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DRENAGEM LINFATICA FACIAL

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1 AULA
Disciplina: Princípios e práticas da drenagem linfática facial
Aula 1: Introdução ao sistema linfático
Apresentação
Esta disciplina trata dos princípios e das práticas da drenagem linfática facial, pois é preciso compreender o sistema que iremos trabalhar ao aplicar a técnica. Começaremos nossa jornada pelo sistema circulatório linfático.
Você poderá compreender o que é o sistema linfático, seu funcionamento e constituição. Descobrirá todas as suas funções no corpo humano e os benefícios que seu bom funcionamento traz para a saúde.
Objetivos
Explicar o funcionamento do sistema circulatório;
Definir sistema linfático com base em sua estrutura;
Identificar as funções do sistema linfático.
Sistema circulatório sanguíneo

Fonte:Por Phonlamai Photo / Shutterstock.
Para que o organismo cresça e mantenha suas funções, é necessário que as células estejam devidamente nutridas. A principal função do sistema circulatório é levar nutrição e oxigenação para todas as nossas células.
Você sabe como isso ocorre?
Todo nutriente absorvido pela digestão dos alimentos é transportado pelo sangue para cada parte do nosso corpo. Assim, é possível manter o funcionamento do organismo. O mesmo acontece com o oxigênio que respiramos. O sangue realiza a mesma função de carreamento do oxigênio que passa pelos nossos pulmões.
Você acha que acabou por aí?
O sangue ainda é capaz de transportar os resíduos do metabolismo celular. Todas as atividades do nosso corpo produzem “restos”, que são encaminhados para descarte. O sangue leva esses resíduos aos órgãos encarregados de eliminá-los.
É como cozinhar. Durante o preparo do alimento são gerados lixos, que são jogados fora e o caminhão da coleta leva esse material para o local de descarte. É como se o sangue desempenhasse o papel do caminhão da coleta e levasse todo esse “lixo”, isto é, os restos metabólicos até o local de descarte, ou seja, os órgãos responsáveis pela devida eliminação. O sangue também possui células responsáveis pela defesa do nosso organismo.
Você deve estar se perguntando o porquê de estarmos falando tanto do sangue e não chegarmos de fato no assunto principal da aula. Acompanhe mais um pouco nossa jornada pelo sistema circulatório e, em breve, você vai entender que tudo tem sua conexão.
O sistema circulatório é constituído por tubos fechados, chamados de vasos, que funcionam como o sistema hidráulico das nossas casas. Essa rede de tubos não tem comunicação com o meio exterior e dentro dela circulam dois líquidos: o sangue e a linfa.
Agora, imagine um carro. Para que ele funcione, é necessário um líquido, um combustível. Para este combustível circular e fazer o carro funcionar, é necessário um motor. No caso do corpo humano, esse motor é o coração. Ele funciona como uma bomba que se contrai e expande, permitindo que os líquidos circulem por todo organismo. Veja, a seguir, uma ilustração do coração e suas estruturas.
 Fonte: Por Vasilyeva Larisa / Shutterstock.
Mas se o sistema circulatório é um sistema constituído por tubos fechados, como é possível que ele consiga transportar nutrientes e oxigênio para todas as células do organismo?
 As trocas entre o sangue e os tecidos são feitas através de uma rede de pequeninos vasos muito finos, chamados capilares. São esses capilares que conseguem efetuar as trocas e transportar os restos metabólicos para seu devido ponto de descarte.
O sistema circulatório é constituído por:
Sistema circulatório sanguíneo: composto por vasos condutores do sangue (artérias, veias e capilares) e o coração;
Sistema circulatório linfático: composto por vasos condutores da linfa (capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos) e órgão linfoides (linfonodos e tonsilas);
Órgãos hematopoiéticos (medula óssea, baço e timo): responsáveis pela formação das células do sangue.
Atenção
O sistema linfático, um dos sistemas mais importantes do corpo humano, é anexo ao sistema sanguíneo. Portanto, para entender seu funcionamento é necessário compreender um pouco sobre o sistema circulatório sanguíneo.
Agora que você já sabe como o sistema circulatório é constituído, deve estar se perguntando: como o sistema linfático está ligado ao sanguíneo?
É simples, o sistema circulatório linfático é anexo ao sistema sanguíneo, ou seja, ambos trabalham juntos. Portanto, para que você compreenda o funcionamento do sistema linfático é muito importante entender como funciona o sistema sanguíneo.
Obviamente, nosso foco não é aprofundar nossos estudos nas particularidades do sistema sanguíneo. Mas, para ilustrar, veja as imagens a seguir sobre a circulação do sangue no corpo humano:
Circulação pulmonar
Leitos capilares dos pulmões onde ocorre a troca gasosa (O2 / CO2
Veias pulmonares
Artéria aorta e ramos
Ventrículo esquerdo (Bomba esquerda)
Leitos capilares para todos os tecidos do corpo
Ventrículo direito (Bomba direita)
Veias cavas
Artéria pulmonar
 Fonte: https://i.pinimg.com/ Acesso em: 10 dez. 2018.
 Fonte: https://image.slidesharecdn.com/ Acesso em: 10 dez. 2018.
Você percebeu que há dois tipos de circulação sanguínea?
Chamamos de pequena circulação (pulmonar) e grande circulação (sistêmica). Na pequena circulação, o sangue pobre em oxigênio (venoso) sai do coração (pelo ventrículo direito) e é bombeado para os pulmões, onde há uma grande rede de capilares. Há troca de gases respiratórios (hematose) e o sangue, agora oxigenado, retorna ao coração (pelo átrio esquerdo).
Na grande circulação, o sangue sai do coração pelo outro lado (ventrículo esquerdo) e é bombeado para a rede capilar de todos os tecidos do corpo. O sangue retorna ao coração (pelo átrio direito) após todas as trocas.
Atenção
Pequena circulação: coração-pulmão-coração;
Grande circulação: coração-tecidos-coração.
As principais funções do sistema circulatório sanguíneo são:
nutrição, excreção, oxigenação do organismo e termorregulação 1.
Após toda a abordagem sobre o sistema circulatório sanguíneo, chegou a hora de tratarmos de fato do sistema foco do nosso estudo: o sistema linfático. Observe a imagem a seguir:
Capilares linfáticos
Vasos linfáticos
Linfonodo
Capilares sanguíneos
Rede capilar pulmonar
 Fonte: https://www.auladeanatomia.com/ Acesso em: 10 dez. 2018.
Você visualizou como os sistemas circulatório sanguíneo e circulatório linfático estão interligados?
Sistema circulatório linfático
O sistema circulatório linfático é constituído pela linfa - que é o líquido circulante deste sistema - por vasos e também por órgãos linfoides. Podemos dizer que o sistema linfático é um sistema auxiliar de drenagem, que é capaz de auxiliar o sistema venoso nessa função.
O sistema venoso consegue drenar cerca de 97% das impurezas do corpo. O sistema linfático fica responsável por drenar o restante. Pense em como fica o quintal de uma casa após ser lavado. Cheio de pequenas poças d'água, não é mesmo? Após a limpeza, nem sempre é possível escoar toda a água. É o que acontece com a drenagem do organismo.
O sistema venoso desempenha a maior parte do trabalho, mas o linfático é de extrema importância. Você verá todas as suas funções após conhecermos um pouco mais da sua constituição.
Vale destacar que os capilares sanguíneos não são capazes de captar todas as moléculas do líquido tecidual, como é o caso de moléculas de grande tamanho.
Elas são recolhidas pelos capilares linfáticos, que são capilares especializados neste tipo de função. Uma vez captadas pelos capilares linfáticos, seguem pela linfa até os vasos linfáticos, chegando aos troncos linfáticos (vasos mais volumosos e calibrosos) que por sua vez serão responsáveis por lançar a linfa até as veias.
As moléculas pequenas vão diretamente para o sangue, sem barreiras, sendo conduzida pelos capilares sanguíneos. Já as macromoléculas só conseguem chegar até a circulação por meio da linfa, sendo conduzidas pelos capilares linfáticos.
Circulação linfática
Deu para perceber como o sistema circulatório linfático e o sistema circulatório sanguíneo se assemelham?
Mas, apesar de terem muitos aspectos
semelhantes, há também alguns pontos em que diferem.
 Fonte: https://www.ganglioslinfaticos.com/ Acesso em: 10 dez. 2018.
Exemplo
Por exemplo, o sistema circulatório linfático também possui uma rede de capilares e é através dela que ocorre a absorção do líquido tecidual, porém dizemos que esses capilares são tubos de fundo cego. Isto é, são tubos fechados cujas extremidades apresentam-se ligeiramente dilatadas. Este detalhe anatômico transforma o sistema linfático em um sistema de mão única, ou seja, ele somente retorna o líquido intersticial para a corrente circulatória. Logo, a circulação linfática é uma circulação apenas de retorno, isto é, ela nasce nas extremidades e não faz um circuito fechado como a circulação sanguínea.
Outra diferença significativa entre esses dois sistemas circulatórios é que o sistema linfático não possui um órgão central capaz de bombear seu líquido e torná-lo circulante, como é o caso do coração no sistema sanguíneo. O sistema circulatório linfático, apesar de não possuir a mesma “bomba propulsora”, é capaz apenas de conduzir a linfa para vasos de maior calibre que, por sua vez, irão desembocar em veias do pescoço.
A circulação linfática é realizada de diferentes maneiras:
1
Contrações do sistema muscular
2
Pulsações de artérias próximas aos vasos linfáticos
3
Movimentos intestinais e outros tipos de compressões
Além dos que foram listados anteriormente, estímulos externos são sempre necessários, pois servem como um auxílio para que a linfa percorra seu trajeto. Dentre eles, podemos citar meios compressivos, drenagem linfática e exercícios físicos.
Atenção
Os vasos linfáticos estão associados às estruturas muito importantes para o nosso estudo que são denominadas linfonodos 2.
Saiba mais
Assista ao vídeo a seguir, que ilustra o que estudamos até agora sobre o sistema circulatório linfático.
Os linfonodos são ricos em células de defesa, como os leucócitos e macrófagos, que fagocitam (ingerirem ou englobam partículas ou células para eliminação das mesmas) as impurezas da linfa. A ilustração a seguir demonstra todo o caminho do sistema circulatório linfático, em que os nós em destaque correspondem aos linfonodos existentes no corpo.
 Fonte: //kerchak.com/wp-content/ Acesso em: 11 dez. 2018.
Como o foco da nossa disciplina é a drenagem linfática facial, vamos aprofundar um pouco mais os nossos estudos e visualizar de forma mais detalhada os linfonodos constituintes da face, como mostra a imagem a seguir.
 Localização anatômica dos linfonodos cervicofaciais | Fonte: files.biomedicinaunabh0.webnode.com/ Acesso em: 11 dez. 2018.
Sistema linfático e defesa do organismo
Começamos a pensar no sistema linfático como correspondente do sistema imunológico, pois ele desempenha importante função na defesa do nosso organismo.
Aproveitando o gancho, confira as principais funções do sistema circulatório linfático:
1
Drenar líquidos em excesso do meio intersticial para a circulação sanguínea. O espaço intersticial ou interstício é composto por várias cavidades preenchidas por líquido, presentes entre todos os tecidos do nosso corpo – por isso, chamado de intersticial, isto é, entre tecidos;
2
Produzir células do sistema imunológico (linfócitos, monócitos e plasmócitos);
3
Destruir de bactérias e outras partículas por filtração nos linfonodos;
4
Remover as proteínas e substâncias de alto peso molecular do líquido extracelular;
5
Absorver ácidos graxos e transportar gordura para o sistema circulatório. Grande parte dos nutrientes cai diretamente na circulação sanguínea, mas os lipídeos são lançados na circulação linfática.
Agora você compreendeu a importância do sistema imunológico para o corpo humano? Sem ele, como ficaria a defesa do nosso organismo? Como o corpo filtraria o restante das impurezas que o sistema venoso não consegue filtrar? Como as macromoléculas sairiam do espaço intersticial e chegariam à circulação, já que os capilares sanguíneos não conseguem captá-las?
Para finalizar, reflita sobre como o sistema circulatório linfático é importante para o organismo. Sem ele, nada funcionaria nessa complexa máquina chamada de corpo humano.
Atividade
1. Qual é a principal função do sistema circulatório?
2. Como o sistema circulatório é dividido?
3. O sistema circulatório linfático possui alguma ligação com o sistema circulatório sanguíneo ou são sistemas independentes? Comente.
4. Quais são os constituintes do sistema circulatório linfático?
5. Quais são as funções do sistema circulatório linfático?
Disciplina: Princípios e práticas da drenagem linfática facial
Aula 2: Constituição do sistema linfático
Apresentação
Agora que já estudamos o sistema circulatório, descobrimos a interligação do sistema sanguíneo com o sistema linfático, bem como as funções do sistema linfático, está na hora de aprofundarmos os nossos estudos nos constituintes do sistema linfático.
2 AULA
Nesta aula iremos conhecer cada constituinte do sistema linfático: A linfa, os vasos linfáticos, os canais coletores e os órgãos do sistema linfático e descobrir o papel de cada um na circulação linfática.
Objetivos
Identificar todos os constituintes do sistema linfático;
Descrever a funcionalidade dos componentes do sistema linfático;
Demonstrar a função de cada constituinte do sistema linfático na circulação.
Sistema circulatório
Agora que nós já aprendemos o que é o sistema circulatório e como ele funciona, descobrimos a íntima ligação do sistema circulatório sanguíneo com o sistema circulatório linfático, bem como a importância deste último para o funcionamento do corpo humano, está na hora de aprofundarmos os nossos estudos na constituição mais detalhada do sistema linfático.
O corpo humano é uma máquina fantástica, e cada estrutura possui determinada função. Essa afirmativa se aplica a cada sistema do organismo e não seria diferente com o sistema linfático.
Nós vimos anteriormente que o sistema circulatório linfático é composto pela linfa (líquido circulante no sistema), por vasos condutores da linfa (os capilares linfáticos, os vasos linfáticos e os troncos linfáticos) e órgãos linfoides (os linfonodos e as tonsilas). Além disso, existem órgãos constituintes do sistema circulatório que também são muito importantes para o sistema linfático; são eles: O baço e o timo (classificados como órgãos hematopoiéticos).
Cada um destes constituintes possui funções específicas para garantir o bom funcionamento do sistema circulatório linfático.
 Fonte: Por eveleen / Shutterstock.
Vamos descobrir quais são elas?
Linfa
A linfa é o líquido intersticial dentro do sistema linfático. Diferente do sangue, a linfa é transparente (por não possuir hemáceas) e é constituída de plasma, restos metabólicos, impurezas, bactérias, vírus e é rica em leucócitos, principalmente os linfócitos.
 Fonte: https://makeagif.com/
Ela desempenha importante papel na circulação linfática, afinal, é ela a responsável pelo transporte de substâncias no organismo. Além de ajudar a eliminar o excesso de líquido e produtos que deixaram a corrente sanguínea – drenagem –, tem ação imunológica por ser rica em anticorpos.
A linfa de um indivíduo em repouso circula de 7 a 10 mmHg (é a unidade de medida convencional para medir pressão, significa "milímetros de mercúrio"), mas durante a realização de algum exercício físico, sua velocidade aumenta para 20 mmHg. A pressão arterial é de 30 mmHg e a venosa de 20 mmHg. Isto quer dizer que o sangue circula em maior velocidade que a linfa, fato que não poderia ser diferente uma vez que o sistema circulatório sanguíneo possui um órgão que funciona como bomba propulsora, o coração.
Você conseguiu compreender?
Atenção
O que precisamos notar em tudo isso é que a linfa possui dificuldade circulatória no contexto geral. Essa é uma informação preciosa, já que a nossa disciplina se refere aos estudos de uma técnica cuja finalidade é estimular a circulação linfática.
Vias linfáticas
As vias linfáticas são compostas por:
1
Vasos linfáticos iniciais: capilares linfáticos.
2
Vasos capilares:
vasos linfáticos.
3
Vasos pré-coletores (mais profundos): vasos linfáticos.
3
Coletores linfáticos: troncos linfáticos
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Capilares linfáticos
Vasos linfáticos
Órgãos e tecidos linfoides
Conheça, a seguir, as funções e características dos órgãos e tecidos linfoides.
Baço
Trata-se do maior órgão deste sistema; ele é responsável pela produção de células do sangue que participa diretamente da circulação linfática e tem importante função de remover do organismo as hemácias em processo de degeneração.
Ele está localizado na parte superior esquerda da cavidade abdominal, logo abaixo do músculo diafragma.
 Fonte: https://www.anatomiadocorpo.com/
 Fonte: https://ww2.makia.com.br/
Timo
Pequenino, subestimado e até desconhecido por muitas pessoas. Na infância, o timo atua como uma glândula produtora de hormônios do crescimento.
Com o passar do tempo, na vida adulta, esse órgão involui, passando a atuar como órgão de tecido linfoide, produtor de um tipo de leucócitos - os linfócitos T, células que comandam nossas defesas quando algum agente invasor começa a causar problemas para o organismo.
Tonsilas
As tonsilas são estruturas mais conhecidas como amígdalas (ou amídalas). Essas estruturas atuam como órgão de defesa, impedindo a penetração de organismos estranhos no corpo.
Como encontram-se em localização privilegiada, ajudam o organismo a combater infecções causadas por vírus e bactérias que possam entrar pela boca ou pelo nariz. Porém, por estarem em uma porta de entrada de agentes nocivos, podem vir a trazer frequentes desconfortos para o indivíduo.
Quando não é possível mais ter tanto controle desses desconfortos, a cirurgia de retirada dessas estruturas pode ser feita. A cirurgia de remoção das amídalas é normalmente indicada quando essas estruturas acarretam algum prejuízo na respiração, no sono, na alimentação, na fala do paciente, e/ou quando as infecções se tornam muito frequentes.
 Fonte: https://2.bp.blogspot.com/
Linfonodos, gânglios linfáticos ou nodos linfáticos
Estas estruturas merecem bastante destaque no nosso aprendizado, pois sua identificação é de suma importância para a aplicação da técnica de drenagem linfática. Mas, por ora vamos nos ater a sua localização e à compreensão de suas funções.
 Fonte: https://image.jimcdn.com/ Acesso em: 10 dez. 2018.
Os linfonodos são órgãos imunologicamente ativos, eles participam diretamente do sistema linfático e são responsáveis por filtrar as impurezas da linfa. Isto porque sua estrutura é rica em leucócitos, principalmente os macrófagos, que fagocitam o que deve ser eliminado.
São muitos os linfonodos presentes em nosso corpo, ao todo somam cerca de 500 a 600 espalhados pelo caminho do sistema linfático, interpostos no trajeto dos vasos. Apresentam-se normalmente em grupo ou em cadeia, como é o caso das regiões do pescoço, axilas e virilhas.
Saiba mais
Linfonodo sentinela é o nome dado ao primeiro linfonodo da cadeia ganglionar.
São denominados vasos linfáticos aferentes aqueles que penetram no linfonodo levando a linfa para o seu interior. São denominados vasos linfáticos eferentes aqueles que saem do linfonodo levando a linfa purificada.
 Fonte: //www.fisbel.com/
 Fonte: //kerchak.com/ Acesso em: 10 dez. 2018.
Os linfonodos corporais de maior relevância são:
Axilares: presentes na região das axilas
Cubitais: presente na região dos cotovelos
Inguinais: presente na região inguinal (entre o abdômen e as pernas)
Ilíacos: presentes na região abdominal
Poplíteos: presentes na região atrás do joelho
Infraclaviculares: presentes na região embaixo da clavícula
Supraclaviculares: presentes na região em cima da clavícula
 Fonte: //muitobomessecafe.blogspot.com/
Os linfonodos faciais de maior relevância são:
Cervicais: presentes na região lateral do pescoço
Submandibulares: presentes na região abaixo da mandíbula
Submentonianos: presentes na região abaixo do queixo
Pré-auriculares: presentes na região à frente da orelha
Pós-auriculares: presentes na região atrás da orelha
Bucinadores: presentes lateralmente à cavidade bucal (na região das bochechas)
Temporais: presentes na região da testa
Occipitais presentes na região da base da cabeça
Infraclaviculares: presentes na região embaixo da clavícula
Supraclaviculares: presentes na região em cima da clavícula
Podemos descrever os linfonodos como pequenas estruturas de forma oval que são encontradas em vários pontos no trajeto dos vasos linfáticos. A função deles é servir como uma área de filtragem, criando uma barreira contra a penetração, na corrente sanguínea, de agentes nocivos ao corpo como microrganismos, toxinas ou substâncias estranhas ao organismo.
Você consegue imaginar agora o porquê as vezes apresentamos casos popularmente conhecidos como ínguas?
A íngua nada mais é do que um linfonodo que aumentou de tamanho. Este quadro aparece como resposta dolorosa de uma inflamação. Confira a ilustração abaixo e veja como se dá essa alteração:
 Fonte: //www.jornalciencia.com/
Considerações Finais
Agora que já vimos toda a constituição do sistema circulatório linfático, vamos refletir e correlacionar os conceitos já aprendidos até aqui. O sangue, apesar de sua importância inquestionável, sendo responsável por carrear os materiais às células e remover os restos da atividade celular, não entra em contato direto com essas células. A comunicação entre o sangue e os tecidos é feita pelo sistema linfático.
1
No sistema circulatório linfático os capilares possuem má vedação e várias cavidades que permitem a passagem de células de defesa, nutrientes, proteínas e água.
2
O sistema linfático estabelece uma ligação essencial entre a circulação sanguínea e o fluido que banha as células, desempenhando um importante papel na defesa do organismo ao lançar anticorpos na corrente sanguínea. Deste modo é capaz de promover a defesa do corpo contra invasores externos.
3
O sistema circulatório linfático conta com um elaborado sistema de vasos, muito semelhantes aos capilares e veias do sistema sanguíneo, que desembocam no interior de grandes veias do sistema circulatório.
Você conseguiu perceber como esse complexo sistema é importante para o corpo?
Cada componente contribui para que haja um equilíbrio de funções e para que o sistema linfático funcione perfeitamente. Falhas na drenagem do corpo, isto é, na drenagem do sistema circulatório, acarretam muitos malefícios ao organismo, uma vez que todas as funções que acabamos de aprender estarão comprometidas. Porém, as disfunções e doenças no sistema circulatório causadas por falhas em algum dos elementos abordados aqui serão assunto de uma próxima aula. Isto porque ainda precisamos abordar alguns pontos importantes sobre o sistema linfático.
Atividade
1. Cite cada constituinte do sistema circulatório linfático, bem como suas devidas subdivisões.
2. Cite os linfonodos mais relevantes que se encontram na região facial.
3. Complete as frases a seguir:
a) No interior dos vasos linfáticos circula um líquido; essa substância é chamada de linfa. Apesar de sua semelhança como o sangue, ela possui coloração esbranquiçada, transparente. Isso se deve à ausência de 
digite a resposta
 .
b) Os 
digite a resposta
 são as primeiras estruturas do sistema linfático; quando o 
digite a resposta
 está presente em seu interior passa a ser denominado 
digite a resposta
 e esta segue um único trajeto e uma única direção.
c) Os linfonodos são órgãos imunologicamente ativos que participam diretamente do sistema linfático. Eles têm a importante função de 
digite a resposta
.
d) São muitos os linfonodos presentes em nosso corpo, ao todo somam cerca de 500 a 600 espalhados pelo caminho do sistema linfático, interpostos no trajeto dos vasos. Apresentam-se normalmente em grupo ou em cadeia, como é o caso das regiões do 
digite a resposta
, 
digite a resposta
 e 
digite a resposta
.
4. Cite a principal função dos constituintes do sistema circulatório linfático listados a seguir:
a) Linfa
b) Vasos linfáticos
c) Baço, timo,
tonsilas
d) Linfonodos
5. Os vasos linfáticos surgem da anastomose de vasos capilares linfáticos. Existem dois planos, um superficial e outro profundo. Os vasos linfáticos não se fazem presentes em algumas regiões, EXCETO:
a) Sistema nervoso central
b) Medula óssea
c) Face
d) Músculos esqueléticos
e) Estruturas avasculares. Disciplina: Princípios e práticas da drenagem linfática facial
Aula 3: Sequência linfática no corpo e na face
Apresentação
Você já aprendeu o que é o sistema circulatório e como ele é constituído. Também já descobriu as principais funções do sistema linfático e de todos os seus componentes detalhadamente.
Agora que sua base sobre o sistema linfático já está consolidada, vamos descobrir qual a sequência da linfa no organismo. É o momento de compreender o sentido deste sistema, pois é este sentido que devemos obedecer na hora da aplicação da Drenagem Linfática.
Objetivos
Descrever o caminho do sistema linfático no corpo;
Demonstrar o caminho do sistema linfático na face;
Reconhecer a importância deste aprendizado para a técnica de Drenagem Linfática Manual.
Componentes do sistema circulatório linfático
O sistema circulatório linfático é estruturado por vários componentes, cada um deles com suas funções e reponsabilidades dentro deste sistema. Assim como o sistema circulatório sanguíneo possui uma circulação coordenada em que o sangue percorre um caminho lógico dentro do organismo, de modo a entrar e sair do coração – sua bomba propulsora –, o sistema circulatório linfático também possui uma determinada sequência, que descobriremos nesta aula.
Após você compreender como o sistema linfático funciona, chegou a hora de compreender seu trajeto no corpo humano.
Atenção
Vale ressaltar que este é um conteúdo muito importante e que merece sua extrema atenção. Isto porque é de suma relevância que você saiba qual a sequência da linfa no organismo.
A Drenagem Linfática Manual – que é o foco de nossa disciplina – trabalha com o sistema linfático, correto?
Qual o líquido que flui pelas vias deste sistema?
Isso mesmo, a linfa. Logo, podemos dizer que a drenagem linfática manual irá trabalhar com a linfa.
Já sabemos que a linfa não reflui, pois os vasos linfáticos possuem estruturas que funcionam como válvulas denominadas linfângios. Elas têm a importante função de impedir o refluxo da linfa, ou seja, impedir que a linfa volte. Veja a imagem abaixo para relembrar o que estudamos nas aulas anteriores a respeito deste assunto:
 Fonte: Adaptado | Shutterstock.
Podemos concluir que a linfa só possui um sentido. Você concorda que, se aplicarmos a drenagem linfática manual de modo a não respeitar este sentido da linfa, não estaremos obtendo resultado algum?
Isto é, estaremos tentando fazer a linfa percorrer o sentido oposto ao de origem, o que é impossível, de acordo com a anatomia do sistema circulatório linfático. Perderemos o nosso tempo, o tempo do (a) paciente (a) e, pior, não estaremos promovendo benefício algum dentre os vários benefícios que a técnica traz para o corpo humano – conteúdo que abordaremos em aulas posteriores no decorrer de nossa jornada de aprendizado.
Dito isso, vamos começar a entender todo o caminho da linfa pelo corpo. Para que essa compreensão seja possível precisamos descobrir como a linfa é formada, de onde ela se origina, para só depois entender para onde ela vai.
É de conhecimento geral que o nosso corpo é formado em sua maior parte por água, cerca de 70% dele é líquido. Esse líquido recebe nomes distintos dependendo de onde está localizado. Quando este fluido está no sangue, recebe o nome de plasma, isto é, a parte líquida do sangue é o plasma. Quando está dentro da célula, recebe o nome de hialoplasma. Já quando ele se encontra no espaço entre as células – espaço intersticial, como já aprendemos –, é denominado líquido intersticial.
 Fonte: https://t2.os.ltmcdn.com/es/
É este mesmo líquido que, ao entrar no sistema circulatório linfático, recebe o nome de linfa. Após ser recolhida pelos capilares linfáticos, a linfa é levada até os vasos linfáticos para, a partir daí, se juntar ao sangue. Assim deixa de ser linfa, voltando a ser plasma, recomeçando o seu circuito.
Esse líquido não fica estático, parado dentro de cada um desses espaços que citamos. Ele constantemente sai do plasma, caminha para o interstício, ou passa do interstício para células e vice-versa. Isso acontece porque o líquido no nosso corpo funciona como um veículo para transporte de substâncias.
É a água presente no organismo que transporta oxigênio e nutrientes para todo o corpo, e através desses fluidos é possível fazer esse transporte, por exemplo, do sangue para as células.
O oxigênio e os nutrientes carreados pelo sangue, passam pelo espaço intersticial e chegam às células. Da mesma forma, os resíduos do metabolismo, que já abordamos em aulas anteriores, precisam ser recolhidos pelo sangue até o devido local para descarte (pulmões ou rins). Esse transporte também é feito através da água, dos fluidos.
Você conseguiu entender como a água é importante para o funcionamento do nosso corpo?
Agora que conseguimos correlacionar os aprendizados anteriores com os desta aula, é o momento de aprender de fato como a linfa é formada.
Você consegue imaginar como a água consegue eventualmente passar de um espaço para outro?
Isso é possível através de um processo chamado de dinâmica dos fluidos, na qual existem pressões que permitem essa passagem: a Pressão Hidrostática e a Pressão Oncótica.
A Pressão Hidrostática (PH) é uma pressão positiva. Ela permite a passagem do líquido do sistema arterial para o espaço intersticial. Esse processo é chamado de filtragem. Já a Pressão Oncótica (PO) ou Osmótica é uma pressão negativa. É ela que irá permitir a passagem do líquido do espaço intersticial para o sistema venoso e linfático.
Esse processo é chamado de reabsorção. A formação da linfa ocorre através das pressões. Confira a figura a seguir que irá ilustrar todo esse processo:
 Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com (Adaptado).
Veja que todos esses processos possuem nomes específicos que precisamos destacar. A saída dos líquidos para fora dos vasos é chamada de filtragem ou filtração, ou ainda, ultrafiltração. A volta de desse líquido para o capilar é chamada de reabsorção ou absorção (90% para os capilares venosos e 10% para os capilares linfáticos), onde há maior pressão oncótica que "empurra" o líquido de volta para os capilares.
 Fonte: https://i.servimg.com/
Veja que todos esses processos possuem nomes específicos que precisamos destacar. A saída dos líquidos para fora dos vasos é chamada de filtragem ou filtração, ou ainda, ultrafiltração. A volta de desse líquido para o capilar é chamada de reabsorção ou absorção (90% para os capilares venosos e 10% para os capilares linfáticos), onde há maior pressão oncótica que "empurra" o líquido de volta para os capilares.
 Fonte: https://www.infoescola.com/
Essas proporções acontecem em um organismo saudável; no entanto, existem situações e/ou patologias (doenças) que vão alterar esse funcionamento, isto é, alterar essas proporções e causar o que chamamos de edema. Mas este é um assunto para a próxima aula.
Agora que já descobrimos como a linfa se forma dentro do organismo, veremos enfim a sequência que ela percorre no corpo humano.
Atividade
1. Os linfonodos são as estruturas responsáveis por filtrar as impurezas da linfa. Você lembra quais são os linfonodos corporais de maior relevância?
A linfa proveniente dos pés e das pernas, vista anterior (de frente) e vista posterior (de costas), se direciona para os linfonodos poplíteos atrás dos joelhos. Essa linfa vai, juntamente com a linfa da coxa, para os linfonodos inguinais localizados nas dobras das pernas. Estes linfonodos também recebem a linfa da região do glúteo, da lombar e abdômen infra-umbilical (infra= abaixo; abaixo do umbigo). Dos linfonodos inguinais, a linfa segue seu caminho até os linfonodos ilíacos na região abdominal e, em seguida, parte para a cisterna do quilo e ducto
torácico.
A linfa proveniente do lado esquerdo da cabeça, do pescoço e do tórax se direciona para o ducto linfático esquerdo, que se une ao ducto torácico e desemboca essa linfa no ângulo venoso esquerdo (no encontro das veias subclávias e jugular interna esquerda). Nesse momento a linfa volta a compor o sangue, como plasma, na veia cava.
Já o terceiro quadrante é constituído pela parte posterior da cabeça, ou seja, a parte de trás, que é drenada para a região occipital (nuca), cervical e supraclavicular.
Agora tente refazer o caminho da linfa que acabou de aprender seguindo a figura abaixo:
 Fonte: //kerchak.com/
Sequência da linfa na face
Como a nossa disciplina é voltada para a drenagem linfática facial, precisamos agora aprofundar nossos estudos para essa área do corpo, uma vez que já entendemos o caminho da linfa de forma geral dentro do organismo até voltar a compor o sangue.
Atividade
2. E quanto aos linfonodos faciais? Você lembra quais são os de maior relevância para o nosso estudo?
Antes de tudo, para entendermos a sequência linfática facial é preciso saber que o rosto é dividido em três quadrantes. O primeiro quadrante é constituído pela região mentoniana (região do queixo), orbicular da boca (em volta da boca) e nasal. Todo este quadrante é drenado para a região submandibular (sub = abaixo; abaixo da mandíbula), cervical (laterais do pescoço) e supraclavicular (supra = acima; acima da clavícula).
O segundo quadrante é composto pela região orbicular das pálpebras (ao redor dos olhos), têmporas (lateral da testa) e frontal (testa). A linfa desta região é drenada para os linfonodos pré-auriculares (região à frente da orelha), cervicais e supraclaviculares.
Já a linfa proveniente do lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax vai para o ducto linfático direito, que sozinho desemboca essa linfa no ângulo venoso direito (no encontro das veias subclávias e jugular interna direita), voltando a compor o sangue, da mesma forma. Portanto, ¾ de toda a linfa são drenados do lado esquerdo do corpo e ¼ apenas é drenado do lado direito.
Agora, tente refazer o caminho da linfa que acabou de aprender seguindo a figura abaixo:
 Fonte: //files.biomedicinaunabh0.webnode.com/
Considerações Finais
No começo pode parecer assustador saber que vamos desmembrar cada parte do sistema circulatório linfático para que possamos aplicar corretamente a técnica de drenagem linfática manual. No entanto, como você pode ver, rapidamente conseguimos correlacionar os assuntos abordados nas aulas e fazer com que todos juntos façam sentido para o nosso foco de estudo.
Até aqui já aprendemos toda a constituição e funcionamento do sistema linfático. Descobrimos hoje como a linfa é formada e qual a sua sequência no corpo, em especial, na face. Percebemos como é importante compreender o caminho deste líquido dentro do sistema circulatório linfático, já que ele possui apenas um sentido, que deve ser respeitado a fim de se obterem os benefícios da drenagem linfática manual. Precisaremos agora voltar nossa atenção para o mau funcionamento deste sistema tão importante, mas esse assunto ficará para as próximas aulas. Até breve!
Atividade
3. Explique como a linfa é formada.
4. Complete as frases com o(s) linfonodo(s) e/ou regiões para onde a linfa é drenada no corpo:
a) Linfa proveniente dos pés e das pernas: 
digite a resposta
.
b) Linfa da coxa: 
digite a resposta
.
c) Glúteo, lombar e abdômen infraumbilical: 
digite a resposta
.
d) Região abdominal: 
digite a resposta
, 
digite a resposta
 e 
digite a resposta
.
e) Lado esquerdo da cabeça, do pescoço e do tórax: 
digite a resposta
, 
digite a resposta
 e 
digite a resposta
.
f) Lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax: 
digite a resposta
, 
digite a resposta
 e 
digite a resposta
.
5. Sabemos que a face é dividida em três quadrantes. Relacione as colunas com as regiões que constituem cada quadrante:
 
a) Região posterior da cabeça.
b) Região mentoniana, orbicular da boca e nasal.
c) Região orbicular das pálpebras, têmporas e frontal.
6: Complete as frases com o(s) linfonodo(s) e/ou regiões para onde a linfa é drenada na face:
a) 1º quadrante: 
digite a resposta
, 
digite a resposta
 e 
digite a resposta
.
b) 2° quadrante: 
digite a resposta
, 
digite a resposta
 e 
digite a resposta
.
c) 3º quadrante: 
digite a resposta
, 
digite a resposta
 e 
digite a resposta
.
7. Explique com suas palavras a importância da sequência da linfa para a técnica de drenagem linfática manual.
8. Por que a direção para onde encaminhamos a linfa é importante?
Aula 4: Edemas
Apresentação
Nós já percorremos um bom percurso de nossa jornada de aprendizado rumo à prática da Drenagem Linfática Manual. Já aprendemos muitas coisas imprescindíveis para a aplicação da técnica, como a constituição do sistema linfático, cada componente e funcionamento. Demos destaque para a linfa e descobrimos qual a sua sequência no corpo, em especial, na face.
Hoje caminharemos um pouco mais a fundo neste sistema tão fascinante que é o sistema circulatório linfático, e começaremos a descobrir que muita coisa pode dar errado quando esse sistema não funciona como deveria. Vamos lá?
Objetivos
Definir o que é o edema e quais as suas características;
Identificar os tipos de edema;
Descrever a indicação da drenagem linfática para edemas.
Funções do sistema linfático
 Fonte: Por eveleen / Shutterstock.
Nesta altura do nosso conteúdo, você já compreendeu que o sistema circulatório linfático é um sistema extremamente importante para garantir o funcionamento do corpo humano. Logo de início, vamos relembrar um pouco as funções que o sistema linfático desempenha no organismo?
Atividade
1. Pare agora e tente identificar algumas delas.
Em resumo, o sistema circulatório linfático possui funções de defesa e excreção no nosso organismo, correto?
Pressão hidrostática e pressão oncótica
Também já vimos na última aula que a drenagem de líquidos é feita através da dinâmica dos fluidos que envolve duas pressões distintas. Você lembra quais são? A pressão hidrostática e a pressão oncótica. Relembre esse conteúdo observando a seguinte imagem:
Pressão Hidrostática (PH)
É uma pressão positiva, responsável pelo processo denominado filtragem, que permite a passagem do líquido do sistema arterial para o espaço intersticial.
Pressão Oncótica ou Osmótica (PO)
É uma pressão negativa, responsável pelo processo chamado de reabsorção, que permite a passagem do líquido do espaço intersticial para o sistema venoso e linfático.
Relembre esse conteúdo observando a seguinte imagem:
 Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/
Uma vez que a dinâmica dos fluidos é compreendida, percebemos que quando a Pressão Hidrostática e a Pressão oncótica estão funcionando normalmente, permitindo que a água no nosso corpo possa passar de um espaço para outro, transportando tudo que é necessário em cada setor, há o que chamamos de homeostasia.
Você já ouviu esta palavra antes?
Homeostasia ou homeostase é o processo de regulação pelo qual um organismo mantém o seu equilíbrio constante. Ou seja, quando essas pressões estão funcionando devidamente, nosso corpo está em equilíbrio. Isso é possível em um organismo saudável; no entanto, existem situações e/ou patologias (doenças) que alteram esse funcionamento e causam o que chamamos de edema.
Edema
Enfim, chegamos no foco da nossa aula de hoje: edemas. Se essa palavra ainda é desconhecida para você, vamos simplificar. Observe a imagem abaixo para clarear um pouco sua mente:
Isso mesmo!
O edema é popularmente conhecido como inchaço ou retenção de líquidos. Agora que você já aprendeu sobre a dinâmica dos fluidos, tente raciocinar e descobrir o que é um edema fisiologicamente falando.
 Fonte: https://thenationalpilot.ng/
O edema nada mais é do que a presença de líquido intersticial em excesso nos tecidos ocasionada pelo desequilíbrio das pressões. Esse edema pode ser localizado ou sistêmico, mas isso é um assunto posterior, vamos entender a princípio como ele se forma mais detalhadamente.
Na verdade, os mecanismos envolvidos na formação do edema foram um grande mistério por muito tempo. Isto porque muitas vezes até os sinais clínicos se apresentam de forma contraditória. Por exemplo, há edemas que aparecem no fim do dia, outros mais raramente se apresentam ao acordar. A atividade física favorece a drenagem, mas em alguns casos o melhor é ficar em repouso.
Atenção
Porém, é fato que o edema é resultado do desequilíbrio entre o processo de filtragem e de drenagem, ou seja, a quantidade de líquido que sai dos capilares sanguíneos para o meio intersticial e a drenagem desse líquido de volta aos capilares linfáticos. Quando as vias de drenagem conseguem evacuar o líquido trazido, há um bom funcionamento; mas quando o líquido filtrado tem maior volume e a drenagem se torna insuficiente, temos o edema. Os tecidos se enchem de líquido, a pressão aumenta e a pele se distende gerando inchaço.
Sinal de Godet
Esse edema que acabamos de detalhar – quando há maior aporte de líquidos – é de origem vascular. Ele apresenta clinicamente o que chamamos de sinal de Godet. O sinal de Godet é gerado quando pressionamos a região edemaciada com o dedo: É gerada uma depressão, que persiste mesmo após deixarmos de pressionar.
Observe a figura a seguir para compreender melhor o sinal de Godet:
É possível desfazer esse edema pouco a pouco, de espaço intersticial em espaço intersticial, deslocar esse líquido filtrado em direção aos locais onde a circulação linfática pode assegurar a reabsorção. Você imagina como podemos realizar tal feito? Isso mesmo! Através da drenagem linfática manual, pressões são aplicadas com as mãos que envolvem a região edematosa.
Porém, existem outras variações que não são de origem vascular, como a que acabamos de estudar.
 Fonte: https://2.bp.blogspot.com/
Além desse primeiro tipo de edema estudado, em que há mais líquido chegando ao meio intersticial do que o organismo consegue drenar, há outro tipo de edema no qual há falha no processo de reabsorção. Isto é, quando a quantidade de líquido filtrado é normal, mas há falha no sistema de drenagem.
O corpo humano consegue drenar cerca de 24 a 30 litros de linfa diariamente; no entanto, pode ser que esse sistema de drenagem se torne insuficiente. Neste caso, há maiores complicações no tecido, o edema se forma e torna-se fibroso. Com isso, as possibilidades de evacuação vão depender da evolução clínica do quadro.
Saiba mais
Este edema descrito não possui origem vascular, mas sim, origem linfática. Não apresenta o sinal de Godet e, portanto, não é possível movê-lo por meio de pressões.
Linfedema
Após analisarmos os edemas citados, podemos concluir então que o edema de origem vascular é gerado pelo aumento da Pressão Hidrostática ou diminuição da Pressão Oncótica.
Já o edema de origem linfática surge por um defeito no sistema de drenagem, gerado por uma patologia (doença) linfática que é chamada de linfedema.
 Fonte: //www.vascular-rs.org.br/
Esses dois tipos de edema são os mais comuns. No entanto, existem diversos outros que não são totalmente de origem vascular, nem totalmente de origem linfática/venosa. As patologias que acometem o sistema circulatório linfático são o assunto da próxima aula. Hoje vamos nos ater apenas ao estudo dos edemas, e como sequência, vamos nos aprofundar no último que acabamos de descobrir: o linfedema.
O linfedema possui duas formas distintas: o linfedema primário e o linfedema secundário.
Linfedema primário
Refere-se ao linfedema congênito – inato, desde o nascimento. Na maioria das vezes, esse tipo de linfedema é causado por uma malformação das vias linfáticas ou dos gânglios linfáticos, ou a total ausência de vias linfáticas. Um linfedema primário se torna aparente, na maioria dos afetados, antes dos 35 anos.
Linfedema secundário
É aquele adquirido durante a vida e suas causas são diversas:
inflamações;
Lesões nas vias linfáticas, causadas frequentemente por cirurgias. É muito comum surgirem linfedemas na região dos braços em mulheres depois de mastectomias (remoção parcial ou total da mama), nas quais os gânglios linfáticos são removidos das axilas.
Tumores malignos com acumulação de células cancerígenas nos gânglios linfáticos.
Lesões causadas por radiação, em que as paredes das vias linfáticas aderem entre si.
O linfedema é uma doença que pode nascer com o indivíduo ou ser adquirida no decorrer da vida acarretada por vários problemas. Assim como o edema vascular, o linfedema possui sinais que permitem identificar a doença.
Sinal de Stemmer
Um importante sinal clínico nestes casos é o sinal de Stemmer, um sinal de diagnóstico confiável para reconhecer o linfedema. Basta tentar puxar uma prega da pele para cima (por exemplo, por cima de um dedo do pé ou da mão). Se esse ato se mostrar difícil, ou mesmo impossível, estamos falando de um "sinal de Stemmer positivo".
 Fonte: https://docplayer.com.br/
Este é um indício de linfedema. Além deste, existem outros que iremos listar abaixo. Confira:
Sinal de Stemmer positivo.
Inchaço assimétrico.
Pregas naturais mais profundas da pele sobre as articulações.
Inchaços frequentes no dorso dos pés e das mãos.
Pele lisa, tensa e “esticada”.
A doença evolui basicamente em três estágios.
Vamos descobrir um pouco mais sobre eles?
Vale ressaltar que um linfedema não tem cura; no entanto, sem o devido tratamento, a doença não estabiliza.
1
Estágio 0 - danos não detectados: as vias linfáticas ainda são capazes de transportar a linfa e não há inchaços.
2
Estágio 1 - reversível: o edema é suave e aparece no fim do dia ou após esforço físico. O inchaço desaparece durante a noite ou após alguns dias de repouso.
3
Estágio 2 - espontaneamente irreversível: edema persiste mesmo após repouso prolongado. No entanto, o inchaço pode ser eliminado com tratamento adequado. Nesta fase, a ocorrência de infeções aumenta muito.
4
Estágio 3 – irreversível: é praticamente impossível eliminar o inchaço. Derivado do comprometimento citado, podem surgir outras complicações como eczemas, erisipela e fístulas linfáticas. Este estágio é muito grave e pode evoluir para elefantíase.
Atualmente, com a constante evolução da medicina, existem diversas opções de tratamento para linfedema, permitindo que o paciente leve uma vida quase perfeitamente normal.
Tudo certo até aqui? Já relembramos nesta aula as principais funções do sistema linfático. Então, faz sentido se pensarmos que o edema em geral é uma complicação que atrapalha a funcionalidade do sistema linfático?
Se a circulação linfática está comprometida, isto pode acarretar uma série de problemas relacionados.
A boa notícia é que a drenagem vai atuar melhorando o edema e nós, esteticistas, estamos capacitados para atuar nestes casos sim!
Video
Assista o vídeo sobre o assunto acima.
Atenção
Vale ressaltar que, obviamente, nos casos de linfedema, é necessário acompanhamento e indicação médica. Não podemos extrapolar os limites da profissão e precisamos lembrar sempre que estética é saúde, a beleza vem como consequência. E por isso, como profissionais da área da saúde, é muito importante que façamos uma avaliação antes de qualquer atuação e, caso necessário, antes de efetuar o devido tratamento estético, devemos solicitar avaliação médica.
Considerações Finais
Em resumo, o estado de equilíbrio do organismo é atingido quando as vias responsáveis pela drenagem são suficientes para evacuar todo o líquido trazido pela filtragem. É deste modo que ocorre uma constante renovação do líquido intersticial, permitindo que as nossas células possam retirar todos os componentes necessários ao seu metabolismo. Se não houver interrupção nesse fluxo, não ocorrerá o edema.
No entanto, quando o aporte de líquido filtrado se torna maior e o sistema de drenagem não aumenta sua atividade, ocorrerá um desequilíbrio de pressões, isto é, um desequilíbrio entre a filtragem e a sua eliminação, o que gera um acúmulo de líquidos nos tecidos. Assim, a pressão intratecidual aumenta e a pele distende, causando visualmente um inchaço
da região, produzindo uma condição denominada edema.
O termo edema é utilizado para denominar o acúmulo de quantidades anormais de líquido nos espaços intersticiais ou nas cavidades do organismo. Existem dois tipos de edema, um de origem vascular e outro de origem linfática. Clinicamente, o edema de origem vascular apresenta o sinal de Cacifo (ou sinal de Godet). Já o edema linfático é totalmente diferente do vascular e aparece quando a rede de evacuação é insuficiente, enquanto o aporte de filtragem é normal. Ambos podem ser tratados com drenagem linfática manual, salvo casos mais graves para os quais não haja indicação médica.
Atividade
2. O que é o edema?
3. Como o edema se origina?
4. Cite e comente sobre os dois tipos de edema.
5. Qual a diferença do linfedema primário para o secundário?
6. A drenagem linfática é indicada para todo tipo de edema sem exceção? Comente.
Aula 5: Principais doenças do sistema linfático
Apresentação
Agora que você já aprendeu tudo sobre o sistema circulatório linfático e também já identificou todos os tipos de edema, vamos fechar essa primeira parte do conteúdo abordando as principais doenças que podem acometer esse sistema.
É de suma importância que você tenha conhecimento sobre essas afecções, pois no momento da avaliação você pode identificar indícios que o próprio paciente não observou ainda. A partir daí você saberá como proceder e se a drenagem linfática é indicada ou não em cada caso.
Nesta aula abordaremos as principais afecções que podem acometer o sistema circulatório linfático. Assim como todo sistema do organismo, o sistema linfático é passível de doenças. Descobriremos nesta aula quais quadros clínicos podemos encontrar em um atendimento estético e até onde poderemos trabalhar, sempre respaldados pelos princípios éticos que regem a profissão.
Objetivos
Compreender as principais doenças que podem acometer o sistema linfático;
Identificar sinais clínicos das doenças;
Avaliar a aplicação da técnica de drenagem linfática manual em cada caso.
Doenças do sistema linfático
Chegamos agora ao fim da primeira metade do conteúdo, onde iremos aprender sobre as principais doenças do sistema linfático.
Você deve estar se perguntando: eu não sou médico, então por que tenho que aprender sobre isso? Este conteúdo não está muito aprofundado?
Você está se formando para ser um profissional da saúde, isso vai muito além do que promover beleza. Você será um esteticista e precisa ter esse pensamento desde agora durante a sua formação.
Imagine que você agendou uma avaliação para um paciente que deseja, previamente, fazer drenagem linfática. Você o avalia e, por não ter preparo adequado, não percebe que ele possui uma doença contraindicada para a aplicação da técnica.
Como fica o seu papel como profissional da saúde nesse caso?
Pense nisso e vamos lá!
Linfoma
Começaremos falando sobre o Linfoma que, como você já deve imaginar devido ao nome, trata-se de um câncer do sistema linfático. Se essa informação soou estranha para você, pense que todo o nosso corpo é passível de ser acometido pelo câncer, com o sistema linfático não seria diferente.
Nessa doença, o principal sinal se dá pelo aumento do tamanho dos linfonodos (também conhecidos como gânglios linfáticos), principalmente os localizados nas regiões do pescoço, clavículas, axilas e virilhas.
Veja na imagem a comparação entre um linfonodo em estado normal e outro acometido por linfoma.
 Fonte: www.dicademusculacao.com.br
Atividade
1. Em quais linfonodos é mais comum a ocorrência de linfoma?
Percebeu a alteração?
Agora observe a imagem, nela é possível ver a alteração causada pelo linfoma no corpo.
 Fonte: www.ativosaude.com
O linfoma começa nos linfócitos, que são células de defesa do nosso organismo, um tipo de glóbulo branco que pode ser encontrado principalmente nos gânglios linfáticos. Há dois tipos desse câncer:
Linfoma de Hodgkin
Linfoma não-Hodgkin
Em resumo, no primeiro, os linfonodos têm um crescimento lento; já nos linfomas não-Hodgkin, o crescimento é acelerado. Você deve imaginar que uma das principais características seriam dores nas regiões acometidas pelo linfoma certo? Mas curiosamente os linfomas não deixam os linfonodos doloridos.
Lembre-se sempre que quando há algo de errado com a saúde do paciente o corpo dá sinais e não podemos ignorá-los. É comum que pacientes com linfoma tenham sintomas como:
Aumento de linfonodo(s), geralmente na região do pescoço, axilar ou inguinal;
Febre;
Perda de peso;
Fraqueza progressiva;
Sudorese noturna;
Tosse, dificuldade para respirar;
Dor no tórax ou abdômen;
Aumento abdominal.
Obviamente esses sintomas também podem ser provenientes de alguma infecção; de qualquer forma só um médico pode diagnosticar doenças. O que nós como profissionais da saúde precisamos fazer é avaliar bem o paciente.
Houve dúvida na hora de preencher a ficha de avaliação? Não está seguro (a) em fazer o procedimento?
É simples: não faça! Não podemos aplicar a técnica de drenagem linfática manual em pacientes com câncer não controlado e, mesmo com controle, é necessária liberação médica por escrito.
Linfadenite
A linfadenite é uma inflamação dos linfonodos.
Como bem sabemos, essas estruturas filtram a linfa e ajudam o corpo a combater infecções, pois o sistema circulatório linfático possui papel importantíssimo na defesa do corpo humano. Pois bem, a linfadenite ocorre em resposta a inflamações causadas por bactérias, vírus e outros micro-organismos, e em resposta os linfonodos aumentam de tamanho.
Esta inflamação pode ter começado na pele, nariz, olhos ou ouvido. Diferente dos sintomas do linfoma, o paciente com linfadenite sente dor na região inchada dos gânglios linfáticos; além disso, a pele da região fica avermelhada, há uma sensação de calor e prostração.
Saiba mais
Acesse Manual MSD para conhecer como é o quadro clínico nestes casos.
Quanto à aplicação da drenagem linfática manual nesses casos, você já deve imaginar que, primeiramente, se a técnica exige estimulação dos linfonodos, a dor seria um fator limitante neste caso. De todo modo, não aplicamos a técnica durante processos infecciosos e inflamatórios agudos, pois a aceleração do fluxo linfático pode disseminar a infecção.
Atividade
2. O que é linfadenite?
3. Quais os sinais clínicos da linfadenite?
Linfagite
A linfangite é a inflamação dos vasos linfáticos que ocorre quando bactérias ou vírus entram nas vias linfáticas, seja por feridas ou a partir de uma infecção existente. Os microrganismos geralmente entram nos vasos linfáticos através de um arranhão ou ferida em alguma parte do corpo, como braço ou perna. 
Por vezes essa infecção da pele e, consequentemente, dos tecidos sob a pele, se estende até alcançar os vasos linfáticos.
Na área acometida é possível visualizar linhas finas, vermelhas, quentes e sensíveis percorrendo o caminho dos vasos linfáticos.
Essas linhas vão desde a zona afetada até um grupo de linfonodos próximos (como axilares ou inguinais), deixando-os inchados e doloridos.
Observe as imagens para entender melhor os sinais clínicos da doença:
 Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com / dicademusculacao.com.br
Alguns sintomas como febre, calafrios, aumento da frequência cardíaca e dores de cabeça podem surgir junto ao aparecimento das linhas, ou mesmo antes. O grande perigo nestes casos é que a infecção pode chegar até a corrente sanguínea muito rapidamente, podendo provocar um comprometimento de todo o organismo.
Filariose linfática ou elefantíase
Bem diferente das doenças de que falamos anteriormente, a filariose é uma doença que também acomete o sistema circulatório linfático, mas você deve conhecê-la pelo seu nome popular: Elefantíase.
Você lembrou agora?
Observe a imagem abaixo para refrescar sua memória:
 Fonte: i1.wp.com/img.fciencias.com
Trata-se se uma patologia causada por um parasita (conhecido como filária) que afeta a circulação linfática. Através da picada de um mosquito ou pernilongo, ele atinge os vasos linfáticos e promove uma reação inflamatória.
Essa reação
obstrui o fluxo linfático da região, gerando um edema muito exacerbado. A região – seja ela qual for picada pelo mosquito, mais comumente pernas ou braços – fica extremamente dilatada, assemelhando-se à pata de um elefante. Esse é o motivo pelo qual a filariose ficou popularmente conhecida como elefantíase.
Hoje há tratamento para a doença; no entanto, a cura nem sempre possível quando chega à sua fase crônica e há uma intensa inflamação dos vasos linfáticos.
Atenção
Vale ressaltar que os sintomas não surgem imediatamente após a picada do inseto; geralmente eles começam a aparecer após um ou vários meses.
Dentre os sintomas observados, nota-se:
Dor de cabeça;
Dor muscular;
Febre elevada;
Intolerância à luz;
Reações alérgicas;
Coceira pelo corpo;
Inchaço de partes do corpo (pernas, braços, mamas ou saco escrotal).
Quando detectada precocemente a filariose não causa inchaço crônico e espessamento da pele, o que dá aspecto semelhante ao de um elefante. Só quando não é devidamente tratada, os parasitas se desenvolvem na circulação e chegam à fase adulta, causando grave obstrução dos vasos linfáticos, impedindo o fluxo de linfa. Como a doença se desenvolve lentamente, nem sempre é detectada a tempo.
Saiba mais
Em alguns casos é necessária a realização de cirurgia visando corrigir o sistema linfático e diminuir os sintomas, dependendo do comprometimento causado pela doença.
Atividade
4. Qual comprometimento a filariose causa no organismo?
Considerações Finais
O sistema circulatório linfático é um sistema muito interessante e complexo. Ele possui vários componentes, cada qual com a sua função, que precisam trabalhar em harmonia para manter o equilíbrio do corpo humano. A importância desse sistema no organismo é inquestionável, até porque ele atua na defesa do corpo.
Assim como todo e qualquer sistema, o sistema linfático pode ser acometido por alguma patologia. Doença essa que pode nascer com ele, se desenvolver a partir de alguma situação posterior, ou mesmo ser adquirida por interferência externa. Seja qual for a situação, é necessário ter o máximo de cuidado ao avaliar um paciente antes de um atendimento estético. A técnica de drenagem linfática manual, por exemplo, que é o foco de nossa disciplina, é uma técnica muito eficaz e que traz diversos benefícios para organismo; no entanto, se aplicada em um paciente com alguma patologia contraindicada, pode agravar o quadro da doença.
Como profissional da saúde, todo esteticista tem que ser muito criterioso ao fazer uma avaliação prévia ao atendimento. Devemos ficar atentos a cada aspecto clínico, queixa e sinal. Se houver dúvida durante a avaliação, você não deve se sentir constrangido ao pedir que o paciente procure melhor avaliação médica para só então executar os tratamentos estéticos com você. Isso mostra competência e ética!
Mais importante do que saber o que fazer, é saber o que não fazer.
Nesse momento me sinto à vontade para citar Hipócrates, o pai da medicina, em sua famosa frase “Primum non nocere”, que significa “antes de tudo, não prejudicar”, que rege o princípio da não maleficência. Fechando esse primeiro ciclo de estudo, não tenho como não tocar em princípios bioéticos com você.
É importante desenvolver desde a formação esses conceitos para que se torne um profissional completo, não apenas com um diploma na mão.
Recado dado!
Até a próxima aula, na qual enfim abordaremos a aclamada técnica de drenagem linfática manual, já que agora você sabe tudo sobre o sistema circulatório linfático, que é o que essa técnica trabalha.
Atividade
5. O que é linfoma?
6. Quais os dois tipos de linfoma e o que os difere?
7. Cite os principais sintomas que podem acometer pacientes com Linfomas.
8. O que é linfagite?
9. A linfagite pode desencadear quais sintomas?
10. O que é filariose ou elefantíase?
11. Quais sintomas o paciente com filariose apresenta?
12. Marque a opção correta. Em qual doença podemos aplicar a técnica de drenagem linfática manual?
a) Linfoma
b) Linfadenite
c) Linfagite
d) Filariose
e) Linfedema
f) Nenhuma das alternativas
Aula 6: Introdução à drenagem linfática
Apresentação
Chegamos à aula que você esperava desde o início da nossa disciplina. Sei que no início a ansiedade é grande, pois queremos logo entender tudo sobre a técnica e aplicá-la o quanto antes. No entanto, você percebeu o quanto é importante conhecer o sistema linfático a fundo? É imprescindível estudar o sistema que iremos trabalhar antes de aplicar a técnica.
Agora que sua base sobre o sistema circulatório linfático está formada, podemos finalmente conhecer a técnica de drenagem linfática manual e desbravar seus benefícios para o organismo.
Objetivos
Explicar o que é a drenagem linfática manual e identificar seus benefícios para o organismo;
Descrever as indicações e contraindicações para a técnica;
Discutir a importância da avaliação e ficha de anamnese antes da aplicação da técnica.
Compreendendo a Drenagem Linfática Manual (DLM)
A Drenagem Linfática Manual, comumente abreviada pela sigla “DLM”, é uma técnica de massagem terapêutica que tem por objetivo desintoxicar o organismo. Essa técnica, quando aplicada corretamente, é capaz de intensificar o funcionamento do sistema circulatório linfático, fazendo a mobilização e direcionamento do líquido que circula nesse sistema, a linfa. Portanto, todas as funções essenciais do sistema linfático e os benefícios que ele traz para o corpo são potencializados através da drenagem linfática manual.
Breve histórico da drenagem
Navegue nas datas abaixo.
 1930
 1932
 1933
 1936
 1963
A técnica original da drenagem linfática foi desenvolvida por um casal de fisioterapeutas dinamarqueses chamados Emil e Estrid Vodder, na década de 1930. A princípio, eles trabalhavam tratando de pacientes com sinusites e outros sintomas semelhantes, quando perceberam que todos apresentavam linfonodos inchados.
Na época não havia muitos estudos a respeito do sistema circulatório linfático. Demorou muito para o conhecimento se disseminar e ser de conhecimento geral tudo o que você aprendeu nas últimas aulas. Portanto, o casal resolveu estudar mais a fundo o sistema linfático a fim de compreender o que de fato causava inchaço nos linfonodos.
Atividade
1. Explique o que é a Drenagem Linfática Manual e por quem ela foi criada.
Caminho da linfa no corpo
A técnica de massagem linfática é muito eficaz e distingue-se das manobras similares quanto a sua execução. Ela é aplicada em ritmo muito lento, pois acompanha – como você já sabe – o ritmo do fluxo da linfa.
A pressão é muito leve, praticamente apenas o peso da mão é suficiente para mover a linfa pelos vasos linfáticos. Lembrando que a direção da manobra é sempre para o grupo proximal de linfonodos obedecendo ao trajeto do sistema linfático.
 Fonte: //kerchak.com/
Você lembra qual o caminho da linfa no corpo? Veja a ilustração ao lado para clarear sua memória.
 Fonte: Por BlueRingMedia / Shuttershock.
Sequência da linfa na face
Como a nossa disciplina é voltada para a drenagem linfática facial, é muito importante lembrar da sequência da linfa na face. A imagem a seguir pode ajudar nessa tarefa.
 Fonte: //files.biomedicinaunabh0.webnode.com/
Saiba mais
O rosto é dividido em três quadrantes. O primeiro quadrante (região mentoniana, orbicular da boca e nasal) é drenado para a região submandibular, cervical e supraclavicular. O segundo quadrante (região orbicular das pálpebras, têmporas e frontal) é drenado para os linfonodos pré-auriculares, cervicais e supraclaviculares. Já o terceiro quadrante (parte posterior da cabeça) é drenado para a região occipital, cervical e supraclavicular.
Atividade
2. Como devem ser aplicadas as manobras da drenagem linfática manual?
Os benefícios da drenagem linfática manual
 Fonte: Por Valerio Pardi / Shuttershock.
Você lembra das últimas aulas quando falamos do comprometimento que o mau funcionamento do sistema linfático pode acarretar ao organismo? Seja esse mau funcionamento devido a problemas congênitos, advindos de complicações, ou adquiridos
por interferências externas, o sistema circulatório linfático deixa de drenar líquidos em excesso; de atuar na defesa do organismo e destruir microrganismos; bem como de absorver e transportar nutrientes. A drenagem linfática manual é capaz de atuar na redução de edemas potencializando as funções do sistema linfático.
A drenagem linfática drena os líquidos excedentes que banham as células, mantendo, dessa forma, o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Ela é também responsável pela evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular. Ao estimular a circulação linfática nos vasos linfáticos, ao acelerar a absorção de líquidos e das macromoléculas do tecido intersticial, a drenagem linfática faz absorver inúmeras formas de edemas.
Indicações para a Drenagem Linfática Manual
A DLM manual possui muitas indicações pelos inúmeros benefícios que traz para o organismo. Confira abaixo as principais indicações para a técnica:
1
Tecido edemaciado - inchaço (edema): dependendo da situação (como já estudamos);
2
Pernas cansadas e câimbras;
3
Alterações circulatórias (com orientação médica): aumenta a circulação linfática, reduz a compressão de vasos capilares, ação preventiva ao aparecimento de varizes e telangiectasias;
4
Sinusite, rinite, bronquite, enxaqueca: desde que não esteja em crise no momento da aplicação;
5
Pele irritada: controle de acne e dermatites;
6
Musculatura tensa: efeito relaxante;
7
Cirurgia plástica: reduz edemas e hematomas, evita fibrose e cicatrização indevida.
8
Potencialização de tratamentos estéticos: ajuda na revitalização da pele, rejuvenescimento, reduz “celulite” e retenção hídrica (sendo coadjuvante na perda de medidas);
9
Algumas alterações imunológicas;
10
Gravidez (após liberação médica).
Contraindicações para a DLM
Nesta altura dos nossos estudos, você já sabe muito bem que existem contraindicações para a aplicação da DLM. Lembra da famosa frase que rege o princípio da não-maleficência? “Primum non nocere”, que significa “antes de tudo, não prejudicar”. Logo, mais importante do que saber o que pode ser feito, é saber o que não pode. Confira abaixo as contraindicações para a drenagem linfática manual.
1
Câncer: só com orientação médica;
2
AIDS: pode aumentar a carga viral (mas pode aumentar a imunidade);
3
Inflamações agudas;
4
Estado febril;
5
Trombose: pode levar a óbito por deslocamento do trombo;
6
Período menstrual: a DLM baixa a pressão e na menstruação o organismo está debilitado devido à hemorragia, baixando ainda mais a pressão;
7
Insuficiência cardíaca;
8
Hipertireoidismo;
9
Flebite;
10
Diabetes não controlada: aumenta a distribuição de glicose nos órgãos, pode ser corrosivo para os vasos;
11
Gravidez (nos primeiros meses, de acordo com orientação médica).
Atividade
3. Cite 5 indicações para execução da técnica de drenagem linfática manual.
4. Cite cinco contraindicações para execução da técnica de drenagem linfática manual.
E como descobrimos tudo isso? Perguntando para a cliente? E se ela mentir? Calma, existe uma solução simples de controle e respaldo profissional que irá te auxiliar em seus atendimentos.
Primeiramente, é necessário agendar uma avaliação, uma consulta para que você converse com o(a) paciente e descubra quais são os seus anseios e problemas. Nesta avaliação você precisa preencher a ficha de anamnese.
Saiba mais
Ficha de anamnese
Trata-se de uma ficha de avaliação, um questionário, utilizado para anotação do histórico clínico do paciente. Esta ficha deverá conter todas as informações do cliente que são relevantes para a elaboração do tratamento. Deste modo, o profissional observa o quadro por inteiro e não tira conclusões precipitadas. Também é uma forma de precaução em determinadas situações que vamos abordar posteriormente.
Modelo de ficha de anamnese
A princípio vamos ver como montar uma ficha de anamnese para a drenagem linfática.
Primeiramente, deve ser feito o cabeçalho contendo os dados pessoais do(a) paciente, bem como data da avaliação. Lembrando que esta deve ser refeita periodicamente para maior respaldo profissional.
Em seguida, deve ser elaborado um quadro que contenha espaços para a marcação das indicações e contraindicações que você acabou de aprender, bem como para anotações de quaisquer informações que o paciente mencione e que você julgue importante registrar. Quadros com perguntas relacionadas ao estilo de vida também são bem interessantes. Veja só um exemplo:
Todos esses fatores interferem no tratamento, você não concorda?
Mas além disso, de suma importância para respaldo profissional em possíveis problemas futuros é o termo de responsabilidade após a avaliação ser preenchida. Algo semelhante ao exposto a seguir:
Como pode perceber, esse termo exime o profissional de qualquer problema gerado durante o procedimento por omissão do paciente. Nele deve conter local (cidade), data e assinaturas. Por isso, anteriormente citamos que essa avaliação deve ser refeita periodicamente, para que você tenha não só controle do quadro clínico do paciente, mas também nova assinatura do termo de responsabilidade.
Na ficha de anamnese você ainda pode acrescentar a ficha de biometria, que contém as medidas da circunferência e estrutura corporal. É feita através de PERIMETRIA (medição da circunferência com fita métrica) e pode ser de excelente controle para você e o paciente observarem a diminuição de edemas que ocasionará na perda de medidas da região.
Atenção
Como já estudamos, a drenagem linfática não trabalha com gordura; logo, não remodelamos o corpo. Eliminamos células de gordura ou reduzimos peso aplicando a técnica.
MODELO DE FICHA DE PERIMETRIA
LOCALIZAÇÃO	AVALIAÇÃO
DATA: / /	REAVALIAÇÃO
DATA: / /
Supraumbilical		
Linha umbilical		
Infraumbilical		
Quadril		
Bíceps Medial Direito		
Bíceps Medial Esquerdo		
Coxa Proximal Direita		
Coxa Proximal Esquerda		
Coxa Medial Direita		
Coxa Medial Esquerda		
Coxa Distal Direita		
Coxa Distal Esquerda		
Panturrilha Medial Direita		
Panturrilha Medial Direita		
Comentário
É claro que você encontra vários modelos disponíveis, desde os mais básicos até os mais detalhados. No entanto, você tem total capacidade de montar sua própria ficha de anamnese personalizada. Nada melhor que trabalhar do nosso próprio modo, não é mesmo?
Atividade
5. O que é a ficha de anamnese e qual sua importância?
Curiosidades
A drenagem linfática é uma técnica lenta que demanda certo tempo para ser aplicada. Em média uma aplicação corporal gira em torno de 50 min a 1 hora. Já para a drenagem da face são necessários cerca de 20 minutos. O tempo varia de acordo com a presença de edema ou linfedema severo, onde pode ser necessário despender um pouco mais tempo para aplicação da técnica.
Quanto à utilização de cremes ou óleos durante a aplicação, vale ressaltar que existe um deslocamento natural da pele durante as manobras. Esse deslocamento é fundamental para a ativação do sistema linfático. A utilização de qualquer cosmético irá facilitar o deslizamento e será controversa a realização de algumas manobras que precisam dessa mobilização de tecido, impedindo ou dificultando sua aplicação correta.
Porém, não é raro encontrar pacientes com a pele bem ressecada e essa condição também dificulta a aplicação de drenagem linfática; pode-se aplicar pouca quantidade de produto apenas para lubrificação cutânea. Isso pode ser feito diretamente sobre a pele do paciente, se necessário, ou ainda mais reduzidamente nas mãos do terapeuta.

Fonte: Por Minerva Studio / Shutterstock.
Considerações Finais
A drenagem linfática manual é uma técnica de reconhecimento científico mundial. Além de grande eficácia terapêutica e estética, ela gera efeitos iniciais imediatos, com aprovação dos pacientes que receberam essa massagem gerando uma procura cada vez maior. Todos estes aspectos e muitos outros fazem da drenagem linfática uma técnica de altíssimo nível, que está literalmente ao alcance de nossas mãos.
Comentário
Muitas outras profissões querem tirar essa técnica do leque de serviços cabíveis
aos esteticistas. Logo nós, a primeira classe a se interessar pela drenagem linfática quando Vodder a apresentou, lembra? O discurso geralmente vem de profissionais que julgam nosso conhecimento científico baixo para aplicação de uma técnica altamente eficaz. Veja só você aqui, se dedicando no aprendizado minucioso do sistema linfático e agora, da drenagem linfática, e outros vem falar que não podemos aplicá-la?
Existem no mundo bons e maus profissionais, que se diferenciam pela capacidade de estarem sempre buscando conhecimento. Já sabemos de que lado estamos!
A Drenagem Linfática Manual é uma técnica fantástica, criada há muitos anos e que vem se desenvolvendo e modernizando. Precisamos estar em constante busca por informações e analisar criteriosamente os estudos mais recentes, para assim nos aperfeiçoarmos cada dia mais.
Aula 7: Fisiopatologia das alterações tratáveis com drenagem linfática
Apresentação
Nesta aula, abordaremos em quais alterações estéticas a técnica de drenagem linfática manual pode ser aplicada. Descobriremos como tais alterações comprometem o funcionamento do nosso corpo, como elas afetam a saúde e a estética, bem como todos os benefícios e melhorias que a drenagem linfática é capaz de promover em cada caso.
Objetivos
Identificar as alterações estéticas passíveis de tratamento através da drenagem linfática manual;
Esclarecer como a drenagem linfática manual atua em tais alterações.
Fisiopatologia das alterações tratáveis com drenagem linfática
Primeiramente, vamos entender o que significa fisiopatologia.
Trata-se do estudo das funções anormais ou patológicas de sistemas ou órgãos do corpo. Fala da natureza das alterações que influenciam o funcionamento normal do organismo e ditam suas características clínicas, bem como o prognóstico – isto é, provável desenvolvimento futuro – da doença.
Fisiopatologia
Como o próprio nome sugere, fisiopatologia é a junção de patologia e fisiologia. A patologia é a disciplina que descreve a alteração em si, fala sobre as condições normalmente observadas durante seu acometimento.
Fisiologia
Já a fisiologia se dedica a descrever processos ou mecanismos que operam dentro de um organismo. A patologia descreve a condição anormal, já a fisiopatologia explica os mecanismos fisiológicos em que essa condição se desenvolve e progride.
Em resumo, a fisiopatologia fala sobre as alterações funcionais associadas ou resultantes das alterações.
Atividade
1. No decorrer do nosso curso, nós abordamos as principais patologias que acometem o sistema circulatório linfático. Pare um pouco agora e tente recordar as patologias que nós já vimos.
2. Agora, se esforce um pouquinho mais e tente se recordar em quais patologias podemos aplicar drenagem linfática manual livremente.
Nós já abordamos várias patologias. No entanto, falamos muito daquelas que acometem o sistema circulatório linfático, mas nas quais não podemos aplicar a drenagem linfática manual. Lembra do que sempre falamos? É muito importante saber o que não fazer antes de qualquer coisa, para não corrermos o risco de prejudicar a saúde do paciente.
Vamos aprender em quais alterações podemos aplicar a técnica. Abordaremos, primeiramente, como cada alteração compromete o organismo, seja afetando a saúde e/ou a estética, bem como todos os benefícios e melhorias a drenagem linfática é capaz de promover em cada caso.
 Drenagem linfática facial. | Fonte: Por Fineart1 / Shutterstock.
Sinusite
 Seios nasais . | Fonte: Por Jesada / Shutterstock.
Você lembra com quais pacientes Vodder trabalhava ao descobrir a drenagem linfática manual? Justamente, pacientes com sinusite. Como não começar nossos estudos por aqui?
Os seios nasais são cavidades que possuem duas funções importantes: drenagem e ventilação. Eles são responsáveis pela umidificação e pelo aquecimento do ar respirado, pelo aumento da ressonância da voz, equilíbrio das pressões intracranianas em variações (mergulhos, viagens de avião ou grandes altitudes), proteção das vias aéreas superiores através da secreção de muco, além de absorção de impacto em casos de trauma. Eles ligam-se à cavidade nasal por pequenos orifícios por onde é drenado o muco produzido.
Imagine então quando o organismo passa por quadros de gripe ou alergia. Concorda que haverá edema da mucosa nasal e aumento das secreções, obstruindo facilmente a drenagem dos seios da face? Fica difícil escoar o muco levando ao congestionamento da região dos seios paranasais e, por consequência, à sinusite.
Mas afinal, o que é sinusite? É uma doença inflamatória ou infecciosa, adquirida após infecção viral, inflamação de origem alérgica ou por poluentes. Por isso a mucosa nasal aumenta, causando obstrução.
Rinite
 Fonte: //smsdc-clinicadafamilia-vilacanoas.blogspot.com/.
Já a rinite é a irritação e inflamação crônica ou aguda da mucosa nasal. Ela pode ser gerada por vírus ou bactérias, mas também se manifesta frequentemente devido a alergias ou reações ao pó, fumaça e a outros agentes ambientais. A inflamação ocasiona excesso na produção de muco e escorrimento nasal.
Em ambos os casos, drenagem linfática manual facial apresenta-se como uma técnica preventiva e muito eficaz, pois auxilia diretamente na drenagem fisiológica e no descongestionamento nasal.
A técnica também é usada para melhorar a circulação da região, o que ajuda a remover toxinas presentes nos tecidos. Vale ressaltar que a técnica é preventiva e não deve ser aplicada no momento da crise. Mas há comprovação de que, quando aplicada regularmente, mesmo pacientes com quadros mais frequentes de sinusite e rinite, relatam alívio dos sintomas e redução do aparecimento dessas doenças.
Olheiras
 Fonte: Por sruilk / Shutterstock.
Obviamente essa não é uma patologia, mas é uma alteração importante de ser citada, pois há muita procura dos clientes. As olheiras são uma alteração multifatorial, isto é, ocasionadas por vários fatores. Muitas vezes essas bolsas nos olhos são causadas ​​ou agravadas devido a um edema, que favorece o inchaço. Sinal muito comumente encontrado em casos de tensão pré-menstrual que trataremos mais à frente.
A drenagem linfática facial ajuda a reduzir o aspecto cansado de pessoas acometidas pelas olheiras. Desde que as bolsas sejam formadas por inchaço (ocasionado pelo excesso de líquido sob a pele das pálpebras) e não gordura, são atenuadas com a técnica.
Isso porque nem sempre as olheiras aparecem devido a esse acúmulo. Elas podem ser congênitas ou familiares, causadas por excesso de sol, alterações hormonais gestação ou amamentação. Também podem se originar após doenças, alterações vasculares na região, estresse e dificuldade para dormir.
Atividade
3. Por que a drenagem linfática manual ajuda a melhorar os sintomas e o aparecimento de rinites e sinusites?
4. As olheiras são queixas muito comuns em cabines de estética. A drenagem linfática é uma técnica indicada para essa alteração? Comente.
Revitalização e rejuvenescimento
 Por Africa Studio. | Fonte: Por Africa Studio / Shutterstock.
A drenagem linfática manual pode ser associada a vários procedimentos de revitalização e rejuvenescimento, isto porque seus movimentos tornam a pele mais receptiva à absorção de produtos. A técnica, mesmo suave, consegue melhorar o aporte sanguíneo e linfático local, com isso melhora também a oxigenação e nutrição do tecido. O tônus e a elasticidade da pele também ganham com a drenagem linfática, que também pode estimular as funções do sistema imunológico.
A circulação linfática fica comprometida quando a contração dos músculos da face é excessiva, gerando acúmulo de líquidos e toxinas na região. Com isso, há o aparecimento de marcas de expressão, feição abatida e de cansaço e favorecendo o aparecimento de rugas precoces. Como se trata de uma técnica relaxante, esta massagem suaviza a expressão facial, relaxando os músculos da face.
Além disso, no pós-operatório de cirurgias faciais, a drenagem linfática manual age retirando o edema e acelerando a cicatrização. Mas este é um assunto para outra aula.
Atividade

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