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Cariologia Fatores primários BIOFILME + DIETA + HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL (ter dentes) > todos acompanhados com o fator TEMPO. → BIOFILME: é formado por bactérias acidogênicas (capacidade de produzir ácidos) e acidúricas (capacidade de viver em meio ácido) que quando há uma dieta rica em açúcares em excesso, tais bactérias são capazes de armazenar o excedente sob a forma de polissacarídeos intracelulares (PIC). Adicionalmente, se a sacarose estiver disponível, além da produção de ácidos e armazenamento de PIC, ocorrerá a síntese de polissacarídeos extracelulares (PEC) - compõem a matriz do biofilme e são sintetizados a partir da quebra da molécula de sacarose por enzimas extracelulares produzidas por bactérias, conhecidas como frutosil (FTF) – liberação de ácidos para o meio e glucosiltransferases (GTF) – síntese de glucano insolúvel (α 1 – 3) e solúvel (α 1 – 6). DIETA: a sacarose é o açúcar mais simples de ser quebrado, porém não é o único prejudicial. Fatores secundários Hábitos, educação, renda, conhecimento. • Para Fejerskov, os fatores primários são: água fluoretada, dieta, tempo, hospedeiro e microbiota. As bactérias presentes no esmalte são: S. mutans, S. mitis, S. salivarius, S. sabrinus. As de dentina são: actinomices e lactobacillus. • A doença cárie é o resultado de um ciclo contínuo de DES- REMINERALIZAÇÃO, quando a DES > RE. Desmineralização Quando o Ph abaixa e fica crítico (5,5 para esmalte e 6,5 para dentina) > se torna ácido > hidroxiapatita se dissolve, pois no meio ácido aumenta a quantidade de íons H+ e os íons Ca+ e PO4 saem da hidroxiapatita (saliva fica com pouco cálcio e potássio). Remineralização Ca+ e PO4 do biofilme “doam” íons para os dentes (saliva com muito cálcio e fosfato. Classificação das lesões 1) INÍCIO – primária: superfície intacta ou secundária: “vizinho” a restaurações. 2) SÍTIO ANATÔMICO: cicatrículas e fissuras ou superfícies lisas. 3) PRESENÇA DE CAVIDADE: cavitada ou não cavitada 4) TECIDO ENVOLVIDO: esmalte, dentina ou cemento. 5) LOCALIZAÇÃO: raiz ou coroa. 6) PROGRESSÃO: ativa (amarela ou marrom claro, superfície com placa irregular e opaca, sai facilmente ao toque) ou inativa (marrom escuro ou preto, superfície regular e brilhante, dura). Progressão • ESMALTE – DENTINA A progressão segue a orientação dos prismas de esmalte (menor em cima, maior embaixo) e dos túbulos dentinários (maior em cima e menor embaixo) – depende da sua localização. • ESMALTE Superfície lisa: mais espalhada devido as orientações do prisma. Lesão oculta: sulco mais escurecido. Colapso do esmalte: lesões abertas e a dentina cariada exposta. • DENTINA: Zona infectada (mais amolecida, superficial e desorganizada): composta por zona necrótica e zona contaminada. Zona afetada (mais dura e escura): composta por zona desmineralizada e zona translucente. → Formação da dentina terciária ocorre por estímulos patológicos. → Formação da dentina esclerosada ocorre pelo envelhecimento (hipermineralizada e coloração amarronzada/preto). Diagnóstico 1) Insepção visual Se necessário remover aparelho removível. Fazer a limpeza. Algodão no vestíbulo bucal. 2) Exame tátil Fazer uso da sonda exploradora (porta romba) de forma suave sem pressão para sentir a consistência e rugosidade. 3) Exames complementares Radiografias (interproximal/serigrafia) Tratamento Cárie ativa e não cavitada: aplicação de flúor e educação dos hábitos. Libera fluoreto e entra na hidroxiapatita por osmose e se incorpora, formando a fluorapatita. Cárie inativa/ativa e cavitada: remoção do tecido cariado e restauração. Cárie em inativação: remoção da dentina amolecida. As zonas de maiores suscetibilidades: margem gengival, zona interdental e oclusal de dentes em erupção. Regiões radiolúcidas podem indicar desmineralização!
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