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Balanço Patrimonial: Conceito, Importância e Estrutura

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1 
 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 
2 
 
1. BALANÇO PATRIMONIAL 
 
1.1 Conceito 
 
O Balanço Patrimonial (BP) é a principal Demonstração Financeira existente (relatório 
contábil obrigatório por Lei). Ele mostra como de fato está o Patrimônio da 
empresa, refletindo sua posição financeira em um determinado momento (no fim do ano ou 
em qualquer data predeterminada). 
No Balanço, o Patrimônio se encontra em equilíbrio, equilibra os bens e direitos com as 
obrigações e as participações dos acionistas. Desta forma, ele é a igualdade patrimonial. O 
BP mostra o Patrimônio da entidade tanto quantitativa quanto qualitativamente (apresenta 
cada item que faz parte do Patrimônio e quanto se tem de cada um). 
 
O termo "Balanço" origina-se do equilíbrio Ativo = 
Passivo + PL; Aplicações = Origens; Bens + Direitos = 
Obrigações. Parte da ideia de uma balança de dois 
pratos, onde sempre há a igualdade de um lado com o 
outro (se não estiver em igualdade, significa que há erros 
na contabilidade da entidade). É formado pelo ATIVO, 
que são os bens e direitos em posse da empresa, e o 
PASSIVO que é formado pelas dívidas de curto prazo 
(aquelas que devem ser pagas em até 12 meses) e de longo prazo (aquelas que serão 
pagas por mais de 12 meses), lembre-se que quanto maior o seu patrimônio líquido, maior 
será a sua riqueza. 
O BP demonstra, de maneira organizada, quais são (aspecto qualitativo) e quanto valem 
(aspecto quantitativo) os bens, direitos e obrigações. 
Ou seja, o BP é a demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a situação 
patrimonial da empresa em um dado momento. É a demonstração contábil destinada a 
evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e 
financeira da entidade. 
1.2 A Importância do Balanço 
A grande importância do Balanço reside na visão que ele dá das aplicações de recursos 
feitas pela empresa (Ativos) e quantos desses recursos são devidos a terceiros (Passivos). 
Isso evidencia o nível de endividamento, a liquidez da empresa, a proporção do capital 
próprio (Patrimônio Líquido) e outras análises a serem vistas em Análise de Balanços. 
Saiba que a visão de dois balanços consecutivos mostra facilmente a movimentação 
ocorrida no período e como a estrutura patrimonial e financeira se modificou ao período. 
 
 
http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/patrimonio.php
 
 
3 
 
 
1.3 Elaboração e Publicação 
 
O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no 
estatuto (Lei das Sociedades Anônimas nº 6.404/76, art. 175). Na constituição da 
companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração 
diversa (LSA, art. 175, parágrafo único). 
 
Ao término do exercício, as companhias devem fazer com que sejam publicadas as suas 
demonstrações contábeis. 
 
Não há exigência de que o exercício social se inicie em 01 de janeiro e termine em 31 
de dezembro. Todavia, por questões fiscais, é muito difícil que na prática as sociedades 
adotem data diversa. Mas, repetimos, para concursos, o exercício pode começar e terminar 
em qualquer dia do ano. Cuidado! Tenha atenção com questões que dizem ser a duração 
do exercício social de 12 meses, juridicamente falando, 12 meses e 1 ano são termos 
distintos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo o artigo 176, parágrafo primeiro, as demonstrações de cada exercício serão 
publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do 
exercício anterior. 
 
Ainda conforme o teor do art. 176, no seu § 2º: 
“§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos 
saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 
(um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de 
designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".” 
 
A finalidade de tal dispositivo é de facilitar o entendimento das demonstrações contábeis, 
evitando que o excesso de detalhes prejudique o entendimento. 
 
As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por 
contabilistas legalmente habilitados (LSA, art. 177, §4º). Veja que este inciso estabelece 
que as demonstrações financeiras são assinadas por contabilista legalmente habilitado (e 
não contador). A expressão contabilista abrange tanto o técnico em contabilidade, como o 
bacharel em ciências contábeis. 
 
Exercício 
Social 
Duração de 1 ano 
Data do término 
fixada no estatuto 
Constituição e 
alteração pode ser 
diferente 
 
 
4 
 
 
LEMBRE-SE! As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros 
quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da 
situação patrimonial e dos resultados do exercício (LSA, art. 176, parágrafo quarto). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. ESTRUTURA 
 
Antes de esclarecer o assunto referente a cada um dos grupos patrimoniais que compõem 
o BP, veja como ele se divide: 
 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
 Patrimônio Líquido 
 
Em resumo, o balanço patrimonial possui três grandes classes de contas: ATIVO, 
PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Têm em sua constituição duas colunas: a coluna do 
lado esquerdo é a do Ativo e a coluna do lado direito é a do Passivo (determinado por 
convenção). 
No lado esquerdo são discriminados os bens e direitos, especificando-se qualitativamente 
cada componente e indicando seu valor monetário (aspecto quantitativo). No lado 
direito são discriminadas as obrigações (dívidas) que a empresa possui para com 
terceiros, por sua natureza e por sua expressão monetária. 
Para Recordar... 
 
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de 
eventos passados e do qual se espera que resultem futuros 
benefícios econômicos para a entidade; 
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos 
já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de 
recursos capazes de gerar benefícios econômicos; 
Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois 
de deduzidos todos os seus passivos. 
 
 
5 
 
Também no lado direito são discriminadas as contas do Patrimônio Líquido, sendo as 
obrigações para com a empresa. São os recursos que os acionistas, sócios investiram na 
entidade. 
 
 
Veja alguns conceitos de extrema importância: 
• Curto prazo - Todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de 
conversão e as obrigações com vencimento até o término do exercício social 
(ano) seguinte. OBS.: pode acontecer de a entidade ter o ciclo operacional com 
duração maior do que o período de 12 meses, dessa forma a classificação como 
curto ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. 
• Longo prazo - Todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de 
conversão e as obrigações com vencimento após o término do exercício social 
(ano) seguinte. 
• Grau de liquidez - É o maior ou menor prazo no qual os Bens e 
os Direitos podem ser transformados em dinheiro. Ex.: conta Caixa é a de maior 
liquidez, por já ser dinheiro. Já a conta Veículos é de menor liquidez que a conta 
Caixa, pois demora mais para se transformar em dinheiro (primeiro precisa-se 
vender o veículo para depois ter o dinheiro em mãos). 
• Nível de exigibilidade - É o maior ou menor prazo existente para que 
as Obrigações sejam pagas. As contas que deverão ser pagas mais rapidamente 
(curto prazo) têm um maior nível de exigibilidade do que as contas que serão 
liquidadas (pagas) em um prazo maior (longo prazo). 
• Realizável - Representa tudo o que se pode mudar, converter, transformar em 
disponibilidade (dinheiro), sendo uma expressão usada no Ativo. Exemplo: uma 
duplicata de cliente é um direito realizável e em um determinado momento ela se 
transformará em dinheiro. 
 
 
 
 
 
6 
 
3. CLASSIFICAÇÃO DAS CONTASNO BALANÇO PATRIMONIAL 
As contas do Ativo encontram-se, como visto anteriormente, no lado esquerdo do Balanço 
Patrimonial e são classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez dos 
elementos patrimoniais que representam. Ou seja, de acordo com a rapidez com que 
podem ser convertidas em dinheiro (ordem de liquidar as dívidas, de pagar os 
compromissos). Os itens de maior liquidez aparecem no começo do Ativo, já os de menor 
liquidez aparecem em último lugar. 
As contas do Passivo encontram-se discriminadas no lado direito do Balanço Patrimonial e 
são classificadas segundo a ordem decrescente de exigibilidade. As contas são 
originadas de recursos de terceiros e são classificadas de acordo com o seu vencimento, 
isto é, aquelas contas que serão liquidadas mais rapidamente (curto prazo) aparecem no 
topo da coluna do Passivo, e as que serão pagas em um prazo maior (longo prazo) 
aparecem mais para o final. 
Já no Patrimônio Líquido (PL) (que faz parte do Passivo), também do lado direito do 
Balanço Patrimonial, as contas são originadas de recursos próprios, como investimentos 
feitos pelos proprietários (dinheiro aplicado) para abertura da empresa, por reserva de 
lucros, prejuízos ou lucros acumulados, etc. Quando o saldo do PL aumenta, significa que 
a empresa ficou mais rica. Quando o saldo do PL diminui, significa que ela ficou mais 
pobre. 
De acordo com o artigo 178 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), as contas são 
classificadas nos seguintes grupos, segundo os elementos do patrimônio que representam: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado Patrimônio Líquido 
Intangível Capital Social 
 Reservas de Capital 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 Reserva de Lucros 
 Ações em Tesouraria 
 Prejuízos Acumulados 
TOTAL DO ATIVO R$ TOTAL DO PASSIVO R$ 
O artigo 179 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) é referente à classificação 
das contas. Porém, podemos classificá-las da seguinte forma para um melhor 
entendimento: 
 
 
 
7 
 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Disponibilidades Fornecedores 
Créditos Obrigações Trabalhistas 
Estoques Empréstimos e Financiamentos (Curto 
Prazo) 
Outros Créditos Obrigações Tributárias 
Despesas Antecipadas Provisões e encargos das provisões 
 Outras Obrigações 
 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
Ativo Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado Patrimônio Líquido 
Intangível Capital Social 
 Reservas de Capital 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 Reserva de Lucros 
 Ações em Tesouraria 
 Prejuízos Acumulados 
TOTAL DO ATIVO R$ TOTAL DO PASSIVO R$ 
 
4. ATIVO 
 O Ativo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende o conjunto de Bens e Direitos da 
organização (entidade, empresa), possuindo valores econômicos e podendo ser convertido 
em dinheiro (proporcionando ganho para a empresa). 
É a parte positiva da posição patrimonial e identifica onde os recursos foram aplicados. 
Representa os benefícios presentes e futuros para a empresa. 
As contas são classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez (de acordo com 
a rapidez com que podem ser convertidas em dinheiro). É um recurso controlado pela 
entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem, no futuro, 
benefícios econômicos para a entidade. Ou seja, deve ser compreendido como o conjunto 
de recursos financeiros e econômicos que são administrados de forma a gerarem mais 
recursos financeiros e econômicos. A finalidade de uma empresa é o lucro, e o Ativo é a 
aplicação de bens e direitos de modo a produzir lucro.Veja: 
 
 
 
8 
 
Para que algo possa ser considerado um ativo, é necessário que ele cumpra quatro 
requisitos: 
1. Constituir bem ou direito para a empresa; 
2. Ser de propriedade, posse ou controle da sociedade; 
3. Ser mensurável monetariamente, e 
4. Trazer benefícios (ou expectativa de benefícios) para a empresa. 
O dinheiro é ativo por excelência, pois é o meio de troca da economia e sua liquidez é 
plena. 
 As contas deste grupo não se encerram com a apuração do resultado do exercício e 
podem ser debitadas ou creditadas, sendo o saldo sempre devedor (com exceção 
das Contas redutoras do ativo). E, como você já sabe, o Ativo se divide em duas partes: 
Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. 
4.1 Ativo Circulante 
O Ativo Circulante agrupa dinheiro e tudo o que será transformado em dinheiro 
rapidamente. São contas que estão constantemente em giro, movimento, circulação. Neste 
grupo são registrados os bens e direitos que a empresa consegue realizar (transformar) em 
dinheiro até o final do exercício seguinte, ou seja, no curto prazo. 
Segundo a Lei 6.404: 
“Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício 
social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;” 
Agora, vamos analisar a parte conceitual dos grupos do Ativo Circulante: 
➢ DISPONIBILIDADES: Compreendem valores existentes em Caixa e Bancos, assim 
como as aplicações de curtíssimo prazo e liquidez absoluta. Significa o que está 
disponível para a empresa, podendo ser utilizado a qualquer momento e para 
qualquer fim. As contas deste grupo estão a todo instante sendo movimentadas 
(entra e sai dinheiro). São elas: 
- Caixa: dinheiro existente (em espécie) na empresa, sendo o item de maior liquidez 
(rapidez com que pode ser convertido em dinheiro). Quando for necessário usar este 
dinheiro, ele estará à disposição na própria empresa. 
- Banco conta movimento: nessa conta são registrados os recursos 
depositados em contas-correntes de livre movimentação. As contas de livre 
movimentação são as contas bancárias cujo saldo pode ser sacado 
imediatamente pelo cliente, no todo ou em parte. São as contas que a 
empresa usa para fins de compras (com cheque ou cartão), vendas (recebimentos de 
http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP_ativo8.php
http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP_ativo8.php
 
 
9 
 
compras parceladas), empréstimos, etc. 
OBS.: Também pode existir a conta Poupança (se a empresa tiver). 
- Aplicações financeiras: a curto prazo, representam os 
investimentos efetuados pela empresa em títulos de liquidação 
imediata (que sejam prontamente conversíveis em dinheiro). Ou 
seja, são investimentos por um curto período, pois assim que a 
empresa necessitar do dinheiro, ela pode se desfazer da 
aplicação e usá-lo. 
 
 - Aplicações com rendimentos prefixados: a empresa fica 
sabendo, no dia da aplicação, o valor dos seus rendimentos, que correspondem à 
correção monetária prefixada mais os juros. 
 
 - Aplicações com rendimentos pós-fixados: a empresa somente fica sabendo quanto 
ganhou com a operação no dia do seu resgate. 
- Depósitos bancários à vista: para cheques e/ou transferências que entrarão na conta da 
➢ CRÉDITOS: São direitos que a empresa tem a receber. 
Fazem parte deste grupo as contas: 
- Duplicatas a receber ou Clientes: valores a receber decorrentes das vendas efetuadas 
pela empresa. Esta conta é usada quando o cliente compra e leva o produto ainda sem ter 
pago o valor total que deve (compra a crédito com cartão ou com cheque pré-datado, 
compra parcelada a curto prazo). Ou seja, são valores ainda não recebidos decorrentes de 
vendas de mercadorias. 
- Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa : conta redutora do ativo. 
- Títulos a receber: são representados, na maioria das vezes, por notas promissórias. 
Esses títulos podem ser originários de duplicatas não pagas no vencimento, cujos valores 
renegociados passam a ser representados por notas promissórias ou por outro título 
equivalente com prazo de vencimentodilatado, conforme acordo entre as partes. 
Representam também valores de empréstimos a receber de terceiros e de vendas não 
ligadas às operações normais da empresa, tais como vendas de investimentos como 
ações, debêntures, imóveis, etc. 
- Outras contas a receber: são valores ainda não recebidos, decorrentes da prestação de 
serviços a prazo (no curto prazo). São os serviços prestados e ainda não faturados, sendo 
um direito a receber que a empresa possui. Fazem parte as contas: 
 1) Juros a receber: são os juros a receber de terceiros originários de empréstimos, bem 
como de outras operações nas quais os juros não sejam agregados aos próprios títulos. 
 
 
10 
 
2) Adiantamento a fornecedores: os adiantamentos efetuados a fornecedores de 
matéria-prima ou produto para revenda são registrados nessa conta. OBS.: A baixa será 
efetuada por ocasião do efetivo recebimento, registrando-se o custo total na 
correspondente conta de Estoques, e caso haja saldo a pagar, na conta Fornecedores, no 
passivo circulante. 
➢ ESTOQUES: São as mercadorias para serem revendidas que a empresa possui. 
Essa conta registra o valor dos estoques na data do fechamento do balanço. Veja 
algumas contas deste grupo: 
- Estoque de produtos acabados: produtos cujo processo de fabricação foi concluído e já 
se encontram em condições de venda. 
- Estoque de mercadorias para revenda: compreende as 
mercadorias adquiridas para comercialização. 
- Estoque de produtos em elaboração: são classificados todos os 
produtos que, no fechamento do balanço, ainda se encontram em 
fase de produção. Compreende todos os custos aplicados nesses 
produtos. 
- Estoque de matéria-prima: quando se trata de produtos que ainda não tenham sofrido 
qualquer tipo de uso para produção de novos produtos. No comércio, esse estoque é 
chamado de Material de Revenda. 
- Estoque de materiais: compreende todo tipo de material existente na empresa, tanto 
aquele que se incorpora ao produto como aquele auxiliar da produção, administração e 
entregas. 
OBS.: a conta Estoque de materiais pode ser dividida em outras contas, como por 
exemplo: 
 Estoque de matéria-prima 
 Estoque de materiais secundários 
 Estoque de embalagens 
 Estoque de peças para reposição. 
➢ OUTROS CRÉDITOS: São as contas a receber que não se enquadram nos grupos 
anteriores, sendo contas de curto prazo, assim como as demais do Ativo 
Circulante. Deve-se observar a relevância de cada conta do balanço e decidir se 
vale a pena considerá-las como um item isolado ou não. Se não, deve-se agrupá-las 
com outras contas. A não ser em casos especiais, nenhum item com menos de 5% 
do ativo circulante precisa ser destacado. Acima de 10%, convém refletir sobre a 
necessidade de destacá-lo ou não e com mais de 20% certamente deve ser 
destacado. Essa não é, contudo, uma regra fixa. É apenas uma sugestão geral que 
precisa ser analisada em cada caso. Fazem parte deste grupo: 
 
 
11 
 
- Impostos a recuperar: impostos pagos no ato da compra de mercadorias, incidentes 
sobre as compras realizadas. Denomina-se a recuperar, pois quando ocorrer a vendas das 
mercadorias, o valor de imposto pago será reduzido dos Impostos a recolher (referente à 
venda de mercadorias). Desta forma, a empresa pagará apenas a diferença de valor, 
diminuindo o imposto das compras do imposto das vendas. São contas de impostos a 
recuperar: 
ICMS a recuperar 
PIS a recuperar 
COFINS a recuperar 
IPI a recuperar 
 
OBS.: A empresa apenas não irá recuperar o imposto quando o valor de compras for maior 
que o valor de vendas (o que raramente acontece). 
- Adiantamento a terceiros: pagamentos ou parcelas de pagamentos antecipadas a 
terceiros, mas sem vinculação específica ao fornecimento de bens, produtos ou serviços 
predeterminados. Ou seja, se for adiantamento relacionado a produtos para revenda ou 
que fazem parte do produto, se classificará na conta Adiantamento a fornecedores. Já os 
demais adiantamentos, de coisas que a empresa adquire (sem um tipo determinado), 
classifica-se nesta conta. 
- Adiantamento a funcionários: nesta conta devemos juntar todas as operações de 
créditos a funcionários por adiantamentos concedidos por conta de salários, de despesas, 
de empréstimos e outros. Quando chegar o dia de pagamento de cada um destes itens, o 
valor que constar de adiantamento deverá ser reduzido do valor a ser pago pela empresa. 
São contas de adiantamento a funcionários: 
 Adiantamento para viagens 
 Adiantamento de salários 
 Adiantamento de 13º salário 
 Adiantamento de férias 
 
- Aluguéis ativos a receber: valor de aluguel que a empresa tem a receber, sendo um 
direito. 
➢ DESPESAS ANTECIPADAS: Aqui são classificadas as aplicações de recursos em 
despesas cujos benefícios para a empresa ocorrerão no exercício seguinte. Ou seja, 
são valores relativos a despesas já pagas e que beneficiarão o exercício seguinte 
aquele da data de encerramento do balanço (contas realizadas em 
aproximadamente 12 meses, dependendo do ciclo operacional da empresa). 
São despesas a vencer, a apropriar, a transcorrer, antecipadas. Elas serão futuramente 
apropriadas decorrente dos pagamentos feitos antecipadamente, sendo direitos da 
empresa. 
 
 
12 
 
OBS.: Por se tratar de aplicação antecipada de recursos financeiros em despesas a serem 
incorridas no exercício seguinte, a sua apropriação às contas de resultado terá lugar à 
medida que os benefícios forem auferidos (obtidos). Contas que fazem parte deste grupo: 
- Prêmio de seguros a vencer (ou a apropriar): quando a empresa faz um contrato de 
seguro, o segurador se obriga com a segurada mediante pagamento de um prêmio, a 
indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos futuros, previstos no contrato. Ex.: Seguro de 
vida dos funcionários, Seguro de automóvel, Seguro da empresa, etc. 
- Aluguéis passivos a vencer (ou a apropriar): pagamento antecipado de aluguéis pela 
empresa, mas que ainda não foram usados pelo tempo contratado. Sendo assim, é direito 
da empresa usufruir dos aluguéis pelo tempo que foram pagos. 
 
OBS.: Tem a denominação “passivos”, pois é uma conta que se relaciona a eventos que 
importam em redução do patrimônio da entidade. Por isso, é uma conta de despesa. 
- Assinaturas e anuidades a apropriar: são títulos de assinaturas que a empresa compra 
por "x" meses ou por um ano, seja de jornais, revistas, TV a cabo, etc. 
- Antecipação de comissões e prêmios: referente as comissões e prêmios recebidos 
pela venda de contratos, venda de produtos, etc. 
- Juros passivos a vencer: são juros diversos pagos antecipadamente pela empresa. A 
realização é proporcional ao tempo. Aparece, por exemplo, em empréstimos bancários 
feitos pela empresa, como encargo financeiro. Ex.: Juros de 3% ao semestre. 
 
OBS.: Assim como na conta Aluguéis passivos a vencer, tem a 
denominação passivos pois é uma conta que se relaciona a eventos que importam em 
redução do patrimônio da entidade, sendo uma conta de despesa. 
- Variações monetárias passivas a vencer: quando a empresa faz um empréstimo 
bancário, há encargos financeiros que deverão ser realizados (pagos) de acordo com o 
contrato firmado (realização proporcional ao tempo). É o caso das variações monetárias 
passivas a vencer. 
 
4.2 Ativo Não Circulante 
Nesse subgrupo, são registrados os direitos que serão realizados (transformados em 
dinheiro) após o final do exercício seguinte (longo prazo), assim como os bens de uso 
(veículos, máquinas, etc.) e de renda da empresa (aluguéis, imóveis para vendas, etc.). 
Ou seja, no Não Circulante são incluídos todos os bens de natureza duradoura destinados 
ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos 
exercidos com essa finalidade. 
 
 
13 
 
O Ativo Não Circulante está dividido em 4 grupos: Realizável a longo prazo, Investimentos, 
Imobilizadoe Intangível. 
4.2.1 Realizável a longo prazo 
São classificados neste grupo as contas de bens e direitos da empresa cujas realizações 
se darão no longo prazo (após o término do exercício seguinte). Também estão 
inseridas neste grupo as contas de direitos sem prazo de vencimento. Ou seja, quando não 
se determina o prazo de vencimento do direito, em contabilidade, entende-se como de 
longo prazo. São contas de natureza devedora, assim como as do Ativo Circulante. 
Segundo o inciso II do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas no Ativo Realizável a Longo 
Prazo serão classificadas do seguinte modo: 
"Os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os 
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou 
controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da 
companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da 
companhia.” 
Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não 
circulante realizável a longo prazo é composto por: 
 
a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte; 
b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou 
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores 
(administradores em geral), acionistas (ou sócios), ou participantes no lucro da companhia, 
que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia. 
 
Como exemplo do item a), temos: 
 
• O balanço é elaborado ao término do exercício social, vamos supor, 31.12.2013. O 
exercício social seguinte é 2014. Os direitos a receber em 2015 e exercícios 
posteriores são classificados no ANC – RLP. Esses direitos também podem ser 
reais (animais em criação ou bens que exijam longo período de produção) ou 
pessoais (duplicatas a receber). 
 
• Quanto ao item b), deve-se ficar atento para que os três requisitos sejam atendidos, 
a espécie do direito, a operação ser não usual e pessoa ligada (devedor). Caso não 
se perfaçam o crédito deve ser classificado conforme o prazo. 
São algumas contas existentes deste grupo: 
- Aplicações financeiras de longo prazo: aplicações que a empresa faz, mas que só terá 
o direito de retirar o dinheiro aplicado após um prazo de 12 meses. Ex.: Aplicação 
financeira de 18 meses. 
 
 
14 
 
- Depósitos bancários a longo prazo: cheques e/ou transferências a receber que 
entrarão na conta da empresa a longo prazo (após o período de 12 meses ou dependendo 
do ciclo operacional da empresa, se este for superior a 12 meses). 
- Duplicatas a receber de longo prazo: também conhecida como Clientes de longo prazo, 
são valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela empresa a longo 
prazo. Ex.: Um cliente comprou uma mercadoria no valor de R$3.600,00 e parcelou-a em 
36 vezes, sendo cada parcela de R$100,00. Uma parte destas parcelas será classificada 
na conta Duplicatas a receber de curto prazo, já a outra parte será classificada na 
conta Duplicatas a receber de longo prazo (pois serão pagas após o final do exercício 
seguinte). 
- Despesas antecipadas de longo prazo: tem a mesma função que as despesas 
antecipadas do Ativo circulante, porém, as que aqui são classificadas, irão trazer benefícios 
para a empresa somente após o final do exercício seguinte (no longo prazo). Elas serão 
futuramente apropriadas decorrentes dos pagamentos feitos antecipadamente, 
sendo direitos da empresa. 
- Empréstimos, adiantamentos ou vendas: independentemente do prazo de realização, 
por determinação legal, devem ser classificados no Realizável a longo prazo os valores a 
receber (desde que não constituam negócios usuais na exploração do objeto da empresa) 
provenientes de: 
 Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sociedades coligadas 
 Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sociedades controladas 
 Empréstimos, adiantamentos ou vendas a diretores 
 Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sócios 
 Empréstimos, adiantamentos ou vendas a acionistas 
 Empréstimos, adiantamentos ou vendas a participantes no lucro da companhia 
 
OBS.: No caso dos empréstimos, eles apenas serão classificados de acordo com a 
operação (Ativo Circulante se for receber até o final do curto prazo ou Ativo Realizável a 
Longo Prazo se for receber após o término do curto prazo) se a atividade da empresa que 
fez o empréstimo for efetivamente essa, ou seja, de fazer empréstimos, pois este é o 
produto que ela oferece. Ex.: Financeiras, bancos, etc. 
- Empréstimo compulsório: é um tributo estabelecido por lei, onde o contribuinte adquire 
uma determinada quantia de dinheiro em forma de empréstimo para depois resgatá-lo, 
conforme as determinações estabelecidas por lei. Serve para atender a situações 
excepcionais, e só pode ser instituído pela União. 
 
OBS.: O Empréstimo compulsório está previsto no Artigo 15 do Código Tributário 
Nacional, onde diz: 
 
 
15 
 
 "Somente a União nos seguintes casos excepcional, pode instituir empréstimos 
compulsórios: 
I – guerra externa, ou sua iminência; 
II – calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos 
orçamentários disponíveis; 
III – conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.” 
 
Cabe ressaltar o que diz o Artigo 148 da Constituição Federal: 
 
"A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.” 
- Empréstimo para incentivo fiscal: incentivo fiscal é um mecanismo pelo qual o governo 
estimula a parceria público-privada para o financiamento de projetos. Sendo assim, o 
governo abre mão do recebimento de um imposto (podendo ser uma redução de alíquota, 
isenção, compensação, etc.) e permite que o pagador (empresa) invista diretamente em 
atividades que geram algum tipo de ganho social. 
4.2.2 Investimentos 
No grupo Investimentos são classificadas as participações e aplicações financeiras de 
caráter permanente, com o objetivo de gerar rendimentos para a empresa de forma que 
esses bens e direitos não sejam destinados à manutenção das atividades normais da 
companhia. 
Segundo o inciso III do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas do grupo Investimentos serão 
classificadas da seguinte forma: 
"As participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer 
natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção 
da atividade da companhia ou da empresa.” 
Portanto, neste subgrupo classificam-se as participações permanentes em outras 
sociedades, isto é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter não seja o 
especulativo. Esses investimentos podem ser avaliados por dois métodos: o método de 
custo e o método da equivalência patrimonial. 
 
Ainda, são classificáveis como Ativo não Circulante – Investimentos, os direitos que não 
sejam classificáveis em outros grupos. Os exemplos clássicos são: obras de arte, casas e 
edificações mantidas para aluguel e terrenos. 
 
 
16 
 
Veja algumas contas que fazem parte deste grupo: 
- Obras de arte: as obras de arte existentes na empresa são um tipo de investimento, 
sendo elas desvinculadas da atividade principal da empresa. Para que uma obra de arte 
seja classificada como investimento, a empresa não deve ter a intenção de vendê-la 
OBS.: Poderá haver na empresa outros tipos de investimentos, como por exemplo, 
antiguidades (quadros, cerâmicas, louças, estatuetas, antiguidades em ouro e prata, etc.). 
Todos estes investimentos poderão, em um futuro ainda não previsto, gerar renda caso a 
empresaopte por colocá-los a venda. 
 
Caso a empresa venha a ter intenção de vender algum bem ou direito não relacionado a 
atividade da empresa e saiba quando pretende colocá-lo a venda (no curto ou longo 
prazo), deverá classificar o bem no Ativo circulante (se for no curto prazo) ou no Realizável 
a longo prazo (se for no longo prazo), não sendo mais classificado no grupo Investimentos. 
- Investimento em ouro: uma forma de investimento (aplicação) que tem por objetivo 
gerar lucro para a empresa. 
- Propriedades para investimento: também conhecido como bens de renda, são usadas 
como forma de gerar renda (lucro) para a empresa, sendo propriedades que não são 
utilizadas para o desenvolvimento de atividades da própria companhia. Ex.: Imóveis 
alugados a terceiros, terrenos alugados e edificações alugadas. 
- Participações societárias: são participações (investimentos) em outras sociedades 
(coligadas e controladas) que não são destinadas à venda. A empresa não deve ter a 
intenção de se desfazer destes investimentos em um horizonte previsível. Ou seja, são 
participações em outras empresas obtidas com o objetivo de mantê-las em caráter 
permanente para se obter o controle societário ou por interesses econômicos, como por 
exemplo, fonte permanente de renda. Se a empresa comprar a participação esperando sua 
valorização para vendê-la, ela deve ser registrada no Realizável a longo prazo. São elas: 
 
- Investimentos em Coligadas: uma sociedade é considerada Coligada quando a 
empresa investidora possui influência significativa na administração dela mas não a 
controla. A lei não estabelece um percentual mínimo, mas ela prevê que toda participação 
acima de 20% é significativa o suficiente para ser considerada uma Coligada. 
OBS.: Percentuais menores de participação podem levar uma sociedade a ser considerada 
coligada, bastando que a empresa detenha ou exerça o poder de participação nas 
decisões das políticas financeiras ou operacionais da investida, sem controlá-la. 
 - Investimentos em Controladas: quando a empresa investidora controla uma 
companhia na qual ela participa, esta é chamada de Controlada. Ou seja, é uma sociedade 
controladora aquela que, direta ou indiretamente, for titular dos direitos acionários que 
assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais, bem como o 
poder de eleger a maioria dos administradores (conselho de administração e diretores), 
 
 
17 
 
tomando as principais decisões na vida da empresa (este poder fica assegurado quando a 
empresa investidora possui mais de 50% do capital votante da investida). 
OBS.: Se todas as ações de uma empresa pertencerem à outra, ela não é apenas 
controlada. Ela passa a ser uma subsidiária integral (empresa cujo capital pertence). 
 
4.2.3 Imobilizado 
 
No Imobilizado são classificados os bens e direitos de natureza permanente que serão 
utilizados para a manutenção das atividades normais da empresa, servindo para a sua 
estrutura e funcionamento. A empresa não pretende vender os seus bens e direitos, ou 
seja, não há intenção de transformá-los em dinheiro. Caracterizam-se por se apresentarem 
na forma tangível (bens corpóreos). 
 
OBS.: Bens corpóreos, tangíveis ou materiais são os bens que constituem uma forma 
física, bens concretos, que podem ser tocados. 
Segundo o inciso IV do artigo 179 da Lei 6.404/76 (redação dada pela Lei nº 11.638/07), as 
contas do Ativo Imobilizado serão classificadas da seguinte forma: 
"Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das 
atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive 
os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e 
controle desses bens.” 
Já a definição de Ativo Imobilizado no CPC 27 é: 
Ativo imobilizado é o item tangível que: 
 
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, 
para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e 
 
(b) se espera utilizar por mais de um período. 
 
 
 
18 
 
 
São contas do grupo Imobilizado: 
- Imóveis: são os imóveis que fazem parte da empresa e que podem ser usados para o 
desenvolvimento das atividades necessárias. Como por exemplo: 
• Terrenos: terrenos de uso da empresa. 
• Edificações: são construções de uma forma geral, como por exemplo, casas, 
prédios, viadutos e indústrias. É uma forma genérica de se referir às construções. 
- Máquinas e equipamentos: são as máquinas e equipamentos que a empresa usa para 
desenvolver as suas atividades. 
- Móveis e utensílios: são os móveis e utensílios usados na companhia, como por 
exemplo, as mesas e cadeiras da sala da administração de uma empresa, os utensílios de 
uma empresa de restaurante (garfos, facas, pratos, colheres), entre outros. 
- Veículos: são os carros, motos, camionetes, caminhões, etc. que são usados para o 
desenvolvimento da companhia, seja para entrega de produtos, deslocamento dos 
funcionários e para qualquer outra atividade da empresa. 
- Minas e jazidas: exploração de minas e jazidas de minério e pedras preciosas, por 
exemplo, de uma empresa que trabalha com este devido fim. 
- (-) Depreciação acumulada: conta redutora do ativo. 
- (-) Exaustão acumulada: conta redutora do ativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
4.2.4 Intangível 
São Intangíveis os bens que não podem ser tocados ou vistos, já que são incorpóreos 
(não tem corpo). Eles possuem valor econômico, mas carecem de substância física 
(material), tendo o valor patrimonial nos direitos de propriedade imaterial que são 
conferidos a seus possuidores. 
Segundo o inciso VI do artigo 179 da Lei 6.404/76 (incluído pela Lei nº 
11.638/07), as contas no Intangível serão classificadas da seguinte 
forma: 
"Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à 
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive o fundo de comércio adquirido.” 
Ativo Intangível – Lei 6.404/76 
Direitos que tenham por objeto bem 
incorpóreo 
Destinado à manutenção da companhia 
Ou exercício com essa finalidade 
Inclusive o fundo de comércio adquirido 
Por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), o CPC 04 que trata de Ativos 
Intangíveis foi aprovado. Esta norma diz que as entidades devem seguir as novas 
definições para o novo tratamento contábil dos ativos intangíveis, assim como também 
seguir os critérios para seu o reconhecimento e mensuração, bem como analisar e efetuar 
as divulgações específicas referentes a esses ativos (empresa deve reconhecer um ativo 
intangível somente se determinados critérios forem atendidos, além de especificar como 
devem ser avaliados e quais são as divulgações necessárias para esse novo subgrupo do 
Ativo). 
Em resumo, o conceito de ativo intangível de acordo com a norma é: 
“Ativo Intangível é um ativo não monetário, identificável e sem substância física.” 
Os exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são: softwares, 
patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de clientes, direitos 
sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação, franquias, relacionamentos com 
clientes ou fornecedores 
OBS.: O Intangível passou a existir e fazer parte do Balanço Patrimonial com a chegada da 
Lei 11.638 de 2007. 
 
 
http://www.cvm.gov.br/port/infos/deli553%20-%20sum%C3%A1rio%20(CPC04).pdf
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso um item não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição 
ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido. No entanto, 
se o item for adquirido em uma combinação de negócios, passa a fazer parte do ágio 
derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido na data da 
aquisição. 
 
O ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela compra de 
um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de seus ativoslíquidos. 
Vejamos um exemplo. Suponha que uma empresa seja avaliada pelo valor de mercado em 
$ 100.000. Todavia, um comprador, interessado no negócio, examinando a situação da 
empresa resolve pagar $ 120.000. Nesta situação temos um goodwill de $ 20.000. Não 
podemos identificar individualmente os itens que compõem este ágio. O ágio, neste caso, 
pode ser considerado como o somatório de vários itens não identificáveis como, por 
exemplo, capital intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes. 
No intangível serão lançadas todas as aplicações em conhecimento técnico (investimentos 
na formação dos participantes da empresa, bolsas de estudos, etc.). Lançamos também o 
valor referente ao goodwill (fundo de comércio) adquirido junto a terceiros. 
Goodwill é a capacidade que o empreendimento tem de gerar lucros. É o conjunto de 
características, qualidades e diferenciais de uma empresa expressos através de sua 
capacidade de produzir riquezas. São exemplos de características que compõe o goodwill: 
marcas registradas, conhecimento organizacional, credibilidade de mercado, etc. 
Uma das principais características do goodwill é a de que ele não está refletido no Balanço 
Patrimonial, não sendo depreciável ou amortizável. Devido a isso, quanto maior a 
identificação dos ativos intangíveis como marcas e patentes, na contabilidade menor será o 
valor do goodwill no momento de sua avaliação, e vice-versa, justamente porque ele não é 
identificável no balanço e os ativos intangíveis são (Marcas, Pesquisas e Desenvolvimento 
 
 
21 
 
e Goodwill são exemplos de ativos que não possuem existência limitada ou duração 
determinada). 
Teste de Impairment (Teste de Recuperabilidade): Tem por objetivo apresentar de forma 
prudente o valor real líquido de realização de um ativo. Esta realização pode ser de forma 
direta ou indireta, respectivamente, por meio de venda ou de utilização nas atividades. A 
essência do teste de recuperabilidade é evitar que um ativo esteja registrado por um valor 
maior que o valor recuperável. O teste busca verificar se o ativo não está desvalorizado em 
relação ao valor real. Um ativo estará desvalorizado quando o valor contábil registrado for 
maior que o valor recuperável, por venda ou por uso. 
 
4.2.5 Contas Redutoras do Ativo 
 
Também chamadas de retificadoras, as contas redutoras são contas que, embora 
apareçam num determinado grupo patrimonial (Ativo ou Passivo), têm saldo contrário em 
relação às demais contas desse grupo. Desse modo, uma conta redutora do Ativo terá 
natureza credora, bem como uma conta redutora do Passivo terá natureza devedora. As 
contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em que aparecem. A seguir, veremos 
algumas contas retificadoras do grupo Ativo: 
 
 
✓ Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) 
Quando uma empresa vende a prazo, ela corre o risco de receber ou não o dinheiro devido 
pelo cliente. Certamente, ela não irá receber 100% do valor em haver, ocorrendo assim à 
inadimplência. 
A Perda Estimada para Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) existe para reconhecer 
essa parcela que a empresa não receberá de forma onerosa em seu resultado, 
representando uma "perda" de valor nos seus títulos a receber, afetando o seu Patrimônio 
Líquido. Ou seja, é a parcela estimada pela empresa que não será recebida em 
decorrência dos maus pagadores. 
É uma conta de natureza credora, fazendo parte do Ativo Circulante, grupo 
Disponibilidades. É uma conta redutora, ou seja, entra com saldo negativo no Ativo, 
deduzindo os valores a receber dos clientes (conta Duplicatas a receber). 
 
 
 
 
 
 
22 
 
✓ Depreciação acumulada 
É a diminuição do valor de um bem, resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e 
obsolescência normal. Ou seja, é o motivo de perda de valor ao passar do tempo, por ter 
surgido um melhor (desvalorização). A depreciação é o registro da perda de materiais da 
empresa (desgaste de bens materiais/tangíveis). 
A depreciação ocorre apenas nos bens materiais classificados no Ativo Imobilizado e nos 
bens de renda classificados no grupo de Investimentos do Ativo Não Circulante (ex.: 
imóveis alugados). Ela pode ser calculada mensalmente ou no final do ano, por ocasião da 
Apuração do Resultado do Exercício (ARE). 
OBS.: Obsolescência se dá em função de novos inventos. Um bem obsoleto é um bem 
antiquado, ultrapassado, fora de moda (na Legislação Tributária é fixado métodos, prazos e 
critérios para tal). 
Taxa de depreciação: percentual fixado em função do tempo de vida útil do bem. 
Conta Taxa (ao ano) Vida útil 
Veículos 20% a.a. 5 anos 
Imóveis (prédios) 4% a.a. 25 anos 
Móveis e utensílios 10% a.a. 10 anos 
Computadores e periféricos 20% a.a. 5 anos 
Máquinas e equipamentos 10% a.a. 10 anos 
Terreno Não deprecia ----------- 
 
OBS.: Softwares têm taxa de AMORTIZAÇÃO de 50% a.a. (sofrem amortização e não 
depreciação). 
✓ Exaustão acumulada 
É a importância referente à diminuição do valor dos recursos naturais (minérios e outros), 
resultantes da sua exploração. Toda e qualquer jazida de minério possui uma capacidade 
produtiva, ou seja, uma produção limitada de minérios, e a exaustão é o valor da parcela 
que reduz essa produção. À medida que se extraem os minérios, a jazida vai se exaurindo. 
✓ Amortização acumulada 
É o valor correspondente à recuperação de um investimento feito em bens intangíveis, ou 
de valores aplicados em despesas que contribuam para a formação de resultados de mais 
de um exercício contábil e que serão lançados como custo ou encargo em cada exercício. 
Ou seja, é a perda do valor econômico do capital aplicado em bens intangíveis do Ativo, 
necessários a manutenção da empresa. É o desgaste de bens imateriais (tem o 
mesmo sentido que a depreciação). 
 
 
23 
 
Os principais bens sujeitos à amortização pertencem ao Ativo Não Circulante (grupo 
Imobilizado e Intangível). Ex.: marcas e patentes, ponto comercial ou fundo de comércio, 
benfeitorias executadas em prédios de terceiros, direitos autorais, etc. 
O valor total da amortização não poderá ser superior ao custo de aquisição do bem ou do 
direito. 
 
5. PASSIVO 
 
O conceito de passivo envolve todas as obrigações, dívidas e os deveres financeiros de 
uma empresa. Quando consideramos o patrimônio da organização – e seu Balanço 
Patrimonial -, os passivos são apresentados como a conta credora, ao contrário 
dos ativos, que formam a conta devedora. É comum ouvir falar em passivos, assim, no 
plural, seja porque a empresa possui mais de uma obrigação ou dever ou pelo fato de 
haver mais de uma classificação para os passivos. 
 
O Passivo faz parte das Contas Patrimoniais e 
compreende as obrigações da organização, 
entidade ou empresa para com terceiros, por sua 
natureza e por sua expressão monetária. 
Identifica a origem dos recursos aplicados. As contas 
representam os recursos de terceiros que foram 
usados e são classificadas segundo a ordem 
decrescente de exigibilidade (são classificadas de 
acordo com o seu vencimento, através do curto e longo 
prazo). Ou seja, o Passivo se classifica de acordo com o prazo de realização das 
obrigações. 
As contas do Passivo podem ser debitadas ou creditadas, mas o seu saldo será 
sempre credor, com exceção das contas redutoras do Passivo. Essas contas não se 
encerram com a apuração do resultado do exercício. 
O Passivo, como dito anteriormente, compreende as origens de recursos representados 
pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos 
para a sua liquidação. É uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida 
vencer, será exigida (reclamada) a liquidação da mesma. Por isso é mais adequado 
chamá-lo Passivo Exigível. 
O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não 
circulante. Segundo a Lei das Sociedades por Ações: 
 
“Art. 180. As obrigações da companhia,inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se 
vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento 
em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei.” 
http://www.blbbrasil.com.br/artigos/2015/05/18/ativos-fundamentais-para-a-empresa-e-variados-entre-si-html/
 
 
24 
 
 
Como exemplos de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para contingências, 
salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a recolher, duplicatas a 
pagar, fornecedores, entre outros. A definição prevista no CPC 00 para passivo é: 
 
“Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja 
liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar 
benefícios econômicos.” 
 
 
5.1 Passivo Circulante 
 
 
Neste grupo, classificam-se as contas que representam obrigações da empresa para com 
terceiros no curso do exercício seguinte. Ex.: Salários a Pagar, Fornecedores, Impostos a 
Pagar, Empréstimos Bancários etc. 
São as obrigações (dívidas) exigíveis que deverão ser pagas até o fim do exercício 
seguinte. 
Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para 
aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. 
No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a 
concepção terá por base o prazo desse ciclo. Veja algumas contas: 
Fornecedores 
Fornecedores, Duplicatas a pagar, Energia elétrica 
a pagar, Prêmio de seguros a pagar, Tributos a 
pagar. 
Obrigações Trabalhistas 
INSS a recolher/a pagar, FGTS a recolher/a pagar, 
Salários a pagar, Comissões a pagar. 
Empréstimos e Financiamentos Financiamentos a pagar, Empréstimos a pagar 
Obrigações Tributárias 
IRF a recolher (ou IRRF), IR a recolher/a pagar, ISS 
a pagar, COFINS a recolher, Impostos a recolher, 
ICMS a recolher, PIS a recolher, Impostos sobre 
vendas a pagar, CSLL a pagar, IRPJ a pagar. 
Provisões e Encargos das Provisões 
Provisão para 13º salário, Provisão de FGTS para 
13º salário, Provisão de INSS para 13º salário, 
Provisão de férias, etc. 
Outras Obrigações 
Juros ativos a vencer, Variações monetárias ativas 
a vencer, (*) Aluguéis ativos a vencer. 
 
 
 
 
25 
 
 (*)OBS.: Tem a denominação ativos pois se trata de uma conta relacionada a fatos que 
contribuem para o aumento do patrimônio da entidade. Por isso, é uma conta de receita. 
Há ainda outras contas que merecem atenção: 
Comissões Ativas a Vencer – Comissões Ativas são receitas; a Vencer são 
“antecipadas”. Portanto, trata-se de conta de receita antecipada classificada no passivo 
exigível. 
Aluguel a pagar, Lucros a distribuir, Adiantamento de clientes (A empresa pode 
receber de seus clientes adiantamentos por conta de encomendas de bens ou serviços a 
serem produzidos ou executados. Enquanto não for entregue o bem ou executados os 
serviços contratados, tais adiantamentos assumem a característica de uma obrigação, 
devendo ser registrados em conta do Passivo Circulante ou no Exigível a Longo Prazo, 
conforme o prazo previsto para a entrega do bem ou execução do serviço). 
 
5.2 Passivo Não Circulante 
 
Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para 
aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem após o exercício 
seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício 
social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. 
Ou seja, é um subgrupo do passivo exigível do Balanço Patrimonial e é composto das 
contas antes agrupadas no Passivo Exigível a Longo Prazo, ou seja, de registro de todas 
as obrigações que devem ser quitadas cujos vencimentos ocorrerão após o final do 
exercício seguinte ao encerramento do balanço patrimonial. Dentre essas contas é possível 
destacar: 
• Financiamento e empréstimos de instituições financeiras; 
• Debêntures a pagar; 
• Fornecedores de equipamentos de grande porte. 
• Financiamento a longo prazo; 
• Fornecedores (LP); 
• Provisão de contingência trabalhista; 
• Provisão para processos judiciais; 
• Arrendamentos mercantins financeiros; 
• Planos de pensão e saúde; 
• Outras contas a pagar. 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_Patrimonial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Passivo_Exig%C3%ADvel_a_Longo_Prazo
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
O patrimônio líquido é considerado como sendo o capital dos sócios (capital próprio) 
empregado nas atividades empresariais. Ou seja, o Patrimônio Líquido (PL) ou Capital 
Próprio representa os valores que os sócios ou acionistas têm na empresa em um 
determinado momento. No balanço patrimonial, a diferença entre o valor dos ativos e 
dos passivos representa o Patrimônio Líquido, que é o valor contábil devido pela 
pessoa jurídica aos sócios ou acionistas, baseado no Princípio da Entidade. 
 
De acordo com a Lei 6.404/76: 
 
“Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da companhia. 
 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DUPLICATAS DESCONTADAS. 
Com a implantação das Normas Contábeis Internacionais, através do Pronunciamento 
Técnico CPC 38, validada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio 
da Deliberação CVM nº 604/2009 e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), 
por meio da Resolução CFC nº 1.197/2009 (NBC TG 37), a conta passa a ser 
CLASSIFICADA NO PASSIVO. 
 
Na operação de duplicatas descontadas, duplicatas a receber são oferecidas em troca 
de valores antecipados. Em essência, toma-se um empréstimo oferecendo as 
duplicatas como garantia. O valor recebido pelo adiantamento (empréstimo) deve ser 
contabilizado como passivo e os encargos cobrados pelo banco devem ser 
reconhecidos como despesa (VPD) financeira. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_patrimonial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Passivo_(contabilidade)
 
 
27 
 
Vamos analisar como era e como está agora o patrimônio líquido: 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
ANTES DA LEI Nº 11.638/07 APÓS A LEI Nº 11.638/07 E 11.941/09 
Capital Social Capital Social 
(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar 
Reserva de Lucro Reserva de Lucro 
Reserva de Capital Reserva de Capital 
Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial 
+ - Lucro ou Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado 
(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria 
 
6.1 Capital Social 
 
Quando os sócios resolvem iniciar uma atividade, um dos requisitos para o início é a 
existência do chamado capital social. Os sócios precisam aportar bens para que essa 
companhia possa aplicar e dar início às atividades. 
 
O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na constituição da 
sociedade ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a 
realizar. A lei das S.A´s dispõe que: 
 
“Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por 
dedução, a parcela ainda não realizada.” 
 
No balanço fica representado da seguinte maneira: 
 
Capital Social _____________________________________R$ 10.000,00 
(-) Capital Social a Realizar __________________________(R$ 4.000,00) 
(=) Capital Social Realizado __________________________ R$ 6.000,00 
 
Ainda segundo a Lei 6.404, o capital social poderá ser formado com contribuições em 
dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro. 
 
6.2 Reservas de CapitalAs Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer 
característica de exigibilidade atual ou futura. São como o próprio nome indica, reservas. 
Basicamente, temos duas espécies de reservas, ambas classificadas no patrimônio 
líquido: as de lucros e as de capital. 
 
As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de 
terceiros) que não se configuram como receita, isto é, não transitam pelo resultado do 
exercício, sendo contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio Líquido. 
 
 
 
 
28 
 
Conforme o artigo 182 da Lei das S.A´s: 
 
“Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que 
registrarem: 
 
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do 
preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância 
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações 
de debêntures ou partes beneficiárias; 
 
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;” 
 
RESERVAS DE CAPITAL 
Ágio na emissão de ações 
Produto da alienação de partes beneficiárias 
Produto da alienação de bônus de subscrição 
 
O item a) corresponde à chamada “Reserva para ágio na emissão de ações”. 
 
Já no item b), partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos 
ao capital social, criados a qualquer tempo pela sociedade por ação. As partes 
beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, 
consistente na participação nos lucros anuais – no máximo 10% (LSA, art. 46, caput, e 
§1º). Por seu turno, os bônus de subscrição são títulos de credito emitidos no limite do 
capital social autorizado no estatuto e dão aos titulares o direito de subscrever ações da 
companhia. 
 
Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e 11.941) as 
doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures 
não serão mais classificados como reservas de capital, devendo ser registrados como 
receitas do exercício, de acordo com o Princípio da Competência. 
 
6.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 
Antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio líquido a conta reserva de 
reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação patrimonial. 
Contudo, não se trata de mera alteração de nome. A reavaliação que se aplicava aos bens 
tangíveis do ativo permanente e que poderia ser ou não realizada, pelos os acionistas, 
deixou de existir. 
 
Ou seja, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como para 
reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a reavaliação servia apenas 
para o aumento de bens do permanente. A nova redação prescreve o seguinte: 
 
 
 
29 
 
“Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto 
não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, 
as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do 
ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos 
previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, 
com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.” 
 
6.4 Ações em Tesouraria 
 
As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e 
mantidas na tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são 
também transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem 
afetar o resultado da entidade. 
 
A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL). 
 
A regra geral é que a empresa não pode negociar as próprias ações, para evitar 
negociação com informações privilegiada. Ou seja, a empresa não pode negociar suas 
próprias ações de forma habitual. É permitida, entretanto, a aquisição, para permanência 
em tesouraria, sem a diminuição do Capital Social. Para isso, a compra é suportada pelo 
saldo das reservas, exceto a Reserva Legal. 
 
Vale ressaltar que é permitida a compra quando, resolvida a redução do capital 
mediante restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa 
for inferior ou igual à importância que deve ser restituída. Nesse caso, ocorre a diminuição 
do Capital Social. 
 
As ações em tesouraria não têm direito a dividendos e nem a voto. Os custos de 
transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser 
tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações. 
 
De acordo com a Lei nº 6.404/76: 
 
“Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como 
dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos 
aplicados na sua aquisição.” 
 
LEMBRE-SE: 
 
A COMPRA E A ALIENAÇÃO DE AÇÕES EM TESOURARIA É TRANSAÇÃO ENTRE 
SÓCIOS!!!! 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
6.5 Reservas de Lucros 
 
 
São retenções de parcelas provenientes de ganhos do período, com o objetivo de 
preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade, e posterior destinação. São, em 
suma, lucros que a empresa não entrega aos acionistas, mas guarda para si, seja para 
investir em projetos, seja para resguardar o capital social. 
 
Segundo a Lei das S.A’s: 
 
“Art. 182, §4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas 
pela apropriação de lucros da companhia.” 
 
Ao final do exercício social as contas de resultado (receitas e despesas) são zeradas. O 
saldo, lucro ou prejuízo, é transferido para o PL. No PL, podem ter três destinações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dividendos 
(para os sócios) 
Reservas de 
Lucro 
Aumento do 
Capital 
Social 
 
 
31 
 
 
Ou seja, se a empresa tem Receitas de R$ 5.000,00 e despesas de R$ 2.500,00, terá um 
lucro de R$ 2.500,00 (5000-2500). Esse lucro pode ser distribuído para os sócios, para 
aumento do Capital Social ou pode ir para Reserva de Lucros. 
 
Com a alteração da lei das S.A a conta antigamente denominada lucros ou prejuízos 
acumulados passa a ser denominada prejuízos acumulados, ou seja, haverá de existir 
uma destinação para este lucro, não podendo ficar em conta específica do PL. As reservas 
de lucros hoje existentes são: 
 
 Reserva Legal; 
 Reservas Estatutárias; 
 Reservas para Contingências; 
 Reservas de Incentivos Fiscais; 
 Reservas de Retenção de Lucros; 
 Reserva de Lucros a Realizar; 
 Reserva especial para dividendos obrigatórios não distribuídos; 
 Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures. 
 
O artigo 199 da lei 11.638/2007, nos informa que existe um certo limite para essas 
reservas: 
 
“O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais 
e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a 
assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento 
do capital social ou na distribuição de dividendos.” 
 
7. NOTAS EXPLICATIVAS 
 
 
O patrimônio societário sofre constante movimento, haja vista que sofrem atos de gestão 
contínua. Esses acontecimentos podem ser divididos basicamente em dois grandes 
grupos: 
 
A) Atos contábeis. 
B) Fatos contábeis. 
 
Os atos contábeis são acontecimentos que ocorrem na entidade e não provocam 
alterações do patrimônio, tais como admissão de empregados, assinatura de um contrato 
de compra, venda, o aval de um título de crédito, uma fiança prestada em favor de 
terceiros. 
 
Os atos relevantes que façam parte das atividades da empresa devem ser apresentados 
em notas explicativas, como ordena a Lei 6.404/76: 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além das demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial, DRE, DMPL, DFC, DVA), são 
necessárias outras informações complementares para enriquecer os relatórios e evitar que 
os mesmos se tornem enganosos. 
 
Essas informaçõessão veiculadas para auxiliar os usuários das Demonstrações 
Financeiras a entendê-las melhor. Visam apresentar esclarecimentos aos usuários 
externos. 
 
As explicações devem ser relevantes quantitativa e qualitativamente, e podem estar na 
forma descritiva, na forma de quadros analíticos suplementares ou em outras formas. 
Normalmente, tais explicações são feitas através das Notas Explicativas, que acompanham 
as Demonstrações. 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As notas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma sistemática. 
Cada item das demonstrações contábeis deve ter referência cruzada com a respectiva 
informação apresentada nas notas explicativas. 
 
É importante que os usuários estejam informados sobre a base ou bases de mensuração 
utilizada(s) nas demonstrações contábeis, porque a base sobre a qual as demonstrações 
contábeis são elaboradas afeta significativamente a análise dos usuários. Quando mais de 
uma base de mensuração for utilizada nas demonstrações contábeis, por exemplo, quando 
determinadas classes de ativos são reavaliadas (se permitido legalmente), é suficiente 
divulgar uma indicação das categorias de ativos e de passivos à qual cada base de 
mensuração foi aplicada. 
 
Ao decidir se determinada política contábil deve ou não ser divulgada, a administração 
deve considerar se sua divulgação proporcionará aos usuários melhor compreensão da 
forma em que as transações, outros eventos e condições estão refletidos no desempenho 
e na posição financeira relatadas. 
 
As entidades devem divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações 
contábeis avaliar seus objetivos, políticas e processos de gestão de capital. 
A entidade deve divulgar nas notas explicativas informação acerca dos principais 
pressupostos relativos ao futuro, e outras fontes principais da incerteza das estimativas à 
CPC 00 – ESTRUTURA 
CONCEITUAL BÁSICA 
 
4.43. Um item que possui as 
características essenciais de 
elemento, mas não atende aos 
critérios para reconhecimento pode, 
contudo, requerer sua divulgação 
em notas explicativas, em material 
explicativo ou em quadros 
suplementares. 
Isso é apropriado quando a 
divulgação do item for considerada 
relevante para a 
avaliação da posição patrimonial e 
financeira, do desempenho e das 
mutações na posição financeira da 
entidade por parte dos usuários das 
demonstrações 
contábeis 
CPC 26 – APRESENTAÇÃO DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. 
 
112. As notas explicativas devem: 
(a) apresentar informação acerca da 
base para a elaboração das 
demonstrações 
contábeis e das políticas contábeis 
específicas utilizadas de acordo 
com os itens 
117 a 124; 
(b) divulgar a informação requerida 
pelos Pronunciamentos, 
Orientações e 
Interpretações que não tenha sido 
apresentada nas demonstrações 
contábeis; e 
(c) prover informação adicional que 
não tenha sido apresentada nas 
demonstrações contábeis, mas que 
seja relevante para sua 
compreensão. 
 
 
 
34 
 
data do balanço, que tenham risco significativo de provocar modificação material nos 
valores contábeis de ativos e passivos durante o próximo. 
 
Com respeito a esses ativos e passivos, as notas explicativas devem incluir detalhes 
informativos acerca: 
 
(a) da sua natureza; e 
(b) do seu valor contábil à data do balanço. 
 
8. QUESTÕES 
 
(1º) FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2016 
Em 31/12/2015, uma entidade possuía as seguintes contas em seu ativo: 
 
 
Além disso, sabe-se que, na data, o Banco Beta estava em liquidação. Com base nas 
contas acima, o saldo das Disponibilidades, em 31/12/2015, foi 
a) R$ 150.000,00. 
b) R$ 180.000,00. 
c) R$ 190.000,00. 
d) R$ 220.000,00. 
e) R$ 250.000,00. 
 
RESOLUÇÃO 
 
Caixa e Conta bancária no Banco Alfa entram nas disponibilidades. A conta bancária no 
Banco Beta não entra. Como o Banco está em liquidação, o valor da conta bancária deve 
ser transferido para Contas a Receber no Ativo Circulante ou no Ativo não circulante, a 
depender do prazo de recebimento. 
 
Depósito vinculado à liquidação de empréstimo de curto prazo também não é 
disponibilidade, pois não estão imediatamente disponíveis para pagamentos normais da 
empresa. 
 
 
 
35 
 
Numerário em trânsito decorrente de remessa para filial entra como disponibilidade, 
enquanto estiver em trânsito. 
 
As aplicações de curto prazo no mercado financeiro, prontamente conversíveis em caixa e 
com risco considerável de mudança de valor também não entram. Conforme o CPC 03: 
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são 
prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um 
insignificante risco de mudança de valor. 
 
Portanto, o disponível fica com as seguintes contas: 
Caixa R$ 100.000,00 
Conta Bancária no Banco Alfa R$ 50.000,00 
Numerário em trânsito decorrente de remessa para filial R$ 40.000,00 
(=) TOTAL R$ 190.000,00 
 
GABARITO: C 
 
 
(2º) ESAF - Contador (MTUR)/2014 
O balanço tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em 
determinada data. Assim fez a empresa Máxima S.A., em 31 de dezembro de 2012, com 
os elementos abaixo relacionados. 
 
Receitas de Vendas 
Caixa 
Ações de Coligadas 
Capital Social 
Títulos a Pagar 
ICMS sobre Vendas 
Clientes 
Provisão p/ Perdas em Investimentos 
Capital a Realizar 
Fornecedores 
Custo das Mercadorias Vendidas 
Duplicatas a Receber 
Móveis e Utensílios 
Reserva Legal 
Impostos a Recolher 
Despesas de Alugueis 
Mercadorias 
Máquinas e Equipamentos 
Reserva de Capital 
Provisão para o Imposto de Renda 
Comissões Passivas 
Despesas do Exercício Seguinte 
Depreciação Acumulada 
Ações em Tesouraria 
Contribuições a Recolher 
Receitas Financeiras 
R$ 5.500,00 
R$ 900,00 
R$ 2.100,00 
R$ 14.000,00 
R$ 2.100,00 
R$ 600,00 
R$ 2.200,00 
R$ 300,00 
R$ 2.500,00 
R$ 2.000,00 
R$ 2.720,00 
R$ 2.000,00 
R$ 2.300,00 
R$ 400,00 
R$ 1.100,00 
R$ 830,00 
R$ 3.200,00 
R$ 9.000,00 
R$ 500,00 
R$ 790,00 
R$ 170,00 
R$ 800,00 
R$ 1.800,00 
R$ 300,00 
R$ 200,00 
R$ 110,00 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/2256
 
 
36 
 
Provisão para Devedores Duvidosos 
Salários a Pagar 
Títulos a Receber LP 
R$ 120,00 
R$ 1.700,00 
R$ 1.000,00 
 
Na demonstração de contas e saldos acima, uma vez organizado corretamente o Balanço, 
vamos encontrar um: 
 
a) resultado líquido do exercício de R$ 1.180,00. 
b) passivo circulante de R$ 7.690,00. 
c) ativo circulante de R$ 9.100,00. 
d) patrimônio líquido de R$ 12.100,00. 
e) ativo não circulante de R$ 12.300,00 
 
RESOLUÇÃO 
 
Vamos classificar as contas nos seus respectivos grupos: 
 
Ativo Circulante 
Caixa ....................................................R$ 900,00 
Clientes ..................................................R$ 2.200,00 
Duplicatas a Receber ..............................R$ 2.000,00 
Mercadorias ...........................................R$ 3.200,00 
Despesas do Exercício Seguinte ...............R$ 800,00 
Provisão para Devedores Duvidosos ........ (R$ 120,00) 
TOTAL: R$ 8.980,00 
 
Ativo Não Circulante 
Ações de Coligadas ..............................R$ 2.100,00 
Provisão p/ Perdas em Investimentos ...... (R$ 300,00) 
Móveis e Utensílios .................................R$ 2.300,00 
Máquinas e Equipamentos .......................R$ 9.000,00 
Depreciação Acumulada .......................... (R$ 1.800,00) 
Títulos a Receber LP ................................R$ 1.000,00 
TOTAL: R$ 12.300,00 
 
TOTAL DO ATIVO = R$ 21.280,00 
 
Passivo Circulante 
Títulos a Pagar .......................................R$ 2.100,00 
Fornecedores .........................................R$ 2.000,00Impostos a Recolher ...............................R$ 1.100,00 
Provisão para o Imposto de Renda ..........R$ 790,00 
Contribuições a Recolher .........................R$ 200,00 
Salários a Pagar .......................................R$ 1.700,00 
 
 
37 
 
TOTAL: R$ 7.890,00 
 
Passivo Não Circulante 
TOTAL:0 
 
Patrimônio Líquido 
Capital Social ........................................R$ 14.000,00 
Capital a Realizar ...................................(R$ 2.500,00) 
Reserva Legal .........................................R$ 400,00 
Reserva de Capital ..................................R$ 500,00 
Ações em Tesouraria ..............................(R$ 300,00) 
TOTAL: R$ 12.100,00 + R$ 1.290,00 (ARE) = R$ 13.390,00 
 
TOTAL DO PASSIVO + PL = R$ 21.280,00 
 
Apuração do Resultado do Exercício - ARE 
RECEITAS 
Receitas de Vendas ...............................R$ 5.500,00 
Receitas Financeiras .................................R$ 110,00 
TOTAL: R$ 5.610,00 
 
DESPESAS 
ICMS sobre Vendas ..............................R$ 600,00 
Custo das Mercadorias Vendidas ...........R$ 2.720,00 
Despesas de Alugueis .............................R$ 830,00 
Comissões Passivas .................................R$ 170,00 
 TOTAL: R$ 4.320,00 
 
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO: R$ 5.610,00 – R$ 4.320,00 = R$ 1.290,00 
 
GABARITO: E 
 
 
(3º) FCC - Técnico Judiciário (TRF 3ª Região)/Apoio Especializado/Contabilidade/2014 
 
O Balancete de Verificação de uma empresa, em 31/12/2012, apresentava os saldos das 
seguintes contas: 
 
Nome da conta Saldo em R$ Nome da conta 
Saldo em 
R$ 
Veículos 3.000 Receitas de Vendas 7.500 
Fornecedores 900 Caixa e Equivalentes de Caixa 300 
Depreciação Acumulada 1.200 Despesas Comerciais 600 
Máquinas e Equipamentos 6.000 Despesas Administrativas 1.500 
Adiantamentos de Clientes 600 Despesa com Impostos 300 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/2480
 
 
38 
 
Capital 9.000 
Custo das Mercadorias 
Vendidas 
4.500 
Impostos a Pagar 300 Valores a Receber 2.400 
Reservas de Lucros 600 Estoques 1.500 
 
Foram propostos dividendos no valor de R$ 240 no final de 2012, os quais serão pagos em 
2013. Considere: 
 
I. O total do Balanço Patrimonial em 31/12/2012 é R$ 20.100. 
II. O total do Passivo em 31/12/2012 é R$ 2.040. 
III. O Resultado do Período (2012) é R$ 360. 
IV. O Patrimônio Líquido da empresa em 31/12/2012 é R$ 9.960. 
V. O total do Ativo em 31/12/2012 é R$ 12.000. 
 
Está correto o que consta APENAS em: 
a) I, II e IV. 
b) II, IV e V. 
c) II, III, IV e V. 
d) I e IV. 
e) II, III e V. 
 
RESOLUÇÃO 
 
Primeiro, vamos calcular o resultado do exercício: 
Receita com Vendas = R$ 7.500,00 
Total de Receita = R$ 7.500,00 
 
CMV = R$ 4.500,00 
Despesas comerciais = R$ 600,00 
Despesas administrativas = R$ 1.500,00 
Despesas com impostos = R$ 300,00 
Total da Despesa = R$ 6.900,00 
R$ 7.500,00 – R$ 6.900,00 = LUCRO = R$ 600,00 
 
Agora, vamos para a destinação de R$ 240,00 para Dividendos: 
D- Lucros Acumulados________R$ 240,00 (conta transitória do PL) 
C- Dividendos a pagar ________R$ 240,00 (passivo circulante) 
 
Saldo da conta “Lucros Acumulados”: 
Lucros = R$ 600,00 
(-) Dividendos = (R$ 240,00) 
(=) Saldo R$ 360,00 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
O Balanço fica da seguinte forma: 
 
 
 
Vamos analisar cada item: 
I. O total do Balanço Patrimonial em 31/12/2012 é R$ 20.100. - ERRADO 
II. O total do Passivo em 31/12/2012 é R$ 2.040. - CERTO 
III. O Resultado do Período (2012) é R$ 360. - ERRADO 
IV. O Patrimônio Líquido da empresa em 31/12/2012 é R$ 9.960.- CERTO 
V. O total do Ativo em 31/12/2012 é R$ 12.000. - CERTO 
 
GABARITO: B 
 
 
(4º) FCC - Técnico Judiciário (TRF 4ª Região)/Apoio Especializado/Contabilidade/2014 
A Cia. A Bola da Vez S.A. realizou as seguintes transações durante o mês de maio de 
2014: 
I. Compra de equipamentos industriais, à vista, para serem utilizados no processo 
produtivo. 
II. Obtenção de empréstimos para serem liquidados integralmente (principal e juros) em 
outubro de 2016. 
III. Compra de equipamentos especiais, à vista, para serem revendidos durante 2014. 
IV. Compra de 100% da Cia. Passou a Vez S.A. para fins de diversificação de atividade 
econômica. 
A Cia. A Bola da Vez S.A. reconheceu as transações I, II, III e IV, respectivamente, como 
ativo: 
a) não circulante, passivo não circulante, ativo não circulante e ativo circulante. 
b) não circulante, passivo circulante, ativo circulante e ativo não circulante. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/3215
 
 
40 
 
c) circulante, passivo não circulante, ativo não circulante e ativo não circulante. 
d) circulante, passivo circulante, ativo circulante e ativo circulante. 
e) não circulante, passivo não circulante, ativo circulante e ativo não circulante. 
RESOLUÇÃO 
 
I – Equipamentos industriais são do ativo imobilizado, pertencentes ao grupo do ativo não 
circulante. 
II – Empréstimos a serem pagos após o final do exercício financeiro subseqüente é 
passivo não circulante. 
III – Equipamentos para revenda é ESTOQUE, pertencente ao grupo de ativo circulante. 
IV – Compra de outra CIA é PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA, classificada como 
investimento, pertencente ao grupo de ativo não circulante. 
 
GABARITO: E 
 
 
(5º) FCC - Técnico Judiciário (TRF 4ª Região)/Apoio Especializado/Contabilidade/2014 
O Patrimônio Líquido da empresa Industrial Lua S.A., em 31/12/2012, era composto pelas 
seguintes contas: 
Capital ............................................................................................... R$ 8.000.000,00 
Reserva Legal ................................................................................... R$ 200.000,00 
Reserva Estatutária ........................................................................... R$ 800.000,00 
 
A Industrial Lua S.A. obteve, em 2013, um Lucro Líquido de R$ 4.800.000,00 e constituiu 
as seguintes reservas: 
 
− Reserva Legal, de acordo com o estabelecido na Lei das Sociedades por Ações. 
− Reserva Estatutária no valor correspondente a 10% do Lucro Líquido. 
 
O estatuto da empresa define que o dividendo mínimo obrigatório corresponde a 10% do 
Lucro Líquido ajustado pela Reserva Legal e que o saldo remanescente do Lucro Líquido é 
retido para expansão. Com base nestas informações, o valor dos dividendos a ser 
apresentado no Passivo e o valor do Patrimônio Líquido, ambos apresentados no Balanço 
Patrimonial de 2013 foram, respectivamente, em reais, 
a) 456.000,00 e 13.344.000,00. 
b) 480.000,00 e 13.320.000,00. 
c) 456.000,00 e 13.104.000,00. 
d) 480.000,00 e 13.080.000,00. 
e) 408.000,00 e 13.392.000,00. 
 
RESOLUÇÃO 
 
De acordo com o art. 193 da Lei nº 6.404/76, a Reserva Legal será de 5% do lucro líquido 
do exercício, e seu montante não excederá de 20% do capital social. 
 
- Lucro líquido = R$ 4.800,00 
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- Reserva legal = R$ 240.000,00 (5% de R$ 4.800,00) 
- Reserva Estatutária = R$ 480.000,00 (10% de R$ 4.800,00) 
 
O dividendo Obrigatório é de 10 % do Lucro líquido ajustado pela reserva legal, ou seja: 
R$ 4.800.000,00 – R$ 240.000,00 = R$ 4.560.000,00 
Dividendos obrigatórios = R$ 456.000,00 (10% de R$ 4.600.000,00) 
 
O patrimônio Líquido é igual: 
Capital ________________R$ 8.000.000,00 
Reserva legal ____________ R$ 440.000,00 (R$ 200.000,00 + R$ 240.000,00) 
Reserva estatutária________R$ 1.280.000,00 (R$ 800.000,00 + R$ 480.000,00) 
Retenção dos lucros ______ R$ 3.624.000,00 (R$ 4.800.000,00 –R$ 240.000,00 – R$ 
480.000,00 – R$ 456.000,00) 
(=) Total do PL __________R$ 13.344.000,00 
 
GABARITO: A 
 
 
(6º) FCC - Analista Previdenciário (MANAUSPREV)/Contabilidade/2015 
Considere os elementos patrimoniais de uma sociedade anônima de capital aberto em 
31/12/2014: 
I. Direito de uso de uma marca por um período de 10 anos. 
II. Participação permanente em outras empresas,

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