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Guia de sobrevivencia para pais - Lucinho Barreto

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Prévia do material em texto

1 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
GUIA DE 
SOBREVIVÊNCIA
ADOLESCENTES
PARA PAIS DE
LUCINHO BARRETO
PATY BARRETO
A
SP
IR
IN
2 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Lucinho Barreto e Paty Barreto
Lúcio Barreto Júnior é pastor na Igreja Batista da Lagoinha 
e é líder de adolescentes e jovens há quase 30 anos. Tem 
cerca de 40 livros publicados e é fundador da Escola Loucos 
por Jesus que já treinou centenas de líderes de juventude em 
todos os continentes.
É Bacharel em Teologia Ministerial pelo Seminário Teológico 
Evangélico do Brasil (STEB) e Mestre em Teologia pela Fa-
culdade Teológica Sul Americana (FTSA) em Londrina/PR. 
Pelo seu trabalho com a juventude, Lúcio Barreto Jr. foi con-
decorado com Diploma de Honra ao Mérito e reconhecido 
como Cidadão Honorário de Belo Horizonte (MG).
Casado com Paty Barreto, psicóloga e companheira no seu 
ministério pastoral. Juntos com Emily e Davi, Pr. Lucinho e 
Paty, dedicam suas vidas para evangelizar, preparar e equi-
par jovens e igrejas para falar do amor de Jesus e a viver 
este amor com intensidade. 
@prlucinho
@patydolucinho
https://www.instagram.com/prlucinho/
https://www.instagram.com/patydolucinho/
https://www.instagram.com/prlucinho/
https://www.instagram.com/patydolucinho/
3 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Sumário
Introdução ............................................................................4
Ninguém solta a mão de ninguém ..............................5
Quem vai guiar essa casa? .............................................7
O papel inegociável dos pais ........................................10
Conclusão .............................................................................21
Oração de conversão dos pais aos filhos .................24
4 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Introdução
Este e-book trata de um detalhe que sempre foi ex-tremamente necessário em meu trabalho com os 
adolescentes e jovens, mas que nem sempre consegui 
alcançar, os pais.
A sua participação ativa (pai e mãe) é fundamental para 
complementar todo o discipulado e pastoreio realizado 
por nós, líderes e pastores. No entanto, nem sempre 
conseguimos caminhar juntos.
Espero com este livro explicar o quanto é necessário o 
envolvimento de vocês no discipulado dos adolescen-
tes e, ainda, inspirar através da Palavra de Deus, os pais 
a assumirem seu papel nessa jornada conjunta.
Esse material é apenas a introdução ao tema: Guia de 
sobrevivência para pais de adolescentes, que em breve 
estará disponível em meu site: www.prlucinho.com.br 
Que esse material possa lhe abençoar abençoar toda a 
sua família.
http://www.prlucinho.com.br
5 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Ninguém solta a mão 
de ninguém
Durante mais de 30 anos venho trabalhando com adolescentes e jovens e, nesse período, quase nun-
ca tive acesso aos pais deles. Pensando sobre isso me 
lembrei de um evento acontecido comigo e com a mi-
nha esposa Paty, em um dia enquanto remávamos um 
pequeno barquinho no rio Jordão. 
Eu e a Paty estávamos com a nossa caravana em Isra-
el quando fomos fazer um passeio de caiaque pelo rio 
Jordão. Ela remava de um lado e eu remava do outro, 
e tudo ia bem.
Em um determinado momento, a Paty precisou mexer 
no seu tênis e parou de remar, mas como eu continue 
a remar, o barquinho começou a dar voltas, e voltas e, 
enquanto ela não voltou a fazer a parte dela, eu não 
consegui progredir.
Muitas vezes na família percebemos a mesma coisa, 
tentamos trabalhar só os pais e os filhos param de re-
mar, tentamos trabalhar só os filhos e parece que os 
pais entram em greve. A verdade é que esse barquinho 
chamado família só vai chegar em algum lugar se pais 
e filhos remarem juntos. 
A reaproximação de pais e filhos é um dos maiores ob-
jetivos do coração de Deus. E, assim como aquele bar-
quinho andava em círculo, dava voltas e nos colocou 
6 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
rapidamente tontos, muitos pais e filhos estão tontos, 
sem rumo e sem saber como fazer para se aproxima-
rem um do outro e para chegar ao destino que é uma 
família feliz, estruturada e edificada sobre a rocha que 
é Jesus.
7 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Quem vai guiar 
essa casa?
Quando nos voltamos para a palavra de Deus desco-brimos que os dois últimos versos do Antigo Tes-
tamento tratam exatamente sobre isso. O texto do livro 
de Malaquias 4:5 e 6 diz: 
“Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do gran-
de e terrível dia do Senhor.
Ele fará com que os corações dos pais se voltem para 
seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do 
contrário eu virei e castigarei a terra com maldição.”
Até hoje, na cultura judaica, durante as festas que que 
são feitas, os judeus deixam uma cadeira vazia que di-
zem ser para Elias. Eles acreditam tão fielmente na vol-
ta do profeta Elias que colocam os talheres, o prato e 
um copo de vinho para que ele chegue e participe da 
festa com eles. No entanto, ao ler o Novo Testamento 
entendemos que esse Elias era João Batista, que viria 
para preparar o caminho para aquele que reuniu os fi-
8 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
lhos espirituais perdidos ao grande Pai celeste, que é o 
Senhor. João Batista fez esse papel de pai, de prepa-
rador. Ele não era o mestre, mas ele conduziu muitos 
até o mestre, e ele dizia: “eis o Cordeiro de Deus que tira o 
pecado do mundo”. Hoje quando olhamos para a família 
percebemos que faltam “Elias”. Elias é essa pessoa que 
não somente representa o próprio profeta do velho tes-
tamento, ou mesmo João Batista do novo testamento, 
mas é qualquer um que faça pais se voltarem para os 
seus filhos e os filhos se voltarem para os seus pais. 
É verdade que a palavra conversão é muito usada em 
relação ao próprio Deus, fala-se muito em conversão a 
Jesus, conversão ao evangelho, converter-se dos seus 
pecados, mas fala-se muito pouco de conversão às 
pessoas, e não foi por acaso que o velho testamento 
e a velha aliança termina exatamente falando que viria 
alguém que faria com que o coração dos pais se con-
vertesse aos filhos e o coração dos filhos se convertes-
se aos pais. 
Nesse livro quero tratar exatamente dessa conversão 
de pais aos seus filhos e, para que você entenda o por-
quê tratar esse ponto de maneira tão direcionada, vou 
listar alguns pontos:
• Eu percebo que são os pais que detém a con-
dução da família. Foi aos pais (pai e mãe) que 
Deus deu a chave, o leme, o volante e a direção 
para guiar o lar.
• Como adultos, são eles que precisam começar 
o processo de restauração e de união da família. 
9 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
• Os filhos têm a tendência de serem mais deso-
rientados, perdidos e sem rumo do que os pais.
• Por fim, porque a Bíblia diz que os pais deixam 
herança para os filhos e não o contrário.
E, baseado nesses e em outros fatos, entendemos que 
os pais precisam urgentemente se converter em dire-
ção aos seus filhos. Conversão significa “mudar de di-
reção, ação de alterar e/ou modificar um sentido”. É 
nesse sentido que acredito que é necessário, aos pais, 
se “converterem” aos seus filhos. 
10 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
O papel inegociável 
dos pais
O que seria então uma conversão dos pais aos filhos?
1 - Conversão de pais aos filhos é: 
reconhecer o valor de cada um deles. 
Quando abrimos nossa Bíblia em Hebreus 11:23, lemos 
um verso impressionante:
“Pela fé Moisés, recém-nascido, foi escondido durante 
três meses por seus pais, pois estes viram que ele era 
uma criança extraordinária, e não temeram o decreto do 
rei. ”
A primeira coisa que faz com que um pai se conver-
ta ao seu filho é quando ele o valoriza. Pense por um 
momento em Moisés, a Bíblia diz que ele não passava 
de um bebê e, o que faz um bebê além de chorar, de 
mamar e de dormir? Nada mais. Mesmo assim, a Bíblia 
relata que os seus pais viram que ele era uma criança 
extraordinária. Algo impressionanteque percebemos é 
que muitas vezes hoje os pais fazem exatamente o con-
trário, são eles os primeiros a jogar na cara dos filhos 
os defeitos, as falhas e as faltas que eles cometem. Eles 
contemplam a preguiça dos filhos, enxergam a raiva e 
a falta de propósito, reclamam que eles não vão bem 
nos estudos, chamam os filhos de adjetivos pejorativos 
como: burro, feio e até dizem que não vão dar em nada 
na vida. Mas o pai convertido ao filho começa, antes de 
11 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
tudo, sendo alguém que o valoriza. Entenda bem, os 
pais de Moisés não valorizaram o “Moisés que abriu o 
mar”, por que naquela época não havia aberto e ele era 
só um bebê. Os pais de Moisés não valorizaram o “Moi-
sés que guiou milhões de pessoas no deserto”, eles va-
lorizaram um simples bebê. 
Pais e mães devem ser, antes de qualquer pessoa, aque-
les que percebem o valor de seus filhos. Reforçar os pe-
cados, os defeitos e as faltas deles não vai fazer com 
que eles melhorem. Tem que ser dos pais a afirmação de 
valor que seus filhos precisam. Certa vez, um grupo de 
mães da igreja me perguntou: pastor Lucinho, porque as 
nossas filhas e filhos com 12 e 13 anos já estão queren-
do tanto namorar, ir para rua, ficar com alguém e falam 
até em casamento? E eu prontamente respondi: porque 
eles ouvem, veem e recebem na rua o eu te amo e a va-
lorização que muitas vezes não recebem em casa. 
O primeiro passo da conversão de um pai ao seu filho 
é ver grandeza nele. É enxergar o ouro. É interessante 
pensar que quando criaram a tabela periódica, com 
todos os elementos da natureza, o seu criador deixou 
de propósito alguns espaços em aberto, porque ele 
sabia que ainda seriam descobertos elementos valio-
sos que seriam adicionados a ela. É papel dos pais 
olhar para os filhos e não somente enxergar aquela 
aparente menina apática e aquele aparente menino 
sem propósito que são, mas enxergá-los lá na frente 
como homens e mulheres que transformarão essa ge-
ração para Glória de Deus. 
A Bíblia nos conta a história de José, o mais novo de 
doze irmãos, mas que já sonhava e dizia para os seus 
12 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
pais e irmãos, um dia vocês todos se curvaram diante 
de mim. Ele foi mal interpretado em sua casa, mas de-
pois a vida deu a José o valor que ele teve que dar a si 
mesmo. Em casa seu pai o repreendeu e disse: “você 
acha que um dia eu, sua mãe e seus irmãos vamos nos 
curvar diante de você? O Pai, Jacó, não conseguiu per-
ceber que estava diante do futuro vice-rei do Egito. 
Enxergue a nobreza que existe dentro deles, antes de-
les mesmos. Quando os pais não percebem o valor dos 
filhos, outros poderão tentar usar dessa carência para 
alimentar sentimentos impuros e até criminosos. Trafi-
cantes demonstrarão interesse pela mão de obra que 
eles podem proporcionar, e isso será confundido com 
valorização. O namoradinho da escola terá mais chan-
ces de manipular os seus sentimentos. Então, o primeiro 
passo da conversão de pais e filhos e dar o valor devido 
como os pais de Moisés deram ao bebê recém-nascido, 
mesmo antes de sua grande posição de destaque ser 
manifestada. Amar e demonstrar esse amor por quem 
eles são e não por quem eles têm capacidade de um 
dia serem.
2 - Conversão de pais à filhos é 
proteger e guiar os seus filhos. 
Quando lemos a Bíblia, observamos que Deus chamou 
um casal, José e Maria, para cuidar de Jesus. A verda-
de é que o anjo apareceu para Maria somente uma vez 
e disse: “Mulher, você será a mãe do Salvador” (Lc. 1.31-32), 
mas daí em diante ele só apareceu para José. Existe 
um texto muito impactante que nos ensina como o pai 
deve proteger e guiar seus filhos, veja só o que está 
escrito no livro de Mateus:
13 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Depois que partiram, um anjo do Senhor apareceu a 
José em sonho e lhe disse: 
“Levante-se, tome o menino e sua mãe, e fuja para o Egi-
to. Fique lá até que eu diga a você, pois Herodes vai pro-
curar o menino para matá-lo”.
Então ele se levantou, tomou o menino e sua mãe du-
rante a noite e partiu para o Egito, onde ficou até a 
morte de Herodes. E assim se cumpriu o que o Senhor 
tinha dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu filho”. 
Quando Herodes percebeu que havia sido enganado 
pelos magos, ficou furioso e ordenou que matassem 
todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém 
e nas proximidades, de acordo com a informação que 
havia obtido dos magos.
Então se cumpriu o que fora dito pelo profeta Jeremias:
“Ouviu-se uma voz em Ramá,
choro e grande lamentação;
é Raquel que chora por seus filhos
e recusa ser consolada,
porque já não existem”.
O regresso a Nazaré
Depois que Herodes morreu, um anjo do Senhor apa-receu em sonho a José, no Egito, e disse: “Levante-se, 
tome o menino e sua mãe e vá para a terra de Israel, pois estão 
mortos os que procuravam tirar a vida do menino”.
Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe e foi para a 
terra de Israel.
14 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Mas, ao ouvir que Arquelau estava reinando na Judeia 
em lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. 
Tendo sido avisado em sonho, retirou-se para a região 
da Galileia e foi viver numa cidade chamada Nazaré. 
Assim cumpriu-se o que fora dito pelos profetas: “Ele 
será chamado Nazareno”. Mt 2:13.23
O que vemos neste texto? Maria deu à luz a Jesus, mas 
quem protegeu e guiou Jesus foi o seu pai, José. A his-
tória de José muitas vezes é desvalorizada. Eu conheço 
pessoas que fazem de Maria uma verdadeira divindade, 
e se esquecem que o grande herói nessa família é José. 
Vamos compreender a história de José e entender seu 
papel. Em primeiro lugar, José assumiu um filho que 
não era dele. Jesus era filho biológico de Maria, mas ele 
não era filho biológico de José, contudo, José o assu-
miu com a paternidade completa e isso exige o ato de 
proteger e guiar.
A segunda parte da conversão de pais a filhos passa 
exatamente pela proteção e pela direção. O anjo apa-
receu a José várias vezes, mas à Maria somente uma 
única vez. O anjo disse a José: “Levanta-te, tome o menino 
e sua mãe, e fuja para o Egito. Fique lá até que eu lhe diga...” 
(Mt 2:13) e depois, foi o mesmo anjo que apareceu para 
ele e disse: “Levante-se, tome o menino e sua mãe, e vá para 
a terra de Israel...” (Mt.2:20).
Existe um Herodes do inferno que quer destruir nos-
sos filhos. O infanticida Herodes é aquele que quer 
matar nossos filhos no berço antes que eles se tornem 
os homens e mulheres de Deus que transformarão 
essa geração. 
15 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Assim como Herodes procurava Jesus, não para ado-
rá-lo, mas para destruí-lo, assim existe nos nossos dias 
um Herodes, o próprio diabo, o grande inimigo da fa-
mília, que quer machucar, marcar e neutralizar nossos 
filhos para que eles não consigam cumprir o propósito 
divino na vida deles.
Toda vez que o diabo ataca nossos filhos, ele está ten-
tando levar a diante aquilo que, na verdade, ele gosta-
ria de ter feito com filho do próprio Deus, Jesus, mas 
ele não conseguiu porque havia um Pai que o protegia. 
É papel dos pais perceber o mal antes do mal chegar 
até os filhos. É papel dos pais guardar os filhos assim 
como José protegeu Jesus, levando-o para longe das 
mãos do inimigo. Dessa maneira, são os pais que de-
vem perceber a aproximação de alguma amizade ruim, 
de algum vício, de alguma tendência pecaminosa e as-
sim instruir e orientar seu filho o máximo possível para 
que ele não caia em algo destruidor para sua vida. A 
Bíblia diz que quando José foi avisado que podia voltar, 
ele poderia ter morado na Judéia, mas resolveu guiar 
Jesus para Galileia porque havia uma profecia que dizia 
que aquele menino não seria chamado judeu mas seria 
chamado Nazareno. 
Outra coisa que percebemos é que José não somente 
protegeu o menino Jesus, mas ele o guiou para o seu 
destino profético. Jesus não foi colocado em qualquer 
lugar, se o que se dizia dele é que ele seriao Nazareno, 
foi para Nazaré que o seu pai o guiou. Muitos pais, hoje 
em dia, não sabem ajudar seus filhos a descobrir a mis-
são que eles têm na vida. Eles simplesmente pagam as 
16 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
contas dos filhos como se isso resumisse toda respon-
sabilidade paterna. Existe uma grande diferença entre 
criar e educar. Vemos hoje uma geração criada pelos 
pais e educada pela internet. Educada pela Netflix, por 
amigos, por programas de tv como o Big Brother Bra-
sil, etc. 
Resultado: os pais estão gerando filhos completamen-
te diferentes deles, e por quê? Porque não conseguem 
valorizá-los, que é o primeiro ponto da conversão e se-
gundo não conseguem protegê-los e nem guiá-los ao 
seu destino profético. 
É interessante lembrar que em todo esse episódio Je-
sus era Deus, mas como ele era uma simples criança, 
não conseguiria se proteger de Herodes ou ter o en-
tendimento de que deveria fugir do Egito ou mesmo 
de que já poderia voltar para Israel e que deveria morar 
em Nazaré porque um dia seria chamado de Nazareno. 
Tudo isso foi feito pelo pai. É o pai e é a mãe que vai dar 
destino profético aos filhos.
Eu, como pai de dois adolescentes, várias vezes já dis-
se para eles: “o que o papai falar sobre vocês é o que 
vai acontecer”. Lembro-me que um dos meus filhos se 
sentia fisicamente muito magrinho e dizia “pai eu, não 
cresço, na minha sala todo mundo é maior do que eu o 
que eu me sinto triste” e eu disse: “filho, você vai cres-
cer quando você fizer 15 anos. Você vai ficar da altura 
dos seus amigos” e, assim aconteceu. Também já fiz 
isso várias vezes com a minha filha e com meu filho em 
outras ocasiões, e eu percebo claramente que a minha 
voz é mais do que um simples desejo de um pai, é a di-
reção e a liberação para que os meus filhos se tornem 
17 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
tudo aquilo que Deus sonhou que eles sejam. 
Para isso os pais precisam estar conectados ao cora-
ção de Deus. A verdade é que muitos pais não conse-
guem ver o anjo, não conseguem ouvir a voz de Deus, 
não conseguem antever o mal, não conseguem guardar 
seus filhos, não conseguem guiá-los ao destino profé-
tico e não conseguem ver o seu valor. É por isso que 
Malaquias disse que tem que haver uma conversão dos 
pais aos filhos antes de haver uma conversão dos filhos 
aos pais. São os pais que tem que dar o primeiro passo.
E nessa conversão já falamos do primeiro passo que é 
dar valor ao filho, falamos do segundo passo que é a 
proteção e a direção e, agora veremos o que significa o 
terceiro passo na conversão de pais a filhos.
3 - Conversão de pais à filhos é conversar, 
elogiar, dizer que ama e estar com eles.
Quando lemos a palavra de Deus, ficamos impres-sionados ao ver como o Pai se relaciona com 
o próprio Jesus. É impressionante ver a forma como 
Deus, o Pai, durante todo o tempo dava para Jesus o 
respaldo, o diálogo, e o ânimo que ele precisava. Quan-
do lemos Mateus 3:17 Jesus acaba de sair das águas do 
batismo e Deus ali no céu “não aguenta” e, como uma 
mãe quando vê o filho marcar um gol no futebol, Deus 
disse para todos ouvirem: “Este é meu filho amado e Nele 
está todo o meu prazer”. Depois, em Lucas 9:35, no alto 
do Monte onde aconteceu a Transfiguração, Deus o Pai 
fala de novo quando ele aparece na nuvem de Glória 
dizer “Esse é meu filho amado ouçam-no.” E, pela terceira 
vez Deus fala de forma audível com Jesus para que to-
18 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
dos ouvissem, esse fato está registrado em João 12:28, 
quando Deus diz pra Jesus: “Este é meu filho amado e nele 
está o meu prazer. ” O que nós descobrimos aqui? Um 
Deus, Pai, que conversa com Jesus. Um Deus, Pai, que 
elogia seu filho. 
Algo terrível que eu tenho percebido hoje é que os fi-
lhos estão carentes e quem está suprindo esta carência 
não está dentro de casa. As palavras de afirmação “eu 
te amo”, “você vai vencer”, “você é um campeão”, “Deus 
te escolheu”, “você vai ter uma família feliz”, “Deus te 
prosperará”, “você vai vencer esse problema” e tantas 
outras, quase nunca vem da boca do pai ou da boca 
da mãe. A grande maioria das frases que os filhos ou-
vem são de amigos, são de desconhecidos, mas quase 
nunca daqueles que mais deveriam apoiá-los, daqueles 
que deveriam orar por eles, que deveriam ensiná-los. 
Quando eu vejo no novo testamento pelo menos três 
vezes Deus Pai conversando de forma audível com Je-
sus e para que todos ouvissem, ou seja, não havia no 
coração de Jesus a menor dúvida de que o Pai estava 
com ele, de que o pai estava ajudando-o em sua missão 
e de que o pai o recebia e o amava. 
Queridos pais, tire a dúvida do coração do seu filho 
com respeito ao amor que você sente por ele. Tenho 
atendido e conversado com adolescentes e jovens há 
mais de 30 anos e o que eu ouço é basicamente isso: 
meu pai não me ama, minha mãe não me curte. 
Quando os filhos vêm me contar os seus problemas, a 
primeira pergunta que eu faço é já contou para o seus 
pais? E eles com o riso maroto sempre me dizem: “nun-
19 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
ca, pastor! Não existe uma ponte de ligação pela qual 
eu possa me abrir com meus pais, eles são completa-
mente insensíveis e a única coisa que eles têm em re-
lação a mim, é cobrança no que diz respeito a alguma 
coisa que eu não fiz, ou de algum objetivo que eles 
estabeleceram pra mim, mas que eu não alcancei. ” 
Pais, digam, falem do seu amor por seus filhos, de-
monstrem isso. Fale palavras de elogio. Certo dia uma 
jovem me disse: “pastor, sempre que erro sou dura-
mente repreendida pela minha mãe, mas outro dia eu 
fui a única que tirou a nota 10 na prova na minha sala e 
quando eu contei para ela a suas palavras foram ‘você 
não fez mais que sua obrigação’ ”. Pais assim deixam os 
seus filhos com uma eterna insegurança. Não ter uma 
overdose do amor dos pais gera filhos inseguros, des-
preparados para vida e pior, sempre em busca desse 
amor que falta em coisas, em situações e até vícios que 
nunca os preencherão. 
Os pais precisam começar um diálogo, os pais preci-
sam manter o diálogo aberto, os pais precisam elogiar, 
os pais precisam olhar nos olhos, os pais precisam ar-
rancar da alma dos filhos aquilo que os aflige. O Pai 
conversava com Jesus, Jesus tinha uma linha direta 
com pai e assim também nossos filhos precisam que 
haja uma conversão do diálogo dos pais.
Eu, como pai do Davi e da Emily sempre converso com 
eles. Todo dia, inclusive quando viajo, fico o tempo 
todo falando com eles pelo WhatsApp. E várias vezes 
enquanto eles conversavam comigo, eu olho dentro 
dos olhos deles e pergunto: o que é que vocês estão 
escondendo de mim? Aos poucos eles vão se abrindo 
20 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
e contando um pouco mais. Já teve vezes que eu per-
cebi que haviam pessoas do convívio deles que sabiam 
mais sobre eles do que eu. Essa é uma tragédia que 
nós, pais, não podemos deixar acontecer: que pessoas 
fora de casa ouçam mais os nossos filhos do que nós 
mesmos. Somos nós, os pais, que temos que ouvi-los.
Eu criei uma regra no meu lar, para educar o Davi e a 
Emily, eu só estabeleci esta regra: “vocês não podem 
fazer segredo de nada. Pode acontecer qualquer coisa 
de ruim, mas eu quero que vocês venham até mim e 
me contem o que aconteceu”, e assim tem sido, sejam 
coisas boas ou ruins temos mantido um diálogo aberto. 
Temos elogiado uns aos outros, temos deixado claro o 
amor que sentimos uns pelos outros e isso tem fortale-
cido o coração dos meus filhos e tem me feito um pai 
mais forte, posicionado e capaz de guiá-los para mis-
são profética que Deus os chamou.
O terceiro passo da conversão de pais a filhos é no di-
álogo, é no elogio, é no “eu te amo”, na conversa e em 
deixar a ponte do diálogo sempre aberta.
Essa conversão de pais precisa acontecer e tem que 
começar hoje
21 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Conclusão
Vimos na história dos pais de Moisés, que o primeiro passopara nos converter a nossos filhos é identi-
ficar o valor deles. Vimos na história de José, pai de 
Jesus, que o segundo passo da nossa conversão aos 
filhos é protegê-los dos “Herodes” e guiá-los para o seu 
destino profético.
E vemos no diálogo de Deus Pai com Jesus, que o ter-
ceiro passo desta conversão de pais aos seus filhos é o 
diálogo, o elogio é o amor verbalizado e demonstrado. 
Nós, pais, precisamos muito nos converter a nossos fi-
lhos. Muitas vezes esta tem que ser uma conversão diá-
ria, porque é possível você ler um livro como este e ficar 
dois ou três dias conversando mais com seus filhos, os 
valorizando mais, protegendo e guiando-os mais, mas 
depois seu coração esfria, e a prática da apatia volta 
a reinar em seu coração. É verdade o que muitos pais 
já me disseram: “Lucinho, tenho feito tudo o que você 
falou, mas os meus filhos nunca se convertem a mim, só 
eu que me converto a eles”, bem, nós não governamos 
o coração dos nossos filhos. Tenho observado ao lon-
go dos anos que a única maneira de um marido mudar 
uma esposa, a esposa mudar o marido e dos pais mu-
darem os filhos e os filhos mudarem os pais é quando 
nós mesmo nos mudamos e o outro muda em resposta 
à nossa mudança. A conversão dos filhos aos pais só 
vai acontecer se primeiro os pais se converterem aos 
filhos. É verdade que existem muitos pais que fizeram 
tudo certo e, mesmo assim, ainda não viram o resulta-
do de amor, de transformação na vida dos seus filhos, 
22 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
mas eles não podem desistir, nós temos que insistir em 
valorizá-los, em protegê-los, e guiá-los, em conversar 
e elogiar, deixando claro e explícito o nosso amor por 
eles. 
Por quê? Porque o texto de Malaquias 5 e 6 termina 
dizendo para que eu não venha e fira a terra com mal-
dição. Que maldição seria essa? A maldição de viver 
de baixo do mesmo lar como ilustres desconhecidos, 
a maldição de um ter o sangue do outro, mas não ter 
os propósitos do outro. A maldição de estar perto, mas 
tão longe, a maldição de estar cada um trancado no seu 
quarto, nas suas redes sociais e tão distantes daqueles 
que estão fisicamente tão perto. De que maldição o ve-
lho testamento termina falando? Da maldição de como 
pais não conseguirmos deixar uma herança para nossos 
filhos, e eu não estou falando de dinheiro. Herança é o 
que você deixa para uma pessoa e legado é o que você 
deixou dentro de uma pessoa. Nós, como pais, temos 
que nos converter aos nossos filhos até que vejamos o 
nosso coração batendo dentro do peito deles. Não é o 
trabalho de um dia, não é o resultado de um mês, não é 
simplesmente ajuda de um líder de jovens que fará com 
que isso aconteça, não é levá-los a igreja ou fazê-los 
assistir determinado pregador. Pais precisam doar suas 
vidas para ver seus filhos se transformarem naquilo que 
sonharam e no que Deus sonhou para eles. E eu desafio 
você pai e mãe, a partir desse dia, a assumir a paterni-
dade que Deus sonhou para você. Converta hoje o seu 
coração ao seu filho. 
Eu concluo este livro fazendo-o lembrar daquele texto, 
certamente o mais lindo da Bíblia, a parábola do Filho 
pródigo. Nesta parábola tão linda contada por Jesus, 
23 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
nós vemos um pai que permitiu que o filho fosse em-
bora, mas que o recebeu de braços abertos quando ele 
retornou. O texto é muito forte e diz assim: “...a seguir 
levantou seu filho que foi para o seu pai, estando ainda longe 
seu pai o viu e cheio de compaixão correu para o seu filho e o 
abraçou e o beijou. ” (Lucas 15:20)
Este é o resumo do coração de um pai convertido a 
seu filho.
O pai não ouviu o pedido de desculpas do filho para 
correr até ele; o pai não ouviu as explicações dos pe-
cados e dos erros do filho para depois correr para ele; 
o pai não ouviu as histórias do filho para depois rece-
bê-lo, não! O texto diz que cheio de compaixão o pai o 
viu ainda de longe, correu e se jogou no pescoço dele. 
E, quando filho começou a dar suas explicações, o pai 
não deu nenhuma resposta, mas simplesmente disse: 
“depressa traga a melhor roupa vista-o coloque um anel em 
seu dedo, calce seus pés, tragam um novilho gordo e matem-
-no, vamos fazer uma festa e nos alegrarmos, pois, este meu 
filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado 
e começaram a festejar seu regresso.” 
Que seja esse seu coração como pai, e que seja esse o 
seu coração como mãe, completamente voltado, com-
pletamente rendido a seus filhos. E é de você, em você 
e através de você que perigos tão terríveis como dro-
gas, suicídio, uma sexualidade depravada e tantos ou-
tros perigos não chegarão sequer perto dos seus filhos. 
Eles são promessa de Deus e hoje, você como um pai e 
como uma mãe, com um coração convertido aos seus 
filhos se transforma naquele que, de fato os guiará para 
ser tudo aquilo que Deus sonhou para eles.
24 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Oração de conversão 
dos pais aos filhos
Querido Deus, obrigado por me fazer pai/mãe, mas 
eu quero lhe pedir mais que isso, quero ser este pai/
mãe convertido ao meu filho, quero a partir de hoje 
ser como os pais de Moisés que valorizaram o seu 
filho ainda bebê, quero ser como José, pai de Jesus, 
que o protegeu e o guiou para seu destino. Quero ser 
como Deus pai que conversava com Jesus, elogiava 
Jesus e deixa claro o seu amor por Jesus. 
A partir de hoje, eu me converto ao meu filho, para 
que não venha uma maldição para o meu lar, para 
que não venha uma destruição em meu lar.
Minha casa, este meu barquinho não ficará dando 
voltas perdido, sem achar o destino, mas eu, jun-
to com meus filhos chegaremos até onde o Senhor 
sonhou. Por isso agora eu me converto aos meus 
filhos para criá-los, educá-los e levá-los ao destino 
profético que o senhor sonhou para eles, é a minha 
oração em nome de Jesus. 
Amém.
25 Guia de sobrevivência para pais de adolescentes
Crédito das Ilustrações
Capa: Alimento vetor criado por freepik
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Pág. 7 - Pessoas vetor criado por pikisuperstar 
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Pág. 8 - Ilustração: Negócio vetor criado por pch.vector
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© 2020, de Lúcio Barreto JR
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reservados a Lúcio Barreto Jr.
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vada ou transmitida por qualquer meio – eletrônico, 
mecânico, fotocópias, etc. – sem a devida permissão do 
autor, podendo ser usada apenas para citações breves.
Revisão:
Lucíola Barreto
Projeto Gráfico e capa:
Rafael Guimarães
Ilustração da capa:
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Primeira Edição:
janeiro | 2021
Categoria: Liderança Cristã
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