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AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAUDE

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AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE: CONTEXTO HISTÓRICO E PERSPECTIVAS. 
Referência: 
AMORIM, F. F; et al. Avaliação de Tecnologias em Saúde: Contexto Histórico e Perspectivas. Com. Ciências Saúde. 2010; 21(4): 343-348. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/avaliacao_tecnologias_saude.pdf
INTRODUÇÃO
Resenha crítica sobre da implantação das tecnologias no sistema de saúde. O artigo trata o percurso da avaliação de tecnologias em saúde no Brasil e no mundo, explanando as situações atuais, as evoluções e os desafios encontrados na implantação desta avaliação.
DESENVOLVIMENTO
Nos últimos anos observa-se mundialmente o surgimento de novas tecnologias que trouxeram benefícios importantes acerca da qualidade e expectativa de vida da população. Um importante avanço que gerou um impacto positivo na vida da população, mas que gera a preocupação dos serviços em atender ao custo destas novas tecnologias que são de valor elevado. 
Grande maioria das tecnologias não substituem as que já existem, apenas agregam valor e isso as torna mais caras para serem mantidas. Ao acumular essas tecnologias, o custo passa a ser mais elevado, embora possua benefícios importantes. 
O artigo aborda que uma parte destas novas tecnologias trazem pouco, nenhum ou até mesmo um certo prejuízo e diante disso era necessário que essas novas tecnologias fossem analisadas quanto a sua real eficácia. Com o avanço da Medicina baseada em evidências, reúnem-se evidências cientificas para avaliar e oferecer o melhor cuidado aos pacientes, trazendo um olhar mais criterioso aos serviços prestados. Surge então a necessidade de não somente avaliar a eficiência da tecnologia a ser implementada, mas custo-benefício, impacto no orçamento. Nesse contexto, surge a Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), que objetiva auxiliar na tomada de decisões relacionadas a implementação destas tecnologias pelos gestores, profissionais de saúde e pacientes. Apesar de estar estreitamente ligada à medicina baseada em evidências, a ATS avalia de forma mais abrangente como a tecnologia a ser implantada se integrará aos sistemas de saúde, incluindo avaliação dos aspectos econômicos. 
Pelos seus benefícios, a ATS vem sendo bastante utilizada em vários países, inclusive no Brasil, pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde – DECIT/MS. Embora amplamente difundida, a ATS ainda têm sido pouco explorada devido ao desconhecimento dos seus reais benefícios, o que vemos claramente pelo tempo em que foi discutida e realmente implementada, bem como a forma que é utilizada no país. 
Em 1980 começou a ser discutida no Brasil, mas somente em 2005 tomou forma com a criação de um Grupo Permanente de Trabalho em Avaliação de Tecnologias em Saúde (GT/ATS), coordenado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT), que no ano de 2008 cria a Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (REBRATS) sob a coordenação do DECIT. Esta rede tem por objetivo a produção e disseminação de estudos e pesquisas relacionadas a ATS, padronização de metodologias, monitoramento do horizonte tecnológico, validação da qualidade dos estudos e promover a tomada de decisão em saúde baseada em evidências científicas. 
A rede resultou na criação de Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS) em 24 hospitais públicos de ensino no Brasil desenvolvendo ações de capacitação permanente de profissionais, incentivo e produção de pesquisa, coordenando e revisando diretrizes clínicas dos hospitais, estimulando a articulação entre ensino e serviço na área de ATS e proporcionando a disseminação da cultura da ATS entre os profissionais de saúde. Os avanços resultaram na Lei n. 12.401, sancionada em 28/04/2011, com alteração na Lei Orgânica da Saúde (n. 8.080), para dispor sobre a oferta de procedimentos terapêuticos e a dispensação de medicamentos no âmbito do SUS. Esta lei vem para permitir um aperfeiçoamento do SUS e constante atualização, fazendo que novas tecnologias e inovações sejam submetidas as análises feitas pela ATS antes que sejam implementadas nos serviços de saúde. 
Conclusão
Embora muitos avanços, percebe-se durante o processo histórico a lentidão referente a incorporação da ATS, em todos os anos que se foi discutida até os primeiros esboços, muitas tecnologias surgiram e foram implantadas sem que se fossem realmente analisadas a fundo. Acredito que atualmente possa existir estudos mais aprofundados, mas ainda vemos muitas instituições carentes de profissionais capacitados, serviços que não atingem o potencial adequado de utilização de suas tecnologias por desconhecimento de seu manejo adequado. 
Faz-se necessário maior investimento na educação permanente, na mesma proporção que se investe na melhoria das tecnologias, para que se domine o uso das que já existem e das que estão em implantação. A força das novas tecnologias são fundamentais nos serviços de saúde, mas necessitam de investimento maior também em pesquisa, em produção de evidências científicas que as habilitem a serem usadas e investimento financeiro que as sustentem. Infelizmente vemos no Brasil um investimento inferior ao necessário quando se trata de pesquisa, e possivelmente por isso e demais fatores vemos tanta demora para avanços importantes no sistema de saúde.

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