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Não sabendo que era impossível, foi lá e fez. *015.015-140351/19* CADERNO LEIA ATENTAMENTE AS SEGUINTES INSTRUÇÕES: VERIFICAÇÃO PARCIAL 1 / SIMULADO PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAShk E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 91 a 180, dispostas da seguinte maneira: a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. . Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. . O tempo disponível para estas provas é de . *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 3 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 1 a 45 Questões de 1 a 5 (opção Inglês) QUESTÃO 1-------------------------------------------------------- Save Money & Time by Using Bus Passes. If you ride the bus regularly, you would be smart to buy a bus pass – not only can you save 34% or more on your fare, but boarding is faster when you don’t have to fumble with coins and bills, too! See page 8 for more information. Booklet MTD. Santa Bárbara. California – 4 jul. 2019 Visando uma maior rapidez no acesso dos passageiros ao transporte público da cidade de Santa Bárbara, o Departamento Municipal de Trânsito oferece o serviço de passe de ônibus, que pode ser adquirido pelos usuários do serviço. Além da economia, o anúncio afirma, por meio da expressão “you don`t have to fumble with coins and bills”, que os passageiros, com o passe, evitarão A derrubar moedas e cédulas ao subir no ônibus. B esquecer de levar o dinheiro trocado para acessar o ônibus. C impedir a entrada das pessoas que optarem em pagar com moedas e notas. D enganar o motorista tentando passar moedas e notas falsas. E atrapalhar-se com moedas e notas ao subirem no ônibus. QUESTÃO 2-------------------------------------------------------- THE STAR-SPANGLED BANNER Oh, say! Can you see by the dawn’s early light What so proudly we hailed at the twilight’s last gleaming; Whose broad stripes and bright stars, through the perilous fight, O’er the ramparts we watched were so gallantly streaming? And the rocket’s red glare, the bombs bursting in air, Gave proof through the night that our flag was still there: Oh, say! Does that star-spangled banner yet wave O’er the land of the free and the home of the brave? (…) Disponível em: <https://www.ingles200h.com>. Acesso em 4 jul. 2019 O trecho anterior corresponde à primeira estrofe do hino nacional dos Estados Unidos, The Star-Spangled Banner (A bandeira estrelada), composto em 1812 e oficializado como hino nacional apenas em 1931. É possível identificar nos versos a adoração à bandeira americana como um símbolo de A autonomia dos 50 estados da federação, representados no pavilhão nacional por cada uma das estrelas presentes no estandarte. B firmeza e devoção aos valores tradicionais do país, como a liberdade, a democracia, a justiça social e a igualdade de gêneros. C resistência e superação em momentos de conflitos e ataques, que puseram em risco valores como liberdade e democracia. D força e poder, que desperta nos inimigos da pátria a sensação de impotência e fragilidade perante uma nação tão poderosa e grandiosa. E submissão, quando atacados os valores tradicionais inerentes ao país, tais como a liberdade e a democracia. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 4 QUESTÃO 3-------------------------------------------------------- “WE’RE ANTI-INFLUENCER”: ICE-CREAM TRUCK MAKES INSTAGRAM “STARS” PAY DOUBLE Customers at Joe Nicchi’s ice-cream truck have increasingly had the same demand: give us your ice-cream for free. CVT Soft Serve, a popular truck in Los Angeles, has started to receive weekly requests from self-proclaimed Instagram “influencers” who promise to post a photo of Nicchi’s ice-cream – if they don’t have to pay. Nicchi has always said no, but this week he found an unusual way to profit off of the influencers: he publicly told them to go away. Nicchi went viral after posting a sign that said “influencers pay double”, writing on Instagram that he would “never give you a free ice-cream in exchange for a post”. The image, tagged #InfluencersAreGross, spread around the globe, and now Nicchi says his business is booming, attracting fans across southern California who share his disdain of influencers. Disponível em: <https://www.theguardian.com/us-news/2019/jul/03>. Acesso em: 4 jul. 2019. Os chamados influenciadores digitais surgiram com o advento das redes sociais. Essas “celebridades” são adoradas por seus milhões de fãs e costumam usar esse apelo como forma de conseguir regalias de diversas empresas ao redor do mundo, pois por meio das visualizações de seus posts há uma forma de divulgação de marcas e eventos. A notícia anterior, no entanto, dá conta de uma atitude tomada por um proprietário de uma carrocinha de sorvete em Los Angeles, que resolveu A afugentar os influenciadores de seu estabelecimento cobrando deles o dobro por cada sorvete solicitado. B proibir que seu pequeno negócio fosse divulgado nas redes sociais por influenciadores digitais. C rivalizar com vários influenciadores digitais por terem usado sua marca indevidamente em recentes posts no Instagram. D fazer uma campanha em sua carrocinha de sorvete contra a prática de divulgação de produtos sem a devida autorização dos proprietários dos negócios. E denunciar por meio de um cartaz em sua carrocinha de sorvete alguns influenciadores que usam da fama na redes sociais para enganar seus seguidores. QUESTÃO 4-------------------------------------------------------- Disponível em: <https://garfield.com/comic/2019/06/07>. A tirinha é um gênero textual que traz, geralmente de forma bem-humorada, situações cotidianas de seus personagens. Na tirinha anterior, a comicidade está presente na A recusa de Liz em ser chamada de baby. B observação de Garfield em dobrar a recusa de Liz para ele. C oferta de Jon de chamar Liz de baby. D surpresa de Liz com a oferta de Jon. E sugestão de tratamento para com Liz. QUESTÃO 5-------------------------------------------------------- CROSS My old man’s a white old man And my old mother’s black. If ever I cursed my white old man I take my curses back. If ever I cursed my black old mother And wished she were in hell, I’m sorry for that evil wish And now I wish her well. My old man died in a fine big house. My ma died in a shack. I wonder where I’m going to die, Being neither white nor black? Cross. In: HUGHES, L. Selected Poems of Langston Hughes. 1st ed. New York: Alfred A. Knopf, 1959, p. 158. Langston Hughes foi um poeta negro americano que viveu no século XX e escreveu “Cross” em 1926. São os temas centrais do poema A o processo de miscigenação e a colonização dos Estados Unidos. B o processo de miscigenação e a desigualdade sociorracial. C o processo de envelhecimento e a efemeridade do tempo. D a diversidade etnicorreligiosa e a união entre negros e brancos. E o regime do apartheid na África do Sul e a eugenia. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 5 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 1 a 45 Questões de 1 a 5 (opção Espanhol) QUESTÃO 1-------------------------------------------------------- FIEBRE AMARILLA La Embajada del Brasil en Buenos Aires informa que la vacunación contra la fiebre amarilla no es obligatoria para ingresar al territorio brasileño. En el caso de que usted haya estado, en los últimos 3 meses, en alguno de los países listados a la continuación, se recomienda tener a su Certificado de Vacunación contra la Fiebre Amarilla al ingresar a Brasil: Angola, Benin, Bolivia, Burkina Faso, Burundi, Camarones, Chad, Colombia, Congo, Costa de Marfil, Ecuador, Etiopia, Gabon, Gambia, Ghana, Guiana, Guiana Francesa, Guinea, Guinea Bissau, Guinea Ecuatorial, Liberia, Mali, Mauritania,Niger, Nigeria, Panamá, Perú, Kenia, República Centroafricana, República Democratica del Congo, República Unida de Tanzania, Ruanda, Santo Tome y Principe, Senegal, Sierra Leona, Somalia, Sudan, Suriname, Togo, Trinidad y Tobago, Uganda y Venezuela. No obstante, como la vacuna es la principal herramienta de prevención y control de la enfermedad, se recomienda la vacunación a los viajeros internacionales que visiten los municipios brasileños y áreas indicados en esta lista y en la siguiente imagen: Disponível em: <http://buenosaires.itamaraty.gov.br/es-es/vacunas.xml>. Fiebre amarilla en Brasil Área endémica Área transición Área sin riesgo Área de riesgo potencial Disponível em: <https://www.google.com/search?safe=active&rlz=1C1CHBD_pt-PTBR849B R849&q=regiones+en+brasil+fiebre+amarilla&tbm=isch&source=univ&sa=X&ved=2ahUKEwi Tw-2u54DjAhVorlkKHQ9FDq8QsAR6BAgAEAE#imgrc=wxKk6-UBKDerzM:>. Febre amarela é uma doença infecciosa, de gravidade variável, causada por um arbovírus (vírus transmitidos por mosquitos) do gênero Flavivirus febricis da família Flaviviridae, cujo reservatório natural são os primatas não humanos que habitam florestas e matas tropicais. Com base nos textos anteriores, encontramos como resposta correta: A A vacina contra a febre amarela é obrigatória para todo cidadão da Argentina que reside em território brasileiro. B A vacinação em território da América do Sul é obrigatória somente para quem vai em direção ao Brasil e Argentina. C A linguagem não verbal em questão faz referência ao mapa do Brasil que, por sua vez, apresenta as estatísticas de mortes por febre amarela. D A linguagem verbal presente na questão orienta como proceder para estar legalmente habilitado para transitar em regiões que apresentam grande incidência de febre amarela. E A linguagem verbal anterior apresentada mostra um retrato da febre amarela no Brasil e Argentina, bem como em outros países da América do Sul. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 6 QUESTÃO 2-------------------------------------------------------- Disponível em: <https://www.google.com/ earch?q=EL+F%C3%9ATBOL+FEMENINO+ESPA%C3%91OL&safe=active&rlz=1C1CHBD_ pt-PTBR849BR849&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwir8p2n7IDjAhWqtlkKHRcO DMcQ_AUIECgB&biw=1366&bih=625#imgrc=AqWeJEbT_qEl8M:>. Cuando el abuelo de Jennifer Hermoso la animó con 12 años a que pasara las pruebas de su Atleti, nunca pensó que su nieta sería una de las estrellas del Atlético de Madrid Femenino, y considerada una de las mejores futbolistas del mundo. “En aquel momento era impensable. Sobre todo, porque no teníamos ningún referente en el que mirarnos. Nuestros ídolos eran siempre masculinos y jugar al fútbol para nosotras solo era un ‘hobby’. Ahora las niñas te reconocen y te piden autógrafos”. A sus 28 años, Hermoso es una de las jugadoras más destacadas de la Liga Femenina Iberdrola. Internacional con España, ha jugado en el Rayo Vallecano, el Tyressö FF sueco, el FC Barcelona y, la pasada temporada, en el PSG francés. Este verano ha vuelto a casa, al club donde empezó su carrera, y a una Liga que “sigue creciendo y demostrando que se está apostando fuerte. Las jugadoras que hemos estado fuera nos damos cuenta de que lo que tenemos aquí es muy valioso. No tengo dudas de que, dentro de poco, la española será una de las mejores ligas del mundo.” En agosto de 2016, Iberdrola se convirtió en el principal patrocinador de la Primera División Femenina. Desde entonces, la Liga Iberdrola se supera cada año, ganando en competitividad y, sobre todo, dando visibilidad, relevancia y repercusión social a las verdaderas protagonistas: las futbolistas. Disponível em: <https://branded.eldiario.es/igualdad-futbol-femenino/>. De origens humildes e esperançosas, e graças ao trabalho incansável da UEFA, federações nacionais, dirigentes e administradores dedicados e inúmeros apoiantes e voluntários, o futebol feminino floresceu em grande estilo para se tornar numa atração do futebol por direito próprio – e o trabalho continua a ser diário na promoção e fomento do futebol feminino para atrair mais mulheres a envolverem-se no desporto, seja como jogadoras, árbitras, voluntárias ou entusiastas espectadoras. Após uma leitura corrente, afirmamos que: A Cita Hermoso como um forte exemplo de superação e determinação dentro do esporte espanhol. B Apresenta uma lista de jogadoras, bem como suas respectivas opiniões sobre o futebol femenino. C Faz uma citação sobre a vida e carreira da jogadora brasileira naturalizada na comunidade espanhola. D Mostra a dificuldade que Jennifer Hermoso teve em sua vida como jogadora de futebol. E Apresenta todos os passos que Hermoso deu em sua carreira como jogadora de futebol para se tornar a melhor do mundo. QUESTÃO 3-------------------------------------------------------- Disponível em: <https://www.google.com/search?safe=active&rlz=1C1CHBD_pt-PTBR84 9BR849&q=TARJETA+DE+15+A%C3%91OS+DE+EDAD&tbm=isch&source=univ&sa=X &ved=2ahUKEwifvsnk8IDjAhWEm1kKHYxzBP8QsAR6BAgAEAE&biw=1366&bih=625#i mgrc=6W1GQbS-1hDMgM:>. Ao observar as estruturas das linguagens verbal e não verbal mostradas no texto anterior, a que se refere a partícula Los decodificada na estrutura verbal? A à festa de aniversário. B aos votos de feliz aniversário. C à linguagem não verbal. D aos anos de vida comemorados pelo aniversariante. E aos convidados da festa de aniversário. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 7 QUESTÃO 4-------------------------------------------------------- Es lógico que perteneciendo a una generación que creció bajo la sombra de las redes sociales (¡Viva el internet!) las probabilidades de que muchos de nosotros sepamos que es tener un amigo por correspondencia sean bajas... Es por esto que queremos contarles un poco sobre esto. Compartir vivencias y experiencias con un Pen Pal es una actividad emocionante y también antigua, es una práctica más de esas que se han mantenido con el tiempo, se trata de enviar cartas a personas de cualquier parte del mundo que no conoces físicamente o que tal vez hace mucho que no ves ¡¡Imagínense hacer nuevos amigos de un país con una cultura diferente simplemente intercambiando cartas!! Chulísimo!! En internet podemos encontrar páginas especializadas para encontrar amigos a quienes escribirles, con perfiles detallados, teniendo la oportunidad de poder seleccionar de acuerdo a nuestros gustos la persona con la que queremos mantener esa correspondencia. Es como si fuera una red social “manual” jajaja. Podemos llegar a tener muchos amigos por correspondencia o Pen Pals, todo dependerá del tiempo que dispongamos para ello. Hay personas que no se sienten animadas para escribir cartas a mano y estar yendo semanalmente al correo a enviarlas, y por esto deciden hacerlo vía email con la otra persona. Pero la sensación de leer un mensaje escrito a mano, la manchita de café en el papel y hasta el olor diferente, de verdad que no tiene precio. Lo divertido de tener un Pen Pal radica realmente en la tradición de hacer la carta a mano, a puro papel y bolígrafo. También en Pinterest pudimos encontrar como muchos eligen decorar sus cartas con bellos adornos, como washi tapes, stickers, dibujos, fotografias y utilizando la caligrafía o lettering... ¡Es todo un arte! Disponível em: <https://rie.com.do/blogs/blog-rie/que-es-tener-un-pen-pal>. Os amigos por correspondência são pessoas que correspondem-se regularmente através de cartas. O termo pode designar ainda este meio de comunicação despretensioso e que é contrário à tendência informatizada da troca de informações. O fragmento textual apresenta: A as etapas para saber selecionar um Pen Pal e estabelecer uma boa correspondência. B o universo das “correspondências” por meio de cartas. C a forma ideal para escrever cartas para amigos nas redes sociais. D o prazer de encontrar novos amigos por meio de correspondênciasvirtuais. E a emoção agradável de encontrar bons e verdadeiros amigos por correspondências, principalmente em redes sociais. QUESTÃO 5-------------------------------------------------------- JUNTOS APRENDEMOS MÁS Y MEJOR Muchos son los que creen aún que el silencio es la voz de los alumnos, demasiados los que están convencidos de que solo se puede aprender en un ambiente monacal de silencio, quietud y recogimiento; y que “hincar los codos” es la única forma de estudiar. Esta situación resulta sorprendente ya que, según las investigaciones más recientes en neuroeducación y psicología cognitiva y del aprendizaje, no se aprende así. En Aprender a aprender, Benedict Carey cuestiona, con el apoyo de numerosas investigaciones, algunos de los mitos sobre la mejor manera de aprender. Para Carey, entre otras cosas, a la hora de aprender hay que huir de la rutina y se obtiene mejor rendimiento cuando se varía los lugares donde se estudia o se practica. También dice Carey que hay algo más importante que cuánto tiempo se estudie, y es cómo distribuir ese tiempo. Disponível em: http://salvarojeducacion.blogspot.ie. Acesso em: 20 set. 2015. Pode-se afirmar que o texto acima amplia o repertório educacional ao A apresentar o silêncio como instrumento pedagógico essencial. B apoiar a publicação de pesquisas sobre métodos educacionais. C desconstruir mitos e repensar os melhores meios de aprender. D neutralizar o debate educacional promovido por pesquisadores. E criticar novos métodos educacionais, consolidando os tradicionais. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 8 Questões de 6 a 45 QUESTÃO 6-------------------------------------------------------- Disponível em: https://www.flickr.com>. Acesso em: 03 jul. 2019. A instalação In Absentia (Em Ausência) de 1983, da artista Regina Silveira, propõe a criação de um espaço virtual muito diverso dos espaços reais da arte como estamos habituados. Nesse sentido, a artista constrói um jogo dialógico em que se observa A a alteração da percepção da arte, quebrando as fronteiras entre os suportes artísticos. B o elemento lúdico, revelando na ausência a presença de outro artista. C a interação entre obra e público, exigindo a participação e interferência deste. D a projeção da arte como fundamento da identificação conceitual do homem. E a ressignificação do objeto pelo processo da projeção ilusória e visual da obra. QUESTÃO 7-------------------------------------------------------- Disponível em: <https://www.google.com.br>. Acesso em 10 jul. 2014. Os gêneros textuais agrupam-se em domínios discursivos e apresentam, à maneira de cada um, características peculiares. A charge, por exemplo, costuma revelar humor. Dessa charge específica, subentende-se que o chargista critica A a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de Futebol 2014. B os investimentos feitos na infraestrutura das capitais brasileiras. C a prioridade que se dá aos recursos econômicos do povo brasileiro. D as escolas brasileiras, que não atendem ao padrão de primeiro mundo. E os estudantes brasileiros que sonham com a padronização das escolas. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 9 QUESTÃO 8-------------------------------------------------------- O DIA EM QUE O TEMPO PAROU Foi necessário um Blitzkrieg para começar a Segunda Guerra Mundial, mas duas bombas bastaram para terminá-la. A primeira, no dia 6 de agosto de 1945, arrasou quase toda a cidade de Hiroshima, aniquilando 80.000 pessoas, num flash mortal. A segunda atingiu Nagasaki três dias depois e matou 40000 pessoas. (...) Os efeitos da bomba atômica foram tão estranhos quanto mortais. Quem estava perto das explosões simplesmente evaporou, deixando silhuetas brancas no solo escurecido. Outros morreram lentamente, com a radiação esfolando- os vivos e devorando seus órgãos. O câncer aumentou o número de mortos, que chegou perto dos 200.000 em Hiroshima. Ainda se debate se, do ponto de vista militar, os ataques ao Japão foram mesmo necessários, mas uma coisa ficou clara a partir do momento em que o bombardeiro Enola Gay soltou sua carga: seres humanos tinham agora os meios para exterminar a humanidade. A nuvem em forma de cogumelo estendeu sua sombra sobre a política e a cultura – e virou o pesadelo de milhões, para sempre. “60 Anos da Bomba Atômica”. In Veja. São Paulo, ago. 2005. Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Para isso, a elipse do sujeito serve como uma das formas de tornar o texto coeso. Baseados nessa afirmação, podemos inferir que há esse tipo de coesão no trecho A “Foi necessário um Blitzkrieg para começar a Segunda Guerra Mundial”. B “A primeira, (...), arrasou quase toda a cidade de Hiroshima”. C “Os efeitos da bomba atômica foram tão estranhos quanto mortais”. D “A nuvem em forma de cogumelo estendeu sua sombra sobre a política e a cultura”. E “e virou o pesadelo de milhões, para sempre.” QUESTÃO 9-------------------------------------------------------- Caso não colida com objetos espaciais ou enfrente algum outro imprevisto, é bem provável que o Tesla vermelho lançado pela SpaceX perambulará pelo Cosmo durante milhões (ou bilhões) de anos. Por isso, a empresa liderada pelo bilionário sul-africano Elon Musk deixou algumas surpresinhas terráqueas na eventualidade de o automóvel ser localizado por algum tipo de vida inteligente. No painel do Tesla há a frase “Don’t Panic!” (“Não Entre em Pânico!”, em português), uma referência ao livro “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, escrito pelo britânico Douglas Adams. De acordo com a obra literária, a frase estaria estampada na capa do guia que o alienígena Ford Prefect carrega durante seu passeio na Terra. A brincadeira da equipe da SpaceX pôde ser conferida graças à transmissão ao vivo com as imagens do Tesla no espaço. Divulgado nas redes sociais, o vídeo conta com diversos ângulos nos quais é possível observar o automóvel percorrendo a órbita da Terra (que é redonda, caso alguns terraplanistas ainda fiquem em dúvida). Disponível em: https://www.revistagalileu.globo.com. Acesso em: 09 fev. 2018. A progressão temática de um texto se dá por meio do uso de recursos linguísticos que permitem uma coesão entre as ideias expressas. Como exemplo disso há, no artigo, o uso de parênteses nos três parágrafos, o que permite ao autor A evidenciar seus pensamentos pessoais. B conversar diretamente com o seu leitor. C sustentar o ponto de vista que ele defende. D inserir informações acessórias ao conteúdo. E retomar um tópico que deve ser evidenciado. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 10 QUESTÃO 10 ------------------------------------------------------ Texto I MILLET, F. As espigadeiras, 1857. Texto II “Marcas de lona suspensas em varais de ferro, umas sobre as outras, encardidas com panos de cozinha, oscilavam à luz moribunda e macilenta das lanternas. Imagine-se o porão do navio mercante carregado de miséria. No intervalo das peças, na meia escuridão dos recôncavos moviam-se corpos seminus, indistintos. Respirava-se um odor nauseabundo de cárcere, um cheiro acre de suor humano diluído em urina e alcatrão. Negros, de boca aberta, roncavam profundamente, contorcendo-se na inconsciência do sono.” Bom-Crioulo, de Adolfo Caminha. No texto I, encontramos a obra de um dos maiores nomes da escola realista, a tela a óleo “As espigadeiras”, de Jean-Fraçois Millet, artista emblemático do Realismo na pintura francesa. No texto II, encontramos um trecho do romance “O Bom Crioulo, do escritor naturalista Adolfo Caminha. Ao compararmos a imagem e o texto, é possível afirmar que a produção estética da época primava pelo(a) A interesse em demarcar um tom de impessoalidade em relação às formas humanas representadas. B preocupação com pormenores descritivos. C subjetividade na descrição do espaço. D valorização de ambientes exóticos, objetivando a recuperaçãoestética das figuras historicamente glorificadas. E preferência por espaços sofisticados e socialmente superiores. QUESTÃO 11 ------------------------------------------------------ UMA NOITE REAL NO MUSEU NACIONAL Gira coroa da majestade samba de verdade, identidade cultural Imperatriz é o relicário no bicentenário do Museu Nacional Onde a musa inspira a poesia a cultura irradia o cantar da Imperatriz é um palácio, emoldura a beleza abrigou a realeza, patrimônio é raiz que germinou e floresceu lá na colina a obra-prima viu o meu Brasil nascer no anoitecer dizem que tudo ganha vida paisagem colorida deslumbrante de viver bailam meteoros e planetas dinossauros, borboletas brilham os cristais o canto da cigarra em sinfonia relembrou aqueles dias que não voltarão jamais À luz dourada do amanhecer as princesas deixam o jardim os portões se abrem pro lazer pipas ganham ares encontros populares decretam que a Quinta é pra você Samba de enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense em 2018. Compositores: Jorge Arthur, Maninho do Ponto, Julinho Maestro, Marcio Pessi, Piu das Casinhas O título do texto, “Uma noite real no Museu Nacional”, apresenta uma série de recursos linguísticos e textuais frequentes em textos literários, como a rima, a intertextualidade e a ambiguidade. Considerando os versos do texto, o termo do título que foi empregado com sentido ambíguo é A “noite”. B “real”. C “Museu”. D “Nacional”. E “uma” *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 11 QUESTÃO 12 ------------------------------------------------------ Leia: Texto A “O que mais a impressionou no passeio foi a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste, abatido da gente pobre. Educada na cidade, ela tinha dos roceiros ideia de que eram felizes, saudáveis e alegres. Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele sapé sinistro e aquele “sopapo” que deixava ver a trama das varas, como o esqueleto de um doente. Por que, ao redor dessas casas, não havia culturas, uma horta, um pomar? Não seria tão fácil, trabalho de horas? e não havia gado, nem grande, nem pequeno. Era raro uma cabra, um carneiro. Por quê? (...) Não podia ser preguiça só ou indolência.” Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma. Texto B “O silêncio de êxtase em que ficou foi interpretado pelo estudante como uma prostração de saudade. Ele fora acordar na alma do patrício a nostalgia que o tempo consumidor havia esmaecido, lembrando-lhe a terra nativa onde lhe haviam rolado as primeiras lágrimas. Céus que seus olhos lânguidos tanto namoravam nas doces manhãs cheirosas quando, das margens remotas dos grandes rios vinham, em abaladas, brancas, sob o azul do céu, as garças peregrinas/ campos de moitas verdes onde, nas arroxeadas tardes melancólicas, ao som abemolado das flautas pastoris, o gado bravio, descendo das malhadas, em numeroso armento, junto, entrechocando os chifres aguçados, mugia magoadamente quando, por trás dos serros frondosos, lenta e alva, a lua subia espalhando pela terra morna o seu diáfano e pálido esplendor.” Coelho Neto, A Conquista. A partir da leitura dos dois fragmentos, é correto afirmar que: A ambos os textos são narrados em primeira pessoa. No primeiro, pelo discurso do narrador, passa a perspectiva de um personagem que, habituado aos grandes centros urbanos, choca-se com a pobreza dos subúrbios. B no texto B o narrador expõe as lembranças de um personagem que, exilado de sua terra natal, conta a um interlocutor suas experiências em contato com a natureza tropical. C no texto de Lima Barreto fica clara a acusação à indolência dos roceiros como a única responsável pela realidade do seu meio – opinião, de resto, partilhada por Monteiro Lobato em suas referências ao personagem Jeca Tatu. D os dois textos tratam, em princípio, do espaço rural observado por personagens oriundos do espaço urbano e em crise com a falta de perspectiva nas cidades. E no texto A, depreende-se, através do contato de um personagem citadino com a realidade rural, a perspectiva crítica dos problemas da população do campo. QUESTÃO 13 ------------------------------------------------------ CANÇÃO DO EXÍLIO FACILITADA lá? ah! sabiá… papá… maná… sofá… sinhá… cá? bah! José Paulo Paes Disponível em: <https://erichcavalcanti.wordpress.com>. Acesso em: 03 jul. 2019. Ao retomar o poema “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, o poema de José Paulo Paes mostra a(o) A elaboração de intertextualidade de semelhanças, com o intuito de garantir a comunicabilidade da mensagem poética. B incorporação de intertexto em que o discurso é retomado, sem desvio de sentido, atestando uma construção de base parafrásica. C estilização redutora da linguagem poética, tendo em vista a economia de signos nas mensagens contemporâneas. D mecanismo intertextual implícito, em que o sentido parodístico depende de o interlocutor recuperar a fonte de onde ele se originou. E estratégia de diálogo intertextual em que se procura retomar as marcas e a intenção do enunciador do texto-fonte. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 12 QUESTÃO 14 ------------------------------------------------------ Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 23 jan. 2018. A imagem faz parte de uma pesquisa do instituto Datafolha sobre a relação dos brasileiros com os rótulos. As dificuldades apontadas para a má compreensão desse gênero textual pela população estão relacionadas com A a estruturação e a linguagem do gênero. B o desconhecimento da função do gênero. C a constante mudança da legislação sobre o gênero. D o baixo nível de proficiência de leitura da população. E a falta de informações obrigatórias por alguns fabricantes. QUESTÃO 15 ------------------------------------------------------ SONETO DE SEPARAÇÃO De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Disponível em: <http://www.revistabula.com/1150-10-melhores-poemas-vinicius-moraes>. Acesso em: 10 jul. 2014. A comunicação dá-se por meio de elementos que a compõem, tais como: emissor, receptor, mensagem, canal, código e contexto. A partir desses elementos comunicativos, surgem as funções da linguagem. No poema “Soneto de Separação”, de Vinicius de Moraes, a ênfase recai sobre a mensagem, o que garante a predominância da função A poética, pois apresenta-se eivado de lirismo. B emotiva, uma vez que emociona a todos que o leem. C conativa, pois volta-se para o convencimento do receptor. D referencial, já que é preciso entender os fatos descritos. E fática, pois o eu lírico chama o interlocutor para um diálogo. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 13 QUESTÃO 16 ------------------------------------------------------ O POETA DA ROÇA Sou poeta das brenhas, não faço o papé De argun menestré, ou errante cantô Que veve vagando, com sua viola, Cantando, pachola, à percura de amô. Não tenho sabença, pois nunca estudei, Apenas eu sei o meu nome assiná. Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre, E o fio do pobre não pode estudá. (...) Patativa do Assaré Disponível em: <http://www.culturaecoisaetal.com.br/2013/03/o-poeta-da-roca-patativa-do- assare.html>. Acesso em: 13 jun. 2019. O poeta Patativa do Assaré é famoso por abordar, em suas obras, o homem do campo e as agruras enfrentadas por este. Nesse sentido, seus versos são sempre representados pela linguagem do morador dessa região. Exemplo disso são os vocábulos “papé” e “assiná” presentes notrecho acima. Para representar essa linguagem, ele se utiliza de traços A lexicais, para denotar a criatividade e o dinamismo da linguagem rural. B estilísticos, para abordar construções que ferem a norma culta da língua. C semânticos, para destacar as diferenças entre a norma escrita e a fala. D sintáticos, para expor o preconceito linguístico contra a fala do Nordeste. E fonológicos, para dar mais verossimilhança à fala do homem do campo. QUESTÃO 17 ------------------------------------------------------ SAUDADE DE ESCREVER Apesar da concorrência (internet, celular), a carta continua firme e forte. Basta uma folha de papel, selo, caneta e envelope para que uma pessoa do Rio Grande do Norte, por exemplo, fique por dentro das fofocas registradas por um amigo em São Paulo, dois dias depois. “Adoro receber cartas, fico superansiosa para descobrir o que está escrito”, conta Lívia Maria, de 9 anos. Mas ela admite que faz tempo que não escreve nenhuma cartinha. “As últimas foram para a Angélica e para um dos programas do Gugu.” Isabela, de 9 anos, lembra que, quando morava em Curitiba, no Paraná, trocava correspondência com sua amiga Raquel, que vive em Belo Horizonte, Minas Gerais. “Eu ficava sabendo das novidades e não gastava dinheiro com telefonemas.” Já Amanda, de 10 anos, também gosta de receber cartinhas, mas prefere enviar e-mails. “Atualmente estou conversando com meu primo que está nos Estados Unidos via computador, já que a mensagem chega mais rápido e não pago interurbano.” TOURRUCCO, Juliana. “Saudade de escrever”. O Estado de São Paulo, p.5, 25 jul.1998. Suplemento infantil. O adjunto adverbial vem, normalmente, no final da frase, mas ele pode aparecer em outra posição, basta que se indique esse deslocamento com a vírgula. A colocação inadequada do adjunto adverbial, porém, poderá prejudicar a compreensão da frase. É o que acontece na fala da Amanda, no texto. Das cinco reestruturações apresentadas nas alternativas a seguir, uma continua com problema. Marque-a. A Atualmente, via computador, estou conversando com meu primo que está nos Estados Unidos. B Atualmente estou, via computador, conversando com meu primo que está nos Estados Unidos. C Atualmente estou conversando, via computador, com meu primo que está nos Estados Unidos. D Atualmente estou conversando com meu primo, via computador, que está nos Estados Unidos. E Via computador, atualmente estou conversando com meu primo que está nos Estados Unidos. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 14 QUESTÃO 18 ------------------------------------------------------ É possível dizer que atualmente, para alguns, a vida passa na/pela imagem: tudo é fotografado, filmado e exposto em redes sociais as mais diversas, gerando até mesmo novas releituras de gêneros antigos, como a atual prática do selfie, que reedita e coloca em voga o autorretrato. Nem o simples ato vocal de telefonar ficou ileso: fazer uma ligação parece nos remeter aos filmes de ficção científica com as cada vez mais comuns videochamadas e com a criação e a popularização de programas como o Skype. Claro que nem todas as pessoas estão expostas da mesma forma à vaga tecnológica, mas essa nova experienciação do mundo atinge várias faixas etárias e cria outros sentidos, formas de ver, estéticas diferenciadas, gerando um hiato entre a compreensão de mundo daqueles que partilham e daqueles que não partilham o conhecimento da tecnologia. MENDES, E. et al. Imagem e DISCURSO. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2013, p. 13-14. Para promover a progressão do texto, são usados recursos linguísticos como conjunções e pontuações, por exemplo. No texto, utilizam-se os dois pontos para introduzir uma A adição. B finalidade. C explicação. D consequência. E exemplificação. QUESTÃO 19 ------------------------------------------------------ NAVEGADOR DE CANÇÕES Longe, sozinho, Ventos marinhos, Eu navegava canções Ia na dança, Na confiança Das cardeais direções, Eu navegava canções Ô ô Canção Ô ô Canção O fado ministrava meu noivado Com duetos, minuetos, Corais, corais. Uma gavota me guiou Ao porto dos bordões, Onde botam ovos as canções. Canções, canções. Ô ô Canção Ô ô Canção Tom Zé https://www.letras.mus.br/tom-ze/navegador-de-cancoes>. Acesso em: 04 jul. 2019. Tom Zé integrou um dos mais importantes movimentos da música brasileira, o Tropicalismo. Essa corrente da música brasileira, conforme assinala o título da canção em destaque, tinha como princípio estético: A a defesa de uma cultura pluralística, embasada na consciência política e militante durante a ditadura militar, assumindo a condição de arte participativa. B a proposição de uma cultura nacionalista e ufanista, impondo uma a musicalidade de afirmação da identidade nacional, com fortes raízes no samba. C a reafirmação de uma vanguarda musical conservadora, fundamentada na construção de um discurso musical de identidade puramente brasileira. D a síntese da cultura miscigenada brasileira, propondo uma estética da pluralidade cultural para opor-se ao movimento de contracultura. E o dialogismo musical, realizando um experimentalismo estético baseado na fusão de diferentes correntes da música brasileira e estrangeira. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 15 QUESTÃO 20 ------------------------------------------------------ Disponível em: <https://www.google.com.br/search?>. Acesso em: 10 jul. 2014. A fim de alcançar seu objetivo, o autor do cartaz acima recorreu a estratégias de argumentação, como, por exemplo, A o uso de dados estatísticos, apresentados com o intuito de mudar o comportamento do agressor no estado de Sergipe. B a intertextualidade, que se dá com as festas juninas, período em que a violência contra a mulher aumenta em Sergipe. C a intimidação, uma vez que procura levar o leitor a denunciar qualquer tipo de agressão em relação à mulher. D a sedução, que se dá por meio da imagem feminina no cartaz, reforçando aí o alívio que sentirá a mulher se todos colaborarem. E a chantagem, pois demonstra que o ritmo de crescimento da violência contra a mulher em Sergipe tende a ultrapassar o índice nacional. QUESTÃO 21 ------------------------------------------------------ Disponível em: <https://tirasarmandinho.tumblr.com/>. Acesso em: 12 jun. 2019. Na segunda tirinha do quadrinho acima, apesar de não haver um conectivo explícito, pode-se perceber que a relação de sentido existente entre as duas orações é de A oposição. B causa. C explicação. D conclusão. E consequência. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 16 QUESTÃO 22 ------------------------------------------------------ Leia com atenção: Do abandonado Nordeste partem os primeiros gritos de revolta: no final do século XIX, no sertão baiano, ocorre a Revolta de Canudos; nos primeiros anos do século XX, o Ceará é palco de conflitos, tendo como figura central o padre Cícero, o famoso “Padim Ciço”; o sertão vive o tempo do cangaço, com a figura lendária de Lampião. Em 1904, o Rio de Janeiro assiste a uma rápida, mas intensa revolta popular, sob o pretexto aparente de lutar contra a vacinação obrigatória idealizada por Oswaldo Cruz; na verdade trata-se de uma revolta contra o alto custo de vida, o desemprego e os rumos da República. Tal fragmento faz referência a determinado contexto histórico em que: A se configura o poderio militar consolidado através de um golpe das forças armadas na década de 60 do século XX. B vê-se o aparecimento de uma geração de escritores comprometidos com a construção de uma identidade nacional com espírito ufanista. C se configura o aparecimento de uma geração de escritores preocupada com as questões sociais que envolvem o Brasil da República Velha. D nota-se uma série de revoltas populares articuladas por setores conservadores da sociedade brasileira do século XIX. E percebe-se o engajamento político de um grupo de escritores preocupados em recuperar ideais clássicose os princípios da “arte pela arte”. QUESTÃO 23 ------------------------------------------------------ O TEMPO E O AMOR Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino, porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não tira, embota-lhe as setas, com que já não fere, abre-lhe os olhos, com que vê o que não via, e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. VIEIRA, Pe. Antônio. Sermão do Mandato, parte III, In: Sermões. Porto: Lello & Irmão, 1959. p. 94. No trecho “São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito”, encontram-se destacadas duas ocorrências da palavra “que”. Embora a palavra seja a mesma, nessas ocorrências, o termo em questão indica valores semânticos distintos, que contribuem para revelar as intenções do autor, bem como seu padrão de produção artístico. Esses valores são, respectivamente, A conclusão e causa. B condição e proporção. C concessão e alternância. D explicação e comparação. E consequência e conformidade. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 17 QUESTÃO 24 ------------------------------------------------------ D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa e até hoje ainda não emprenhou. Já se murmura na corte, dentro e fora do palácio, que a rainha, provavelmente, tem a madre seca, insinuação muito resguardada de orelhas e bocas delatoras e que só entre íntimos se confia. Que caiba a culpa ao rei, nem pensar, primeiro porque a esterilidade não é mal dos homens, das mulheres sim, por isso são repudiadas tantas vezes, e segundo, material prova, se necessária ela fosse, porque abundam no reino bastardos da real semente e ainda agora a procissão vai na praça. Além disso, quem se extenua a implorar ao céu um filho não é o rei, mas a rainha, e também por duas razões. A primeira razão é que um rei, e ainda mais se de Portugal for, não pede o que unicamente está em seu poder dar, a segunda razão porque sendo a mulher, naturalmente, vaso de receber, há-de ser naturalmente suplicante, tanto em novenas organizadas como em orações ocasionais. SARAMAGO, J. Memorial do Convento (1982). Companhia das Letras, 2013. No texto, o autor português José Saramago discute os papéis sociais do homem e da mulher por meio de uma figura de linguagem: a ironia. Essa figura de linguagem, que evidencia uma crítica no texto em questão, está marcada na A disseminação de comentários sobre a rainha, que são falsos. B nacionalidade da rainha, que não é portuguesa como se esperava. C necessidade de dar continuidade à linhagem, o que é dever do casal real. D distância entre o rei e a rainha, que não compartilham o mesmo aposento. E isenção de culpa do rei perante a situação da rainha, que ainda não está grávida. QUESTÃO 25 ------------------------------------------------------ Texto I “[...] No meio de semelhante situação, que sentia ou que pensava Estela? Estela amava-o. No instante em que descobriu esse sentimento em si mesma, pareceu- lhe que o futuro se lhe rasgava largo e luminoso; mas foi só nesse instante. Tão depressa descobriu o sentimento, como tratou de o estrangular ou dissimular, — trancá-lo ao menos no mais escuso do coração, como se fora uma vergonha ou um pecado. — Nunca! jurou ela a si mesma. Estela era o vivo contraste do pai, tinha a alma acima do destino. Era orgulhosa, tão orgulhosa que chegava a fazer da inferioridade uma auréola; mas o orgulho não lhe derivava de inveja impotente ou de estéril ambição; era uma força, não um vício, — era o seu broquel de diamante, — o que a preservava do mal, como o do anjo de Tasso defendia as cidades castas e santas [...]”. ASSIS, M. Obra completa, vol. I. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994 [1878]. Texto II “[...] De resto, nós já sabemos que Carlos estragava tudo. Castigos da multiplicação. Ele compreendeu enfim, devido àquele fato lamentável apagado pela esponja dos arcanjos, que gostava mesmo de Fräulein. Principiou não querendo mais sair de casa. De primeiro era o dia inteirinho na rua, futebol, lições de inglês, de geografia, de não-sei-que-mais e natação, tarde com os camaradas e inda por cima, depois da janta, cinema. Agora? Vive na saia de Fräulein. Sempre desapontado, que dúvida! mas porém na saia de Fräulein. Sorri aquele sorriso enjeitado, geralmente de olhos baixos, cheio de mãos. De repente fixa a moça na cara destemido pedindo. Pedindo o quê? Vencendo. Fräulein se irrita: sem-vergonha! Mas na verdade Carlos nem sabia bem o que queria. Fräulein é que sentia-se quebrar. Tinha angústias desnecessárias, calores, fraqueza. Em vão o homem-do- sonho trabalhava teses e teorias. Em vão o homem-da- vida pedia vagares e método, que estas coisas devem seguir normalmente até o cume do Itatiaia [...]”. ANDRADE, M. Amar, verbo intransitivo: idílio, 1927. Os trechos de romances acima destacados pertencem a momentos diferentes da história da literatura brasileira, segundo a catalogação corrente. Os textos, contudo, como se demonstra nas passagens apontadas, conservam ainda assim muitas similaridades, podendo- se portanto afirmar que, em ambos, observamos A a descrição realista das personagens, enfatizando o caráter biológico e hereditário das ações. B retratos humanos, preocupados com os aspectos da interioridade psicológica das personagens. C uma exaltação dos ideais superiores na construção de caráter humano, aproximando seus personagens dos heróis típicos do romantismo. D duas obras de apelo notadamente satírico, o que as coloca em plena sintonia com os ideias modernistas da época. E um pessimismo muito similar ao que se observa na descrição da essência e das motivações humanas nas obras naturalistas. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 18 QUESTÃO 26 ------------------------------------------------------ Disponível em: <http://www.irbianchi.com>. Acesso em 04.07.2019 Na charge, observa-se um aspecto do impacto das novas tecnologias da informação e da comunicação, permitindo inferir que o autor teve a intenção de manifestar A um otimismo em relação à sociedade da informação ao destacar processo da inclusão digital da população. B uma visão negativa, destacando que as novas tecnologias só produziram malefícios para a sociedade. C Uma crítica à estrutura familiar, ressaltando a incomunicabilidade e o isolamento de seus membros no mundo das tecnologias. D um pessimismo sobre o uso das novas tecnologias, desqualificando a função da internet para a sociedade. E uma abordagem crítica sobre o impacto das novas tecnologias da informação e da comunicação na sociedade. QUESTÃO 27 ------------------------------------------------------ JOVENS JÁ PREFEREM WHATSAPP A FACEBOOK E TEMEM CHEGADA DE PROPAGANDAS APÓS A COMPRA Aplicativo adquirido pela rede social atrai usuários por ser útil, adjetivo que dificilmente se aplica ao Facebook POR RENNAN SETTI / SÉRGIO MATSUURA 20/02/2014 18:23 / ATUALIZADO 21/02/2014 8:13 RIO – Se o Facebook comprou o WhatsApp na tentativa de reconquistar internautas que trocaram a rede social pelo aplicativo de mensagens, Mark Zuckerberg provavelmente agiu certo. Cada vez mais usuários deixam de lado o site em favor da proposta prática e ágil do WhatsApp, que já representa o principal canal de comunicação para muitos jovens - uma verdadeira rede social móvel para esse público, espéciede Facebook do futuro. Os jovens recorrem ao app por considerá-lo útil, adjetivo que dificilmente aplicam ao Facebook. O WhatsApp substitui bem, por exemplo, mensagens SMS, consideradas caras demais e limitadas. Além disso, é de praxe entre os membros do WhatsApp formar grupos com dezenas de contato para resolver problemas práticos, como organizar uma festa ou resolver coletivamente os exercícios da aula seguinte. [...] Disponível em: http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/jovens-ja-preferem-whatsapp- facebook-temem-chegada-de-propagandas-apos-compra-11667459 Acesso em : 11/07/2014. No mundo moderno, as novas tecnologias de informação e comunicação, como as redes sociais e os aplicativos, conquistam cada vez mais usuários. Segundo o texto, os jovens estão preferindo o WhatsApp ao Facebook, porque A passou a fazer parte do Facebook. B é considerado mais ágil e prático. C permite o envio de mensagens longas. D é possível formar grupos de estudo. E facilita o dia a dia deles no trabalho. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 19 QUESTÃO 28 ------------------------------------------------------ Disponível em: <https://i.ytimg.com/vi/2oimIjbO3YU/ maxresdefault.jpg>. Acesso em: 16 de jun. de 2019. Os anúncios publicitários se utilizam de recursos expressivos da linguagem para alcançar seu objetivo comunicativo. No anúncio acima, pode-se dizer que o recurso linguístico que reforça a necessidade do uso do produto é denotado por meio do A verbo no imperativo B pronome demonstrativo. C adjetivo em sentido conotativo. D diminutivo do substantivo. E locução “de lado”. QUESTÃO 29 ------------------------------------------------------ Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem- se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica. ASSIS, M. de. O nascimento da crônica. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, p. 27-28, 2007. No texto, Machado de Assis apresenta como construir uma crônica e destaca uma característica desse gênero textual. A característica evidenciada pelo autor é a A expressão de críticas relacionadas à sociedade. B parodização de histórias relacionadas a notícias. C discussão de temáticas relacionadas ao cotidiano. D ironização de questões relacionadas ao indivíduo. E transmissão de informações relacionadas a atualidades. QUESTÃO 30 ------------------------------------------------------ Pela primeira vez na história, pesquisadores conseguiram projetar do zero o genoma de um ser vivo (uma bactéria, para ser mais exato) e ‘instalá-lo’ com sucesso numa célula, como quem instala um aplicativo no celular. É um feito e tanto, sem dúvida. Paradoxalmente, porém, o próprio sucesso do americano Craig Venter e de seus colegas deixa claro o quanto ainda falta para que a humanidade domine os segredos da vida. Cerca de um terço do DNA da nova bactéria (apelidada de syn3.0) foi colocado lá por puro processo de tentativa e erro – os cientistas não fazem a menor ideia do porquê ele é essencial.” Folha de S. Paulo, 26/03/2016. O texto informativo acima, que apresenta ao público a criação de uma bactéria apenas com genes essenciais à vida, contém vários conectivos, propositadamente destacados. Eles servem para marcar o aspecto coesivo na superfície textual, evidente no uso do conectivo A “para” que inicia uma oração adverbial condicional, pois restringe o genoma à condição de bactéria. B “e” que introduz uma oração coordenada sindética aditiva, pois adiciona o projeto à instalação do genoma. C “como” que introduz uma oração adverbial conformativa, pois exprime acordo ou conformidade de um fato com outro. D “porém” que indica concessão, pois expressa um fato que se admite em oposição ao da oração principal. E “para que” que exprime uma explicação: falta muito para a humanidade dominar os segredos da vida. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 20 QUESTÃO 31 ------------------------------------------------------ TIRO AO ÁLVARO De tanto levar frechada do teu olhar Meu peito até parece sabe o quê? Táubua De tiro ao álvaro Não tem mais onde furar (Não tem mais) De tanto levar frechada do teu olhar Meu peito até parece sabe o quê? Táubua De tiro ao álvaro Não tem mais onde furar Teu olhar mata mais do que bala de carabina Que veneno estricnina Que peixeira de baiano Teu olhar mata mais que atropelamento de automóver Mata mais que bala de revórver Adoniran Barbosa https://www.letras.mus.br/adoniran-barbosa/43970/ Acesso em 04\07\2019 Considerado o patrono do samba paulista, Adoniran Barbosa (1910-1982) foi um importante cantor, compositor, humorista e ator brasileiro. As letras de suas canções exploraram a realidade da periferia da cidade e deixaram peculiaridades no campo da representação linguística. No texto, essa singularidade se confirma ao destacar: A a variante estilística, acentuando as marcas sociais e regionais da linguagem popular para construir uma correspondência entre espaço e linguagem. B a variante regional, ressaltando as singularidades da fala popular como instrumento de resistência social e afirmação identitária. C a variante social, realizando uma representação caricatural da realidade linguística de São Paulo com intenção humorística. D a variante histórica, utilizando as diferentes formas de falar do vocabulário paulistano para construir uma memória cultural. E a variante informal, enfatizando as gírias como manifestações indispensáveis na representação da realidade da cidade. QUESTÃO 32 ------------------------------------------------------ Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=cartuns. Acesso em 10/07/2014. Os gêneros textuais agrupam-se em domínios discursivos e apresentam, à maneira de cada um, características peculiares. A cartum, por exemplo, costuma revelar humor. No caso específico, o humor advém da contradição existente entre o tema da redação e a atitude do aluno. Vê-se, com isso, que o autor quis chamar atenção para A o fato de que o comportamento antiético pode estar onde não deveria estar. B a forma como os alunos brasileiros tratam os professores em sala de aula. C a necessidade de se escrever sobre temas fundamentais como a ética escolar. D a maneira como os professores costumam avaliar seus alunos na escola. E a ética escolar que interfere diretamente no dia a dia da população brasileira. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 21 QUESTÃO 33 ------------------------------------------------------ O mundo se tornava fascista. Num mundo assim, que futuro nos reservariam? Provavelmente não havia lugar para nós, éramos fantasmas, rolaríamos de cárcere em cárcere, findaríamos num campo de concentração. Nenhuma utilidade representávamos na ordem nova. Se nos largassem, vagaríamos tristes, inofensivos e desocupados, farrapos vivos, fantasmas prematuros; desejaríamos enlouquecer, recolhermo-nos ao hospício ou ter coragem de amarrar uma corda ao pescoço e dar o mergulho decisivo. Essas ideias, repetidas, vexavam-me; tanto me embrenhara nelas que me sentia inteiramente perdido.” RAMOS, Graciliano. Memórias do Cárcere (vol.I); prefácio de Nelson Werneck Sodré, ilustrações de Percy Deane, 31º ed., São Paulo, Record, 1994. No relato de memórias do autor, entre os recursos usados para organizar a sequência dos pensamentos do autor, destaca-se a A construção de frases curtas a fim de conferir dinamicidade ao texto. B presença de advérbios de lugar para indicar o momento exato da reflexão. C uso de tempos verbais em sentido hipotético expressando a visão do autor. D inclusão de enunciados com comentários e avaliações pessoais. E alusão a fatos marcantes na trajetóriade vida do escritor. QUESTÃO 34 ------------------------------------------------------ Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de- -rosa, com as quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira. Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga - talvez atendendo a meu apelo mudo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel — resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma. LISPECTOR, C. Restos de carnaval. Felicidade Clandestina, p. 25-28, 1998. Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam estratégias para introduzir e retomar ideias, promovendo a progressão do tema. No fragmento, uma nova informação sobre a personagem é introduzida pela expressão A “pois”. B “É que”. C “Para isso”. D “Foi quando”. E “Mas houve”. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 22 QUESTÃO 35 ------------------------------------------------------ Compare os dois textos: “Via Láctea” (Soneto n. XIII) “Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto... E conversamos toda noite, enquanto A Via Láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: “Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizes, quando não estão contigo?” E eu vos direi: “Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas”. Olavo Bilac Uvi strellas Che scuitá strella, nê meia strella! Vucê stá maluco e io ti diró intanto, Chi p’ra iscuitalas moltas veiz livanto, I vô dá una spiada na gianella. I passo as notte acunversando c’o ela. Inguante che as outra lá d’un canto Stó mi spiano. I o sol come un briglianto Nasce. Oglio p’ru ceu: — Cadê strella!? Direis intó: Ó migno inlustre amigo! O chi é chi as strellas ti dizia Quando illas viero acunversá cuntigo? E io ti diró: - Studi p’ra intendela, Pois só chi giá studô Astrolomia, É capaiz di intendê istras strella. Juó Bananère A partir da leitura dos dois textos infere-se que: A no texto de Bilac, a construção do eixo temático se deu em linguagem denotativa, enquanto no de Juá Bananère, em linguagem conotativa. B no poema de Juó Bananère, percebe-se o uso de linguagem metalinguística no trecho “I passo as notte acunversando c’o ela”. C nos versos de Juó Bananère, a linguagem é irônica e ele satiriza não só o texto original, de Bilac, como a língua italiana falado por imigrantes no Brasil. D na perspectiva de Bilac, as estrelas são inacessíveis, distantes, e no texto de Juó Bananère, são próximas, acessíveis aos que as ouvem e as entendem. E nas ideias de Juó Bananere, a visão romântica apresentada para alcançar as estrelas é enfatizada na última estrofe de seu poema com a recomendação de se estudar astronomia. QUESTÃO 36 ------------------------------------------------------ Texto I Meus brinquedos... Coquilhos de palmeira. Bonecas de pano. Caquinhos de louça. Cavalinhos de forquilha. Viagens infindáveis... Meu mundo imaginário mesclado à realidade. E a casa me cortava: “menina inzoneira!” Companhia indesejável – sempre pronta a sair com minhas irmãs, era de ver as arrelias e as tramas que faziam para saírem juntas e me deixarem sozinha, sempre em casa. CORALINA, Cora. Minha Infância. In: Melhores poemas de Cora Coralina. 3. ed. São Paulo: Global, 2008. p. 97. Texto II GREENWAY, Kate. Cabra-cega, cartão-postal (1889). In: PROENÇA, Graça. História da arte. 17, ed. São Paulo: Ática, 2008. p. 187. O fragmento poético e a imagem entabulam diálogo ao retratarem episódios da infância, A transcorrida em brincadeira coletiva no fragmento e em brincadeira individual na imagem. B que se afigura como um período infeliz e irrealizado tanto no fragmento quanto na imagem. C que se mostra problematizada de modo realista no fragmento e feliz e idealizada na imagem. D que se afigura como uma etapa plena de realizações tanto no fragmento quanto na imagem. E transcorrida em brincadeiras solitárias e enfadonhas tanto no fragmento quanto na imagem. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 23 QUESTÃO 37 ------------------------------------------------------ Leia a canção “Divina Comédia Humana”, do cantor e compositor Belchior. Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol Quando você entrou em mim como um Sol no quintal Aí um analista amigo meu disse que desse jeito Não vou ser feliz direito Porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual Aí um analista amigo meu disse que desse jeito Não vou viver satisfeito Porque o amor é uma coisa mais profunda que um transa sensual Deixando a profundidade de lado Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno Viver a divina comédia humana onde nada é eterno Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso Eu vos direi no entanto: Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não Eu canto Disponível em: <http://letras.terra.com.br/belchior/44454/>. Observe que na canção, o compositor Belchior se apropriou de dois versos do poema “Via Láctea”, de Olavo Bilac, como destacado. Tal apropriação revela o uso de um recurso da linguagem denominado: A metalinguagem B paronomásia C injunção D intertextualidade E antonomásia QUESTÃO 38 ------------------------------------------------------ Atribuído a Silanião. Fragmento do busto de Platão, 370 a.C. Escultura em mármore Disponível em: <https://www.pinterest.pt/pin/317926054927638960/>. Acesso em 04\07\2019 Marc Quinn – Autorretrato, 1991. Escultura produzida com o sangue congelado do próprio artista, imersa em silicone. Disponível em: <http://sobadsogood.com/2015/09/20/these-disturbing-self-portraits-are-made- human-blood/>. Acesso em 04\07\2019 Quem examinar com atenção as artes dos dias atuais será confrontado com uma desconcertante profusão de estilos, formas, plásticas e programas. A partir de um confronto das obras, é possível perceber alguns caminhos que marcaram a história das artes visuais e, consequentemente, o modo de produção delas no mundo pós-moderno. Essas transformações e permanências revelam que A o inter-relacionamento entre as linguagens artísticas não contribui para a flexibilização das definições sobre o conceito de arte. B a expansão do conceito de arte, presente na produção atual, não permite referências ao modo de produção do passado. C a cultura pós-moderna não conseguiu reinventar a natureza dialógica existente entre pintura e escultura. D a utilização de diferentes linguagens e códigos na arte contemporânea quebra a natureza essencial da arte: culto da beleza. E as manifestações artísticas atuais caracterizam-se pela liberdade no uso dos suportes e pelas referências a diversos estilos e formas de produção. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 24 QUESTÃO 39 ------------------------------------------------------ Abandonei a empresa, mas um dia destes ouvi novo pio de coruja — e iniciei a composição de repente, valendo-me dos meus próprios recursos e sem indagar se isto me traz qualquer vantagem, direta ou indireta. Afinal foi bomprivar-me da cooperação de padre Silvestre, de João Nogueira e do Gondim. Há fatos que eu não revelaria, cara a cara, a ninguém. Vou narrá-los porque a obra será publicada com pseudônimo. E se souberem que o autor sou eu, naturalmente me chamarão potoqueiro. Continuemos. Tenciono contar a minha história. Difícil. Talvez deixe de mencionar particularidades úteis, que me pareçam acessórias e dispensáveis. Também pode ser que, habituado a tratar com matutos, não confie suficientemente na compreensão dos leitores e repita passagens insignificantes. De resto isto vai arranjado sem nenhuma ordem, como se vê. Não importa. Na opinião dos caboclos que me servem, todo o caminho dá na venda. RAMOS, G. São Bernardo. [1934], Ed. 88. Editora Record: Rio de Janeiro. 2009. No texto, ao utilizar expressões como “pio de coruja”, “potoqueiro”, “matutos” e “caboclos”, o autor tem por objetivo A incentivar narrativas cuja linguagem fuja do clássico literário. B alcançar pessoas que utilizam uma linguagem simples. C valorizar os usos de formas linguísticas pouco usuais. D aproximar a linguagem da narrativa da sua própria. E listar uma variedade línguistica regional. QUESTÃO 40 ------------------------------------------------------ RECEITA DE MULHER As muito feias que me perdoem Mas beleza é fundamental. É preciso Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture Em tudo isso (ou então Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa). Não há meio-termo possível. É preciso Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora. Disponível em: http://www.revistabula.com/1150-10-melhores-poemas-vinicius-moraes/Acesso em 10/07/2014. A comunicação dá-se por meio de elementos que a compõem, tais como: emissor, receptor, mensagem, canal, código e contexto. A partir desses elementos comunicativos, surgem as funções da linguagem. No poema Receita de Mulher, de Vinícius de Moraes, a ênfase recai sobre a mensagem, o que garante a predominância da função A poética, pois apresenta-se eivado de imagens poéticas. B emotiva, uma vez que emociona a todos que o leem. C conativa, pois volta-se para o convencimento do receptor. D referencial, já que é preciso entender os fatos descritos. E fática, pois o eu lírico chama o interlocutor para um diálogo. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 25 QUESTÃO 41 ------------------------------------------------------ Educação Brasileira. Publicado por Roque, em 30 jun. 2016. Disponível em: <https://esteeomeusangue.wordpress.com>. As charges se caracterizam como releituras de notícias e normalmente exploram o viés crítico de uma situação de forte relevância. Nesses termos, pode-se depreender dessa charge somente que A a manifestação do filho de querer aprender a ler e a escrever demonstra, para a mãe, que ele só deseja coisas que pertencem ao mundo dos ricos. B os atos da leitura e da escrita são, claramente para o garoto, uma forma de desagravo da desigualdade social. C os estados oferecem, no geral, padrões similares de oportunidades educacionais para os estudantes brasileiros. D a crescente qualidade do ensino nas regiões mais pobres do país tem permitido uma educação adequada para as crianças de famílias que vivem à beira da miséria. E a escola é comumente vista como instrumento de melhoria da situação de vida, para uma população nas condições das personagens envolvidas. QUESTÃO 42 ------------------------------------------------------ A vida passa, telefono e você já não me atende mais Será que já não temos tempo nem coragem de dialogar? Ainda ontem pela praia alguma coisa me lembrou você E veio a noite, namorados se encontrando e eu estava só Vamos ser outra vez nós dois Vai chover pingos de amor Disponível em: <https://www.letras.mus.br/paulo-diniz/173018/>. Acesso em: 16 de jun. 2018. A letra de canção tem uma linguagem próxima ao cotidiano e, algumas vezes, pode-se perceber trechos ferindo a norma culta, algo típico da oralidade. Nesse sentido, no trecho acima, percebe-se esse desacordo com norma-padrão nos versos A “A vida passa, telefono e você já não me atende mais”. B “Será que já não temos tempo nem coragem de dialogar?” C “E veio a noite, namorados se encontrando e eu estava só.” D “Vamos ser outra vez nós dois.” E “Vai chover pingos de amor.” *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 26 QUESTÃO 43 ------------------------------------------------------ FACEBOOK PODE CAUSAR DEPRESSÃO NOS JOVENS Publicado em: 2011-03-30 MARIA CLÁUDIA MONTEIRO O Facebook pode originar uma nova forma de depressão em crianças e jovens, alerta a Academia Americana de Pediatria, que classifica até uma nova patologia associada às redes sociais: a “depressão Facebook”. Há aspectos do Facebook que podem tornar a rede social “agressiva” para crianças que já lidam com problemas de autoestima, explica Gwenn O’Keeffe, pediatra de Boston e principal autora das novas diretrizes da American Academy of Pediatrics. O registo de novos amigos, as atualizações de estado e as fotos felizes podem fazer com que algumas crianças e adolescentes se sintam mal por acharem que não estão à altura. E não é por serem situações que não tenham correspondência na vida real ou na cantina da escola. Mas na “rede” tudo adquire uma dimensão diferente, que O’Keeffe classifica de “visão distorcida” do que acontece de fato. No Facebook, não há como ver as expressões faciais ou ler a linguagem corporal essenciais para perceber o contexto. Disponível em: <http://www.jn.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=1817919>. Acesso em: 11 jul. 2014. No mundo moderno, as novas tecnologias de informação e comunicação conquistam cada vez mais usuários. A rede social Facebook, por exemplo, pode causar impactos psicológicos nos jovens usuários. Segundo o texto, esses impactos ocorrem porque A muitos usuários podem se sentir excluídos de um mundo aparentemente perfeito. B novos amigos e fotos felizes causam depressão nas pessoas introvertidas. C a omissão de expressões faciais e da linguagem corporal causa depressão. D crianças e jovens depressivos costumam negar a dependência da rede social. E as redes sociais já foram criadas com a finalidade de causar dependência psíquica. QUESTÃO 44 ------------------------------------------------------ PORQUINHO-DA-ÍNDIA Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia. Que dor de coração me dava Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele não gostava: Queria era estar debaixo do fogão. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas… — O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada. BANDEIRA, M. Porquinho-da-Índia. Libertinagem. Rio de Janeiro, RJ: P. Pongetti, 1930. As obras de Manuel Bandeira datam da fase inicial do Modernismo, sendo marcadas pelo A apelo ao figurativo, marcado pela utilização recorrente de metáforas. B zelo com a tradição poética, expresso pelo uso de estruturas clássicas. C apreço por situações banais, notado na recriação poética do cotidiano. D descaso com o processo criativo, notado na espontaneidade da escrita. E realce do sentimentalismo, observado na predominância da melancolia. *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 27 QUESTÃO 45 ------------------------------------------------------ CÁRCERE DAS ALMAS Ah! Toda alma num cárcere anda presa Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza. Tudo se veste de igual grandeza Quando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e, sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo Espaço da Pureza. Ó almas presas, mudas e fechadas Nas prisões colossais e abandonadas Da Dor no calabouço, atroz, funéreo! Nesses silênciossolitários, graves, Que chaveiro do Céu possui as chaves Para abrir-nos as portas do Mistério?! Cruz e Sousa Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br/ teoria-literaria-sobre-soneto/1736821>. Acesso em: 04 jul. 2019. No poema simbolista de Cruz e Sousa, o eu lírico apresenta uma angústia que permeia todo o texto. Esse sentimento é manifestado a partir do (a) A desejo de transcender o corpo físico e superar os limites impostos ao ser humano. B busca pelo perdão dos pecados para alcançar a plenitude da espiritualidade na vida terrena. C constatação de que o corpo é efêmero e a alma é plena, gerando o sofrimento com a ideia da morte. D percepção de que o sofrimento humano é decorrente dos contrastes sociais e dos preconceitos. E ideia de que a poesia é um espaço de projeção do sofrimento humano, servindo de espaço de confissão. RASCUNHO *015.015-140351/19* LC - 1º Dia | Página 28 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO • O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. • O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: • tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. • fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. • apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. • apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto. TEXTOS MOTIVADORES PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os efeitos da violência sistemática nas escolas brasileiras” apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto I DUPLA ATACA ESCOLA EM SUZANO, MATA OITO PESSOAS E SE SUICIDA Um adolescente e um homem encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta quarta-feira (13) e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou. Pouco antes do massacre, a dupla havia matado o proprietário de uma loja da região. Os assassinos – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 – eram ex-alunos do colégio. A investigação aponta que, depois do ataque, ainda dentro da escola, o mais novo matou o mais velho e, em seguida, se suicidou. A polícia diz que os dois tinham um “pacto” segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2019/03/13/tiros- deixam-feridos-em-escola-de-suzano.ghtml>. Acesso em: 10 jun. 2019. Texto II ESPECIALISTAS INDICAM FORMAS DE COMBATE A ATOS DE INTIMIDAÇÃO Um em cada dez estudantes brasileiros é vítima de bullying – anglicismo que se refere a atos de intimidação e violência física ou psicológica, geralmente em ambiente escolar. O dado foi divulgado esta semana pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015. Especialistas, como a professora de psicologia Ciomara Shcneider, psicanalista de crianças e adolescentes, defendem que pais e escola devem estar atentos ao comportamento dos jovens e manter sempre abertos os canais de comunicação com eles. Para ela, o diálogo continua a ser a melhor arma contra esse tipo de violência, que pode causar efeitos devastadores em crianças e adolescentes. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/34487>. Acesso em: 10 jun. 2019. Texto III LEI Nº 13.185, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2015. Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (bullying). Art. 1º Fica instituído o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (bullying) em todo o território nacional. § 1º No contexto e para os fins desta Lei, considera- se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13185.htm>. Acesso em: 10 jun. 2019. Texto IV Ei, fracote, me dá 25 centavos. PARECE SER POR UMA BOA CAUSA. O QUÊ?! POR QUÊ EU DEVERIA LHE DAR O MEU DINHEIRO?! O LEMA DELE É “DOE, SE NÃO DÓI”. É PRA CAMPA NHA “VOU DEI XAR O CALVIN VIVER ATÉ O FIM DO ANO Disponível em: <http://bullying-nem-pensar-803.blogspot.com/2012/08/blog-post_12.html>. Acesso em: 10 jun. 2019. *015.015-140351/19* CH - 1º Dia | Página 29 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 46 a 90 QUESTÃO 46 ------------------------------------------------------ “Gabinete de Conciliação. Termo honesto e decente para qualificar a prostituição política de uma época […], a política da conciliação era o imperialismo que se organizava em regra para o poder absoluto, formando- se com elementos de todos os partidos, que o executivo podia absorver pela intimidação ou pela corrupção, desculpando, por interesse próprio, todas as deserções, conduzindo ao triunfo todas as traições, mercadejando e procurando tarifar todas as consciências.” ABREU, Capistrano de. Fases do Segundo Império. Rio de Janeiro: Briguiet, 1969. A crítica acima, escrita pelo historiador Capistrano de Abreu, ataca a chamada “política de conciliação”, que caracterizou o parlamentarismo no Segundo Reinado. Essa “conciliação” dava-se entre: A republicanos e socialistas. B liberais e conservadores. C socialistas utópicos e comunistas revolucionários. D progressistas e sociais-democratas. E parlamentaristas e presidencialistas. QUESTÃO 47 ------------------------------------------------------ Analise os mapas. Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico, 2013. Adaptado. Da análise dos mapas, conclui-se que o número 6, indicado na legenda, corresponde a A remanescentes da Mata Atlântica. B áreas antropizadas. C corredores ecológicos nacionais. D áreas de florestas secundárias. E unidades de conservação. *015.015-140351/19* CH - 1º Dia | Página 30 QUESTÃO 48 ------------------------------------------------------ A ideia de “pós-modernismo” surgiu pela primeira vez no mundo hispânico, na década de 1930, uma geração antes de seu aparecimento na Inglaterra ou nos EUA. Perry Anderson, conhecido pelos seus estudos dos fenômenos culturais e políticos contemporâneos, em “As Origens da Pós-Modernidade” (1999), conta que foi um amigo de Unamuno e Ortega, Frederico de Onís, que imprimiu o termo pela primeira vez, embora descrevendo um refluxo conservador dentro do próprio modernismo. Mas coube ao filósofo francês Jean-François Lyotard, com a publicação A Condição Pós-Moderna (1979), a expansão do uso do conceito. Em sua origem, pós- modernismo significava a perda da historicidade e o fim da “grande narrativa” - o que no campo estético significou o fim de uma tradição de mudança e ruptura, o apagamento da fronteira entre alta cultura e da cultura de massa e a prática da apropriação e da citação de obras do passado. Com base no texto, pode-se citar como uma característica importante do pós-modernismo: A A consolidação de seus estudos na observação do mundo hispânico e na contraposição com os valores do velho mundo. B A exploração dos movimentos culturais da contemporaneidade associados às suas manifestações e ideologias políticas. C A dissolução de limites rígidos entre os fenômenos culturais, produzindo uma nova visão e
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