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APOSTILA_2020_-_Operacional_-_Tristar (1)

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TRANSPORTE AÉREO DE ARTIGOS PERIGOSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DANGEROUS GOODS REGULATION 2020 
 61 th Edition 
Versão – 3.0 
 
Revisada: 
 
Leandro Barucci – Taffarel 
 
Data da Revisão 
 
04/01/2020 
 
 
ÍNDICE 
Sumário 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 
CRITÉRIOS GERAIS ......................................................................................................... 4 
TREINAMENTO ........................................................................................................... 5 
CATEGORIA DE TREINAMENTO CONFORME A ATIVIDA DESEMPENHADA ................................................ 6 
1.0 DEFINIÇÃO DE ARTIGOS PERIGOSOS ................................................................................ 7 
1.1 ÓRGÃOS REGULADORES ............................................................................................. 8 
RESPONSABILIDADES ................................................................................................... 10 
SEGURANÇA DA CARGA AÉREA ........................................................................................ 12 
2.0 LIMITAÇÕES ........................................................................................................ 15 
2.8 Variações dos Países e dos Operadores Aéreos .............................................................. 27 
3.0 CLASSIFICAÇÃO .................................................................................................... 29 
4.0 IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................... 36 
7.0 MARCAÇÕES E ETIQUETAGEM ..................................................................................... 42 
8.0 DOCUMENTAÇÃO ................................................................................................. 46 
9.0 MANUSEIO ......................................................................................................... 54 
9.5 NOT IF ICAÇÃO AO COMANDANTE - N O T O C ........................................................ 62 
9.6 NOT I F I C A Ç Ã O DE O C ORRÊNC I A COM A R T I G O S PER I GOSOS .......................................... 64 
9.6 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ............................................................................... 67 
 BIBLIOGRAFIA .............................................................................. 76 
 
3 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Seja bem-vindo ao treinamento em Transporte Aéreo de Artigos Perigosos 
do Centro de instrução Tri-Star. Por favor, sinta-se à vontade para folhear esta 
apostila enquanto o treinamento não começa. Ela deverá ser usada para 
consulta durante os exercícios e prova final, além do manual de artigos 
perigosos da IATA ou DOC 9284- AN905. 
 
Fique tranquilo, a Tri-Star acumula anos de experiência no setor de manuseio 
de cargas e atendimento a passageiros e investe muito na formação e 
atualização de seus instrutores. Nosso centro de instrução conta com 
infraestrutura completa para garantir a qualidade de nossos treinamentos. 
Estamos felizes em tê-lo em uma de nossas salas. Aproveite! 
 
Ah, mais uma coisa: Nossos instrutores estão ansiosos para tirar todas as suas 
dúvidas sobre artigos perigosos, seja você colaborador Tri-Star ou de outra 
empresa. Sinta-se à vontade para levantar a mão a qualquer tempo para tirar 
sua dúvida. Caso o instrutor não possa ou não saiba responder no momento, 
ele se empenhará ao máximo para trazer a informação correta à tona. Agora 
sim, aproveite! 
 
 
 
 
 
 
Tri-Star Serviços Aeroportuários Ltda. 
Centro de Instrução 
Departamento de Artigos Perigosos 
 
CRITÉRIOS GERAIS 
 
O transporte aéreo de artigos perigosos requer, por sua complexidade, que 
todos os indivíduos no processo sejam treinados e conscientizados sobre os 
riscos envolvidos neste transporte. Isto somente é possível se forem mantidos 
os treinamentos para a formação inicial e periódica relacionados ao transporte 
de artigos perigosos para todos os envolvidos. 
 
O objetivo do treinamento, em qualquer categoria é, acima de tudo, garantir 
que os alunos percebam o significado de uma palavra chave: Segurança! 
 
Transportar um artigo perigoso de maneira não apropriada ou negligente pode 
causar sério risco à segurança: 
 
• Operacional :Operações de solo como armazenagem, carregamento e 
descarregamento de aeronaves bem como operações em voo 
como decolagem e aterrisagem; 
 
• Corporativa: Bens de propriedade das empresas como 
equipamentos, documentos e instalações, bem como recursos 
humanos; 
 
• Pessoal: O mais importante aspecto do transporte aéreo de artigos 
perigosos: sua segurança, a dos seus colegas de trabalho, 
passageiros, tripulantes e comunidade em geral. 
 
Por esta razão você está participando deste treinamento, para tomar 
conhecimento dos aspectos relacionados a artigos perigosos em seu trabalho e 
para se conscientizar sobre a importância de se observar e seguir a 
regulamentação, nacional e internacional, que envolve o assunto. 
 
Será ministrada uma aula expositiva com exercícios durante a aula. Ao final do 
treinamento será aplicada uma prova final. Você deve atingir um mínimo de 
80% de acertos para ser aprovado. Um curso de atualização deverá ser 
ministrado em até 24 meses. 
5 
 
 
 
TREINAMENTO 
O treinamento em transporte aéreo de artigos perigosos é dividido em 17 
categorias, cada uma correspondendo a uma função ou um grupo de funções 
na cadeia de transporte. Veja abaixo uma tabela contendo o conteúdo dos 
treinamentos e o pessoal a ser treinado: 
 
 
 
APÊNDICE A – CURRÍCULO SUGERIDO PARA O CURSO DE ARTIGOS PERIGOSOS 
 
Expedidores 
Aspectos do transporte de artigos e 
perigosos por via aérea que devem embaladores 
 
 
Agências de carga 
 
Operadores aéreos e agentes de 
manuseio em terra 
 
Agentes de 
proteção 
ser observados por todos os 
envolvidos 
Categorias de funcionários 
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
Filosofia geral x x x x x x x x x x x x 
Limitações 
Requisitos gerais para expedidores 
Classificação 
x 
x 
x 
 
 
x 
x 
x 
x 
x x x 
x 
x 
x x x x x x 
 
x 
Lista de Artigos Perigosos 
Requisitos de embalagem 
Etiquetagem e marcação 
x 
x 
x 
x 
x 
x 
x 
x 
x 
 
 
x 
 
 
x 
x 
x 
x 
 
 
x 
 
 
x 
 
 
x 
x 
 
x 
 
 
x 
 
 
x 
Documentação 
Procedimentos de aceitação 
x x x x 
x 
x 
Reconhecimento de artigo 
perigoso não declarado 
x x x x x x x x x x x x 
Procedimentos de armazenagem e 
carregamento 
 
x x 
 
x 
 
x 
 
Notificação ao comandante x x x 
Provisões para passageiros e 
tripulantes x x x x x x x x x x x x 
Procedimentos de emergência x x x x x x x x x x x x 
 
CATEGORIA DE TREINAMENTO CONFORME A 
ATIVIDA DESEMPENHADA 
 
1 — Expedidores e pessoas que assumem as responsabilidades dos expedidores, incluindo os funcionários dos 
operadores aéreos que atuam como expedidor de COMAT classificado como artigo perigoso. 
2 — Pessoas responsáveis pelo preparo da embalagem com artigo perigoso - embalador. 
3 — Funcionários das agências de carga aérea envolvidos no processamento de artigos perigosos. 
4 — Funcionários das agências de carga aérea envolvidos no processamento da carga e mala postal (exceto artigos 
perigosos). 
5 — Funcionários das agências de carga aérea envolvidos no manuseio, armazenagem e capatazia da carga ou mala 
postal. 
6 — Funcionários dos operadores aéreos e agentes de manuseio em terra que realizam procedimento de aceitação de 
artigos perigosos. 
7 — Funcionários dos operadores aéreos e agentes de manuseio em terra que realizam procedimento de aceitação de 
carga ou mala postal (exceto de artigos perigosos). 
8 — Funcionários dos operadores aéreos e agentes de manuseio em terra, envolvidos no manuseio, na armazenagem 
e na capatazia de carga ou mala postale bagagem. 
9 — Funcionários de atendimento aos passageiros. 
10 — Membros da tripulação técnica (pilotos e mecânicos de voo), supervisores de carregamento, planejadores de 
carregamento e encarregados de operações de voo/despachantes de voo. 
11 — Membros da tripulação de cabine (comissários). 
12 — Funcionários de segurança encarregados da inspeção dos passageiros e tripulantes, incluindo suas bagagens, e 
da carga ou mala postal. 
7 
 
 
APÊNDICE B - CURRÍCULO SUGERIDO PARA CURSOS DE OPERADORES AÉREOS 
NÃO AUTORIZADOS A TRANSPORTAR ARTIGOS PERIGOSOS COMO CARGA OU 
MALA POSTAL 
 
 
Currículo 
Categorias de funcionários 
 
 
 
 
 
 
Reconhecimento de artigos perigosos não 
declarados 
 
x x x x x 
Provisões para passageiros e tripulantes x x x x x 
Procedimentos de emergência x x x x x 
CATEGORIAS 
 
13 — Funcionários dos operadores aéreos e agentes de manuseio em terra que realizam procedimento de aceitação de 
carga ou mala postal (exceto de artigos perigosos). 
14 — Funcionários dos operadores aéreos e agentes de manuseio em terra envolvidos no manuseio, armazenagem e 
capatazia de carga ou mala postal e bagagem. 
15 — Funcionários de atendimento aos passageiros. 
16 — Membros da tripulação técnica (pilotos e mecânicos de voo), supervisores de carregamento, planejadores de 
carregamento e encarregados de operações de voo/despachantes de voo. 
17 — Membros da tripulação de cabine (comissários). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.0 DEFINIÇÃO DE ARTIGOS PERIGOSOS 
Artigo perigoso significa artigo ou substância que, quando 
transportado por via aérea, pode constituir risco à saúde, à 
segurança, à propriedade e ao meio ambiente e que figure na Lista 
de Artigos Perigosos – TABELA 3-1 do DOC. 9284-AN/905 ou tabela 
4.2 do manual DGR. 
 
 13 14 15 16 17 
Filosofia geral x x x x x 
Limitações x x x x x 
Etiquetagem e marcação 
Documentação 
x 
x 
x x x x 
 
Agência Internacional de Energia Atômica: Agência responsável 
por elaborar recomendações para o transporte de material radioativo. 
 
Organização das Nações Unidas (ONU): É uma organização 
internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para 
trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais. Um subcomitê de 
especialistas em transporte de artigos perigosos publica 
recomendações para este transporte em todos os modais, com 
exceção de material radioativo 
 1.1 ÓRGÃOS REGULADORES 
Nesta seção você conhecerá as organizações e autoridades que estão 
relacionadas à regulamentação do transporte de artigos perigosos. As mais 
importantes são as seguintes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização da Aviação Civil Internacional: É uma agência 
especializada da ONU, criada em 1944 sob a assinatura da 
Convenção da aviação Civil Internacional (Convenção de 
Chicago). Desenvolve práticas padrões internacionais para 
aviação, refletidas em 19 anexos à convenção de Chicago. 
Baseado no anexo 18 (Transporte Seguro de Artigos Perigosos 
pelo Ar) publica as Instruções Técnicas para o Transporte de 
Artigos Perigosos pelo Ar, conhecido também como DOC 9284- 
AN905, sempre em anos ímpares. 
 
Associação Internacional do Transporte Aéreo: Associação 
internacional de Transportadoras Aéreas. Possui 260 membros e 
representa 84% do tráfego aéreo mundial. Publica anualmente o 
Regulamento de Artigos Perigosos (DGR), que abrange todo o 
conteúdo do DOC 9284 além de requerimentos mais restritivos e 
instruções operacionais voltadas aos padrões da indústria. 
9 
 
 
 
Comissão Nacional de Energia Nuclear: Comissão 
responsável pelos procedimentos de transporte de 
material radioativo em todos os modais. 
 
 
 
 
 
Agência Nacional da Aviação Civil: A ANAC é uma autarquia 
especial, com independência administrativa, personalidade 
jurídica própria, patrimônio e receitas próprias para executar 
atividades típicas da Administração pública. É a autoridade 
brasileira responsável pela regulação do transporte aéreo de 
artigos perigosos. Publica o Regulamento Brasileiro da Aviação 
Civil 175 (RBAC-175) que estabelece os requisitos aplicáveis ao 
transporte aéreo doméstico e internacional de artigos perigosos 
em aeronaves civis registradas ou não no Brasil, e a qualquer 
pessoa que executa, que intenciona executar ou que é 
requisitada a executar quaisquer funções ou atividades 
relacionadas ao transporte aéreo de artigos perigosos. É 
complementada pelas Instruções Suplementares 175-001, 175- 
002, 175-003, 175-004, 175-005, 175-006, 175-007 , IS 175-008, 
IS 175-009, IS 175-010 e IS 175-011. 
É recomendável consultar de tempos em tempos o site 
pois a ANAC tem feito atualizações constatntes no site. 
www.anac.gov.br/artigoperigoso 
 
 
Governo Federal Brasileiro: O Governo Brasileiro 
estabelece, através do Código Brasileiro de Aeronáutica 
(Lei 7.565 de 19 de Dezembro de 1986) as regras 
referentes ao transporte aéreo no Brasil, inclusive os 
requisitos para expedidores, agências de carga, 
operadores aéreos, funcionários do sistema de aviação 
civil e seus representantes, bem como passageiros e 
tripulantes. 
 RESPONSABILIDADES 
A segurança do transporte aéreo de artigos perigosos requer que todos os 
envolvidos entendam e cumpram suas responsabilidades de forma plena. 
Nesta seção você conhecerá as responsabilidades do expedidor de carga 
aérea contendo artigos perigosos e do operador aéreo que transportará esta 
carga. 
 
1.3 Responsabilidades do expedidor de carga aérea: 
 
É obrigação do expedidor de carga aérea ou de qualquer pessoa que 
atue como intermediário entre o expedidor e o operador de transporte 
aéreo assegurar que todos os requisitos aplicáveis ao transporte aéreo 
sejam cumpridos, entre eles certificar-se que o artigo perigoso oferecido 
para o transporte aéreo: 
 
(1) Classificar o produto e verificar se o mesmo é considerado artigo 
perigoso; 
(2) Em caso de o artigo ser considerado perigoso, verificar se o mesmo 
é permitido para transporte aéreo; 
(3) Identificar, classificar, embalar, marcar, etiquetar e preparar a 
documentação pertinente conforme normas nacionais e 
internacionais aplicáveis. 
 
(4) O expedidor deve providenciar o transporte terrestre de artigo 
perigoso em conformidade com as pertinentes normas da Agência 
Nacional de Transportes Terrestres – ANTT. 
(5) Ao preparar cada embalagem de artigos perigosos o expedidor deve: 
 
(a) Observar o conjunto de requisitos de embalagem adequado ao tipo 
que será utilizado; e 
 
(b) Assegurar-se de invalidar todas as etiquetas e marcas de artigos 
perigosos não apropriadas antes de voltar a utilizar a embalagem ou sobre 
embalagem autorizada. 
 
(6) Assegurar que todas as pessoas envolvidas no processamento de 
artigos perigosos tenha sido devidamente treinada e disponibilizar 
todas as informações necessárias aos mesmos. 
 
 
 
11 
 
 
 
1.4 Responsabilidades do operador de transporte aéreo: 
 
O operador de transporte aéreo está proibido de transportar artigos perigosos, 
a menos que sejam aceitos, manuseados e transportados de acordo com os 
regulamentos nacionais e internacionais. 
 
São obrigações do operador aéreo: 
 
1. Aceitação da carga: Seguir os procedimentos e exigências da 
regulamentação nacional e internacional para aceite de cargas; 
 
2. Armazenagem: Providenciar e/ou garantir a correta armazenagem de 
artigos perigosos no terminal de cargas; 
 
3. Carregamento: Garantir que os produtos perigosos sendo embarcado 
sejam corretamente carregados e segregados nos compartimentos 
de carga. 
 
4. Inspeção: Garantir que não há avarias ou sinal de violação nas 
embalagens contendo artigos perigosos. Certificar-se que os 
responsáveis por cada etapa estejam desempenhando suas funções 
de acordo com o estipulado em legislação e treinamentos. 
 
5. Providenciar informação a respeitodo produto, incluindo medidas de 
emergência; 
 
6. Reportar acidentes e incidentes: Observar os prazos máximos para 
reporte de incidentes e acidentes, provendo informações com maior 
precisão possível; 
 
7. Manutenção de informação a respeito do embarque: Manter as 
informações sobre embarque atualizadas e disponíveis para fácil 
consulta; 
 
8. Treinamento: Garantir que seus funcionários e representantes sejam 
treinados de acordo com os requisitos da ANAC e executem suas 
funções de modo integralmente correto. 
 
A lista completa de responsabilidades do expedidor e do operador, 
bem como do operador de terminal de cargas encontra-se no RBAC 
175-000 da seção 175.13 até 175.21. ou consultar o site 
www.anac.gov.br/artigoperigoso. 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA DA CARGA AÉREA 
Artigos perigosos sendo entregues para transporte aéreo devem ser 
submetidos aos controles estabelecidos pelos programas de segurança 
nacionais e internacionais. 
 
No Brasil há o Plano Nacional de Segurança contra Atos de Interferência Ilícita, 
baseado no anexo 17 da ICAO à convenção de Chicago. Este documento 
estabelece, entre outras coisas: 
 
• A carga aérea, antes de ser embarcada, deve ser submetida a controle de 
segurança no processo de aceitação, armazenamento e carregamento. 
• A administração aeroportuária e a empresa aérea devem exigir, no 
momento da aceitação da carga, a comprovação documentada de que 
medidas de controle de segurança foram adotadas desde a sua origem 
até o seu recebimento, conforme atos normativos da ANAC. 
• A responsabilidade pela segurança da carga, incluindo sua inspeção, é da 
empresa aérea. 
• A administração aeroportuária, quando fiel depositária, será responsável 
pela segurança da carga até sua entrega à empresa aérea. 
• Art. 202. Os procedimentos de inspeção podem ser baseados no 
conceito de expedidores reconhecidos e de agentes de carga acreditados 
pela ANAC. 
• O processo de inspeção de carga deve contemplar meios apropriados e 
de aleatoriedade, conforme atos normativos da ANAC. 
• Parágrafo único. Em situação de ameaça, medidas adicionais de 
segurança devem ser adotadas. 
• Toda carga expressa, correios, encomendas de serviço de mensageiro e 
serviço de courier, antes de embarcados em aeronave de passageiros, 
devem ser inspecionados conforme atos normativos da ANAC. 
• Carga aérea, encomenda de serviço de mensageiro, serviço de courier, 
carga expressa e correios devem ser manuseados e movimentados em 
ambiente seguro e ter vigilância permanente. 
• Malas postais, carga em geral, carga expressa, serviço de courier e 
malotes a serem expedidos devem ser previamente conferidos quanto à 
sua segurança pelos agentes credenciados responsáveis pela expedição, 
antes de serem entregues à empresa aérea. 
• O agente de carga acreditado pela ANAC deve assegurar que controles 
de segurança tenham sido realizados, desde a origem da carga até a sua 
armazenagem ou, quando permitido, até o despacho imediato para o 
voo. 
 
 
 
 
13 
 
 
 
• O agente postal, em consonância com sua legislação e com a de proteção 
da aviação civil, deve estabelecer controles de segurança, desde a coleta 
até o embarque de suas remessas postais. 
 
• A administração aeroportuária deve supervisionar a aplicação dos 
controles de segurança da carga. 
• Volumes suspeitos, sem condições de serem inspecionados e aqueles 
recebidos fora dos canais normais de processamento de carga devem ser 
recusados. 
• Na área destinada ao depósito de carga, somente será permitido o 
acesso aos interessados nas atividades de comércio exterior devidamente 
autorizados e às pessoas envolvidas nas tarefas de controle, proteção e 
manuseio dos bens armazenados. 
• As instalações utilizadas para recebimento, armazenagem e despacho de 
carga aérea, mala postal, malote, bagagens, encomenda de serviço de 
mensageiro e serviço de courier devem ser protegidas contra o acesso 
não autorizado. 
• Qualquer volume abandonado será considerado suspeito e tratado como 
tal. 
 
1.7.3 Artigos perigosos de alta consequência 
 
Artigos perigosos de alta consequência são aqueles que podem ser usados em 
um evento terrorista para produzir sérias consequências como destruição em 
massa. A tabela na página seguinte apresenta a lista de artigo perigosos de 
alta consequência: 
 
TABELA 1.7.A 
LISTA INDICATIVA DE ARTIGOS PERIGOSOS DE ALTA CONSEQUÊNCIA 
Classe 1 Divisão 1.1 ; Divisão 1.2 ; Divisão 1.3 grupo de compatibilidade C ; Divisão 1.4 UN0104, 
UN0237, UN0255, UN0267, UN0289, UN0361, UN0365, UN0366, UN0440, UN0441, UN0445, 
UN0456, UN0500 e Divisão 1.5 
Classe 2 Divisão 2.3 gases tóxicos (excluindo aerossóis) 
Classe 3 Explosivos insensibilizados 
Classe 4 Divisão 4.1 explosivos insensibilizados 
Classe 6 Divisão 6.1 substâncias do Grupo de embalagem I; exceto quando transportadas sob as 
disposições de quantidade limitada (Ver seção 2.6 do manual DGR) 
Classe 6 Divisão 6.2 substâncias infecciosas de categoria A (UN2814 e UN2900) 
Classe 7 Materiais Radioativos com atividade igual ou maior do que o limite de segurança 
de transporte de 3,000 o valor de A2 por embalagem simples, com exceção 
daqueles listados na tabela 1.6.B do manual de Artigos Perigosos da IATA 
(Dangerous Goods Regulations 
 Planos de segurança 
 
Operadores, expedidores e outros (incluindo gerentes de infraestrutura) 
envolvidos no transporte de artigos perigosos de alta consequência devem 
adotar, implementar e cumprir planos de segurança contra atos de interferência 
ilícita. No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil estabelece os 
requerimentos para o plano de segurança para cada segmento da aviação: 
 
PNAVSEC - Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil contra Atos de 
Interferência Ilícita; 
 
PNCAVSEC - Plano Nacional de Contingência de Segurança da Aviação Civil 
contra Atos de Interferência Ilícita; 
PNCQ/AVSEC - Programa Nacional de Controle de Qualidade de Segurança 
da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita; 
 
PNIAVSEC - Programa Nacional de Instrução de Segurança da Aviação Civil 
contra Atos de Interferência Ilícita; 
 
PSA - Programa de Segurança Aeroportuária; 
 
PSACA - Programa de Segurança de Agente de Carga Aérea; 
 
PSESCA - Plano de Segurança de Empresa de Serviços Auxiliares ou 
Concessionários; 
 
PSOA - Programa de Segurança de Operador Aéreo; 
 
A segurança da carga aérea contra atos de interferência ilícita deve ser 
prioridade no manuseio de cargas contendo artigos perigosos, bem como toda 
carga aérea. A inspeção de carga deve ser realizada pelo operador aéreo 
através de equipamentos de Raios-X, Agentes de proteção da aviação civil, 
formulários de controle, procedimentos de reporte de incidentes e acidentes e 
identificação de sinais suspeitos. 
 
O operador do terminal de cargas deve prover sistema de monitoração das 
dependências do TECA, barreiras de segurança, credenciamento de pessoal, 
controle de cursos AVSEC e qualquer outra medida para coibir atos de 
interferência ilícita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
2.0 LIMITAÇÕES 
 
Nesta seção, você conhecerá as limitações ao transporte aéreo de artigos 
perigosos. Alguns artigos perigosos são: 
 
 
 
 
 
 2.1 Artigos perigosos proibidos para transporte 
 
“É proibido o transporte em aeronaves civis, de substâncias suscetíveis 
de explodir, reagir perigosamente, produzir chamas ou produzir, de 
maneira perigosa, calor ou emissões de gases ou vapores tóxicos, 
corrosivos ou inflamáveis nas condições que se observam habitualmente 
durante o transporte” 
 
No item 2.1.1 do manual de DGR encontramos informações a respeito dos 
artigos perigosos proibidos sob qualquer circunstância e no item 2.1.2 aqueles 
que são proibidos porém podem receber uma isenção dos governos 
envolvidos. 
 
• Estado de origem – Estado onde o artigo perigoso foi embarcado 
inicialmente; ou 
• Estado do Operador Aéreo – Estado da bandeira do transportador; ou 
• Estado dedestino – Estado onde o artigo perigoso será desembarcado e 
entregue ao consignatário. 
 
Consulte a IS 175-008 para os procedimentos de aprovação e isenção no 
transporte de artigos perigosos. 
 
Definições utilizadas na IS 175-008. 
 
5.1.1. aprovação para transporte de artigo perigoso – aprovação (approval): autorização 
outorgada pela autoridade nacional competente para: 
 
a) transportar artigos perigosos proibidos por aeronaves de passageiros ou de carga, 
quando as Instruções Técnicas estabelecem que tais artigos podem ser transportados 
mediante uma aprovação; ou 
 
b) outros fins especificados nas Instruções Técnicas; 
 
Nota: caso não haja uma referência específica nas Instruções Técnicas que permita a 
outorga de uma aprovação, pode-se considerar a outorga de uma isenção. 
 
 
Permitidos somente em aeronaves cargueiras 
 
5.1.7. isenção para transporte de artigo perigoso – isenção (exemption): toda autorização, 
que não seja uma aprovação, outorgada pela autoridade nacional competente que exima 
o requerente de algo previsto nas Instruções Técnicas ou no RBAC n° 175; 
 
Nota 1: a presente IS contempla procedimentos para isenção que autorize o requerente a 
expedir ou transportar artigo perigoso proibido em circunstâncias normais ou, ainda, 
expedir ou transportar artigo perigoso de maneira distinta àquela indicada para cada tipo 
de objeto ou substância presente na Lista de Artigos Perigosos. Em adição aos 
procedimentos aqui descritos, uma isenção de um requisito do RBAC n° 175 deverá ser 
tratada de acordo com os procedimentos do RBAC n° 11. 
 
Nota 2: as condições para a outorga de Isenções constam em 11.1 desta IS. 
 
 
 O formulário a ser preenchido para solicitação de uma aprovação ou uma 
isenção encontra-se no Apêndice A da IS 175-008. 
 
2.2 Artigos perigosos ocultos 
 
Você aprendeu nas páginas anteriores que, para ser transportado, um artigo 
perigoso deve obedecer a uma série de exigências e regras rígidas, criadas e 
fiscalizadas por órgãos e agências nacionais e internacionais. 
 
Contudo, com frequência ocorre que um artigo perigoso pode passar por você 
e não estar declarado, ou mesmo estar ocultado em uma mala ou carga. 
Por essa razão devemos ser capazes de reconhecer um artigo perigoso que 
não tenha sido declarado ou esteja oculto bem como orientar passageiros e 
tripulantes sobre as limitações do transporte de artigos perigosos. 
 
Os seguintes métodos podem ser utilizados: 
 
a) Inspeção física, 
b) Inspeção documental 
c) Inspeção através de raio-X 
d) Método embarcado conhecido/Desconhecido 
 
Podem ser consultados documentos usados no transporte terrestre, por 
exemplo a ficha de emergência, ou outros documentos como a Ficha de 
Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) ou a MSDS. 
Consulte o item 14 da FISPQ ou MSDS. 
 
A experiência tem mostrado que quando expedidores oferecem para transporte 
carga contendo os itens da lista a seguir, eles devem ser questionados sobre o 
conteúdo que estão entregando, e deve ser inclusa no conhecimento aéreo 
uma afirmação “Nenhuma parte desta carga contém artigos perigosos”. 
 
 
 
 
17 
 
 
Estes são apenas alguns exemplos de artigos perigosos que podem não estar 
declarados ou ocultos em uma carga. Note que em todos os exemplos, o que 
se tem são declarações genéricas, sem detalhes a respeito do item. Procure 
sempre inspecionar a carga ou bagagem em busca de sinais de congelamento, 
vazamento, odores fora do comum, fumaça, calor, desequilíbrio no peso da 
carga ou qualquer outro sinal que possa indicar a presença de artigo perigoso 
não declarado. 
 
TABELA 2.2 ) ARTIGOS PERIGOSOS OCULTOS OU NÃO DECLARADOS 
DESCRIÇÃO DO 
ARTIGO 
CONTEÚDO POSSÍVEL E QUE DEVE SER AVERIGUADO 
Acampamento, 
Material de 
(camping) 
Gases inflamáveis (butano, propano etc.), líquidos inflamá- 
veis(querosene, gasolina, álcool etc.), sólidos inflamáveis 
(hexamina, fósforos, etc.). 
AOG, 
Aircraft on 
ground 
Explosivos, geradores químicos de oxigênio, cilindros de gás 
comprimido (oxigênio, dióxido de carbono, nitrogênio 
ou extintores de incêndio). 
 
Automóveis e 
partes 
Motores, carburadores, tanques de combustível, baterias 
úmidas, gases comprimidos em dispositivos para inflar 
pneumáticos, extintores de incêndio, air bag, módulos de ar 
comprimido, cintos de segurança acionados por detonadores 
explosivos, etc. 
 
Bagagem ou 
bagagem 
desacompanha- 
da 
Fogos de artifício, líquidos inflamáveis para uso 
doméstico, limpadores corrosivos para fornos, 
gás ou líquido inflamável para isqueiros ou 
para reposição de botijões de acampamento, 
fósforos, munição, tira manchas, aerossol (os 
não permitidos na limitação a Passageiros). 
Caixas de 
ferramentas 
Explosivos, gases comprimidos, aerossol, gases 
Inflamáveis (cilindros de butano), tintas e 
adesivos inflamáveis, líquidos corrosivos etc. 
Cenografia, 
espetáculos e 
efeitos especiais 
Substâncias inflamáveis, explosivos e outros materiais 
perigosos 
Cilindros Pode se referir a gás comprimido ou líquido. 
 
COMAT 
Company 
Material 
Gases comprimidos tais como oxigênio, dióxido de 
carbono e nitrogênio, isqueiros de gás, aerossol, extintores 
de incêndio, líquidos inflamáveis (combustíveis, tintas 
e colas), outros artigos tais como sinalizadores, conjunto de 
primeiros socorros, conjunto de sobrevivência, fósforos, 
materiais magnetizados etc. 
Combustíveis Líquidos, sólidos ou gases inflamáveis. 
Consolidações Qualquer uma das nove classes da UN. 
 
 
 
 
 
 B.4 Pictogramas GHS 
 
Para assegurar a informação sobre os perigos que os produtos químicos 
oferecem aos seres humanos, animais e ao meio ambiente durante o 
manuseio, o transporte e o seu uso, o GHS – (Globally Harmonized System) da 
ONU defende a aplicação dos pictogramas abaixo nos rótulos e embalagens 
únicas utilizadas. Dessa forma, apresentam grande importância no processo de 
reconhecimento de artigos perigosos ocultos. 
 
 
 
 2.3 Artigos perigosos permitidos a passageiros e tripulantes 
 
Passageiros e tripulantes não podem carregar artigos perigoso a bordo, esteja 
ele em mala de mão, mala despachada ou junto ao corpo, com exceção do que 
se apresenta na relação abaixo: 
 
1. Bebidas alcóolicas que não excedam 70% de álcool em recipientes com 
capacidade de até 1l, não excedendo o total de 5 litros, quando 
transportados por passageiro ou tripulante como bagagem de mão ou 
despachada; 
 
2. Artigos medicinais não radioativos ou artigos de toucador-incluindo os 
aerossóis- transportados como bagagem de mão ou despachada A 
quantidade total líquida de todos os artigos referenciados transportados 
por um único indivíduo não poderá ser superior a 2 kg ou 2 l, não 
podendo a quantidade líquida de qualquer artigo individual ultrapassar 
500 g ou 500 ml. As válvulas de descompressão desses aerossóis 
devem estar protegidas por uma cápsula ou outro meio adequado, para 
se evitar a liberação involuntária de seu conteúdo. Tais artigos incluem 
produtos como atomizadores, perfumes, colônias e medicamentos que 
contenham álcool; 
 
3. Pequenas garrafas de dióxido de carbono gasoso utilizadas por 
passageiros para acionamento de membros mecânicos. Podem ser 
transportadas garrafas de reposição, de tamanho similar, para garantir o 
adequado suprimento durante o tempo de duração da viagem; 
19 
 
 
 
4. Gelo seco em quantidades que não ultrapassem 2,5 kg por passageiro, 
em bagagem de mão, quando utilizado para embalar produtos perecíveis, 
ou, em bagagem despachada, quando aprovado pelo transportador, 
sempre que o volume permita o escape de dióxido de carbono. 
 
A lista completa de artigos perigosos permitidos para transporte por 
passageiros e tripulantes encontra-se no RBAC 175 seção 175.11. 
Acesse www.anac.gov.br/artigoperigoso . 
 
No manual DGR da IATA, há uma tabela bastante útil para identificar os 
procedimentos referentes a estes artigos.Perceba que esta tabela difere 
um pouco da lista do RBAC-175 em alguns pontos, especialmente no que 
tange o transporte de bebidas alcóolicas. 
 
Veja a tabela nas próximas páginas uma tradução da tabela 2.3.A e 
verifique que alguns itens sofrem restrições adicionais impostas pela 
ANAC. 
 Tabela 2.3.A 
O PILOTO EM COMANDO DEVE SER NOTIFICADO 
PERMITIDO COMO BAGAGEM ACOMPANHADA 
PERMITIDO COMO BAGAGEM DESPACHADA 
É OBRIGATÓRIO A AUTORIZAÇÃO DA TRANSPORTADORA 
Armas de eletrochoque (Taser) que contenham substâncias perigosas tais como explosivos, gases 
comprimidos, baterias de lítio e outros são proibidos dentro da bagagem de mão, despachada ou junto 
ao corpo. 
 
PROIBIDO 
Artigos medicinais não radioativos ou artigos de toalete (incluindo os aerossóis) como spray 
para cabelos, perfumes, colônias e medicamentos que contenham álcool, Aerossóis da divisão 2.2, 
sem risco secundário, para uso esportivo ou doméstico. 
 
A quantidade líquida total de todos os artigos acima não deve exceder 2 kg ou 2 L , e a quantidade 
líquida de cada artigo não deve exceder 0,5kg ou o,5 L. A válvula de liberação dos aerossóis deve estar 
protegida por uma tampa ou outro meio adequado para prevenir a liberação inadvertida do conteúdo. 
 
(Vide resolução 515 da ANAC) 
Voos Internacionais - Líquidos devem ser conduzidos em frascos com capacidade até 100 
mL. Todos os frascos devem ser colocados em embalagem plástica transparente, que 
possa ser fechada, com capacidade máxima de 1 L. 
Voos domésticos – não poderá exceder a quantidade de 4 frascos por pessoa e o conteúdo de 
cada frasco deve ser inferior a 300mL ou 300 g. 
 
 
 
 
 
 
 
NÃO 
 
 
 
 
 
 
 
SIM 
 
 
 
 
 
 
 
SIM 
 
 
 
 
 
 
 
NÃO 
Ajuda motora (Equipamentos de auxílio a locomoção) movidos a bateria de Íon de Lítio 
(removíveis) , as baterias devem ser removidas e transportadas na cabine (vide DGR 2.3.2.4.3 (d) 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
Bagagens com baterias de litiun Instaladas – não removiveis que excedem 0,3g metal litiun ou 
2,7 Wh. 
 
PROIBIDO 
Bagagem com baterias de litiun instaladas ; 
-Baterias não removiveis – baterias que não contenham mais que 3g de metal ou não mais que 2,7Wh. 
-Baterias removiveis – devem ser removidas no momento do check-in , apos removidas devem ser 
transportadas na cabine. 
 
 
 
NÃO 
 
 
 
SIM 
 
 
 
SIM 
 
 
 
NÃO 
Baterias de lítio: Equipamentos de Segurança contendo baterias de lítio 
(vide DGR 2.3.2.6) 
 
SIM 
 
SIM 
 
NÃO 
 
NÃO 
Baterias de Lítio: Equipamentos eletrônicos portáteis contendo baterias ou células de 
Metal ou Íon de Lítio, incluídos os dispositivos médicos tais como os concentradores de oxigênio 
portáteis e dispositivos eletrônicos tais como câmeras, telefones celular, lap-tops, tablets e baterias de 
recarga para celulares quando transportados por passageiros ou membros da tripulação para uso 
pessoal (vide DGR 2.3.5.9). A quantidade de lítio não deve exceder 2g nas baterias de metal de lítio e a 
capacidade nominal das baterias de íon de lítio não deve exceder a 100 Wh;cada pessoa pode levar um 
limite maximo de 15 PED 
*O operador podera aprovar o transporte de mais de 15 PED. 
 
 
 
NÃO 
 
 
 
SIM 
 
 
 
SIM 
 
 
 
NÃO 
Baterias de Lítio para reposição/separadas do equipamento - com uma capacidade nominal 
superior a 100 wh sem exceder a 160 Wh para artigos eletrônicos de consumo e dispositivos médicos 
portáteis , cujo conteúdo seja superior a 2g sem exceder a 8g por dispositivo. No máximo duas 
baterias de reposição e somente como bagagem de mão. Essas baterias devem estar protegidas de 
forma individual para evitar curto circuitos; cada pessoa pode levar um limite maximo de 20 baterias 
de reposição. 
*O operador podera aprovar o transporte de mais de 20 baterias. 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
21 
 
 
 
O PILOTO EM COMANDO DEVE SER NOTIFICADO 
PERMITIDO COMO BAGAGEM ACOMPANHADA 
PERMITIDO COMO BAGAGEM DESPACHADA 
É OBRIGATÓRIO A AUTORIZAÇÃO DA TRANSPORTADORA 
 
Bebidas alcoólicas, quando em embalagens de venda, que contenham mais de 24%, porém menos 
de 70% de álcool por volume em recipientes que não excedam 5L, com a quantidade total por pessoa 
de 5L 
 
RBAC 175 
Bebidas alcóolicas não podem exceder 70% de álcool por volume em recipientes de 
capacidade máxima de 1 L até o total de 5 L por pessoa. 
 
 
NÃO 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
Cartuchos pequenos de gás não inflamável, contendo dióxido de carbono ou outro gás da divisão 
2.2. Até 2 pequenos cilindros fixados em um dispositivo de segurança auto inflável, como um colete 
salva vidas. E até 2 cilindros de reposição por pessoa. Não mais que 4 cilindros de até 50 mL de 
capacidade de água para outros dispositivos. (vide DGR 2.3.4.2) 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
Cigarros ou cachimbos eletrônicos e outros vaporizadores personificados, contendo 
baterias que devem estar protegidas individualmente para evitar a ativação involuntária. 
 
 
NÃO 
 
 
NÃO 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
Cilindros de oxigênio ou gás requeridos para uso medicinal. O cilindro não deve exceder 5kg de 
peso bruto. 
 
RBAC 175 
Caso o passageiro necessite de oxigênio para fins médicos durante o voo o oxigênio deve 
ser fornecido pelo operador de transporte aéreo e 
o cilindro deve ser homologado pela ANAC 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
Dispositivos eletrônicos acionados por baterias de lítio. Baterias de íon de lítio para dispositivos 
eletrônicos portáteis (incluindo os de uso médico), cuja capacidade nominal é superior a 100 Wh sem 
exceder de 160 Wh. No caso exclusivo de dispositivos eletrônicos portáteis de uso médico, se 
permitem baterias de metal de lítio com um conteúdo superior a 2g sem exceder a 8g. 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
Dispositivos eletrônicos portáteis que contenham baterias não derramáveis - As baterias 
devem atender a disposição especial A 67 e devem ser de 12V ou menos e 100 Wh ou menos. 
Permitido o transporte de no máximo duas baterias de reposição. (Vide DGR 2.3.5.13) 
 
 
NÃO 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
Dispositivos de permeação – Devem atender os requisitos da disposição especial A 41 (Vide 
DGR 2.3.5.16) 
 
NÃO 
 
SIM 
 
NÃO 
 
NÃO 
Elementos de incapacitação - Tais como spray de pimenta, gás lacrimogêneo, etc, que contenham 
uma substância irritante ou paralisante estão proibidos de serem transportados junto ao corpo, na 
bagagem despachada ou na bagagem de mão. 
 
PROIBIDO 
Embalagens com isolamento que contenham nitrogênio líquido refrigerado, totalmente 
absorvido em material poroso, contendo artigo que não seja considerado perigoso. 
 
NÃO 
 
SIM 
 
SIM 
 
NÃO 
Equipamento de detecção de Agentes Químicos – quando transportado por pessoa de uma 
Organização para Proibição de Armas químicas, quando em viagem oficial. 
 
SIM 
 
SIM 
 
SIM 
 
NÃO 
Espécimes não infecciosas – embaladas com pequenas quantidades de líquido inflamável (30 mL), 
de acordo com a disposição especial A 180 (vide DGR 2.3.5.14) 
 
NÃO 
 
SIM 
 
SIM 
 
NÃO 
Fósforos de segurança (uma pequena caixa) ou isqueiro para cigarros que não contenha 
combustível líquido não absorvível, outros que não gás liquefeito, com propósito para uso individual 
quando carregado junto ao corpo de uma pessoa. Fluído para isqueiro e refis não são permitidos em 
nenhuma circunstância. 
Nota: Fósforos do tipo “acendimento universal – acende ao raspar em qualquer lugar” e 
isqueiros de “chama azul” são proibidos para 
transporte. 
 
 
NÃO 
 
 
APENAS JUNTO 
AO CORPO 
 
 
NÃO 
 
O PILOTO EM COMANDO DEVE SER NOTIFICADO 
PERMITIDO COMO BAGAGEM ACOMPANHADA 
PERMITIDO COMO BAGAGEM DESPACHADA 
É OBRIGATÓRIO A AUTORIZAÇÃO DA TRANSPORTADORA 
Gelo seco (dióxido de carbono sólido), em quantidades que não excedam 2,5 kg por passageiro, 
quando utilizado para embalar perecíveis não sujeitos a este regulamento em sua bagagem de mão ou 
despachada, sempre que a embalagem permita a liberação do gásque se forma. Cada bagagem deve 
trazer marcada com “Dry Ice” e indicar a quantidade de gelo seco, que não pode exceder 2,5 kg. 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
Fogareiros de acampamento e recipientes de combustível que já tenham contido 
combustível líquido, com o tanque e/ou contêiner de combustível vazio (vide DGR 2.3.2.5) 
 
SIM 
 
SIM 
 
NÃO 
 
NÃO 
Lâmpadas de baixo consumo energético, em embalagens para venda para 
uso pessoal ou doméstico. 
 
NÃO 
 
SIM 
 
SIM 
 
NÃO 
Maletas de segurança, caixas de segurança, bolsas de dinheiro, etc que incorporem produtos 
perigosos, tais como: baterias de lítio e/ou material pirotécnico, exceto conforme indicado no ítem 
2.3.2.6 do DGR, são totalmente 
proibidos. Verifique o item 4.2 Lista Alfabética de Artigos Perigosos. 
 
PROIBIDO 
Marca-passos cardíacos, radioisótopos ou outros elementos, incluindo aqueles ativados por 
bateria de lítio,” implantados em uma pessoa” , ou elementos rádio farmacêuticos dentro do 
corpo de uma pessoa , como resultado de tratamento médico. 
 
 
NÃO 
 
APENAS JUNTO 
AO CORPO 
 
 
NÃO 
Munição (cartucho para armas) embaladas de maneira segura (da divisão 1.4S, apenas as 
UN 0012 ou UN 0014) em quantidades que não excedam 5 kg de peso bruto por pessoa, para uso 
pessoal. As munições de mais de um passageiro não podem ser agrupadas em um ou mais volumes. 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
 
 
NÃO 
Mochila para resgate em avalanches, uma por pessoa contendo cilindro de gás comprimido da 
divisão 2.2 . Pode também estar equipada com mecanismo de disparo pirotécnico , contendo não 
mais que 200 mg de peso liquido de explosivos da divisão 1.4S. A mochila deve estar embalada de 
maneira que não possa ser acionada de forma acidental. As bolsas de ar (air- 
bags) dentro da mochila devem ser munidas de válvulas de liberação. 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
Motores de combustão interna ou tanques de combustível, devem atender os requisitos da 
disposição especial A 70 (vide item 2.3.5.15 do DGR) 
 
NÃO 
 
SIM 
 
NÃO 
 
NÃO 
Objetos que produzem calor, tais como lanternas subaquáticas (lâmpadas de mergulho) e 
elementos para soldar debaixo d’água (vide DGR 2.3.4.6) 
 
SIM 
 
SIM 
 
SIM 
 
NÃO 
Pilhas de combustível e cartuchos de combustível de reposição, para acionar dispositivos 
eletrônicos portáteis (por exemplo, telefones celulares,, computadores portáteis, câmeras). Vide DGR 
2.3.5.10 
 
NÃO 
 
NAO 
 
SIM 
 
NÃO 
Modeladores de cabelo contendo gás hidrocarboneto, até uma unidade por passageiro ou 
membro da tripulação, sendo que a tampa de proteção do elemento de aquecimento esteja 
seguramente fixada 
 
 
NÃO 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
Cadeiras de rodas movidas por baterias ou outros equipamentos de locomoção similar com 
baterias úmidas não derramáveis ou com baterias que atendam as disposições especiais A 
123 ou A 199. 
 
NOTA: A bateria deve ter os polos desconectados e isolados e a cadeira deve ser 
transportada na posição vertical 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
 
 
SIM 
Cadeiras de rodas movidas por baterias ou outros equipamentos de locomoção similar com 
baterias úmidas derramáveis ou com baterias de lítio 
NOTA: Baterias derramáveis devem ser removidas da cadeira e colocadas em caixa 
apropriada., e ser informada em NOTOC. 
 
 
SIM 
 
 
SIM 
 
 
NÃO 
 
 
SIM 
Termômetro médico ou clinico que contenha mercúrio, 1 por passageiro para uso pessoal, desde 
que contido em sua embalagem protetora. 
 
NÃO 
 
SIM 
 
NÃO 
 
NÃO 
Termômetro ou barômetro de mercúrio transportado por um representante de uma agência 
meteorológica governamental ou de outra agência oficial (Vide DGR 2.3.3.1) 
 
SIM 
 
NÃO 
 
SIM 
 
SIM 
23 
 
 
 
Informações aos passageiros 
 
Os operadores aéreos devem, além de treinar seus funcionários e 
representantes, providenciar informação visual aos passageiros de modo que, 
no momento da aquisição da passagem aérea e no momento do check-in, ele 
tenha contato com instruções claras e precisas a respeito do transporte aéreo 
de artigos perigoso: 
 
No momento da aquisição da passagem: 
 
Seja em lojas físicas ou pela internet, para adquirir uma passagem aérea o 
passageiro deverá concordar com as informações a ele fornecidas sobre quais 
itens podem ser transportados por via aérea. No caso de compra on-line, o 
passageiro não poderá concluir a compra sem antes ler as informações 
fornecidas pela companhia; 
 
No momento do check-in: 
 
O operador aéreo deve providenciar sinalização eficiente e dispô-la em local de 
fácil visualização, além de orientar seus funcionários e representantes a 
solicitar que o passageiro leia e entenda as informações ali contidas, 
removendo de sua bagagem ou do seu corpo qualquer item proibido para o 
transporte aéreo. 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 Artigos perigosos em mala postal 
 
 RBAC 175.5 (i) Limitações e Proibições 
 
O transporte de artigos perigosos por via aérea através dos serviços de correio 
é proibido, com exceção dos itens listados abaixo: 
 
1. Substâncias infeciosas de categoria B (UN3373), quando embaladas de 
acordo com os requerimentos da instrução de embalagem 650; 
 
2. Gelo seco, quando utilizado como refrigerante para substâncias 
infecciosas de categoria B. 
 
3. Espécimes de pacientes, que são os materiais retirados diretamente do 
ser humano como excreções, secreções, sangue, etc.; 
 
4. Material radioativo, desde que sua atividade não ultrapasse um décimo 
do permitido na tabela 10.3.C do manual DGR. 
 
 
2.5 Artigos Perigosos de propriedade do Operador - COMAT 
 
Muitas vezes o operador aéreo tem a necessidade de transportar peças de 
reposição de aeronaves, material da companhia em geral (COMAT). Ocorre 
que, muitas destas peças são consideradas artigos perigosos e devem ser 
tratadas como tal. Veja abaixo quais os requisitos para transporte de artigos 
perigosos de propriedade do operador aéreo: 
 
• Artigos necessários à aero navegabilidade e operação da aeronave: 
 Estes artigos não estão sujeitos ao tratamento dado a artigos perigosos. 
 
• Peças para reposição: O operadora aéreo que necessite transportar 
peças para reposição ou qualquer outro material de propriedade sua que 
seja artigo perigoso deverá seguir os procedimentos para este fim, 
tornando-se assim, expedidor. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Você voltará a consultar esta tabela quando estudarmos a lista de artigos 
 2.6 Artigos perigosos em quantidade excetuada. 
 
Substâncias perigosas em pequenas quantidades podem ser isentadas de 
alguns requerimentos do regulamento de artigos perigosos. Essas são as 
quantidades excetuadas. Não é permitido o transporte de artigos perigosos em 
quantidade excetuada em mala despachada, de mão ou pelo correio. 
 
A relação de substâncias permitidas para transporte aéreo em quantidade 
excetuada encontram-se na seção 2.2.6.2 do manual DGR da IATA. Estas 
substâncias devem ser classificadas conforme seção 3 deste mesmo 
regulamento. A identificação da quantidade excetuada por artigo ou substância 
é feita através da coluna F da lista de artigos perigosos. 
 
Veja abaixo uma tabela indicando as quantidades permitidas conforme 
artigo/substância: 
 
 
Embalagens contendo artigos perigosos em quantidade excetuada devem ser 
marcadas de forma durável e legível, conforme figura abaixo. Além disso, não 
requerem emissão de declaração do expedidor, não requerem preenchimento 
da lista de verificação e não requerem ser inseridas na notificação ao 
comandante (NOTOC). A embalagem que contém a substância deve ser 
testada conforme seção 2.6.6 do manual DGR. 
 
 
*A classe de perigo primária e divisão 
devem ser inseridas aqui; 
 
** O nome do expedidor ou do 
consignatário devem ser inseridos aqui 
caso já não tenham sido inseridos em 
outro local da embalagem 
 
 2.7 Artigos perigosos em quantidade limitada 
As recomendações das Nações Unidas contêm disposições paraquantidades 
limitadas de artigos perigosos. Elas reconhecem que muitos artigos perigosos, 
quando em quantidades razoavelmente limitadas, apresentam um perigo 
reduzido durante o transporte e podem ser transportadas com segurança em 
embalagens de boa qualidade, mas que não foram submetidas aos testes e 
critérios para homologação, nem são marcadas conforme estes testes. Nesta 
seção você conhecerá os procedimentos para transporte de artigos perigosos 
em quantidade limitada. 
 
A relação de artigos perigosos permitidos para transporte como quantidade 
limitada encontra-se na seção 2.7.2.1 do manual DGR da IATA. 
 
Os artigos perigosos entregues para embarque em quantidade limitada devem 
ser classificados conforme seção 3 do manual DGR da IATA. Além disso, a 
quantidade líquida máxima por embalagem não deve exceder o constante na 
coluna H e estar de acordo com a instrução de embalagem da coluna G da lista 
de artigos perigosos. A quantidade máxima por embalagem não poderá 
ultrapassar 30 Kg. 
 
As embalagens devem ser etiquetadas e marcadas conforme regulamento, 
além de receberem a marcação abaixo: 
 
 
 
Marca para quantidade limitada 
 
OBS: Gelo seco poderá ser transportado junto ao 
artigo em quantidade limitada como refrigerante, 
desde que o peso total da embalagem não exceda 
30 kg. 
27 
 
 
 
2.8 Variações dos Países e dos Operadores Aéreos 
Os países e os operadores aéreos podem ser mais restritivos quanto ao 
regulamento de artigos perigosos. São as chamadas variações, que devem ser 
submetidas à ICAO e à IATA para que as providências sejam tomadas. 
 
2.8.1 Variações governamentais: 
 
Variações governamentais são submetidas pelos Estados membros da ICAO e 
são, via de regra, mais restritivas do que o regulamento. 
 
São identificadas por um grupo de 3 letras, sendo que a última letra é sempre 
G, indicando “Governo”, seguido por um grupo de 2 dígitos em sequência 
numérica, iniciando por “01”. 
 
Exemplo: AEG-07, indica a variante governamental número 7 dos Emirados 
Árabes Unidos. Esta variante diz que uma permissão de trânsito para artigos 
radioativos deve ser obtida pela autoridade em radioatividade antes de se 
transportar este tipo de artigo, além de fornecer endereço completo do 
departamento responsável. 
 
Outra variante governamental é a PKG-02, que determina que “um breve texto 
indicando a natureza do risco envolvido deve aparecer, em inglês, em todas as 
etiquetas de risco”. Note que, esta orientação somente é obrigatória no 
Paquistão e nos países que assim decidiram, já que a presença de texto nas 
etiquetas de risco é facultativa. 
 
O Brasil submeteu até o momento, um total de 8 variações. Veja um exemplo: 
 
BRG – 06 – No transporte doméstico em território brasileiro é permitido o uso 
das línguas portuguesa e inglesa nas marcações e documentos de transporte, 
com exceção do nome próprio para transporte que deve estar obrigatoriamente 
em inglês. No transporte internacional envolvendo o território brasileiro, o uso 
da língua inglesa é obrigatório nas marcações e documentos de transporte de 
artigos perigosos. 
 
2.8.3 Variações de Operadores Aéreos 
 
Da mesma forma que os Estados podem submeter variações à ICAO e IATA, 
os operadores aéreos também podem, sendo suas variações, via de regra, 
mais restritivas do que as disposições contidas nos regulamentos. 
 
A variação do operador aéreo é representada pela código do operador, 
acrescido do número que identifica a variação. 
 
Exemplo: FX-01: Indica a variante número 01 da Federal Express. 
Veja alguns exemplos de variantes de operadores aéreos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A lista completa de variantes governamentais e de operadores aéreos 
encontra-se nas seções 2.8.2 e 2.8.4 do manual DGR da IATA. 
 
LH-03 Substâncias biológicas, categoria B (UN 3373) não 
serão aceitas em mala postal; 
 
LH- 04 Geradores de oxigênio não serão aceitos para 
transporte. 
 
JJ–02 A declaração do expedidor deve incluir um telefone de 
emergência 24h 
 
UA-10 Artigos perigosos da divisão 5.1, material oxidante, 
não serão aceitos para transporte. 
29 
 
 
 
 3.0 CLASSIFICAÇÃO 
 
Artigos perigosos são definidos como aqueles artigos que se enquadram nos 
critérios de uma ou mais das 9 classes de perigo e suas subdivisões 
determinadas pela ONU e, quando aplicável, a um dos três grupos de 
embalagem. As nove classes dizem respeito ao tipo de perigo que o artigo 
apresenta enquanto que o grupo de embalagem diz respeito ao grau de perigo 
que o artigo apresenta. 
 
 
As 9 classes de perigo da ONU são: 
 
1. Explosivos. 
2. Gases; 
3. Líquidos inflamáveis; 
4. Sólidos Inflamáveis , Substancias de combustão espontanea , Substancias que 
reagem em contato com a água; 
5. Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos; 
6. Substâncias tóxicas e Infecciosas; 
7. Material Radioativo; 
8. Corrosivos; 
9. Miscelânea. 
 
 
Os grupos de embalagem da ONU são: 
 
Grupo I: Corresponde às embalagens que acondicionam artigos perigosos de 
alto perigo, médio perigo e baixo perigo; 
 
Grupo II: Corresponde às embalagens que acondicionam artigos perigosos de 
médio perigo e baixo perigo; 
 
Grupo III: Corresponde às embalagens que acondicionam artigos perigosos de 
baixo perigo. 
 
Classe de perigo 1 : Explosivos 
Substâncias explosivas são separadas em 6 subdivisões e 13 grupos de 
compatibilidade conforme suas características. 
 
As divisões da classe 1 são: 
 
Divisão 1.1: Artigos ou substâncias que contenham um perigo de explosão de 
massa, isto é, uma explosão virtualmente instantânea de toda a carga. Esta 
divisão é proibida para transporte aéreo. 
 
Divisão 1.2: São Artigos e substâncias que possuem um risco de projeção, mas 
não uma explosão de massa. Esta divisão é proibida para transporte aéreo 
 
Divisão 1.3: Artigos ou substâncias que possuem um risco de fogo, um risco 
pequeno de explosão ou um risco pequeno de projeção, mas não um risco de 
explosão de massa; 
 
Divisão 1.4: Artigos ou substâncias que não apresentam risco significante; 
 
Divisão 1.5: Substâncias muito pouco sensíveis que possuem um risco de 
explosão de massa. Esta divisão é proibida para transporte aéreo 
 
Divisão 1.6: Artigos muito pouco sensíveis que não possuem um risco de 
explosão de massa. Esta divisão é proibida para transporte aéreo 
 
A tabela 3.1.A do manual DGR da IATA contém todos os grupos de 
compatibilidade aplicáveis à classe 1. 
 
OBS 1: Somente explosivos da divisão 1.4, grupo de compatibilidade S podem 
ser transportados em aeronaves de passageiros; 
 
OBS 2: Somente explosivos das divisões 1.3, grupo de compatibilidade C e G e 
divisão 1.4, grupo de compatibilidade B, C, D, E, G e S podem ser 
transportados em aeronaves cargueiras. 
 
 
31 
 
 
 
Classe de perigo 2: Gases 
 
A classe de perigo 2 compreende os gases perigosos Esta classe possui 3 
divisões: 
 
Divisão 2.1: Gases Inflamáveis. Substâncias que em temperatura ambiente e 
condições normais de pressão formará uma mistura inflamável quando 
misturada com o ar. 
 
Divisão 2.2: Gases não inflamáveis e não tóxicos. São substâncias asfixiantes, 
que deslocam o oxigênio, substâncias oxidantes que contribuem para a 
combustão outros materiais e gases que não entram em outras divisões. 
 
Divisão 2.3: Gases tóxicos. Substâncias conhecidas por serem tóxicas ou 
corrosivas a seres humanos e que apresentam risco de morte. Esta divisão 
somente pode ser transportada em aeronaves cargueiras. 
 
 
 
Classe de perigo 3: Líquidos inflamáveis 
 
A classe de perigo 3 não possui divisões. Inclui substâncias líquidas com ponto 
de ebulição menor ou igual a 60°C. 
 
Usa-se a tabela 3.3.A do manual DGR da IATA para se determinar o grupo de 
embalagem a ser utilizado, de acordo com propriedades como “ponto de fulgor” 
e “ponto de ebulição” de cada substância: 
 
 
 
Classe de perigo 4: Sólidos 
 
A classe de perigo 4 compreende os sólidos que, sob as condições 
encontradas no transporte são inflamáveisatravés da fricção, auto inflamáveis 
ou inflamáveis quando em contato com a água. Esta classe possui 3 divisões: 
 
Divisão 4.1: Substâncias sólidas que sejam combustíveis, possam causar ou 
contribuir para um incêndio em caso de fricção; 
 
Divisão 4.2: Substâncias que sejam propensas a aquecimento espontâneo, ou 
aquecimento quando em contato com o ar; 
 
Divisão 4.3: Substâncias que, quando em contato com a água, tornam-se 
inflamáveis ou emitem gases inflamáveis. 
 
 
 
Classe de perigo 5: Substâncias oxidantes e Peróxidos Orgânicos 
 
A classe de perigo 5 corresponde às substâncias oxidantes e peróxidos 
orgânicos e possui duas divisões: 
 
Divisão 5.1: Substâncias oxidantes, são aquelas que, por si só, não são 
necessariamente combustíveis, mas geralmente podem causar ou contribuir 
para a combustão de outros materiais através do fornecimento de oxigênio. 
Tais substâncias podem estar contidas em um artigo. 
 
Divisão 5.2: Peróxidos orgânicos, são substâncias termicamente instáveis que 
podem passar por decomposição exotérmica auto acelerada. Também podem 
ter uma ou mais das seguintes propriedades: 
 
• Ser propensa a decomposição explosiva; 
• Queimar rapidamente; 
• Ser sensível a impactos ou fricção; 
• Reagir perigosamente com outras substâncias; 
• Causar danos aos olhos 
33 
 
 
 
Classe de perigo 6: Substâncias Tóxicas e Infecciosas 
 
A classe de perigo 6 compreende as substâncias tóxicas e infecciosas. Esta 
classe tem duas divisões: 
 
Divisão 6.1: Substâncias tóxicas, são aquelas que são capazes de causar a 
morte ou ferimento grave, ou prejudicar a saúde humana se ingerida, inalada 
ou entrar em contato com a pele. 
 
Para se determinar o grupo de embalagem da divisão 6.1, leva-se em conta a 
toxicidade oral, dermal ou de inalação, considerando a dose letal para cada 
critério. Usa-se a tabela 3.6.A do manual DGR da IATA como referência para a 
determinação do grupo de embalagem: 
 
 
 
 
Divisão 6.2: Substâncias infecciosas, são substâncias que se saiba, ou se 
suspeite conter patógenos. Estes são definidos como micro-organismos 
(incluindo bactérias, vírus, parasitas, fungos, rickettsías) e outros agentes que 
podem causar doenças em humanos e animais. 
 
As substâncias infecciosas são classificadas em duas categorias: 
 
Categoria A: Uma substância infecciosa que é transportada de forma que, 
quando esta substância é liberada de sua embalagem protetora, resultando em 
contato físico com humanos ou animais, pode causar invalidez, risco de morte 
ou doença fatal, seja em humanos ou em animais. 
 
A tabela 3.6.D do manual DGR da IATA contém exemplos de substâncias que 
se enquadram na descrição acima. 
 
 
Categoria B: Um substância infecciosa que não atende aos critérios para 
inclusão na categoria A. As substâncias infecciosas nesta categoria devem ser 
designadas pela UN3373, cujo nome apropriado de para embarque é 
Biological substances category B e sua embalagem deve conter a seguinte 
marca: 
 
Classe de perigo 7: Material Radioativo 
 
A classe de perigo 7 compreende os materiais radioativos. São materiais que 
contém radionuclídeos onde a atividade concentrada e a atividade total 
excedam o valor constante na tabela 10.3.2 do manual DGR da IATA. Seu 
estudo é dedicado ao capítulo 10 do mesmo manual e separadamente nesta 
apostila. 
 
 
 
 
MATERIAL RADIOATIVO – CATEGORIZANDO AS EMBALAGENS 
 
CATEGORIA 
 
VALOR DO T.I 
 
CÓDIGO IMP 
 
ETIQUETA 
 
I 
 
0.0 
 
RRW 
 
BRANCA I 
 
II 
 
0.1 – 1.0 
 
RRY 
 
AMARELA II 
 
III 
 
1.1 – 10.0 
 
RRY 
 
AMARELA III 
35 
 
 
 
Classe de perigo 8: Corrosivos 
 
A classe de perigo 8 corresponde aos materiais corrosivos e não possui 
divisões. 
 
Materiais corrosivos são aqueles que, através de reações químicas, podem 
causar danos severos quando em contato com tecido vivo ou, em caso de 
vazamento causará danos materiais ou mesmo destruir outros artigos ou meios 
de transporte. 
 
A determinação do grupo de embalagem é feita através da análise dos efeitos 
causados pela exposição ou contato com este material e o tempo de 
observação necessário à constatação destes efeitos. A tabela 3.8.A determina 
estes valores: 
 
A classe de perigo 9 inclui todas as substâncias que não podem ser 
classificadas nas demais classes. Não possui divisões. 
 
Alguns exemplos de substâncias e artigos compreendidos pela classe 9 são: 
 
• Material Magnetizado: Não apresentam risco imediato, mas podem 
influenciar o funcionamento de equipamentos de aero navegabilidade e 
danificar outros artigos que estejam próximos; 
 
• Substâncias danosas ao meio-ambiente; 
• Micro-organismos geneticamente modificados; 
• Organismos geneticamente modificados; 
• Baterias de Íons de Litio; 
• Baterias de metal de Lítio; 
• Gelo seco (dióxido de carbono sólido); 
• Bolhas poliméricas expansíveis. 
Classe de perigo 9: Miscelâneos 
 4.0 IDENTIFICAÇÃO 
Os artigos perigosos são identificados por um número determinado pela ONU, 
que representamos por UN. Além disso, recebem também um nome próprio 
para embarque, de acordo com a classificação de perigo e suas propriedades. 
 
4.2 Lista de artigos perigosos 
 
No manual DGR da IATA, sub seção 4.2, há uma lista com aproximadamente 
3000 artigos e substâncias mais prováveis de serem entregues para transporte 
aéreo. A lista não inclui todos os artigos possíveis pois este número seria 
grande demais. Por isso, alguns nomes próprios são nomes genéricos que 
englobam uma série de artigos perigosos a serem classificados. 
 
Artigos perigosos proibidos para transporte aéreo sob qualquer circunstância 
também estão inclusos na lista. 
 
Um trecho da lista 4.2 de artigos perigosos do manual DGR da IATA está 
representada abaixo: 
 
37 
 
 
 
 
Você notará que a lista 4.2 é dividida em colunas de A a N e que em cada 
coluna consta uma informação diferente. Vejamos o que cada coluna 
compreende: 
 
Coluna A: Número UN ou ID – contém o número de série atribuído ao artigo ou 
substância no sistema de classificação da ONU. Quando este número é usado, 
deve ser prefaciado pelas letras “UN”. Quando o artigo ou substância não tem 
um número UN designado, uma identificação temporária (ID) de número 8000 
será atribuído a ele e sua identificação deve ser feita pelas letras ID. 
 
Coluna B: Nome próprio de embarque – Contém uma listagem alfabética da 
identificação dos artigos perigosos pelo seu nome próprio de embarque, 
juntamente com um texto descritivo. O nome próprio para embarque é escrito 
em negrito, enquanto que o texto descritivo é escrito em fonte clara. 
 
Nesta coluna também podem ocorrer os seguintes símbolos: 
 
= Informações adicionais podem ser encontradas no apêndice A; 
 = Necessário adicionar o nome técnico ou grupo químico. 
Coluna C: Classe ou divisão (Risco subsidiário) – Contém o número da classe 
ou divisão de acordo com o sistema de classificação descrito na Seção 3. No 
caso de explosivos, também é apresentado o grupo de compatibilidade 
correspondente. Caso a substância possua risco secundário (subsidiário), este 
aparecerá entre parênteses, logo após o risco primário. 
Coluna D: Etiqueta de risco – Contém a(s) etiqueta(s) de risco a serem fixadas 
no lado externo de cada embalagem e sobre embalagem para o artigo 
mostrado na coluna B. A etiqueta de risco primária é mostrada primeiro, 
seguida da etiqueta de risco secundário quando aplicável. 
 
Coluna E: Grupo de embalagem – Contém o grupo de embalagem 
correspondente ao artigo perigoso, quando aplicável. 
 
Coluna F: Código de quantidade excetuada – Contém o código referente a 
quantidade excetuada do artigo perigoso. Faz referência à tabela 2.6.A. 
 
Coluna G: Instrução de embalagem para Quantidade limitada, aeronaves de 
carga e passageiros - Refere-se à instrução de embalagem para quantidades 
limitadas constante na seção 5. Se a palavra “Forbidden” aparecer, significa 
que o artigo perigoso não pode ser transportado em quantidadelimitada. 
 
Coluna H: Quantidade líquida máxima por embalagem em quantidade limitada, 
aviões de carga e passageiros – Mostra a quantidade máxima permitida por 
embalagem contendo artigo perigoso em quantidade limitada. 
 
 
 
 
 
 
Coluna I: Instrução de embalagem para aeronaves de carga e passageiros – 
Refere-se à instrução de embalagem relevante ao artigo perigoso sendo 
transportado em aeronave de carga ou de passageiros. 
 
Coluna J: Quantidade máxima por embalagem em aeronave de carga ou de 
passageiros – Refere-se a quantidade máxima permitida por embalagem a ser 
transportada em aeronave de carga ou de passageiros. 
 
Coluna K: Instrução de embalagem para aeronaves exclusivamente cargueiras 
– Refere-se à instrução de embalagem relevante ao transporte de artigos 
perigosos em aeronaves exclusivamente cargueiras. 
Coluna L: Quantidade líquida máxima por embalagem em aeronave 
exclusivamente cargueira – Mostra a quantidade máxima por embalagem 
contendo artigos perigosos a serem transportados em aeronaves 
exclusivamente cargueiras 
 
Coluna M: Disposições especiais – Pode mostrar um número com 1, dois ou 3 
dígitos precedido pela letra A. Estes números fazem referência à seção 4.4 
onde estão descritas as disposições especiais. 
 
Coluna N: Código de resposta a emergências: Refere-se aos procedimentos 
descritos no documento “The Emergency Response Guidance for Aircraft 
Incidents Involving Dangerous Goods (Doc 9481-AN928) O código consiste de 
uma combinação de letras e números, que representam respostas sugeridas 
para incidentes envolvendo o artigo perigoso correspondente. Este código deve 
ser inserido na notificação ao comandante. 
 
4.4 Disposições especiais 
As disposições especiais de cada artigo perigoso estão contidas na coluna M 
da lista 4.2. São instruções adicionais às informações contidas na lista e nas 
instruções de embalagem, e devem ser levadas totalmente em consideração 
no momento da expedição, do transporte e do aceite do artigo perigoso. 
 
A lista completa das disposições especiais encontra-se na subseção 4.4 do 
manual DGR da IATA. 
 
 
4.3 Identificação pela ordem numérica 
 
Encontra-se na seção 4.3 do manual de DGR, após as páginas azuis. 
 
Traz a lista numérica dos artigos perigosos, seguida de seu nome apropriado 
para embarque, drill code e a página com todas as informações a respeito do 
produto na seção 4.2. 
39 
 
 
 
 
Artigos não listados pelo nome 
 
Quando um artigo ou substância não está listada pelo seu nome na lista 4.2, o 
expedidor deve: 
 
1. Determinar se o artigo ou substância não está proibido para transporte 
aéreo, de acordo com a subseção 2.1 e com os critérios de classificação 
da seção 3; 
 
2. Se o item não for proibido, classificá-lo através da comparação de suas 
propriedades com os critérios de classificação contidos na seção 3 do 
manual DGR da IATA. Se o item tiver mais de um risco, o expedidor 
deve consultar a tabela 3.10 para determinar o risco principal; 
 
3. Usar o nome genérico para embarque ou n.o.s (not otherwise 
specified) que mais apropriadamente descreva o artigo ou substância. 
 
A tabela 4.1.A do manual DGR da IATA contém uma lista de nomes 
próprios para embarque genéricos e não especificados. 
 
41 
 
 
 
3.10 Classificação de artigos e substâncias com perigos múltiplos 
 
Artigos perigosos podem conter mais do que um tipo de perigo e estar 
enquadrado em mais de uma classe. 
 
Quando os dois perigos são das classes 3, 4 ou 8 ou ainda das divisões 5.1 ou 
6.1, usa-se a tabela 3.10.A para determinar qual é o perigo primário. A classe 
ou divisão que aparece na intersecção da linha e coluna é a classe de perigo 
primária e a outra, secundária ou subsidiária. O grupo de embalagem correto 
também é mostrado na intersecção. 
 
 
As demais classes não inclusas na tabela, sempre serão consideradas como 
classes primárias. Material radioativo apresentando outros perigos deve 
sempre ser classificado na classe 7 e o perigo subsidiário deve ser identificado. 
O mesmo vale para substâncias infecciosas, divisão 6.2. 
 
 
Os códigos IMP encontram-se no apêndice B do manual da IATA e nesta 
apostila quando falarmos do preenchimento do CT-e. 
 
7.0 MARCAÇÕES E ETIQUETAGEM 
O expedidor é responsável por marcar e etiquetar corretamente toda e 
qualquer embalagem que contenha artigo ou substâncias perigosas a serem 
transportadas. 
 
7.1 Marcações 
 
Marcações para embalagens para artigos perigosos podem ser de dois tipos: 
 
• Marcações que identificam o desenho ou especificações de uma 
embalagem, não importando o uso que se fará dela, seu conteúdo, o 
emissor, o consignatário, etc. Estas marcações foram estudas no 
capítulo anterior. 
 
• Marcações que identificam o uso de uma embalagem particular para um 
transporte em particular, indicando seu conteúdo, o emissor, o 
consignatário, etc. A aplicação destas marcações é de responsabilidade 
do expedidor. 
 
Todas as marcações devem ser impressas nas embalagens ou sobre- 
embalagens de modo que não sejam cobertas ou obscurecidas por 
qualquer parte da embalagem ou qualquer outra etiqueta. Além disso 
devem ser duráveis, prontamente visíveis e legíveis, capazes de 
suportar exposição ao ar livre sem redução de sua eficiência e serem 
impressas em um fundo de cor contrastante. 
 
O inglês deve ser usado em todas as marcações, além da língua 
permitida pela autoridade de cada Estado. 
 
As seguintes informações devem ser marcadas nas embalagens 
contendo artigos perigosos: 
1. Número UN ou ID e nome próprio para embarque; 
2. Nome completo e endereço do expedidor e do consignatário, impresso 
em cada embalado. Deve estar localizado próximo ao nome próprio para 
embarque; 
3. Quantidade líquida de artigos perigosos contida em cada embalado, no 
caso de embalagens múltiplas com quantidades diferentes, impressa 
próxima do nome próprio para embarque. 
4. Em caso de embalados contendo gelo seco, a quantidade líquida 
contida em cada embalagem; 
5. Em caso de substâncias da divisão 6.2, um número de telefone da 
pessoa responsável. 
43 
 
 
 
Além das marcações mencionadas acima, embalados contendo artigos 
perigosos podem requerer outras marcas, tais como a de quantidade limitada, 
e a de produto danoso ao meio ambiente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quantidade Isenta Quantidade Limitada 
Modal Aéreo 
Quantidade Limitada 
Modais Terrestre e Marítimo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicável quando o produto for 
preparado de acordo com a Seção 
DGR 2.6 
DGR 7.1.4.2 Embalagens nessas 
condições devem ser identificadas 
com a marca, conforme a figura 
7.1.A (Quantidade Limitada), na 
face externa da embalagem, de 
maneira legível e indelével. 
DGR 7.1.5.6 Quando houver intermodalidade 
de transporte (ex. rodoviário, marítimo), pode-
se utilizar a marca conforme a figura 7.1.D 
(Superficie Quantidade Limitada), obedecendo 
o mesmo critério das demais marcações na 
embalagem. 
Substância nociva ao meio 
ambiente 
“Substância biológica de 
Categoria B” 
“Organismo geneticamente modificado” 
 
Marca aplicável para os produtos 
UN 3077 e UN 3082 
Marca requerida conforme Instrução de 
Embalagem 650 
Marca requerida conforme Instrução de Embalagem 
959 
7.2 Etiquetas 
 
 
Cada embalado contendo artigos perigosos deve ser corretamente etiquetado. 
Há dois tipos de etiquetas a serem usadas: etiquetas de risco e etiquetas de 
manuseio, conforme necessidade. 
 
Etiquetas de risco são aquelas usadas para identificar qual a classe de risco 
e/ou subdivisão a qual pertence o artigo perigoso. As etiquetas usadas no 
transporte aéreo são as seguintes: 
 
 
 
• O texto indicativo do risco não é obrigatório; 
 
• Ser afixadas na mesma face em que o nome próprio para embarque, e 
número UN, inclusive quando se tratar de risco primário e secundário; 
 
• Devem ser afixadas de forma adjacente às marcas indicativas do nome 
e endereço completo do remetente e do destinatário;• O símbolo e texto podem ser em preto ou vermelho; 
 
• Ter dimensões mínimas de 100mm por 100mm, exceto para substâncias 
infecciosas (etiqueta da divisão 6.2). 
 
• Ser legíveis, duráveis e capazes de suportar as condições normalmente 
encontradas no transporte aéreo. 
45 
 
 
 
• Uma etiqueta por embalado é suficiente. Exceção material radioativo 
quando o número mínimo de etiquetas é duas etiquetas em lados 
opostos do embalado. 
 
Etiquetas de manuseio são aquelas que orientam o manuseio do embalado 
contendo artigos perigosos, para que se minimize os riscos de vazamento, 
dano ao artigo, reações perigosas, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material Magnetizado Somente Aeronave 
Cargueira 
Líquido 
Criogênico 
“Este lado para 
cima” 
 
 
Para embalagens combinadas e sobre-
embalagens contendo material 
magnetizado UN2807. 
Aplicável quando o produto for 
preparado de acordo com as 
colunas K e L da Seção 4.2 
Aplicável em 
embalagens e sobre-
embalagens com 
gases da Div. 2.2 
que contenham 
líquidos criogênicos. 
Para embalagens 
combinadas e sobre-
embalagens contendo 
líquidos. 
Manter afastado do calor Material Radioativo em 
embalagem Isenta 
Baterias de lítio 
 
 
Quando o produto possuir 
disposição especial “A20” e a 
coluna D da Seção 4.2 
 
Quando aplicável 
Etiqueta requerida pelas: 
• IE 965 e 968 – Seção IB 
• IE 965 a 970 – Seção II 
(identificar o tipo de bateria: 
 
Existem impressões de declaração do expedidor para Artigos Perigosos em 
português e em inglês: 
 
 
8.0 DOCUMENTAÇÃO 
Outro aspecto fundamental do transporte aéreo de artigos perigosos é a 
documentação necessária para que ele se realize. Mais do que documentar o 
serviço prestado, a documentação, quando corretamente preenchida, colabora 
para um alto nível de segurança, necessário à aviação civil. 
 
8.1 Declaração do expedidor 
 
O expedidor é responsável pelo preenchimento de um formulário de declaração 
– “Declaração do Expedidor de Artigos Perigosos” – para todas as expedições 
que contenham artigos perigosos definidos e classificados como tal, a menos 
que este formulário não seja requerido. 
 
O expedidor deve: 
 
• Utilizar o formulário adequado de maneira correta; 
• Completar o formulário de maneira exata e legível; 
• Certificar-se que o formulário está adequadamente assinado, quando se 
apresentar à expedição ao operador de transporte aéreo; 
• Certificar-se de que o envio tenha sido preparado em conformidade com 
o manual de artigos perigosos da IATA, seção 8. 
 
No transporte doméstico de artigos perigosos, a ANAC autoriza que a 
declaração de Expedidor para Artigos Perigosos que acompanha o 
embarque seja emitida em português, com exceção do nome do produto, 
que deve ser em inglês. Já para o transporte internacional, é obrigatório o 
uso da declaração do expedidor em idioma inglês, embora a ANAC permita 
a reprodução das informações em português no verso da declaração. 
 
A declaração do expedidor deve ser mantida em arquivo por 12 meses. O 
expedidor deve fornecer no mínimo duas cópias ao operador aéreo, sendo 
que uma acompanhará a carga durante o transporte e a outra será mantida 
pelo transportador. 
 
Os requisitos para preenchimento da declaração do expedidor são 
encontrados na seção 5.14 da IS175-001 e na seção 8 do manual de 
artigos perigosos da IATA. 
 
47 
 
 
 
Campo Preenchimento 
Embarcador / Shipper Deve ser informado o nome e endereço completo do expedidor 
Destinatário / Consignee Deve ser informado o nome e endereço completo do destinatário 
 
Número do conhecimento aéreo/ 
AWB Number 
Deve ser informado o número do conhecimento aéreo para o qual a 
declaração foi atribuída. Esta informação pode ser completada ou 
emendada pelo expedidor, seu intermediário ou pelo operador aéreo ou 
seu representante. 
Página...de.../ page...of... 
Deve ser informado o número da página e o número total de páginas, 
respectivamente. 
Limitações da aeronave / Aircraft 
Limitations 
Deve ser eliminado "Aeronaves de passageiros e aeronaves de carga" ou 
"Somente aeronaves cargueiras para indicar se o carregamento está 
preparado para cumprir com os requisitos destas aeronaves. 
 
Aeroporto de embarque / Airport of 
departure 
Deve ser informado o nome completo da cidade de partida ou, se na 
cidade houver mais de um aeródromo, o nome do aeródromo. Esta 
informação também pode ser completada ou emendada pelo expedidor, 
seu intermediário ou pelo operador aéreo/representante. 
Aeroporto de destino / Airport of 
destination 
Deve ser informado o nome completo da cidade de destino, obedecendo 
às mesmas orientações sobre "aeroporto de embarque". 
 
Tipo de embarque / Shipment Type 
Deve-se eliminar "radioativo" para indicar que a expedição não contém 
material radioativo. O material radioativo não deve ser incluído no mesmo 
formulário de declaração junto a outros artigos perigosos, exceto para o 
gelo seco, quando este estiver sendo usado como refrigerante. 
 Natureza e quantidade de artigos perigosos 
Numero UN ou ID/ UN number or ID Deve ser inserido o número da Onu do artigo perigoso ou seu ID (8000). 
Nome aproprIado para transporte 
/Proper Shipping name 
Deve ser inserido o nome do artigo perigoso, acrescido do nome técnico se 
houver um asterisco no mesmo. 
Classe ou divisão / Class or division 
Deve ser informada a classe ou divisão e, no caso de risco secundário, 
colocar o mesmo entre parênteses 
Grupo de embalagem / Packing 
Group 
Deve ser informado, se aplicável, o grupo de embalagem referente ao 
embarque. Quando não aplicável, deixar o campo em branco. 
Quantidade e tipo de embalagem / 
Quantity and type of packing 
Deve ser informados a quantidade líquida de carga perigosa e o tipo de 
embalagem externa apresentada. 
Instrução de embalagem / Packing 
instruction 
Deve ser informado o número da instrução de embalagem apropriada. 
Autorização /Authorization 
Deve ser informada, conforme o caso, a Disposição especial (Special 
Provision) ou outra autorização especial aplicada ao artigo. 
Informações adicionais de manuseio 
/Additional handling Information 
Deve ser informada qualquer informação relevante ao embarque. 
Nome do signatário / Signatory Deve ser informado o nome da pessoa que está assinando a 
declaração 
 Data / Date Deve ser informadas a data em que foi preenchida a declaração 
Assinatura / Signature 
A declaração deve ser assinada pelo identificado no campo "Nome e título 
do signatário" 
 
 
 
49 
 
 
 Exemplo de preenchimento da Declaração de artigos perigosos
8.3 Documentos adicionais 
 
Muitos outros documentos podem ser consultados para verificar o correto 
enquadramento ou para verificar a possibilidade de haver artigo perigoso oculto 
ou não declarado. Entre estes documentos podemos mencionar: A Ficha de 
Emergência (usada no transporte terrestre), a FISPQ (Ficha de Informação de 
Segurança de Produtos Químicos) e seu equivalente em inglês MSDS. 
 
Consultar a IS 175-008 no site www.anac.gov.br/artigoperigoso para as 
orientações no caso da solicitação de aprovação (approval) ou isenção 
(exemption) para transporte de artigos perigosos por via aérea. 
 
Os seguintes documentos devem acompanhar o embarque no caso de serem 
utilizados: 
• No caso de embarques autorizados mediante as disposições especiais 
A1 ou A2 uma cópia do(s) documento(s) de aprovação deve anexado 
para informar o limite de quantidade, os requisitos de embalagem e no 
caso de A2, os requisitos de etiquetagem. 
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