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FMU - FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS ADMINISTRAÇÃO - MATUTINO MORUMBI Rafaela Lorrany Silva dos Santos - RA: 2151964 APS - DIREITO APLICADO A NEGÓCIOS Resenha crítica - Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável São Paulo - SP 2021 INTRODUÇÃO Este trabalho, denominado APS, foi feito pela aluna Rafaela Lorrany Silva dos Santos, estudante do curso de Administração da faculdade FMU, para a disciplina de Direito Aplicado a Negócios ministrada pela professora Maria Aparecida Munin de Sá. Esta APS tem o objetivo de apresentar uma resenha crítica a respeito do livro Responsabilidade Social Empresarial e Empresa Sustentável, obra dos autores José Carlos Barbieri e Jorge Emanuel Reis Cajazeira. Responsabilidade Social Empresarial e Empresa Sustentável o Caminho de Uma Gestão Filantrópica e Memorável A obra Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável: Da teoria à prática teve sua 3a edição, atualizada e ampliada, lançada em 2016 pela editora Saraiva, tendo como autores o José Carlos Barbieri e o Jorge Emanuel Reis Cajazeira. O livro contém 234 páginas, dentre elas, 8 capítulos. Um dos autores do livro, José Carlos Barbieri, é doutor em Administração pela Fundação Getúlio Vargas; é professor de pós-graduação da EAESP que foi onde se formou; membro do Fórum de Inovação EAESP-FGV; membro de comissões especiais da ABNT e do Inmetro; coordena e atua em diversos projetos de pesquisas voltados para a gestão do meio ambiente e da responsabilidade social empresarial; participa de comitês de diversas revistas científicas e congressos internacionais e nacionais; consultor, conferencista e autor de livros e artigos publicados no Brasil e fora. O outro autor, Jorge Emanuel Reis Cajazeira, é doutor e mestre em administração pela EAESP - FGV; engenheiro mecânico pela UFBA, executivo na área de Relações Institucionais e Certificação da Suzano Papel e Celulose; expert nomeado pela ABNT para a redação das normas ISO 9001 e 14001; coordenou trabalhos para a criação da primeira versão da NBR 16001; presidiu a comissão do Inmetro para a elaboração de um sistema de certificação socioambiental; presidiu o comitê de critérios da FNQ; coordenador do comitê de Sustentabilidade da Bracelpa, ex-presidente do Cempre; conferencista, autor de livros e artigos publicado no Brasil e em outros países. O livro aborda o tema da responsabilidade social empresarial e o empresa sustentável, por sua vez, explicando a extrema importância de ambos e mostrando o quão vantajoso e inteligente é usar tais estratégias para que se tenha uma ótima gestão. O fato de a versão ser ampliada adiciona alguns assuntos ao livro, como metas do desenvolvimento sustentável, normas ISO26000, ISO19600, NBR ABNT 16001 e outros. Além disso o livro mostra uma visão ampliada do que é responsabilidade social empresarial, abordando muito bem a questão do meio ambiente, assim trazendo inúmeros motivos pelos quais as empresas deveriam adotar esse tipo de gestão No capítulo 1, os autores começam dando um breve histórico sobre como e quando começaram a dar importância para o assunto discutido no livro. Com isso, eles contam sobre as teorias, que inclusive são os focos do 1 capítulo. A primeira é a dos acionistas - a maximização dos lucros é a coisa mais importante, no entanto, a empresa não deve ajudar a sociedade mais do que com impostos, onde se encontra a divisão dos interesses pessoais aos interesses coletivos (stockholder). A segunda teoria é a das partes interessadas - é baseada na existência de stakeholder, que podem definir o futuro de uma empresa e sua existência pode fazer com que ela cumpra as responsabilidades sociais. A terceira e última é a teoria do contrato social - essa tenta explicar o fato de as pessoas formarem estados, fazerem contratos, abrirem mãos de algumas coisas em prol da sobrevivência. No capítulo 2, os autores tocam no principal assunto do livro a responsabilidade social empresarial e sustentabilidade empresarial. Os autores falam sobre os pilares da responsabilidade social empresarial (3Ps) - são eles: econômico, ético e legal. No entanto, eles começam a ressaltar a importância da sustentabilidade por parte da empresa, dizendo que isso também é um pilar que as empresas não podem deixar para trás que é quando surge o triple bottom line - planeta, pessoas e lucros - e esse viria a ser o tripé da sustentabilidade. No capítulo 3, o assunto é a ética e a ética empresarial. Nesse contexto, os autores relacionam a ética com a responsabilidade social, colocando a responsabilidade ética num patamar de formação da responsabilidade social, ao longo do capítulo conceitos como moral, imoral e direito aparecem como destaque. E por fim, a ética normativa é voltada para todas as questões, enquanto a empresarial é para dar respostas aos problemas de natureza moral no âmbito da empresa. Continuando o assunto sobre ética, no 4 capítulo aparece as teorias éticas. Elas são divididas entre teleológicas - as consequências de uma ação é importante para decidir se ela é moralmente boa ou não - e deontológicas - não depende do resultado para decidir se é boa ou não, mas dela mesma ou da norma que a sustenta. E estão envoltas nelas a ética da virtude - a moral depende do carácter e não das ações; ética kantiana - a moral não depende das ações, mas são inatas ao indivíduo, assim não sendo empíricas; utilitarismo - a ação é considerada boa ou não de acordo com a tendência que ela tem de aumentar ou diminuir a felicidade da comunidade; ética da responsabilidade - normas que orientam os políticos para o bem social; ética da convicção - normas que orientam os políticos visando o privado; ética da globalização - apesar de nesse ramo ser voltada para a economia a proteção do meio ambiente é importante. No capítulo 5 é a hora de aprender a colocar em prática tudo o que foi ensinado. Então, ter responsabilidade social para ter desenvolvimento sustentável é o maior objetivo. Sustentabilidade - estado global do sistema, incluindo aspectos ambientais, social e econômico; Desenvolvimento sustentável - atividades e produtos das organizações que alcançam tal desenvolvimento que contribuem com a sustentabilidade e Responsabilidade social - responsabilidades das organizações sob seus impactos sociais, meio ambiente e economia. A gestão se engloba em dois blocos: os princípios diretivos e os instrumentos gerenciais. Os conceitos de missão, visão e valores são fontes importantes para o primeiro. Com isso, alguns aspectos importantes para uma gestão dotada de responsabilidade social e sustentabilidade são: Direitos Humanos, Agenda 21, Declaração sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Carta da Terra, Pacto Global, Desenvolvimento do Milênio, Desenvolvimento Sustentável, OIT, OCDE com as multinacionais, Combate a Corrupção e Filantropia e Investimento Social. Todos esses, são coisas extremamente importantes a serem seguidas para que se tenha responsabilidade social e empresa sustentável. Agora no capítulo 6, o assunto é o segundo bloco, os instrumentos gerenciais. Esses instrumentos foram desenvolvidos com o fito de ajudar efetivamente a alcançar os objetivos listados nos capítulos anteriores, visando alcançar efeitos positivos no que diz respeito aos termos econômicos, sociais e ambientais. Na origem dos instrumentos normativos estão os direitos humanos, convenções e recomendações sobre as relações de trabalho da OIT e sobre a prática de negócios, ICC e OCDE, e o movimento de qualidade. Este último é muito importante para o tema responsabilidade social. 13 fundamentos são importantes para a excelência da gestão, são eles: pensamento sistêmico, atuação em rede, aprendizado organizacional, inovação, agilidade, liderança transformadora, olhar para o futuro, conhecimento sobre clientes e mercados, responsabilidade social, valorização das pessoas e culturas, decisões fundamentadas, orientação por processo e geração de valor que se realiza por meiodos resultados econômicos, sociais e ambientais que atendam às necessidades das partes interessadas. Existem muitas normas vindas da ISO, que tem como objetivo desenvolver a normalização e atividades relacionadas para facilitar as trocas de bens e serviços no mercado internacional e a cooperação entre os países nas esferas científicas, tecnológicas e produtivas. Todas as normas da ISO baseiam-se no ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act). Ainda no capítulo 6, é abordado o assunto Governança Corporativa. Governança se trata da forma de exercer o poder, e isso faz com que ela também seja importante para a responsabilidade social, uma vez que seu objetivo seja ser um sistema pelo qual a organização toma decisões e as implementa na busca por seus objetivos, ela é aplicável a organizações de todos os portes. Em conjunto, a Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle. Sendo ela baseada em transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. O Sistema de gestão de compliance é, também, um tópico notável abordado no capítulo 6. Baseia-se na ISO 19600 e é atendimento das obrigações de compliance, requisitos que uma organização tem que cumprir ou que optou por cumprir. Nessa mesma linha, não compliance diz respeito ao não atendimento das obrigações compliance. Suas principais fontes de obrigação são: leis e regulamentos; licenças; alvarás e outras formas de autorizações legais; ordens; regras e diretrizes de órgãos reguladores; julgados em cortes administrativas e judiciais; tratados, convenções e protocolos; acordo com grupos comunitários; princípios e códigos voluntários; obrigações contratuais com outras organizações; padrões setoriais. O 7º e penúltimo capítulo é separado para abordar o tema da Norma ISO 26000 e seus desdobramentos. É voltada para as boas práticas de responsabilidade social e envolve um conjunto de questões maiores, um fato sobre ela é que ela facilita nas escolhas dos instrumentos gerenciais. Ao utilizar a ISO 26000 é esperado a geração de benefícios sociais, ambientais e econômicos e contribuição para o desenvolvimento sustentável. Muito parecida com a ISO 26000 é a Norma Brasileira de Responsabilidade Social NBR 16001, que a utiliza como exemplo e fonte, ao mesmo tempo foi criada na Suiça a norma IQNet SR 10, e todas essas voltadas para a responsabilidade social. Agora no 8º e último capítulo, os autores o separaram para deixar as suas considerações finais. Para isso, eles fornecem, também, um breve histórico de coisas que foram apresentadas ao longo da leitura. O assunto responsabilidade social e empresa sustentável é muito bem abordado. Ao decorrer da leitura, se encontram diversos fatos históricos, muitos filósofos importantes para o tema, além de explicar como cada um interage com cada tema abordado e qual a relevância e importância deles, sejam eles contemporâneos ou antigos. Uma outra coisa legal é que os autores sempre tocam no tema da questão ambiental e, assim, não deixando a desejar esse assunto, como citando os acordos importante, um exemplo é quando eles separam o capítulo 5.1.3 para falar sobre a Declaração sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. O que fazem com a questão ambiental fazem com a questão da responsabilidade social empresarial, também separando partes exclusivas do livro só para esse assunto. Os oito capítulos do livro são muito bem colocados e estruturados. Ao decorrer da leitura, é possível notar diversos temas, e até mesmo temas que não são abordados com muita relevância na faculdade de administração, como por exemplo a Governança Corporativa presente no capítulo 6.6 que tem uma parte só para ela no livro e não só ela, mas também muitos outros assuntos e, de modo geral, ajudam no crescimento intelectual da pessoa e isso apenas com a leitura de 234 páginas. Além disso, um ponto diferenciado é no final de cada capítulo que tem a parte de termos e conceitos importantes que, como o nome já sugere, apresenta as principais palavras do capítulo, e logo depois dessa parte tem a parte de questões para revisão, e essas duas partes ajudam muito na compreensão melhor do livro, assim, a pessoa não deixa nada passar sem ser entendido. E para finalizar, o livro realmente cumpre com a proposta de levar da teoria à prática, e exatamente por isso os capítulos 5 e 6 são os mais voltados à questão de colocar em prática. Fica evidente que as questões Responsabilidade Social Empresarial e Empresa Sustentável são de suma importância para uma boa gestão empresarial. E tais questões são muito bem abordadas no livro, assim, fazendo o leitor entender muito bem do assunto, mas vale a pena mais de uma leitura visto que é muito bom e que não é um conteúdo com facilidade de achar, pelo menos não abordado dessa forma.
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