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4ºAula Imunidade tributária Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: conceituar imunidade tributária; conhecer as espécies de imunidade tributária; entender as diferenças entre as imunidades e isenção tributárias. Prezados(as) alunos(as), bem-vindos(as) a nossa quarta aula. Na aula anterior, vocês aprenderam o que são princípios e suas finalidades. Nesta aula, a proposta de estudo é sobre a imunidade tributária. Boa aula a todos(as)! Bons estudos! 89 24Legislação Aplicada (tributária) 1 – Imunidade tributária 2 – Espécies de imunidade tributária 3 – Diferença entre imunidade e isenção tributárias 1 - Imunidade tributária A imunidade Tributária é uma hipótese de não incidência Seções de estudo de tributação constitucionalmente assegurada. É importante destacar que a Constituição Federal de 1988 impede que a lei de tributação inclua certos fatos na hipótese de incidência de impostos. Destacando que só há imunidade com relação à modalidade de tributo, imposto. É proibida a incidência do tributo imposto, contudo, as outras modalidades de tributos, como as taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios, serão devidas. 2 - Espécies de imunidade tributária Figura: Espécies de imunidade tributária. Fonte: Elaborado pela autora. 90 25 Imunidade recíproca: a fundamentação legal da imunidade recíproca é encontrada no artigo 150, VI, a, da República Federativa do Brasil. Consiste a imunidade recíproca na vedação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cobrarem impostos uns dos outros. Portanto, os entes tributantes, não poderão instituir “impostos” uns dos outros, em razão do Princípio Federativo esculpido no artigo 660, § 4º, inciso I, da CF/88. Por isso o Imunidade para templos de qualquer culto: a fundamentação legal para esta espécie de imunidade é encontrada no artigo 150, VI, b, da Constituição da República Federativa do Brasil. Esta imunidade visa preservar a liberdade religiosa (artigo 5º, inciso VI ao VIII, da CF), bem como a qualquer religião (artigo 19, inciso I, da CF). A pluralidade de religiões corrobora o Estado de Direito, que prima pela necessária equidistância entre o Estado e as Igrejas, servindo como um dos pilares do liberalismo. A laicidade implica que, havendo privilégios, todos os templos devem dele usufruir. Nesse contexto, exsurge a presente regra imunizatória, que prevê a exoneração de “impostos” sobre templos de qualquer culto. Vale destacar, que tal imunidade abrange as manifestações religiosas cuja liturgia adstringe-se a valores consonantes com aquilo que se preconiza no texto constitucional. Assim, o culto deve prestigiar a FÉ e os valores transcendentais que a circundam, sem colocar em risco a dignidade da pessoa humana, a isonomia, entre outros pilares de nosso Estado de Direito. Portanto, não se protegem seitas com inspirações atípicas, que incitem a violência, os sacrifícios humanos ou o fanatismo devaneador ou visionário. Imunidade para partidos políticos, entidades sindicais de trabalhadores, institutos de educação e entidades de assistência social: a base legal para esta espécie de imunidade é encontrada no artigo 1150, VI, da Constituição didáticos, cabe dividirmos em tópicos para podermos estudar esta imunidade. 1. Imunidade para os partidos políticos: a Imunidade para os partidos políticos tem como objetivo fomentar a liberdade partidária e assegurar a representação popular. Encontra fundamentação legal no artigo 1º, inciso V, da Constituição Federal. 2. Imunidade das entidades sindicais de trabalhadores: já a imunidade das entidades sindicais de trabalhadores, como o próprio nome já diz, alcança apenas a categoria dos trabalhadores, não sendo aplicada a categoria dos empregadores e visa assegurar a liberdade de associação sindical. Sua base legal é encontrada no artigo 8º, da Constituição Federal. 3. Imunidade dos institutos de educação: a imunidade para os institutos de educação serve para assegurar ou pelo menos tentar assegurar a educação para todos. Vale observar que tal imunidade abrange os institutos de educação não quer dizer que não podem ter lucros, o que não pode ocorrer é a divisão dos lucros entre seus criadores, pois se exige que o lucro seja revertido em benefício da instituição. Os artigos 205, 208 e 214, todos da Constituição Federal, são usados como base de fundamentação legal para referida imunidade. 4. Imunidade das entidades de assistência social: quanto à imunidade de assistência social, que tem auxiliar o Estado no atendimento dos direitos sociais, como saúde, segurança, maternidade, trabalho, moradia, assistência aos desamparados dentre outros direitos sociais. É o caso das entidades que compõe o sistema “S”, tais como o SESI, SENAI, SENAC, SEBRAE, entre outras. A base legal que fundamenta essa imunidade é encontrada nos artigos 203 e 204, ambos da Constituição Federal. Imunidades para livros, periódicos, jornais e o papel para impressão destes: Essa é a conhecida imunidade de “imprensa”. A fundamentação legal para todas as imunidades descritas neste tópico é encontrada no artigo 150, VI, da Constituição em tópicos para podermos estudá-la. 1. Imunidade para livros: primeiramente, a imunidade temos duas teorias. A primeira teoria, chamada tradicional, defende que a imunidade deve ser aplicada conforme estabelece a lei, ou seja, somente aos livros impressos. Por outro norte, a segunda teoria, chamada de moderna, defende que como tudo evolui na história, não deve ser diferente com o direito, sob pena das leis virarem obsoletas e caírem em desuso, devendo, assim, a imunidade alcançar também os livros digitais. Tal divergência perdurou por tempos na doutrina e na jurisprudência, até que, neste ano de 2017, o STF – Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição entendimento no sentido que os livros digitais / eletrônicos são abrangidos sim pela imunidade de “impostos”. 2. Imunidade para os periódicos: com relação aos periódicos, que na verdade refere-se às revistas editadas com periodicidade, o legislador não distingue o tipo de revista e assim, até mesmo aquelas com pouco conteúdo intelectual, 3. Imunidade para os jornais: os jornais, por sua vez, que têm como objetivo a manifestação do pensamento e acesso à informação e notícia aos leitores, possuem imunidade plena, inclusive das propagandas, como decidido inúmeras vezes pelo STF, mesmo que venha a calhar grande fonte de renda aos jornais e baratear o custo da veiculação destes. 4. Imunidade para o papel destinado à impressão: o papel destinado à impressão dos livros, periódicos (revistas) e jornais, possui imunidade plena também. O papel é o único insumo alcançado pela imunidade tributária, pois o legislador fez menção exclusiva dele, todavia, não há dúvida que o alcance da lei “poderia” ter sido mais abrangente, incluindo maquinário, tinta e outros bens utilizados na fabricação de à literalidade do texto constitucional, isto é, interpretado, restritivamente a lei, não fazendo alcançar qualquer outro insumo que não seja o próprio papel. 91 26Legislação Aplicada (tributária) Imunidade para as músicas brasileiras: neste tópico, vale fazer a ressalva de que os “teatros” não são alcançados e os teatros não sofrem desse mal. “imposto” sobre as músicas brasileiras é reduzir a pirataria e fomentar o mercado interno da música brasileira. Imunidade do pagamento de “Taxas”: a imunidade de “taxas”, também é prevista na Constituição Federal de 1988, precisamente no artigo 5º, em seus diversos incisos. Vejamos cada um deles: a. Direito de petição: o inciso XXXIV, alínea “a”, do artigo 5º da CF, assegura a todos o direito de petição, independentemente do pagamento de taxa. O direito de petição serve para buscar defesa do cidadão, aos Poderes Públicos, de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. b. Certidões em repartições públicas: no mesmo inciso acima citado,contudo, na alínea “b”, encontramos a imunidade de taxa para obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. c. Justiça gratuita: no inciso LXXIV, do mesmo artigo 5º da CF/88, encontramos a assistência judiciária gratuita aos reconhecidamente pobres. Tal gratuidade serve para o ajuizamento de ações judicias perante o Poder Judiciário, isentando o autor da ação do pagamento das custas processuais e honorários sucumbenciais. d. Registro de Nascimento e de Óbito: o inciso LXXVI traz a gratuidade das certidões de nascimento e de óbito, para os reconhecidamente pobres. e. Habeas Corpus: o Habeas Corpus é o remédio constitucional para garantir a liberdade de locomoção da pessoa humana. Segundo o inciso LXXVII, trata- se de uma ação cujo exercício é totalmente gratuito. f. Habeas Data: o Habeas Data não visa à liberdade de locomoção, mas sim informações pessoais sobre a pessoa. g. Ação popular: no inciso LXXIII, é assegurado a qualquer cidadão o direito de propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio comprovada a má-fé, isento de custas processuais e de ônus da sucumbência. Imunidade para as contribuições: a Seguridade indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Primeiramente, cabe tecermos que a Seguridade Social é formada pela Previdência Social e pela Assistência Social. sendo que o cidadão tem que realizar as devidas contribuições / recolhimentos para fazer jus ao direito de perceber alguns dos benefícios por ela oferecidos, como exemplo, o auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição e a aposentadoria por invalidez, dentro outros. Por outro norte, a Assistência Social é gratuita aos reconhecidamente pobres, nos termos da lei, aos que não possuem renda per capita acima de ¼ do salário mínimo, hoje, R$ 242,50, ou seja, a pessoa tem que estar verdadeiramente vivendo em estado de miserabilidade, haja vista que esse valor não compra nem uma cesta básica completa. Quanto aos benefícios oferecidos pela Assistência Social, são bem limitados, a exemplo, o LOAS, que é o benefício assistencial da Lei Orgânica da Assistência Social. 3 - Diferença entre imunidade e isenção tributárias Figura: Diferença entre imunidade e isenção tributária. Fonte: Elaborado pela autora. A Imunidade está prevista na CF/88, enquanto que a Isenção, em Lei infraconstitucional. A Isenção inibe o lançamento do tributo, mas ocorre o fato gerador, nascendo o vínculo jurídico obrigacional. Enquanto na Imunidade sequer existe a relação jurídico tributária. que vocês ainda irão estudar a constituição da relação jurídico- tributária e cada etapa da constituição do crédito tributário, inclusive, o lançamento e suas modalidades. Retomando a aula Terminando esta aula, é importante retomar a conversa inicial e recordar alguns pontos estratégicos do estudo. 1 - Espécies de imunidades tributárias As principais espécies de imunidades tributárias que 92 27 são: imunidade recíproca, imunidade religiosa, imunidade de partidos políticos, imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores, imunidade das entidades de educação e assistência social, imunidade de “imprensa”, imunidade da música brasileira. 2 - Diferença entre imunidade e isenção A diferença entre imunidade e isenção, sendo que a imunidade está prevista na Constituição Federal, enquanto que a isenção está prevista em leis infraconstitucionais. A isenção é instituto de conceituação polêmica, pois sua natureza jurídica oscila entre os parâmetros de não-incidência e incidência da norma. Para alguns doutrinadores, a isenção exclui a própria obrigação tributária, impedindo o surgimento do fato gerador dessa mesma obrigação. Contudo, para outros, a isenção obsta o nascimento da obrigação tributária como um todo, sendo “o próprio poder de tributar visto ao inverso”. Para o STF – Supremo Tribunal Federal, entretanto, na vertente da teoria clássica, a isenção caracteriza-se como a dispensa legal do pagamento de determinado tributo devido, pelo que ocorre o fato gerador, mas a lei dispensa seu pagamento. Sugestão de texto Tributário OLIVEIRA, Alexandre Machado. Imunidade tributária. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_ artigos_leitura&artigo_id=7865>. Acesso em mar. 2019. Introdução O presente artigo tem como escopo a análise do instituto da imunidade tributária, um dos principais institutos da ciência tributária e autêntico instrumento de limitação ao poder de tributar. A abordagem do assunto será iniciada com breves considerações acerca da competência tributária e a conceituação de imunidade tributária. Após a conceituação, apontaremos os pontos em que se difere do instituto da isenção e faremos uma breve análise das principais situações de imunidade plasmadas no texto constitucional. O objetivo do presente artigo não é esgotar o estudo da imunidade, mas convidar o leitor a caminhar por um dos institutos mais importantes do direito, lançando um convite despretensioso para o assuntos e discussões que este instituto nos oferece. Competência tributária Ao tratar da imunidade tributária, primeiramente devemos traçar considerações acerca da competência tributária, pois, como iremos analisar, a imunidade tributária é um instrumento limitador do poder de tributar, excluindo da esfera de competência de determinado ente federativo situações previamente disciplinadas no texto constitucional. Inicialmente cabe apontar a distinção entre competência legislativa e competência tributária. A competência legislativa está disposta no art. 24 da Constituição Federal onde estabelece a competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal para legislar sobre direito tributário, estabelecendo normas gerais acerca do exercício do poder de tributar. Por sua vez, a atribuição dada aos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) para instituir tributos chama-se competência tributária. A Carta Magna tratou de delimitar a competência de cada ente para instituir tributos, estas normas não são apenas formalmente constitucionais (previsão na Constituição, mas que poderiam ter sido tratadas por leis complementares ou ordinárias), mas, acima de tudo, têm caráter materialmente constitucional. Ao falar de competência não estamos a tratar apenas do poder de tributar, mas também na limitação a este poder. Outro não poderia ser o diploma legislativo a tratar de competência dos entes tributários senão a Constituição Federal, pois são normas que de aquisição e limitação do poder Estatal. Esta atribuição de instituir tributos, à qual damos o nome de competência tributária, se dá por meio de lei, único mecanismo para o seu exercício, razão pela qual apenas os entes estatais dotados de poder legislativo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) é quem podem exercê-la. A competência tributária é indelegável, não podem os entes políticos delegar a sua competência de instituir tributos para outro ente, assim, por exemplo, não pode a União delegar a sua competência de instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas para o Estado ou o Município. O artigo 7° do Código Tributário Nacional dispõe expressamente acerca da impossibilidade de delegação da competência tributária. “Art. 7°. A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3° do art. 18 da Constituição.” A ressalva prevista neste dispositivo não diz respeito precisamente à competência tributária, mas sim à capacidade tributária, esta sim delegável a capacidade de determinado enteser sujeito ativo tributário, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária. Observe que a capacidade tributária em nada se confunde com a competência tributária, pois enquanto a primeira pode ser atribuída pela Constituição ou pela lei, é passível de delegação , exercida mediante atos administrativos e pode ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral da pessoa jurídica que a tenha conferido; a segunda, só pode ser atribuída pela Constituição, não é passível de delegação, é exercida por lei e só pode ser Constitucional. A competência tributária e a capacidade tributária em princípio andam juntas, mas a lei pode delegar a capacidade tributária a outro ente. Assim, teremos um ente com a competência de instituir o tributo, dispor sobre seu aspecto temporal, pessoal, material e execução de leis, serviços, atos ou decisões administrativas. A Emenda Constitucional n° 42/2003, dando nova redação ao artigo 153, §4°, III da Carta Magna, nos traz um típico exemplo de delegação Municípios do Imposto Territorial Rural, o qual é de competência tributária da União. A lei 11.250/2005 ao regular o dispositivo constitucional nuper consignou em seu artigo 1°, §1° que deverá ser observada a legislação de regência do Imposto de Propriedade Territorial Rural. Observe que dado texto normativo só vem a alertar que no que pese a delegação administrativa ao Município, este deverá obedecer à lei federal de regência do Imposto Territorial Rural, pois a competência tributária é indelegável e, neste caso, continua com a União, por força 93 28Legislação Aplicada (tributária) do artigo 153, VI da Constituição Federal. Ainda no tocante à delegação administrativa a pessoa jurídica de direito público ao receber a atribuição delegada, a reboque também recebe as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica delegante. Assim, por expressa previsão do § 1° do art. 7° do CTN, os prazos em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar são estendidos às estas pessoas jurídicas. Mesmo tacitamente a competência tributária é indelegável, tal não exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica diversa daquela a que a Carta Magna tenha disposto. Assim, ainda aproveitando o exemplo do Imposto Sobre Grandes Fortunas, o fato de a União não ter instituído o imposto previsto em sua competência tributária não defere ao Estado ou ao Município o exercício desta competência. Contudo, o não exercício desta competência pelo ente político pode ocasionar sanções, conforme previsão na Lei de Responsabilidade Fiscal. Desta forma, o texto constitucional delimita a esfera de competência de cada ente federativo, a imunidade tributária, como veremos, pincela determinadas situações, as retirando de dentro desta esfera Conceito de imunidade tributária O Professor Paulo de Barros Carvalho traz o seguinte conceito de imunidade: (Curso de direito tributário. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 178) Em termos simples quando falamos que uma determinada pessoa está imune àquela doença, estamos dizendo que ela está protegida contra esta moléstia, não corre o risco de vir a contraí-la. Fazendo um paralelo com a imunidade tributária, quando falamos que determinada situação está imune, estamos a dizer que está protegida contra o poder de tributar do Estado, não corre o risco de ser tributada. Na conceituação deste instituto encontramos muitos doutrinadores a imunidade como não-incidência constitucionalmente . Explicamos. Não incidência, pois coloca uma Constitucionalmente, pois as hipóteses de imunidade estão previstas , pois, ao contrário de uma circunstância simples de não incidência, quando determinada político deixar de exercer a competência atribuída pela Constituição Federal (negativa), na imunidade temos uma previsão expressa (positiva) de hipótese de não-incidência. Imunidade x Isenção Conceituada a imunidade, nos cabe aqui diferenciá-la de outro instituto que é o da isenção. Esta diferenciação é constantemente cobrada em provas de concurso e exame da ordem. tem previsão constitucional e é uma hipótese de não-incidência hipótese de exclusão do crédito tributário. A primeira e principal diferença a ser apontada entre a imunidade e a que os papéis e revistas estão imunes ao ICMS, estamos dizendo que esta situação está fora da esfera de competência do Estado. Por outro lado, se não existisse esta hipótese de imunidade, mas estivesse isenta por previsão legal, diríamos que o Estado tem a competência para cobrar o ICMS de revistas e papéis, mas resolveu não exercê-la, ao prever em lei Estadual que esta hipótese estaria isenta. Previsão constitucional x previsão infraconstitucional A imunidade está prevista no texto constitucional, mesmo naquelas situações em que a Constituição fala em isenção, está tratando de imunidade, pois todas as situações previstas na Constituição são imunidades e não isenção. Podemos grifar como exemplo o art. 195, § 7° da Constituição Federal que dispõe: “são isentas de contribuição social que atendam às exigências estabelecidas em lei”. No caso deste artigo a expressão correta a ser empregada seria imunidade, a hipótese tem previsão constitucional. A primeira turma Supremo Tribunal Federal assim se manifestou sobre o assunto ao decidir em sede de RMS 22.192/DF, Rel. Min. Celso de Mello, 28.11.1985, que a cláusula inscrita no art. 195 § 7° da Constituição Federal traduz-se em típica garantia de imunidade e não de simples isenção. As isenções, por sua vez, se materializam nas leis infraconstitucionais, e nada mais são do que a dispensa no pagamento de um tributo. As isenções, ao lado da anistia, são consideradas hipóteses de exclusão do crédito tributário. A diferenciação de tratamento da imunidade, em sede constitucional, e a isenção, em lei, têm uma razão de ser. Ocorre que cabe à qual apenas a Constituição pode excepcionar esta competência (imunidade). A isenção, como está a interferir apenas no exercício, este pode e deve ser disciplinado em lei. competência de determinado ente, enquanto a isenção pressupõe a competência de determinado ente para dispor acerca de determinada situação, e este ente o faz para excluir o crédito tributário. Situações de Imunidade Como já visto a Constituição Federal alberga as hipóteses de imunidade tributária presentes em nosso sistema jurídico pátrio. A maior concentração de imunidades está no art. 150 da Constituição Federal, mas outros dispositivos esparsos também trazem situações de imunidade. A imunidade recíproca está prevista no art. 150, VI, “a” da Constituição Federal ao vedar “à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou serviços, uns dos outros”. Inicialmente cabe grifar que o texto constitucional ao tratar da imunidade recíproca falou em impostos, e não em tributos. Assim, apenas os impostos estão abrangidos por esta imunidade, podendo a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios cobrarem as 94 29 demais espécies tributárias uns dos outros, dentre as quais podemos grifar como exemplo as taxas. A presente limitação ao poder de tributar traduz-se em cláusula pétrea e protege o pacto federativo, na medida em que evita que um ente político esteja sujeito ao poder de tributar de outro. O Supremo Tribunal Federal assim já se manifestou em sede de ADIN. n.° 939. O § 2° do art. 150 estende esta imunidade “às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere essenciais ou às delas decorrentes”. Assim, além da vedação de se cobrar impostos de um ente político em relação a outro, como proteção do pacto federativo, o Poder Constituinte também estende a mesma vedação em relação às autarquias e fundações públicas. Cumpre grifar que a imunidade das autarquias e fundações públicas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) não há esta restrição, sendo que em qualquer circunstância um entenão poderá cobrar impostos do outro. A título de exemplo consideremos que o Estado de Alagoas compre um terreno para a construção de um campo de futebol, neste caso ainda sim não poderá o Município cobrar IPTU ou ITBI daquela área. Por outro lado, se uma autarquia estadual (ex: DETRAN) vier a comprar uma área para a construção de um campo de futebol, neste caso estará sujeita ao pagamento do IPTU e ITBI. O parágrafo 3° do art. 150 retira da hipótese de imunidade aquelas situações relacionadas à exploração de atividades econômicas, ao dispor que a imunidade recíproca, bem como a sua extensão às autarquias e fundações públicas “não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário...”. pois se a imunidade também fosse estendida para estas situações os entes político, bem como as autarquias e fundações públicas, iriam concorrer de forma desigual com as demais empresas privadas exploradoras daquela atividade econômica, podendo oferecer seus produtos e serviços em um preço mais baixo, pois não onerados com os impostos pagos pelas empresas daquele setor. Igualmente, também naqueles casos em que haja a contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário a imunidade não alcança. Ocorre que nestes casos quem está arcando com a carga tributária não é o ente político, a autarquia ou a fundação, mas sim o usuário daquele produto ou serviço, razão pela qual não se há de falar em ofensa ao princípio do pacto federativo. a imunidade recíproca não exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. Neste sentido o Supremo Tribunal Federal já havia editado a súmula 583 “promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.” se esquivem de pagar impostos devidos com a compra de imóveis de entes cobertos sob o manto da imunidade. Ocorre que quando o Estado, por exemplo, o imóvel continua sendo do Estado, sendo que na ausência de dada disposição legal o particular estaria a salvo do pagamento de qualquer imposto até o cumprimento do compromisso, se valendo de imunidade que não lhe pertence. entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como as autarquias e fundações públicas, o que está a demonstrar, a princípio, que a presente imunidade não se estende às sociedades de economia mista e empresas públicas. Contudo, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a presente imunidade também se estende à sociedade de economia mista e empresas públicas na qualidade de prestadoras de serviços públicos de prestação obrigatória e exclusiva do Estado. O presente entendimento da Corte Superior com relação às empresas públicas está consubstanciado no RE 407.099/RS, ao analisar a imunidade tributária em relação à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, relator o Ministro Carlos Velloso, e consignada no informativo n° 353: “INFORMATIVO Nº 353 TÍTULO ECT e Imunidade Tributária Recíproca PROCESSO ARTIGO A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT está abrangida pela imunidade tributária recíproca entre empresa pública como instrumento de participação do Estado inteiro teor do voto do relator na seção de Transcrições deste Informativo. Com relação às Sociedades de Economia Mista prestadoras de serviço público, a imunidade recíproca também foi a esta reconhecida pela Corte Suprema em AC 1550, Rel. Min. Gilmar Mendes, consignada em informativo de n° 456, trazemos à colação parte do voto do Ministro Relator: “...Conforme atestam os documentos juntados aos autos, a Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia – CAERD é sociedade de economia mista prestadora do serviço público obrigatório de saneamento básico (abastecimento de água e esgotos sanitários) e, portanto, de acordo com a jurisprudência deste Tribunal, está abrangida pela imunidade tributária prevista no art. 150, inciso VI, “a”, da Constituição. Outro não foi o entendimento esposado pelo 131-140): “Nitidamente, constata-se que de atividade econômica, estrito sensu, nada possui a CAERD, porquanto está a cargo de cumprir, como acentua sua lei de instituição, as metas das políticas de saneamento do Poder Público (...) Inegavelmente se trata de um manus público-estatal para cumprimento de mais uma atividade- obrigação do Estado, qual seja, o saneamento básico. (...) É de observar que a apelante, efetivamente, é prestadora de serviço público 95 30Legislação Aplicada (tributária) obrigatório, não podendo ser comparada às empresas privadas, A discussão do presente assunto passa pelo art. 173, § 1°, II que ao permitir ao Estado a exploração direta da atividade econômica, condicionando aos imperativos da segurança nacional ou relevante interesse coletivo, dispôs que as empresas públicas e sociedades de economia mista estarão sujeitas ao regime próprio das empresas privadas. O entendimento da Suprema Corte é o de ressalvar desta regra aquelas empresas públicas e sociedades de economia mista que prestem serviços públicos que cabem ao Estado obrigatoriamente prestar. Assim, o Supremo Tribunal Federal não se ateve a uma interpretação literal do § 2° do art. 150 da Constituição Federal, mas buscou o fundamento da regra imunizante, estendendo a imunidade recíproca para as sociedades de economia mista e empresas públicas prestadoras de serviços públicos, pois são prestadoras de serviços obrigatórios, não devendo receber o mesmo tratamento das demais empresas privadas. Em resumo, a imunidade recíproca alcança os entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), as autarquias e fundações públicas, bem como as sociedades de economia mista e empresas públicas, quando prestadoras de serviços públicos de prestação obrigatória pelo Estado. A imunidade dos templos de qualquer culto está prevista no art. 150 VI, “b” da Constituição Federal ao vedar à União, Estados, Distrito Federal e Municípios instituir impostos sobre templos de qualquer culto. A presente imunidade tem como escopo a proteção da liberdade religiosa prescrita no art. 5°, inciso VI da Carta Magna. A presente norma imunizante não faz distinção de religiões, sendo que qualquer religião é alcançada pela imunidade, ressalvada aquelas que atentem contra os direitos humanos, tais como mutilações, prática de racismo, etc. Não poderia ser diferente, o nosso Estado é laico, acredita em Deus, o que se comprova com a sua menção no preâmbulo da Constituição Federal, mas não temos uma religião do § 4° do art. 150, a imunidade para os templos de qualquer culto só abrange o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com autarquias e fundações públicas se aplicam aos templos de qualquer culto. Contudo, chamamos a atenção do leitor para o entendimento do Supremo Tribunal Federal, consubstanciado no RE 325.822-SP, e publicado no informativo n° 295: “INFORMATIVO Nº 295 TÍTULO Imunidade Tributária de Templos PROCESSO RE - 325822 ARTIGO A imunidade tributária concedida aos templos de qualquer culto prevista no art. 150, VI, b e § 4º, da CF, abrange o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: ... VI - instituir impostos sobre: ... b) templos de qualquer culto. ... § 4º As vedações expressas no incisos VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as esse entendimento, o Tribunal, por maioria, conheceu de recurso extraordinário e o proveu para, assentando a imunidade, reformar acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que, à exceção dos templos em que são realizadas as celebrações religiosas e das legítima a cobrança de IPTU relativamente a lotes vagos e prédioscomerciais de entidade religiosa. Vencidos os Ministros Ilmar Galvão, relator, Ellen Gracie, Carlos Velloso e Sepúlveda Pertence, que, numa interpretação sistemática da CF à vista de seu art. 19, que veda ao Estado a subvenção a cultos religiosos ou igrejas, mantinham o acórdão recorrido que restringia a imunidade tributária das instituições religiosas, por conciliar o valor constitucional que se busca proteger, que é a liberdade de culto, com o princípio da neutralidade confessional do Estado laico. RE 325.822-SP, rel. orig. Min. Ilmar Galvão, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, 18.12.2002. (RE-325822)” Fonte: (http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/ listarJurisprudencia.asp?s1=(325822.PROC.)&base=baseInformativo). A Corte Suprema decidiu que a imunidade se estende a lotes vagos e prédios comerciais de entidades religiosas, quando alugados e a a cobrança de IPTU, por exemplo, de propriedades de entidades religiosas alugadas para particular, desde que os recursos sejam imunidade do art. 150, VI “b”. O art. 150 VI, “a” da Constituição Federal veda à União, Estados, Distrito Federal e Municípios a instituição de impostos sobre o “patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação da lei.”. A presente vedação em tributar tem seu fundamento na necessidade de se preservar os instrumentos asseguradores da Democracia (art. 1°, V da CF), na liberdade de associação sindical (art. 8° da CF) e no fomento de iniciativas de caráter social (art. 6° da CF). imunidade para três destinatários: 1. Partidos políticos e suas fundações; 2. Entidades sindicais dos trabalhadores; No que pertine aos partidos políticos é imprescindível o seu registro Superior Eleitoral que o partido político adquire personalidade jurídica Quanto às entidades sindicais dos trabalhadores, cumpre grifar que não se estendendo às dos empregadores. A imunidade tributária também é dirigida às instituições de educação lucrativos. Este condicionamento se dirige apenas ao item três, pois as Entidades Sindicais dos Trabalhadores e os Partidos Políticos e lei”. A presente lei que se está a exigir é a complementar, conforme 96 31 entendimento do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 146, II, pois se está a versar sobre limitação constitucional ao poder de tributar. No presente caso, o texto normativo a tratar dos requisitos para a concessão da imunidade é o Código Tributário Nacional, que com o fenômeno da recepção recebeu status de lei complementar. O seu artigo 14 elenca os seguintes requisitos a serem observados pelas instituições de educação e assistência social: “(...) I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II – aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III – manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.” O parágrafo primeiro do artigo em comento dispõe que o não cumprimento de um destes requisitos possibilita a autoridade competente a suspender a aplicação do benefício. No que pese o parágrafo consignar a expressão “pode”, entendo que esta deve ser entendida como deve, pois a autoridade neste caso está vinculada à lei que dispôs expressamente os requisitos a serem preenchidos para a concessão da imunidade, por se tratar de limitação ao poder de tributar. Por sua vez, a imunidade não é irrestrita, e só abrange o patrimônio, termos do § 4° do artigo 150. Contudo, neste ponto o Supremo esteja alugado para terceiros, ainda assim permanece imune, desde Neste sentido colacionamos a súmula 724 do Supremo Tribunal Federal: aplicado nas atividades principais de tais entidades”. O presente posicionamento é o mesmo aplicado para a imunidade dos templos de qualquer culto, consubstanciado na idéia de que ainda que o patrimônio não seja diretamente explorado para a exigência constitucional. A imunidade tributária tem raiz constitucional, pois interfere na própria competência do ente tributante. Este instituto tem o poder de retirar do âmbito de competência de um ente determinadas situações jurídicas, as blindando da possibilidade de serem tributadas. A imunidade se diferencia da isenção, pois atua no plano da competência tributária, tendo previsão constitucional; enquanto que a isenção atua no plano do exercício da competência tributária e tem sede infraconstitucional, excluindo o crédito tributário. Por atuar no plano da competência tributária, revelando-se autêntica limitação ao poder de tributar, as suas situações têm que vir expressamente consignadas no texto constitucional. Neste diapasão, observamos que as imunidades tributárias estão espalhadas por toda a Constituição Federal, mas a sua maior concentração é no art. 150, situado topologicamente na seção “das limitações ao poder de tributar”. Para tratar minudentemente de cada uma das situações de imunidade tributária seria preciso escrever um livro, dada a riqueza de discussões acerca do tema, não só pela doutrina pátria, mas, decisões do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça é imprescindível para uma melhor compreensão do instituto, seu alcance e sua aplicabilidade prática. Assim, o estudo da imunidade tributária não se esgota com a leitura isolada de artigos ou livros, estes são apenas pequenas peças de um grande quebra-cabeça de um dos mais intrigantes institutos do universo jurídico, tendo este artigo uma participação mínima na compreensão do todo. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR-6023 – Informação e documentação – Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro – 15ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2009. ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária - 6ª ed., 9ª tiragem – Malheiros Editores – São Paulo - 2009. ALEXANDRE, Ricardo. – 3ª ed. – rev., atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: Método, 2009. ALEXANDRINO, Marcelo e PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado – 17ª ed. – rev., atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: Método, 2009. ALEXANDRINO, Marcelo e PAULO, Vicente. 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Especialista em Direito Processual Civil. Aula 11 - Direito Tributário - Impostos em Espécie - Imunidades - Parte 1. Disponível em <https://www. youtube.com/watch?v=CLizvr0AQ_0>. Direito Tributário - Imunidades Tributárias - Profa. Lilían Souza. Disponível em <https://www.youtube.com/ watch?v=lV06wCSyspA>. Vale a pena assistir Vale a pena Minhas anotações 98
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