Buscar

Simulado Enem II - Linguagens e Ciências Humanas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Quem ousou conquistar e saiu pra lutar, chega mais longe!
*011.490-137194/19*
LEIA ATENTAMENTE AS SEGUINTES INSTRUÇÕES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira:
a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
 ATENÇÃO: as questões de 1 a 5 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à 
língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
3. O tempo disponível para estas provas é de quatro e trinta minutos.
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS 
HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 2
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45
Questões de 1 a 5 (opção Inglês)
QUESTÃO 1--------------------------------------------------------
CHICO
Slang term for Mexican male. Currently morphed into 
“Chicano” (Agglutination of Chico + Americano). The term 
itself is probably derived from “Chicomoztoc” meaning 
“seven caves” in the Nahuatl (Aztec) language. It is 
believed that the Mexicans (Aztecs) originated near (or 
at) Chicomoztoc (seven caves.)
Disponível em: <https://www.urbandictionary.com>.
Acesso em: 12 dez. 2018.
A língua, como objeto de comunicação, evolui e agrega 
novos termos e valores com o passar dos anos. O texto 
anterior, extraído do dicionário informal Urban Dictionary, 
define o termo chico como um/uma
A insulto ou palavra de repúdio usada para definir um 
homem de origem mexicana.
B palavra usada informalmente para se referir a um 
indivíduo masculino do México.
C vocábulo histórico, que retoma a inquestionável 
origem da palavra, oriunda do idioma Asteca.
D verbete usado de forma pejorativa para se referir a 
uma pessoa de origem latina.
E vocábulo que deriva da aglutinação de palavras de 
diferentes línguas.
QUESTÃO 2--------------------------------------------------------
With over 2.2 billion active gamers in the world, 
47% of which, or 1 billion people, spend money. For the 
millennial demographic, gaming is becoming more than 
just a casual hobby – it’s becoming a career. Why? Partly 
due to the large expansion of gaming genres, allowing 
for developers to appeal to different audiences. With 
the emergence and trend of VR, AR, A.I., and smart 
technology, an exciting future lies ahead for video games.
There are hundreds of thousands of games, 
created by hundreds, if not thousands of developers. If 
you asked me the name of the developer of every game 
I own in my home, I’d be frozen in my tracks. Why? 
Because, there’s been no rhyme or reason to really pay 
much attention to it. Most consumers stick to either the 
most popular game of their chosen console or ones the 
they are most comfortable playing. But, what’s to be 
said about those games that go unsold and unplayed? 
Developers spend their careers trying to make a name 
for themselves in the industry, wanting to be recognized 
for their work. But, if the average gamer can’t identify 
them by name or work, this becomes a disservice and 
hindrance to both the intellectual property and the 
industry as a whole.
Disponível em: <https://www.forbes.com>. Acesso em: 02 jan. 2018.
A indústria dos videogames tem sido, há alguns anos, 
um setor fundamental para a sustentação da economia 
por meio da compra e venda de produtos eletrônicos. 
O texto anterior aborda uma das problemáticas desse 
setor, envolvendo
A os muitos jogos eletrônicos que são descartados por 
jogadores insatisfeitos.
B a falta de reconhecimento do trabalho dos 
desenvolvedores de jogos.
C as severas taxas cobradas pelas empresas para a 
manutenção dos jogos.
D a grande variedade de consoles e tecnologias ligadas 
aos videogames.
E o sucateamento dos videogames como método de 
entretenimento.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 3
QUESTÃO 3--------------------------------------------------------
COWABUNGA
Sure, the 1960s surfing slang might have regained 
popularity in the late ‘80s and early ‘90s due to the Teenage 
Mutant Ninja Turtles cartoon series, but it originated way 
before then. Chief Thunderthud, a character on the 1950s 
children’s show Howdy Doody would use it as faux Native 
American language. After that, it somehow made its 
way into surfer slang, hence becoming a catchphrase of 
Michelangelo, the hard-partying, surfing ninja turtle.
Disponível em: <http://mentalfloss.com>. Acesso em: 09 dez. 2018.
Uma língua evolui constantemente, coletando palavras e 
expressões das mais diversas fontes.
O texto anterior faz referência à influência das séries de 
TV para a
A formação intelectual dos espectadores.
B construção lexical da língua inglesa.
C extinção das gírias na comunicação.
D consolidação de expressões antiquadas.
E reutilização de palavras estrangeiras.
QUESTÃO 4--------------------------------------------------------
Prohibition in the United States was a nationwide 
constitutional ban on the production, importation, 
transportation, and sale of alcoholic beverages from 1920 
to 1933.
During the nineteenth century, alcoholism, family 
violence, and saloon-based political corruption prompted 
prohibitionists to end the alcoholic beverage trade to cure 
the ill society and weaken the political opposition. One 
result was that many communities in the late-nineteenth 
and early-twentieth centuries introduced alcohol 
prohibition, with the subsequent enforcement in law 
becoming a hotly debated issue. Prohibition supporters, 
called “drys”, presented it as a victory for public morals 
and health.
Promoted by the “dry” crusaders, the movement 
was led by pietistic Protestants and social Progressives 
in the Prohibition, Democratic, and Republican parties. 
Opposition from the beer industry mobilized “wet” 
supporters from the Catholic and German Lutheran 
communities. They had funding to fight back, but by 1917-
18 the German community had been marginalized by the 
nation’s war against Germany, and the brewing industry 
was shut down in state after state by the legislatures and 
finally nationwide under the Eighteenth Amendment to 
the United States Constitution in 1920.
Criminal gangs were able to gain control of the 
beer and liquor supply for many cities. By the late-1920s 
a new opposition mobilized nationwide. Wets attacked 
prohibition as causing crime, lowering local revenues, and 
imposing “rural” Protestant religious values on “urban” 
United States. Prohibition ended with the ratification of the 
Twenty-first Amendment, which repealed the Eighteenth 
Amendment on December 5, 1933. 
Disponivel em: <https://en.wikipedia.org>. Acesso em: 10 mar. 2019.
O século XX foi marcado por grandes eventos e 
revoluções que moldaram o mundo como o conhecemos 
hoje. A Lei Seca norte-americana dos anos 1920 foi um 
importante capítulo da história do país, uma vez que
A foi apontada pela oposição como catalizadora da 
criminalidade urbana.
B mobilizou a comunidade católica norte-americana a 
cessar a produção de álcool.
C enfrentou intensa rejeição da população por conta da 
guerra na Alemanha.
D gerou o reabastecimento de álcool em várias cidades 
dos Estados Unidos.
E influenciou o conflito armado entre os drys e os wets.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 4
QUESTÃO 5--------------------------------------------------------
WHERE ARE THE GOOD JOBS?
For many people in the developing world, vulnerable 
and informal jobs remain the only work available. In most 
cases, those jobs entail low pay, limited job security, poor 
working conditions and little or no social protection. 
“Bringing more workers out of informality remains 
crucial in order to improve working conditions and generate 
tax revenues that governments need to strengthen social 
welfare systems. In this regard, furtherreductions in 
working poverty will be tightly linked to declining rates of 
informality,” the report, produced by the ILO’s Research 
Department says.
Disponível em: http://www.ilo.org/global/about-the-ilo/newsroom/news/WCMS_234030/lang--
en/index.htm. Acesso em: 11 mar. 2014 (fragmento).
No segundo parágrafo do texto, o autor cita um trecho 
do relatório produzido pelo Departamento de Pesquisa 
da ILO (International Labour Organization). A expressão 
“social welfare systems” está relacionada
A à seguridade social
B a organizações não governamentais.
C às agências de emprego.
D a sindicatos dos trabalhadores.
E aos bancos públicos.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45
Questões de 1 a 5 (opção Espanhol)
QUESTÃO 1--------------------------------------------------------
Cuando usted trabaja en una computadora por 
cierto período de tiempo, es común experimentar fatiga 
ocular, visión borrosa, ojos enrojecidos y otros síntomas 
del síndrome de visión en computadora (CVS, por sus 
siglas en inglés). Ello sucede porque las exigencias 
visuales del trabajo en la computadora son diferentes de 
las relacionadas con otras actividades.
Si usted tiene menos de 40 años, la fatiga ocular 
o la visión borrosa durante el trabajo en la computadora
puede deberse a una incapacidad de sus ojos para
permanecer enfocados con precisión en la pantalla, o
porque tienen dificultad para cambiar el foco del teclado
a la pantalla por períodos prolongados. Estos problemas
para enfocar (acomodamiento) frecuentemente se
relacionan con el CVS.
Si tiene más de 40 años, el problema puede 
deberse a estar en los inicios de la presbicia, que es 
la pérdida normal de la capacidad de enfocar de cerca 
que está relacionada con la edad. Esto, también, puede 
causar síntomas del CVS.
¿Qué puede hacer? Como primera medida, hágase un 
examen ocular integral para descartar problemas de visión y 
actualizar su receta para las gafas. Los estudios demuestran 
que incluso pequeñas imprecisiones en sus gafas con receta 
pueden contribuir a los problemas de visión.
Si sus gafas están actualizadas (o usted no 
necesita gafas con receta para la mayoría de las tareas) 
y continúa experimentando incomodidades oculares 
durante el trabajo en la computadora, piense en adquirir 
gafas personalizadas para la computadora. Estas gafas 
con un propósito especial se recetan específicamente 
para reducir la fatiga ocular y brindarle la visión más 
cómoda posible en su computadora
Disponível em: <https://www.allaboutvision.com>.
A família de problemas de visão e de olhos que nasce do 
excesso de uso de computador é descrita como Síndrome 
da Visão de Computador (ou CVS). Olhar para uma tela 
de computador é diferente de ler páginas impressas e 
muitas vezes faz com que os seus olhos trabalhem mais. 
O texto faz referência
A O texto apresenta um vocabulário básico e deixa bem 
claro, em sua estrutura, que o autor apresenta o risco 
de desenvolvimento de problemas na visão devido ao 
uso excessivo de computadores.
B à busca por óculos perfeitos para um possível trabalho 
em excesso com computadores.
C aos problemas de visão ocasionados pelo uso em 
excesso de computadores.
D às doenças relacionadas ao trabalho excessivo com 
computadores
E ao uso de óculos apropriados para o trabalho com 
computadores.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 5
QUESTÃO 2--------------------------------------------------------
El gobierno de Venezuela ordenó el cierre de 
escuelas y empresas este lunes por los cortes de 
electricidad, que ya dura cinco días. La oposición 
asegura que al menos 17 personas fallecieron a causa 
del apagón. Algunos residentes en la capital, Caracas, 
hablaron con la BBC sobre su creciente desesperación.
Cada hora sin electricidad causa más estragos y 
caos en Venezuela, un país que ya está al límite.
“Los colectivos”, pandillas de motociclistas con 
respaldo oficial, recorren las oscuras calles imponiendo 
orden a punta de pistola mientras se suceden episodios 
esporádicos de saqueos en medio de la desesperación.
• En fotos: cómo vive Caracas uno de los peores 
apagones de Venezuela en los últimos años.
• Venezuela suspende clases y trabajo por un apagón 
que dejó a medio país sin energía y que el gobierno 
denuncia como una “guerra eléctrica”.
Por su propia naturaleza, es difícil obtener una 
imagen clara de la situación del apagón en los últimos 
cuatro días.
Muchas partes del país aún están aisladas y es 
difícil conocer los detalles de su situación. Incluso cuando 
la electricidad vuelve, suele ser irregular y dura unas 
pocas horas antes de irse otra vez.
Disponível em: <https://www.bbc.com>.
 As agências do setor elétrico da Venezuela, do governo 
de Nicolás Maduro, falam em “sabotagem criminosa e 
brutal contra o sistema de geração elétrica” na usina de 
Guri, no estado de Bolívar, a mais importante do país e 
uma das principais da América Latina.
O texto apresenta
A a descrição dos problemas ocasionados pelo terrível 
apagão na Venezuela.
B as causas do maior apagão da história da Venezuela.
C as consequências de todas as sabotagens feitas 
ao governo de Nicolás Maduro durante seu novo 
mandato.
D a real situação da Venezuela, que passa por um caos 
no período de apagões em seu território.
E a situação econômica da Venezuela, que, durante o 
governo de Maduro, sofre com terríveis sabotagens.
QUESTÃO 3--------------------------------------------------------
Se conoció una noticia que aumenta el interés 
por la ceremonia de los premios Oscar 2019, que se 
desarrollarán el próximo domingo 24 de febrero en el 
Dolby Theatre de Los Ángeles: Queen tocará su clásico 
“Bohemian Rhapsody” en la gala.
La Academia de Hollywood anunció que la banda, 
liderada por el guitarrista Brian May y el baterista Roger 
Taylor, se presentará en la entrega de premios más 
importantes del cine.
Los músicos estarán acompañados por el cantante 
Adam Lambert, conocido por participar en el ‘reality’ 
American Idol, quien ocupará el lugar de Freddie Mercury 
en la próxima gira del grupo inglés.
Por supuesto que la presentación de Queen está 
relacionada con el gran éxito de la película Bohemian 
Rhapsody, que competirá en la categoría Mejor Filme.
Además, su protagonista Rami Malek (que realizó 
una gran labor en su interpretación de Freddie) buscará 
quedarse con el Oscar a Mejor Actor. Para lograrlo, 
deberá imponerse a Bradley Cooper, Christian Bale, 
Willem Dafoe y Viggo Mortensen.
Disponível em: <https://www.clarin.com>.
Após a leitura do fragmento em castelhano, encontramos
A a relação dos candidatos ao Oscar 2019, juntamente 
com os vencedores.
B a confirmação da presença da banda britânica Queen 
na noite do Oscar 2019.
C a participação da banda Queen no filme indicado ao 
Oscar 2019.
D o relato dos atores que participaram do filme Bohemian 
Rhapsody.
E o desejo do ator Rami Malek em participar de uma 
sequência do filme Bohemian Rhapsody.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 6
QUESTÃO 4--------------------------------------------------------
EL CAFÉ REDUCE EL RIESGO DE ACCIDENTES
CEREBROVASCULARES
Según un estudio japonés realizado en 83.269 
adultos con edades entre los 45 y los 74 años, se 
descubrió que aquellos que tomaban café a diario tenían 
un 20% menos de riesgo de apoplejía en comparación 
con aquellos que no bebían café a menudo. De allí se 
desprende que el café reduciría el riesgo de accidentes 
cerebrovasculares.
Disponível em: <http://kafexpresso.com>.
O café é uma bebida produzida a partir dos grãos 
torrados do fruto do cafeeiro. É servido tradicionalmente 
quente, mas também pode ser consumido gelado. O café 
é um estimulante, por possuir cafeína – geralmente 80 a 
140 mg para cada 207 mL, dependendo do método de 
preparação. No texto, encontramos a palavra apoplejía, 
que por sua vez pode ser interpretada, segundo o 
contexto, como
A hemorragia
B trauma
C liberação.
D inchaço.
E veneno.
QUESTÃO 5--------------------------------------------------------
Las guerras mienten.Ninguna guerra tiene la 
honestidade de confessar yo mato para robar. Las 
guerras siempre invocan nobles motivos: matan em 
nombre de la paz, em nombre de la civilización, em 
nombre del progresso, em nombre de la democracia. Y 
por las dudas, si tanta mentira no alcanzara, ahí están los 
médios de comunicación dispuestos a inventar enemigos 
imaginários para justificar la conversión del mundo em 
um gran manicômio y um inmenso matadero.
GALEANO, E. Las guerras mienten. Disponível em: http://www.rodelu,net. 
Acesso em: 22 jul. 2015.
O trabalho do uruguaio Eduardo Galeano é reconhecido 
em diversos países do mundo por seu teor político 
explícito. No texto, o autor
A retrata de forma clara seu descontentamento com 
a ditadura e os conflitos que marcaram a história 
recente do Uruguai.
B critica a passividade da população em qualquer lugar 
do planeta em relação às guerras e conflitos que 
ceifam tantas vidas.
C alerta para a intenção dos poderes políticos de 
promover ainda mais guerras como se o mundo fosse 
um grande manicômio.
D denuncia os verdadeiros objetivos das guerras, 
geralmente escondidos sob a imagem ilusória de 
nobres ideais.
E condena os meios de comunicação por não veicularem 
informações das guerras, deixando de informar a 
população.
QUESTÃO 6--------------------------------------------------------
BABÁ ALAPALÁ
Aganju, Xangô
Alapalá, Alapalá, Alapalá
Xangô, Aganju
O filho perguntou pro pai:
“Onde é que tá o meu avô
O meu avô, onde é que tá?”
[...]
Tataravô, bisavô, avô
Pai Xangô, Aganju
Viva egum, babá Alapalá!
Aganju, Xangô
Alapalá, Alapalá, Alapalá
Xangô, Aganju
[...]
Gilberto Gil
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/gilberto-gil/556761/>.
Acesso em: 17 mar. 2019.
O fragmento da canção de Gilberto Gil, “Babá Alapalá”, 
do álbum Refavela, reflete a conexão do autor com a 
cultura iorubá, demonstrando a importância da herança 
linguística africana na construção do(a)
A fortuna cultural e material do povo brasileiro.
B diversidade religiosa presente na cultura brasileira.
C amplitude do léxico do português falado no Brasil.
D riqueza constitutiva do nosso legado linguístico.
E soberania da língua africana em relação às autóctones.
QUESTÃO 7--------------------------------------------------------
Na charge, o posicionamento crítico do autor recai 
sobre novas formas de comunicação na sociedade 
contemporânea, uma vez que
A relações familiares de afeto de outrora cederam 
espaço à indiferença.
B avós são vítimas de avanços da Internet nas grandes 
cidades brasileiras.
C netos valorizam jogos eletrônicos que exploram novos 
hábitos familiares.
D idosos sofrem os malefícios da tecnologia decorrentes 
de relações familiares.
E familiares desistem da comunicação em detrimento 
de novas tecnologias.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 7
QUESTÃO 8--------------------------------------------------------
Molha eu!
Seca eu!
Deixa que eu seja o céu
E receba
O que seja seu
Anoiteça e amanheça eu... […]
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/marisa-monte/47270/>. Acesso em: 12 mar. 2019.
O gênero letra de canção pode trazer estruturas que 
ferem a norma-padrão da Língua. Nesse sentido, o trecho 
da canção acima comete esse desvio ao empregar
A tempos verbais no imperativo. 
B pronomes retos como complementos. 
C pronomes de forma proclítica.
D verbos em sentido denotativo.
E verbos impessoais usados conotativamente.
QUESTÃO 9--------------------------------------------------------
Uma descoberta feita por astrônomos amadores 
que passam horas estudando Marte deixou cientistas 
com a pulga atrás da orelha.
Descoberta pela primeira vez em 2012, uma 
espécie de névoa apareceu orbitando ao redor do planeta 
apenas uma outra vez e depois desapareceu.
Ao analisar imagens da misteriosa neblina, 
os cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) 
descobriram que ela é a maior já vista e se estende por 
mais de 1.000 quilômetros.
Em artigo publicado na revista “Nature”, eles 
dizem que a pluma poderia ser uma grande nuvem ou 
uma aurora excepcionalmente brilhante. Mas deixam 
claro que ambas as hipóteses são difíceis de serem 
comprovadas.
MORELLE, Rebecca. Névoa misteriosa em marte intriga cientistas. Disponível em: <http://
g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/02/nevoa-misteriosa-em-marte-intriga-cientistas.
html>. Acesso em: 17 fev. 2015. 
As palavras “névoa”, “misteriosa neblina” e “pluma” 
caracterizam, na progressão do texto,
A o mesmo referente, nomes para o planeta Marte.
B o mesmo referente, a descoberta dos astrônomos.
C referentes diferentes, a grande nuvem formada ou 
uma aurora excepcionalmente brilhante.
D referentes diferentes, elementos achados em Marte.
E referentes diferentes, hipóteses dos astrônomos.
QUESTÃO 10 ------------------------------------------------------
CASA DOS CONTOS
& em cada conto te cont
o & em cada enquanto me enca
nto & em cada arco te a
barco & em cada porta m
e perco & em cada lanço t
e alcanço & em cada escad
a me escapo & em cada pe
dra te prendo & em cada g
rade me escravo & em ca
da sótão te sonho & em cada
esconso me affonso & em
cada cláudio te canto & e
m cada fosso me enforco &
ÁVILA, A. Discurso da difamação do poeta. São Paulo: Summus, 1978.
O contexto histórico e literário do período barroco-árcade 
fundamenta o poema “Casa dos Contos”, de 1975. A 
restauração ou resgate de elementos daquele contexto 
por uma poética contemporânea revela que
A a disposição visual do poema reflete sua dimensão 
plástica, que prevalece sobre a observação da 
realidade social.
B a reflexão do eu lírico privilegia a memória e 
resgata, em fragmentos, fatos e personalidades da 
Inconfidência Mineira.
C a palavra “esconso” (escondido) demonstra o 
desencanto do poeta com a utopia e sua opção por 
uma linguagem erudita.
D o eu lírico pretende revitalizar os contrastes barrocos, 
gerando uma continuidade de procedimentos estéticos 
e literários.
E o eu lírico recria, em seu momento histórico, em uma 
linguagem de ruptura, o ambiente de opressão vivido 
pelos inconfidentes.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 8
QUESTÃO 11 ------------------------------------------------------
RENÚNCIA
Chora de manso e no íntimo... Procura
Curtir sem queixa o mal que te crucia:
O mundo é sem piedade e até riria
Da tua inconsolável amargura.
Só a dor enobrece e é grande e é pura.
Aprende a amá-la que a amarás um dia.
Então ela será tua alegria,
E será, ela só, tua ventura...
A vida é vã como a sombra que passa...
Sofre sereno e de alma sobranceira,
Sem um grito sequer, tua desgraça.
Encerra em ti tua tristeza inteira.
E pede humildemente a Deus que a faça
Tua doce e constante companheira...
BANDEIRA, Manuel. “A cinza das horas”.
In: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 75.
Nos excertos “o mal que te crucia”, “que a amarás um dia” 
e “pede humildemente a Deus que a faça”, os pronomes 
em negrito estão, adequadamente, em posição proclítica, 
haja vista a força atrativa exercida pelo vocábulo “que”, 
presente nos referidos trechos. De acordo com a norma-
padrão, qual das sentenças abaixo também se compõe 
de maneira adequada quanto à colocação do pronome 
átono?
A Nada mantinha-se como antes. 
B Se permita sempre amar os outros. 
C Trataria-se de uma nova vitória do time.
D Quando falará-se em ética na política?
E Aqui também se fazem boas ações.
QUESTÃO 12 ------------------------------------------------------
Os dois poemas abaixo foram retirados do livro Pau-
Brasil, do escritor modernista Oswald de Andrade.
A DESCOBERTA
Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até as oitavas de Páscoa
Topamos aves 
E houvemos vista de terra
AS MENINAS DA GARE
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha
Utilizando-se do recorte e da colagem, Oswald de 
Andrade se apropria de fragmentos da Carta de Pero Vaz 
de Caminha para criar sua poesia.Tal atitude revela
A conformação aos modelos clássicos de literatura.
B gesto de rebeldia sem fundamento diante da tradição 
literária.
C atitude de contradição expressa por um barroquismo 
tardio e ingênuo.
D desejo de escrever à maneira dos cronistas do 
descobrimento.
E atitude anárquica em relação à tradição da literatura, 
principalmente a da crônica de viagens do século XVI.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 9
QUESTÃO 13 ------------------------------------------------------
Disponível em: <http://www.reporterceara.com.br/index.php/2017/03/04/indicios-de-vida-
indigena-na-zona-rural-de-boa-viagem-sao-revelados-por-escrituras-rupestres/lagoa-santa-
pinturas-1>
Acesso em: 17 mar. 2019.
Eduardo Kobra - Mural ‘Etnias
Disponível em: <https://br.blastingnews.com/cultura/2016/08/o-grafite-do-brasileiro-eduardo-
kobra-entra-para-o-guinnes-como-o-maior-do-mundo-001078349.html>.
Acesso em: 17 fev. 2019.
As imagens ilustram momentos distintos da produção 
artística da humanidade, revelando-nos as diferentes 
intenções manifestadas pelos grupos sociais e permitindo 
que identifiquemos os diferentes suportes e materiais 
empregados na construção das respectivas obras. 
Entretanto, ao compararmos as produções, percebemos 
que a arte tem como papel fundamental
A servir como elemento de entretenimento, tornando-
se uma forma de lazer para os grupos sociais 
representados.
B representar o momento histórico do homem, 
relacionando-o com o espaço social no qual está 
inserido.
C construir um painel verossímil, validando as práticas 
artísticas como um momento de idealização do 
mundo.
D destacar a evolução do pensamento humano, 
ratificando a superioridade da arte contemporânea em 
relação à primitiva.
E ornamentar o espaço social por meio de inscrições 
gráficas, observando-se a cronologia do pensamento 
humano.
QUESTÃO 14 ------------------------------------------------------
O preço do barril de petróleo caiu mais de 50% 
nos últimos meses, passando de US$ 140 para cerca 
de US$ 50. O que se pergunta todos os dias é: como é 
possível que isso tenha ocorrido? Essa, no entretanto, 
é a pergunta errada. A pergunta certa a fazer é: por que 
o preço do petróleo atingiu o valor absurdo de US$ 140 
o barril, quando é notório que ele é produzido por muito 
menos? (...)
A explicação usual para a queda dos preços é a 
de que os Estados Unidos reduziram suas importações 
de petróleo por causa do sucesso da produção interna 
de óleo e gás de xisto. Assim, com petróleo abundante 
no mundo, os preços caíram. Os países da Opep, 
liderados pela Arábia Saudita, poderiam ter reduzido a 
sua produção, o que faria o preço subir, mas decidiram 
não fazê-lo. Além de grandes reservas de petróleo, 
esses países têm também enormes reservas monetárias 
que lhes permitiriam suportar um preço mais baixo até 
quebrarem os seus concorrentes nos Estados Unidos. 
(...)
Há, todavia, interpretações diferentes da crise, 
como a de que não seria apenas uma guerra comercial, 
que pode ser passageira, mas algo mais sério.
GOLDEMBERG, José. O fim da ‘era’ do petróleo?. Disponível em: <http://opiniao.estadao.
com.br/noticias/geral,o-fim-da-era-do-petroleo-imp-,1635091>. Acesso em: 17 fev. 2015.
O efeito de sentido que a palavra “todavia” produz em 
relação à pergunta feita no primeiro parágrafo é de
A adição, oferecendo mais uma resposta ao problema 
do preço do petróleo.
B concessão, indicando um fato inesperado ocorrido no 
preço do petróleo.
C conclusão, indicando uma resposta final para a crise 
no preço do petróleo.
D consequência, mostrando os motivos da queda do 
preço do petróleo.
E oposição, oferecendo outra resposta ao problema do 
preço do petróleo. 
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 10
QUESTÃO 15 ------------------------------------------------------
PABLO, Picasso. A mulher que chora. 1937.
Retrato. Tinta óleo, tela. 50 cm × 60,8 cm.
A pintura pertence à arte cubista. É um retrato dramático, 
com rosto e corpo deformados. Em cores vivas (vermelho, 
amarelo, azul e verde), Dora Maar morde um lenço, o 
que pode ser entendido como angústia e desespero. 
Alguns dizem tratar-se de uma denúncia das mortes na 
guerra de Guernica. Essas informações, assim como o 
estilo representativo da obra, revelam uma das funções 
da arte, a qual se ocupa em
A criticar ações humanas indesejadas em uma 
sociedade.
B embelezar espaços públicos com imagens 
bidimensionais.
C decorar espaços privados com imagens sobrepostas. 
D entreter observadores a partir de recursos grotescos. 
E denunciar a guerra e a morte para autoridades da 
ONU.
QUESTÃO 16 ------------------------------------------------------
Nunca antes na história da Sétima Arte Snake 
Plissken foi o Papai Noel. E o mero fato de Wyatt Earp 
ser o bom velhinho em Crônicas de Natal, mais novo 
filme natalino (ainda que lançado no Thanksgiving) do 
Netflix, já é suficiente para que ele mereça ser conferido. 
Não é nenhuma maravilha, bem longe disso, na verdade, 
mas são 104 minutos descompromissados com alguns 
bons momentos e uma bela ponta bem lá no finalzinho.
Disponível em:<https://www.planocritico.com/>. Acesso em: 29 fev. 2019.
Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam 
estratégias para introduzir e retomar ideias, promovendo 
a progressão do tema. No fragmento transcrito, um novo 
aspecto do tema é introduzido pela expressão
A “Nunca antes”.
B “o mero fato”.
C “Não é nenhuma maravilha”.
D “bem longe disso”.
E “lá no finalzinho”.
QUESTÃO 17 ------------------------------------------------------
Texto I
MÉDICO DEBOCHA DE PACIENTE NA
INTERNET E É DEMITIDO
Pacientes e internautas ficaram indignados com a postura 
do funcionário.
Reprodução/Internet
Um médico plantonista do hospital público Santa 
Rosa de Lima, administrado pela Santa Casa de Serra 
Negra, em São Paulo, foi afastado do trabalho após ter 
uma foto divulgada em seu Facebook em que debocha 
de um paciente que não falou corretamente as palavras 
“pneumonia” e “Raio-X” em uma consulta.
O médico em questão publicou em sua rede social 
a imagem de um receituário em que se lê: “Não existe 
peleumonia e nem raôxis”. A postagem foi comentada pelas 
funcionárias do hospital, que também foram demitidas.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo 
(Cremesp) informou que vai instaurar uma sindicância 
para avaliar a postura do profissional.
O caso ganhou repercussão depois que a denúncia 
foi publicada na coluna “Comentando”, e outros pacientes 
e internautas ficaram indignados com a postura do 
clínico geral. A diretoria do Hospital Santa Rosa de Lima 
publicou uma nota em que repudia o comportamento dos 
ex-funcionários.
Disponível em: <http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000816630/medico-
debocha-de-paciente-na-internet-e-e-demitido-de-hospital.html>. Acesso em: 7 nov. 2016. 
Adaptado.
Texto II
E por que reparas tu no argueiro que está no olho 
do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o 
argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então 
cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
Mateus 7:3-5
É aplicável a advertência bíblica à conduta do médico por 
este, ao comentar uma falha alheia, ter cometido ele mesmo 
um erro linguístico, o qual pode ser classificado de
A redundância.
B regência.
C concordância.
D coesão.
E coerência.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 11
QUESTÃO 18 ------------------------------------------------------
Texto I
Em se tratando da progressão temática de 
diferentes gêneros e tipos, um dos tópicos que 
merece atenção é a pontuação, entendida não apenas 
com a função de marcar contornos entonacionais e 
deslocamentos sintáticos, mas, sim, em uma visão textual 
discursa. Nessa perspectiva, os sinais de pontuação são 
vistos como marcas do ritmo da escrita.
KOCH, I.V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever. Editora contexto, 2012, pp.39 e 40. 
Texto II
Revista Veja, 9 abr, 2008.
Utilizando o primeiro texto comofonte teórica para 
interpretação do segundo texto, apresenta respaldo 
gramatical e coerência semântica a análise feita em
A “Não, espere” e “Não espere”, embora o uso de vírgula 
altere o ritmo da fala, não há modificação do sentido 
da fala com a alteração da pontuação.
B “Isso só, ele resolve” e “Isso, só ele resolve”, a 
alteração da posição da vírgula qualifica, na segunda 
frase, o sujeito “ele” como indivíduo de capacidades 
básicas.
C “Aceito, obrigado” e “Aceito obrigado”, a ausência da 
vírgula contribui para transformar a expressão em um 
agradecimento.
D “Esse, juiz, é corrupto” e “Esse juiz é corrupto”, a 
ausência da vírgula permite que o termo “juiz” deixe 
de assumir a função gramatical de vocativo para se 
tornar o sujeito da oração.
E “Não quero ler” e “Não, quero ler”, o isolamento 
do advérbio de negação pela vírgula muda o 
posicionamento do sujeito, tornando sua vontade 
contrária à leitura.
QUESTÃO 19 ------------------------------------------------------
Folha de S. Paulo, 26/09/2014. 
No texto multimodal, ao realizar-se consórcio da 
linguagem verbal e não verbal, pode-se perceber que o 
humor do texto foi concebido a partir do emprego do(a)
A polissemia por homonímia na palavra “plantadas”, 
reforçada pela intertextualidade com a literatura na 
imagem do delinquente.
B ambiguidade lexical do termo “plantadas”, 
configurando um valor denotativo e outro figurativo, 
aspecto confirmado pela imagem dos policiais.
C plurissignificação das palavras “plantadas” e “pés”, 
aspecto reforçado pelo gestual da autoridade 
representativa da lei.
D polifonia semântica do termo “pés”, compreendido ora 
como “planta” ora como “prova” corrompida, aspecto 
reforçado pela imagem do delinquente.
E amplitude significativa do termo “provas”, destacando 
uma relação de sentido verbo-visual com a imagem 
dos “pés de maconha”
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 12
QUESTÃO 20 ------------------------------------------------------
MÃOS E ASAS
Todo livro tem duas capas
– Como se sabe bem –
E os pássaros têm duas asas
Que os levam além
As duas capas de um livro,
Entretanto, porém,
Não fazem o livro voar
Fazem voar os que leem
São como duas mãos mágicas
Que em muitas ou poucas páginas
– E isso não importa nada –
Podem guardar de tudo
Acreditem no que eu digo
As capas de um livro
São asas emprestadas
São mãos de juntar o mundo
Marília Lovatel, revista Maracajá, fevereiro de 2019.
No poema “Mãos e Asas”, de Marília Lovatel, imagens se 
entrelaçam na composição de uma linguagem poética. 
Dentre os recursos expressivos explorados pela autora, 
destaca-se o(a)
A antítese, a qual explora, no binômio “Mãos e asas”, 
imagens etéreas e fluidas.
B comparação, que se percebe no uso do verso “Todo 
livro tem duas capas”.
C pleonasmo, o qual constitui falha poética, como ocorre 
em “Entretanto, porém,”.
D metáfora, reforçando a função poética, como ocorre 
em “Fazem voar os que leem”.
E hipérbole, que reforça o sentido denotativo, presente 
em “São mãos de juntar o mundo”.
QUESTÃO 21 ------------------------------------------------------
ANNUNCIOS
FUGIU de Manoel Gomes das Neves Pereira um 
escravo pardo claro de nome Luiz, mestre pedreiro; foi 
escravo do padre João Luiz da Fraga Loureiro. Estatura 
regular, rosto comprido, cabellos pretos e crespos, olhos 
pardos claro. Quem o apprehender e levar a seu senhor 
na rua nova d’Alfandega na cidade da Victoria será bem 
gratificado.
Disponível em: <https://www.gazetaonline.com.br/>. Acesso em: 28 fev. 2019.
No anúncio acima, o autor se utiliza de recursos 
expressivos da língua para atingir seu objetivo. Isso pode 
ser percebido pelo uso de
A verbos denominando ação a ser executada.
B adjetivos caracterizando a pessoa procurada.
C substantivos demonstrando o sentimento de perda.
D pronomes demonstrativos esclarecendo o local de 
entrega.
E advérbios esclarecendo o momento da fuga do 
escravo.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 13
QUESTÃO 22 ------------------------------------------------------
Texto A
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.
Texto B
CANTO DE REGRESSO À PÁTRIA
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita
Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo
ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Círculo do Livro. s/d.
Os textos A e B, escritos em contextos históricos e 
culturais diversos, enfocam o mesmo motivo poético: a 
paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando-
os, conclui-se que
A o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente 
do país em que nasceu, é o tom de que se revestem 
os dois textos.
B a exaltação da natureza é a principal característica do 
texto B, que valoriza a paisagem tropical realçada no 
texto A.
C o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, 
mas sem perder a visão crítica da realidade brasileira.
D o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento 
geográfico do poeta em relação à pátria.
E ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem 
brasileira.
QUESTÃO 23 ------------------------------------------------------
O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em 
casa do Mendonça também se acabou em desgraça. 
Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. 
Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros 
matam-se.
Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da 
pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e 
órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no 
fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve 
angina e a mulher enforcou-se.
Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, 
proibi a aguardente.
Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que 
não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram 
ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode 
interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não 
lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente 
deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos 
objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda 
hoje não utilizo, porque não sei para que servem.
S. Bernardo, 1996. 
“Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, 
bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos 
miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as 
lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a 
mulher enforcou-se.” (2º parágrafo)
Os pronomes sublinhados reforçam a ideia de progressão 
textual, haja vista sua funcionalidade como recurso 
coesivo. Para tanto, tais pronomes em destaque se 
referem aos termos
A “alavanca”, “um”, “viúva e órfãos”.
B “caboclo”, “dia”, “casa”.
C “pedra”, “desgraça”, “outros”.
D “gente”, “cobra”, “meninos”.
E “produção”, “aguardente”, “uns”.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 14
QUESTÃO 24 ------------------------------------------------------
UM HOMEM CÉLEBRE
— Ah! o senhor é que é o Pestana? - perguntou 
Sinhazinha Mota, fazendo um largo gesto admirativo. E 
logo depois, corrigindo a familiaridade: 
— Desculpe meu modo, mas... é mesmo o senhor? 
Vexado, aborrecido, Pestana respondeu que sim, 
que era ele. Vinha do piano, enxugando a testa com 
o lenço, e ia a chegar à janela, quando a moçao fez 
parar. Não era baile; apenas um sarau íntimo, pouca 
gente, vinte pessoas ao todo, que tinham ido jantar com 
a viúva Camargo, Rua do Areal, naquele dia dos anos 
dela, cinco de novembro de 1875... Boa e patusca viúva! 
Amava o riso e a folga, apesar dos sessenta anos em 
que entrava, e foi a última vez que folgou e riu, pois 
faleceu nos primeiros dias de 1876. Boa e patusca viúva! 
Com que alma e diligência arranjou ali umas danças, 
logo depois do jantar, pedindo ao Pestana que tocasse 
uma quadrilha! Nem foi preciso acabar o pedido; Pestana 
curvou-se gentilmente, e correu ao piano.
Finda a quadrilha, mal teriam descansado uns dez 
minutos, a viúva correu novamente ao Pestana para um 
obséquio mui particular. 
— Diga, minha senhora. 
— É que nos toque agora aquela sua polca Não 
Bula Comigo, Nhonhô. 
Pestana fez uma careta, mas dissimulou depressa, 
inclinou-se calado, sem gentileza, e foi para o piano, 
sem entusiasmo. Ouvidos os primeiros compassos, 
derramou-se pela sala uma alegria nova, os cavalheiros 
correram às damas, e os pares entraram a saracotear a 
polca da moda. Da moda; tinha sido publicada vinte dias 
antes, e já não havia recanto da cidade em que não fosse 
conhecida. Ia chegando à consagração do assobio e da 
cantarola noturna.
ASSIS. M. Disponível em: http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/contos/macn005.pdf. 
Acesso em: 17 fev. 2015. 
Pestana, o pianista tímido e reservado, aparece como 
personagem importante do sarau de aniversário descrito 
pelo narrador do conto. No trecho, a aniversariante 
recorre a Pestana para fazer um pedido, que é aceito, 
porém a contragosto do pianista. Esse sentimento de 
desgosto do pianista em relação ao pedido da viúva fica 
expresso no trecho:
A “Diga, minha senhora.”
B “Pestana fez uma careta, mas dissimulou depressa, 
inclinou-se calado, sem gentileza, e foi para o piano, 
sem entusiasmo.”
C “Vexado, aborrecido, Pestana respondeu que sim, 
que era ele. Vinha do piano, enxugando a testa com 
o lenço, e ia a chegar à janela, quando a moça o fez 
parar.”
D “Ia chegando à consagração do assobio e da cantarola 
noturna.”
E “ — É que nos toque agora aquela sua polca Não Bula 
Comigo, Nhonhô.” 
QUESTÃO 25 ------------------------------------------------------
“Esta foi a origem do pecado original, e esta é a 
causa original das doenças do Brasil – tomar o alheio, 
cobiças, interesses, ganhos e conveniências particulares, 
por onde a justiça se não guarda e o Estado se perde.
Perde-se o Brasil, Senhor (digamo-lo em uma 
palavra), porque alguns ministros de Sua Majestade 
não vêm cá buscar o nosso bem, vêm cá buscar nossos 
bens. Assim como dissemos que se perdeu o Mundo, 
porque Adão fez só a metade do que Deus lhe mandou, 
em sentido averso – guardar sim, trabalhar não, assim 
podemos dizer, que se perde também o Brasil, porque 
alguns dos seus ministros não fazem mais que a metade 
do que 
El-rei lhes manda.” 
“Sermão da Visitação de Nossa Senhora” do Pe. Antônio Vieira. In. VIEIRA, A. Sermões. 
Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951. Adaptado. Fragmento.
A partir da leitura do texto, é possível pensar a respeito 
do estilo utilizado pelo autor, o qual desenvolveu o tema 
do sermão por meio de
A recursos conceptistas, típicos do Barroco, para distrair, 
enganar, falsear suas ideias políticas, geralmente 
conservadoras, apesar de liberais no plano teológico.
B analogias, criando um jogo simbólico entre a 
dimensão espiritual e os problemas mundanos; este 
mesmo autor, mesmo tratando das questões da 
fé e da religião, não deixou de lado os problemas 
relacionados ao seu tempo e ao lugar de ação.
C linguagem de forte inclinação eclesiástica para 
privilegiar a dimensão teológica do mundo, em 
detrimento das questões políticas do Brasil colonial.
D estilo ora rebuscado, ora simplista, entrando em 
choque com as ideias cultistas e conceptistas de 
seu tempo, o que lhe valeu o codinome pejorativo de 
“Boca do Inferno”.
E estilo claro e preciso, típico da época em que viveu, 
procurando problematizar as questões do país 
através das analogias, visando a um entendimento 
mais imediato por parte do público receptor.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 15
QUESTÃO 26 ------------------------------------------------------
TWITTER ABRE SUA GAIOLA
Quinhentos milhões de mensagens são 
transmitidas diariamente em todo o mundo através do 
Twitter. Com tantos detalhes sobre vidas pessoais, esse 
site de mídia social representa um tesouro de dados 
para cientistas que procuram encontrar padrões de 
comportamento humanos, detectar fatores de risco para 
condições de saúde e rastrear a propagação de doenças 
infecciosas. Ao analisar dicas emocionais encontradas 
nos tuítes de gestantes, por exemplo, pesquisadores da 
Microsoft desenvolveram um algoritmo que prevê quais 
mulheres correm risco de sofrer depressão pós-parto. 
E o Serviço Geológico dos Estados Unidos utiliza 
o Twitter para rastrear a localização de terremotos à 
medida que as pessoas se referem a tremores.
Até agora, a maioria dos cientistas envolvidos tem 
trabalhado com um número limitado de tuítes. Embora 
a maioria dessas mensagens seja pública, quando 
cientistas querem pesquisar livremente o lote disponível, 
eles fazem isso através da interface de programação 
de aplicativos do Twitter, que atualmente só examina 
detalhadamente 1% do arquivo. Mas isso está para 
mudar: em fevereiro passado, a empresa anunciou que 
oferecerá gratuitamente todos os seus tuítes, desde 
2006, para pesquisadores. Agora que tudo está liberado 
para acesso, a utilização do Twitter como uma ferramenta 
de pesquisa provavelmente disparará. Com mais pontos 
de dados para explorar, cientistas podem fazer perguntas 
mais complexas e específicas.
O anúncio é empolgante, mas também levanta 
questões delicadas. O Twitter terá direitos legais sobre 
descobertas científicas? Sua utilização como ferramenta 
de pesquisa é ética, dado que os usuários não têm a 
intenção de contribuir para pesquisas?
Scientific American Brasil, julho de 2014. Adaptado.
Considerando-se o suporte textual e os dados 
apresentados, conclui-se que o objetivo do texto é
A criticar a ação do Twitter, que disponibilizou dados dos 
usuários para pesquisa, produzindo uma invasão de 
privacidade.
B informar os leitores a respeito da utilização dos tuítes 
como material de pesquisa, ampliando a importância 
dessa ferramenta.
C questionar a validade das pesquisas realizadas 
com os dados dos usuários do Twitter, sugerindo a 
fragilidade dos resultados.
D enfatizar que a disponibilidade de muitos dados das 
contas inviabilizará as pesquisas, o que se confirma 
pelos questionamentos na conclusão.
E atacar os que exigem rigor ético com as pesquisas 
realizadas com dados do Twitter, o que torna essa 
ferramenta um campo impreciso para a pesquisa.
QUESTÃO 27 ------------------------------------------------------
A UM POETA
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade
Arte pura, inimiga do artifício, 
É a força e a graça na simplicidade.
Olavo Bilac
No soneto “A um poeta”, de Olavo Bilac, é possível 
perceber a presença das funções poética e metalinguística 
da linguagem. Elas podem ser identificadas, 
respectivamente, por apresentar
A linguagem denotativa e preocupação em convencer o 
leitor.
B preocupação em manter contato e linguagem 
conotativa.
C informações impessoais e subjetividade do eu lírico.
D linguagem conotativa e vocábulos com valores literais.
E preocupação estética e linguagem que explora a si 
mesma.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 16
QUESTÃO 28 ------------------------------------------------------Viver é melhor que sonhar, cantou, certa vez, 
e já faz muitos anos, Belchior, um compositor do qual 
não podemos afirmar que pertença ao rebanho dos que 
perseguem apenas o sucesso a qualquer custo. Não 
acredito nisso. Eu, que sonhei nos anos 60, mantive o 
sonho aceso nos 70, e insisto em sonhar agora, nos 80, 
prefiro dizer que sonhar é preciso, e viver sem sonhar é 
impossível.
O sonho pode ter acabado para quem perdeu a 
esperança que jamais teve. Não acabou para quem, 
apesar do ceticismo e da amargura de uma sociedade 
confusa, insegura e hostil, insiste em acreditar no futuro, 
ainda que ele esteja cada vez mais envolto em sombras. 
Ninguém vive sem um sonho. Ninguém é feliz sem um 
sonho. Um sonho qualquer, grande ou pequeno, mas um 
sonho é aquilo que nos empurra para diante, aquilo que 
nos impele a criar, a sair do marasmo e da rotina, aquilo 
que nos obriga a ter ambições e planos.
Disponível em: <http://geracaoeditorial.com.br/colunistas/colunista.php?id=153>.
Acesso em: 29 fev. 2019.
Há elementos de coesão textual que retomam 
informações no texto e outros que as antecipam. Nos 
trechos a seguir, o elemento de coesão destacado que 
antecipa uma informação do texto é:
A “...um compositor do qual não podemos afirmar que 
pertença...”
B “...Não acredito nisso....”
C “...para quem perdeu a esperança que jamais teve”
D “...ainda que ele esteja cada vez mais envolto em 
sombras...”
E “...nos empurra para diante, aquilo que nos impele a 
criar...”
QUESTÃO 29 ------------------------------------------------------
QUANDO ELA FALA
Quando ela fala, parece
Que a voz da brisa se cala;
Talvez um anjo emudece
Quando ela fala.
Meu coração dolorido
As suas mágoas exala,
E volta ao gozo perdido
Quando ela fala.
Pudesse eu eternamente,
Ao lado dela, escutá-la,
Ouvir sua alma inocente
Quando ela fala.
Minha alma, já semimorta,
Conseguira ao céu alçá-la
Porque o céu abre uma porta
Quando ela fala.
ASSIS, M. Disponível em: http://www.circulosdeleitura.org.br/site/2012/07/26/quando-ela-fala-
machado-de-assis/. Acesso em: 27 jun. 2014
O escritor Machado de Assis é autor do livro que é 
considerado o marco inicial do Realismo no Brasil, 
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), e vivenciou 
um período em que concorreram diversos movimentos 
literários, como o Romantismo, o Simbolismo e o 
Parnasianismo. Contudo, o autor é mais conhecido por 
sua produção em prosa que a poética, da qual o texto 
apresentado é exemplo. Em relação à literatura, pode-se 
dizer que esse poema trata de uma questão
A onipresente nos diversos movimentos literários, a 
representação da morte, que aparece personificada 
como uma mulher nele.
B exclusiva da estética realista, a de representação do 
papel e função da mulher na sociedade, porque se 
isenta do lirismo.
C atemporal e universal da literatura, o tratamento lírico 
do amor, que é expresso de diferentes modos ao 
longo do tempo.
D recorrente ao longo de sua história, a representação 
visual do belo, que apresenta características próprias 
em cada movimento.
E exclusiva da estética romântica, o tratamento lírico do 
sofrimento amoroso, que é expresso por meio de uma 
linguagem subjetiva.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 17
QUESTÃO 30 ------------------------------------------------------
ENCONTRANDO BOLAÑO
O chileno Roberto Bolaño escreveu muito desde 
os seus 17 anos e só foi publicado pela primeira vez aos 
43 anos – e faleceu aos 50. Nada mais natural, portanto, 
que aos poucos estejam sendo reveladas obras que, por 
algum motivo, não chegaram ao conhecimento do público 
antes. O espírito da ficção científica é um desses casos. 
Falecido em 2003, o autor terminou esse livro em 1984 – 
embora tenha declarado para amigos nos anos seguintes 
como a obra o torturava e como ele sentia faltar algo 
para ajustá-la, concluí-la de fato –, antes daqueles que 
o consagrariam, como Os detetives selvagens e 2666, 
por exemplo. Justamente por isso, o leitor perceberá 
elementos e obsessões de Bolaño que marcaram os 
títulos posteriores. A história, ambientada na Cidade do 
México dos anos 1970, apresenta Jan Schrella e Remo 
Morán, que dividem moradia. Enquanto o primeiro é 
um jovem recluso, imerso nos livros de ficção científica 
e dedicado a escrever cartas delirantes aos autores do 
gênero, o segundo é um poeta que almeja se inserir no 
mercado literário – e por isso mesmo um dos primeiros 
alter egos de Bolaño. 
Revista da Cultura, ed. 110, março/17, p. 18. 
Diferentes pronomes podem ser empregados com 
a finalidade de acompanhar, retomar ou substituir 
substantivos em um texto. Na apresentação sintética 
da vida e obra de Roberto Bolaño, os pronomes estão 
presentes de diferentes maneiras, sendo coerente, por 
meio do que se prescreve na gramática normativa,
A a possibilidade de substituir, no último período, 
“o primeiro” e “o segundo” por “aquele” e “este”, 
respectivamente.
B a necessidade de, por obediência à norma-padrão, 
substituir o pronome oblíquo em “concluí-la” e “ajustá-
la” por “lhe”.
C que em “o autor terminou esse livro”, o pronome 
deveria ser substituído por “este”, devido à relação 
estabelecida com o nome da obra.
D a primeira ocorrência da palavra “que” é um pronome 
relativo e pode ser substituída por “o qual” ao retomar 
o escritor referido no texto.
E que em “como ele sentia faltar algo para ajustá-
la”, o pronome pessoal reto pode ser substituído 
adequadamente pelo demonstrativo “este”.
QUESTÃO 31 ------------------------------------------------------
CIDADEZINHA QUALQUER
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar… as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
Carlos Drummond de Andrade
Disponível em: <http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/
cidadezinha-qualquer-drummond/>. Acesso em: 17 fev. 2019.
PIADA
Dois mineiros pitando um cigarrim apoiados numa cerca, 
vendo o tempo passar. 
Um fala: 
— Óia lá, cumpadi, num é um elefante voano? 
— É... diz o outro. 
Quatro horas depois, um fala de novo:
— Ih, alá! Num é ôtro? 
O outro:
— É... o ninho deve tá perto.
Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/270379/1/Conde_
Gustavo_M.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2019.
O poema de Drummond e a piada mineira, embora 
pertencentes a gêneros composicionais distintos, 
exploram uma temática comum ao considerarmos a 
origem mineira do poeta modernista. Assim, a imagem 
destacada no poema de Drummond foi viabilizada, de 
forma humorística, ao constatarmos que na piada há 
uma
A crítica aos costumes e valores do modo de ser mineiro.
B violação das leis naturais ao criar uma atmosfera 
insólita e sobrenatural.
C reformulação da impassibilidade mineira diante da 
vida e do tempo.
D aceitação radical de um mundo impossível na 
construção da realidade.
E recorrência ao imaginário popular da literatura 
brasileira.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 18
QUESTÃO 32 ------------------------------------------------------
Salomé com a Cabeça de São João Batista. Caravaggio.
National Gallery, Londres.
Caravaggio foi um dos mais notados pintores italianos 
atuante em Roma, Nápoles, Malta e Sicília, entre 1593 
e 1610. É o nome mais importante do Barroco àquela 
época. Exceto por suas primeiras pinturas, Caravaggio 
pintou fundamentalmente temas religiosos, como se 
pode perceber na imagem da obra acima. Com função 
religiosa e estética, Salomé com a cabeça de São João 
Batista insere-se no estado figurativo da arte porque
A apresenta uma representação natural, uma forma de 
arte verossímil.
B recorre ao campo das ideias, o que requer reflexão 
ativa do observador.
C permite a interação com o público, um novo conceito 
de arte moderna.
D induz ao movimento da imagem, fruto dos reflexos de 
luzes naturais.
E demonstra inverossimilhança na cena bíblica, o que 
pode ser abstrato.
QUESTÃO 33 ------------------------------------------------------
Disponível em: <http://www.folhacarioca.com.br>. Acesso em: 28 fev.2019.
A placa acima é bastante encontrada em elevadores 
como forma de alerta para o uso deste, porém, em sua 
estrutura, há um desvio da norma-padrão que consiste 
no(a)
A quebra do paralelismo dos tempos verbais.
B emprego do artigo definido antes de demonstrativo.
C utilização de pronome demonstrativo no lugar de um 
pessoal.
D emprego de verbo em forma nominal do infinitivo.
E utilização equivocada de pronome em sentido 
reflexivo.
QUESTÃO 34 ------------------------------------------------------
Folgados, distraídos, superficiais e insubordinados 
são outros adjetivos menos simpáticos para classificar os 
nascidos entre 1978 e 1990. Concebidos na era digital, 
democrática e da ruptura da família tradicional, essa 
garotada está acostumada a pedir e ter o que quer. “Minha 
prioridade é ter liberdade nas minhas escolhas, fazer o 
que gosto e buscar o melhor para mim”, diz a estudante 
Priscila de Paula, de 23 anos. “Fico muito insatisfeita se 
vejo que fui parar em um lugar onde faço coisas sem 
sentido, que não me acrescentam nada”. A novidade 
é que esse “umbiguismo” não é, necessariamente, 
negativo.
LOILA, R. “Geração Y”. Revista Galileu – Comportamento. Disponível em: http://revistagalileu.
globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG87165-7943-219,00-GERACAO+Y.html. Acesso em: 14 fev. 
2014 (fragmento).
O trecho da reportagem aponta alguns aspectos 
da chamada “geração Y”. O emprego do advérbio 
“necessariamente”, em relação ao trecho, tem como 
intuito
A ironizar a fala da entrevistada, mostrando-a como 
uma ilustração dos adjetivos utilizados no início do 
trecho para qualificar os indivíduos nascidos entre 
1978 e 1990.
B demonstrar a imparcialidade do autor da reportagem, já 
que pretende dar voz à opinião da jovem entrevistada, 
sem confrontá-la com outros pontos de vista.
C relativizar o significado usual negativo do termo 
“umbiguismo”, pois os indivíduos da geração 
Y cresceram num mundo de mudanças e de 
ressignificação de valores.
D expressar a dúvida do autor da reportagem com 
relação aos indivíduos da geração Y, uma vez que 
não sabe como classificá-los.
E relativizar o fato de o “umbiguismo” da geração Y ser 
novidade, pois esses indivíduos já são considerados 
“folgados, distraídos, superficiais e insubordinados” 
há muito tempo.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 19
QUESTÃO 35 ------------------------------------------------------
SONETO
Já da morte o palor me cobre o rosto, 
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!… já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece…
Eis o estado em que a mágoa me tem posto! 
O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.
Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!
AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.
O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda 
geração romântica, porém configura um lirismo que 
o projeta para além desse momento específico. O 
fundamento desse lirismo é
A o conflito alimentado pela verificação da imutabilidade 
da morte.
B a tristeza que impossibilita reação diante da perda.
C o descontrole das emoções provocado pela 
comiseração.
D a vontade de autocídio como alívio para a desilusão 
amorosa.
E o gosto pela escuridão como solução para o 
desespero.
QUESTÃO 36 ------------------------------------------------------
CARTAS DE LEITORES
Já conhecemos nossos governantes e políticos, 
suas índoles, seus defeitos, suas capacidades limitadas 
para soluções e amplas para confusões. Só não 
conhecíamos ainda nossos manifestantes, se é que 
assim se pode dizer. Nada justifica a agressão física, 
seja qual for a manifestação, seja quem for o agredido ou 
o agressor. Nada justificará, jamais, a agressão sofrida 
pelo governador Mário Covas, por mais digna que fosse 
a manifestação. O que causa espanto é que se tratava 
de uma manifestação de professores. É esse o papel de 
um educador?
ÁVILA, Marcelo Maciel. O Globo, 03 jun. 2000.
O país está chocado com as agressões que os 
representantes do povo estão sofrendo. As autoridades 
e a imprensa nacional têm-se manifestado severamente 
contra esses atos. Primeiro foi uma paulada no 
governador de São Paulo, depois um ovo no ministro da 
Saúde e, em 1º de junho, outro ataque ao governador 
Mário Covas. O vice-presidente da República disse que 
o governador merece respeito. Concordo. Mas os demais 
cidadãos brasileiros não merecem? O ministro da Justiça 
cobrou punição judicial para os agressores, afirmando 
que a última manifestação transpusera os limites do 
tolerável. E a situação de extrema violência que nós, 
cariocas, estamos vivendo? Quando o ministro vai achar 
que foram transpostos os limites do tolerável? 
SILVA, Arthur Costa da. O Globo, 03 jun. 2000.
Em geral, esse tipo de carta no jornal busca convencer 
os leitores de um dado ponto de vista. Por causa dessa 
intenção, é possível verificar que ambas as cartas 
transcritas se caracterizam por
A finalizar com perguntas retóricas para expressar sua 
argumentação.
B iniciar com considerações gerais para contestar 
opiniões muito difundidas.
C utilizar orações de estruturação negativa para 
defender a posição e outros.
D empregar estruturas de repetição para reforçar ideias 
centrais da argumentação.
E exaltar formas coloquiais e se aproximar do nível dos 
leitores desse gênero textual.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 20
QUESTÃO 37 ------------------------------------------------------
“Em um engenho, sois imitadores de Cristo 
Crucificado: porque padeceis de um modo muito 
semelhante que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz, 
e em toda a sua paixão.
A sua cruz foi composta de dois madeiros, e 
vossa em um engenho é de três (...) Cristo despido, e 
vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo 
em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo (...) Eles 
mandam, e vós servis; eles dormem, e vós velais; eles 
descansam, e vós trabalhais, eles gozam o fruto de 
vossos trabalhos, e o que vós colheis deles é um trabalho 
sobre o outro.
Não há trabalhos mais doces que os das vossas 
oficinas; mas toda essa doçura para quem é? Sois como 
as abelhas, de quem disse o poeta: “Sic vos non vobis 
mellificatis apes” (Assim vós, mas não para vós, fabricais 
o mel, abelhas).”
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951. Adaptado.
O fragmento retirado de um dos Sermões do Padre 
Antônio Vieira, mais representativo nome da prosa do 
Barroco luso-brasileiro, dirigido aos escravos de seu 
tempo, faz uso de um símile para se dirigir aos seus 
ouvintes, que pode ser lido em:
A “sois imitadores de Cristo Crucificado”.
B “sua cruz foi composta por dois madeiros”.
C Sois como as abelhas”.
D “Eles mandam, e vós servis”.
E “Mas toda essa doçura para quem é?”.
QUESTÃO 38 ------------------------------------------------------
Obra Penetrável da Gal, de Hélio Oiticica
Disponível em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/2.804/a-
suprassensacao-de-helio-oiticica-1.1507254. Acesso em: 18 mar. 2019.
A instalação emerge no contexto da Arte Conceitual, 
empregando, no seu processo de realização, 
diferentes suportes e propondo uma gama variada de 
possibilidades. Composta por filamentos de plástico azul, 
a obra Penetrável de Gal, de Hélio Oiticica, ilustra esse 
tipo de arte experimental, cuja proposta de interação com 
o público se dá por meio da
A ressignificação do objeto, explorando os limites do 
olhar na compreensão do produto artístico.
B reinterpretação da arte, destacando a renovação das 
formas tradicionais na concepção do objeto artístico.
C renovação das formas artísticas, revelando o emprego 
das novas linguagens visuais na concepção da obra 
de arte.
D compreensão crítica da obra, ratificando sua aspiração 
democrática no que concerne ao seu alcance social.
E experiência sensorial, exigindodo público uma 
ação interventiva, o que a caracteriza como arte 
participativa.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 21
QUESTÃO 39 ------------------------------------------------------
Houve um momento grande, parado, sem nada 
dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. 
Mas de repente num estremecimento deram corda no 
dia e tudo começou a funcionar, a máquina trotando, o 
cigarro do pai fumegando, o silêncio, as folhinhas, os 
frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias 
de pressa como uma chaleira a ferver. 
LISPECTOR, C. Perto do Coração Selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Entre todos os aspectos significativos do texto acima, 
aquele que desde o início conduz a sensação de tempo 
do leitor, contribuindo para a construção do ritmo de 
leitura e da progressão temática, é
A a pontuação.
B o gerundismo.
C a personificação.
D a metáfora.
E o emprego de conectivos.
QUESTÃO 40 ------------------------------------------------------
FORTALEZA TEM POPULAÇÃO
MAIOR QUE 97 PAÍSES
Maior que a Namíbia, Fortaleza tem sozinha a 
população somada dos 52 menores países do mundo. Já 
todo o Ceará, dos 69 menos populosos
Somando hoje mais de 2,6 milhões de habitantes, 
o município de Fortaleza supera em mais de cem mil
pessoas a população da Namíbia,
142º país mais populoso do mundo. Na comparação 
geral, a capital cearense possui mais habitantes que 
97 nações do globo, enquanto o estado do Ceará 
supera população dos 143 países reconhecidos pela 
Organização das Nações Unidas (ONU).
As informações têm base em relatórios da Agência 
Central de Inteligência dos Estados Unidos da América 
(CIA), quase todos com estimativas oficiais de julho 
do ano passado. Já o dado brasileiro, de 2.643.247 
habitantes para a Capital e 9.075.649 para o Estado, é 
do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE).
Disponível em: <https://www.opovo.com.br/noticias/2019/03/12/fortaleza-tem-populacao-
maior-que-97-paises.html>. Acesso em: 16 de mar de 2019.
Todo ato comunicativo depende de um gênero textual. 
Todo gênero apresenta formato, aspecto linguístico 
característico e função social específica. No caso de uma 
notícia, como a exemplificada acima, a função social é
A apresentar informações populacionais aos leitores de 
um jornal.
B informar leitores acerca de assuntos diversos que 
estão em pauta.
C ensinar as pessoas a identificar dados populacionais 
de uma cidade.
D demonstrar as diferenças populacionais entre cidades, 
estados e países.
E defender informações precisas acerca de populações 
mundiais.
QUESTÃO 41 ------------------------------------------------------
Agora me digam: como é que, com tio-avô 
modinheiro parente de Castro Alves, com quem 
notivagava na Bahia; pai curtidor de um sarau musical, 
tocando violão ele próprio e depositário de canções que 
nunca mais ouvi cantadas, como “O leve batel”, linda, 
lancinante, lúdica e que mais palavras haja em “l’s” 
líquidos e palatais, com versos atribuídos a Bilac; avó 
materna e mãe pianistas, dedilhando aquelas valsas 
antigas que doem como uma crise de angina no peito; 
dois tios seresteiros, como Henriquinho e tio Carlinhos, 
irmão de minha mãe, de dois metros de altura e um 
digitalismo espantosos, uma espécie de Canhoto (que 
também o era) da Gávea; como é que, com toda essa 
progênie, poderia eu deixar de ser também um compositor 
popular…
Vinicius de Moraes. Samba falado: crônicas musicais.
Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008. Adaptado. 
 A crônica é um gênero textual cotidiano muito próximo da 
marca de oralidade. Essa modalidade de texto expressa 
o olhar atento do cronista sobre as pequenas coisas. Das
características abaixo, frequentemente encontradas em
crônicas, só não encontramos
A emprego de neologismos.
B interação com o leitor.
C sintaxe com marcas de oralidade.
D frases sem verbo.
E uso de termos da linguagem informal.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 22
QUESTÃO 42 ------------------------------------------------------
CANÇÃO DO TAMOIO
I
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
[...]
V
E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.
VI
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D’imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d’ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.
[...]
X
As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.
Gonçalves Dias
Gonçalves Dias. Canção do Tamoio. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 19 mar. 2019.
A partir do texto, pode-se compreender que, na poesia 
indianista, a configuração estética do indígena reflete 
valores e costumes da sociedade brasileira do século XIX, 
pois, no poema,
A o índio é inserido em um ambiente predominantemente 
bucólico, sem conexão efetiva com a natureza local.
B os elementos da cultura indígena são substituídos 
pelos costumes burgueses adotados pela sociedade 
brasileira da época.
C a cultura indígena é mesclada a valores universais 
para provocar a identificação do brasileiro com um 
passado heroico ideal.
D o indígena é representado de forma realista, sendo 
sua morte trágica relacionada ao advento do processo 
colonialista.
E a atitude guerreira dos indígenas do passado é 
contraposta ao moderno ideal de civilidade da vida 
burguesa.
QUESTÃO 43 ------------------------------------------------------
Disponível em: <https://www.google.com/search?>. 
Acesso em: 12 mar. 2019.
Na peça publicitária, recursos verbais e não verbais 
contribuem para a construção de sentido e para a 
mensagem que se quer transmitir ao leitor. O uso da frase 
“Quem compra drogas financia a violência” e o da mão 
ensanguentada indicando “pare” constituem estratégias 
de argumentação, as quais visam a
A persuadir os financiadores do tráfico a não vender 
drogas aos dependentes químicos, pois o uso 
indiscriminado de drogas tem permitido a morte de 
pessoas inocentes nas grandes cidades brasileiras.
B comover a sociedade brasileira para que não aceite 
a venda de drogas em grandes cidades, já que as 
consequências desse comércio têm levado pessoas 
comuns à morte nas periferias das grandes cidades 
do país.
C convencer os compradores de droga de que eles 
contribuem para o avanço da violência, uma vez que 
pessoas importantes têm morrido em decorrência do 
avanço do tráfico de drogas e de armas no território 
brasileiro.
D promover mudança de comportamento de 
compradores e, possivelmente, de usuários de drogas 
para que a violência, fruto dessa relação, possa, em 
um futuro próximo, ser extinta de nossa sociedade.
E contribuir com as políticas públicas de combate ao 
tráfico de drogas no Estado brasileiro, o que permitirá 
que pessoas inocentes não mais sejam vítimas do 
tráfico de armas e de drogas em nossa sociedade.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 23
QUESTÃO 44 ------------------------------------------------------
VOCÊ TOMOU UM RAIO-X SEM SABER – E A CULPA 
É DE FUKUSHIMA
Cientistas do governo norueguês calcularam a 
dispersão de partículas radioativas liberadas durante 
a catástrofe na usina de Fukushima, cujos reatores 
explodiram após o tsunami que atingiu o Japão em 2011. 
Segundo eles, cada habitante do planeta Terra recebeu 
0,02 milisieverts de radiação – o equivalente a um exame 
de raio-X.
Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 19 maio 2017. 
O título de um texto serve para introduzir o assunto que 
será discutido nele. No título da matéria, o autor introduz 
o tema por meio de uma
A hipérbole, que exagera na quantidade de radiação 
que uma pessoa recebe ao fazer um exame de raio-X.
B comparação, que explicita a semelhança nos valores 
radioativos entre um raio-X e os resquícios da 
catástrofe de Fukishima.C especulação, que investiga a semelhança na 
quantidade de radiação de um raio-X com a que foi 
liberada na usina de Fukushima.
D expressão técnica, que restringe a compreensão do 
vocabulário àqueles que têm conhecimento sobre 
exames de raio-X e radioatividade. 
E metáfora, que compara a quantidade de radiação 
liberada na catástrofe de 2011 para cada habitante do 
planeta à que se recebe em um exame de raio-X.
QUESTÃO 45 ------------------------------------------------------
Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,
fui honrado pastor da tua aldeia;
vestia finas lãs e tinha sempre
a minha choça do preciso cheia.
Tiraram-me o casal e o manso gado, 
nem tenho a que me encoste um só cajado.
Para ter que dar, é que eu queria
de mor rebanho ainda ser o dono;
prezava o teu semblante, os teus cabelos
ainda muito mais que um grande trono.
Agora que te oferte já não vejo, 
além de um puro amor, de um são desejo.
Se o rio levantado me causava, 
levando a sementeira, prejuízo, 
eu alegre ficava, apenas via
na tua breve boca um ar de riso.
Tudo agora perdi; nem tenho o gosto
de ver-te ao menos compassivo o rosto
Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu. In: A. Candido e A. Castello, Presença da 
literatura brasileira. Das origens ao Romantismo. São Paulo: Difel, 1976, p. 165-6. 
Acesso em: 19 mar. 2019
As três estrofes que compõem o poema são construídas 
a partir de uma mesma estrutura: seis versos, dos quais 
os quatro primeiros apresentam uma situação que 
é completamente invertida nos dois versos finais de 
cada estrofe. O elemento literário que demarca os dois 
momentos contrapostos da vida do eu lírico é
A o espaço, que é urbano e refinado nos primeiros 
versos e se converte em rústico nos versos finais.
B a configuração da personagem Marília, que era 
inicialmente alegre e compassiva, mas, ao final, se 
torna triste e impiedosa.
C a constituição do eu lírico, que, nos versos iniciais, se 
denomina pobre, mas honrado, e passa a se revelar 
rico, porém infeliz, nos dísticos finais.
D a mudança do foco narrativo da primeira para a 
terceira pessoa, o que transforma em distanciamento 
a aproximação inicial do leitor com o texto.
E o tempo, que distingue a condição favorável do 
passado da situação desfavorável do presente.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 24
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46 ------------------------------------------------------
“Quando os portugueses começaram a povoar 
a terra havia muitos destes índios pela costa junto das 
Capitanias. Porque os índios se levantaram contra os 
portugueses, os governadores e capitães os destruíram 
pouco a pouco, e mataram muitos deles. Outros fugiram 
para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de 
gentio ao longo das Capitanias. Junto delas ficaram 
alguns índios em aldeias que são de paz e amigos dos 
portugueses.”
Pero de Magalhães Gandavo. Tratado da Terra do Brasil. 
Disponível em: <em http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/ganda1.html>. 
Acesso em: 20 ago. 2012.
A resistência abordada no texto, por Pero de Gandavo, 
enfatiza que 
A as aldeias de paz eram aquelas em que a catequese 
jesuítica permitia o sincretismo religioso como forma de 
solucionar os conflitos entre indígenas e portugueses.
B a violência contra os indígenas foi exercida com o 
intuito de desocupar o litoral e facilitar a circulação do 
ouro entre as minas e os portos.
C a fuga dos indígenas para o interior era uma reação 
às perseguições feitas pelos portugueses e ocasionou 
o esvaziamento da costa.
D a luta dos indígenas foi de forma semelhante às 
descritas por Pero Vaz de Caminha, em 1500.
E o enfrentamento militar foi uma opção encontrada pelos 
nativos para consolidar o processo de colonização lusa.
QUESTÃO 47 ------------------------------------------------------
A Conferência afro-asiática examinou ansiosamente a 
questão de paz mundial e de cooperação. Tomou nota com 
profunda inquietação do estado de tensão internacional 
e do perigo de guerra atômica [...] Em verdade, todas 
as Nações deveriam ter o direito de escolher livremente 
seus próprios sistemas político e econômico e seu 
próprio modo de vida, conforme os princípios e objetivos 
das Nações Unidas.
MATTOSO, Kátia. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea. São Paulo: 
Hucitec/Edusp, 1977, p. 200-202.
Em 1955 foi realizada, na Indonésia, a Conferência de 
Bandung. Considerando o contexto do Pós-Segunda 
Guerra Mundial, a Conferência de Bandung expressava
A uma manifestação pelo reconhecimento internacional 
da hegemonia asiática sobre a economia do pós-guerra.
B uma ruptura com os padrões socioculturais preconizados 
pela Tríplice Aliança e pela Tríplice Entende.
C a resistência política contra os confrontos armados 
entre os Países Aliados e os Países do Eixo.
D a resistência política contra os confrontos armados 
entre os Países Aliados e os Países do Eixo.
E a tentativa de alguns países de se manterem neutros 
diante da bipolaridade estabelecida pela Guerra Fria.
QUESTÃO 48 ------------------------------------------------------
Como não haveria de ser evidente mesmo para um 
cego, como se diz? Enquanto não houvermos feito esta 
contestação, nem essa demonstração, não poderemos, 
de forma alguma, falar nem de discursos falsos, nem de 
opiniões falsas, nem de imagens, de cópias, de imitações 
ou de simulacros, e muito menos de qualquer das artes 
que deles se ocupam, sem cair, inevitavelmente, em 
contradições ridículas.
PLATÃO, O Sofista. Coleção Os Pensadores. Abril Cultural, 1972. 
O trecho acima, do diálogo O Sofista, refere-se à 
discussão central do diálogo que pretende afirmar qual é 
a arte do sofista. Esta discussão se pretende à distinção 
e definição dos conceitos de
A moral e ética.
B sensível e inteligível.
C ser e não-ser. 
D doxa e episteme.
E uno e múltiplo.
QUESTÃO 49 ------------------------------------------------------
Crescem as bateduras nas têmperas; multiplica-
se a agitação com as espátulas; deixa-se esfriar como 
morto nas formas; leva-se para a casa de purgar, sem 
terem contra ele um mínimo indício de crime, e nele 
chora, furado e ferido, a sua tão malograda doçura. [...] E 
assim pregado e sepultado, torna por muitas vezes a ser 
vendido e revendido, preso, confiscado e arrastado. E se 
livra das prisões do porto, não livra das tormentas do mar 
nem do degredo, com imposições e tributos, tão seguro 
de ser comprado e vendido entre cristãos.
ANTONIL, A. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1997.
O texto faz referência à produção e exportação do açúcar 
brasileiro, mas também pode ser lido como uma alegoria 
referente ao processo de
A catequização dos indígenas brasileiros.
B escravização dos negros africanos.
C imigração de trabalhadores estrangeiros.
D produção de subsistência dos ruralistas.
E trabalho doméstico das mulheres.
*011.490-137194/19*
1º Dia – Página 25
QUESTÃO 50 ------------------------------------------------------
Um mapa pode possuir níveis distintos de 
abrangência, de modo que podemos mapear o mundo, 
continentes ou partes deles, países, regiões, Estados 
ou mesmo ruas. Todas as vezes que visualizamos um 
mapa, independentemente do seu tema (mapa político, 
físico, histórico, econômico), podemos saber a distância 
real que há entre dois pontos ou o tamanho de uma 
área. Isso é possível por meio da verificação da escala 
disposta nos mapas.
https://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos-gerais/cartografia/escala.
Para representar a superfície terrestre de maneira 
reduzida em um mapa, calcula-se essa superfície através 
de uma escala cartográfica. 
Esta proporção pode ser representada através de uma 
escala numérica. Suponha um mapa em uma escala 
1:500.000.
A exata correlação entre a distância no mapa e a 
superfície real está presente em:
A 10 cm no mapa = 5 km na superfície real.
B 1 cm no mapa = 50 km na superfície real.
C 2 cm no mapa = 1 km na superfície real.
D 5 cm no mapa = 25 km na superfície real.
E 3 cm no mapa = 30 km

Continue navegando