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1 4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER JULIANA OLIVEIRA ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ÓRGÃOS INTERNOS Tem-se duas classificações de órgãos: o Gametógeno: São aqueles que vão formar os gametas, nesse caso, os ovários. o Gametóforos: Compostos por órgãos que transportam os gametas como as trompas, órgão da gestação que é o útero e o órgão para a copulação que é a vagina. ÓRGÃOS EXTERNOS o Grandes e pequenos lábios; o Clitóris; o Uretra; o Glândulas de Skene; o Glândulas de Bartholin; o Períneo; MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO Existe todo um sistema de sustentação para manter os órgãos pélvicos em sua estática. Sendo assim, precisam: o Sustentar os órgãos pélvicos; o Suportar pressão intrabdominal; p.ex. gestação ou pacientes obesas. o Controle esfincteriano; o Manter continência fecal e urinária; o Permitir atividade sexual; APARELHO DE SUSTENTAÇÃO DA PELVE ➔ Musculatura perineal profunda ou diafragma pélvico: É composta pelo músculo coccígeo e pelos elevadores do ânus (íliococcígeo, pubococcígeo e puborretal). Todos esses músculos constituem a musculatura perineal profunda e fazem parte do aparelho de sustentação da pelve. ➔ Musculatura perineal superficial ou diafragma urogenital: É composta pelos músculos bulboesponjoso, isqueocavernoso, transverso superficial, profundo do períneo e o esfíncter externo do ânus. ANATOMIA PÉLVICA FEMININA ➔ Aparelho de suspensão: o Ligamentos: Úterossacro; Cervical lateral ou cardinal; Pubovesicouterinos; ➔ Aparelho de contenção: Fáscia endopélvica; Ligamentos largos; QUESTÃO DE PROVA: Dentre os supracitados quais não parte do aparelho de sustentação ou de contenção da pelve? R: O ligamento redondo não faz parte de nenhum aparelho relacionado à estática pélvica. 2 4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER JULIANA OLIVEIRA Logo, existe toda uma musculatura para que os órgãos pélvicos se mantem estáticos, no entanto, existem situações em que essa musculatura é lesada. ÚTERO É um órgão ímpar, composto por músculo liso, oco e revestido por uma mucosa interna chamada de endométrio. Quando se diz que o útero é oco, é importante lembrar, que as paredes uterinas fazem uma cavidade virtual, pois, estão colabadas, se distendendo na gestação ou devido a realização de algum exame intrauterino que introduza líquido nessa cavidade. Tem-se o estrato muscular chamado de miométrio e o estrato peritoneal chamado de perimétrio. O ÚTERO É COMPOSTO POR TRÊS PARTES: ▪ Corpo uterino; ▪ Istmo uterino; ▪ Colo uterino; Orifício uterino interno: Dá acesso a cavidade uterina, mas não é possível visualizar com o exame especular. Orifício uterino externo: Localiza-se no colo uterino, sendo visível durante a realização do exame especular. MODIFICAÇÕES UTERINAS FISIOLÓGICAS: ▪ Neonata possui um útero de 3cm. ▪ Mulher madura: 8cm. ▪ Gravidez: O útero tem seu volume aumentado em 30x, chegando a medir 35 cm. ▪ Menopausa: Sofre processo de atrofia. RELAÇÕES ANATÔMICAS: ▪ Anterior: Bexiga; ▪ Posterior: Reto; ▪ Lateral: Trompas, ligamentos redondos, ligamentos útero-ováricos e os ligamentos largos. VASCULARIZAÇÃO: ▪ Artéria uterina: É quem vai ser responsável pela vascularização do útero, é um ramo da ilíaca interna que passa através do ligamento largo, a nível do colo, subindo ao longo da margem lateral do útero e do fundo, anastomosando-se com ramos tubários da artéria ovárica. ▪ Veia uterina: Drena para a ilíaca interna e parte do fundo uterino vai drenar para as veias ovarianas. DRENAGEM LINFÁTICA: É de grande importância no ponto de vista oncológico. É feito pelo ligamento cardinal para os linfonodos ilíaco interno e obturador. Parte do fundo, drena para os gânglios para-aórticos e para os linfonodos inguinais superficiais. INVERVAÇÃO DA PELVE ➔ Inervação somática: Plexo lombosacro (motora e sensorial) com os nervos: ílio- hipogástrico, ilioinguinal, femorocutâneo lateral, femoral, genitofemoral, obturador, glúteos superior e inferior, cutâneo posterior da coxa, ciático e pudendo. 3 4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER JULIANA OLIVEIRA Parede inferior do abdômen, diafragmas pélvico e urogenital, períneo, quadril e MMII. ➔ Inervação autônoma: Plexo aórtico, ovariano, hipogástrico superior ou pré- sacral. VAGINA: o É um órgão tubular muscoloepitelial que une a cérvice com o exterior. o É revestida por epitélio escamoso não queratinizado, rugoso e sem pelos. o Apresenta delgada camada externa de músculo liso contrátil. o A parede posterior tem 8 a 10 cm de comprimento. RELAÇÕES ANATÔMICAS: ▪ Superior: Cérvice. ▪ Anterior: Base vesical, trígono da bexiga, uretra. ▪ Lateralmente: Ligamento cardinal. ▪ Posterior inferior: Anus e reto. VASCULARIZAÇÃO: Arterial: ▪ Parte superior: Ramo cervical descendente da artéria uterina, ramo vesical superior da ilíaca interna. ▪ Parte média: Ramos vaginal e retal médio da ilíaca interna. ▪ Parte distal: Ramos pudendo e retal inferior da pudenda interna. Venosa: ▪ Drenagem venosa: Veias ilíacas internas QUESTÃO DE PROVA: Dentre as artérias abaixo quais fazem ou não fazem parte da vascularização da vagina? DRENAGEM LINFÁTICA: ▪ 2/3 superiores: linfonodos ilíacos internos e obturador. ▪ 1/3 inferior: também para linfonodos inguinais superficiais. INVERVAÇÃO: ▪ Plexo autônomo pélvico e ramos perineais do pudendo interno. OVÁRIOS: o São órgãos duplos não peritonizados, isso é importante no ponto de vista reprodutivo e oncológico, pois, reprodutivamente o óvulo não poderia ser liberado e a disseminação do câncer de ovário se torna lenta em prol da ausência desse peritônio, além disso, são revestidos pela túnica albugínea. o É suspenso por uma prega peritoneal, o mesovário, por onde corre o suprimento sanguíneo e nervoso. o É dividido em: Córtex: Porção externa que contêm a maioria dos folículos. Medula: Porção interna que é composta por vasos e estroma hormonalmente funcional. VASCULARIZAÇÃO : Arterial: ▪ Artéria ovariana, ramo direito da aorta. Venosa: IMPORTANTE ▪ Veias ovarianas: À direita drena para a veia cava. À esquerda drena para a veia renal esquerda. INERVAÇÃO: ▪ Plexo autônomo aórtico. DRENAGEM LINFÁTICA: ▪ Drena para os linfonodos para-aórtico e para a cava. RELAÇÃO ANATÔMICA: Os ovários possuem uma relação íntima com as fímbrias, porção terminal da trompa, o que é de extrema importância no processo de liberação do óvulo, para que haja o encontro do óvulo com o espermatozoide, ocorrendo a fecundação, e após isso o embrião percorrerá toda a trompa de volta para implantar o embrião no útero. VASCULARIZAÇÃO: Arterial: ▪ Aorta → Artéria ovárica que vai irrigar os ovários. Venoso: ▪ Veia cava inferior e a veia renal esquerda: Ovárica direita → Drena p/ VCI. Ovárica esquerda→ Drena p/ VRE. 4 4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER JULIANA OLIVEIRA TROMPAS DE FALLOPIO: Órgãos duplos com 7 a 14 cm de comprimento que se estendem da extremidade superior do ovário aos cornos do útero, possuindo uma abertura para esse órgão, chamada de orifício útero-tubário e outra para a cavidade, a luz tubária é revestida por epitélio colunar ciliado, possui uma parede muscular composta por músculo liso onde se tem uma camada circular interna e longitudinal externa. A função das trompas é transportar o espermatozoide promovendo o encontro óvulo + espermatozoide e após isso levar o embrião de volta a cavidade uterina, logo, qualquer alteração na funcionalidade dessas trompas pode- se ter a infertilidade por fator tubário p.ex. obstrução em algum ponto das trompas, além disso, a trompa não funciona como uma mangueira, não basta estar aberta, não basta ter somente uma boa perviedade, mas também uma boa funcionalidade, logo, se essa trompa é aberta, mas tem algum ponto em que seu epitélio está danificado, há uma dificuldade de transportar o embrião de volta para a cavidade uterina, aumentando os riscos para que se tenha uma gravidez ectópica, por exemplo. RELAÇÕES ANATÔMICAS: A trompa ocupa quase todo o bordo superior do ligamento largo, entre o ligamento redondo que está a frente e o ovário que fica atrás. ▪ Anteriormente: Bexiga. ▪ Posteriormente: Ligamento útero-ovárico e reto. ▪ Superiormente: Alças intestinais. DIVISÃO: Normalmente, as trompas se dividem em quatro porções, sendo elas: ▪ Intramural ou intersticial: Praticamente no útero. ▪ Istmo ▪ Ampola ▪ Infundíbulo (dá origem às fímbrias) Uma gravidez ectópica, se o embrião se desenvolve nas porções mais estreitas da trompa, a chance de romper mais rápido é maior devido a espessura dessa região, contudo, quando ocorre nas regiões mais largas da trompa, essa ruptura tende a acontecer algumas semanas depois, já que a luz dessa região é maior. A maioria das gestações ectópicas se resolvem espontaneamente ou podem ser tratadas por quimioterápicos, inviabilizando a continuidade da gestação, quando inicialmente. Obs: Há um procedimento chamado de laparoscopia, em que se utiliza o azul de metileno para averiguar se o líquido perpassa por todo o caminho, sem ficar retido em alguma região, no entanto, é um procedimento invasivo, e por isso, pouco indicado, sendo reservada para casos cirúrgicos, onde já se sabe o que vai tratar, visto que se faz necessário anestesia geral. Para diagnóstico, os exames de imagem são mais indicados. IRRIGAÇÃO: Arterial: ▪ Anastomose entre a artéria tubária externa, um dos ramos terminais da ovárica e a artéria tubária interna, ramo terminal da artéria uterina. Venoso: ▪ Plexos situados nos mesos-salpinge que drena para as veias tubárias internas e externas. VULVA: Conjunto dos órgãos genitais externo que incluem monte de vênus, grandes e pequenos lábios, clitóris, meato uretral, vestíbulo, glândulas e hímen. DESCREVENDO AS PARTES: Monte de vênus: Saliência arredondada, proeminente, constituída por tecido fibroadiposo, situada à frente da sínfise púbica, triangular de base superior, coberta de pelos após a puberdade. Grandes lábios: São dobras proeminentes pareadas na pele vulvar que vai correr inferior, posterior e lateralmente ao monte de vênus. Afunilam-se posterior e medialmente formando a fúrcula posterior. São cobertos por epitélio escamoso queratinizado, coberto por pelos e com glândulas sudoríparas e sebáceas. Pequenos lábios: Órgãos duplos, mediais aos grandes lábios, delimitando o vestíbulo da vagina. As partes laterais unem-se para formar o prepúcio do clitóris e as partes mediais para formar o freio do clitóris. Composto por tecido conjuntivo denso e erétil, coberto por epitélio escamoso queratinizado. Não contêm folículos pilosos ou glândulas sudoríparas. Clitóris: Localizado anteriormente aos pequenos lábios, corpo erétil, altamente inervado, constituído de corpo e prepúcio. PERÍNEO: Região delimitada pelos trígonos urogenital e anal, que são divididos pela tuberosidade isquiática. IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA: Arterial: ▪ Artérias pudendas. Venoso: ▪ Veias pudendas internas. DRENAGEM LINFÁTICA: Vasos linfáticos aferentes drenam a linfa para os gânglios linfáticos inguinais. INERVAÇÃO: 5 4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER JULIANA OLIVEIRA Nervos pudendo, perineal, ilioinguinal e suas respectivas ramificações. GLÂNDULAS ACESSÓRIAS: o Glândula de Bartholin: Localiza-se na porção mais inferior, sendo difícil de visualizar, a menos que a paciente tenha alguma doença na glândula, sendo extremamente doloroso. o Glândula de Skene: Parauretral; MAMAS: Órgãos duplos, constituídos por tecido glandular, gordura e tecido conjuntivo fibroso, situadas na parede anterior e superior do tórax LOCALIZAÇÃO: ▪ Encontram-se à frente dos músculos grandes peitorais e serrátil anterior, no intervalo compreendido entre a 3ª e 7ª costelas, entre o bordo do esterno e a linha axilar média. ▪ Está aderida à parede torácica por traves de tecido fibroso, os ligamentos de Cooper. ▪ A cauda axilar (spence) invade a axila. CARACTERÍSTICAS: ▪ O tecido glandular é composto por lobos que se subdividem em lóbulos, os quais são produtores de leite e ductos que se dilatam, na proximidade do mamilo, em forma de saco (seio lactífero), onde a secreção láctea se acumula antes da amamentação. ▪ A aréola contem glândulas sebáceas, sudoríparas e acessórias (Montgomery). ▪ Cada mama é composta de 15 a 20 lobos, subdivididos em diversos lóbulos que possuem de 10 a 100 alvéolos. Predominando na região súperolateral da glândula. VASCULARIZAÇÃO: Arterial: ▪ Artérias mamárias internas (60%), mamária externa ou torácica lateral (30%). Venoso: ▪ Veias mamárias internas, veias axilares, veia torácica lateral. DRENAGEM LINFÁTICA: ▪ Cadeia axilar; ▪ Cadeia mamária interna; ▪ Cadeia supraclavicular; INERVAÇÃO: ▪ Nervos simpáticos que chegam à glândula com as artérias que a vascularizam; ▪ Ramos cutâneos e laterais do 3º aos 6º nervos intercostais. ▪ Ramos supraclaviculares do plexo cervical. ▪ Ramos torácico do plexo braquial. 6 4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER JULIANA OLIVEIRA ANEXOS:
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