do sistema X, Y, Z; é o efeito de aceleração angular causado pela rotação do sistema x, y, z, observado a partir do sistema X, Y, Z; é o efeito da velocidade angular causado pela rotação do sistema x, y, z, observado a partir do sistema X, Y, Z; é o efeito combinado do ponto B deslocando-se em relação ao sistema x, y, z e da rotação do sistema x,y,z; é a aceleração do ponto B em relação ao ponto A, observado a partir do sistema x, y, z. 1.3 Movimento relativo é conhecida como força centrípeta é conhecida como força de Corioli 1.3 Movimento relativo Exemplo de aplicação: Um mecanismo metálico tem formato de disco e gira com velocidade angular constante de 2 rad/s no sentido positivo (anti-horário). Será fixado sobre ele um sensor de massa 100 g, a uma distância de 1,25 m do centro do disco. Para decidir de que modo o sensor será fixado sobre o mecanismo, o engenheiro responsável precisa saber a que força ele estará submetido. 1.3 Movimento relativo Exemplo de aplicação: A equação da força efetiva é dada pela seguinte relação, considerando o ponto A o centro do disco e o ponto B o local de instalação do sensor: Considerando o referencial fixo com o solo e o referencial não inercial como sendo o mecanismo girante, o centro seria a origem do sistema, que permanece fixa, sem transladar. Como a velocidade angular é constante, isso significa que .. Como o centro do mecanismo está fixo, isso significa que , assim como . 1.3 Movimento relativo Dessa forma, temos: . Para e (note que a posição angular exata do sensor não foi informada, mas não afeta o resultado final, então, definimos arbitrariamente a posição inicial na direção do eixo x), temos:
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