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Doenças Infecciosa


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DOENÇAS INFECCIOSAS
Doença infecciosa: Toda zoonose é uma doença infecciosa, porém nem toda doença infecciosa é uma zoonose. Sempre há um agente etiológico.
Vetor: Todo indivíduo invertebrado que tem capacidade de carrear o agente etiológico.
Cadeia epidemiológica: É o caminho que o micro-organismo faz para sair do animal infectado e infectar um animal suscetível. A cadeia é composta pelos seguintes elos:
· Fonte de infecção: Indivíduo vertebrado que alberga o agente etiológico. A fonte de infecção sempre deve estar infectada.
· Via de eliminação: Sempre ligado a fonte de infecção, pode ser sangue, fezes e leite por exemplo.
· Via de transmissão: Pode ser por vetor, fomites, aerogena, ingestão, vertical e transplacentária.
· Porta de entrada: Que pode ser pele. Mucosa
· Suscetível
Tríade epidemiológica: Relação do agente, meio ambiente e hospedeiro.
História natural da doença: Toda doença infecciosa começa com a tríade epidemiológica (se não tiver um dos três elementos favoráveis a doença não ocorre). Após a tríade temos a infecção (quando o agente alcança hospedeiro), após temos o período de encubação (tempo entre infecção e aparecimento dos sinais clínicos), após temos o período prodromico (aqui temos manifestações especificas), após temos a doença propriamente dita (com manifestações patognomonicas ou especificas da doença), após temos a convalescência (onde o animal se recupera naturalmente). A historia natural da doença é dividido em pré-patogênica que vai da tríade ate infecção e patogênica que vai da infecção em diante.
Período de transmissibilidade: É o tempo em que o agente está sendo eliminado. Temos a quarentena que se refere ao período de encubação e temos o isolamento que se refere ao período de transmissibilidade. No isolamento o animal está doente, na quarentena o animal está sendo observado para ver se tem a doença.
Doença exótica: Doença não existe numa determinada região ou Pais (nunca existiu). Por exemplo o Ebola é exótico no Brasil
Doença emergente: Quando doença exótica acontece.
Doença controlada: São conhecidas, se conhece ciclo e historia.
Doença erradicada: Já não existe mais.
Indicadores epidemiológicos: 
· Morbidade: Numero de casos sobre uma população
· Natalidade: Numero de nascidos sobre uma população
· Mortalidade: Numero de óbitos sobre uma população
· Letalidade: Numero de óbitos sobre doentes.
Esses indicadores formam o perfil epidemiológico.
Sacrifício x Eutanásia: Eutanásia significa boa morte e sacrifício é a eliminação do individuo. Sacrifício pensa na parte zoonotica e econômica, sempre relacionado a saúde publica. Já a eutanásia se refere principalmente ao animal sem opções e sem qualidade de vida, não esta relacionado a economia e nem a saúde publica.
Nomenclatura: O primeiro nome do agente deve se iniciar com letra maiúscula e o segundo minúscula, ambos devem ser sublinhados separadamente. O primeiro nome é sempre o gênero e o segundo a espécie. Ex: Bhurkolderia mallei.
Prevenção: É dividida em primário, secundário e terciário.
· Primário: Vacinação, educação, saneamento básico, quarentena, GTA, desinfecção. Sempre relacionado a tríade epidemiológica.
· Secundário: Quando o primeiro falha, relacionado com o pós infecção, são medidas como isolamento, tratamento, sacrifício, eutanásia e diagnostico.
· Terciário: Incomum na Veterinária, mas são as fisioterapias e acupunturas.
Formas de ocorrência:
· Epidemia: Ocorre rapidamente com grande numero de casos.
· Pandemia: Forma de ocorrência mundial.
· Endemia: Ocorre de maneira esperada, dentro do canal endêmico.
· Indene: Quando a doença não ocorre naquele local.
· Sazonal: Sua frequência varia de acordo com época do ano.
· Foco: Aglomerado de casos.
PRINCIPAIS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
Como diagnosticar uma doença infecciosa? 
Necessário anamnese, exame clínico e exame complementar, associado a epidemiologia, patogenia, imunologia e microbiologia. E para selecionar o melhor método é necessário conhecer a doença para definir uma triagem, sendo que testes de triagem devem ser sensíveis (pode resultar em falso potivo), pois excluem quem realmente é negativo. Temos métodos diretos que buscam o antígeno e indiretos que buscam anticorpos.
Considerar anamnese tanto do individuo como da população contactante. Tentar sempre diminuir suspeitas diagnosticas para que se use métodos mais precisos.
O diagnostico definitivo é sempre laboratorial, exceto raiva que com uma boa anmnese e manifestações se fecha o diagnóstico. Para diagnostico laboratorial temos métodos direto e indireto. Respeitar sempre a janela imunológica, pois as vezes não houve produção de anticorpos ainda.
Soroconversao: Espaço que vai da infecção até detecção de anticorpos. 
IgM são as primeiras imunoglobulinas a aparecer, a sorologia ajuda a identificar fonte de infecção para atuar nessa fonte de infecção (isolamento, eutanásia, sacrifício, quarentena, tratamento e vacinação).
IgG é a segunda imunoglobulina a aparecer. Comum em infecção crônica por ser mais estável. A detecção dessas imunoglobulinas ajuda a dizer tempo de infecção.
Para selecionar método de diagnóstico devemos levar em consideraçao os protocolos pré estabelecidos pela OIE (organização mundial de saúde animal – é quem dá as diretrizes de controle de doenças infecciosas – O MAPA responde para o OIE). Deve-se levar em consideraçao além dos protocolos, os materiais a disposiçao para ser analisado.
Quando trabalhamos com diagnostico, trabalhamos com amostragem (resultado pode representar a população inteira diferente de sendo que representa a população inteira e não uma parte).
Pensar sempre na sensibilidade e especificidade como atributo para um mesmo teste. Quando especificidade é maior que sensibilidade usamos como teste comprobatório e quando sensibilidade é maior usamos como teste te triagem.
Os testes podem ser qualitativos (ou é positivo ou é negativo) ou qualitativo (são aqueles que podem ser valorados, determina valor, quanto tem, são títulos (1:200 é a diluição sem 200 o titulo).
Métodos diretos
São métodos que identificam o antigeno, como é o caso do PCR (localiza o DNA do agente etiológico), isolamento viral, cultura bacteriana e microscopia eletrônica.
· Microscopia eletrônica: É o método direto mais antigo, é caro, e necessita de profissionais treinados, permite visualização das partículas viáveis e inviáveis coradas com um metal em um microscópio. Usa material clinico ou após cultivo celular, identifica o agente de forma definitiva e rápida.
· Inoculação em animais e ovos embrionados: Inocula o agente no animal (SC, intracerebral ou intraperitoneal) e depois busca o anticorpo, sinais clínicos e analise de tecidos. Aplicados a infecções cutâneas e entéricas. 
· Isolamento em cultivo celular (ICC): Para diagnostico viral, temo como vantagem ser viável, simples e com boa sensibilidade. Como desvantagem é demorada e não é aplicável a todos os vírus, por exemplo, não é usada em vírus que não faz efeito celular. Método com grande risco de contaminação por fungos e bactérias.
· Hemaglutinaçao: Também usado para vírus. O HÁ faz adsorção de hemácias (vírus se adsorve na hemácia) causando seu rompimento. Nesse exame se observa capacidade do vírus se aglutinar em hemácias. Só serve para vírus hemaglutinantes. É rápido, com boa sensibilidade e especificidade e fácil execução. Como desvantagem, é restrito, necessário doador de hemácias. É usado no caso de influenzas e parainfluenzas, ainda parvovirus e coronavirus.
· Detecção de antígenos: Usando anticorpos marcados, detecta e identifica em tecidos, secreções e excreções. São eles a imunofluorescencia DIRETA IFA que detecta antígenos de esfregaços, que revela através de anticorpo marcado com molécula fluorescente, temos imunohistoquimica, ELISA DIRETO (método imunoenzimatico) que usa cromatogeno. É muito sensível, pode dar falsos positivos. Revela através da reação enzima – substrato – cromatogeno. E por fim PCR que detecta ácidos nucleicos, é altamente sensível e especifico, rápido e automatizado. Aplicável a todos os vírus. Pode ocorrer de
material usado não ter o antígeno e o animal ser positivo.
Método indireto
É aquele que detecta anticorpos, são eles a inibição da hemaglutinaçao, , imunodifusao em Agar gel, soroaglutinaçao, imunofluorescencia indireta e ELISA indireto.
· Imunodifusao em Agar gel: É bem usada, consiste num teste que observa linhas de precipitação que ocorre pela formação do complexo antígeno anticorpo. Custo baixo, sensibilidade razoável, quase não pega infecção nova. Feito em placa com gel perfurado (Usado para AIE e CAE por exemplo). O antígeno é colocado no meio do gel. Sensibilidade razoável e limitante, pode ocorrer reações inespecíficas frequentes.
· Imunofluorescencia indireta: Anticorpos presentes no soro se ligam no antígeno imobilizados e são detectados por anticorpos marcados. É rápido e simples, porem pode ter reações inespecíficas e reagentes não disponíveis. Ex. Leishmaniose
· ELISA indireta: Busca anticorpos no soro, é o SNAP. É rápido sensível, especifico, automatizavel, em kits. Detecta classes especificas de anticorpos. Como desvantagem é que trabalha com grande numero de amostras, os automatizáveis requer equipamentos caros, os kits são caros e não esta disponível para todos os vírus.
DEFESA SANITÁRIA
A defesa sanitária trabalha na prevenção, controle e erradicação das doenças de interesse publico e econômico, visando a valorização da saúde animal e humana.
Essa proteção é feita através da vigilância epidemiológica que são ações que proporcionam o conhecimento e detecção dos fatores determinantes de um agravo, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção, controle e erradicação de doenças. 
· Doença controlada: Sabe que ela ocorre, conhece sua epidemiologia e seu canal endêmico (esta no canal endêmico como uma endemia).
· Doença erradicada: Para a doença sair de controlada para erradicada ela deve ter no mínimo 2% de prevalência. Tem doenças que nunca serão erradicadas como é o caso da raiva.
Para controlar a doença usamos medidas de prevenção e controle como saneamento ambiental, vazio sanitário, quarentena e isolamento, imunoprofilaxia, quimioprofilaxia, diagnostico precoce, educação sanitária, desinfecção, interdições, notificações, controle populacional e programas sanitários.
Para erradicar a doença usamos ações de erradicação que são notificações de novos casos, sacrifício da fonte de infecção (depois do diagnostico) e fiscalização sanitária. Na fase de controle prevalência é alta e na erradicação é baixa. 
Temos dois tipos de fiscalização epidemiológica:
· Ativa: Ação pratica permanente, frequente, intensiva, busca ativa de indicativos de anormalidade sanitárias. São eles os diagnósticos, programas sanitários, quarentena, isolamento, analise de risco e etc.
· Passiva: É a obtenção de dados relativos a situação sanitária a partir da população. Busca passiva, como a notificação obrigatória por exemplo.
Existem dois tipos de notificação que são:
· Imediata: É rápida, no momento em que se depara ou se confirma a doença. Pode ser imediata na suspeita como a febre aftosa e imediata no diagnostico como a leishmaniose.
· Mensal/Semestral: São doenças com recorrência muito grande e que acontecem sempre. Junta tudo e notifica de uma vez.
Todo cidadão brasileiro tem o dever de notificar uma doença infecciosa. Proprietário, terceiros, veterinários oficiais (através de documentações especificas, após a suspeita ser fundamentada).
Atuação do medico veterinário dentro da defesa sanitária animal: Propriedades rural (cadastro, programas sanitários e emergências sanitárias); Industrias (inspeção de produtos de origem animal); Vigilância agropecuária em portos, aeroportos, posto de fronteiras; laboratórios oficiais e credenciados (diagnósticos e analise fiscal).
Órgãos responsáveis pela defesa da saúde animal: MAPA, ANVISA, Ministério da saúde, CCZ (pelas prefeituras). Ambos os órgãos se comunicam.
Legislação sanitária: SUASA – decreto 5741, é o sistema unificado de atenção sanitaria e agropecuária – 2006. Ela criou 3 estâncias:
· Central e superior: Atividades do governo (política, estratégias, normativas, regulamentações, coordenadoria, supervisão, auditoria e fiscalização). É o MAPA.
· Intermediária: Execução das atividades da união e também do Estado.
· Locais: Execucao das ações da união, estado e municípios. Então o cidadão ao notificar um suspeita, essa vai ser feita na estância local, a local passa para a intermediaria e a intermediaria passa para a central.
Fóruns de referencias: OIE, OMC, FAO, Codex alimentarius.
CLOSTRIDIOSE
São anaeróbios, esporulam fora do hospedeiro como forma de resistência, permanecem por anos no ambiente. É um agente infeccioso e não infectocontagioso, ou seja, não passa de um para o outro. O botulismo pode ser transmitido por enlatados não processados.
Tipos de clostridioses:
· Carbunculo sintomático – Necrosante – Clostridium chauvoei
· Gangrena Gasosa – Necrosante – Clostridium Perfrigens
· Tetano – Paralisante – Clostridium tetani
· Botulismo – Paralisante – Clostriudium botulinum
O que determina se é necrosante ou paralisante são as toxinas produzidas. Clostridium é uma bactéria gram positiva que assume forma de bastão na forma vegetativa, e na forma esporulada assume forma de raquete e não produz toxina alguma, pois só se reproduz em anaerobiose e a toxina é o resultado dessa multiplicação. 
Fases sequenciais do crescimento bacteriano: LAG, LOG, estacionaria e de declínio, sendo que as toxinas são produzidas na fase estacionaria.
Clostridium só se multiplica em anaerobiose e só assim produzem toxinas (forma vegetativa) 🡪 forma muito label. Esporos 🡪 Anaerobiose 🡪 Vegetativa. Não basta apenas entrar com ATB, pois vai matar apenas bactérias, diminuindo produção de toxina, porem deve usar um antitoxina para lutar contra toxinas que não foram ligadas (soro antitetânico).
Clostridioses Necrosantes
· Carbúnculo sintomático
É infecciosa e aguda, causada pelo Clostridium chauvoei, causa miosite gangrenosa, toxemia grave e alta letalidade. Forma toxinas alfa, beta e gama, sendo a alfa a mais grave que causa os efeitos necrosantes e hemolíticos. Traz grandes perdas econômicas, associada a ferimentos prévios chamado manqueira.
Patogenia: Animal ingere esporo, vai para intestino por via hematogena, atinge grandes massas musculares e fígado e fica La ate aparecer uma situação de anaerobiose (como um ferimento), nessa condição esporos germinam, vão para forma vegetativa e começam a produzir toxinas hemolíticas necrosantes que resulta em aumento de lesão.
Manifestações: Hipertemia, Hiporexia, Apatia, Claudicacao, Aumento de volume muscular, focos crepitantes e rigor mortis precoce.
Animal vem a óbito rapidamente, entre 2 a 4 dias. Macroscopicamente vemos aumento de volume, derrame edematoso gelatinoso, necrose e hemorragia (músculo sem brilho com aspecto de cozido), bolhas de gás e cheiro de ranço.
Diagnostico: Clinico (diferenciar de gangrena gangrenosa e carbúnculo hemático), Bacteriologico, imunofluorescencia direta e PCR.
	Carbúnculo Sintomático
	Carbúnculo Hemático
	Há Coagulação
	Não há coagulação 
	Lesão crepitante
	Não há crepitação
	Clostriudium Chauvoei
	Bacillus Anthracis, capsulado e aerobio
· Gangrena Gasosa
Infecciosa aguda com envolvimento de toxinas hemolíticas e necrosante alfa, beta e gama, sendo tambem a mais grave a alfa. Causado principalmente pelo Clostridium perfrigens, mas tambem podem ser causados pelo C. novyi, C. septicum, C. histoliticum e C. sordelli.
O Clostridium perfrigens é subdividido em tipo A (responsável por mionecroses humanas e forma de intoxicação alimentar), B, C, D, E (responsável principalmente pela doença dos animais).
As espécies susceptíveis são bovinos, ovinos e caprinos. Obrigatoriamente é necessário um ferimento prévio.
Patogenia: Ferimento (injuria muscular) 🡪 penetração dos esporos 🡪 anaerobiose 🡪 germinação dos esporos 🡪 produz toxinas 🡪 mionecrose 🡪 óbito (24-48 horas).
Forma vegetativa é extremamente sensível a qualquer pentamicina simples, porem muitas vezes não adianta antibioticoterapia,
produção de toxinas ficando sem recurso terapêutico, então nos baseamos em historico.
Diagnostico: Clínico (morte repentina de animas com ferimentos rápidos); laboratorial (bacteriológico).
Tratamento: Antibioticoterapia penicilina.
Controle e profilaxia: Cuidado com manejo (castração, corte de cauda e cordão umbilical. Pode ocorrer tambem após aplicação de vacinas ou injeções sem os devidos cuidados ou assepsias); vacinação a parte dos 3 meses de idade com reforço depois de 30 dias e depois anual. Eliminacao adequada de carcaças.
Clostridioses paralisantes
· Tétano
Causada pelo Clostridium tetani. Acreditava-se antigamente que era preocupante apenas em equinos, porem não é apenas eles que se infectam. O período de incubação é de 3 dias a 4 semanas e quanto maior o período menor pior é. Morbidade variável e letalidade alta (equinos são mais sensíveis).
Cadeia:
· FI: Animais e homens infectados
· VE: Fezes
· VT: Contato direto com bactéria ou toxina
· PE: Ferimento percutâneo
· S: Todos os animais sendo o equinos mais sensível.
Patogenia: Trauma local 🡪 Penetraçao de esporos 🡪 todos ferimento tem condição de anaerobiose 🡪 formavegetativa 🡪 lise celular e produção de toxinas TETANOSPASMINA (neurotoxina) e TETANOLISINA, as duas são importantes. A primeira é quem causa alteração muscular (rigidez) e a segunda é responsável por alterações circulatórias e hemorragias.
Ação da tetanospasmina: Tetanospasmina é uma neurotoxina que se liga nas terminações nervosas e alcança SNC, La tem celulaws que produzem glicina que media acetil colina, a toxina bloqueia ação da glicina Acumulando acetil colina (responsável por relaxamento muscular), acumulando acetil colina não tem relaxamento muscular ficando paralisado.
Manifestações: 1 - 2 dia(marcha rígida, orelha em tesoura, prolapso de terceira pálpebra, alterações sensoriais), 2 – 5 dia (posição de cavalete, cauda bandeira, taquipneia) e maior que 5 dias (espasmos tetânicos, castração involuntária e paralisia diafragmática).
Existe uma manifestação comum a todos os animais, exceto equinos que é fascia riso sardônico ou satânico extremamente doloroso e o animal esta consciente. Os casos graves evoluem para o óbito em 5-10 dias, nos casos de evolução lenta demora de 15 – 20 dias.
Diagnostico: Clínico (fundamental e soberono – ferimento prévio) e laboratorial (esfregaço gram positivo). Fazer diagnostico diferencial de envenamento por estriquinina, raiva e eclampsia.
Prognóstico: Reservado (acidente traumática e ou cirúrgico), sempre relacionar ao período de encubação que se for curto é pior.
Suporte terapêutico: Conforto animal, lugar escuro, baias protegidas, silencio, pouca manipulação. 
Tratamento: Antibioticoterapia (penicilina), soro antitetânico, benzodiazepínicos diazepam e manejo de feridas (debridamento de feridas).
Profilaxia: Vacinaçao indicada para equinos, bovinos, ovinos, caprinos e suinos. 
· Botulismo
Clostridiose paralisante que acomete muitos humanos por infecção aliementos. Causado pelo Clostridium botulinum. Usado para tratamento estético e era usado para tratar estrabismo, porém descobriu que tem efeito acumulativo. É também uma enterobacteria. Considerada emergência, sendo que 1 caso humano já é considerado surto e é de notificação obrigatória imediata na suspeita (os demais são de notificação obrigatória mensal).
Tipos: A, B e F ligados a ambientes terrestres e E a ambientes aquáticos. Pode ser classificado como:
· Alimentar: Ingestão de alimentos contaminados com toxina pré formada.
· Ferida: Causada pela multiplicação do microrganismo com produção de toxina em feridas contaminadas.
· Infantil: Produção endógena de toxina pela germinação de esporos previamente ingeridos.
Etiologia: Solo, sedimentos de lagos e mares, produtos agrícolas (legumes, mel e vegetais), vísceras de crustáceos e intestino de mamíferos e peixes. A toxina botulínica tem oito tipos de neurotoxinas que são termolabeis inativadas a 100 graus por 15 minutos. Considerada veneno biológico usado para bioterrorismos.
Patogenia: Ingere toxina 🡪 absorção no intestino 🡪 sangue 🡪 neurônios 🡪 junção neuromuscular 🡪 bloqueia acetil colina (não tem contração) 🡪 causando paralisia flácida.
Cadeia:
· FI: Mamíferos, peixes e aves infectados
· VE: Fezes
· VT: Alimentar
· PE: Oral e pele
· S: Mamíferos, peixes e aves saudáveis.
Via de transmissão por alimentos, ingestão de toxinas pré formada (contato com carcaça – se bovino tiver deficiência nutricional – melhorar alimentação desse anima); conservas caseiras de hortaliças, frutas, embutidos e mariscos, alimentos em latas estufadas. Todo caso suspeito deve ser notificado trazendo problemas econômicos.
Manifestação: Animais (paralisia flácida parcial ou completa, dificuldade de locomoção, bradicardia, dispneia, hipotonia ruminal, decúbito esternal e lateral e morte).
Cama de frango foi proibida devido BSE, porem isso diminui tambem os casos de botulismo nos rebanhos.
Diagnóstico: Historico e anamnese, exame físico e neurológicos, hemograma, ensaio biológico, isolamento do agente e ensaio imunoenzimatico (ELISA).
Profilaxia: Suplementação mineral, eliminação de carcaça e vacinação do rebanho.
ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS (EET`S)
Causado por um príon (proteína infectante). Não é um microrganismo e sim um agente infeccioso. São proteínas modificadas que sofreram mutações genéticas a partir de proteínas normais encontradas nas membranas celulares nervosas. Proteína normal é chamada PRPC e a mutada é chamada PRPSC. Quando proteína se muta para príon ocorre amplificação dos príons e depleção de proteínas normais.
De proteína para príon ocorre modificação de morfologia levando alterações neurológicas.
Formas prionicas:
· Atípicas: Ocorre desencadeamento da doença por mutação espontânea.
· Clássica: Se refere a ingestão do príon em si, esses príons são encontrados em alimentos como farinha de osso e frango e cama de frango. 
Por esses motivos esse tipo de suplementação é proibido no Brasil. No Brasil encontramos apenas a atípica.
O príon é pequeno, altamente estável e o período de incubação é prolongado (5 anos). São extremamente resistentes.
Do mesmo modo que ocorre nos animais essa mutação pode ocorrer nos seres humanos. Na nova guiné (na tribo kuru) foram isolados muitos casos humanos devido canibalismo (se alimentavam do cérebro de parentes que morriam). Em 1988 na região da Europa, o prejuizo ultrapassou 3 bilhoes de dólares.
Vias de transmissão: Ingestao de alimento contendo farinha de frango e ossos provenientes de carcaças infectadas, ou ainda mutação espontânea. 
Tipos e EET`s
· Doença de Creutzfeldt Jacob: Ocorre em pessoas com mais de 60 – 80 anos, mulheres (ocorre de 1-2 a 1000000 de habitantes). Ocorre demência progressiva e associada com sinais neurológicos, ataxia e mioclonias, perda da memória e outras. Diagnostico diferencial de Alzheimer. Acontece por mutação. Alem do DCJ, foi descoberto a variante vDCJ que acomete pessoas com 30 – 40 anos e é dado por ingestão de alimentos contaminados.
· Scrapie: Paraplexia enzootica dos ovinos, acomete ovinos com 2 a 5 anos. Tem caráter neurodegenerativo, animal apresenta prurido, incordenacao e pode ter convulsão. Evolução lenta. Pode ser por mutação espontânea ou ingestão de placenta contaminada. Foi a primeira a ser descoberta (reina unido). Temos no Brasil.
· Encefalopatia espongiforme bovina (BSE): Descoberta na Inglaterra. Condição degenerativa crônica e transmissível. Vemos nervosismo, reações exacerbadas aos estímulos externos, dificuldade de locomoção (membro pélvico principalmente). É fatal. Não existe tratamento, recomenda-se sacrifício. O diagnostico é post mortem. Período de incubação 5 anos.
Diagnóstico: Post mortem do cérebro, olhos, medula e intestino no bovino, e ainda baço nos ovinos.
Com esses tecidos faremos o histopatológico, onde se observa vacúolos no tecido cerebral que dá a sensação de esponja. Outro exame é o western blotting (detecção de proteínas). Feito apenas pelo LANAGRO.
É de notificação obrigatória na suspeita. As encefalopatias estão
dentro do “Programa Nacional de controle da Raiva em herbívoros e outras encefalopatias”. (PNCRH 1997).
Medidas de controle:
· Controle de importação dos animais, produtos e subprodutos (rastreabilidade);
· Controle dos produtos usados na alimentação dos animais;
· Treinamento e capacitação de profissionais.
As encefalopatias possuem pequeno valor zoonotico, pela ingestão de cérebro e olhos.
Cadeia epidemiológica
· FI: Bovinos infectados
· VE: Cérebro, olhos, SNC contaminados
· VT: Ingestão de alimentos contaminados
· PE: Mucosa oral
· S: Homens, bovinos, caprinos e ovinos saudáveis.
PARVOVIROSE
É uma infecção causada por um parvovirus. Tem gênero de parvovirus que podem acometer humanos, e esse é o gênero B19 que causa lesão semelhante a parvovirose suína, comum em bebes recém nascidos, vemos lesões cutâneas, temos tambem parvovirus de bovinos, gatos e suínos. São agentes que possuem seu hospedeiro especifico, ou seja, o do cão é só do cão. 
É um DNA vírus, logo sua característica de mutação é baixa, não envelopado (mais resistente ao ambiente) e hemaglutinante (adere nas hemácias e rompe). O virus se for envelopado é mais sensível, pois envelope é lipoproteico e originado por células do hospedeiro e é facilmente solúvel.
Familia Parvoviridae, Subfamilia Parvovirinae e gênero parvovirus. Por muito tempo tínhamos o CPV1, parvovirus canino, porem em 2009 mudou para CMV, pois causava principalmente problemas reprodutivos, respiratórias e diarreia branda. Houve mutação virando CPV2 que é mais patogênica. Causa miocardite em filhotes e ainda gastroenterites hemorrágicas. Essa CPV2 possui 3 sorotipos que São o A o B e o C.
A CPV1 mudou seu status de parvovirus para CMV mudando inclusive de gênero (bocavirus).
Caracteristicas
Parvo significa pequeno, para se replicar ele precisa de células com auto poder de mitose e essas células estão presentes no epitélio intestinal, tecidos linfoides, medula óssea e miocardiol.
Resistencia
É altamente resistente e pode sobreviver por até 6 meses em fezes ressecadas, em 4 a 10 graus por 10 meses, 37 graus até duas semanas, 56 graus até 24 horas e 80 graus até 15 minutos.
É resistente a maioria dos desinfetantes, exceto substancias cloradas. Deve ficar em cotato direto de 15 a 30 minutos com hipoclorito de sódio 5% (não pode ter contato com luz solar e não pode misturar com desinfetante, pois senão pode ser inativado). O parvovirus é sensível a luz ultravioleta.
Caracteristicas epidemiológicas
Raças mais sensíveis são os rottweilers e pinscher (relacionado a deficiência do fator 8 de coagulação – fator de Von willebrand). 
Morbidade variável, com alta incidência do desmame ate meses e ainda dependente da vacina. Letalidade tem uma relação inversa entre idade e letalidade.
Cadeia epidemiológica:
· FI: Cães infectados
· VE: fezes
· VT: direta e indireta
· PE: Mucosa oral
· S: Canídeos saudáveis não imunizados
Patogenia
Depois que ocorreu exposição ao vírus, o mesmo faz sua replicação nos linfonodos regionais, cai na corrente sanguínea e alcança medula óssea e se replica em celulas percussoras, em tecidos linfoides e linfonodos mesentéricos. Quando se multiplica em células percussoras os vírus as destroem, levando a queda de imunidade, resultando em leucopenia absouta e linfocitolise, desestruturando sistema imune e favorecendo a ação de outros agentes. Nos linfonodos mesentéricos, o vírus atua no epitélio intestinal, nas vilosidades causando necrose e levando a uma enterite catarral (liquido e em jato) que evolui para hemorragia pela perda da mucosa intestinal favorecendo o extravasamento de bactérias intestinais na corrente sanguínea (jato hemorrágico), levando o animal a septicemia, toxemia e desidratação. Podendo ir a óbito por choque hipovolêmico, toxemico ou séptico.
Sinais clínicos
Apatia, anorexia, ânsia, emese podendo esses levar a hipoglicemia. Ainda diarreia suave até hemorragia.
Diagnóstico
Patologia clínica (Vemos leucopenia, linfopenia absoluta, hematimetria pode estar inalterada, anemia regenerativa e arregenerativa), anotomopatologico (necropsia pouco feito), inibição da hemaglutinacao (Os mais usados), isolamento viral e sorologia Boom feito em clinicas particulares (SNAP). Independente do método diagnostico, é necessário que seja associado a uma anamnese clara.
Os fatores determinantes para o prognóstico envolve tempo de atendimento, procedimento terapêutico correto, estado imunitário, doenças intercorrentes e raça.
Tratamento: Fluido, cloreto de potássio, hipoglicemia, antiemetico e hepatoprotetor.
Profilaxia: Vacinação (levar em consideração antígeno vacinal, a maioria protege contra 2a e 2b, o C é o novo sorotipo), necessário seguir esquema correto de vacinação. Matrizes podem ser vacinadas antes do cio.
CINOMOSE
É uma doença infectocontagiosa. Causada por morbilivirus que possuem gêneros com suas espécies especificas. O morbilivirus canino podem acometer felinos selvagens. No cão a doença propriamente dita é longa, nos felinos é rápido e letal.
É uma doença viral, altamente contagiosa, sem predileção por faixa etária, raça e sexo. Sendo o cão o principal reservatório.
Etiologia
Familia paramyxoviridae, gênero mobilivirus, é um RNA vírus, fita simples envelopado. Possui como células alvo, linfócitos, macrófagos e células dendriticas. O vírus possui ligações com receptores celulares, é necessário que haja fusão do envelope viral com a membrana plasmática do hospedeiro, dentro do vírus temos fosfoproteinas que no hospedeiro desnuda o genoma para se replicar resultando nos corpúsculos de lentz.
Ciclo natural (Do cão para o cão), ciclo acidental (Do cao para leão, ou guaxinins ou hienas).
Patogenia
Transmissao aerogena, vírus penetra na mucosa nasal, para nas tonsillas, replica e vai para órgãos linfoides e multiplica, na multiplicação intestinal vemos enterite e a diarreia. Do órgão linfoide vai para a corrente sanguínea e estimula sistema imune (vírus é imunogênico então é comum uma boa resposta), dependendo da resposta imunologica o vírus alcança ou não o SNC. Se a resposta for boa veremos doença branda. Se a resposta For ausente o animal faz doença multissistemica (acomete pele, SNC, digestivo e respiratório). Há a invasao do sistema nervoso central, levando a encefalite. Se a resposta for ruim veremos um quadro moderado por aproximadamente 60 dias, podendo invadir SNC.
A resposta imunológica se da em torno de 10 dias após infecção, células infectadas podem se fusionar, resultando em células gigantes e multinucleadas que levam a necrose tecidual. As manifestações nervosas variam de acordo com área do cérebro atingida.
O cão idoso pode desenvolver encefalite de forma aguda, devido infecção que o animal teve quando filhote, se recuperou e o vírus ficou latente..
Cadeia epidemiológica:
· FI: Canídeos infectados
· VE: fezes, urina, secreção oronasal, conjuntiva e sangue.
· VT: aerogena e fomites
· PE: Mucosa oronasal
· S: Canídeos saudáveis não imunizados.
Sinais clínicos
Lesoes respiratórias, gastrointestinais, dermatológicas, oftalmológicas e neurológicas. Podem ser isoladas, sequenciadas ou concomitantes.
Diagnóstico: É a imunoflorescencia direta e presença de corpúsculos de heinz.
Tratamento: Terapeutica suporte, reposição hidroeletrolitica, anti emético, antibiótico (pela desestruturação do sistema imune) e imunoestimulantes. Animal quando tratado apresenta apenas cura clinica e o vírus fica em latência. Podendo causar encefalite do cão idoso.
ESTRATÉGIAS DE VACINACAO 
V10: Protege contra cinomose, hepatite infecciosa (adenovirus 1), doença respiratória (adenovirus 2), parainfluenza canina, coronavirose, parvovirose e leptospirose. 
Cinomose e parvo são extramamente imunogênicas e só precisariam ser repetidas em 3 – 5 anos. A lepto deve ser feita a cada 6 meses e dois dos sorotipos da lepto não existem no Brasil (l. grippotyphosa e L. pomona).
Outras vacinas: Tosse dos canis, giardíase, leishmaniose e anti rabica. (são opcionais). A da giárdia o nivel de proteção é de 60% - não recomendada ou seja, signifca que doença é de fácil tratamento ou
resposta imunológica é baixa.
Quando devo iniciar a vacinação?
Se a mãe foi vacinada, os anticorpos colostrais podem interagir com os vacinais por ate 60 dias, logo se vacina com 60 dias, caso contrario se vacina com 45 dias. A segunda e dose é dada com intervalo de 21-30 dias e a terceira também. Com reforço anual.
A vacina da raiva não deve ser dada antes dos 4 meses, pois animal ainda não tem maturação nervosa e imunologica para evitar a desmielinizacao da bainha de mielina.
O filhote sempre toma 3 doses de vacinas, sendo que no rottweiler o recomendado são 5 doses por segurança. No adulto sempre uma dose, podendo se estender para duas com intervalo de 21-30 dias.
Nunca fazer a V10 com raiva no mesmo dia. Pois uma é atenuada podendo causar alergia e outra é inativada que precisa de coadjuvante levando a altas chances de ter reação colateral. Dar um intervalo de 15 dias entre V10 e raiva.
Não se vacina cadela gestante. Não vacinar animal doente (pois acelera a doença que o animal esta encubando). A maioria das doenças possuem eficácia acima de 98%.
Vacina nacional x ética
A nacional possui a mesma ISO que a internacional, ou seja, ambas possuem a mesma qualidade. A diferença é que a internacional é fiscalizada da hora que sai do laboratório até a chegada na clínica e só é vendida para portadores de CRMV. Já a nacional não garante a qualidade que saiu do laboratório, podendo a vacina ter perdido sua instabilidade.
ASPECTOS GERAIS – DESAFIO DA SANIDADE AQUICOLA E PESQUEIRA
A pesca é uma prática bastante antiga. Considerada fonte de renda em varias famílias, ainda geração de alimentos e trabalho. Temos a pesca artesanal que se refere a subsistência. A pesca industrial que é aquela atividade de base, fornecedores de materia prima para grandes industrias. Normalmente embarcações são de médio a grande porte. E temos pesca amadora, considerada esporte. Necessário registro.
Aquicultura é o cultivo de organismos cujo ciclo de vida natural se dá total ou parcialmente em ambiente aquático.
Atividades da aqüicultura: Psicultura (cultivo de peixes), malacultura (cultivo de moluscos bivalgos como lula, ostras, mexilhões e polvo), carcinicultura (cultivo de crustáceos como camarão e lagosta), algicultura (cultivo de algas), ranicultura (cultivo de anfíbios) e criação de jacarés.
Potencial Brasileiro: O Brasil possui 12% de água doce disponível do planeta. Ainda possui grande biodiversidade pesqueira. Litoral com mais de 8 mil quilometros em zona econômica exclusiva.
O brasileiro normalmente come 9kg/hab/ano. Porem o recomendado pela OMS é de 12kg/hab/ano pelas propriedades nutricionais. O mercado esta em expansão, porem ainda é caro,
O pais produz apenas 1,25 milhoes de toneladas de pescado e cerca de 800 mil trabalhadores nessas produções. Brasil esta em 18º lugar de produtor.
Espécies cultivadas: 
· Norte: Tambaqui e piraracu
· Nordeste: Tilapias e camarões marinhos
· Sudeste: Tilapias
· Sul: Carpas, tilapias, ostras e mexilhões
· Centro oeste: Tambaqui, pacu e pintado
Ministerio da pesca e aqüicultura (MPA), criado em 2009 pelo lula (junho) e foi extinto em 2015 pela Dilma, Antes de ser criado era cuidado pelo ministério da agricultura. O MPA cuidava da água ate industria e partir da industria era o MAPA. Hoje o MAPA cuida de novo de tudo.
Atribuições: Quando pensamos em produções de pescado pensamos em exportação. Necessário consideraR:
· ARI (analise de risco de importação), onde há estabelecimento de requisitos sanitários para importação de commodities de animais aquáticos e pescado. Tomam cuidado para não inserir animais que prejudicariam a fauna ou que poderiam trazer doenças. 
· Equivalencia: Se Brasil quiser importar é necessário reconhecer equivalência sanitária para animais aquáticos (defesa sanitária devem ser parecidas tentando não introduzir agentes novos) entre países interessados em exportar para o Brasil.
· Certificado zootécnico internacional: CZI. Emitido para atendimento de requisitos sanitários.
Nem todo produto precisa de ARI, os conhecidos por exemplo. Esses passam por testes diagnósticos, quarentena e tratamento técnico e importação é autorizada. Os que passam pelo ARI, se risco for aceitável, passam para testes diagnósticos, quarentena e tratamento técnico e importação é autorizada. Agora se risco não for aceitável a importação não é autorizada.
Nas embarcações pesqueiras é necessário boas praticas para qualidade higiênica sanitário. Necessário monitoramento de resíduos e contaminantes naturais dos recursos pesqueiros. Necessário implantar a rastreabilidade. Temos quarentena credenciada e fiscalização. E ainda os aquáticos também possuem programas de controle.
· Programa nacional de controle higiênico de moluscos bivalves
Moluscos bivalves se alimentam retirando partículas orgânicas por processo de filtração da água. Quando algas vermelhas se multiplicam exageradamente formam toxinas que são filtradas por esses moluscos, após esses moluscos serão contaminados pelo homem, levando a intoxicação. 
O PNCMB abrange moluscos bivalves destinados ao consumo humano. Cuida da retirada, transito, processamento e transporte. Todos os estados devem aderir obrigatoriamente ao programa.
Monitoramento; há analises continuas desses animais para procurar microorganismos e biotoxinas marinhas. Dependendo da analise o consumo pode ser liberado, liberado com restrição ou suspenso. A amostra é mandada para a RENAQUA (rede nacional de laboratórios do MAPA), fica na UFMG (central), Santa Catarina e Maranhao. 
Desafios: Sanidade de animais aquáticos pouco conhecida, hábitos culturais como barreira, MPA recente e pouco interesse sobre o assunto nas universidades.
ANEMIA INFECCIOSA EQUINA
Acomete equídeos. Vemos anemia intensa. Sacrificio é seletivo, ou seja, em positivos é recomendado o sacrifício exceto em animais que vivem em áreas endêmicas, esses devem ficar em isolamento territorial. Em São Paulo a doença é controlada. O diagnostico de AIE é obrigatório para a emissão de GTA (obtida somente se o animal for negativo, e só é emitida para animais com mais de 6 meses). É de notificação imediata na suspeita. O Diagnostico oficial é a Imunidifusao em Agar Gel. Não tem vacinação.
Considerações gerais: Agente viral da família Retroviridae que acomete equídeos. Tem importância econômica pois causa bloqueio de eventos e do transito desses animais. É de notificação imediata na suspeita. Doenca de curso crônico com grande numero de portadores. Um animal já é considerado foco. Necessario isolamento e indentificacao da fonte de infecção.
Familia Retroviridae gênero lentivirus, período de incubação longo, são envelopados ou seja mais sensíveis ao ambiente, em sua estrutura possui 3 camadas que são cápside, genoma e RNA, o genoma é envolvido pela cápside que é envolvida pelo envelope que expressa proteínas que ativam o sistema imune e que fazem adsorção do vírus nas células.
Ciclo: Nos retrovírus temos um grupo de enzimas que atuam no processo de replicação viral e ficam dentro do cápside e entram na célula do hospedeiro na infecção e auxiliam na replicação viral. Hospedeiro é DNA e o vírus é RNA. Quando ocorre adsorção o vírus deposita seu RNA na célula do hospedeiro, no núcleo a transcriptase reversa cria uma cópia do RNA chamada de DNA complemento, esse DNA complemento sofre ação da integrase que pega esse DNA complemento e leva para o núcleo da célula do hospedeiro e se integra (DNA hospedeiro + DNA complemento) formando um pró vírus e dificultando ação do sistema imune, fármacos e elaboração de vacinas. Fácil mutação. Esse provirus são do núcleo, no citoplasma sofre reintegração proteica e sofre ação da polimerase e essa ação faz com que DNA vira RNA. Com toda aglomeração proteica e enzimática (antes de sair da célula) forma capsideo de novo (quem faz o envelope é a membrana do hospedeiro), nasce por brotamento, após sair busca outra célula para começar de novo. Causam imunossupressão pois fazem isso na medula, diminuem hematopoiese e leucopoiese. Demora, pois processo é complexo, quando sai ocorre destruição celular.
Epidemiologia: Hospedeiros naturais são os equinos, asininos e muares. Produção de anticorpos começa 45 dias após infecção e são perpétuos. Periodo de incubação médio de 3 semanas. Via de transmissão principalmente fomites, iatrogênicas, transplacentaria, colostral e vetor mecânico (tabanídeos e stomoxys calcitrans). Transmissão é mais comum nas épocas mais quentes do ano e em regioes úmidas e pantanosas.
Distribuiçao mundial (exceto continente antártico). Em areas endêmicas a prevalencia pode atingir 70% dos animais adultos. Em geral os níveis de prevalência são moderados a alto em região com populações numerosas e permanentes.
As células alvo são os macrófagos. Vírus circula pelas hemácias, há produção de anticorpos contra esse vírus, então atua na hemácia tentando eliminar o vírus, assim como os macrófago que fagocitam as hemácias no intuito de acabar com o vírus. Ainda na medula não deixa formar hemácias. Vemos anemia intensa pela hemólise, pela eritrofagocitose e diminuição da eritropoiese.
Sinais clínicos: Inespecificos, febre, icterícia pela anemia hemolítica e perda de peso, fraqueza pela anemia e processos hemorrágicos.
Diagnostico: Imunodifusao em Agar gel, chamado padrão ouro, recomendado pela OIE e tem validade de 60 dias, pode dar falso negativo em casos de infecção recente, baixa sensibilidade analítica, ou seja, precisa de grande quantidade de anticorpos. Pode dar falso positivo nos casos de potros com menos de 6 meses, pois podem ter anticorpos materno. Para introduzir o animal no rebanho é necessário quarentena de 45 dias e repete após 45 dias.
Só faz o teste laboratórios credenciados e em animais positivos é recomendado sacrifício obrigatório (exceto os que vivem em áreas endêmicas).
Controle e profilaxia: Testes sorológicos de rotina, remoção dos animais reagentes, controle de transito dos animais e outras.
ARTERITE ENCEFALITE VIRAL CAPRINA
Doença que chegou no Brasil devido crescimento dos rebanhos caprinos. Começou com quadro de encefalomielite e os animais vinham a óbito. Tambem é um lentivirus da família retroviridae. É uma doença multissistemica que tem atração pelas articulações (adultos) e sistema nervoso central (filhotes). É de notificação mensal. Longo período de incubação, replicação semelhante a da AIE o que muda é o órgão alvo.
Principais formas
· Leucoencefalomielite nos jovens 
· Artrite nos adultos. Começa com um aumento de volume arricular
· Quadro respiratório
· Mastite endurativa
Via de transmissão: Colostral é a mais importante. Mães podem parir, porem filhotes não podem mamar. Doença foi introduzida por matrizes que iniciaram nossos rebanhos. Atualmente temos programas de controle sanitário.
Diagnóstico: Imunodifusao em Agar gel. É exigido GTA para machos e fêmeas com mais de 1 ano. Para transportar filhotes é necessário diagnostico negativo da mãe. Validade é de 180 dias a partir da colheita.
FEBRE AFTOSA
Prejuizo economico imenso. Cosmopolita, causa febre alta e aftas. É um virus infectocontagioso que atinge principalmente bovinos e bubalinos. Vacinação obrigatória, exceto em areas onde doença foi erradicada (Santa Catarina). É de notificação compulsória na suspeita.
Evolução aguda, caracterizada por hipertemia e aparecimento de vesiculas em mucosa oral e espaços interdigitais. Acomete animais Biungulados (casco fendido), possui alta morbidade, baixa mortalidade, é considerada emergencia veterinaria e sacrificio é obrigatorio. Animal vem a obito por aftas que o impedem de comer, definham e ficam desnutridos.
Etiologia
É um RNA virus da familia picornaviridae, genero aphtovirus, forma icosaedrica, nao envelopado (resistente). Possui proteinas estruturais relacionadas a antigenicidade e não estruturais responsaveis pela manutenção do agente.
Temos os sorotipos A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3 e ASIA1. Não há proteção cruzada entre os sorotipos, diferentes virulencias. Acometem bovinos e bubalinos. São sensiveis a desinfetantes a base de carbonato de sódio, formol, luz solar e radiação. Possuem diferentes virulencias, e depende do virus e do meio ambiente.
Fonte de infecção
Bovinos e bubalinos doentes. Temos reservatorios selvagem. Os hospedeiros frequentes são os bovinos, bubalinos e suinos. Menos frequentes caprinos e ovinos. E refratarios sao os equinos.
Vias de eliminação
Saliva, aerossol, carne e leite, semem, epitelio de lesoes, liquidos da vesicula, urina e fezes.
Via de transmissão
Aerogena, digestiva, contato com excreções, vetores, fomites, IA, TE e carcaças;
Patogenia
Penetração - mucosas digestivas e respiratorias - virus se multiplica em epitelio de revestimento, 24 horas depois aparecem as vesiculas primarias em traqueia, esofago, narinas e intestinos, apos 24 horas essas vesiculas se rompem e causam viremia, apos 24 horas alcança mucosa oral, teto, lingua, casco e interdigitos, após temos o aparecimento de vesiculas secundarias e lesoes degenerativas que se rompem e viram ulceras. Esse ciclo dura de 2 a 14 dias.
Manifestação
Febre, anorexia, sialorreia, claudicação, vesiculas, mastite, alteração hipofisaria e miocardites em filhotes. Tudo depende da carga viral, imunidade e sorotipo.
Diagnóstico
O oficial é a soroneutralização (Sorologico) que pode ser feito com 1 grama do epitelio de vesiculas intactas, colocando em meio de transporte e levado ao lanagro, ou ainda, coloca sonda no esofago e coleta liquido e tambem envia para o lanagro. Feito por medicos veterinarios credenciados. É de notificação obrigatória na suspeita.
Profilaxia
Vacinação, proteção de zonas livres, sacrificio de infectados, recuperados ou suscetiveis que tenham contato com individuos infectados, desinfecção de locais e materiais infectados, destruição de cadaveres, quarentena e isolamento.
· Vacinação
Temos 4 estrategias que são a não vacinação feita em locais onde doença esta erradicada como em santa catarina, temos vacinação anual, feita em lugares alagados como pantanal, semestral feito no nordeste e semestral em animais menores que 24 meses e anual em maiores de 24 meses com é feito em SP.
· Áreas de proteção
Delimita a partir do foco da doença e tem area total de 25km. Temos area perifocal 3km do foco, temos areas de vigilancia que fica a 7 km da area perifocal e temos a area tampao que fica a 15 km da area de vigilancia.
PROGRAMA NACIONAl DE ERRADICAÇÃO DA FEBRE AFTOSA - PNEFA
Tem o objetico de erradicar a febre aftosa em todo o territorio nacional e a sustentação dessa condição sanitaria por meio da implantação e implementação de um sistema de vigilancia sanitaria apoiada na manutenção das estruturas do serviço veterinario oficial e na participação da comunidade.
Area de proteção sanitaria é um area estabelecida em torno de focos da febre aftosa de acordo com estrategias para contenção e eliminação do agente infeccioso. Dividida em area perifocal (area circunvizinha a area de foco - 3km do foco, temos areas de vigilancia  que fica a 7 km da area perifocal e temos a area tampao que fica a 15 km da area de vigilancia.
Na febre aftosa são considerados pela OIE as seguintes zonas: Zona livre (com vacina ou sem vacina, area sem foco e sem circulação viral), zona tampão (area estabelecida para a proteção da zona livre), zona infectada ( espaço que não tem condição de ser considerada area livre) e zona de contenção ( espaço entorno de explorações pecuaris infectadas).
Animal é sacrificado por rifle sanitario no osso occiptal, feito nos animais que representam risco para difusão ou manutenção de carcaça por incineração, enterramento, limpeza e desinfecção
ERLIQUIOSE CANINA
O principal vetor é o Rhipicephalus sanguineus, ou seja, carrapato preferencial do cão. Podemos ter erliquiose isolada, assim como babesia isolada e os dois unidos. As duas juntas dificultam tratamento.
Carrapato faz sua oviposição no ambiente. A doença é uma hemoparasitose que resulta em imunossupressão. A erliquiose monocitica canina quando torna-se cronica causa aplasia ou medula e insuficiencia renal. Erliquiose é endemica e distribuição do vetor é compativel com distribuição do vetor que
é maior no verão. O hospedeiro preferencial é o cão, mas ja foi isolado em gatos (quando não tem o cão usa o gato).
Agente etiológico: Familia Rickettiacea, genero erlichia e especie erlichia canis (erliquiose monocitica canina) - não patogenica para humanos. Mas temos erlichia de humanos (E. chaffenesis). Tinhamos E. plates de plaquetas e não é mais classificada como erliquia e sim como anaplasma.
São parasitas intracelulares obrigatórias. Suas células alvo envolvem monocitos, linfocitos, neutrofilos e plaquetas. São gram negativas, pleomorficas e necessita de tecido vivo (não resiste em tecido morto).
O carrapato pode transmitir por 155 dias em qualquer fase do seu ciclo. Ele troca de ciclo no ambiente, se carrapato se infecta em uma fase vai transmitir na sua proxima fase do ciclo (chamado de transmissão transestadial, não passa para a prole) Não transovariana (que não transmite mas que passa para toda a prole). O carrapato é reservatorio primaria e vetor.
Para o carrapato se infectar é necessário ingestão de leucito infectado (fase aguda do cão). Transmite para o cão pelo repasto sanguineo.
Ciclo carrapato: Muda de fase é feita fora do hospedeiro, por isso, carrapato é um problema ambiental.
Patogenia: Repasto sanguineo do carrapato e se esse estiver infectado, ao se alimentar, deposita erliquia na corrente sanguinea (depois de 48 horas de espoliação), essa sofre fagocitose pelas celulas mononucleares, dentro da celula temos o fagossomo que se une ao lisossomo e forma o fagolisossomo, a erlichia impede a formação de fagolisossoma e se multiplica no fagossoma matando a célula (que é quando identificamos morula que são aglomerados citoplasmaticos) levando a imunosupressão ficando susceptivel a infecções oportunistas. Como tem muitas celulas morrendo, orgaos do sistema fagocitico mononuclear sofre hiperplasia na tentativa de repor essas celulas, com as infecções recorrentes teremos aplasia de medula e infecção renal - cronicidade.
Fases da doença:
· Fase aguda: Observada 1 a 3 semanas pós infecção. Vemos febre, apatia, trombocitopenia, inicio de alterações hematológicas. Dura de 2 a 4 semanas. Temos replicação bacteriana em mononucleares da circulação que dissemina pelos orgaos do sistema fagocitico mononuclear. Vemos trombocitopenia e para resolver isso, organismo manda plaquetas imaturas que não são funcionais, trombocitopenia acontece de 10 a 20 dias pós infecção. Temos diminuição da meia vida das plaquetas e lise plaquetária. pode ter casos de erliquia sem trombocitopenia.
· Fase subclínica: Dura de meses a anos. Pode ou não ter eliminação do agente, não teremos manifestação. Dura aproximadamente 6 a 9 meses (pode durar anos), normalmente progride para cronicidade. No exame vemos leucopenia que pode evoluir para leucocitose compensatória pela destruição celular que o organismo teve. Teremos monocitose. Continuamos com trombocitopenia por disfunção da agregação plaquetária. Desaparecimento dos sinais clinicos (persistencia da bacteria no organismo pode durar anos).
· Fase cronica: Persistencia intracelular. Vemos ineficiencia do sistema imune, hipoplasia da medula ossea, levando a anemia aplasica e leucopenia. Na verdade vemos pancitopenia.
Dentro da erliquiose o mais grave é a deposição de imunocomplexos na articulação (artrite), no rim (glomerulopatias), no vaso (vasculite), nos olhos (uveite) e trombocitopenia e tudo depende de como o organismo vai responder dando essa condição clinica multissistemica. Ainda vemos hiperresponsividade medular seguida de aplasia, ainda, sangramento por mucosa, conjuntiva e gengival. Hifema é um achado comum, assim como epistaxi uni ou bilateral, devido sangramento o animal tende a ter anemia, e pela hemolise animal pode ter ictericia, mas o comum é mucosa palida. Animal evolui para alteração sistemica.
Resposta imune: Resposta imune humoral é boa apenas para erlichia extracelular. A resposta celular é boa para destruir formas intracelulares. Cães imunocompetentes pode eliminar bacteria e não entrar na fase cronica. Ja os imunodeficientes ficam doentes e podem desenvolver processos imunomediados.
Diagnostico: Historico + sinais clinicos + exame hematologico. Temos PCR que consegue identificar inclusive especies. E ainda, identificação direta de morulas - incomum.
Achados laboratoriais: Trombocitopenia (conclusivo se tiver associação com manifestação, anemia, pancitopenia, proteinuria e hematuria.
Tratamento: Doxiciclina 5mg Kg VO BID por 21 a 28 dias. A dose de ataque é de 10mg Kg BID por 2 a 3 dias, após podemos usar 10mg kg SID ou 5 mg kg BID até completar 28 dias. Sempre deve tratar por 28 dias.
Dipropionato de imidocarb 6,6 m kg IM 2 aplicações com intervalo de 15 dias. Não funcional isoladamente, sempre deve ser associado com a doxi, pois potencializa o mesmo. Cuidado não pode ser usado por todos os animais.
Fluxograma do tratamento: Fez os 28 dias corretamente - não - volta e faz de novo o certo.
Fez tratamento certo - SIM - animal ruim - faz contagem plaquetaria - MELHOROU - SIM - espera 7 dias (Continua o tratamento com doxi) para o remedio fazer seu efeito, reavalia hematologicamente - Está RUIM - pede mielograma com PCR - avalia entrada de corticoide. Fez tratamento e depois de 28 dias PCR positivo - muda tratamento e adiciona imidocarb e acompanha com hemograma - PCR neegativo  - pede mielograma e entra com corticoide para imunossuprimir.
BABESIOSE CANINA
Hemoparasita de eritrocitos jovens, multiplicação ocorre no interior do eritrocito levando ictericia, Vetor é o carrapato da familia ixodiae (carrapato duro).
Agente: Genero babesia, especies babesia canis (alta prevalencia em regioes tropicais e subtropicais). Subespecies: Babesia canis canis (Europa), Babesia vogeli (Brasil) e babesia canis rossi (africa do sul).
Mecanismo de transmissão: Carrapato precisa ficar aderido por 2 a 3 dias para transmitir na corrente sanguinea invade eitrocito, faz multiplicaçãp (fusão binária) e dissemina para outros eritrocitos. Periodo de incubação de 4 a 21 dias, Transmissão placentaria apenas B canis canis, Pode transmitir pela transfusão sanguinea. No vetor a transmissão é transestadial e transovariana.
Performance imunologica: A resposta imune começa com a remoção dos eritrocitos pelo sistema fagocitico mononuclear. Se o numero de eritrocitos for muito baixo o organismo os remove, porém a capacidade de eliminação parasitaria é baixa e o hospedeiro fica permanentemente infectado - cronicidade.
Manifestações: Febre, anorexia, hepatomegalia, anemia regenerativa (pela eritrofagocitose), anemia hemolitica (pela hemolise) e trombocitopenia, ictericia bem evidente (diferenciar de lepto, anemia hemolitica imunomediada e hepatopatia). No hemograma veremos leucocitose. Parasita principalmente eritrocitos jovens. Celulas vermelhas.
Alterações hematologicas: Anemia normocitica normocromica, policromasia, anisocitose, leucocitose neutrofilica, monocitose, linfopenia e trombocitopenia.
Diagnosticos: Imunofluorescencia indireta (FI), ELISA, ambas sofrem interferencia de reação cruzada, não identifica a subespecie, ainda temos PCR e esfregaço sanguineo que são diretos.
Tratamento: Dipropionato de imidocarb 5mg kg SC - repetir depois de 15 dias. Ainda sulfato de atropina 0,02 a 0,04 mg kg EV. O imizol tem como efeito colateral salivação intensa, secreção ocular intensa, diarreia, dispneia e depressao. Por isso associamos com atropina.
Prognostico e prevenção: Prognostico bom, em portadores permanentes a recidiva é provavel. Como prevenção controlamos o vetor - dificil impedir que o animal seja parasitado.

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